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4 de junho de 2009 ano 12 nº241 Eletronorte e Embrapa promovem curso de coleta e sementes e pro- dução de mudas florestais Eletricistas aprendem a montar torre de transmissão A Superintendên- cia de Expansão da Geração realizou o evento Dinâmica, Sísmica e Flúido-Estrutura em Engenha- ria de Barragens, em Brasília, aproveitando o grande número de pesquisadores e especialistas estrangeiros presentes ao Semi- nário Internacional de Grandes Barragens – Icold 2009 (veja cobertura na próxima edição da revista Corrente Contínua). A Eletronorte, em convênio com a Universidade de Brasília - UnB viu no encontro a oportunidade de oferecer à comunidade cien- tífica nacional a possibilidade de interação entre os pesquisado- res. “Estamos aproveitando jus- tamente o Icold, um evento que reúne as maiores autoridades de engenharia de barragens, para mostrar a experiência deles e promover um intercâmbio en- tre os engenheiros presentes”, afirma Gilson Machado, geren- te de Segurança de Barragens. Também foram apresentados os resultados das pesquisas da área em andamento no Brasil, além da disseminação das ativi- dades científicas realizadas pelo projeto de pesquisa Metahidro, desenvolvida pela Empresa e a UnB. Um dos temas discutidos foi sobre segurança sísmica, análise dinâmica e testes em concreto e contou com a presença do pro- Segurança de barragens: resultados de pesquisas científicas são apresentados para público internacional fessor chinês Houqun Chen, vi- ce-presidente do Comitê Téc- nico de Projetos Sísmicos de Barragens Icold. “É um prazer termos a oportunidade de dis- cutir aspectos tão importantes com engenheiros brasileiros, cujos resultados são muito po- sitivos. Brasil e China são países ricos em potencial hidrelétrico, e a possibilidade de visitar o País e atuar nesse encontro é valori- zada. A sociedade se preocupa muito com a segurança sísmica e eu acredito que há um cam- po muito grande para uma fu- tura cooperação entre os dois países. Nós estamos muito in- teressados em trocar experiên- cias”, relata Chen. A Eletronorte também re- cebeu Martin Wieland, presi- dente do Comitê Técnico de Projetos Sísmicos de Barragens Icold. “Estou muito satisfeito de constatar que o Brasil começa a se preocupar com segurança sísmica. Eu tinha a impressão de que isso não era valorizado suficientemente e os resultados encontrados foram muito posi- tivos. Acho que os engenheiros brasileiros devem considerar os aspectos e cargas sísmicas atuantes nas barragens, não podem ignorá-las, porque a so- ciedade está preocupada com esses aspectos e exige medidas para garantir a segurança das estruturas de projetos de gran- des barragens”, afirma. UnB De acordo com Carmo Gonçalves, gerente de Projeto Eletromecânico de Hidrelé- tricas, o convênio com a UnB traz grandes frutos para a Ele- tronorte: “Essa colaboração e cooperação entre as áreas é importante não apenas para a engenharia civil, podendo afe- tar demais implicações diversas, ocorrendo até perda de vidas humanas. Por isso a segurança da barragem é fundamental, e esse seminário aborda o tema como um todo naturalmente e estruturalmente”. Segundo o professor da UnB, Dimitry Znamensky, “a maior importância seria sensibi- lizar a Empresa sobre a impor- tância de levar em conta esses efeitos. Os grandes empreen- dimentos da Eletronorte na Região Norte fazem parte da zona de maior sismicidade do Brasil. E os empreendimentos que virão estão localizados em uma zona cuja sismicidade não pode mais ser desprezada”.

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4 de junho de 2009 ano 12 nº241

Eletronorte e Embrapa promovem curso de coleta e sementes e pro-

dução de mudas florestais

Eletricistas aprendem a montar torre de transmissão

A S u p e r i n t e n d ê n -cia de Expansão da Geração realizou

o evento Dinâmica, Sísmica e Flúido-Estrutura em Engenha-ria de Barragens, em Brasília, aproveitando o grande número de pesquisadores e especialistas estrangeiros presentes ao Semi-nário Internacional de Grandes Barragens – Icold 2009 (veja cobertura na próxima edição da revista Corrente Contínua). A Eletronorte, em convênio com a Universidade de Brasília - UnB viu no encontro a oportunidade de oferecer à comunidade cien-tífica nacional a possibilidade de interação entre os pesquisado-res. “Estamos aproveitando jus-tamente o Icold, um evento que reúne as maiores autoridades de engenharia de barragens, para mostrar a experiência deles e promover um intercâmbio en-tre os engenheiros presentes”, afirma Gilson Machado, geren-te de Segurança de Barragens. Também foram apresentados os resultados das pesquisas da área em andamento no Brasil, além da disseminação das ativi-dades científicas realizadas pelo projeto de pesquisa Metahidro, desenvolvida pela Empresa e a UnB.

Um dos temas discutidos foi sobre segurança sísmica, análise dinâmica e testes em concreto e contou com a presença do pro-

Segurança de barragens:resultados de pesquisas científicas

são apresentados para público internacional fessor chinês Houqun Chen, vi-ce-presidente do Comitê Téc-nico de Projetos Sísmicos de Barragens Icold. “É um prazer termos a oportunidade de dis-cutir aspectos tão importantes com engenheiros brasileiros, cujos resultados são muito po-sitivos. Brasil e China são países ricos em potencial hidrelétrico, e a possibilidade de visitar o País e atuar nesse encontro é valori-zada. A sociedade se preocupa muito com a segurança sísmica e eu acredito que há um cam-po muito grande para uma fu-tura cooperação entre os dois países. Nós estamos muito in-teressados em trocar experiên-cias”, relata Chen.

A Eletronorte também re-cebeu Martin Wieland, presi-dente do Comitê Técnico de Projetos Sísmicos de Barragens Icold. “Estou muito satisfeito de

constatar que o Brasil começa a se preocupar com segurança sísmica. Eu tinha a impressão de que isso não era valorizado suficientemente e os resultados encontrados foram muito posi-tivos. Acho que os engenheiros brasileiros devem considerar os aspectos e cargas sísmicas atuantes nas barragens, não podem ignorá-las, porque a so-ciedade está preocupada com esses aspectos e exige medidas para garantir a segurança das estruturas de projetos de gran-des barragens”, afirma.

UnBDe acordo com Carmo

Gonçalves, gerente de Projeto Eletromecânico de Hidrelé-tricas, o convênio com a UnB traz grandes frutos para a Ele-tronorte: “Essa colaboração e

cooperação entre as áreas é importante não apenas para a engenharia civil, podendo afe-tar demais implicações diversas, ocorrendo até perda de vidas humanas. Por isso a segurança da barragem é fundamental, e esse seminário aborda o tema como um todo naturalmente e estruturalmente”.

Segundo o professor da UnB, Dimitry Znamensky, “a maior importância seria sensibi-lizar a Empresa sobre a impor-tância de levar em conta esses efeitos. Os grandes empreen-dimentos da Eletronorte na Região Norte fazem parte da zona de maior sismicidade do Brasil. E os empreendimentos que virão estão localizados em uma zona cuja sismicidade não pode mais ser desprezada”.

4 de junho de 2009 ano 12 nº 241

A Superintendência de Gestão de Pessoas, por meio da Gerên-

cia de Segurança e Medicina do Trabalho, iniciou processo de melhoria das condições de segurança do trabalho dos empregados e visitantes da Sede da Eletronorte, em Bra-sília. As ações tiveram início no último dia 11 de maio, com a aquisição de instrumentos preventivos, treinamento da primeira turma de brigadistas voluntários (fotos) e reuniões com engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, vi-sando à elaboração de um plano de ação para a área de segurança. Para o treinamento de brigadistas foram recruta-dos 120 empregados e cola-boradores voluntários, dividi-dos em quatro turmas. Ao final da ação, os participantes esta-rão capacitados a exercerem o papel de brigadistas voluntários no âmbito da Empresa, atuan-do no auxílio dos bombeiros

Segurança do trabalho: cursos de capacitaçãoiniciam ações de melhoria na Sede

civis no exercício simulado de evacuação do prédio e na pre-venção e combate a princípios de incêndio, além de realizar práticas de primeiros socorros. De acordo com o técnico de Segurança do Trabalho José Flávio de Lima, a Eletronorte já havia efetuado treinamentos no passado em conjunto com o Corpo de Bombeiros, sen-do a atual capacitação realizada sob a coordenação da Univer-sidade Corporativa – Ucel em

conjunto com a Gerência de Segurança e Medicina do Tra-balho. “Houve a contratação de um centro de treinamento especializado na capacitação de bombeiros profissionais ci-vis, ocorrendo também a par-ticipação de instrutores inter-nos. A formação e capacitação dos brigadistas voluntários é de extrema importância no pro-cesso de implementação do Plano de Ação de Segurança, pois os participantes adquirem

conhecimentos de como agir para os primeiros socorros e em situações de pânico”. Na reunião dos enge-nheiros e técnicos de seguran-ça do trabalho, participaram 28 empregados que atuam na área de segurança da Empre-sa, tanto na da Sede quanto nas Unidades Regionais. No encontro, além da formula-ção do Plano de Ação, foram abordados assuntos relativos a ações de otimização da área de Segurança. De acordo com João Firmino de Miranda, ge-rente de Segurança e Medici-na do Trabalho, “o encontro foi importante para promover a integração da área, padroni-zação das ações e elaboração de um plano de ação”. Tanto os treinamentos como a aqui-sição de novos dispositivos de segurança vão de encontro a Circular Interna 031/2009, veiculada no último dia 15 pela Superintendência de Gestão de Pessoas, que visa atender às determinações de seguran-ça da Eletronorte.

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Eletricistas aprendem a montar torre de transmissão

A Eletronorte treinou, em Mato Grosso, 16 eletricistas de linha

na montagem das torres de aço galvanizado que susten-tam as linhas de transmissão. O treinamento aconteceu na Subestação Rondonópolis para profissionais locais, de Roraima e do Maranhão. A regional mato-grossense pos-sui equipes altamente capaci-tadas, diante da grande inci-dência de quedas de torres no estado. De 2004 até 2006 fo-ram 15 ocorrências por conta de intempéries e atos de van-dalismo.

Dependendo do local da queda de uma torre, a popu-lação da região fica sem aces-so à energia elétrica e por esse motivo, nos treinamentos é enfatizada, além da eficiência na recomposição, a rapidez na conclusão do serviço. A mon-tagem de uma torre, segundo o coordenador do treinamen-to, Wilson da Silva Malheiro, leva de quatro a oito horas e exige o esforço de até 24 pessoas. “É um procedimento difícil, trabalhoso e que exige

um processo muito detalhado. Nosso plano de contingência descreve quais os procedi-mentos mais práticos e o que precisamos ter à mão para re-estruturar uma torre em me-nor tempo”, explica.

Hoje, a Empresa passou a contar com kits de parafusos, ferramentas e até seis torres

de alumínio - estruturas que são montadas em quatro ho-ras - posicionadas em pontos estratégicos e de fácil acesso. Essa é a segunda etapa do treinamento prático, que co-meçou em março e será con-cluído até o final do ano. Da turma atual, um dos integran-tes é mulher. “Eles terão que

Tucuruí atua na prevenção de acidentes ambientais

sair daqui com conhecimento suficiente para executar todas as tarefas que a profissão exi-ge. Devem ter garra, deter-minação, empenho, discerni-mento e disciplina. E não basta apenas ter preparo técnico e psicológico para ser um bom eletricista de linha, há que ter uma boa saúde também”, lembra Malheiro.

A Regional de Produ-ção de Tucuruí in-vestiu cerca de R$

200 mil em equipamentos e materiais modernos, utiliza-dos em casos de acidentes ambientais relacionados a derramamentos de óleo. O kit emergencial consiste em caixa separadora, recolhedor, motobomba, tanque de ar-mazenamento e barreiras de contenção simples e absor-ventes.

O material serve para evitar a possibilidade de po-luição do Rio Tocantins caso haja um sinistro de grandes proporções. “A meta é zero não-conformidade”, afirma Shislena Botelho Galvão, co-ordenadora do Sistema de Gestão Ambiental – SGA, da Empresa.

A medida também aten-de ao alinhamento da Política Ambiental da Eletronorte e ao processo de melhoria contí-nua, já que a Usina Tucuruí nunca foi multada por vaza-mento de óleo. De acordo com a equipe do SGA, os co-laboradores estão aptos a utili-zar os equipamentos em caso de necessidade, seguindo os procedimentos predetermi-nados.

EquipamentosA motobomba (foto ao

lado) é usada em diversas fa-ses de uma emergência que necessite bombear líquidos contaminados por sólidos ou óleo, em águas abertas ou ter-renos acidentados.

As barreiras de contenção são utilizadas para a proteção

de áreas sujeitas a acidentes ou superfícies de água conta-minadas por derramamento de óleo e seus derivados. São projetadas e dimensionadas para conter manchas de óleo, evitando seu espalhamento.

Os recolhedores de óleo

têm a função de remover manchas de óleo confinadas por barreiras de contenção ou no recolhimento de man-chas dispersas.

E a caixa separadora é em-pregada para separar a água do óleo, resíduos oleosos e graxos.

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O que significa plantar um bilhão de ár-vores?”, questiona

a engenheira florestal Noe-mi Viana Martins Leão, pro-vocando colaboradores do Centro de Proteção Ambien-tal – CPA e representantes de instituições rurais da região de Tucuruí. O grupo formado por cerca de 30 pessoas parti-cipou do curso Coleta de Se-mentes e Produção de Mudas, ministrado pela Embrapa, em parceria com a Eletronorte. A capacitação faz parte de programa do gover-no do Pará, com a parceria de diversas organizações e a coordenação do Instituto de Desenvolvimento Florestal - Ideflor. O objetivo é incentivar o reflorestamento, apontando para a rentabilidade e os be-nefícios que a biodiversidade proporciona. Impressiona o núme-ro de zeros: a meta é plantar 1.000.000.000 de mudas em cinco anos - sendo 50% de cultivos industriais (dendê, flo-resta energética e coco, por exemplo) e 50% de espécies nativas (como mogno, ipê e copaíba). Mas como fazer isso? A quem caberia este desafio? “Eu aposto na implantação de pequenos canteiros, distribuí-dos em todo o estado”, afirma Noemi. Por isso, a importân-cia do curso. Nele, os parti-cipantes aprenderam - teoria e prática - sobre ecologia flo-restal, fenologia reprodutiva

Eletronorte e Embrapa promovem curso de coletade sementes e produção de mudas florestais

de espécies arbóreas, mé-todos de colheita, processos de beneficiamento, teste de germinação, estudos de dor-mência e armazenamento de sementes, além da produção de mudas. A expectativa é que o grupo multiplique os conhe-cimentos e implante, em seus municípios e entidades repre-sentadas, os novos viveiros. “É preciso difundir conheci-mento e incentivar as pesso-as a cultivar florestas”, afirma Noemi, que completa: “A Eletronorte tem um Banco de Germoplasma que é referên-cia nacional e por isso nossa parceria é fundamental”. Na Ilha de Germo-plasma, a engenheira florestal Maria Ruth Nascimento e o técnico da Embrapa Jorge de Almeida questionaram: “o que a floresta, em pé, pode nos oferecer?”. A turma levantou mais de 50 possibilidades de renda e benefícios que favo-recem não apenas as famílias diretamente envolvidas na sua manutenção, mas todo o pla-neta. Entre elas estão a manutenção da biodiversida-de e de mananciais de água potável, o sequestro de car-bono, o equilíbrio do clima e a exploração sustentável de essências, óleos, remédios, frutos e mel. Outra atividade que pode resultar em ganhos é a produção de mudas de espécies nativas por meio da coleta de sementes. continua...

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O Laboratório de Análise de Sementes – LAS e os pro-cedimentos adotados para a seleção e cultivo das mudas fo-ram apresentados para a turma no último dia de treinamento. O registro do material cole-tado é descrito em um livro, identificando origem, coletor, espécie, características e data.

Depois da semente be-neficiada, elas seguem para o Laboratório. Elizangela da Silva Lima mostrou como é feito o teste de umidade e o funcio-namento de equipamentos usados na análise e conserva-ção das sementes (foto). Esses dados abastecem um banco de informações e favorecem um conhecimento mais preci-so sobre as especificidades das plantas analisadas.

Instalado há três anos pela Eletronorte, o LAS é um dos mais equipados da Região Nor-te. Para equiparar seu padrão aos melhores do País, a Em-presa tem investido em novos

Germinando conhecimento

aparelhos e também no corpo técnico. Para Sandra Moreira, que coordena o Programa de Germoplasma, o objetivo é certificar as sementes coleta-das e atender a demanda das comunidades rurais da região que atuarem nesta atividade.

Na área externa, os par-ticipantes colocaram a mão na terra e aprenderam como preparar as mudas, inclusive observando técnicas ergonô-micas. Dicas importantes a respeito de espécies, ou mes-mo o tamanho ideal dos sacos de plantio, enriqueceram a aula prática.

Também chamado de Unidade de Produção e Con-servação de Plantas, no Horto Florestal de Tucuruí são pro-duzidas mudas de espécies nativas e frutíferas, usadas tan-to para recuperação de áreas degradadas como na distribui-ção para organizações sociais como o Movimento dos Atin-gidos por Barragens – MAB.

Associação Fernando Fonseca recebe doação de livros

Mais de dois mil li-vros foram entre-gues à Associação

Fernando Fonseca. Dessa vez, a ação solidária foi realizada em parceria com o grupo forma-do por motociclistas do Clube BR-364 (foto). Os integrantes fizeram a entrega dos livros à presidente Júlia Fonseca, funda-dora da instituição filantrópica. “Foi a primeira ação solidária junto a Fernando Fonseca. Pre-tendemos daqui pra frente está sempre envolvidos nas ativida-des propostas pela entidade que tem o objetivo de ajudar a quem precisa”, disse Nilton Cé-sar, presidente do BR-364.

Um dos projetos sociais da Associação é montar uma bi-blioteca comunitária que funcio-

nará em uma das instalações da Eletronorte. “Será cedido pela Empresa uma área na Usina Rio Madeira e os livros serão utilizados por estudantes e leitores daquela região”, ex-plica Júlia. A comunidade a se refere é a do Bairro Nacional, onde se concentra um número expressivo de famílias carentes de Porto Velho (RO). “Esse era um dos sonhos do Fernando e hoje estamos dando o ponta pé inicial para que isso se torne realidade. Ele sempre esteve envolvido com ações filantró-picas e quero dar continuidade aos trabalhos solidários que ele gostava de fazer”, completou.

Os livros serão catalogados e alguns serão doados para a Escola Fernando Fonseca,

que em breve será construída por meio de convênio entre a Eletronorte e prefeitura do município de Candeias do Ja-mari. Quem quiser doar mais livros ou queira ser parceiro ou voluntário da Associação pode entrar em contato pelos tele-

fones 69-3224-8078/4141-0990 ou mandar mensagens para [email protected]. A instituição tam-bém está aberta para visitação no endereço Avenida Getúlio Vargas, 2172, Bairro Nossa Senhora das Graças.

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“A Eletronorte me deu esperança e a oportu-nidade de sonhar”. Essa

frase define bem o sentimento da jovem universitária Andressa Souza Ribeiro, 18 anos (foto). Ela é um exemplo de como a política social da Eletronor-te tem ajudado muitos jovens do município a vislumbrar um futuro melhor. Andressa está cursando o primeiro período do curso de engenharia mecâ-nica pela Universidade Federal do Pará - UFPA e participou do programa pré-vestibular reali-zado pela Eletronorte e o co-légio Sophos, que atende aos estagiários da Empresa.

O projeto lhe abriu as por-tas e para a universitária é uma ferramenta importante de in-clusão social. “Para alcançar os sonhos é preciso esforço e sa-ber agarrar as oportunidades. A bolsa de estudos conseguida

Por um futuro melhorcom muito esforço foi o pri-meiro degrau para a aprovação no vestibular”.

A colega de turma, Cle-onice da Silva Corrêa, 26, também é um bom exemplo de que investir nas pessoas dá certo. O cursinho oferecido pela Eletronorte foi crucial para o seu ingresso na universidade. “Meu sonho é concluir o cur-so e atuar em Tucuruí. Quem sabe trabalhar na Eletronorte. Sou muito grata a essa Empre-sa”.

Além de terem passado pelo mesmo programa social, Andressa e Cleonice têm ain-da em comum a vontade de transformar suas vidas. “Venho de uma família pobre. As pes-soas se conformam com isso e continuam pobres. O contato com as pessoas da Eletronor-te só aumentou a minha fé de que nós temos o poder de

transformar o destino. Essa mudança tem de ser de ati-tude o que significa estudar”, considera Andressa.

O Núcleo de Responsa-bilidade Social da Eletronorte desenvolve programas de in-clusão social como o Alfabe-tizando com Energia, Centro de Inclusão Digital, Jovem Aprendiz e o Pré-vestibular. O coordenador no Núcleo, De-gival Silva Sousa, explica que o

objetivo é favorecer a inclusão social e o exercício da cidada-nia. “Até então não havia uma forma pró-ativa de relaciona-mento com a comunidade. Nessa nova configuração, a Empresa vai até a sociedade e diz: fazemos esse trabalho aqui. Como podemos nos aproximar, conhecer as ne-cessidades da sociedade e ajudá-la a crescer?”.

Com a presença de par-lamentares do estado, o go-vernador do Amapá, Waldez Góes, entregou ao presidente da Eletronorte, Jorge Nassar Palmeira, (foto) os projetos executivos da segunda etapa do programa Luz Para Todos, com o detalhamento de todas as obras necessárias para a uni-versalização do serviço. O en-contro aconteceu em Brasília, com a presença dos deputa dos federa isl Dalva Figueiredo (PT-AP), e Evandro Milhomem (PCdoB/AP), do presidente da Assembléia Legislativa , depu-tado estadual Jorge Amanajás (PSDB) , do senador Gilvan Borges (PMDB/AP , além do presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA, Josimar Peixoto.

Até o final de 2010 serão realizadas 19 mil ligações, com investimentos que chegam a R$ 155 milhões. Os projetos foram divididos em quatro grandes blocos que agregam regiões específicas do Amapá. O b loco 1, batizado de s ul/ o este, reúne os municípios de Vitória do Jari, Mazagão, Santa-na e Laranjal do Jari. Para aten-der cinco mil consumidores nesse bloco, serão investidos

Luz Para Todos: Amapá entrega projetos da segunda etapa R$ 46 milhões. O bloco 2 ( leste) agrega os municípios de Macapá e Itaubal. São 6,3 mil consumidores a serem atendi-dos com obras no valor de R$ 45,4 milhões.

No bloco 3 ( c entro) estão os municípios de Porto Gran-de, Ferreira Gomes, Cutias do Araguari, Tartarugalzinho e Pedra Branca, onde serão incluídos 3.054 consumidores ao custo de R$ 29,6 milhões. O bloco 4 ( n orte) reúne os municípios de Amapá, Calçoe-ne, Oiapoque e Serra do Na-vio , onde serão atendidos 4,5 mil consumidores com investi-mentos de R$ 34,7 milhões.

De acordo com o Gover-nador , os projetos entregues à Eletronorte foram pensados de forma a permitir que sejam executados ao mesmo tempo. “É o momento de comemorar esse grande passo em nos-so estado. O povo do Amapá pode ter a certeza de que isso é fruto da aglutinação, da união de esforços do trabalho técni-co e político. A alegria é poder cumprir mais esse compromis-so com a população”.

Os parlamentares foram unânimes em destacar o cará-ter unificado da bancada que,

segundo eles, contribuiu para uma aliança em favor do Ama-pá. Segundo eles, o estado está dando um salto econômico e social, ampliando horizontes para o desenvolvimento de ca-deias produtivas locais a partir do abastecimento de energia elétrica em todas as comuni-dades.

Para o presidente da Ele-tronorte, Jorge Palmeira, com a apresentação dos projetos, o cronograma de execução será acelerado. “Os editais de licita-ção para os quatro blocos de apresentados já estão prontos e , depois da assinatura do contrato com a Eletrobrás, pu-blicaremos esses editais com a expectativa que as obras come-

cem em setembro próximo ”, afirmou.

DesafiosPara levar energia às co-

munidades mais isoladas do Amapá , serão necessários 70 mil postes de energia e oito mil transformadores , além de 5 ,8 quilômetrosde cabos de alta tensão, um volume que, se esticado continuamente , poderia ir d e um extremo a outro do e stado pelo menos três vezes.

Os cabos de baixa tensão serão instalados em 235 qui-lômetros por várias regiões. E para montar tudo isso ser ão necessário s pelo menos 2.650 trabalhadores, entre empregos diretos e indiretos.

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A contabilidade já foi con-siderada um processo frio e monótono. Atualmente, com a modernização e a adoção de sistemas informatizados, como o SAP/R3, a atividade foi descentralizada e abrange não apenas contadores. Está aberta a oportunidade para envolver a Empresa em um projeto que harmonize os conhecimentos e atraia o interesse de outras áreas de conhecimento.

Por exemplo: uma secre-tária registra a prestação de contas de viagens a serviço; um engenheiro cadastra as horas trabalhadas em seus centros de custos devidos; um advo-gado analisa índices de liquidez para licitações; um analista ad-ministrativo utiliza recursos do fundo rotativo para comprar

A evolução da contabilidademateriais. Todos estão envolvidos de alguma forma em processos que contabilizam fatos e eventos finan-ceiros.

Com base nis-so, A Superinten-dência de Conta-bilidade idealizou um treinamento com o objetivo de tornar a ciência contábil num co-nhecimento amplo, dinâmico e que agregue valor para os empregados. Também pela adoção da Lei Sarbanes-Oxley - SOX cresceu a responsabili-dade da Empresa em manter registros fiéis e corretos.

Coordenado pela Univer-

sidade Coorporativa da Ele-tronorte - Ucel nasceu o curso Contabilidade para Não Con-tadores (foto acima). Para tanto foi criada uma equipe de instru-tores internos que começaram duas turmas na Sede. As avalia-ções demandaram maior carga horária e um público mais am-

plo, inclusive no relacionamen-to da contabilidade com as uni-dades regionais da Empresa. A primeira foi Tucuruí e a partir de lá o curso já percorreu Be-lém, Porto Velho e em breve chegará a cada regional.

Os interessados devem procurar a Ucel para mais es-clarecimentos.

Educação ambiental: Eletronorte apóia prefeitura de Belém

Mil panfletos infor-mativos foram distribuídos aos

moradores do bairro do Bar-reiro, em Belém (PA) (foto), com a finalidade de sensibilizar a comunidade sobre educação ambiental. A ação foi promovi-da pela prefeitura e contou com o apoio do Centro de Tecnolo-gia da Eletronorte, por meio da impressão dos panfletos, distri-buição de água, equipamento de som e transporte.

De acordo com Elvira Oli-veira, coordenadora de Edu-cação Ambiental da Secretaria de Saneamento - Sesan, órgão municipal que promoveu a ati-vidade, a participação de uma Empresa do porte da Eletro-norte é fundamental, pois esta área é crítica. “Se todas as ins-tituições fizessem o mesmo, a prefeitura poderia trabalhar

com maior eficácia”, ressalta.O Centro de Tecnologia

entendeu a necessidade de estimular a educação ambien-tal nos bairros vizinhos, pois é comum moradores jogarem lixo no entorno e até dentro

das instalações. O material distribuído apresenta informa-ções como procedimentos para acondicionamento do lixo, explicação sobre algumas doenças causadas pelos detri-tos e locais onde entulhos não

devem ser jogados, como valas, vias, canais e sob linhas de transmissão. Jogar lixo em locais inadequados constitui crime ambiental e o infrator pode receber multa de até R$ 607,97 e pena de reclu-são de um a cinco anos.

5 de5agosto de 2008 ano 12 nº 2264 de junho de 2009 ano 12 nº 241

Empresas do Sistema Eletrobrás unificam políticas e práticas de educação

O evento Integra-ção do Sistema Educação das em-

presas do Sistema Eletrobrás teve como sede a Eletronorte (foto). O grupo de trabalho é constituído pelas 15 empresas que atuam no Plano de Desen-volvimento e Capacitação. O objetivo é modelar a Univer-sidade Corporativa do Sistema Eletrobrás - Unise e unificar políticas e práticas de educação corporativa nas empresas. O grupo se reúne periodicamen-te com a participação da con-sultoria da Universidade de São Paulo – USP. “Estamos na fase de concepção da Universidade Corporativa. Já foi aprovada a missão, visão, objetivo prin-cipal, os meios e diretrizes. A previsão é até outubro estar-mos com o projeto concluído. Os programas educacionais darão suporte à estratégia do Sistema de atuar de forma inte-grada, competitiva e rentável”,

explica o gerente do Depar-tamento de Desenvolvimento de Pessoas da Eletrobrás, Val-demar Freitas.

Durante o encontro, o grupo visitou as universidades corporativas do Sebrae, Banco Central e Correios com o ob-

jetivo de colher subsídios para os trabalhos de modelagem da Unise. Foi elaborado um or-ganograma com os objetivos, modus operandi, componen-tes e atribuições de cada unida-de. Para a superintendente de Desenvolvimento e Educação

Empresarial da Eletronorte, Eden Damasceno, “a Unise vai trabalhar educação, for-mação e atualização do que é considerado mais estratégico no Setor. Vamos ter melhoria de recursos e um sistema cada vez mais integrado”.

Pró-Equidade prepara plano da terceira edição

Cerca de 30 pessoas participaram da ofici-na de trabalho para a

construção do plano de ação da Eletronorte para a terceira edi-ção do Programa Pró-Equidade de Gênero (foto). Premiada por dois anos consecutivos, a Empresa se adianta para con-quistar mais uma edição do Selo Pró-Equidade, concedido às empresas que contribuem para estimular a igualdade entre homens e mulheres no traba-lho.

As empresas candidatas ao Selo estabelecem um plano de ação que contempla os com-promissos assumidos nas áreas de gestão de pessoas e cultura organizacional. As ações visam a introduzir, aprofundar e de-monstrar o compromisso com

a equidade de gênero. Para tanto, homens e mulheres da Eletronorte debateram o tema como fundamental para a sus-tentabilidade de uma empresa. O evento também atende aos objetivos estratégicos de aten-der aos requisitos de sustenta-bilidade do Sistema Eletrobrás e aos requisitos sociais.

A coordenadora do Progra-ma Pró-Eqüidade de Gênero da Secretaria de Políticas para Mulheres -SPM, Eunice Léa de Moraes, presente no debate, afirmou: “Não é de hoje que acompanhamos o trabalho do Comitê e de que forma a Em-presa tem avançado na questão da equidade. Sempre espera-mos muito do plano de ação da Eletronorte, que tem se destacado como referência nas

edições realizadas até agora”. A oficial de Programas de Promo-ção da Igualdade de Gênero e Raça no Mundo do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho – OIT, Solange San-ches, destacou a importância de se ampliar o conhecimento e reivindicar o cumprimento dos marcos legais e conven-ções que regem a equidade no mundo do trabalho.

Também participaram como palestrantes da oficina a superintendente de Desenvol-vimento e Educação, Eden Da-masceno e Fernando Augusto Lamonaco, do Comitê de Sus-tentabilidade da Eletronorte, que defenderam a equidade como condição indispensável para atender os requisitos de sustentabilidade empresarial.