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3º SIMULADO - 9º ANO - 2016 ENSINO FUNDAMENTAL 45 Questões 30 de novembro - quarta-feira Gramática - Interpretação de Texto Produção deTexto - Livro Paradidático - Inglês Nome:____________________________________________________ Turma:___________Unidade: _________________________________ DIA

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3º SIMULADO - 9º ANO - 2016ENSINO FUNDAMENTAL

45 Questões

30 de novembro - quarta-feira

Gramática - Interpretação de TextoProdução de Texto - Livro Paradidático - Inglês

Nome:____________________________________________________

Turma:___________Unidade: _________________________________

DIA

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CENTRO EDUCACIONAL

ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DO SIMULADO - 2º TRI

1. O aluno só poderá sair para beber água ou ir ao banheiro após 40 minutos do início da prova.

2. O aluno não poderá levar a prova para casa.

3. O preenchimento do gabarito deve ser feito somente com caneta AZUL. NÃO É PERMITIDO O USO DECANETINHAS DE COLORIR, COM PONTAS MACIAS (POROSAS).

4. O espaço retangular destinado à marcação deve ser totalmente preenchido, conforme esquema abaixo.

5. O preenchimento incorreto do gabarito implicará na anulação da questão ou de todo o gabarito.

6. Durante a prova, o aluno não poderá manter nada em cima da carteira ou no colo, a não ser lápis, caneta eborracha. Bolsas, mochilas e outros pertences deverão ficar no tablado, junto ao quadro. Não será permitidoempréstimo de material entre alunos.

7. O aluno que portar celular deverá mantê-lo na bolsa e desligado, sob pena de ter a prova recolhida, caso omesmo venha a ser usado ou tocar. Caso não tenha bolsa, colocá-lo na base do quadro durante a prova.

8. O gabarito estará disponível no site da escola no dia seguinte à aplicação da prova.

9. O prazo máximo para conferir qualquer dúvida sobre o gabarito da prova se encerra 24 horas após a aplicaçãoda prova.

10. O aluno poderá ser liberado após uma hora de prova.

FORMADE

PREENCHIMENTOERRADA

FORMA

DEPREENCHIMENTOCORRETA

É COLOCAR QUALQUER TIPODE INFORMAÇÃO NESTE LOCAL

PROIBIDO

PREENCHIMENTO DO CARTÃO RESPOSTA

SOMENTE COM CANETA AZUL

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TEXTO 1 “Escrevo sobre o silêncio sonoro da floresta ou sobre a menina que dorme com fome. Sobre as ancas da moça que passa ou sobre o milagre do telescópio que fotografou a luz fossilizada dos primeiros estilhaços do big-bang. Sobre a dor dos deserdados e a esperança de quem tem fé.”

(Thiago de Mello, em entrevista a Fabrício Carpinejar. Disponível em: palavrarte.com) TEXTO 2

“Atrás de portas fechadas, à luz de velas acesas,

entre sigilo e espionagem acontece a Inconfidência.

Liberdade, ainda que tarde ouve-se em redor da mesa.

E a bandeira já está viva e sobe na noite imensa.

E os seus tristes inventores Já são réus – pois se atreveram

a falar em Liberdade.” (Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência)

1. Comparando os termos em destaque nos textos 1 e 2, pode-se afirmar, sobre o acento indicador de

crase, que

a) no texto 1, há um desvio da norma e, no texto 2, o emprego está correto, já que o substantivo “luz” é feminino e aceita o artigo feminino “a”, havendo, assim, a ocorrência de crase.

b) nos dois textos há desvio da norma gramatical, pois, no texto 1, o verbo “escrever” rege preposição “a”, ocorrendo crase diante de complemento feminino e, no texto 2, não há justificativa para empregar acento grave.

c) os dois textos estão de acordo com a norma culta, pois, no texto 1, o verbo não exige preposição, há apenas o artigo que acompanha o substantivo feminino “luz”; no texto 2, a crase se justifica por se tratar de locução adverbial com palavra feminina.

d) os dois textos estão em desacordo com a norma, pois, no texto 1, o verbo fotografar rege preposição “a” e o complemento “luz” vem acompanhado do artigo “a”; no texto 2, o verbo “acontece” não rege preposição, dispensando o uso do acento grave.

e) nos dois textos, o emprego do acento indicador de crase é facultativo, por isso, tanto no texto 1 quanto no texto 2, a ausência ou presença do acento grave, diante do substantivo feminino “luz”, está correta.

GABARITO C COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno demonstre domínio em relação às regras de emprego do acento indicativo de crase, bem como em relação aos casos em que não se deve empregar esse acento. 2. No fragmento “E os seus tristes inventores/ Já são réus – pois se atreveram/ a falar em Liberdade”, o

verbo em destaque possui a mesma regência que o verbo destacado em

a) Os Inconfidentes desejavam um país mais justo, igualitário e, principalmente, livre dos colonizadores portugueses.

b) Tiradentes e seus companheiros chegaram a acreditar que conseguiriam implantar a República. c) Cecília Meireles homenageia os Inconfidentes e registra a História de forma poética, mas verossímil. d) Uma das funções da Literatura é a de registar, de maneira estética, fatos que marcam a história de um

povo ou uma nação. e) Obras como o Romanceiro da Inconfidência mantêm a nossa memória coletiva sempre acesa. GABARITO B COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno demonstre conhecimento da norma gramatical que determina a regência verbal. Neste caso, cabe ao aluno comparar e verificar que diferentes verbos podem ter regência semelhante, como é o caso dos verbos “atrever” e “chegar”, que regem a preposição A.

O desgaste das palavras Sou um tonto. Dia destes recebi um recado na secretária eletrônica pedindo retorno urgente. Liguei. Era um corretor de imóveis querendo me vender um lançamento.

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− Qual era a urgência? − perguntei, irritado. − Bem... Estamos selecionando alguns clientes e... Conversa mole. As pessoas usam a palavra “urgente” em mensagens de todo tipo. Ainda sou daqueles que se assustam de leve com um e-mail “urgente” para, logo depois, descobrir que se trata de um assunto muito corriqueiro. A palavra está perdendo a força. Daqui a pouco não vai significar mais nada. A mesma coisa acontece com o verbo “revelar”. Abro uma revista e vejo: atriz “revela” que vai pintar o cabelo de loiro. Isso é revelação que se preze? Resultado: quando se quer realmente revelar algo se usa “denuncia” ou “confessa”. E vip? A sigla surgiu como abreviação de “very important people”. Os vips tinham acesso preferencial a festas e eventos de todo tipo. Obviamente, todo mundo quis ser tratado como vip. Alguns shows e camarotes carnavalescos ficam lotados por manadas de vips. Para diferenciar “vips” entre si, nos lugares mais disputados surgiram chiqueirinhos para os “supervips” ou “vips dos vips”. Em resumo: “vip” não significa absolutamente coisa nenhuma − somente que a pessoa é rápida para descolar um convite com pulseirinha. Os anúncios imobiliários são pródigos em detonar palavras. “Exclusivo” é um exemplo. Quase todos falam em “condomínio exclusivo”, “espaço exclusivo” (e não havia de ser, se o proprietário está pagando?). De tão comum, “exclusivo” deixou de ser “exclusivo”. Veio o “diferenciado”. Ou “único”. Mas como um apartamento pode ser “diferenciado” ou “único” se está em um prédio com mais cinquenta iguais? A palavra “amigo” é incrível. Implica uma relação especial, mas a maioria fala em “amigos” referindo-se a conhecidos distantes. O mesmo ocorre com “abraço”. Terminar a mensagem com um “abraço” era suficiente, pois era uma forma de oferecer nosso carinho à pessoa. Foi tão banalizado que agora se usa “grande abraço”, “forte abraço”, mas agora é pouco, pois já surgiu o “beijo no coração”. A seguir, o que virá? Por que deixar que as palavras se desgastem? Se o que têm de mais belo é justamente sua história e o sentimento que contêm? Enfim, tudo o que lhes dá realmente significado.

(Walcyr Carrasco, Veja SP, 13.08.2008. Adaptado) 3. A análise da regência verbal ou nominal foi feita adequadamente em:

a) “Os vips tinham acesso preferencial a festas e eventos de todo tipo”: Neste fragmento, o termo regente é o substantivo “acesso” e o termo regido é a preposição “de”, na expressão “de todo tipo”.

b) “Alguns shows e camarotes carnavalescos ficam lotados por manadas de vips”: Neste fragmento, o termo regente é o adjetivo “lotados”, que normalmente rege a preposição “de”, porém no texto está regendo a preposição “por”.

c) “somente que a pessoa é rápida para descolar um convite com pulseirinha”: Neste fragmento, o termo regente é o adjetivo “rápida” e o termo regido é a preposição “com”, em “com pulseirinha”.

d) “Os anúncios imobiliários são pródigos em detonar palavras”: Neste fragmento, o termo regente é a preposição presente na expressão “em detonar palavras” e o termo regido é o adjetivo “pródigo”.

e) “A palavra ‘amigo’ é incrível. Implica uma relação especial”: Neste fragmento, o termo regente é o verbo “implica”, com sentido de “subentender”, que rege o termo “especial”, presente no complemento “uma relação especial”.

GABARITO B COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno demonstre conhecimento sobre regência verbal e regência nominal, sabendo diferenciá-las e analisá-las quando contextualizadas, sabendo que a regência pode mudar para se adequar à linguagem do texto onde é empregada. Releia o fragmento a seguir para as próximas duas questões: “Terminar a mensagem com um “abraço” era suficiente, pois era uma forma de oferecer nosso carinho à pessoa” 4. O termo destacado apresenta acento indicativo de crase, pois

a) é um adjunto adverbial que apresenta em sua composição uma palavra feminina. b) é um complemento nominal, cujo termo regente da preposição “a” é a palavra carinho. c) é um complemento exigido pelo verbo “oferecer”, que rege a preposição “a”, a qual, por sua vez,

encontra o artigo “a”, que acompanha o substantivo “pessoa”. d) é um complemento nominal, no qual está subentendida uma expressão que indica tempo e apresenta

uma preposição.

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e) é um complemento exigido pelo substantivo “forma”, que é uma palavra feminina, a qual encontra outra palavra feminina, “pessoa”, proporcionando o encontro de dois artigos “a”.

GABARITO C COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno demonstre domínio em relação às regras de emprego do acento indicativo de crase que, neste caso, está estritamente relacionado à regência do verbo “oferecer”, que exige complemento (objeto indireto), precedido da preposição “a”. 5. Ao utilizar uma das formas do porquê para substituir o termo “pois”, presente no fragmento, a opção

correta é:

a) Terminar a mensagem com um “abraço” era suficiente, por que era uma forma de oferecer nosso carinho à pessoa.

b) Terminar a mensagem com um “abraço” era suficiente, porquê era uma forma de oferecer nosso carinho à pessoa.

c) Terminar a mensagem com um “abraço” era suficiente, por quê era uma forma de oferecer nosso carinho à pessoa.

d) Terminar a mensagem com um “abraço” era suficiente, porque era uma forma de oferecer nosso carinho à pessoa.

e) Por que era uma forma de oferecer nosso carinho à pessoa, terminar a mensagem com um “abraço” era suficiente.

GABARITO: D COMENTÁRIO: O aluno deve demonstrar conhecimento em relação à ortografia de certas palavras. Neste caso, o emprego correto da palavra “por que” está relacionado à classe gramatical à qual pertence. 6. No fragmento a seguir, observa-se o emprego da palavra “mais”:

“[...] nos lugares mais disputados surgiram chiqueirinhos para os ‘supervips’ ou ‘vips dos vips’”. A palavra “mais” tem o mesmo sentido e pertence à mesma classe gramatical que a palavra do fragmento acima, no trecho: a) “Daqui a pouco não vai significar mais nada”. b) “como um apartamento pode ser ‘diferenciado’ ou ‘único’ se está em um prédio com mais cinquenta

iguais?”. c) “A palavra ‘amigo’ é incrível. Implica uma relação especial, mas a maioria fala em ‘amigos’ referindo-se

a conhecidos distantes”. d) “Foi tão banalizado que agora se usa ‘grande abraço’, ‘forte abraço’, mas agora é pouco, pois já surgiu

o ‘beijo no coração’”. e) “Por que deixar que as palavras se desgastem? Se o que têm de mais belo é justamente sua história e

o sentimento que contêm?”. GABARITO E COMENTÁRIO: O aluno deve demonstrar conhecimento em relação à ortografia de certas palavras. Neste caso, o emprego correto da palavra “MAIS” está relacionado à classe gramatical à qual pertence e aos diferentes contextos de emprego.

Gentileza (Marisa Monte)

Apagaram tudo

Pintaram tudo de cinza A palavra no muro ficou coberta de tinta

Apagaram tudo

Pintaram tudo de cinza Só ficou no muro tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados

Pelas ruas da cidade

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Merecemos ler as letras e as palavras de gentileza

Por isso eu pergunto a você no mundo Se é mais inteligente o livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola

A vida é um circo Amor palavra que liberta

Já dizia um profeta

7. Nos versos “Nós que passamos apressados/Pelas ruas da cidade”, ocorre um tipo de concordância verbal previsto pela norma culta. A concordância verbal segue o mesmo modelo adotado por Marisa Monte em:

a) Fui eu que ajudei os colegas com os trabalhos do projeto de Literatura. b) José é um dos alunos que se encantou com o escritor Ariano Suassuna. c) Foram os alunos quem tiveram a ideia de apresentar uma canção. d) Eles escolheram o trabalho que mais agradaram a turma. e) A apresentação foi tão bonita que nem acreditamos que foram eles quem fez. GABARITO A COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno demonstre conhecimento da norma gramatical que determina a concordância do verbo com o sujeito, quando este é desempenhado pelo pronome relativo “que”. Leia a carta comercial a seguir para responder à próxima questão.

8. Na carta acima, encontramos um desvio às normas gramaticais de concordância. Esse desvio foi

corrigido adequadamente em:

a) “Conforme me solicitou na reunião, segue em anexo os arquivos [...]”. b) “Embora haja alguns ajustes a serem considerados [...]”. c) “A tabela de custos especificado se encontra na terceira planilha [...]”. d) “A tabela [...] se encontra na terceira planilha do documento intitulados Valores Gerais”. e) “[...] estou a disposição para sanar qualquer dúvidas”. GABARITO B COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno demonstre conhecimento da norma gramatical que determina a concordância (em gênero e número) do adjunto adnominal com o nome ao qual ele está ligado, observando o uso da concordância em situações textuais cotidianas. Leia o texto a seguir, do qual foram omitidas algumas palavras:

TROPICALISMO

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Na década de 1960, a época dos famosos festivais de MPB realizados pela antiga TV Record, começaram a se destacar alguns jovens artistas que tinham uma linguagem verbal e musical completamente diferente daquela que predominava até então. Entre _______ jovens, estavam Caetano Veloso, Gilberto Gil, o grupo Os Mutantes e Tom Zé. O movimento artístico originário ________ grupo de jovens, ao qual se chamou Tropicalismo, foi o último importante movimento cultural ocorrido no Brasil até o final do século XX. O ponto de partida do movimento foi o III Festival de MPB da TV Record, realizado em 1967, do qual participaram Gilberto Gil e Caetano Veloso, __________ com a canção “Alegria, alegria” e aquele com “Domingo no Parque”.

Adaptado de CEREJA, William Roberto. Literatura Brasileira. São Paulo: Atual, 2000. 9. São os termos omitidos do texto, respectivamente:

a) estes; deste; esses. b) esse; desse; estes. c) esses; desse; este. d) este; desses; este. e) estes; destes; este. GABARITO C COMENTÁRIO: O aluno deve demonstrar conhecimento em relação à ortografia de certas palavras. Neste caso, o emprego do pronome demonstrativo no discurso irá determinar a coesão e progressão do texto. 10. Sobre o fragmento do texto em que se lê: “O ponto de partida do movimento foi o III Festival de MPB da

TV Record, realizado em 1967, do qual participaram Gilberto Gil e Caetano Veloso”, o verbo destacado está em concordância com o seguinte elemento do texto:

a) “O ponto de partida”. b) “movimento”. c) “III Festival de MPB”. d) “o qual”. e) “Gilberto Gil e Caetano Veloso”. GABARITO E COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno demonstre conhecimento da norma gramatical que determina a concordância do verbo com o sujeito. Ao perceber que o verbo está no plural, o aluno irá buscar o sujeito composto presente no contexto, com o qual o verbo concorda. 11. Motivo Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico. se permaneço ou me desfaço, - não sei, não sei . Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: mais nada. Cecília Meireles

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Após a leitura atenta do poema, é possível dizer que a ideia de morte é flagrante no verso: a) “Irmão das coisas fugidias...” b) “Se desmorono ou se edifico...” c) “- não sei, não sei. Não sei se fico...” d) “Tem sangue eterno a asa ritmada.” e) “E um dia sei que estarei mudo...” GABARITO: E COMENTÁRIO: Para a poetisa, a ausência de voz, a impossibilidade de cantar, isso é, de fazer versos, é comparada à morte. As questões a seguir são referentes ao livro Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna: 12. Ariano Suassuna, autor de O auto da Compadecida, em diversas conferências que realizou, falou

acerca da existência de dois “Brasis”. Segundo ele, Machado de Assis dizia que no Brasil existem dois países, o oficial e o real. Para Machado, "o país real é bom, revela os melhores instintos. Mas o país oficial é caricato e burlesco". Em outras palavras, o país oficial é o país dos privilegiados, que têm acesso à cultura e ao dinheiro, já o país real é daqueles que mais sofrem e trabalham.

A partir da definição de Brasil oficial e Brasil real, de Ariano Suassuna, assinale a alternativa que contenha, respectivamente, a personagem que no Auto da Compadecida é representante do primeiro Brasil e qual é representante do segundo: a) Coronel Antônio de Moraes e o Bispo. b) João Grilo e Chicó. c) Coronel Antônio de Moraes e João Grilo. d) Mulher do Padeiro e Encourado. e) Severino e Palhaço. GABARITO: C COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno associe as ideias defendidas por Machado de Assis, expostas por Ariano Suassuna, e classifique, respectivamente, o Coronel Antônio Moraes como o porta-voz do Brasil oficial, isto é, dos privilegiados. Isso é evidente pelo fato de que todos, com exceção das personagens de Manuel e da Compadecida, estão subordinados a ele. João grilo é, por excelência, o porta-voz dos oprimidos, representando, portanto, o Brasil real. 13. É o fragmento do Auto da Compadecida que melhor descreve a personagem João Grilo:

a) “Enganava o marido com todo o mundo”. b) “Ele está de um jeito que não respeita mais ninguém e com mania de benzer tudo”. c) “Antes de morrer, olhava para a torre da igreja toda vez que o sino batia”. d) “Negociou com o cargo, aprovando o enterro de um cachorro em latim, porque o dono lhe deu seis

contos”. e) “Um canalhinha amarelo que mora aqui e trabalha na padaria”. GABARITO: E COMENTÁRIO: Por diversas vezes, a personagem João Grilo é descrita na obra como “canalhinha” e “amarelo”, soma-se a isso o fato dele trabalhar na padaria, junto ao seu amigo Chicó. As próximas duas questões referem-se ao texto abaixo. João Grilo: Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em verso. Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando.) Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada,

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a braba levanta o pé. Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu? João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta de respeito! Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Valha-me, Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré. Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida, entra. Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete! João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o verso que eu recitei? A Compadecida: Não, João, porque eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. Quem gosta de tristeza é o diabo. João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a gente, dizendo que é falta de respeito. A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado. Encourado: Protesto. Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou. (...)

Fonte: Auto da Compadecida. 15 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979. 14. Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a obra, as personagens João Grilo e Chicó

identificam-se com

a) os bobos da corte da Idade Média. b) os palhaços dos circos populares. c) as figuras do bem e do mal, sabedoria universal. d) tipos humanos autenticamente brasileiros. e) figuras lendárias da literatura popular nordestina, semelhantes a Lampião e Padre Cícero. GABARITO: D COMENTÁRIO: Um dos objetivos explícitos na produção literária de Ariano Suassuna é a valorização da cultura e do povo brasileiro, nesse sentido, as personagens João Grilo e Chicó representam o povo que sofre, mas que é feliz; o povo que usa da inteligência para fugir da fome e da injustiça. Nesse sentido, essas personagens são exemplares do Brasil. 15. Ao humanizar personagens como Manuel e a Compadecida, o autor pretende

a) denunciar o lado negativo do clero, na religião católica. b) exaltar o sentimento da justiça divina ao contemplar os simples de coração. c) mostrar um sentimento religioso simples e humanizado, mais próximo do povo. d) retratar o sentimento religioso do povo nordestino, numa visão ideal. e) ridicularizar as figuras de Cristo e de Nossa Senhora. GABARITO: C

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COMENTÁRIO: A modificação do nome da personagem Jesus para Manuel, corruptela de Emmanuel, representa a aproximação da personagem sagrada do povo. Nomear a divindade com um nome popular consiste em aproximar o divino do terreno. A isso, soma-se a cor de Manuel (negra) e sua simplicidade no trato com os pobres, na sua condição dupla, de Deus e homem. PALHAÇO: “Ao escrever esta peça, onde combate o mundanismo, praga de sua igreja, o autor quis ser representado por um palhaço, para indicar que sabe, mais do que ninguém, que sua alma é um velho catre, cheio de insensatez e de solércia. Ele não tinha o direito de tocar nesse tema, mas ousou fazê-lo, baseado no espírito popular de sua gente, porque acredita que esse povo sofre e tem direito a certas intimidades.”.

Fonte: Auto da Compadecida. 15 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979. 16. Em o Auto da Compadecida, há a presença da personagem Palhaço, que, de certa forma, narra a

história que será dramatizada, indicando a ação das demais personagens, bem como o cenário. Segundo Ariano Suassuna, ele quis ser representado na peça pelo palhaço. A partir disso, e do fragmento apresentado acima, assinale a alternativa que contenha a justificativa mais coerente acerca da presença desta personagem no interior da história.

a) Por se tratar de uma personagem cômica, que não é levada, em geral, a sério, o autor, assim, ganharia mais possibilidades de falar de temas polêmicos.

b) Ao escolher a personagem Palhaço, Ariano Suassuna desejava dizer a todos o quanto ele é engraçado. c) O palhaço é símbolo da alegria, embora seja uma tragédia, o Auto da Compadecida faz com que todos

riam. d) A personagem Palhaço foi escolhida para rememorar os grandes palhaços dos circos que Ariano

Suassuna frequentava quando criança. e) Ariano Suassuna, ao escolher o palhaço como narrador de sua peça, traz um elemento da cultura

popular para evidenciar seu amor à cultura brasileira. GABARITO: A COMENTÁRIO: A personagem Palhaço, representação cênica do próprio autor, é um recurso que possibilita maior liberdade no trato de temas polêmicos. Na fala da própria personagem, percebe-se que o fato de, empiricamente, o autor ser católico, impede-o de falar mal da sua religião. Como palhaço, ganha maior liberdade, uma vez que esse não é levado a sério. 17. Atente-se ao poema a seguir: Elegia holandesa águamolepedradura águaáolepedradura águaáglepedradura águaáguepedradura águaáguapedradura águaáguaáedradura águaáguaágdradura águaáguaáguradura águaáguaáguaadura águaáguaáguaádura águaáguaáguaágura águaáguaáguaágura águaáguaáguaáguaa águaáguaáguaáguaá

PAES, José Paulo. Poesia completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. O poema em análise, do poeta José Paulo Paes faz referência à dramática situação da Holanda, país cuja maior parte de seu território fica abaixo do nível do mar. É uma possível interpretação do texto:

a) Percebe-se no poema um tom de lamento, causado pela repetição final de cada verso –ura, o que remete à amargura.

b) Por meio da paródia do dito popular “água mole, pedra dura, tanto bate até que fura”, o poeta faz referência à possibilidade de submersão do país.

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c) O poema, graficamente, demonstra como o país será submerso: a pedra dura dará lugar à água mole, somente.

d) O título do poema – Elegia holandesa – demonstra que a temática do poema é a exaltação das conquistas holandesas no trato com a água.

e) O poema tem como temática a sabedoria popular, por isso faz uso do ditado e do trava-línguas. GABARITO: C COMENTÁRIO: José Paulo Paes, em seu poema Elegia Holandesa, por meio do dito popular “água mole, pedra dura, tanto bate até que fura”, evoca a triste realidade enfrentada pela Holanda há tempos: a possibilidade de ver grande parte do país submersa. Entretanto, o poema não vê essa realidade como possibilidade, uma vez que o próprio título “Elegia” antecipa que se trata de um poema em tom de lamento e tristeza. No poema, a Holanda é submersa. O que, graficamente, é perceptível, ao observar que os versos que se iniciam com a distinção entre o solo (pedra dura) e a água vão se desmembrando, restando, no último verso, apenas água. 18. O fragmento a seguir, pertence ao conto As três experiências, da obra A descoberta do mundo, de

Clarice Lispector: Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é o meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até à hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

(LISPECTOR, Clarice. In Seleta: seleção de Renato Cordeiro Gomes. Rio de Janeiro, J. Olympio; Brasília, INL, 1975.) Sobre o excerto, é correto afirmar que

a) a autora rejeita a escrita, pois não acredita no poder das palavras. b) o amor é superior à escrita pela efemeridade dessa, contraposta à permanência daquele. c) o ato de escrever é falho e mentiroso, ao passo que o amor é sempre verdadeiro. d) a escrita é relacionada à vontade, enquanto o amor consiste numa necessidade. e) amar e escrever são duas faces da mesma moeda, quando um falha, o outro sustém. GABARITO: D COMENTÁRIO: A autora relaciona a escrita a uma possibilidade, enquanto amar é visto como uma necessidade. Para Clarice Lispector, essencial na vida é mesmo o amor. Escrever é importante, mas tem fim. Amar, não. O trecho a seguir foi retirado da crônica “Querência – esse cálido regaço”, de Marilena Soneghet: Entendida de “querência” era Maria Helena. Minha amiga gaúcha, que se foi para os pampas de Deus. Embora ao aportar em terras capixabas se tenha “atrelado em música, cheiro, palavra cor e poema” ao nosso “estado de espírito”, a nostalgia falava mais alto: “o vento sul, em assovios se faz minuano, acordando minha infância”, dizia em versos.

SONEGHET, Marilena. Querência. Disponível em: <http://www.gazetaonline.com.br/_conteudo/2014/03/entretenimento/cultura_e_famosos/1480994-cronica-do-dia-querencia--esse-

calido-regaco.html>. Acesso em 27 de junho de 2016. 19. A figura de linguagem explicitada em “que se foi para os pampas de Deus” é denominada eufemismo,

estratégia literarária que consiste na suavização de uma informação considerada ruim. Quando usamos “bateu as botas”, em vez de “morreu”, usamos de eufemismo. Essa figura de linguagem também está presente em:

a) Sopra o vento, sopra o vento, / Sopra alto o vento lá fora; / Mas também meu pensamento / Tem um

vento que o devora. (Fernando Pessoa) b) Quando a luz dos olhos meus / E a luz dos olhos teus / Resolvem se encontrar / Ai que bom que isso é

meu Deus / Que frio que me dá o encontro desse olhar. (Vinicius de Moraes) c) João amava Teresa que amava Raimundo / que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili / que

não amava ninguém. (Carlos Drummond de Andrade) d) Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo / Minha avó / Meu avô / Totônio Rodrigues / Tomásia /

Rosa / Onde estão todos eles? / — Estão todos dormindo / Estão todos deitados / Dormindo / Profundamente. (Manuel Bandeira)

e) Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada / Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino, / Perder na vossa ovelha a vossa glória. (Gregório de Matos)

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GABARITO: D RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO: A alternativa “d”, Manuel Bandeira, da mesma forma que Marilena Soneghet, faz uso do eufemismo na expressão “dormindo profundamente”, para suavizar a ideia da morte. Todas as personagens citadas estão mortas, isso é evidente no verso “Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo”.

20. A partir da leitura da tirinha de Calvin, é possível inferir que

a) há um desencontro acerca da importância dada aos saberes trazidos pelo aluno e aqueles exigidos pela professora.

b) a escola é vista como local de aprendizado, onde importam mais os saberes possuídos que aqueles que serão ensinados.

c) a professora mostra-se entusiasmada a aprender com Calvin, uma vez que a escola é lugar de aprendizagem.

d) Calvin fica chateado pelo desinteresse da professora por seus conhecimentos sobre os super-heróis. e) para a professora, Calvin é um menino muito esperto, por isso, pede que ele fique ao final, para ouvi-lo.

GABARITO: A COMENTÁRIO: A tirinha de Calvin propõe uma crítica à concepção de escola como lugar de aprendizagem apenas para o aluno, mostrando que este também pode ensinar, pois carrega consigo saberes outros. O poema a seguir, Deus Triste, retirado do livro As impurezas do branco (1973), pertence a Carlos Drummond de Andrade: Deus Triste Deus é triste. Domingo descobri que Deus é triste pela semana afora e além do tempo. A solidão de Deus é incomparável. Deus não está diante de Deus. Está sempre em si mesmo e cobre tudo tristinfinitamente. A tristeza de Deus é como Deus: eterna. Deus criou triste. Outra fonte não tem a tristeza do homem.

ANDRADE, Carlos Drummond de. In As Impurezas do Branco. 21. Os versos de Drummond, a partir da temática religiosa, buscam explicar a tristeza do homem. A

resposta buscada pelo poeta é: o homem é triste, porque seu criador é triste. Assinale, nas alternativas abaixo, com base nas informações presentes no texto, aquela que justifique a tristeza de Deus:

a) Deus é triste, porque os homens pecam muito, ofendendo-o. b) Deus é triste, porque sua tristeza é eterna, isto é, não tem fim. c) Deus é triste, porque não tem outro Deus a quem recorrer. d) Deus é triste, porque vê que suas criaturas não são felizes.

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e) Deus é triste, porque sente saudades das suas criaturas. GABARITO: C COMENTÁRIO: O eu-lírico do poema “Deus triste” afirma que a tristeza de Deus consiste no fato de que Ele não possui outro Deus para recorrer. Os seres humanos, quando estão “sozinhos”, recorrem a Deus. Mas Deus não tem essa possibilidade. Isso fica claro nos versos: “Deus não está diante de Deus. / Está sempre em si mesmo e cobre tudo”. 22. Melhor define o gênero dissertação argumentativa:

a) Seu objetivo principal é narrar uma história ou relatar um acontecimento, verídico ou não. b) Tem por finalidade convencer o leitor, por isso os verbos devem ser usados apenas no imperativo. c) Apresenta informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características de modo a

vender um determinado produto para o leitor. d) Texto de opinião que apresenta um ponto de vista sobre algum problema social, com o objetivo de

convencer o leitor. e) Texto de opinião curto e informativo, que apresenta para o leitor de forma objetiva e clara um assunto

do cotidiano, podendo incluir relatos pessoais do autor. GABARITO: D COMENTÁRIO: A dissertação-argumentativa, como já diz o nome, é um gênero argumentativo, que apresenta argumentos sobre algum assunto relevante para a sociedade de forma a convencer os leitores. 23. A alternativa que apresenta apenas gêneros argumentativos é:

a) Resenha e debate regrado. b) Conto e resumo. c) Dissertação-argumentativa e crônica narrativa. d) Discurso e fábula. e) Resenha e romance.

GABARITO: A COMENTÁRIO: Apenas a letra A apresenta dois gêneros argumentativos. Nas demais alternativas há a presença de pelo menos um gênero narrativo. 24. A introdução de um texto dissertativo deve conseguir apresentar de forma clara para o leitor qual o tema

da redação e o ponto de vista que será defendido sobre ele. Sabendo disso, assinale abaixo qual alternativa apresenta a introdução mais adequada para uma dissertação:

a) A violência ainda é, infelizmente, um problema recorrente em nossa sociedade. Maria da Penha era uma farmacêutica que sofria agressões em casa e que teve que lutar na justiça para que seu agressor fosse punido. Conheço vários outros casos bem parecidos com esse, alguns na minha vizinhança mesmo, mostrando que a violência está sempre mais perto do que imaginamos.

b) Esta dissertação irá falar de um problema muito sério: a violência contra a mulher. Durante esta redação irei expor meus argumentos contra esse assunto, mostrando por que devemos combater esse mal.

c) É inegável o fato de que, na sociedade brasileira contemporânea, a igualdade de gêneros é algo que existe apenas na teoria. Medidas como a criação da Lei Maria da Penha e da Delegacia da Mulher, apesar de auxiliarem na fiscalização contra a violência ao sexo feminino e na proteção das vítimas, são insuficientes e pouco eficazes, algo comprovado através da alta taxa de feminicídios ocorridos em nosso país, além dos enormes índices de relatos de vítimas de violência.

d) Esse tema ainda gera muita polêmica na sociedade brasileira em pleno século XXI, pois continua fazendo inúmeras vítimas. Por mais que surjam medidas para tratar dessa questão, não parece estar havendo realmente mudanças significativas, já que todos os dias continuam sendo noticiados novos casos, mostrando que devemos, sim, falar sobre isso, para que possamos chegar à raiz do problema e descobrirmos o que fazer sobre isso.

e) Mesmo em 2016, a violência contra a mulher continua sendo um assunto a ser discutido pela sociedade. Uma forma de resolver esse problema seria desenvolver campanhas que incentivem a denúncia dos agressores, garantindo às vítimas a segurança do anonimato, para que assim possamos, no futuro, extinguir de vez esse problema.

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GABARITO: C COMENTÁRIO: A letra C é a única alternativa que apresenta de forma clara qual o tema e o ponto de vista que será defendido sobre ele. As letras A e B apresentam uma introdução escrita na 1ª pessoa e de tom bem pessoal, que não é o adequado à dissertação. Já a letra D está estruturada de forma extremamente vaga, sem deixar claro qual o tema da dissertação. A letra E já apresenta a proposta de intervenção na introdução, quando ela deveria vir apenas na conclusão.

25. A linguagem adequada ao texto dissertativo

a) é a informal, pois, por se tratar de um assunto de interesse geral, precisa ser compreendido pelo grande público.

b) é a formal, podendo apresentar traços de oralidade quando o autor precisar criar uma aproximação maior do leitor.

c) é a formal, sem traços de oralidade ou coloquialismo. d) pode variar, dependendo do tema abordado e do público almejado pelo autor. e) é, geralmente, informal, podendo assumir um tom mais formal quando o autor sentir que o texto precisa. GABARITO: C COMENTÁRIO: A dissertação, sendo um texto formal, faz uso de uma linguagem que reflete esse tom, sem traços de oralidade ou coloquialismos. 26. Em uma dissertação, o autor precisa desenvolver uma proposta de intervenção que respeite os direitos

humanos, que são

a) um conjunto de leis presente na legislação de todos os países, criado para assegurar alguns direitos básicos, como educação, segurança pessoal e saúde.

b) direitos inerentes a todos os seres humanos, estabelecidos pelas Nações Unidas, inerentes a todos os seres humanos, independente de raça, sexo, nacionalidade ou qualquer outra condição, que garantem o direito à vida, liberdade de expressão educação, entre outros.

c) leis criadas para protegerem as pessoas durante guerras e conflitos armados, sendo válidas apenas nessas situações.

d) direitos inerentes a todos os seres humanos, independente de características pessoais que possam possuir, exceto àqueles que cometem crimes hediondos, que desrespeitam esses mesmo direitos ou presidiários.

e) direitos criados para assegurar aos presidiários o direito à vida e a dignidade, para que os presídios sejam obrigados a oferecerem boas condições de vida para a população carcerária.

GABARITO: B COMENTÁRIO: Os direitos humanos foram criados com o objetivo de assegurar a todos os seres humanos direitos básicos de existência, como a liberdade de expressão, a educação, a moradia e a dignidade. Não é algo exclusivo a um grupo específico de pessoas.

27. Qual das alternativas abaixo apresenta proposta de intervenção adequada à estrutura do texto

dissertativo e que respeita os direitos humanos?

a) Ainda faz-se necessária uma maior fiscalização sobre as empresas e laboratórios que utilizam animais para testar seus produtos, podendo haver a aplicação de multas ou até mesmo o fechamento desses lugares, caso as leis não sejam cumpridas. Testes com cobaias voluntárias e pacientes terminais também seriam uma boa alternativa. Ainda acho que é pouco, pois essa gente não aprende fácil, mas talvez já seja um início.

b) É muito difícil encontrar uma solução para que parem de fazer testes em animais. Essa questão pode acabar nunca sendo resolvida, já que as grandes empresas sempre acabam encontrando uma forma de fazer o que bem querem.

c) Os testes em animais, muitas vezes, são feitos de forma que desrespeita os direitos deles, utilizando métodos cruéis que apenas trazem sofrimento desnecessário. O que poderia ser feito para melhorar tal situação seria a utilização de presidiários, substituindo os animais nos testes. Assim, eles poderiam pagar de uma forma diferente pelos crimes que cometeram.

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d) Os bichinhos não merecem esse sofrimento todo. Por que há pessoas que fazem isso? Essas pessoas merecem ser punidas com todo o rigor possível, para que aprendam a não fazer mais isso.

e) É importante que o Poder Público amplie a fiscalização das empresas e laboratórios que utilizam animais em seus testes, a fim de evitar que estes sejam expostos a condições deploráveis de tratamento. Deve-se haver, também, um maior investimento em pesquisas que busquem métodos alternativos para as pesquisas científicas.

GABARITO: E COMENTÁRIO: A letra E apresenta uma proposta completa, que apresenta o que será feito, por quem será feito e com qual objetivo. As letras A e C apresentam desrespeito aos direitos humanos, o que zeraria a dissertação. A letra B não chega a propor qualquer tipo de intervenção, enquanto a letra D apresenta uma proposta vaga e com linguagem inadequada à dissertação.

28. Qual proposta de intervenção abaixo apresenta desrespeito aos direitos humanos?

a) Para que seja possível a erradicação da violência contra a mulher, a justiça deve fiscalizar mais atentamente as denúncias e aplicar devidamente a lei Maria da Penha, que foi criada para mostrar aos agressores que “quem com ferro fere, com ferro será ferido”, ou seja, que aqueles que forem contra a lei, serão rigorosamente punidos por ela.

b) As leis precisam ser mais rigorosas para amenizarem o quanto antes a situação atual. O fato de vivermos em uma sociedade patriarcal, que reforça valores machistas constantemente, ajuda na manutenção de práticas de violência contra a mulher. Por isso, deveria ser aplicada a prática do “olho por olho, dente por dente”, para que esses agressores pudessem, assim, entender o que as mulheres passam diariamente e, no futuro, não cometer mais crimes do tipo.

c) O feminicídio é um crime que precisa ser combatido o quanto antes e com toda a rigorosidade possível dentro da lei. Os criminosos precisam entender a gravidade do crime e pagarem por isso.

d) O maior problema para a erradicação da violência contra a mulher é que ainda não há muitos profissionais devidamente capacitados para atender as vítimas e, por isso, a lei nem sempre é aplicada com a eficiência que deveria. Tais profissionais devem passar por um treinamento intenso para saberem como receber mulheres que precisam denunciar seus parceiros e, assim, conseguir também punir os responsáveis pelos crimes.

e) A certeza da impunidade é um dos maiores problemas por trás da violência contra a mulher. Se os agressores continuarem sem a punição devida, a violência continuará acontecendo. Por isso acho que não deveriam fazer vista grossa sobre agressões contra a mulher. Os agressores devem ser levados à justiça e pagarem pelo que fizeram.

GABARITO: B COMENTÁRIO: Na letra B, ao propor que deveria ser aplicada a prática do olho por olho e dente por dente, o autor está, na verdade, propondo que os agressores também sofram agressões no mesmo nível das cometidas por eles, o que iria contra os direitos humanos.

29. Sobre o debate regrado, pode-se dizer que

a) é um gênero escrito em prosa, cujo objetivo é informar sobre algum assunto de interesse geral, apresentando a opinião de pessoas especializadas no assunto.

b) é um gênero produzido oralmente, em uma situação em que duas ou mais pessoas apresentam seu ponto de vista sobre algum tema com a intenção de convencer a plateia.

c) é um gênero utilizado exclusivamente em épocas de eleição, já que seu objetivo principal é ajudar a população a descobrir mais sobre os candidatos e suas propostas.

d) é um gênero escrito típico de meios virtuais, utilizado para que qualquer pessoa possa expor sua opinião sobre qualquer assunto que ela considerar relevante.

e) é um gênero de tradição oral e informal, organizado por palestrantes, com intenção de debater com o grande público sobre temas nos quais são considerados especialistas.

GABARITO: B COMENTÁRIO: O debate regrado é um gênero oral, feito para ser ouvido e assistido por um público. Seu objetivo é apresentar a opinião de pessoas que entendem de um determinado assunto para convencer os ouvintes.

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30. Em um debate regrado, é normal haver a presença de um moderador, cuja principal função é

a) retirar do debate os participantes que estiverem fugindo do assunto ou desrespeitando os demais participantes.

b) controlar o tempo de fala de cada participante e guiar o tema da discussão. c) atribuir notas à fala de cada um dos convidados a participar do debate, para conseguir, assim,

determinar ao final da discussão quem ganhou a argumentação. d) explicar para o público de casa o ponto de vista de cada participante, especialmente quando o tema é

um assunto que pode ser considerado um pouco mais complicado para aqueles que estão assistindo ao debate.

e) ter participação mínima, restringindo-se apenas a apresentar o tema do debate para o público e, depois, encerrar a discussão.

GABARITO: B COMENTÁRIO: O moderador, além de apresentar o debate, ajuda a organizá-lo, mantendo os convidados atentos ao tempo e vez de fala. 31. Apresenta linguagem apropriada ao texto dissertativo:

a) Os animais, assim como os humanos, também têm seus direitos, eles merecem viver e ser respeitados. b) Os humanos ligam muito para os direitos humanos e esquecem que existe o direito dos animais, eles

também têm o direito de viver. c) Se fizessem esses testes em organismos artificiais, seria bem melhor, pois o Greenpeace não ficaria

em cima dessas empresas, enchendo a paciência dos empresários. d) Muitas pessoas dizem defender os direitos dos animais, mas, na verdade, elas pensam apenas

naqueles bichinhos fofinhos, como cachorros e gatos. Qualquer bicho considerado nojento (sapos e ratos) é deixado de lado.

e) Esse problema continua acontecendo porque as pessoas ainda mantem a mente muito fechada, não se antenam com o que está realmente acontecendo por trás de todo o processo para fazer um medicamento, por exemplo.

GABARITO: A COMENTÁRIO: Apenas a letra A apresenta linguagem adequada ao texto dissertativo. As demais apresentam palavras e termos coloquiais que não devem ser utilizados em uma dissertação, como “ligam muito”, “não ficaria em cima”, “bichinhos fofinhos”, “não se antenam”, entre outros. 32. Apresenta corretamente características do texto dissertativo:

a) Não costuma apresentar personagens, mas, quando apresenta, as desenvolve de forma breve, com poucas descrições, de forma a não se aprofundar muito em suas narrativas pessoais e poder, assim, focar mais na argumentação.

b) É sempre escrito na 3ª pessoa, podendo o narrador ser observador ou onisciente, dependendo do objetivo do autor.

c) Por ser um texto que fala sobre problemas que se originaram no passado, usa principalmente verbos no pretérito, especialmente na proposta de intervenção.

d) Deve apresentar uma proposta de intervenção, com o objetivo de mostrar que o autor entende a raiz do problema e, como cidadão consciente, consegue pensar em formas de se tratar o tema em questão.

e) Aborda temas relacionados a problemas sociais. Para falar sobre isso, o autor deve apresentar exemplos, fatos concretos, comparações, análises históricas etc. com a finalidade de convencer o leitor, mas sem deixar de lado a própria subjetividade, podendo explícito, por exemplo, seus argumentos políticos e religiosos sobre o assunto, independente de qual seja.

GABARITO: D COMENTÁRIO: O texto-dissertativo sempre deve apresentar uma proposta de intervenção que mostre que o autor é um cidadão preocupado e consciente e que entende o que pode ser feito para melhorar a situação.

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Leia o fragmento abaixo para responder à questão seguinte: Desde o Iluminismo, já sabemos – ou deveríamos saber – que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a persistência da violência contra a mulher no Brasil em pleno século XXI, percebe-se que esse ideal iluminista é verificado na teoria e não desejavelmente na prática. Muitos importantes passos já foram dados na tentativa de se reverter esse quadro. Entretanto, para que seja conquistada uma convivência realmente democrática, hão de ser analisadas as verdadeiras causas desse mal.

33. O trecho acima é a introdução de um texto dissertativo. Analisando o fragmento, pode-se dizer que

a) o autor expõe o tema principal (O Iluminismo) e deixa claro que para argumentar sobre ele irá falar também sobre a violência contra a mulher, comparando os dois assuntos e mostrando a relação entre eles.

b) o texto apresenta incoerência já em seu início, ao relacionar um período histórico distante a um problema social recente sem esclarecer qual a relação entre os dois.

c) o autor apresenta como a violência contra a mulher é um problema persistente, indicando também que irá falar durante a sua argumentação da questão histórica, destacando o momento em que tal problema se originou: o Iluminismo.

d) o autor destaca o tema principal (a persistência da violência contra a mulher) e o relaciona ao ideal iluminista para mostrar que a violência contra a mulher continua a existir por ainda não ter sido feito nada para resolver esse problema.

e) o autor destaca em sua introdução que um dos motivos para ainda haver violência contra a mulher é que o ideal iluminista não é visto de fato na prática, pois muitos ainda não se mobilizam a favor da mulher, permitindo que atos de violência persistam.

GABARITO: E COMENTÁRIO: O tema central é “A persistência da violência contra a mulher”, e o autor o relaciona ao Iluminismo para mostrar que é uma questão histórica decorrente da falta de aplicação dos ideais iluministas na sociedade.

34. Assinale a alternativa abaixo que apresenta proposta de intervenção adequada ao tema “A persistência

da violência contra a mulher”:

a) O feminicídio deveria ser tratado como uma forma de pena de morte para quem o comete, pois, após tanta violência, a morte é quase certa ao final. Deve-se justiça àqueles que, muitas vezes, morreram até mesmo sem motivo. Término de relacionamento e ciúmes não são motivos para matar uma mulher.

b) Existem várias formas de se tratar a violência. Uma, possivelmente mais eficiente, seria a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, garantindo, assim, que haveria menos criminosos impunes nas ruas. Mais cadeias e maior rigidez na aplicação das leis poderiam, também, ser medidas colocadas em prática.

c) Isso deve acabar, precisamos fazer alguma coisa. Enquanto a população continuar de braços cruzados nada acontecerá e o problema persistirá. Precisamos nos unir e buscar sempre a justiça, para que todos possam viver em paz.

d) [...] Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência.

e) Uma solução ideal para essa prática machista não existe, infelizmente. Por isso, o melhor que poderia realmente acontecer seria cada pessoa se vigiar e tentar abolir de sua vida piadas e comentários opressivos, que possam reforçar o machismo. Com cada um cuidando da própria vida e evitando interferir nas dos outros, a convivência poderia ser mais pacífica, já que todos respeitariam o ponto de vista alheia, o que, certamente, evitaria a geração de confrontos.

GABARITO: D COMENTÁRIO: Apenas a letra D expõe de forma coerente e bem desenvolvida uma proposta de intervenção relacionada à violência contra a mulher. A letra A não chega a apresentar qualquer tipo de intervenção, enquanto as letras C e E apresentam proposta vaga, sem explicar os meios que seriam

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utilizados para pô-las em prática. Já a letra B apresenta proposta de intervenção referente apenas à violência, sem especificá-la. 35. Em uma dissertação,

a) deve haver exposição do tema logo na introdução, porém o autor não deve em momento algum expor sua opinião sobre o assunto, mantendo-se o mais distante possível.

b) há a defesa de uma tese através da organização de fatos, ideias e dados, que devem apresentar obrigatoriamente o lado positivo e o negativo do assunto em questão.

c) os fatos devem ser expostos seguindo uma cronologia, sem qualquer quebra significativa no tempo já definido na introdução.

d) é importante haver imparcialidade total do autor durante a argumentação, para que o leitor possa construir seus próprios argumentos durante leitura do texto. Justamente por isso que devem ser evitados termos como “na minha opinião”, “segundo meu ponto de vista” etc.

e) deve haver exposição de dados, fatos e ideias relacionados ao tema e que justifiquem o ponto de vista do autor sobre o tema.

GABARITO: E COMENTÁRIO: O texto dissertativo deve, obrigatoriamente, apresentar o ponto de vista do autor, que usará fatos, exemplos, dados diversos relacionados ao tema para tentar convencer o leitor. 36. O texto abaixo servirá para responder à pergunta a seguir:

23 February 2012 Last update at 16:53 GMT

BBC World Service J. K. Rowling to pen first novel for adults

Author J. K. Rowling has announced plans to publish her first novel for adults, which will be “very different” from the Harry Potter books she is famous for. The book will be published worldwide although no date or title has been released yet. “The freedom to explore new territory is a gift that Harry’s success has brought me,” Rowling said. All the Potter books were published by Bloomsbury, but Rowling has chosen a new publisher for her debut into adult fiction. “Although I’ve enjoyed writing it every bit as much, my next book will be very different to the Harry Potter series, which has been published so brilliantly by Bloomsbury and my other publishers around the world,” she said, in a statement. “I’m delighted to have a second publishing home in Little, Brown, and a publishing team that will be a great partner in this new phase of my writing life.”

Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado). Vocab.: publish: publicar worldwide: internacionalmente released: lançada

Freedom: liberdade debut: estréia delighted: encantada

J. K. Rowling tornou-se famosa por seus livros sobre o bruxo Harry Potter e suas aventuras, adaptados para o cinema. Esse texto, que aborda a trajetória da escritora britânica, tem por objetivo

a) informar que a famosa série Harry Potter será adaptada para o público adulto. b) divulgar a publicação do romance por J. K. Rowling inteiramente para adultos. c) promover a nova editora que irá publicar os próximos livros de J. K. Rowling. d) informar que a autora de Harry Potter agora pretende escrever para adultos. e) anunciar um novo livro da série Harry Potter publicado por editora diferente. GABARITO: D

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COMENTÁRIO: Ao traduzirmos a primeira frase do texto “Author J. K. Rowling has announced plans to publish her first novel for adults” (a autora J. K. Rowling anunciou seus planos de publicar o seu primeiro romance para adultos). 37. What’s the equivalent in the indirect speech of the time expression “yesterday”. (No discurso indireto,

qual é a equivalência da palavra “yesterday”?)

a) The day before b) The next day c) Those days d) This day e) Today GABARITO: A COMENTÁRIO: Ao reportarmos o discurso de alguém, devemos trocar não somente o tempo verbal do discurso direto, mas também o advérbio de tempo; no caso da palavra “yesterday”, devemos trocar por “the day before”.

38. Mark the sentence in which the passive voice of the following sentence is used correctly. (Marque a

alternativa na qual a voz passiva da frase a seguir foi aplicada de forma correta).

“They are repairing the bridge” a) The bridge is repaired. b) The bridge was repaired. c) The bridge have been repaired. d) The bridge is being repaired. e) They would be repairing the bridge. GABARITO: D COMENTÁRIO: Quando transformamos uma voz ativa em passiva, devemos manter o tempo verbal utilizado na voz ativa. Por isso, temos o uso do Presente Contínuo tanto na voz ativa quanto na voz passiva. 39. Mark the correct indirect question form of the sentence presented in the cartoon below. (Marque a forma

indireta da pergunta apresentada no quadrinho a seguir).

a) The citizen asked when the real Tony Abbott will stand up. b) The citizen asked if the real Tony Abbott can stand up. c) The citizen asked if the real Tony Abbott would please stand up. d) The citizen asked when would the real Tony Abbott stand up. e) The citizen asked if will the real Tony Abbott stand up. Gabarito: C Comentário: Quando um discurso direto está conjugado no futuro simples com “will”, devemos reportá-lo utilizando “would”.

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40. Read the poem below to answer the following question. (Leia o texto abaixo para responder à pergunta a seguir).

On my stage

I'm that one who dreams and loves. I'm that one who communicates, holds, speaks, teaches, leads and understands. I'm that who indicates or advises or criticizes but no fakes. That sometimes uses to mix strength, passion and smile to educate. I'm that one who tries to give my best sharing wishes, thoughts, troubles or words no matter who is the cast, speaks two languages, then everybody understands. I'm that one who sees so many faces. Memories confuse my mind, so many names, perhaps they repeat, perhaps they remake. I'm that one whose life is renewed with the beauty of their youth innovation, creation, explanation. Every year a new experience, a new sensation. Although missing kills me at the end I realize the show must go on, I will survive. I'm that one who seems to be in an eternal splendid theater because on my stage I'm an English teacher.

Histembergh Vocab.: Stage: palco Lead: liderar That one who: aquele que Advise: aconselhar Fakes: mentiras/falsidades Strength: força Thoughts: pensamentos

Troubles: problemas Youth: juventude Missing: saudade Realize: perceber Seem to be: parece estar/ser

O poema trata sobre atitudes, dar o melhor de si para compartilhar desejos, pensamentos, problemas ou palavras, não importa quem seja o público. Com isso, o eu lírico nos passa a sensação de não haver

a) amizades. b) cumplicidade. c) solidariedade. d) tolerância/paciência. e) discriminação/preconceito. GABARITO: E COMENTÁRIO: Nos trechos “I'm that one who tries to give my best sharing wishes, thoughts, troubles or words no matter who is the cast, speaks two languages, then everybody understands”, “I'm that one who sees so many faces” e “Memories confuse my mind, so many names, perhaps they repeat, perhaps they remake”, o autor narra o fato de ter que lidar com pessoas diferentes, rostos, nomes e culturas que se renovam a cada ano. Dentro deste espaço, não cabe a discriminação e o preconceito, já que professores lidam com pessoas que são diferentes e pensam diferente umas das outras. Segundo o autor, ele é quem fala até mesmo duas línguas para que todos o entendam. 41. Read the poem “Someday you will be loved” to answer the question. (Leia o poema “Someday you will

be loved” para responder à pergunta).

Someday you will be loved I once knew a girl In the years of my youth With eyes like the summer All beauty and truth In the morning I fled Left a note and it read Someday you will be loved. [...] You'll be loved you'll be loved Like you never have known The memories of me Will seem more like bad dreams Just a series of blurs Like I never occurred Someday you will be loved

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[...] “Someday you will be loved”, de Death Cab For Cutie.

Vocab.: youth: juventude truth: verdade fled: (passado de flee) fugir blurs: manchas O uso da voz passiva no título (e em alguns versos) da canção indica que o eu lírico deseja que a garota (que um dia ele conheceu)

a) volte a sentir por ele, com a mesma intensidade, a paixão que um dia uniu os dois. b) compreenda que um dia ela será amada, ainda que não tenha sido amada por ele. c) desista de tentar entender os motivos pelos quais ele decidiu simplesmente deixá-la. d) perceba que não há possibilidade de os dois reatarem após o fim do relacionamento. e) deve amá-lo da mesma forma que ela é amada. GABARITO: B COMENTÁRIO: Ao traduzirmos o título do poema, já teremos a resposta da pergunta (um dia você será amada). Além disso, o autor narra ao longo do texto que um dia ele partiu deixando apenas um bilhete dizendo que a presença dele na vida dela será como uma mancha no passado e que agora, que ele a deixou, ela terá a chance de encontrar alguém que a ame de verdade, da forma que ele nunca amou. 42. Read the following sentences. (Leia as frases a seguir).

I. A safety video will be watched by the staff every year. II. The students’ questions are always answered by the teacher. III. Alex posted the video on Facebook.

In terms of voice, the verbs in these three sentences are respectively in the (Em termos de voz, os verbos nas frases acima são, respectivamente)

a) active, passive, passive. b) passive, passive, active. c) active, passive, active. d) passive, active, passive. e) passive, passive, passive GABARITO: B COMENTÁRIO: As estruturas “A” e “B” estão na forma passiva pois “a safety vídeo” (frase “A”) e “the students’ questions” (frase “B”), apesar de estarem no início da frase, estão sofrendo a ação indicada no verbo (frase A: “will be watched” – serão assistidas) e (frase B: “are always answered” – sempre são respondidas); além disso, a presença do “by” na frase indica que o elemento em seguida é o agente da passiva. Já na frase “C”, Alex é o sujeito da frase pois ele fez a ação indicada no verbo (“posted the vídeo on Facebook”). 43. In the comic strip below, the sentence “I wish I had brought an umbrella” expresses (Na tirinha abaixo, a

frase “I wish I had brought an umbrella” expressa)

a) que o falante se arrepende de algo que aconteceu no passado. b) que o falante se arrepende de algo que poderia ter acontecido e não aconteceu.

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c) que o falante se arrepende de algo que está acontecendo agora. d) que o personagem se arrepende do que irá acontecer no futuro. e) que o falante se arrepende de algo que sempre acontece. GABARITO: A COMETÁRIO: A estrutura “wish + past perfect” indica que o falante se arrepende de algo que aconteceu ou não no passado. 44. Answer the question based on the comic strip below. (Responda à pergunta de acordo com a

tirinha abaixo.)

Vocab.: App: aplicativo Time travel: viagem no tempo Live: ao vivo Instead of: ao invés de According to the story, why does Jeremy (the character who is on the sofa) regrets? (De acordo com a história do quadrinho, qual é o arrependimento de Jeremy – o personagem que está no sofá)?

a) Ele se arrepende de não ter conhecido os Beatles pessoalmente. b) Ele se arrepende de não ter assistido os Jogos Olímpicos de 1932. c) Ele se arrepende de ter enviado a mensagem erroneamente para a mãe dele ao invés de ter enviado

para Sara. d) Ele se arrepende de não ter feito parte da banda dos Beatles na década de 1964. e) Ele se arrepende de não ter se tornado um jogador de baseball em 1932. GABARITO: C COMENTÁRIO: A resposta é a última fala de Jeremy, que, ao traduzirmos, significa “eu voltaria a um minuto atrás e não enviaria acidentalmente para a mamãe o texto que escrevi para Sara”. 45. Read the following comic strip:

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The sentence She said, “you’ll go to acting school over my dead body” is written in the (A frase She said, “you’ll go to acting school over my dead body” está escrita na)

a) Passive voice form b) Past Perfect form c) Present Perfect form d) Indirect Speech form e) Direct Speech form GABARITO: E COMENTÁRIO: No quadrinho, o personagem diz que a última vez que ele a visitou ela disse que ele só iria para a escola de teatro por cima do cadáver dela. Ao dizer tal frase, o personagem utiliza a estrutura do discurso direto; tal estrutura comprova-se pelo uso das aspas, que demonstra a presença de uma citação direta em sua fala.

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