4 pequenas profissões e os tatuadores
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A alma encantadora das
ruas.
Autor: João do Rio
Goiânia, 08 de Junho de 2011
Alunas: Ingrid Cristina e Maite Barra.
Professora: Malu
Crônica escolhida: “Pequenas Profissões”.
Foi primeiramente publicada em
1904, no jornal A Gazeta de
Notícias, sob o título de Profissões
Exóticas.
Essa crônica pretende figurativizar
como as relações de poder ocorrem
com as pessoas das ruas do Rio de
Para tal, o autor aborda as
profissões (exóticas ou
subempregos) que podiam ser
encontrados na cidade, ou seja,
são mostradas as estratégias
(financeiras, econômicas)
empregadas pelas pessoas mais
pobres a fim de sobreviverem
Para atingir seu objetivo, o cronista
mostra como no cenário maravilhoso,
natural e rico do Rio de Janeiro
convivem pessoas de todas as
espécies, que lutam pela
sobrevivência exercendo atividades
não reconhecidas, desvalorizadas e
que, muitas vezes, nem são
percebidas pelos mais abastados.
Crônica escolhida: “Os
Tatuadores”
E dentre as várias formas de constituir
discursos tendo como veículo, suporte e
texto o corpo, destaca-se, em João do
Rio, a tatuagem. Pois, nas palavras do
próprio cronista, a “tatuagem é a
inviolabilidade do corpo e a história das
paixões” . Dessa forma, o cronista
reconstitui por meio da leitura destes
corpos inviolados o registro de paixões,
O narrador, de início, já se colocacomo um observador da vida cotidianaem especial, nessa crônica, da açãodos tatuadores. Após narrar aabordagem começa a refletir sobre atatuagem. Nessa parte a crônica éaltamente lingüística.
A tatuagem como registro: história,amor, crenças, alegrias, ódio etc. Ela éa exteriorização daquilo que a almacarrega.“As meretrizes e os criminososnesse meio de becos e de facadas têmindeléveis idéias de perversidade e deamor. Um corpo desses nu, é um
O narrador divide as tatuagens do
Rio de Janeiro em três tipos:
Dos negros – crença religiosa e
servilismo
Dos turcos – ícones representativos
da cultura e da crença
Da classe baixa – como é grupo
numeroso e bem diverso as tatuagens
também diversificam bastante.
Com o aumento da clientela, a arte da
tatuagem transformou-se em uma
indústria com certa hierarquia. Exemplo
o Madruga – chefe dos marcadores
ambulantes. O seu próprio corpo é
emblemático. Domina a técnica para
apagar a tatuagem, muito útil na troca
de amores. A dor do processo apaga a
outra dor.
Cada tipo de tatuagem tem sua
significação, o que de uma forma ou de
Ao final o narrador, dialogando
com o pequeno marcador do
início da crônica, surpreende-se
sobre o montante conseguido
com o seu trabalho.
Uma observação importante
nessa crônica é o
multifacetamento da cidade – a
cidade de todos que vai perdendo