4. cristã (Ética)

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ÉTICA CRISTÃ

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Ética

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  • TICA

    CRIST

  • Revoluo religiosa Revoluo ticaNova ordem da condio humana tica cristordem jurdica romana ordem mental grega CIVILIZAO OCIDENTAL

  • Jesus Cristo: adeso maior que os filsofos moralistasF e Razo: Religio e tica ordens diversas de conhecimento dois testemunhos diferentes: o de Deus e o do homem a razo cr justamente porquelhe parece razovel Todo aquele que cr, pensa. Porque a f, se o que se cr no se pensa, seria nula (Sto. Agostinho)

  • Providncia Esticos = destino / aspecto racional da necessidade com a qual o Logos produz e governa as coisas Cristianismo = a de um Deus pessoal sobre cada ser humano em particular (cf. Mt 6, 24-34) Imortalidade Tradio platnica e pitagrica = imortalidade da alma Cristianismo = ressurreio dos mortos (alma e corpo)Aquilo que fazemos em vida ecoa na eternidade

  • 1. SANTO AGOSTINHO DE HIPONAA tica estuda o sumo bem, ao qual referimos todos os atos, que procuramos por si mesmo e alm do qual, se o atingirmos,nada mais procuramos que nos torne felizes. Ele chamado tambm de fim, porque para ele se voltam todos os outros desejos, ao passo que ele desejado somente por si mesmo (Agostinho)

  • tica eudaimonista e teleolgica- Diferena dos gregos: a felicidade consiste em alcanar a Deus, que o autntico sumo bem. Como podemos alcanar esta felicidade?Conhecendo as normas morais pela luz divina que podemos perceber em ns, na conscincia Iluminao interior: Deus imprime a lei na mente do homem (lei eterna e imutvel) coincide com os MandamentosNo saias de ti, volta para ti mesmo. A verdade habita o homem interior. E, se descobrires que a tua natureza volvel, transcende a ti mesmo, tu transcendes a alma racional. Tende, portanto, para onde se acende a luz da razo (Agostinho)

  • Novidade do cristianismo: tica do amor e no da leiCumprir a lei com a inteno de amar a Deus e da perfeio que aproxima de Deus Primazia do amorAma e faz o que queres. O amor a Deus e ao prximo se torna operante atravs das virtudes. E a virtude consiste em amar o que deve ser amado. Ordo amoris: Deus no centroPelo exerccio das virtudes cardeais e teologais, a conduta tica um processo de converso e de aproximao a Deus.

  • De Agostinho a Toms de AquinoDe Agostinho at o Sc. IX no h novidades na filosofia cristSc. IX reorganizao do Imprio com Carlos Magno incio da Escolstica (Filosofia crist da Idade Mdia)Escolstica: desenvolvimento no Sc. XI germe das Universi-dades (s. XII)Tema agostiniano do cristianismo como religio e tica do amor constitui o motivo condutor da reflexo tica fundamentalmente

  • 2. SANTO TOMS DE AQUINO (1225- 1274) pice da Escolstica Sntese: pensamento grego e cristo Autoridade insupervel e atualPensamento tico centrado na doutrina do direito natural grande influncia no pensamento tico posteriorA tica ocupa-se da ao humana que tem sua raiz na vontade livre.O homem sujeito moral por sua liberdade: sem ela a tica no teria sentido

  • Summa Theologiae I (tica): Objeto da seo: o homem, criado imagem e semelhana de Deus o princpio das prprias aes, por fora do livre-arbtrio e do domnio que tem sobre elasA ao humana guiada por dois princpios:Princpios intrnsecos: as virtudes disposies prticas adquiridas pelo nosso esprito para agir corretamente - morais: justia, temperana, prudncia e fortaleza - teologais: f, esperana e caridade2. Princpios extrnsecos: a lei regra e medida das aes descoberta pela razo, tendo a Deus como seu autorPRINCPIOS DA AO HUMANA

  • Trs formas de Lei:Lex aeterna Plano ou ordenao da divina sabedoria, pelo qual se dirigem todas as aes e movimentos das criaturas em vista do bem comum do universo" (S. Th. I, a. 2, q. 93, a 1). A LEI"ordenao da razo, para o bem comum, promulgada por quem tem o encargo da comunidade". 2. Lex naturalis a participao passiva da lei eterna na criatura racional (S. Th. I, a. 2, q. 91, a. 2) 3. Lex humana o conjunto das leis positivas, que especificam as prescries gerais da lei natural. Obrigam na medida na medida em que so deduzidas da lei natural, ou pelo menos no a contradizem. Caso contrrio, perdem a obrigao.

  • A ordem dos preceitos da Lei natural corresponde s inclinaes da natureza:LEI NATURALContedo: o bem prprio da natureza humana, de acordo com a ordem estabelecida pelo Criador.

    Autoconservao, preservao da espcie, sociabilidade Como conhecer os preceitos da lei natural? Sindresis: capacidade inata da razo de perceber os princpios fundamentais. A conscincia aplica esses princpios aos casos concretos. RevelaoA conscincia: ltima instncia da deciso moral, fonte de obrigao.tica no legalista: no est baseada na obrigatoriedade da lei, mas no Sumo Bem ao qual todos tendem.

  • A insistncia na existncia de uma lei natural, superior a qualquer ordenamento legal;

    Dizia Toms: se a lei humana no concorda com a lei natural, j no lei e sim corrupo da lei, argumento vlido para impugnar leis contrrias ao direito natural. Dentre as contribuies de Toms...

  • Santo Toms influenciou na renascentista Escola de Salamanca (Vitria, Molina, Surez, Bartolomeu de las Casas), pioneira na defesa dos direitos naturais dos ndios sul-americanos.

    Tambm influenciou nos personalistas cristos do sculo XX (Maritain, Mounier) que foram os grandes impulsionadores da Declarao dos Direitos Humanos de 1948.