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11 – – Convenção Convenção de de Escrita..........................................Escrita..........................................0303

22 – –  Morfologia..........................................................  Morfologia..........................................................0707

33 – –  Sintaxe................................................................  Sintaxe................................................................1919

44 – –  Pontuação...........................................................  Pontuação...........................................................3333

55 – – Colocação Colocação Pronominal........................................Pronominal........................................3636

66 – –  Crase...................................................................  Crase...................................................................3838

77 – – Concordância Concordância Verbal...........................................Verbal...........................................3939

88 – – Concordância Concordância Nominal........................................Nominal........................................4343

99 – –  Regência..............................................................  Regência..............................................................4545

1010 – – Semântica........................................................... Semântica...........................................................4747

Convenções de EscritaConvenções de Escrita

■■ Ortografia Ortografia

A palavraA palavra OrtografiaOrtografia  é formada por "orto", elemento de  é formada por "orto", elemento deorigem grega, usado como prefixo, com o significado deorigem grega, usado como prefixo, com o significado dedireito, reto, exatodireito, reto, exato  e "grafia", elemento de composição de e "grafia", elemento de composição deorigem grega com o significado deorigem grega com o significado de ação de escreveração de escrever; orto-; orto-grafia, então, significagrafia, então, significa ação de escrever direitoação de escrever direito . É fácil es-. É fácil es-crever direito? Não!! É, de fato, muito difícil conhecer todascrever direito? Não!! É, de fato, muito difícil conhecer todasas regras de ortografia a fim de escrever com o mínimo deas regras de ortografia a fim de escrever com o mínimo deerros ortográficos. Hoje tentaremos facilitar um pouco maiserros ortográficos. Hoje tentaremos facilitar um pouco maisessa matéria. Abaixo seguem algumas frases com as respec-essa matéria. Abaixo seguem algumas frases com as respec-tivas regras sobre o uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas:tivas regras sobre o uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas:

1)1) Uma Uma dasdas intençõesintenções da casa de da casa de detençãodetenção é levar o que é levar o quecometeu gravescometeu graves infraçõesinfrações  a alcançar a  a alcançar a introspecçãointrospecção,,por intermédio dapor intermédio da reeducaçãoreeducação..

a) a) Usa-se Usa-se ç ç em em palavras palavras derivadas derivadas de de vocábulosvocábulosterminados emterminados em TOTO::intento intento = = intenção intenção canto canto = = cançãocançãoexceto exceto = = exceção exceção junto junto = = junçãojunção

b) b) Usa-se Usa-se ç ç em em palavras palavras terminadas terminadas emem TENÇÃOTENÇÃO re- re-ferentes a verbos derivados deferentes a verbos derivados de TER:TER:deter deter = = detenção detenção reter reter = = retençãoretençãoconter conter = = contenção contenção manter manter = = manutençãomanutenção

c) c) Usa-se Usa-se ç ç em em palavras palavras derivadas derivadas de de vocábulosvocábulosterminados emterminados em TOR:TOR:infrator infrator = = infração infração trator trator = = traçãotraçãoredator redator = = redação redação setor setor = = seçãoseção

d) d) Usa-se Usa-se ç ç em em palavras palavras derivadas derivadas de de vocábulosvocábulosterminados emterminados em TIVO:TIVO:introspectivo = introspecçãointrospectivo = introspecçãorelativo = relaçãorelativo = relaçãoativo = açãoativo = açãointuitivointuitivo – – intuição intuição

e) e) Usa-se Usa-se ç ç em em palavras palavras derivadas derivadas de de verbos verbos dosdosquais se retira a desinênciaquais se retira a desinência R:R:reeducar = reeducaçãoreeducar = reeducaçãoimportar = importaçãoimportar = importaçãorepartir = repartiçãorepartir = repartiçãofundir = fundiçãofundir = fundição

f) f) Usa-se Usa-se ç ç após após ditongo ditongo quando quando houver houver som som de de s:s:eleição, traiçãoeleição, traição

2)2) AA pretensa diversãopretensa diversão dede CreusaCreusa, , aa poetisapoetisa  vencedora  vencedoradodo concursoconcurso, implicou a sua, implicou a sua expulsãoexpulsão, porque pôs uma, porque pôs umafrase horrorosafrase horrorosa sobre a diretora sobre a diretora LuísaLuísa..

a) a) Usa-se Usa-se s s em em palavras palavras derivadas derivadas de de verbos verbos termi-termi-nados emnados em NDERNDER ou ou NDIRNDIR::pretender = pretensão, pretensa, pretensiosopretender = pretensão, pretensa, pretensiosodefender = defesa, defensivodefender = defesa, defensivocompreender = compreensão, compreensivocompreender = compreensão, compreensivorepreender = repreensãorepreender = repreensãoexpandir = expansão fundir = fusãoexpandir = expansão fundir = fusão

b) b) Usa-se Usa-se s s em em palavras palavras derivadas derivadas de de verbos verbos termi-termi-nados emnados em ERTERERTER ou ou ERTIRERTIR::inverter = inversãoinverter = inversãoconverter = conversãoconverter = conversãoperverter = perversãoperverter = perversãodivertir = diversãodivertir = diversão

c) c) Usa-se Usa-se s s após após ditongo ditongo quando quando houver houver som som de de z:z:Creusa Creusa Coisa Coisa maisenamaisena

d) d) Usa-se Usa-se s s em em palavras palavras terminadas terminadas emem ISAISA, subs-, subs-tantivos femininos:tantivos femininos:LuísaLuísaHeloísaHeloísaPoetisaPoetisaProfetisaProfetisa

ObsObs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino: Juíza escreve-se com z, por ser o femininode juiz, que também se escreve com z.de juiz, que também se escreve com z.

e) e) Usa-se Usa-se s s em em palavras palavras derivadas derivadas de de verbos verbos termi-termi-nados emnados em CORRERCORRER ou ou PELIRPELIR::concorrer = concursoconcorrer = concursodiscorrer = discursodiscorrer = discursoexpelir = expulso, expulsãoexpelir = expulso, expulsãocompelir = compulsóriocompelir = compulsório

DISCIPLINADISCIPLINA LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA PORTUGUESAPROFESSORPROFESSOR JOSÉ MARIA C. TORRESJOSÉ MARIA C. TORRES

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f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER,USAR:ele pôsele quisele usou

g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE,ISE, OSE:frasetesecriseosmose

Exceções: deslize e gaze.

h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:horrorosagostoso

Exceção: gozo

3)

I - Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou quecantaria de improviso.

II - Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzi-nha não fez a limpeza.

a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHOcom s quando esta letra fizer parte do radical dapalavra de origem; com z quando a palavra deorigem não tiver o radical terminado em s:Teresa = TeresinhaCasa = casinhaMulher = mulherzinhaPão = pãozinho

b) Os verbos terminados em ISAR  serão escritoscom s quando esta letra fizer parte do radical dapalavra de origem; os terminados em IZAR serãoescritos com z quando a palavra de origem nãotiver o radical terminado em s:improviso = improvisaranálise = analisarpesquisa = pesquisarterror = aterrorizarútil = utilizareconomia = economizar

c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escri-tas com s quando indicarem nacionalidade, títu-los ou nomes próprios; as terminadas em EZ eEZA serão escritas com z quando forem substan-tivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja,quando indicarem qualidade:TeresaCamponêsInglêsEmbriaguezLimpeza

4) O excesso de concessões  dava a impressão de com-promisso com o progresso.

a) Os verbos terminados em CEDER  terão palavrasderivadas escritas com CESS:exceder = excesso, excessivoconceder = concessãoproceder = processo

b) Os verbos terminados em PRIMIR terão palavrasderivadas escritas com PRESS:imprimir = impressãodeprimir = depressão

c) Os verbos terminados em GREDIR terão palavrasderivadas escritas com GRESS:progredir = progressoagredir = agressor, agressão, agressivotransgredir = transgressão, transgressor

d) Os verbos terminados em METER terão palavrasderivadas escritas com MISS ou MESS:comprometer = compromissoprometer = promessaintrometer = intromissãoremeter = remessa

5) Para que os filhos se encorajem, o lojista come  jilócom canjica.

a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos termi-nados em JAR:Viajar = espero que eles viajemEncorajar = para que eles se encorajemEnferrujar = que não se enferrujem as portas

b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vo-cábulos terminados em JA:loja = lojistacanja = canjicasarja = sarjetagorja = gorjeta

c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani.JilóJibóiaJirau

6) O relógio que ele trouxe da viagem ao México em umacaixa de madeira caiu na enxurrada.

a) Escrevem-se com g as palavras terminadas emÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:pedágiosacrilégioprestígiorelógiorefúgio

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b) Escrevem-se com g os substantivos terminadosem GEM:a viagema coragema ferrugem

Exceções: pajem, lambujem

c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x:MexericaMéxicoMexilhãoMexer

Exceção: mecha de cabelos

d) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x,a não ser que provenham de vocábulos iniciadospor ch:EnxadaEnxertoEnxurradaEncher – provém de cheioEnchumaçar – provém de chumaço

e) Usa-s x após ditongo:ameixacaixapeixe

Exceções: recauchutar, guache

■ Acentuação gráfica

Acento tônico/ gráfico

1- Sílaba tônica- A sílaba proferida com mais intensidadeque as outras é a sílaba tônica. Esta possui o acentotônico, também chamado acento de intensidade ouprosódico. Nem sempre a sílaba tônica recebe acentográfico.

Exemplos: cajá, caderno, lâmpada

2- Sílaba subtônica- Algumas palavras geralmente deri-vadas e polissílabas, além do acento tônico, possuemum acento secundário. A sílaba com acento secundárioé chamada de subtônica.

Exemplos: terrinha, sozinho

3- Sílaba átona- As sílabas que não são tônicas nem sub-tônicas chamam-se átonas. Podem ser pretônicas (an-tes da tônica) ou postônicas (depois da tônica),

Exemplos:barata (átona pretônica, tônica, átona postônica)máquina (tônica, átona postônica, átona postônica)

Não confunda acento tônico com acento gráfico. O acentotônico está relacionado com intensidade de som e existeem todas as palavras com duas ou mais sílabas. O acento

gráfico existirá em apenas algumas palavras e será usado deacordo com regras de acentuação.

Quanto aos monossílabos, eles podem ser:

a) átonos: não possuem acentuação própria, isto é, sãopronunciados com pouca intensidade: o, lhe, e, se, a.

b) tônicos: possuem acentuação própria, isto é, são pro-nunciados com muita intensidade: lá, pá, mim, pôs, tu,lã.

Os monossílabos tônicos soam distintamente no interior dafrase: já os monossílabos átonos, não possuindo acentuaçãoprópria, soam como uma sílaba da palavra anterior ou dapalavra posterior.Quero encontrá-la lá.Dê o livro de Português.Tenho dó do menino.

A distinção entre monossílabo tônico e monossílabo átonodepende do contexto, ou seja, eles têm que ser analisadosnuma frase. Fora do contexto, todos os monossílabos sãotônicos.

Classificação das palavras quanto à sílaba tônica

Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-seem:

a) oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra.

Exemplos: ma-ra-cu-já, ca-fé, re-com-por.

b) paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da pala-vra.

Exemplos: ca-dei-ra, ca-rá-ter, me-sa.

c) proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima sílabada palavra.

Exemplos: sí-la-ba, me-ta-fí-si-ca, lâm-pa-da.

Nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfi-co. Dessa forma, é fundamental distinguir o acento tônicodo acento gráfico.

Acento tônico é o acento da fala; marca a maior intensida-de na pronúncia de uma sílaba.

O acento gráfico  é o sinal utilizado, em algumas palavras,para indicar a sílaba tônica.

Acentuação gráfica

1. Regras gerais:

Para acentuar corretamente as palavras, convém observaras seguintes regras:

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1.1. Proparoxítonas

Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados.

Exemplos: árvore, metafísica, lâmpada, pêssego, quisésse-mos, África, Ângela.

1.2. Paroxítonas

São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em:i(s): júri, júris, lápis, tênis.us: vírus, bônus.um/uns: álbum, álbuns.r: caráter, mártir, revólver.x: tórax, ônix, látex.n: hífen, pólen, mícron, próton.l: fácil, amável, indelével.ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia,fáceis, imóveis, fósseis, jérsei.ão(s): órgão(s), sótão (s), ófão (s), bênção (s).ã (s): órfã(s), ímã (s).ps: bíceps, fórceps

Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hi-fens, polens, jovens, nuvens, homens.

Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em iou r: super-homem, inter-helênico, semi-selvagem.

1.3. Oxítonas

São acentuados os vocábulos terminados em:

a(s ), e(s), o(s): maracujá, ananás, café, você, dominó, pale-tós, vovô, vovó, Paraná.

em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs.

Acentuam-se também os monossílabos tônicos terminadosem a, e, o (seguidos ou não de s): pá, pé, pó, pás, pés, pós,lê, dê, hás, crês.

As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos delo, la, los, las também são acentuadas: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á.

O til vale como acento tônico se outro acento não figura novocábulo: lã, fã, irmã, alemã.

2. Regras especiais

Além das anteriormente vistas, cumpre observar ainda asseguintes regras:

a) Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, óiAPENAS em palavras oxítonas ou monossilábicas: cha-péu, céu, anéis, pastéis, coronéis, herói.

Observação: Não se acentuam os ditongos abertos de pala-vras paroxítonas: jiboia  – plateia  – estreia  – paranoia  – he-roico, etc

b) Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiatocom a vogal anterior: sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la-ús-tre, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, pa-ís, He-lo-í-sa, Ja-ú.

Observações:

- Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando se-guidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, sa-ir-des, ju-iz. Também não se acentua o hiato seguido dodígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha, ba-i-nha.

Observações finais

i) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ªpessoa do plural do presente do indicativo: ele tem/eles têm, ele vem/eles vêm.

ii) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudona 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ªpessoa do plural do presente do indicativo: ele retém/eles retêm, ele intervém /eles intervêm.

iii) Recebem acento diferencial as seguintes palavras:

pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição).

pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), pa-ra diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do pre-sente o indicativo)

Não mais recebem acento diferencial:  para (preposição everbo), pera (fruta), polo (extremidades do eixo da Terra enome de um jogo)

■ O uso dos porquês:

POR QUE - grafa-se separadamente e sem acento:

a) orações interrogativas diretas (equivale a por quemotivo): Por que ele saiu?

b) orações interrogativas indiretas (equivale a por quemotivo): Não sei por que ele saiu.

c) pronome relativo (equivale a pelo(a) qual): O caminho por que (pelo qual) passei era difícil.

POR QUÊ  - grafa-se separadamente e com acento, quandoocorrer no fim de frases interrogativas (equivale a por quemotivo):

Ele saiu cedo, por quê?

Você não aceitou minha sugestão. Por quê?

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PORQUE  - grafa-se numa única palavra quando for empre-gado como conjunção, geralmente causal ou explicativa.Neste caso pode ser substituído pela conjuncão  pois. É aresposta da pergunta.

Saí cedo, porque tinha um sério compromisso.

PORQUÊ - grafa-se numa única palavra e acentuado quandofor substantivo.

Não sei o porquê de sua revolta.

Nesse caso, pode ser reconhecido:

a) pela anteposição do artigo;

b) substituindo-o pelas palavras “motivo”, “causa”.

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Morfologia

■ Processo de Formação das Palavras

Conceitos Importantes

Palavras Cognatas

  São palavras que possuem o mesmo radical. Tambémconhecidas por famílias etimológicas

Ex : locutor locutório elocuçãoInterlocutor locução

Derivação

  Acréscimo de afixos (Prefixos e/ou Sufixos) à palavra primitiva

Ex : des + honra = desonra

Composição

  União de dois ou mais radicais

Ex : ponta + pé = pontapé

■ Tipos de Derivação

1) Derivação PrefixalExemplos: desleal, inapto, infeliz, subsolo, retroagir,etc.

2) Derivação SufixalExemplos: lealdade, deslocamento, felizmente,idiotismo, etc.

3) Derivação Prefixal e SufixalExemplos: deslealdade, infelizmente, etc.

4) Derivação ParassintéticaForma-se palavra pela anexação SIMULTÂNEA deprefixo e sufixo à palavra primitiva.Exemplos:a + noite + ecer = anoiteceren + gaiola + ar = engaiolara + manhã + ecer = amanhecer

Observação:  Na derivação prefixal e sufixal, paraformar palavra, não há obrigatoriedade de acréscimosimultâneo de prefixo e sufixo.

5) Derivação Regressiva

A palavra primitiva reduz-se ao formar a palavraderivada. Também conhecida como deverbal.

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Exemplos:cantar  cantoroubar roubovender vendaflamengo mengo

Observação:

Não confundir a derivação regressiva com a sufixal. Naprimeira, o substantivo se forma a partir do verbo. Já nasegunda, o verbo se forma a partir do substantivo.

ExemplosRoubar Roubo (Derivação Regressiva)Vender Venda (Derivação Regressiva)Ancorar Âncora (Derivação Sufixal)

6) Derivação Imprópria

A derivação imprópria ocorre quando determinadapalavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressãoem sua forma, muda de classe gramatical.

Exemplos:

a) Os adjetivos passam a substantivosOs bons serão contemplados.

b) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos Aquele garoto alcançou um  feito  passando noconcurso.

c) Os infinitivos passam a substantivosO andar  de Roberta era fascinante.O badalar dos sinossoou na cidadezinha.

d) Os substantivos passam a adjetivosO funcionário  fantasma  foi despedido.O menino prodígio resolveu o problema.

e) Os adjetivos passam a advérbiosFalei baixo para que ninguém escutasse.

f) Palavras invariáveis passam a substantivosNão entendo o porquê disso tudo.

g) Substantivos próprios tornam-se comuns. Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo eexigente)

■Tipos de Composição

1) Por Justaposição

Consiste em formar compostos que ficam lado a lado, ouseja, justapostos, sem que nenhum dos agregados sofraalteração em sua forma original.

Exemplos: passatempo (passa + tempo),girassol (gira + sol),couve-flor (couve + flor)

2) Por Aglutinação

Consiste em formar compostos em que ao menos um doselementos agregados sofre alteração em sua forma original

Exemplos:aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto),embora (em + boa + hora)

■ Outros processos de formação de palavras

1) Hibridismo

Consiste na formação de palavras compostas por elementosprovenientes de idiomas diferentes.

Exemplos:automóvel (grego e latim)burocracia (francês e grego)sociologia (latim e grego)

2) Estrangeirismo

Ocorre quando não existe, na nossa língua, uma palavra quenomeie o determinado ser, sensação ou fenômeno. Há,portanto, uma incorporação literal de um vocábulo usadoem outra língua, sem nenhuma adaptação ao portuguêsfalado.

Exemplos:internet, hardware, iceberg, mouse, etc.

3) Empréstimo Linguístico

Ocorre quando há incorporação de um vocábulopertencente a outra língua, adaptando-o ao portuguêsfalado.

Exemplos:estresse, futebol, bife, blecaute, etc

■ Classes de Palavras (Generalidades)

A gramática portuguesa divide as palavras do idioma emdez classes. Dentre as dez, há duas que podemos chamar debásicas ou nucleares: o substantivo e o verbo.

Com apenas essas duas classes de palavras, podem-se cons-truir frases, tais como:

 Acidentes acontecem. (substantivo + verbo)

Barulho incomoda. (substantivo + verbo)

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1) SUBSTANTIVO

Pertencem a essa classe todas as palavras que designam osseres em geral, as entidades reais ou imagináveis.

Exemplos: mesa, lua, luz, fada, centauro, ilusão, tristeza.

2) VERBO

Pertencem a essa classe as palavras que designam ações,processos que ocorrem com os seres em geral.

Exemplos: brilhar, correr, padecer, sorrir, pôr, ter.

OS SATÉLITES DOS SUBSTANTIVOS

3) ADJETIVO

Classe de palavras que servem para indicar as qualidades, aspropriedades do substantivo.

Exemplos: poroso

levegiz branco

frágilcomprido

(substantivo + adjetivos)

LOCUÇÃO ADJETIVA

Trata-se de uma expressão formada de preposição maissubstantivo, qualificadora de outro substantivo.

Exemplos:de madeira

de tijolocasa sem porta

com varandade praia

(substantivo + locuções adjetivas)

4) NUMERAL

Classe que, em princípio, serve para indicar a quantidadedos substantivos, quantos são eles (um, dois, dez, o triplo, oquádruplo, um terço, um quinto).

O numeral ordinal indica em que posição se localiza certosubstantivo numa escala de números dispostos em série(décimo, trigésimo, centésimo).

5) ARTIGO

Classe que serve, basicamente, para indicar se o substantivoé concebido como algo já definido e conhecido previamen-te, ou como algo indefinido e ainda não nomeado.

Exemplos:

Era uma vez um cordeiro e um lobo que bebiam água àbeira de um córrego.

Então, o lobo disse para o cordeiro: “Por que está vocêsujando o córrego em que estou bebendo?”

Como se vê, os artigos indefinidos (um) no trecho I servempara indicar que os substantivos cordeiro, lobo e córregonão haviam ainda sido citados, tratando-se, pois, de entida-des indefinidas.

No trecho II, os artigos definidos (o) indicam que os trêssubstantivos já são dados como conhecidos por terem sidoanteriormente mencionados.

Observação

No interior da frase, a sequência formada pelo substantivoe seus satélites é chamada de grupo nominal.

Exemplo:

Os dois principais pilotos do Brasil abandonaram a corrida.

(grupo nominal)

O SATÉLITE DO VERBO

6) ADVÉRBIO

Como o próprio nome indica, pertencem a essa classe aspalavras que se associam ao verbo para indicar as váriascircunstâncias que envolvem a ação.

Exemplos:suavemente

ontemA aeronave pousou

aquilonge

(verbo + advérbios)

LOCUÇÃO ADVERBIAL

Trata-se de uma expressão formada de preposição maissubstantivo, modificadora do verbo.

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Exemplos:com suavidade

 por acasoA aeronave pousou

sem atrasono deserto

(verbo + locuções adverbiais)

Observação

O advérbio pode também ser associado:

• ao adjetivo

 Ayrton Senna era um piloto muito arrojado (substantivo +advérbio + adjetivo)

• a outro advérbio

 A notícia chegou muito cedo. (verbo + advérbio + advérbio)

7) PRONOME

É uma classe de palavras que serve para indicar uma dastrês pessoas do discurso ou situar alguma coisa em relaçãoa essas três pessoas.

Por convenção, considera-se:

— 1ª pessoa: a que fala;

— 2ª pessoa: aquela com quem se fala;

— 3ª pessoa: aquela de quem se fala.

PRONOME ADJETIVO

Vem sempre associado a um substantivo da frase.

Exemplo:

Chegou a sua encomenda. (pronome adjetivo + substantivo)

PRONOME SUBSTANTIVO

Vem sempre num lugar que é próprio de substantivo.

Exemplo:

Chegou notícia sobre o governador (substantivo)

Ele não quis dar entrevistas (pronome substantivo)

CONECTIVOS

Duas classes de palavras possuem a função de conectarelementos da frase: a preposição e a conjunção.

8) PREPOSIÇÃO

Classe de palavras que serve para estabelecer conexãoentre uma palavra e outra.

Exemplo:

Um homem de chapéu me olhou com desconfiança. (prepo-sição)

As preposições mais usuais são:

a, ante, após, até

com, contra

de, desde

em, entre

 para, perante, por

sem, sob, sobre.

9) CONJUNÇÃO

Classe de palavras que estabelece conexão entre uma ora-ção e outra.

Exemplo:

Só me declararam que o tempo estava bom.

Chegou atrasado, pois seu carro estava no conserto.

10) INTERJEIÇÃO

Pertencem a essa classe palavras invariáveis que exprimem,de maneira inarticulada (impossível de segmentar), senti-mentos e reações de natureza emocional.

Exemplos: Ah! Oh! Alô! Olá!

■ Aprofundamento em Pronomes

O pronome é a palavra que substitui o substantivo (prono-me substantivo) ou o acompanha (pronome adjetivo), indi-cando sua posição em relação às pessoas do discurso ousituando-o no espaço e tempo.

O pronome flexiona-se em gênero  (masculino e feminino),número  (singular e plural) e  pessoa  (primeira, segunda eterceira).

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1) Pronomes Pessoais

Pronome pessoal é aquele que indica as pessoas do discur-so.

Primeira pessoa: aquela que fala (emissor)

Segunda pessoa: aquela com que se fala (receptor)

Terceira pessoa: aquela de quem se fala (referente)

O pronome pessoal flexiona-se em gênero, número, pessoae caso (reto ou oblíquo).

Pronome pessoal do caso reto: exerce função de sujeitoda oração.

Ex: Eu vou pra casa.

Pronome pessoal do caso oblíquo: exerce a função decomplemento.

Os pronomes pessoais oblíquos dividem-se em átonos etônicos. Os tônicos sempre vêm precedidos de preposição,e os átonos não.

Ex: Tome a sua riqueza, e fique com ela. (oblíquo tônico)Mamãe mandou me chamar. (oblíquo átono)

Os pronomes ele, ela, nós, vós, eles, elas, quando precedi-dos de preposição, são oblíquos tônicos.

Pronomes pessoais

Númer Pessoa Prono-mesretos

Pronomes oblíquos

Átonos Tônicos

Sin-gular

Primei-ra

Segun-da

Terceira

Eu

Tu

Ele, Ela

Me

te

o, a, lhe,se

mim, comigo

ti, contigo

si, consigo

Plural Primei-ra

Segun-da

Terceira

Nós

Vós

Eles, Elas

Nos

vos

os, as,lhes, se

nós, conosco

vós, convosco

eles, elas, si,consigo

OBSERVAÇÕES

A) Utilizam-se as formas nós e vós em vez de co-nosco ou convosco quando vierem reforçadaspor numeral ou pronome:

Ex: Eles ficaram com nós dois.Paulo irá com nós todos.

B) Após preposição, utilizam-se sempre os pronomesoblíquos tônicos mim e ti, nunca eu ou tu.

Ex: Este problema é entre você e mim.Não há nada entre mim e ele.Este problema é entre eu e você (ERRADO).Este problema é entre você e eu. (ERRADO)

C) Empreste seu caderno para mim. (a preposição rege opronome)

Empreste seu caderno para eu estudar. (a preposiçãorege o verbo)

2) Pronome de tratamento:  É a palavra (ou locução) comvalor de pronome pessoal.

ATENÇÃO: É usado para designar a segunda ou terceirapessoa do discurso, e sempre concorda com a terceira pes-soa.

Exemplos:

Você vai  estudar ?

Vossa Alteza tem algum problema ? (falando com um prín-cipe)

Sua Alteza está preocupada. (falando de um príncipe)

Singular Plural Uso

Vossa Alteza (V.A.)Vossas Altezas

(VV.AA.)Príncipes,

duques

Vossa Eminência(V.Em.ª)

Vossas Eminências(V.Em.as)

Cardeais

Vossa Excelência(V.Ex.ª)

Vossas Excelências(V.Ex.as)

Altas autori-dades

Vossa Magnificência(V.Mag.ª)

Vossas Magnificências(V.Mag.as)

Reitores deuniversidade

Vossa Majestade(V.M.)

Vossas Majestades(VV.MM.)

Reis, impe-radores

Vossa Reverendís-sima (V.Rev.ma)

Vossas Reverendíssi-mas (V.Rev.mas)

Sacerdotes

Vossa Senhoria(V.S.ª)

Vossas Senhorias(V.S.as)

Oficiais,funcionáriosgraduados e

nalinguagemcomercial

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3) Pronomes Possessivos

Pronome possessivo é aquele que associa a idéia de posseàs pessoas do discurso.

Ex : Meu amigo sofreu muito.

Pronomes possessivos

Pessoa

Um possuidor Mais de um possuidor

Umacoisa

possuída

Mais deumacoisa

possuída

Umacoisa

possuída

Mais deumacoisa

possuída

Primeirameu,

minhameus,

minhasnosso,nossa

nossos,nossas

Segunda teu, tua teus, tuasvosso,vossa

vossos,vossas

Terceira seu, sua seus, suas seu, sua seus, suas

O pronome concorda em gênero e número com a coisapossuída, e em pessoa com o possuidor.

OBSERVAÇÕES:

A) Para evitar ambiguidades, podemos utilizar asformas dele, dela, deles, delas.

Ex: João e Maria gritaram quando a bala atin-giu sua perna.

João e Maria gritaram quando a bala atingiu aperna dele.

B) Pronome possessivo adjetivo: Minha casa ébela.

Pronome possessivo substantivo: Meu carro énegro. E o seu?

C) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos,vos, lhes podem ter valor de possessivo.

Ex: Beijei-lhe as mãos. = Beijei as suas mãos.

“Tua nobre presença à lembrança  / A grande-za da pátria nos traz”

= Tua nobre presença traz a grandeza da pá-tria à nossa lembrança.

“A repulsa estampava-se-lhe nos músculos daface”. (José Mauro de Vasconcelos)

= A repulsa estampava-se nos músculos desua face.

4) Pronomes Demonstrativos

Pronome demonstrativo é aquele que indica a posição deum ser em relação às pessoas do discurso, situando-o notempo ou no espaço.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

PessoaSituação

no espaçoSituação

no tempo

Prono-mes vari-

áveis

Pro-nomesinvari-áveis

Primeira

Proximida-de da pes-

soa quefala

Presente

este, esta

estes,estas

isto

Segunda

Proximida-de da pes-soa com

que se falaou coisapouco

distante

Passadoou futuropróximos

esse, essa

esses,essas

isso

Terceira

Proximida-de da pes-

soa dequem sefala ou

coisa mui-to distante

Passadoremoto

aquele,aquela

aqueles,aquelas

aquilo

OBSERVAÇÕES

A) As palavras o, a, os, as podem desempenhar opapel de pronomes demonstrativos.

Ex: Vai e faze o que deves fazer . (= aquilo que devefazer)

Leve esse dinheiro – é tudo o que tenho (= aquilo)

B) As palavras semelhante, próprio, mesmotambém podem desempenhar o papel depronomes demonstrativos.

Ex: Estivemos reunidos naquela mesma noite.

Os próprios diretores se enganaram.

Não aceito tais condições.

C) Os pronomes demonstrativos podem fazerreferência a elementos do próprio discurso.

Ex: Pedro Paulo e René são nossos professores: este,de geografia, e aquele, de matemática.

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5) Pronomes Relativos

Pronome relativo é aquele que se refere a um termoexpresso anteriormente.

Pronomes relativos

Variáveis Invariáveis

o qual

cujo

quanto

que

quem

onde

Ex: a escola onde estudoo professor que fala inglêsa tia em cuja casa morei

a) Emprego dos Pronomes Relativos

Que, chamado pronome relativo universal, é opronome relativo mais usado, podendo referir-se apessoa ou coisa, no singular ou no plural.

Ex: Esta é a criança que estava chorando ontem.

O qual (e flexões) é utilizado depois de pessoa oucoisa, por razões de clareza.

Ex: A filha do meu primo, a qual estuda em Brasília, ficará em minha casa.

Cujo (e flexões) normalmente estabelece uma rela-ção de posse entre o antecedente e o termo queespecifica.

Ex:O convidado cujo filho não se comportar será ad-vertido. (filho do convidado)

Os meninos cujas unhas estavam limpas foram elo-giados. (unhas dos meninos)

ATENÇÃO: Nunca devemos usar artigo definido depoisde cujo e suas flexões.

Ex: Este é o pai cujo o filho é o infrator.(ERRADO )

Quem refere-se unicamente a pessoa ou a coisapersonificada.

Ex:Nunca mais vi o cachorro a quem eu amava tanto.

Confirmou-se a culpa do profissional de quem eususpeitava.

Onde é utilizado unicamente na indicação de lugar.

Ex: Itajubá é uma cidade onde o ensino é valoriza-do.

Quando é utilizado na indicação de tempo.

Ex: Estávamos esperando o momento quando o céuse tornaria azul.

Como é utilizado na indicação de modo.

Ex: Não aprovo a maneira como você foi tratado.

b) Emprego de preposições antes de pronomes relativos

Se, na segunda oração, for necessária uma preposição antesdo termo substituído pelo pronome relativo, essa preposiçãodeverá ser colocada antes do pronome.

Ex: Este é o livro. Eu falei do livro.Este é o livro de que eu falei.

Observe os seguintes exemplos:

Esse é o livro a que eu me referi. (referi-me ao livro)

Minha namorada é a menina com quem eu saí ontem. (saícom a menina)

O professor ao qual eu entreguei o livro não veio hoje. (en-treguei ao professor)

Não cuspa no prato em que você comeu. (comeu no prato)

O filme a que você fez referência é muito bonito. (referên-cia ao filme)

Os remédios dos quais temos necessidade foram entregues.(necessidade dos remédios)

A regra também é válida para o pronome relativo cujo(a).Observe:

O professor a cuja aula faltei esclareceu minhas dúvidas.(faltei à aula do professor)

O técnico de cuja ajuda necessito está aqui. (necessito daajuda do técnico)

O estagiário com cujo irmão falei acaba de chegar. (faleicom o irmão do estagiário)

O presidente sobre cuja vida escrevi faleceu. (escrevi sobrea vida do presidente)

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OBSERVAÇÕES

A) O qual (e flexões) é exclusivamente pronomerelativo. A substituição de que, quem e ondepor o qual permite verificar se essas palavrassão pronomes relativos.

O livro que eu li. = O livro o qual eu li.

O engenheiro com quem eu falei. = O engenhei-ro com o qual eu falei.

A fazenda onde eu estive. = A fazenda na qualeu estive.

B) Não se usa artigo depois de cujo. “Cujo o filho”é incorreto.

C) Onde equivale a em que, no qual.

A casa onde eu morei. = A casa em que eu mo-rei.

Como onde só é utilizado na indicação de luga-res, expressões como “a festa onde eu conhecivocê” estão incorretas, sendo mais adequado“a festa em que eu conheci você”. (Observe queuma festa não é um lugar, mas uma ocasião).

6) Pronomes Indefinidos

Pronome indefinido é aquele que se refere aos seres demodo impreciso, indeterminado, genérico.

Ex: Alguém estava me seguindo.

Pronomes indefinidos

Variáveis Invariáveis

Algum, nenhum, todo, outro,muito, pouco, certo, vários,tanto, quanto, qualquer, um

alguém, ninguém, tudo,outrem, nada, cada, algo,algures, alhures, nenhu-

res

OBSERVAÇÕES

Chamam-se locuções pronominais indefinidas osgrupos de palavras com valor de pronome indefi-nido.

Ex: quem quer que, cada qual, todo aquele, sejaquem for , etc.

7) Pronomes Interrogativos

Pronome interrogativo é aquele utilizado para formularuma pergunta. Os principais são: quem, que, qual, quanto.

Ex: Quantos anos você tem ?

Qual o seu nome ?

OBSERVAÇÕES

A) Pelo próprio caráter da interrogação, os pro-nomes interrogativos assemelham-se aospronomes indefinidos.

B) Interrogações indiretas: Gostaria de saberquem pintou essa obra.

■ Aprofundamento em Verbos

1) Formação dos Tempos Verbais

Temos, na Língua Portuguesa, apenas três tempos primiti-vos: Presente do Indicativo, Pretérito Perfeito do Indicativo eInfinitivo Impessoal. Deles, derivam os demais tempos ver-bais. Vejamos como se dá essa formação:

Tempos derivados do Presente do Indicativo

O Presente do Indicativo forma o Presente do Subjuntivo eo Modo Imperativo.

a) Presente do Subjuntivo

O Presente do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desi-nência -o da primeira pessoa do singular do presente doindicativo (eu).

Aos verbos de 1ª conjugação, acrescenta-se -e; aos de 2ª e3ª, -a, acrescentando-se, ainda, as mesmas desinências doPresente do Subjuntivo para os verbos regulares.

Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender esorrir .

Eu cant o ( - o + e ) = talvez eu cant e , tu cant es , ele cant e , nóscant emos , vós cant eis , eles cant em

Eu vend o ( - o + a ) = é possível que eu vend a , tu vend as , elevend a , nós vend amos , vós vend ais , eles vend am

Eu sorri o ( -o + a ) = quem sabe eu sorri a , tu sorri as , ele sor-ri a , nós sorri amos , vós sorri ais , eles sorri am

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Exceções:

querer = Eu quero / queira, queiras, queira, queiramos,queirais, queiram.

ir = Eu vou / vá, vás, vá, vamos, vades, vão.

saber = Eu sei / saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, sai-bam.

ser = Eu sou / seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam.

haver = Eu hei / haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam.

b) Imperativo Afirmativo

O Imperativo Afirmativo provém do Presente do Indicativoe do Presente do Subjuntivo.

Tu e vós provêm do Presente do Indicativo, sem a desinên-cia -s;

Você, nós e vocês provêm do Presente do Subjuntivo.

Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar.

Presente do indicativo: Eu canto, tu cantas , ele canta, nóscantamos, vós cantais , eles cantam.

Presente do Subjuntivo: Talvez eu cante, tu cantes, ele can-te, nós cantemos , vós canteis, eles cantem.

Imperativo Afirmativo:

canta (tu) , cante(você), cantemos(nós) , cantai(vós) , can-tem(vocês).

Exceção:

Ser = sê tu, seja você, sejamos nós, sede vós, sejam vocês.

c) Imperativo Negativo

O Imperativo Negativo provém do Presente do Subjuntivo.

Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar:

Não cantes(tu), Não cante(você), Não cantemos(nós), Nãocanteis(vós), Não cantem(vocês).

Tempos derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

O Pretérito Perfeito do Indicativo forma o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo, o Futuro do Subjuntivo e o Pre-térito Imperfeito do Subjuntivo.

a) Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo

O Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo é obtido pelaeliminação da desinência -ste da segunda pessoa do singu-lar (tu), acrescentando-se as respectivas desinências núme-ro-pessoais.

Por exemplo, veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr.

Tu viste - ste = eu vi ra, tu vi ras, ele vi ra, nós ví ramos, vósví reis, eles vi ram

Tu vieste - ste = eu viera, tu vieras, ele viera, nós viéramos,vós viéreis, eles vieram

Tu puseste –   ste = eu  pusera, tu  puseras, ele  pusera, nós puséramos, vós puséreis, eles puseram

b) Futuro do Subjuntivo

O Futuro do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desi-nência -ste da segunda pessoa do singular do pretéritoperfeito do indicativo (tu) , acrescentando-se as respectivasdesinências número-pessoais. O Futuro do Subjuntivo sem-pre é iniciado pelas conjunções quando ou se. Por exemplo,veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr.

Tu viste - ste = quando eu vi r, tu vi res, ele vi r, nós vi rmos,vós vi rdes, eles vi rem.

Tu vieste - ste = quando eu vier, tu vieres, ele vier, nós vi-ermos, vós vierdes, eles vierem.

Tu puseste - ste = quando eu  puser, tu  puseres, ele  puser,nós pusermos, vós puserdes, eles puserem.

c) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo é obtido pela elimina-ção da desinência -ste da segunda pessoa do singular dopretérito perfeito do indicativo (tu) , acrescentando-se asrespectivas desinências do Pretérito Imperfeito do Subjunti-vo.

O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo sempre é iniciadopelas conjunções caso ou se. Por exemplo, veja a conjuga-ção dos verbos ver, vir e pôr.

Tu viste - ste + sse = se eu  visse, tu  visses, ele  visse, nósvíssemos, vós vísseis, eles vissem.

Tu vieste - ste + sse = se eu viesse , tu viesses , ele viesse , nósviéssemos , vós viésseis , eles viessem.

Tu puseste - ste + sse = se eu  pusesse , tu  pusesses , ele  pu-sesse , nós puséssemos , vós pusésseis , eles pusessem.

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Tempos derivados do Infinitivo Impessoal

O Infinitivo Impessoal forma o Futuro do Presente do Indi-cativo, o Futuro do Pretérito do Indicativo e o PretéritoImperfeito do Indicativo.

a) Futuro do Presente do Indicativo

O Futuro do Presente do Indicativo  é obtido pelo acréscimoao infinitivo das desinências -ei / ás / á / emos / eis / ão.

Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender esorrir.

cantar = eu cantarei, tu cantarás, ele cantará, nós cantare-mos, vós cantareis, eles cantarão.

vender = eu venderei, tu venderás, ele venderá, nós vende-remos, vós vendereis, eles venderão.

sorrir = eu sorrirei, tu sorrirás, ele sorrirá, nós sorriremos,vós sorrireis, eles sorrirão.

b) Futuro do Pretérito do Indicativo

O Futuro do Pretérito do Indicativo  é obtido pelo acréscimoao infinitivo das desinências -ia / ias / ia / íamos / íeis / iam.

Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender esorrir.

cantar = eu cantaria, tu cantarias, ele cantaria, nós cantarí-amos, vós cantaríeis, eles cantariam.

vender = eu venderia, tu venderias, ele venderia, nós ven-deríamos, vós venderíeis, eles venderiam.

sorrir = eu sorriria, tu sorririas, ele sorriria, nós sorriríamos,vós sorriríeis, eles sorririam.

Exceções:

Os verbos fazer, dizer e trazer são conjugados no Futuro doPresente e no Futuro do Pretérito, seguindo-se as mesmasregras acima, porém sem as letras  ze , sendo estruturados,então, assim: far, dir, trar .

 fazer = eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis,eles farão.

dizer = eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis,eles diriam.

trazer = eu trarei, tu trarás, ele trará, nós traremos, vóstrareis, eles trarão.

b) Infinitivo Pessoal

O Infinitivo Pessoal  é obtido pelo acréscimo ao infinitivodas desinências / - / es / - / mos / des / em.

Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender esorrir.

cantar   = era para eu cantar  , tu cantares , ele cantar  , nóscantarmos , vós cantardes , eles cantarem.

vender  = era para eu vender  , tu venderes , ele vender  , nósvendermos , vós venderdes , eles venderem.

sorrir  = era para eu sorrir  , tu sorrires , ele sorrir  , nós sorrir-mos , vós sorrirdes , eles sorrirem.

c) Pretérito Imperfeito do Indicativo

O Pretérito Imperfeito do Indicativo  é obtido pela elimina-ção da terminação verbal -ar, -er, -ir do Infinitivo Impessoal,acrescentando-se a desinência -ava- para os verbos termi-nados em -ar e a desinência  –ia para os verbos terminadosem -er e -ir e, depois, as mesmas desinências número-pessoais para os verbos regulares ( - / s / - / mos / is / m).

Na segunda pessoa do plural (vós), troca-se o -a por -e.

cantar  - ar + ava = eu cant ava, tu cant avas, ele cant ava, nóscant ávamos, vós cant áveis, eles cant avam.

vender   - er + ia = eu vend ia, tu vend ias, ele vend ia, nósvend  íamos, vós vend  íeis, eles vend iam.

sorrir   - ir + ia = eu sorr ia, tu sorr ias, ele sorr ia, nós sorr  ía-mos, vós sorr  íeis, eles sorr iam.

Exceções

Os verbos que não seguem as regras acima são ter, pôr, vire ser.

Ter = tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham.

Pôr = punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.

Vir = vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham.

Ser = era, eras, era, éramos, éreis, eram.

2) Uso dos Tempos Verbais

Quando uma pessoa diz "Tomo banho todos os dias", seráque naquele exato momento ela está tomando banho? Não.O verbo está no presente, mas sua função é indicar um fatoque se repete, um presente habitual.

Numa aula de história o professor fala: "Então, nesse dia,Napoleão invade..." A forma verbal "invade", que é presen-te, não indica que naquele momento Napoleão está inva-dindo algum lugar. Na frase, o tempo presente do verbo"invadir" faz remissão a um fato que ocorreu no passado etraz esse passado mais para perto.

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Concluímos, então, que os tempos verbais têm outros valo-res além dos específicos.

Tomemos o futuro do presente como ele aparece nos "Dezmandamentos" bíblicos:

 Amarás a Deus sobre todas as coisasNão tomarás seu santo nome em vão

Guardarás os domingos e feriadosHonrarás pai e mãe

Não matarásNão pecarás contra a castidade

Não furtarás....

"Não furtarás", ao pé da letra, significaria que é proibidofurtar no futuro, apenas no futuro, o que abre a possibilida-de de entender que o ato é perfeitamente aceitável nopresente. Mas, na verdade, "não furtarás", que é futuro,tem nesse caso o valor de imperativo e, como tal, indicaque é proibido furtar em qualquer tempo.

O futuro do presente do indicativo pode ser empregadonuma frase volitiva, que expressa vontade, desejo. A idéiade querer, de desejar, às vezes vem expressa de uma formasutil. Veja a letra da canção "A cura", gravada por Lulu San-tos:

Existiráem todo porto tremulará a velha bandeira da vida

acenderátodo o farol iluminará uma ponta de esperança...

Você notou que a letra traz um tempo verbal, o futuro dopresente, que não se usa muito no dia-a-dia, no Brasil. Nãodizemos "amanhã eu farei" , mas antes "amanhã eu vou fazer" . Justamente pelo fato de não ser muito usado, ofuturo do presente reveste-se de um caráter mais formal. Acanção de Lulu tem um valor volitivo. No fundo, o que oartista está expressando é o desejo de que algumas coisasaconteçam.

Conclusão Importantíssima

Ao analisar um tempo verbal, não se esqueça deconsiderar que ele pode indicar seu valor específico (literal)ou um valor paralelo (não-literal), ou seja, um valor decor-rente de seu uso no idioma.

3) Correlação dos Tempos Verbais

Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos vestibularestem sido “correlação verbal”, ou seja, a harmonia, sintoniaque se estabelece entre verbos e modos do mesmo períodoe, de uma forma mais abrangente, de um texto.

Uma incorreta articulação entre os verbos muitas vezescausa mal-estar aos ouvidos.

Imagine-se ouvindo alguém dizer ao seu lado: “O que você

espera que eu faço?” ... Há algo de errado nisso aí, não émesmo?

Observe outro exemplo: “Os professores grevistas  poderãosofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.” 

Entre a locução verbal da primeira oração (verbo auxiliar nofuturo do presente do indicativo) e o verbo da segunda (quese apresenta no pretérito imperfeito do subjuntivo), nãohouve “sintonia”, pois, enquanto o pr imeiro indica um fatoreal (ainda que se perceba uma possibilidade, fruto do valordo verbo auxiliar modal: eles poderão sofrer), o segundoverbo apresenta valor hipotética, como se fosse uma supo-sição (“se não voltassem ao trabalho”).

Duas formas seriam válidas, a depender do contexto:

a) “Os professores grevistas  poderiam  sofrer retaliaçõesse não voltassem ao trabalho.”  – Nesse caso, ambas asconstruções situam-se no campo da suposição, da hi-pótese. Nesse caso, o texto poderia mostrar que osprofessores voltaram às salas de aula. Caso não tives-sem feito isso, estariam sujeitos a retaliações.

b) “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações senão voltarem ao trabalho.”  –  Agora, as construçõesdenotam fatos reais. Os professores estão em greve(fato) e poderão sofrer retaliações por esse motivo (fa-to) caso não retomem suas atividades. Na última ora-ção, nota-se o valor condicional do futuro do subjunti-vo.

Apresentamos, a seguir, algumas “dobradinhas clássicas”.

- PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO:“ Quero que você me apresente ao diretor hoje mesmo!”

- PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IM-PERFEITO DO SUBJUNTIVO:“ Pedi  que viesse à minha sala.” 

- PRESENTE INDICATIVO+ PRETÉRITO PERFEITO COMPOS-TO DO SUBJUNTIVO:“ Espero que ele tenha feito boa prova.” 

- FUTURO DO PRETÉRITO INDICATIVO+ PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO“ Gostaria que você tivesse vindo à minha festa.”

 – FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE INDI-CATIVO“Quando eu passar  no vestibular, rasparei  a cabeça.”

- PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DOPRETÉRITO (simples ou composto) DO INDICATIVO:“Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabeça.”

- PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTI-VO + FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO DO INDICATIVO:“Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabe-ça.”

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4) Vozes Verbais

Voz é a forma que o verbo assume para indicar sua relaçãocom o sujeito. Há três tipos principais:

a) Voz Ativa: indica que o sujeito pratica a ação verbal (su- jeito agente).

Ex:

Eu fiz os exercícios.

“Em sonho, os pescadores sorriam”.(Cecília Meireles)

b) Voz passiva:  indica que o sujeito sofre a ação verbal(sujeito paciente).

Ex:Cantigas de sol e de água eram cantadas pelas filhinhas depescadores.

A voz passiva pode apresentar-se das seguintes maneiras:

Analítica (ser + particípio do verbo principal):

Ex:Os exercícios foram feitos.As meninas eram conduzidas pelos pais.

Sintética ou Pronominal  (3ª pessoa  –  verbo principal +"se"):

Ex:Fizeram-se os exercícios.Cantam-se canções de ninar.Quebrou-se o violão.

O “se” , neste caso, é chamado de pronome apassivador.

Pelos exemplos acima, pode-se perceber que o verboprincipal apresenta-se conjugado na terceira pessoa dosingular ou plural, de acordo com o sujeito paciente.

Observemos que, tanto na forma analítica quanto nasintética, apenas os verbos transitivos diretos e transitivosdiretos e indiretos vão para a voz passiva. Em orações comverbos intransitivos ou transitivos indiretos ou de ligação,a voz passiva não ocorre. Vejamos:

Precisa-se de encanador.Vive-se bem lá.Duvida-se dos garotos.Trata-se de bons livros.Está-se muito feliz nesta casa.

Neste caso, “se”  não é pronome apassivador, e sim, índicede indeterminação do sujeito.

Conversão voz ativa – voz passiva

Voz ativa – O pescador consertou o barco.

Voz passiva – O barco foi consertado pelo pescador.

Aqui, percebe-se que quem executou a ação na voz ativatornou-se o agente da voz passiva e o tempo verbalpermaneceu o mesmo.

Voz ativa com sujeito indeterminado

Condenaram o prisioneiro.

Voz passiva sem agente

O prisioneiro foi condenado.

Se, na voz ativa, não houver sujeito ou ele forindeterminado, não haverá agente da voz passiva.

c) Voz reflexiva:  indica que o sujeito pratica e sofre a açãoverbal (sujeito agente e paciente).

Ex:Ele se escondeu sob a escada.A filha do pescador feriu-se.

OBSERVAÇÃO: No plural, a voz reflexiva pode dar ideia dereciprocidade.

Ex:Os namorados se abraçaram (um ao outro).Os dois pescadores cumprimentaram-se com muita alegria(um ao outro).

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Sintaxe

■ Conceitos Básicos

Frase é todo enunciado linguístico de sentido completo.

Frase nominal é aquela cujo núcleo é um nome.

Ex: Fogo!

Frase verbal, ou oração, é aquela cujo núcleo é um ver-bo.

Ex: A casa caiu!

Encontraram o professor na escola.

Período é um conjunto de uma ou mais orações.

Período simples  é aquele constituído por uma únicaoração, chamada de oração absoluta.

Ex: Nós estávamos tristes.

Período composto  é aquele constituído por duas oumais orações.

Ex: Ele disse / que não viria ao encontro.

Ela foi à escola, / voltou para casa / e logo dormiu.

■ Sintaxe do Período Simples

I. Sujeito e Predicado

II. Complementos Verbais

III. Adjunto Adnominal e Adverbial

IV. Predicativo do Sujeito e do Objeto

V. Complemento Nominal

VI. Aposto e Vocativo

1) Sujeito e Predicado

Sujeito é o termo do qual de declara algo em uma oração.

Predicado é o que se declara sobre o sujeito.

Exemplos:

Os homens trabalhavam.Sujeito Predicado

O Rio de Janeiro fica a cinco horas daqui.Sujeito Predicado

Preciso ir embora cedo.Predicado

Trabalha-se demais naquela região do país.Predicado

Houve uma grande seca naquela época.Predicado

Estudo do Sujeito

a) Núcleo do Sujeito

Núcleo é a principal palavra do sujeito.

Ex: Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.Os dois sumiram.Carlos e Jonas fizeram boa prova ontem.

b) Classificação do Sujeito

Sujeito Simples: é o sujeito determinado que apresentaum único núcleo.Ex: Nós vimos as crianças.

Sujeito Composto: é o sujeito determinado que apresen-ta mais de um núcleo.Ex:Crianças e adultos choraram.O amor e o ódio são duas faces da mesma moeda.

Sujeito Oculto: é o sujeito que não está explícito na frase,mas pode ser determinado (pela desinência verbal ou pelocontexto)

Ex: Corri como um louco. (sujeito oculto: eu)

Carla e Maria estão doentes. Entretanto, insistiram em vir àaula. (Sujeito oculto: Carla e Maria)

Sujeito Indeterminado: é o sujeito que não se pode ounão se quer determinar. Ocorre indeterminação do sujeitoem orações:

- com verbo na terceira pessoa do plural (desde que o sujei-to não tenha sido especificado anteriormente): Bateram àporta.

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- com verbo na terceira pessoa do singular pronome “se” :Precisa-se de apoio.

(construção típica de verbos que não apresentamcomplemento direto)

Sujeito Inexistente: ocorre em frases em que só há predi-cado. A oração sem sujeito ocorre a partir de um verboimpessoal (aquele que não admite sujeito). São verbos im-pessoais:

- verbos que indicam fenômenos da natureza:Amanheceu repentinamente. Choveu todo o dia.

- verbos ser, estar, fazer, haver, indicando tempometeorológico ou cronológico:Faz frio nessa época do ano.Há tempos que não o vejo.Deve fazer meses que não a vejo.É cedo. Está tarde.São três horas.

- verbo haver no sentido de existir:Havia bons motivos para que nos separássemos.Poderia haver muitos problemas.

Estudo do Predicado

a) Predicado Verbal (PV)

Predicado verbal  é aquele cujo núcleo significativo é umverbo. Para ser núcleo do predicado, o verbo deve indicaruma ação. Verbos que indicam ações são ditos verbos signi-ficativos ou verbos nocionais.

Ex: Os homens trabalhavam muito. Predicado Verbal

Chove muito nesta época do ano. Predicado Verbal

b) Predicado Nominal (PN)

Predicado nominal é aquele cujo núcleo significativo é umnome (substantivo ou adjetivo). Este nome atribui umaqualidade ou estado ao sujeito, sendo chamado de predica-tivo do sujeito.

Ex: Ela é muito bonita. Predicado Nominal

Predicativo do Sujeito: muito bonita

Antonio é um bom aluno. Predicado Nominal

Predicativo do Sujeito: um bom aluno

Ele estava triste. Predicado Nominal

Predicativo do Sujeito: triste

Nos exemplos acima, observe que o verbo não indica umaação, isto é, não é significativo. Sua única função é ligar osujeito à sua característica. Tais verbos são chamadosverbos de ligação.

Principais verbos de ligação

ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, parecer, andar,continuar

c) Predicado Verbo-Nominal (PVN)

Predicado Verbo-Nominal é aquele que tem como núcleossignificativos um nome e um verbo. O nome é um predica-tivo e o verbo necessariamente indica ação.

Neste caso, o predicativo pode referir-se ao sujeito ou aocomplemento verbal (objeto), sendo, respectivamente,predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.

Exemplos:

Ex: O dia amanheceu ensolarado. PVNNúcleo verbal: amanheceu (verbo que indica ação)Núcleo nominal: ensolarado (predicativo do sujeito)

Eu estudei preocupado. PVNNúcleo verbal: estudei (verbo que indica ação)Núcleo nominal: preocupado (predicativo do sujeito)

Os professores julgam os alunos inteligentes. PVNNúcleo verbal: julgam (verbo que indica ação)Núcleo nominal: inteligentes (predicativo do objeto)Objeto: os alunos

2) Complementos Verbais

Necessitam de complemento os verbos que indicam ação(verbos significativos ou nocionais). Esses verbos fazemparte de predicados verbais ou verbo-nominais.

Os verbos de ligação não necessitam de complemento,pois servem apenas para ligar o predicativo ao sujeito.

Chama-se transitividade a relação que se estabelece entreos verbos e seus complementos. Os complementos verbaissão chamados objetos.

a) Verbos Transitivos Diretos (VTD)

São aqueles cujo sentido requer um objeto direto.

Objeto Direto (OD) é o complemento que se ligadiretamente (sem preposição) a um verbo transitivo.

Ex: Amo minha namorada. Ela viu-me triste.VTD OD VTD OD

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b) Verbos Transitivos Indiretos (VTI)

São aqueles cujo sentido requer um objeto indireto.

Objeto Indireto (OI) é o complemento que se ligaindiretamente (através de  preposição) a um verbotransitivo.

Ex: Preciso de ajuda. Gosto de você. Falei com ela.

VTI OI VTI OI VTI OI

c) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos (VTDI)

São aqueles cujo sentido requer um objeto direto e umobjeto indireto.

Ex: Pedi ajuda a meu colega. Disse-lhe tudo.

VTDI OD OI VTDI OI OD

d) Verbos Intransitivos (VI)

São aqueles cujo sentido não necessita de um objeto .

Ex: Os preços subiram. Ocorreu um acidente.

VI VI

Observações

i) Método prático para determinação do objeto

Pergunte ao verbo transitivo direto:

“(verbo) o quê ?’” ou “(verbo) quem ?”

Ex: Ela bebeu muita água.

Bebeu o quê ? muita água objeto

Pergunte ao verbo transitivo indireto:

“(verboprep) o quê ?” ou “(verboprep) quem ?”

Ex: Gostei daquela festa.

Gostei de quê ? daquela festa objeto

Entregamos o trabalho ao professor.

Entregamos o quê ? o trabalho – OD

Entregamos a quem ? ao professor OI

ii) Transitividades diferentes

Um mesmo verbo pode ter transitividades diferentes emdiferentes frases.

Ex: Ela cantou. (VI)

Ela cantou uma música bonita. (VTD)

Falei  a verdade. (VTD)

Falei  a verdade a meu pai . (VTDI)

iii) Objeto direto preposicionado

Algumas vezes, o objeto direto vem precedido depreposição. Isso ocorre em função de recursos estilísticosou para evitar ambiguidade, e não por exigência do verbo.

Ex: Não bebo dessa água.

VTD OD prep

Casos em que ocorre normalmente o objeto direto preposi-cionado:

a) para evitar ambiguidades:

O leão matou o caçador. Ao leão matou o caçador.

Sujeito VTD OD ODp VTD Sujeito

b) com pronomes oblíquos tônicos (a preposição é obriga-tória por exigência do pronome) :

“Nem ele entende a nós, nem nós a ele.” (Camões)

VTD ODp ODp

c) com nomes próprios referindo-se a seres, com prono-mes indefinidos referindo-se a pessoa ou com prono-mes de tratamento:

Ex: Ama a Deus. Não odeies a ninguém.

Não quero cansar a Vossa Senhoria.

iv) Pronomes pessoais oblíquos

Os pronomes o, a, os, as, quando exercem função de obje-to, são sempre objeto direto.

Os pronomes lhe, lhes, quando exercem função de objeto,são sempre objeto indireto.

Os demais pronomes pessoais oblíquos podem ser objetosdiretos ou indiretos, de acordo com a frase.

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Ex: Eu a encontrei na escola.

OD VTD

Pedi-lhe um minuto de atenção.

VTDI OI OD

Os pronomes pessoais oblíquos podem contrair-se paraformar simultaneamente um OD e um OI.

Ex: Entreguei o projeto ao avaliador.VTDI OD OI

Entreguei-o ao avaliador.VTDI OD OI

Entreguei-lhe o projeto.VTDI OI OD

Entreguei-lho. lho (OI e OD)= lhe (OI) + o (OD)VTDI

3) Adjunto Adverbial

Adjunto Adverbial é o termo que indica uma circunstânciaem que ocorre o processo verbal ou o termo que intensificao adjetivo, o verbo ou o advérbio.

Adjunto adverbial é uma função adverbial, isto é, desempe-nhada por advérbios (e locuções adverbiais).

Ex: Eu gosto muito de você.

Ele é muito inteligente.

Eu cheguei muito tarde.

Nas frases acima, muito é adjunto adverbial, intensificando,respectivamente, a forma verbal gosto, o adjetivo inteligen-te e o advérbio tarde.

Exemplos de circunstâncias expressas pelo adjunto adver-bial

a) Tempo: Amanhã eu falarei com ele.

b) Modo: Marina pediu-me gentilmente que fosse vê-la.

c) Lugar: Estão todos aqui  ?

d) Intensidade: Ele falou muito.

e) Causa: Devido à chuva escassa, muitas plantas morre-ram.

f) Afirmação: Certamente atenderei ao pedido.

g) Negação: Não podemos esquecer de nossas responsa-bilidades.

h) Dúvida: Talvez haja alguns problemas.

i) Finalidade: Leio muito para aumentar minha cultura.

 j) Meio: Viajarei de ônibus.

k) Companhia: Fui ao museu com meus amigos.

l) Instrumento: Redações devem ser escritas à caneta.

m) Assunto: Falarei com ele sobre o ocorrido.

Note que nem sempre é possível determinar precisamentea circunstância expressa pelo adjunto adverbial. Ex: Gosta-ria de vê-lo novamente.

4) Adjunto Adnominal

Adjunto Adnominal é o termo que caracteriza um substan-tivo sem intermediação de um verbo.

Adjunto adnominal é uma função adjetiva, isto é, desem-penhada por adjetivos, artigos, pronomes adjetivos e nume-rais adjetivos.

Um substantivo desempenhando qualquer função sintáticapode ser caracterizado por adjuntos adnominais.

Exemplos:

A nova casa está pronta.

Sujeito: A nova casa, Núcleo: casa, A.Adn.: A, nova

Não gosto do seu tom de voz.

OI: do seu tom de voz, Núcleo: tom, A.Adn.: o, seu, de voz

Nossa amizade vai superar todos os obstáculos.

Sujeito: Nossa amizade, Núcleo: amizade, A.Adn: nossa

OD:todos os obstáculos, Núcleo:obstáculos, A.Adn:todos,os

  Os adjuntos adnominais de fato fazem parte do mesmotermo sintático que tem o substantivo como núcleo. Paraconfirmar isso, observe que, quando substituímos essetermo por um pronome substantivo, tanto o núcleo quantoos adjuntos adnominais são substituídos.

Nossa amizade vai superar todos os obstáculos.

Ela vai superá-los.

 Os pronomes pessoais oblíquos podem exercer função deadjunto adnominal, quando substituem um pronome pos-sessivo. Observe:

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Ele roubou-me o relógio.

OD: o relógio, NOD: relógio, A.Adn: me, o

Ele roubou o meu relógio.

OD: o meu relógio, NOD: relógio, A.Adn: o, meu

O predicativo do sujeito foi visto durante o estudo daclassificação do predicado (capítulo II), e será estudado deforma mais aprofundada neste capítulo, no qual tambémserá estudado o predicativo do objeto.

5) Predicativo

a) Predicativo do Sujeito

Predicativo do Sujeito é o termo que caracteriza o sujeito,tendo um verbo como intermediário.

O predicativo do sujeito pode ser um substantivo, um adje-tivo ou uma palavra com valor de substantivo.

O predicativo do sujeito é o núcleo do predicado nominal, eum dos núcleos do predicado verbo-nominal.

Em predicados nominais, o sujeito é ligado ao predicativoatravés de um verbo de ligação.

Exemplos:

Ela estava triste.

Sujeito: Ela, Verbo de ligação: estava,

Predicativo do Sujeito: triste, Núcleo do predicado: triste

Todos nós ficamos extremamente perplexos.

Sujeito: Todos nós, VL: ficamos,

Predicativo do Sujeito (núcleo do predicado):

extremamente perplexos

Em predicados verbo-nominais, o verbo, dito verbo signifi-cativo, expressa uma ação. O predicativo expressa o estadodo sujeito durante o desenvolvimento do processo verbal.

Exemplos:

Eles entraram em casa confiantes.

Sujeito: Eles

Verbo significativo (VI): entraram

Predicativo do Sujeito: confiantes

Núcleos do predicado: entraram, confiantes

b) Predicativo do Objeto

Predicativo do Objeto é uma qualidade atribuída ao objetoatravés do verbo.

O predicativo do objeto pode ser um substantivo, um adje-tivo ou uma palavra com valor de substantivo.

O predicativo do objeto é um dos núcleos do predicadoverbo-nominal.

Exemplo:

O juiz julgou o réu culpado.

Sujeito: O juiz, VTD: julgou, OD: o réu,

Predicativo do Objeto: culpado

Núcleos do predicado: julgou, culpado

As mulheres consideram a maioria dos

homens infiéis.

Sujeito: As mulheres, VTD: consideram

OD: a maioria dos homens

Predicativo do Objeto: infiéis

Núcleos do predicado: consideram, infiéis

Para diferenciar o predicativo do objeto do adjunto adno-minal, basta verificar que o adjunto adnominal faz parte doobjeto, enquanto que o predicativo do objeto é uma quali-dade dada ao objeto pelo verbo. Observe:

Eu tenho um caderno bonito.

VTD: tenho, OD: um caderno bonito,

Núcleo do OD: caderno, A.Adn: um, bonito

Eu acho meu caderno bonito.

VTD: acho, OD: meu caderno, NOD: caderno,

A.Adn: meu, Predicativo do Objeto: bonito

Observe o que acontece quando substituímos o objeto porum pronome substantivo.

Eu tenho um caderno bonito. Eu o tenho.

VTD: tenho, OD: um caderno bonito VTD: tenho, OD: o

Eu acho meu caderno bonito. Eu o acho bonito.

VTD: acho, OD: meu caderno, VTD: acho, OD: o,

PO: bonito PO: bonito

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6) Complemento Nominal

Complemento Nominal  é o complemento exigido por al-guns substantivos, adjetivos e advérbios.

Assim como os verbos, alguns nomes necessitam de com-plemento. Observe:

Nós amamos nossa família.

Verbo (VTD): amamos

Complemento Verbal (OD): nossa família.

Nós temos amor por nossa família.

OD: amor por nossa família, Núcleo do OD: amor

Complemento Nominal: por nossa família.

Outros exemplos:

Interesse  por problemas sociais é um bom indício deconsciência.

Sujeito: interesse por problemas sociais

Núcleo do Sujeito: interesse

Complemento Nominal: por problemas sociais

Seja sempre fiel a seus princípios.

Predicativo do Sujeito: fiel a seus princípios

Núcleo do Predicativo: fiel

Complemento Nominal: a seus princípios

Moro longe de sua casa.

Adjunto Adverbial: longe de sua casa

Núcleo do A.Adv.: longe

Complemento Nominal: de sua casa

Sonhamos com a realização de nossos sonhos.

Objeto Indireto: com a realização de nossos sonhos

Núcleo do OI: realização, Adjunto Adnominal: a,

Complemento Nominal: de nossos sonhos

Observe, nas frases acima, que o complemento nominalmodifica apenas nomes: amor, interesse e realização  sãosubstantivos, fiel é adjetivo e longe é advérbio.

Distinção entre Complemento Nominal e Adjunto Adno-minal

O adjunto adnominal sempre se refere a substantivos,enquanto o complemento nominal pode referir-se asubstantivos, adjetivos e advérbios.

Quando o complemento nominal se refere a substantivos,geralmente são substantivos abstratos.

O complemento nominal sempre é um termo composto,iniciado por preposição. Assim, adjetivos, pronomesadjetivos, numerais adjetivos e artigos não podem sercomplementos nominais.

O adjunto adnominal dá a idéia de um termo ativo,enquanto o complemento nominal dá a idéia de umtermo passivo.

O respeito dos pais é importante.

Adjunto Adnominal: dos pais

O respeito aos pais é importante.

Complemento Nominal: aos pais

Observe que, na primeira frase, os pais respeitam e, nasegunda, os pais são respeitados.

Observações

i) Assim como o adjunto adnominal, o complementonominal também faz parte de outro termo sintático.

Discutimos o investimento em saúde.

OD: o investimento em saúde,

Núcleo do OD: investimento,

Complemento Nominal: em saúde, A.Adn: o

ii) O complemento nominal relaciona-se a nomes (substan-tivos, adjetivos, advérbios), enquanto o objeto indireto

(complemento verbal) relaciona-se a verbos. Observe:

Necessito de apoio.

Verbo: necessito, OI: de apoio

Tenho necessidade de apoio.

Substantivo: necessidade, CN: de apoio

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A seguir, resumem-se as principais características doadjunto adnominal, complemento nominal e objetoindireto.

Adjunto Adnominal

Termo simples ou composto

Modifica substantivos (concretos ou abstratos)

Termo ativo

Complemento Nominal

Termo composto

Complementa substantivos abstratos, adjetivos eadvérbios

Termo passivo

Objeto Indireto

Termo simples (pronome oblíquo) ou composto

Complementa verbos

7) Aposto

Aposto  é o termo que retoma  o termo anterior da frase,explicando-o, desenvolvendo-o ou resumindo-o ou especifi-cando-o.

Ex: Castro Alves, o poeta dos escravos, é um

grande representante do romantismo brasileiro.

Na oração acima, o poeta dos escravos exerce função deaposto, pois retoma o termo anterior, Castro Alves,explicando-o.

Classificação do Aposto

O aposto é classificado de acordo com sua relação com otermo ao qual se refere.

a) Explicativo: explica o termo a que se refere.

Ontem, domingo, o comércio abriu

excepcionalmente. Aposto: domingo

Minha avó, senhora muito religiosa, vai sempre àmissa. Aposto: senhora muito religiosa

b) Enumerativo: efetua uma enumeração.

Tenho duas grandes aspirações: aprender e ensinar.Aposto: aprender e ensinar

Havia várias pessoas presentes: meus pais, meus avós,meu irmão.

Aposto: meus pais, meus avós, meu irmão

c) Resumidor: resume os termos anteriores.

O sol, os pássaros, as árvores, tudo era alegria.

Aposto: tudo

d) Especificativo: especifica o termo anterior.

O presidente Fernando Henrique Cardoso  fez umpronunciamento sobre o desemprego.

Aposto: Fernando Henrique Cardoso

O estado de São Paulo é o mais rico do Brasil.

Aposto: de São Paulo

O aposto especificativo normalmente é um substantivopróprio que individualiza um substantivo comum, ao qual seliga diretamente ou através de preposição.

Observações

 O termo ao qual o aposto se refere pode ter qualquerfunção sintática.

O Brasil, maior país da América Latina , possui grandesfontes naturais.

Núcleo do Sujeito: Brasil

Aposto: maior país da América Latina

Ele deu-lhe um belo presente: um buquê de rosas.

Objeto direto: um belo presente

Aposto: um buquê de rosas

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 O aposto equivale sintaticamente ao termo ao qual ele serefere. Desta forma, é possível substituir um termo porseu aposto. Observe:

Amamos o Brasil, nossa terra.

OD: o Brasil, Aposto: nossa terra

Amamos nossa terra.

OD: nossa terra

 Observe a diferença:

A casa, prédio amplo, abrigava muitas pessoas.

Aposto: prédio amplo

O professor, nervoso, saiu da sala.

Predicativo do sujeito: nervoso

Na primeira frase, pode-se substituir o sujeito, “a casa”, porseu aposto, “prédio amplo”. Na segunda frase, entretanto,não se pode substituir “o professor” por “nervoso”.“Nervoso”, nesse caso, não é aposto, mas predicativo dosujeito.

(Observe, ainda, que o predicativo pode vir separado dosujeito por vírgula, mas o adjunto adnominal não).

 Com a exceção do aposto especificativo, os demais tiposde aposto sempre vêm separados do restante da oraçãopor vírgulas ou por dois pontos.

8) Vocativo

Vocativo é o termo utilizado para nomear o interlocutor aquem se dirige a palavra.

Ex: “Emprestem-me seus ouvidos, amigos romanos conter-râneos.”

“Fora, mancha maldita!” (“Macbeth”, Shakespeare)

“Meu caro amigo, me perdoe por favor / Se eu não lhe façouma visita” (Chico Buarque)

Observações

 O vocativo sempre vem separado por vírgulas do restanteda frase.

 É importante observar que vocativo e sujeito são funçõessintáticas diferentes. Note também que, em frases noimperativo, o sujeito é oculto.

“Meu amor, hoje o sol não apareceu.”

Vocativo: meu amor, Sujeito: o sol

Meu amor, não me abandone.

Vocativo: Meu amor, Sujeito: oculto (você)

“Meu canto de morte, guerreiros, ouvi.”

(“I - Juca Pirama”, Gonçalves Dias)

Vocativo: guerreiros, Sujeito: oculto (vós)

  O vocativo é o único termo sintático que não faz partenem do sujeito, nem do predicado.

FUNÇÕES SINTÁTICAS

Termos Essenciais da Oração

 Sujeito

 Predicado

Termos Integrantes da Oração

 Objeto Direto

 Objeto Indireto

 Complemento Nominal

 Agente da Passiva

Termos Acessórios da Oração

 Adjunto Adnominal

 Adjunto Adverbial

 Aposto

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d) Vocativo

Sugestão de procedimento para efetuar análise sintáticado período simples

1. Identificar o verbo (ou locução verbal).

2. Identificar a voz verbal

3. Identificar o sujeito e o predicado.

4. Classificar o sujeito, identificando seu núcleo.

5. Identificar, no sujeito, os adjuntos adnominais ecomplementos nominais.

6. Para classificar o predicado:

  verificar se há predicativo do sujeito e se os verbossão significativos (indicam ação).

 identificar os objetos.

 identificar os predicativos do objeto.

  identificar os núcleos do predicado (predicativos everbos significativos), classificando-o.

7. Identificar, no predicado, os adjuntos adnominais eadverbiais

8. Identificar os apostos e os vocativos.

Observações Importantes

1. Identificando-se o sujeito da frase, tudo o que sobra épredicado, à exceção do vocativo.

2. Os únicos termos que fazem parte do sujeito são o(s)núcleo(s) do sujeito e os adjuntos adnominais e com-plementos nominais referentes a esse(s) núcleo(s). Osdemais termos pertencem ao predicado.

3. Os termos do sujeito nunca podem vir separados. Os dopredicado, sim.

4. O vocativo é o único termo que não faz parte nem dosujeito, nem do predicado.

5. Adjuntos adnominais e complementos nominais são osúnicos termos que podem fazer parte de outro termoque não seja essencial (por exemplo, um adjunto ad-nominal pode fazer parte de um objeto direto).

■ Sintaxe do Período Composto

As orações que compõem o período composto podem rela-cionar-se por coordenação ou por subordinação.

Ocorre coordenação quando as orações, chamadas de ora-ções coordenadas, são independentes sintaticamente.

Ex: Ele saiu / e voltou.

Coordenada Coordenada

Período composto por coordenação

Ocorre subordinação  quando uma oração, chamada deoração subordinada, exerce uma função sintática em outraoração, chamada de oração principal.

Ex: Ela pediu / que eu fosse ao seu encontro.

Principal Subordinada

Período composto por subordinação

Há períodos compostos em que os dois processos se verifi-cam.

Ex: Eu soube / que ele viria / e arrumei a casa.

(1) (2) (3)

A oração (1) é principal em relação à oração (2), que é su-bordinada à oração (1). A oração (1) e a oração (3) são co-ordenadas. Portanto, o período é composto por coordena-ção e subordinação.

Classificação das Orações

Oração absoluta

Orações coordenadas:

Assindéticas ou Sindéticas

Sindéticas: Aditiva, Adversativa, Alternativa,

Explicativa, Conclusiva

Oração principal

Orações subordinadas:

Substantivas, Adjetivas ou Adverbiais

- Substantivas: Subjetiva, Objetiva Direta,

Objetiva Indireta, Predicativa, Apositiva,

Completiva Nominal

- Adjetivas: Restritiva, Explicativa

- Adverbiais: Causal, Comparativa, Concessiva,

Condicional, Consecutiva, Conformativa, Final,

Temporal, Proporcional

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■ Período Composto por Subordinação

Oração subordinada é aquela que exerce uma função sin-tática em uma oração principal.

As orações subordinadas são classificadas de acordo com afunção sintática que desempenham: classificam-se emsubstantivas, adjetivas ou adverbiais, conforme exerçamfunções sintáticas características de substantivo, adjetivo ouadvérbio, respectivamente.

Exemplos:

1. Eu queria a sua ajuda.

VTD OD

Eu queria / que você me ajudasse.

Or.Principal Or. Sub. Substantiva

(função de objeto direto)

2. O trabalhador esforçado terá sua recompensa.

Adjetivo

O trabalhador / que se esforça / terá sua recompensa.

Or. Sub. Adjetiva

3. Ele virá aqui no início da noite.

Adj. Adverbial de Tempo

Ele virá aqui / logo depois que anoitecer.

Or. Sub. Adverbial

Quanto à forma, as orações subordinadas podem serdesenvolvidas ou reduzidas.

Orações desenvolvidas são introduzidas por conjunçãoou por pronome relativo.

Orações reduzidas apresentam verbo em uma de suasformas nominais  (infinitivo, gerúndio ou particípio) enão são introduzidas por conjunção nem por pronome.

Ex: Eu pensei / que estava no lugar certo.

oração desenvolvida

Eu pensei / estar no lugar certo.

oração reduzida

1) Oração Subordinada Substantiva

Orações subordinadas substantivas são aquelas que exer-cem função sintática típica de substantivo, isto é, funçãode sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,aposto ou complemento nominal.

As orações subordinadas substantivas desenvolvidas nor-malmente são introduzidas pelas palavras que ou se, de-nominadas conjunções integrantes.

a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

Oração subjetiva  é aquela que exerce a função desujeito do verbo da oração principal.

Ex: É necessária a sua presença. - Sujeito

É necessário / que você esteja presente.

Or.Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

Havendo oração subordinada substantiva subjetiva , overbo da oração principal está necessariamente na terceirapessoa do singular.

Há três estruturas típicas para a oração principal:

i) verbo de ligação + predicativo:

Or.Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

É impossível / fazer isso.

Parece certo / que choverá muito.

ii) verbo na voz passiva (sintética ou analítica):

Or.Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

Sabe-se / que tudo foi em vão.

Foi anunciado / que haverá uma reforma política.

iii) verbos como acontecer, convir, constar, ocorrer, pare-cer, urgir:

Or.Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

Parece / que todos comparecerão à cerimônia.

Convém / que haja novas reformas.

Ocorre / que nem todos concordamos com isso.

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b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

Oração objetiva direta é aquela que exerce a função de obje-to direto do verbo da oração principal.

Não sei/ se estarei aqui.

OP Or. Sub. Subst. Objetiva Direta

Ela prometeu / que nos ajudaria.

OP Or. Sub. Subst. Objetiva Direta

c) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

Oração objetiva indireta é aquela que exerce a função deobjeto indireto do verbo da oração principal.

Lembre-se / de ir à farmácia.

OP Or. Sub. Subst. Objetiva Indireta

Gosto / de viajar sem rumo.

OP Or. Sub. Subst. Objetiva Indireta

d) Oração Subordinada Substantiva Predicativa

Oração predicativa é aquela que exerce a função de predica-tivo do sujeito da oração principal.

A verdade é / que ninguém confia naquele deputado.

OP Or. Sub. Subst. Predicativa

e) Oração Subordinada Substantiva Apositiva

Oração apositiva é aquela que exerce a função de aposto deum termo da oração principal.

Há uma única saída: / fugir .

OP Or. Sub. Subst. Apositiva

f) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

Oração completiva nominal é aquela que exerce a funçãode complemento nominal de um termo da oração principal.

Tenho necessidade / de que me ajudes.

OP Or. Sub. Subst. Comp. Nominal

Observação sobre pontuação

Dentre as orações subordinadas substantivas, apenas asorações apositivas podem vir separadas por vírgula (ou pordois pontos) da oração principal. Isso ocorre porquesujeitos, objetos e complementos nunca são separados porvírgula dos termos a que estão ligados.

2) Oração Subordinada Adjetiva

a) Orações Subordinadas Adjetivas

Orações subordinadas adjetivas  são aquelas que exer-cem função de adjetivo, referindo-se a um termo da ora-ção principal.

Ex: As pessoas mentirosas não me agradam.

Adjetivo

As pessoas / que mentem / não me agradam.

Or. Sub. Adjetiva

As orações subordinadas adjetivas classificam-se em restri-tivas e explicativas.

Orações restritivas são aquelas que restringem o sentidodo termo anterior, particularizando-o.

Orações explicativas são aquelas que explicam o termoanterior, acrescentando informações ou realçando umacaracterística.

Exemplos:

O professor que ensina bem é respeitado pelos alunos.

Or. Sub. Adj. Restritiva

O país, que passa por dificuldades, conta com o apoio dapopulação.

Or. Sub. Adj. Explicativa

Observe que as orações explicativas sempre vêm separadaspor vírgula da oração principal, e as orações restritivas não.

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b) Funções Sintáticas dos Pronomes Relativos

Os pronomes relativos são utilizados na oração subordinadapara substituir um termo da oração principal.

Ex: A criança corria. A criança estava com o pai.

A criança que estava com o pai corria.

Or. Sub. Adjetiva: que estava com o pai

A casa era bonita. Eu fiquei na casa.

A casa onde fiquei era bonita.

Or. Sub. Adjetiva: onde fiquei

O pronome relativo exerce na oração subordinada umafunção sintática correspondente à função sintática dotermo que ele substitui. Por exemplo:

Na frase “ A criança estava com o pai”, “a criança” é sujei-to de “estava”.

Na frase “A criança / que  estava com o pai / corria”, opronome relativo “que” exerce função de sujeito de “est a-va”. Isso ocorre porque o pronome “que” substitui o termo“a criança” na oração “que estava com o pai”.

Outro exemplo:

A menina que eu vi  parecia-se com você.

Oração Principal: A menina parecia-se com você.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que eu vi.

Sujeito: eu, VTD: vi, OD: que

A seguir, apresentam-se exemplos de funções sintáticasexercidas pelos pronomes relativos.

Pronomes “que”, “quem”, “o qual”

Sujeito:

As pessoas que estavam aqui  são muito educadas.

Encontramos um dos filhos de Maria, o qual   estuda emSão Paulo.

Objeto Direto: O país que visitei  estava em guerra.

Objeto Indireto: O médico a quem  entreguei os examestranquilizou-nos.

Predicativo:  Lembro-me com saudade das crianças quenós éramos.

Complemento Nominal: A pessoa a quem  fiz referêncianão estava presente.

Agente da Passiva: O policial  por quem  fomos salvos re-cebeu uma medalha.

Adjunto Adverbial: O lugar em que vivo é muito bonito.

Observe que o pronome relativo “quem” sempre é preced i-do de preposição.

Pronome “cujo” (e flexões)

“Cujo” estabelece uma relação de posse entre o anteceden-te e o termo que especifica. Sua função principal é de ad- junto adnominal. Em alguns casos, pode ser também com-plemento nominal.

Adjunto Adnominal:  O autor cujos  livros admiro fez umapalestra ontem. (livros do autor)

Complemento Nominal: Os salários, cujo  aumento foiadiado, são a causa da greve. (aumento dos salários)

Pronomes “onde”, “quando” e “como”

Esses pronomes exercem essencialmente função de adjuntoadverbial.

A. Adv. de lugar: O país onde vivo é um dos maiores domundo.

A. Adv. de tempo:  No instante quando  começamos aamar , tudo parece melhor.

A. Adv. de modo:   Não gostei da forma como  você foiatendido.

3) Oração Subordinada Adverbial

Orações subordinadas adverbiais são aquelas que exer-cem função de  adjunto adverbial, estabelecendo umacircunstância em que se passa a ação verbal expressa naoração principal.

Ex: Eu vi você à noite. (Período Simples)

A.Adv. de tempo: à noite

Eu vi você / ao anoitecer. (Período Composto)

Oração Principal: Eu vi você.

Oração Subordinada Adverbial: ao anoitecer.

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As orações subordinadas adverbiais são classificadas deacordo com a circunstância que estabelecem.

As orações subordinadas adverbiais são introduzidas porconjunções subordinativas circunstanciais .

Conjunções Subordinativas Circunstanciais

1. Causais (causa)porque, uma vez que, pois, já que,como, ...

2.Comparativas(comparação)

como, assim como, tal qual, bemcomo, maior...que, ...

3.Concessivas(concessão)

ainda que, embora, posto que,mesmo que, por mais que,

se bem que,...

4.Condicionais(condição)

se, caso, contanto que, dado que,desde que,...

5.Consecutivas(consequência)

de forma que, de modo que, ...

6.Conformativas(conformidade)

como, conforme, segundo, deacordo com, ...

7. Finais (finalidade) para que, a fim de que, ...

8.Temporais (tempo)quando, enquanto, desde que, logoque, sempre que, apenas, mal, ...

9.Proporcionais(proporção)

à medida que, quanto mais...mais, àproporção que, ...

a. Orações Subordinadas Adverbiais Causais :

Faltei à aula / porque fui ao médico.

Como estava atrasado, / não consegui sentar-se.

b. Or. Sub. Adv. Comparativas:

Vive / tal qual um tubarão.

Ele é forte / como um touro.

c. Or. Sub. Adv. Concessivas:

Embora se sentisse mal, / não faltou à reunião.

Ainda que consiga boas notas, / não se classificará.

d. Or. Sub. Adv. Condicionais :

Sairei de férias, / desde que consiga um substituto.

Se for convidado, / irei a São Paulo.

e. Or. Sub. Adv. Consecutivas:

Correu tanto / que desmaiou

Trabalhou muito, / de forma que enriqueceu.

f. Or. Sub. Adv. Conformativas:

Fiz o trabalho / como recomendaram.

Farei tudo / conforme ela pediu.

g. Or. Sub. Adv. Finais:

Dei o sinal / para que o jogo começasse.

Sentou-se no fundo do auditório, / a fim de que ninguémo visse.

h. Or. Sub. Adv. Temporais:

Deixou a fazenda / tão logo amanheceu.

Antes de ir, / ela deu-me um beijo de despedida.

i. Or. Sub. Adv. Proporcionais:

Quanto mais ela falava, / menos recebia atenção.

O carro avançava / à medida que a noite caía.

Observações:

i. Quando utilizamos conjunção concessiva, admitimos queexiste um fato contrário à declaração principal, mas quenão impede a sua realização.

ii. A classificação das conjunções deve ser feita de acordocom o seu sentido na frase. A mesma conjunção pode terclassificação diferente em frases diferentes, em função dopapel que desempenha. Assim, os quadros apresentadossão apenas uma referência.

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■ Período Composto por Coordenação

Um período composto por coordenação é constituído porduas ou mais orações coordenadas.

Orações coordenadas são aquelas que independem sin-taticamente umas das outras.

As orações coordenadas dividem-se em sindéticas e assin-déticas.

Orações coordenadas assindéticas  são aquelas quenão são ligadas por conjunção.

Ex: Os cães ladram, a caravana passa.

Orações coordenadas sindéticas  são aquelas ligadaspor conjunção.

Ex: Eu estive em sua casa, mas não o vi.

As conjunções que introduzem as orações coordenadassindéticas são chamadas de conjunções coordenativas.

Conjunções coordenativas são aquelas que relacionamtermos de mesmo valor e função.

Conjunções Coordenativas

1. Aditivas (adição)e, nem, nem...nem,

não só...mas também

2. Adversativas

(oposição)

mas, porém, contudo,

todavia, entretanto

3. Alternativas

(alternância)

ou, ora...ora,

quer...quer,seja...seja

4. Conclusivas

(conclusão)

logo, portanto, assim, pois, então,por conseguinte, por isso

5. Explicativas

(explicação)pois, porque, que

1. Aditivas: Ele trabalha / e estuda.

A criança não sorriu / nem chorou.

2. Adversativas: Eu gosto de carne, / mas ela não.

Chegarei hoje. / Entretanto, não sei o horário.

3. Alternativas: Ora chove, / ora bate sol.

Fale, / ou cale-se de uma vez.

4. Conclusivas: Ele estudou. / Portanto, foi aprovado.

Moro longe. / Logo, preciso ir embora cedo.

5. Explicativas: Ele estudou, / pois queria aprender.

Fiquem quietos, / que ele está doente.

Obs: A conjunção  pois será explicativa se vier antes do ver-bo e conclusiva se vier depois do verbo.

Apresse-se, pois preciso ir embora. (explicativa)

Você precisa descansar. Durma, pois. (conclusiva)

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Pontuação

É o conjunto de sinais gráficos destinados a indicar pausamais ou menos acentuada de caráter objetivo ou distintivo.

São estes os sinais de pontuação: o  ponto, a vírgula, o ponto-e-vírgula, o dois pontos, o ponto de interrogação, ode exclamação, os parênteses, as reticências, as aspas e otravessão.

Os quatro primeiros constituem a pontuação de pausaobjetiva; os quatro seguintes formam a pontuação depausa subjetiva, afetiva; e os dois últimos são os sinaisdistintivos.

PONTO FINAL

É um dos sinais que marcam fim de período e o queassinala a pausa de máxima duração.

VÍRGULA

A vírgula  é o sinal que indica uma pequena pausa naleitura, o que equivale a uma pequena ou grandemudança na entoação.

I. Vírgula entre os termos de uma oração (Período Simples)

Não se usa vírgula

1) entre sujeito e verbo

Ex: Todos os componentes da mesa  recusaram a proposta.

2) entre verbo e seus complementos

Ex: O trabalho custou sacrifício aos realizadores.

3) entre nome e complemento nominal e entre nomee adjunto adnominal

Ex: A intrigante resposta do mestre ao aluno despertoureações.

Usa-se a vírgula:

1) Para separar palavras ou expressões de mesma funçãosintática

Ex:

Minha casa tem quatro dormitórios, dois banheiros, trêssalas e bom quintal.

 A inflação reduz o consumo, a produção, o incentivo dosempresários e a oferta de emprego.

2) Para separar vocativos

Ex:

O tempo não é, meu amigo , aquilo que você pensou.

 Amigos, não há amigos.

3) Para separar o aposto do termo fundamental

Ex:

Brasília, capital da República , foi formada em 1960.

4) Para separar certas palavras e expressões interpositivas:por exemplo, porém, ou melhor, ou antes, isto é, porassim dizer, além disso, aliás, com efeito, então,outrossim, entretanto, todavia, pois etc.

Ex:

Elas gritavam. Eu, porém , nem me importava.

Eles gastaram R$ 500,00, isto é , tudo o que tinham.

Quer dizer que você, então , não foi mais à Eslováquia?

O ditador era muito respeitado,  ou antes , muito temido.

Ficamos, assim , livres da vergonha de sermos chamadosde trogloditas.

5) Para separar o adjunto adverbial, quando ele se encontradeslocado

Ex:

Casaram-se às duas horas. Nove horas depois , estavamseparados.

 A boca é, nas mulheres , a feição que menos nos esquece.

Em um naufrágio , quem está só, ajuda-se mais facilmente.

6) Para separar do nome da localidade, as datas

Ex:

São José dos Campos, 23 de Dezembro de 2007.

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7) Para indicar a omissão de uma palavra (geralmenteverbo) ou de um grupo de palavras

Ex:

Carmem ficou alegre; eu , muito triste ( =eu fiquei)

 A mulher é a parte delicada da humanidade; o homem , a parte insensível. (= o homem é)

II. Vírgula entre as orações do período (Período Composto)

1) Subordinadas Substantivas

Não se separam da oração principal por meio de vírgula aoração principal da oração subordinada substantiva. Aexceção é a substantiva apositiva, que se separa por dois-pontos.

Ex:

Não se imaginava que a propaganda seria tão agressiva.

2) Subordinadas Adjetivas

Usa-se a vírgula para isolar orações adjetivas explicativas.Já as restritivas não são separadas por vírgula.

Ex:

Brasília, que é capital do Brasil  , foi fundada em 1960.

 A beleza, que é fonte de amor  , é também a fonte dedesgraças do mundo.

As orações em destaque acima são orações subordinadasadjetivas explicativas

São raros os programas de TV que trazem algum proveito

As oração em destaque acima é oração subordinadaadjetiva restritiva

3) Subordinadas Adverbiais

Sempre é correto o uso da vírgula entre as subordinadasadverbiais e a oração principal.

Ex:

Sejamos sinceros, porém, evitemos empregar com rigor a franqueza que, muito embora seja uma bela virtude , poderá tornar-se mais prejudicial do que benéfica.

Se a situação for adversa, chame a polícia.

OBS: para as subordinadas reduzidas, valem as mesmasnormas das demais orações subordinadas.

4) Orações Coordenadas

 As assindéticas separam-se por vírgula entre si:

Ex:

Pagou o recado, leu-o, disparou para a rua.

  Quanto às coordenadas sindéticas, exceto as aditivascom e e nem, é sempre correto o emprego da vírgula.

Ex;

 A beleza empolga a vista, mas o mérito conquista a alma.

Não chore, que será pior.

O lago está na minha fazenda,  portanto me pertence.

Ou fosse do cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fimda segunda página, adormeci também. (Machado de Assis)

Observações:

a) As conjunções e e nem  dispensam a vírgula, quandoligam orações, palavras, ou expressões de pequenaextensão.

Ex:

Casou e viajou;

Ela não ouve nem fala.

Pode, contudo, aparecer um termo anterior separado porvírgula.

Casou, contrariado, e viajou.

Ela não ouve nada, nada mesmo, nem fala.

b) Antes de não  antecedido de mas subtendido usa-sevírgula:

Ex:

Os lobos mudam seu pêlo, não seu coração.

Na discussão, você ganha ou perde amigos, nãoargumentos.

(=... perde amigos, mas não argumentos.)

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c) Frases semelhantes podem aparecer com a conjunção eclara, equivalente a mas.

Ex:

Quando conhecemos uma pessoa, conhecemo-la os olhos,e não o coração.

Ela fuma, e não traga.

d) Usa-se a vírgula para separar orações iniciadas pelaconjunção e, quando os sujeitos forem diferentes

Ex:

Tirai do mundo a mulher, e  a ambição desaparecerá detodas as almas generosas.

Quantas vezes uma vírgula modifica uma sentença, e uma palavra pode destruir uma grande e velha amizade!

 A mulher aceita o homem por amor ao casamento, e ohomem tolera o matrimônio por amor à mulher.

PONTO-E-VÍRGULA

O  ponto-e-vírgula  marca pausa maior que a vírgula emenor que a do ponto.

1) Não se usa ponto-e-vírgula separando elementos de umperíodo simples

2) Não se usa ponto-e-vírgula para separar oraçãosubordinada da oração principal

SOMENTE SE UTILIZA O PONTO-E-VÍRGULA PARA SEPARARORAÇÕES COORDENADAS, QUANDO HOUVER ANECESSIDADE DE ENFATIZAR A COMPARAÇÃO OU OCONTRASTE.

Ex:

Vocês, sem exceção, basearam-se em hipóteses; eu, porém, apoiei-me em fatos.

Os dois primeiros anos do seu rumoroso governo foram pautados pela exibição de suas façanhas atléticas e política; o terceiro (e último) foi consumido por denúnciase patifarias.

DOIS PONTOS

Usa-se principalmente nestes casos:

1) Antes ou depois de uma enumeração

Ex:

Neste clube pratica-se:  futebol, natação, voleibol, tênis ebasquetebol .

Futebol, tênis, basquetebol, natação:  são as modalidades praticadas no clube.

2) Antes de citações

Ex:

Perguntaram a um sábio: A quem queres mais, a teuirmão ou a teu amigo?. E o sábio respondeu: Quero a meuirmão, quando é meu amigo.

3) Antes de esclarecimento ou explicação de ideiaanteriormente enunciada

Ex:

Edgar não dá esmolas por ser caridoso: quer ver seu nomenos jornais!

Fiquei curioso: circulara o boato da renúncia do presidente.

Não foi a razão que motivou esta ternura: foi aamizade.(Camilo Castelo Branco)

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Colocação Pronominal

Em relação ao verbo os pronomes oblíquos átonos (me,nos, te, vos, o, a, os, as, lhe, lhes, se) podem aparecer emtrês posições distintas:

Antes do verbo – PRÓCLISE;

No meio do verbo – MESÓCLISE;

Depois do verbo – ÊNCLISE.

■ PRÓCLISE

Esse tipo de colocação pronominal é utilizada quando hápalavras que atraiam o pronome para antes do verbo. Taispalavras são:

1) Advérbio

Exemplo:

Não me arrependo de nada.

Advérbio

Hoje lhe contaram vários segredos.

Advérbio

2) Pronomes Relativos

Exemplo:

Saio com pessoas que me agradam.

3) Indefinidos

Exemplo:

Ninguém me deu apoio.

4) Demonstrativo

Exemplo:

Isso me deixou irritado.

Aquilo me dá arrepios.

5) Conjunções subordinativas

Exemplo:

Embora me interesse pelo carro, não posso comprá-lo.

6) Frases interrogativas

Exemplo:

Como se faz isso?

Quem lhe deu o caderno?

7) Frases exclamativas

Exemplo:

Isso me deixou feliz!

8) Frases optativas

Exemplo:

Deus o ilumine.

Observação:

Existem casos que se pode utilizar tanto a próclise como aênclise:

- Pronomes pessoais do caso reto. Se houver palavraatrativa, usa-se a próclise.

Exemplos:

Ele lhe entregou a carta.

Ele entregou-lhe a carta.

- Com infinitivo não flexionado precedido de palavranegativa ou preposição.

Exemplo: Vim para te ajudar.

Vim para ajudar-te.

■ MESÓCLISE

Essa colocação pronominal é usada apenas com verbos nofuturo do presente ou futuro do pretérito, desde que nãohaja uma palavra que exija a próclise.

Contar-te-ei um grande segredo. (futuro do presente)

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Jamais te contarei um grande segredo.

Palavra atrativa

Observação: nunca ocorrerá a ênclise quando a oraçãoestiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.

■ ÊNCLISE

Sempre ocorre ênclise nos casos abaixo:

1) A oração é iniciada por verbo, desde que não esteja nofuturo.

Exemplo: Informei-o sobre o resultado do vestibular.

Esperava-se mais desse computador.

2) Com o verbo no imperativo afirmativo.

Exemplo: Levanta-te .

3) Orações reduzidas de infinitivo.

Exemplo: Espero contar-lhe tudo.

ALTERAÇÕES SOFRIDAS PELOS PRONOMES O, A, OS, ASQUANDO COLOCADOS EM ÊNCLISE

Dependendo da terminação verbal os pronomes O, A, OS,AS, podem sofrer alterações em sua forma. Veja:

1) Quando o verbo terminar em vogal, os pronomes nãosofrem alterações.

Exemplo:

Ouvindo-o

Partindo-o

2) Se o verbo terminar em R, S, ou Z, perde essasconsoantes e os pronomes assumem a forma LO, LA, LOS,LAS.

Exemplo:

Compôs » compô-lo.

Perder » perde-lo.

3) Se o verbo terminar em som nasal (am, em, -ão), ospronomes assumem a forma NO, NA, NOS, NAS.

Exemplo:

Praticam » praticam-nas.

Dispõe » dispõe-nos.

■ COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕESVERBAIS

Podem ocorrer as seguintes colocações pronominais:

1) VERBO AUXILIAR + INFINITIVO OU GERÚNDIO

a) depois do verbo auxiliar, se não houver justificativa parao uso da próclise.

Exemplo:

Devo-lhe entregar a carta.

Vou-me arrastando pelos becos escuros.

b) depois do infinitivo ou gerúndio.

Exemplo:

Devo entregar-lhe a carta.

Vou arrastando-me pelos becos escuros.

Observação:

Se houver alguma palavra que justifique a próclise, opronome poderá ser colocado:

i) antes do verbo auxiliar

Exemplo:

Não se deve jogar comida fora.

Não me vou arrastando pelos becos escuros.

ii) depois do infinitivo ou gerúndio.

Exemplo:

Não devo calar-me.

Não vou arrastando-me pelos becos escuros.

2) VERBO AUXILIAR + PARTICÍPIO

Se não houver palavras que justifiquem o uso da próclise, opronome ficará depois do verbo auxiliar. Caso a locuçãoverbal não inicie a oração, pode-se colocar o pronomeoblíquo em duas posições: antes do verbo auxiliar ou entreos dois verbos. Não se coloca o pronome oblíquo após oparticípio.

Exemplo:

Haviam-me ofertado um alto cargo executivo.

Não me haviam ofertado nada de bom.

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Crase

Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-segraficamente a crase pelo acento grave.

Fomos à piscina à = a(preposição) + a(artigo)

Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija apreposição a e outro termo que aceite o artigo a.Paratermos certeza de que o "a" aparece repetido, bastautilizarmos alguns artifícios:

I. Substituir a palavra feminina por uma masculinacorrespondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavrasmasculinas, é porque ocorre a crase.

Exemplos:

Temos amor à arte. (Temos amor ao estudo)

Respondi às perguntas. (Respondi aos questionário)

II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a,ocorre a crase:

Exemplos:

Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória paravocê.)

Fui à Holanda. (Fui para a Holanda)

3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Seaparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a crase.

Exemplos:

Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba)

Iremos à Bahia. (Voltaremos da Bahia)

■ Não ocorre a Crase

a) antes de verbo

Voltamos a contemplar a lua.

b) antes de palavras masculinas

Gosto muito de andar a pé.

Passeamos a cavalo.

c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita asenhora, senhorita e dona:

Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza.

Dirigiu-se à Sra. com aspereza.

d) antes de pronomes em geral:

Não vou a qualquer parte.

Fiz alusão a esta aluna.

e) em expressões formadas por palavras repetidas:

Estamos frente a frente

Estamos cara a cara.

f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:

Não falo a pessoas estranhas.

Restrição ao crédito causa o temor a empresários.

■ Crase facultativa

1. Antes de nome próprio feminino:

Refiro-me à (a) Julinana.

2. Antes de pronome possessivo feminino:

Dirija-se à (a) sua fazenda.

3. Depois da preposição até:

Dirija-se até à (a) porta.

■ Casos particulares

1. Casa

Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e nãovem determinada por nenhum adjunto adnominal, nãoocorre a crase.

Exemplos:

Regressaram a casa para almoçarRegressaram à casa deseus pais

2. Terra

Quando a palavra terra for utilizada para designar chãofirme, não ocorre crase.

Exemplos:

Regressaram a terra depois de muitos dias.Regressaram àterra natal.

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3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles,aqueles, aquilo.

Se o tempo que antecede um desse pronomesdemonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.

Exemplos:

Está é a nação que me refiro.(Este é o país a que merefiro.)Esta é a nação à qual me refiro.(Este é o país ao qualme refiro.)Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.(Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.)Houve um sugestão anterior à que você deu.(Houveum palpite anterior ao que você me deu.)

Ocorre também a crase

a) Na indicação do número de horas:

Chegamos às nove horas.

b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra modavenha oculta:

Usam sapatos à (moda de) Luís XV.

c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às deinstrumento:

Chegou à tarde (tempo).Falou à vontade (modo).

d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que,à força de...

OBSERVAÇÕES: Lembre-se que:

Há - indica tempo passado.Moramos aqui há seis anos

 A - indica tempo futuro e distância.Daqui a dois meses,irei à fazenda.Moro a três quarteirões da escola.

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Concordância Verbal

1. verbo com sujeito simples

O verbo concorda em número e pessoa, não interessando aposição. Ex.: Ele chegou tarde.

2. sujeito composto antes do verbo

a) o verbo vai para o plural:

Exemplo: Recife e Jaboatão dos Guararapes são  as princi-pais cidades do litoral pernambucano.

b) o verbo poderá ficar no singular:

Se os núcleos do sujeito forem sinônimos.

Exemplo: A decência e honestidade é  coisa raranos dias atuais.

Quando os núcleos formam uma gradação.

Exemplo: A angústia, a solidão, a falta de compa-nhia levou-o ao vício da bebida.

Quando os núcleos aparecem resumidos por tudo,nada, ninguém.

Exemplo: Diretores, gerentes, supervisores, nin-guém faltou.

3. sujeito composto depois do verbo

a) o verbo vai para o plural

Chegaram ao estádio os jogadores e o técnico.

b) o verbo concorda com o núcleo mais próximo

Chegou ao estádio o técnico e os jogadores.

4. sujeito composto de pessoas diferentes

a) quando aparece a 1ª pessoa do singular o verbo vai parao plural

Exemplo: Jorge e eu jogaremos amanhã.

b) se o sujeito for formado de segunda e terceira pessoas dosingular, o verbo pode ir para a 2ª ou 3ª pessoa doplural.

Exemplo: Tu e ele ficareis atentos.

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5. núcleos do sujeito ligados por OU

a) se houver idéia de exclusão ou retificação, o verbo fica nosingular ou concordará com o núcleo do sujeito mais próxi-mo.

Exemplo: Paulo ou George será o novo gerente.

b) se não houver idéia de exclusão o verbo vai para o plural.

Exemplo: A bebida ou o fumo são prejudiciais à saúde.

6. núcleos do sujeito ligados por COM

O verbo irá para o plural, mas admite-se o singular quandose quer destacar o primeiro núcleo do sujeito.

Exemplo:

O marceneiro com o pintor terminaram o serviço combina-do.

O marceneiro com o pintor terminou o serviço combinado.

7. sujeito coletivo

Quando o sujeito é um coletivo, o verbo concorda com ele.

Exemplo: A multidão aplaudiu o discurso do diretor.

Observação:  se o coletivo vier especificado o verbo podeficar no singular ou ir para o plural.

Exemplo:

A equipe de cinegrafistas acompanhou o protesto dos pro-fessores pelas ruas do Recife.

A equipe de cinegrafistas acompanharam  o protesto dosprofessores pelas ruas do Recife.

8. sujeito é substantivo que só tem plural.

Quando o sujeito é um substantivo usado somente no plu-ral, há duas possibilidades:

a) se o substantivo não vier precedido de artigo fica nosingular.

Exemplo: Estados Unidos é a maior potência econômica domundo.

b) se o substantivo for precedido de artigo, o verbo vai parao plural.

Exemplo:  As  Minas Gerais possuem  grandes paisagens na-turais.

9. sujeito é um pronome de tratamento.

Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo vaipara a 3ª pessoa.

Exemplo:

Vossa Excelência agiu corretamente.

Vossas Excelências votaram a nova lei.

10. sujeito são os pronomes relativos QUE e QUEM

a) se o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo concor-dará em número e pessoa com o antecedente do pronome.

Exemplo:

Fui eu que liguei o rádio.

Fomos nós que consertamos a TV.

b) se o sujeito for o pronome QUEM, o verbo fica na 3ªpessoa do singular.

Exemplo:

Não sou eu quem faz o jantar.

Fui eu quem pagou o jantar.

Observação:  Popularmente é comum o verbo concordarcom o antecedente do pronome QUEM.

Exemplo: Não sou eu quem faço o jantar.

11. o sujeito é uma oração

Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbofica na 3ª pessoa do singular.

Exemplo:

Ainda falta comprar vários livros.

12. os núcleos do sujeito são infinitivos

O verbo vai para o plural se os infinitivos forem determina-dos por artigos. Caso os infinitivos não aparecerem deter-minados o verbo poderá ficar no singular.

Exemplo: Correr e caminhar é um ótimo exercício.

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13. Verbo com a partícula apassivadora SE

O verbo normalmente concorda com o sujeito.

Exemplo:

Vende-se uma geladeira.

Vendem-se carros.

14. Verbo com índice de indeterminação do sujeito.

O verbo fica na 3ª pessoa do singular e a partícula a SE estáligada a um verbo transitivo indireto ou intransitivo.

Exemplo:

Precisa-se de pedreiros.

15. Sujeito formado por expressões

Um ou outro

O verbo concorda no singular com o sujeito.

Exemplo: Um ou outro jogador merecia críticas.

Um e outro, nem um nem outro, nem... nem...

O verbo concorda preferencialmente no plural.

Exemplo: Um e outro permaneciam aguardando achamada.

Um dos que, uma das que

O verbo vai, de preferência, para o plural.

Exemplo: Antônio é um dos que mais estudam ma-temática.

Mais de, menos de

O verbo concorda com o numeral a que se refere.

Exemplo:

Mais de um aluno apresentou a pesquisa de cam-po.

Mais de cem menores fugiram do presídio.

A maior parte de, grande número de

Essas expressões seguidas de substantivos ou pro-nome no plural, o verbo pode ir para o singular oupara o plural.

Exemplo:

Grande número de empresários se revoltou contrao governo.

 A maioria das pessoas protestaram  contra o au-mento da energia elétrica.

Quais de vós, quantos de nós, alguns de nós

O verbo concordará com os pronomes nós ou vósou concordar na 3ª pessoa do plural.

Exemplo:

 Alguns de nós chegaram hoje.

Muitos de nós não conhecemos as leis.

Observação

Se o pronome indefinido ou interrogativo estiverno singular, o verbo ficará na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Nenhuma de nós ouviu a notícia.

16. Haja vista

Podem ocorrer as seguintes concordâncias:

A expressão fica invariável

Exemplo:

Haja vista aos livros da escola. (atente-se)

Haja vista os livros da escola. (por exemplo)

A expressão vai para o plural

Exemplo: Hajam vista os livros da escola. (vejam-se)

17. Concordância dos verbos DAR, SOAR, BATER

Esses verbos concordam regularmente com o sujeito, a nãoser que sejam usadas outras palavras como sujeito.

Exemplo:

Batiam cinco horas quando o alarme tocou.

Deu quatro horas e ninguém foi visto.

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18. Concordância dos verbos impessoais

Ficam na 3ª pessoa do singular, pois não possuem sujeito.

Exemplo:

Havia cinco anos que moravam em Portugal.

Chovia muito naquela noite.

Faz dois meses que recebemos a carta.

Observação

Quando acompanhado de verbo auxiliar, esse ficainvariável na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Devia  haver   cinco anos que não faláva-mos com Rita.

Verbos que exprimem fenômenos da naturezausados em sentido figurado deixam de ser impes-soais.

Exemplo: Choviam lágrimas de seus olhos.

Popularmente é comum usar o verbo TER comoimpessoal no lugar de haver ou existir.

Exemplo: Tem cinco anos que moravam em Portu-gal.

19. Concordância do verbo SER

O verbo SER ora concorda com o sujeito ora concorda como predicativo.

Quando o sujeito for um dos pronomes QUE ouQUEM o verbo SER concordará obrigatoriamentecom o predicativo.

Exemplo:

Que são homônimos?

Quem foram os vencedores do campeonato?

O verbo SER concordará com o numeral na indica-ção de tempo, dias, distância.

Exemplo: É uma hora da madrugada.

Quando o sujeito for os pronomes tudo, o, isso,aquilo, isto  o verbo SER concorda, preferencial-mente, com o predicativo, mas poderá concordarcom o sujeito.

Exemplo: Tudo são flores no início da relação.

Quando aparece nas expressões é muito, é pouco,é bastante o verbo SER fica no singular, quando in-dicar quantidade, distância, medida.

Exemplo: Quatro reais é pouco  para irmos ao ci-nema.

20. Concordância do verbo PARECER

O verbo PARECER antes de infinitivos admite duas concor-dâncias:

O verbo PARECER se flexiona e o infinitivo não va-ria.

Exemplo: As paredes do prédio pareciam estreme-cer .

Não varia o verbo PARECER e o infinitivo é flexio-nado.

Exemplo: Os alunos parecia concordarem com o di-retor da escola.

O verbo PARECER concordará no singular, usando-se oração desenvolvida.

Exemplo: As paredes parece  que estão estremeci-das.

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Concordância Nominal

■ Regras gerais

1ª) Observemos os elementos em destaque na frase:

"Pelos cimos da mata se escapavam aves espantadas,remontando às alturas num vôo desesperado." (GraçaAranha)

Concluímos que:

O adjetivo concorda em gênero e número com osubstantivo a que se refere.

2ª) Observe agora os termos grifados:

"Os troncos atacados com raiva."

"Algumas árvores pareciam resistir."

"A dois quilômetros talvez não houvesse tanto fogo."

"A duas léguas chegaria tanta fumaça?"

Os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos - "os"-"algumas", "dois", "duas" e "tanta" concordam com osubstantivo a que se referem.

Nota: quanto aos numerais, variam em gênero um, dois e ascentenas a partir de duzentos.

■ Regras especiais

1ª) O adjetivo que se refere a mais de um substantivo degênero e número diferentes, quanto posposto, poderáconcordar no masculino plural ou com o substantivo maispróximo.

"Tinha as espáduas e o colo feitos de encomenda para osvestidos decotados"

"Acharia ele, porventura, a vida e o repouso íntimos."(A.Herculano)

"Render o preito e a homenagem devida." (C. Ribeiro)

2ª) Anteposto aos substantivos, o adjetivo concorda, emgeral, com o mais próximo.

"Escolhestes mau lugar e hora..."(Herculano)

"Creio que me houve com a necessária intrepidez edisciplina." (M. de Assis)

"São de igual talhe e força."(Herculano)

"Jorge, perdida a cor e o alento, caiu."(Manuel Bandeira)

3ª) As expressões UM E OUTRO e NEM UM NEM OUTROpedem substantivo singular.

"Um e outro vaga-lume riscando fósforos." (J. A. Almeida)

"Uma e outra coisa lhe desagrada."(M.Bernardes)

4ª) Dois ou mais adjetivos que se referem ao mesmosubstantivo determinado por artigo possibilitam dois tiposde concordância paralelos.

Especializou-se nas literaturas brasileira e portuguesa ;

Especializou-se na literatura brasileira e na portuguesa.

5ª) Sendo sinônimos os substantivos, o adjetivo concordacom o mais próximo.

"As maldições se cumpriam no povo e gentehebréia."(Vieira)

"O amor e a amizade verdadeira não nas bonanças, mas naadversidade se conhece."(F. de Morais)

6ª) Quando dois ou mais numerais ordinais do singularmodificam um mesmo substantivo, este, se posposto,pode ficar no singular ou ir para o plural.

"Depois de bater repetidas vezes à porta do primeiro esegundo andar. (Camilo)

"Os preços da segunda e terceira classe eram os mesmos deoutras partes." (M. de Assis)

"O terceiro e quarto volumes da Monarquia Lusitana."(Herculano)

Nota: substantivo anteposto ficará no plural.

"As cláusulas terceira, quarta e quinta..."(Rui Barbosa)

7ª) Os pronomes adjetivos MESMO, PRÓPRIO, e o adjetivoSÓ concordam, normalmente, com o respectivosubstantivo.

Vós mesmos sois os responsáveis.

Elas mesmas fizeram os trabalhos.

Ela própria comprou tudo.

Eles próprios se interrogavam.

Vocês permanecem sós.

Nota: quando mesmo equivale a realmente, de fato; e só, asomente, não variam.

"Ele veio mesmo,. Só as mulheres permaneceram caladas.

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8ª) As palavras MEIO e BASTANTE, quando adjetivos,concordam com respectivos substantivos, ficandoinvariáveis quando advérbios.

Bastantes pessoas ficaram bastante insatisfeitas.

As meias palavras são sintomáticas das afirmações meioverdadeiras.

Ao meio-dia e meia (hora), saíram.

As meias garrafas estão meio vazias.

9ª) O adjetivo ANEXO concorda, normalmente, com orespectivo substantivo, o que não ocorre quando,precedido da preposição em, constitui locução adverbial.

Seguem anexas as minutas do processo.

Todas provas estavam anexas.

Os planos anexos ilustram e desenvolvem o croqui.

Mas, seguem em anexo as declarações da testemunha.

10ª) Os adjetivos QUITE e CONFORME concordam com orespectivo substantivo, segundo a normal geral.

Ele já está quite com o Serviço Militar.

Todas estarão quites com suas famílias.

As informações chegaram conformes com as expectativas.

11ª) A palavra ALERTA (advérbio) permanece invariável,segundo a tradição gramatical.

Todos estavam alerta.

Eles, alerta, dormiam em rodízio.

12ª) Os adjetivos regidos da preposição de, que se referema pronomes neutros indefinidos (nada, muito, algo, tanto,que, etc), normalmente, ficam no masculino singular.

Isto não tem nada de misterioso.

"Ela tem algo de sedutor."

"Vocês têm um quê de diferente."

Nota: por atração, esses adjetivos podem concordar com osubstantivo.

Os edifícios da cidade nada t inha de gigantes.

■ Concordância do predicativo com o sujeito

1ª) O predicativo concorda em gênero e número com orespectivo sujeito.

"A vida é uma longa espera."(Sartre)

A família e a fortuna seriam concorrentes.

2ª) Quando o sujeito é composto e constituído porsubstantivos do mesmo gênero, o predicativo concordaráno plural e no gênero deles.

O rio e o deserto estavam sonolentos.

A família e a fortuna seriam concorrentes.

3ª) Sendo o sujeito composto e constituído porsubstantivos de gêneros diversos, o predicativoconcordará no masculino plural.

O tempo e a vida passeiam discretos pelos ponteiros dorelógio.

A casa e o dono eram si lenciosos e recolhidos.

Nota: Embora mais rara, é possível a concordância com onúcleo mais próximo, o que só ocorre com o predicativoanteposto.

Exemplo: "Era deserta a vida, a casa, o templo."

(Gonçalves Dias)

4ª) Se o sujeito for representado por um pronome detratamento, a concordância efetua-se com o sexo dapessoa a quem nos referimos .

Vossa Excelência ficará satisfeito. (homem)

Vossa Alteza foi bondosa. (mulher)

Sua Senhoria mostrou-se muito generoso. (homem)

5ª) O predicativo aparece, às vezes, na forma de masculinosingular nas expressões é bom, é necessário, é preciso,etc., embora o sujeito seja substantivo feminino ou plural,mas não determinado pelo artigo .

É necessário muita cautela.

Água é bom para a composição celular.

Surpresa é preciso, de vem em quando.

É proibido entrada de pessoas estranhas.

Mas

A cautela é necessária.

É proibida a entrada de pessoas estranhas.

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■ Concordância do predicativo com o objeto

1ª) O predicativo concorda em gênero e número com oobjeto quando este for simples.

Encontramo-lo satisfeito.

"Olhou para as suas terras e viu-as incultas emaninhas."(Clarice Lispector)

2ª) Quando o objeto é composto e constituído porelementos do mesmo gênero, o adjetivo flexiona-se noplural e no gênero dos objetos.

Imaginaste eternas a vida e a fantasia.

Achamos carinhosos o pai e o irmão dela.

Encontrei confusos o turista e o velho cicerone.

3ª) Sendo o objeto composto e formado de elementos degêneros diferentes, o adjetivo predicativo concordará nomasculino plural.

Achei muito simpático o sultão e suas esposas.

Pensei encontrar mudados a professora Balbina e seucolégio.

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Regência

A sintaxe de regência estuda as relações de dependênciadas palavras nas orações e das orações no período. Eladivide-se em nominal (estuda o regime dos substantivos,adjetivos e advérbios) e verbal(estuda o regime dos verbos).

■ REGÊNCIA NOMINAL

É estabelecida por preposições que ligam um termo regidoou subordinado a um termo regente ou subordinante.Como já foi dito, o termo regente é sempre um nome,entendido como tal o substantivo, o adjetivo e o advérbio.

Termo Regente Preposição Termo Regido

Disposição(substantivo) Para viajar.

Nocivo(adjetivo) À saúde.

Favoravelmente(advérbio) A todos.

Relação de regências de alguns nomes:

aceito a; adequado a; abrigado de; afável com, para com;alheio a; amante de; amigo de; amoroso com, para com;análogo a; ansioso de, por; anterior a; aparentado com;apto para, a; avaro de; avesso a; ávido de; bacharel em;benéfico a; bom para; caritativo com, para como; caro a;certo de; cheio de; cheiro a, de; a; compreensível a; comuma, de; conforme com, a; constante em; contíguo a; contrárioa; devoto de; dócil a; doente de; doutor em; fácil de;favorável a; entendido em; erudito em; generoso com; hábilem; hostil a; ida a; idêntico a; idôneo para; leal a; lento em;liberal com; manco de; manso de; mau com, para, paracom; mediano de, em; necessário a; nobre de, em, por;oblíquo a; oposto a; pálido de; pertinaz em; possuído de;querido de, por; rijo de; sábio em; tardo a; temeroso de;único em; útil a, para; vazio de.

■ REGÊNCIA VERBAL

É a relação de subordinação existente entre umcomplemento(palavra regida) e a palavra cujo sentido écompletado. Neste caso é o verbo, que tem seu sentidocompletado por outro termo.

Regência de alguns verbos:

abraçar  = no sentido de cingir, apertar nos braços,constrói-se com objeto direto ou indireto. Por exemplo:O pai abraçou o filho. Abraçou-se com a mãe. Nosentido de adotar, seguir, constrói-se com objeto direto.Por exemplo: Não abraçou minha doutrina.

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ansiar = no sentido de causar ânsia, angustiar, constrói-se com objeto direto. Por exemplo: A solidão ansiava-o.No sentido de desejar ardentemente, constrói-se comobjeto indireto. Por exemplo: Ansiava por um novoamor.

aspirar  = no sentido de sorver, tragar, constrói-se comobjeto direto. Por exemplo: Marta aspirava o perfumedas rosas. No sentido de desejar, pretender, constrói-secom objeto indireto. Por exemplo: Ela aspirava a altoscargos. Neste verbo não se usa os pronomes lhe e lhes.

assistir  = admite várias regências. Por exemplo: Oenfermeiro assiste o paciente(objeto direto ou indiretono sentido de prestar assistência, proteger, servir).Assisti ao jogo(objeto direto no sentido de presenciar,estar presente). Não lhe assiste o direito de julgar osindefesos(objeto indireto, lhe e lhes, no sentido decaber, pertencer direito ou razão a alguém). Duranteminha infância, assistia num sítio muitoaprazível(adjunto adverbial de lugar, no sentido demorar, residir).

chamar  = pode ser usado com: objeto direto(Oprofessor chamou o aluno). Objeto indireto(Chamou porum servente). Objeto direto + predicativo(Chamaram-noidiota). Objeto indireto + predicativo(Chamaram-lheidiota). Nestes casos, o predicativo pode vir regido dapreposição de. Por exemplo: Chamaram-no(lhe) deinteligente.

contentar-se  = constrói-se com objeto indireto regidodas preposições com, de, em. Por exemplo: Contentam-se com pouca coisa. Contentei-me de responder comcerteza. Contentava-se em vê-la sofrer.

custar = no sentido de ser custoso, difícil, emprega-se na3ª pessoa do singular, tendo como sujeito uma oraçãosubordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo,a qual pode vir precedida da preposição a. Por exemplo:Custa-me dizer o que aconteceu. Custa muito chegar atélá. No sentido de acarretar trabalhos, causar incômodos,constrói-se com objeto direto e indireto. Por exemplo: Aimprudência custou-lhe lágrimas amargas.

deparar = constrói-se com objeto direto ou indireto nosentido de encontrar. Por exemplo: Deparei (com)mulheres na praia. Constrói-se com objeto direto ouindireto no sentido de fazer aparecer, apresentar. Porexemplo: O juiz não deparou solução ao processo.Constrói-se com objeto indireto no sentido deapresentar-se, oferecer-se, sendo o verbo pronominal.Por exemplo: Depararam-se com coisas estranhas.

dignar-se  = constrói-se com objeto indireto regido dapreposição de. Por exemplo: Não se dignou de expediras ordens.

ensinar  = constrói-se com objeto direto e indireto,geralmente. Por exemplo: Ensinou-o(lhe) a lição.

entreter-se = constrói-se com objeto indireto regido daspreposições a, com, em. Por exemplo: Entretinha-secom os palhaços.

esquecer e lembrar  = admitem três construções:Esqueci o nome dela. Esqueci-me do nome dela.Esqueceu-me o nome dela.

informar, avisar, prevenir e certificar  = podem ser: comobjeto direto(Não o posso informar). Com objetoindireto(Não lhe posso informar). Com os doisobjetos(Informei-me dos preços da carne).

investir = no sentido de atacar(O lutador investiu contrao adversário). No sentido de fazer investimentos(Ogoverno investe enorme capitais). No sentido deapossar(Estava investido de nobre missão).

obedecer e desobedecer   = com objeto indireto(Obedecia ao mestre).

perdoar e pagar = transitivo direto com objeto direto decoisa(Perdoei suas dívidas). Transitivo indireto comobjeto indireto de pessoa(O pai não lhe perdoa).Transitivo direto e indireto(Perdoei-lhe a ofensa).

preferir = transitivo direto e indireto(Prefiro café a chá).Este verbo não se constrói com a locução do que.Também não se diga - preferir antes = é um pleonasmo,pois preferir já significa = querer antes.

presidir  = constrói-se indiferentemente com objetodireto ou indireto. Por exemplo: Presidir o congresso ouao congresso.

proceder  = no sentido de ter fundamento, éintransitivo(Essa acusação não procede). No sentido derealizar, é transitivo indireto(Procedeu-se ao inventárioda família).

querer  = é transitivo direto no sentido de desejar(Eu aquero limpinha). É transitivo indireto no sentido deamar(Juro que lhe quero muito).

simpatizar e antipatizar = pede objeto indireto + com enão é pronominal. Por exemplo: Simpatizo com você. Éerro grave dizer: Simpatizo-me com você.

visar = é transitivo direto no sentido de apontar arma defogo contra(O caçador visou o alvo). É transitivo indiretono sentido de ter em vista(O pai trabalhava visando aoconforto dos filhos).

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Semântica

■ SINONÍMIA

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou maisque apresentam significados iguais ou semelhantes - SINÔ-NIMOS.

Ex.: Cômico – engraçado

Débil - fraco, frágil

Distante - afastado, remoto

■ ANTONÍMIA

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou maisque apresentam significados diferentes, contrários - ANTÔ-NIMOS.

Ex.: Economizar – gastar

Bem – mal

Bom - ruim

■ HOMONÍMIA

É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar depossuírem significados diferentes, possuem a mesma estru-tura fonológica - HOMÔNIMOS.

As homônimas podem ser:

Homógrafas heterofônicas ( ou homógrafas) - são as pala-vras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.

Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. -verbo gostar)

Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. -verbo consertar)

Homófonas heterográficas ( ou homófonas) - são as pala-vras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.

Ex.: cela (substantivo) - sela ( verbo)

Cessão (substantivo) - sessão (substantivo)

Cerrar (verbo) - serrar ( verbo)

Homófonas homográficas ( ou homônimos perfeitos) - sãoas palavras iguais na pronúncia e na escrita.

Ex.: cura (verbo) - cura ( substantivo)

Verão ( verbo) - verão ( substantivo)

Cedo ( verbo ) - cedo (advérbio)

■ PARONÍMIA

É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavrasque possuem significados diferentes, mas são muito pareci-das na pronúncia e na escrita - PARÔNIMOS.

Ex.: cavaleiro – cavalheiro

Absolver – absorver

■ POLISSEMIA

É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentarvários significados.

Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa.

Abasteci meu carro no posto da esquina.Os convites eramde graça.

Os fiéis agradecem a graça recebida.

■ FAMÍLIA DE IDEIAS

São palavras que mantêm relações de sinonímia e querepresentam basicamente uma mesma ideia.

Veja a relação a seguir:

casa, moradia, lar, abrigo

residência, sobrado, apartamento, cabana

Todas essas palavras representam a mesma ideia: lugaronde se mora. Logo, trata-se de uma família de ideias.

Observe outros exemplos:

revista, jornal, biblioteca, livro

casaco, paletó, roupa, blusa, camisa, jaqueta

serra, rio, montanha, lago, ilha, riacho, planalto

telefonista, motorista, costureira, escriturário,professor

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■ CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO

Conotação é o uso da palavra com um significado diferentedo original, criado pelo contexto.

Ex.: Você tem um coração de pedra.

Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.

Ex.: Pedra é um corpo duro e sólido, da naturezadas rochas.

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Exercícios

01) A frase em que a grafia e a acentuação estão em con-formidade com as prescrições da norma padrão daLíngua Portuguesa é:

a) Ao se estender esse viez interpretativo, correm o riscode por tudo à perder, na medida em que será alteradaa estratégia da pesquisa previamente adotada.

b) Sua pretenção ao consenso esvaiu-se quase que derepente, quando notou que entorno de si as pessoasmais pareciam descansar que dispostas à debates.

c) Tomou como ultrage a displicência com que foi rece-bido, advinhando que o mal-estar que impregnava oambiente era mais que uma questão eminentementepessoal.

d) Estava atrás de um acessório que o despensasse depromover a limpeza do aparelho e sua consequentemanutenção depois de cada utilização, mas não pôdeachá-lo por alí.

e) Quando se considera a par do tema, ajuíza sem medo,mas, ao se compreender insipiente, para tudo e pedeaos especialistas que o catequizem no assunto paranão passar por néscio.

Texto para as questões 02 a 07

A eterna juventude

Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte da Ju-ventude, cujas águas garantiriam pleno rejuvenescimento aquem delas bebesse. A tal fonte nunca foi encontrada, masos homens estão dando um jeito de promover a expansãodos anos de "juventude" para limites jamais vistos. A ado-lescência começa mais cedo - veja-se o comportamento de"mocinhos" e "mocinhas" de dez ou onze anos - e prometenão terminar nunca. Num comercial de TV, uma vovó falacom desenvoltura a gíria de um surfista. As academias e asclínicas de cirurgia plástica nunca fizeram tanto sucesso.Muitos velhos fazem questão de se proclamar jovens, e umatintura de cabelo é indicada aos homens encanecidos comoum meio de fazer voltar a "cor natural".

Esse obsessivo culto da juventude não se explica por umarazão única, mas tem nas leis do mercado um sólido esteio.Tornou-se um produto rentável, que se multiplica incalcula-velmente e vai da moda à indústria química, dos hábitos deconsumo à cultura de entretenimento, dos salões de belezaà lipoaspiração, das editoras às farmácias. Resulta daí umaespécie de código comportamental, uma ética subliminar,um jeito novo de viver. O mercado, sempre oportunista,torna-se extraordinariamente amplo, quando os consumido-res das mais diferentes idades são abrangidos pelo denomi-nador comum do "ser jovem". A juventude não é mais uma fase da vida: é um tempo que se imagina poder prolongarindefinidamente.

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São várias as consequências dessa idolatria: a decantada"experiência dos mais velhos" vai para o baú de inutilidades,os que se recusam a aderir ao padrão triunfante da mocida-de são estigmatizados e excluídos, a velhice se torna sinô-nimo de improdutividade e objeto de caricatura. Prefere-sea máscara grotesca do botox às rugas que os anos trouxe-ram, o motociclista sessentão se faz passar por jovem, me-tido no capacete espetacular e na roupa de couro com ta-chas de metal.É natural que se tenha medo de envelhecer, de adoecer, dedefinhar, de morrer. Mas não é natural que reajamos à leida natureza com tamanha carga de artifícios. Diziam osantigos gregos que uma forma sábia de vida está na per-manente preparação para a morte, pois só assim se valorizade fato o presente que se vive. Pode-se perguntar se, viven-do nesta ilusão da eterna juventude, os homens não estãose esquecendo de experimentar a plenitude própria de cadamomento de sua existência, a dinâmica natural de sua vidainterior.

(Bráulio Canuto)

02) Quanto ao emprego e à forma ortográfica das pala-vras, a frase inteiramente correta é:

a) Obsecado pelo mito da eterna juventude, o homemcontemporâneo não deixaria de viver as experiênciasde que cada fase da vida se constitue naturalmente?

b) Na expressão sólido esteio  indica-se o papel que seatribue o mercado junto a quem ansia pelo desfruteeterno da juventude.

c) Quem idolatriza a juventude acaba por não viver ple-namente os encantos que nos propisciam as outras fa-ses da nossa vida.

d) Quando se vive o que é extemporânio em relação àsexperiências determinadas pela natureza, deixa-se deusufluir os encantos de cada idade.

e) Se apraz a um surfista valer-se da linguagem que com-partilha com outros jovens, por que haveriam as velhi-nhas de dissimular a que lhes é própria?

03) Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

a) Não há uma razão única porque se explique essa idola-tria.

b) Muitos se perguntam porquê ocorre esse culto obses-sivo.

c) E esse culto obsessivo da juventude, ocorre por quê?d) Diga-me porque ocorre tamanha idolatria dos jovens.e) O por que desse culto obstinado deve ser buscado nas

leis do mercado.

04) Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte da Juventude, cujas águas garantiriam pleno rejuvenes-cimento a quem delas bebesse.Pode-se substituir corretamente o segmento sublinha-do, sem prejuízo para o sentido da frase acima, por:

a) onde suas águas garantiriam pleno rejuvenescimento aquem lhes bebesse.

b) de cujas águas se garantiria pleno rejuvenescimento aquem nelas bebesse.

c) em que suas águas garantiriam pleno rejuvenescimen-to quem delas bebesse.

d) em cujas águas estaria a garantia de pleno rejuvenes-cimento para quem delas bebesse.

e) de cujas águas estaria a garantia de pleno rejuvenes-cimento para quem lhes bebesse.

05) A frase em que se representa o aspecto central dotema desenvolvido ao longo do texto é:

a) (...) haveria em algum lugar a Fonte da Juventude (...)b) (...) um tempo que se imagina poder prolongar indefi-

nidamente.c) (...) tem nas leis do mercado um sólido esteio.d) (...) uma sábia forma de vida está na permanente pre-

 paração para a morte (...)e) (...) medo de envelhecer, de adoecer, de definhar, de

morrer.

06) Considere as seguintes afirmações:

I. A convicção dos antigos gregos, segundo o autor dotexto, era a de que os anos da velhice constituiriam afase mais proveitosa da vida.

II. O culto da juventude acaba impedindo que muitosvelhos tirem melhor proveito dos atributos naturais desua idade e de sua experiência de vida.

III. O autor do texto revela algum otimismo quando serefere a uma ética subliminar e a um jeito novo de vi-ver.

Em relação ao texto, está correto o que se afirmaAPENAS em

a) I.b) I e II.c) II.d) II e III.e) III.

07) Considerando-se o contexto, expressões como másca-ra grotesca ou metido no capacete espetacular acen-tuam

a) o artificialismo do obsessivo culto da juventude.b) a importância da "experiência dos mais velhos".c) a cautela da permanente preparação para a morte.d) a valorização do presente que se vive.e) a atração pela dinâmica natural da vida interior.

08)Quando começa a modernidade? A escolha de uma da-ta ou de um evento não é indiferente. O momento queelegemos como originário depende certamente daidéia de nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar.E vice-versa: a visão de nosso presente decide das ori-gens que confessamos (ou até inventamos). Assim

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acontece com as histórias de nossas vidas que conta-mos para os amigos e para o espelho: os inícios estãosempre em função da imagem de nós mesmos de quegostamos e que queremos divulgar. As coisas funcio-nam do mesmo jeito para os tempos que consideramos"nossos", ou seja, para a modernidade.

Bem antes que tentassem me convencer de que a datade nascimento da modernidade era um espirro cartesi-ano (...), quando era rapaz, se ensinava que a moder-nidade começou em outubro de 1492. Nos livros da es-cola, o primeiro capítulo dos tempos modernos eram esão as grandes explorações. Entre elas, a viagem deColombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saa-ra adentro ou intermináveis caravanas por montes edesertos até a China de nada valiam comparadas coma aventura do genovês. Precisa ler "Mediterrâneo" deFernand Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto para frente. Precisa, em outras palavras, evocar o mar Me-diterrâneo - este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado −

 para entender por que a viagem de Colombo acabou econtinua sendo uma metáfora do fim do mundo fecha-do, do abandono da casa materna e paterna.

(Contardo Calligaris, "A Psicanálise e o sujeito colonial".IN:Psicanálise e colonização:  leituras do sintoma social noBrasil.Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999, p.11-12.)

...para entender por que a viagem de Colombo acaboue continua sendo uma metáfora...

No que se refere à grafia, para estar de acordo com opadrão culto, a frase que deve ser preenchida comforma idêntica à destacada acima é:

a) Alguém poderá perguntar: − O autor citou Braudel, ...?b) Gostaria de saber ...... ele se interessou especificamen-

te por essa obra de Braudel acerca do mar Mediterrâ-neo.

c) Quem sabe o ...... da citação da obra de Braudel?d) Referências são sempre interessantes, ...... despertam

curiosidade acerca da obra.e) − ... foi a obra que mais o teria impressionado sobre o

assunto, respondeu alguém quando indagado sobre omotivo da citação.

09) A frase que está totalmente de acordo com o padrãoculto da língua é:

a) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeitoda exiguidade do vosso tempo, sempre recebeu os es-tudiosos do assunto e lhes deu grande apôio.

b) Sob a rubrica de "As grandes explorações", o autor leumuito do que lhe sucitou interesse pelo tema e desejode pôr em discussão algumas questões.

c) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação emassociar o início da modernidade à Descartes, mas a

questão não pára por aí: há pontos mais complexosem discussão.

d) As reflexões do iminente estudioso, insertas em textobastante acessível ao leigo, nada têm daquele teor ira-cível e tendencioso que se nota em algumas obras po-lêmicas.

e) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam acercade questões polêmicas como a de rever o significadoassente de fatos históricos: "é mera questão de quererauferir prestígio".

10) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindoa mesma regra que distribuídos.

a) sóciob) sofrê-loc) lúcidosd) constituíe) órfãos

11) A frase que está em conformidade com a ortografiaoficial é:

a) Não interessa recaptular a indesejável dissensão, massim aliviar as tensões agudizadas pelo desnecessárioenxerto de questões polêmicas.

b) Sempre quis ser assessora de moda em lojas, maseram tantos os empecilhos, que acabou por vencer aojeriza de coser sob encomenda e, com isso, tornou-segrande costureira.

c) Endoidescia o marido com seus gastos extravagantes,pois acreditava que o tão desejado charme era ques-tão de plumas e brilhos esplendorosos, de preferência,vindos do exterior.

d) Quando disse que não exitaria em abandonar o em-prego de sopetão e ir relaxar numa praia distante, lhedisseram que seria sandice, mas não conseguiram ven-cer o fascínio da aventura.

e) Representava na peça um cafageste que tratava atodos com escárneo, mas sua atuação era sempre tãofascinante que diariamente angariava a simpatia detoda a platéia.

Texto para as questões 12 a 14.

 A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, maisdo que em qualquer outro lugar do planeta, está o maiornúmero de seres vivos a descobrir. Os mares parecem guar-dar as respostas sobre a origem da vida e uma potencialrevolução para o desenvolvimento de medicamentos, cos-méticos e materiais para comunicações. Sabemos maissobre a superfície da Lua e de Marte do que do fundo domar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conserva-ção e o conhecimento da biodiversidade, e os especialistassabem que ela é muitas vezes maior do que hoje conhece-mos. Das planícies abissais -- o verdadeiro fundo do mar,que ocupa a maior parte da superfície da Terra -- vimosmenos de 1%. Hoje sabemos que essa planície, antes consi-derada estéril, está cheia de vida. Nos últimos anos, não só

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se fizeram novos registros, como também se descobriramnovas espécies de peixes e invertebrados marinhos -- comoestrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más notícias. Pesquisadores alertam quediversidade não é sinônimo de abundância. Há muitas espé-cies, mas as populações, em geral, não são grandes.

 A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversida-de dos oceanos é o Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700cientistas de 75 países e deverá estar pronto em 2010. Suameta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os microor-ganismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra.Uma pequena arraia escura, em forma de coração, é a maisnova integrante da lista de peixes brasileiros. Ela foi coleta-da entre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, acerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espé-cies marinhas recém-identificadas, esta também é umahabitante das trevas.

O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos noexterior revelaram numerosas substâncias extraídas deanimais marinhos e com aplicação comercial. Há substân-cias de poderosa ação antiviral e até mesmo anticanceríge-na. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibrasóticas que transmitem informação com mais eficiência.Outros compostos recém-descobertos de bactérias sãotransformados em cremes protetores contra raios ultravio-leta. Vermes que devoram ossos de baleias produzem umcomposto com ação detergente. Já o coral-bambu é vistocomo um substituto potencial para próteses ósseas.

(Adaptado de Ana Lucia Azevedo.  Revista O Globo.  19 de marçode 2006, p.18-21)

12) A afirmativa INCORRETA em relação à formação depalavras empregadas no texto é:

a) pesca é um substantivo formado a partir do verbocorrespondente.

b) estrelas-do-mar é palavra composta por justaposição.c) vivos e vida são palavras formadas por derivação sufi-

xal.d) biodiversidade é palavra formada por radical de ori-

gem grega que significa vida.e) antiviral e anticancerígena são palavras formadas com

prefixo de origem grega que significa ideia contrária.

13) A afirmativa correta, de acordo com o texto, é:

a) a descoberta de um número maior de espécies favore-ce a pesca no Brasil, país com diversidade e, também,com grande quantidade de recursos pesqueiros.

b) o Censo da Vida Marinha, realizado por diversos paí-ses, já detectou as inúmeras espécies existentes nosoceanos, que estão sendo catalogadas e estudadas.

c) a imensa quantidade já conhecida de espécies mari-nhas que vivem nas planícies abissais permite a reali-zação de diferentes pesquisas com finalidade comerci-al.

d) os estudiosos da vida marinha ignoram a variedade deespécies que estão sendo exploradas, tanto cientifi-camente, quanto na área comercial.

e) os cientistas descobrem cada vez mais espécies mari-nhas, inclusive no Brasil, indicando que os mares sãoum mundo desafiador para o conhecimento da vida noplaneta.

14) O segmento do texto que resume corretamente oassunto nele explorado é:

a) Os mares parecem guardar as respostas sobre a ori-gem da vida e uma potencial revolução para o desen-volvimento de medicamentos, cosméticos e materiais para comunicações.

b) Das planícies abissais -- o verdadeiro fundo do mar,que ocupa a maior parte da superfície da Terra -- vi-mos menos de 1%.

c) Em relação à pesca, porém, há más notícias. Pesquisa-dores alertam que diversidade não é sinônimo deabundância. Há muitas espécies, mas as populações,em geral, não são grandes.

d)  A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodi-versidade dos oceanos é o Censo da Vida Marinha, quereúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar pronto em 2010.

e) Uma pequena arraia escura, em forma de coração, é amais nova integrante da lista de peixes brasileiros. Ela foi coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do Es- pírito Santo, a cerca de 900 metros de profundidade.

15) Assinale a opção em que o uso do pronome relativoNÃO está de acordo com a norma padrão escrita.

a) [O cineasta sofreu] um derrame, do qual não iria serecuperar mais.

b) [O rosto e a voz do cineasta] são aqueles os quaisestamos acostumados, talvez um pouco mais cansa-dos.

c) [Estar doente era] uma realidade sobre a qual [o cine-asta] não sabia nada, sobre a qual jamais havia pensa-do.

d) [Com ele, o cinema] não é mais um meio; torna-se umfim, no qual o autor é a principal referência.

e) Depois das três cirurgias às quais se submetera, teveum ataque cardíaco.

Antes de responder às questões de nº 16 a 18, leiaatentamente o texto abaixo:

O LEÃO

 A menina conduz-me diante do leão , esquecido por um circode passagem. Não está preso, velho e doente, em gradil de ferro. Foi solto no gramado e a tela fina de arame é escar-mento ao rei dos animais. Não mais que um caco de leão:as pernas reumáticas, a juba emaranhada e sem brilho. Osolhos globulosos fecham-se cansados, sobre o focinho ,contei nove ou dez moscas , que ele não tinha ânimo de

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espantar. Das grandes narinas escorriam gotas e pensei, porum momento , que fossem lágrimas. Observei em volta:somos todos adultos, sem contar a menina. Apenas paranós o leão conserva o seu antigo prestigio - as crianças es-tão em redor dos macaquinhos.Um dos presentes explica que o bicho tem as pernas entre-vadas, a vida inteira na minúscula jaula. Derreado, não pode sustentar-se em pé. Chega-se um piá e, desafiandocom olhar selvagem o leão, atira-lhe um punhado de cascasde amendoim.O rei sopra pelas narinas, ainda é um leão: faz estremecer agrama a seus pés.Um de nós protesta que deviam servir-lhe a carne em peda-cinhos.- Ele não tem dente?- Tem sim, não vê? Não tem é força de morder.Continua o moleque a jogar amendoim na cara devastadado leão. Ele nos olha e um brilho de compreensão nos fazbaixar a cabeça: é conhecido o travo amargoso da derrota.Está velho, artrítico, não se aguenta das pernas, mas é umleão. De repente , sacudindo a juba, põe-se a mastigar ocapim. Ora, leão come verde ! Lança-lhe o guri uma pedra:acertou no olho lacrimoso e doeu. O leão abriu a bocarra dedentes amarelos, não era um bocejo. Entre caretas de dor,elevou-se aos poucos nas pernas tortas, sem sair do lugar, ficou de pé. Escancarou penosamente os beiços moles enegros, ouviu-se a rouca buzina de fordeco antigo.Por um instante o rugido manteve suspensos os macaqui-nhos e fez bater mais de pressa o coração da menina. Oleão soltou seis ou sete urros. Exausto, deixou-se cair delado e fechou os olhos para sempre.

16) Assinale a opção em que as locuções apresentadasdesempenham respectivamente a função de adjetivo ede advérbio:

a) de compreensão - de repente.b) de ferro - dos animais .c) dos macaquinhos - de dentes.d) dez moscas - por um momento.e) no olho - da menina.

17) Nos trechos:"A menina conduz-me diante do...""... sobre o focinho contei nove ou dez moscas,"":.. a juba emaranhada e sem brilho."

Sob o ponto de vista gramatical, os termos sublinha-dos são, respectivamente:

a) locução adverbial - locução adverbial - locução adver-bial.

b) locução conjuntiva - locução adjetiva - locução adver-bial.

c) locução adjetiva - locução adverbial - locução verbal.d) locução prepositiva - locução adverbial - locução adje-

tiva.e) locução adverbial - locução prepositiva - locução adje-

tiva.

18) Na frase:"Derreado, não pode sustentar-se em pé."o adjetivo estabelece com a oração uma relação de:

a) causa e efeito.b) consequência e inclusão.c) efeito e concessão.d) concessão e oposição.e) condição e proporção

Texto para a questão 19

O ano sequer chegou à metade, mas os eventos extremosregistrados por todo o planeta, provocando milhares demortes, já fizeram de 2010 um período marcado pela fúriada natureza.Tempestades de força incomum, alagamentos,temperaturas muito acima ou abaixo da média, terremotosem áreas densamente povoadas e atividade vulcânica cau-saram prejuízos em dezenas de países. O clima produz másnotícias em velocidade inédita. Uma combinação de fatoresexplica por que 2010 tem sido penoso. Entre eles, as mu-danças climáticas  – que provocam episódios extremos commais frequência  –  e a infeliz coincidência de os eventosgeológicos, como terremotos e vulcões, ocorrerem emáreas densamente povoadas. Áreas pobres e sem infraes-trutura estão sujeitas a perdas maiores.

19) “O ano sequer chegou à metade (...)” (3º parágrafo).O vocábulo em destaque na frase acima, do ponto devista morfológico, é:

a) uma conjunção aditiva equivalente a “nem”.b) uma preposição que liga o sujeito “ano” ao predicado

“chegou à metade”.c) um pronome adjetivo que acompanha o substantivo

“ano”.d) um advérbio.e) uma interjeição.

20) Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

a) O ganho real da meditação é uma hipótese à qualvêm-se ocupando alguns pesquisadores.

b) São vários os meios com que dispomos para chegar aodesejado equilíbrio espiritual.

c) A meditação a cuja se entregaram budistas e francis-canos surtiu o mesmo efeito sobre os dois grupos.

d) O estreitamento dos laços comunitários é um dosefeitos de que se pode atribuir às práticas da fé religi-osa.

e) O reforço da autoestima seria um benefício do qualtodos os crentes poderiam se aproveitar.

A POLÍCIA E A VIOLÊNCIA NA ESCOLAMiriam Abramovay e Paulo Gentili 

Em alguns países, a presença da polícia dentro das escolastem sido uma das respostas mais recorrentes para enfren-

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tar a violência das sociedades contemporâneas. A propostaparece ser a maneira mais elementar de oferecer proteçãoàs crianças e aos jovens, as principais vítimas da violência.Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou polici-ais patrulhando o interior das escolas parecem brindar aqui-lo que desejamos para nossos filhos: segurança e amparo.

Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nuncaforam demonstrados. Conforme evidenciam pesquisas eexperiências no campo da segurança pública, o ataque aosefeitos da violência costuma não diminuir sua existência.Precisamos compreender a origem e as razões da violênciano interior do espaço escolar para pensar soluções que nãocontribuam para aprofundá-las.

Nesse sentido, quando as próprias tarefas de segurançadentro das instituições educacionais são transferidas parapessoas exteriores a elas, cria-se a percepção de que osadultos que ali trabalham são incapazes ou carecem depoder suficiente para resolver os problemas que emergem.Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou apresença policial tem mais potência que o diálogo ou osmecanismos de intervenção que a própria escola pode defi-nir. A medida contribui para aprofundar um vácuo de poder já existente nas relações educacionais, criando um clima dedesconfiança entre os que convivem no ambiente escolar.

A presença da polícia no contexto escolar será marcada porambiguidades e tensões. Estabelecer os limites da interven-ção do agente policial é sempre complexo num espaço quese define por uma especificidade que a polícia desconhece.Nenhuma formação educacional foi oferecida aos policiaisque estarão agora dentro das escolas, o que constituienorme risco. As pesquisas sobre juventude evidenciam umgrave problema nas relações entre a polícia e os jovens,particularmente quando eles são pobres, com uma reaçãode desconfiança e desrespeito promovendo um conflitolatente que costuma explodir em situações de alta tensãoentre os jovens e a polícia. Reproduzir essa lógica no interi-or da escola não é recomendável.

A política repressiva não é o caminho para tornar as escolasmais seguras. A escola deve ser um local de proteção eprotegido, e a presença da polícia pode ser uma fonte denovos problemas.

Devemos contribuir para que as escolas solucionem seusproblemas cotidianos com a principal riqueza que elas têm:sua comunidade de alunos, docentes, diretivos e funcioná-rios. Programas de Convivência Escolar e outras alternativastêm demonstrado um enorme potencial para enfrentar adimensão educacional da violência social. O potencial daescola está na ostentação do saber, do conhecimento, dodiálogo e da criatividade. Não das armas.

21) A alternativa cuja indicação gráfica está corretamenteexpressa é:

a) RIQUEZA  – o sufixo -EZA forma substantivos abstratosa partir de adjetivos;

b) CONHECIMENTO  –  o sufixo -MENTO forma substanti-vos a partir de adjetivos;

c) POLICIAL  –  o sufixo  –  AL forma adjetivos a partir deverbos;

d) PROTEÇÃO – o sufixo – ÇÃO forma adjetivos a partir deverbos;

e) DESCONFIANÇA  – o sufixo  – ANÇA forma substantivosa partir de adjetivos.

22) Assinale a alternativa em que o valor do tempo verbalsublinhado foi corretamente indicado.

a) "Em alguns países, a presença da polícia dentro dasescolas tem sido uma das respostas mais recorren-tes..." / ação encerrada em tempo recente.

b) "...parecem brindar aquilo que desejamos para nossosfilhos" / ação habitual no passado.

c) "Conforme evidenciam pesquisas e experiências nocampo da segurança pública..." / ação que se iniciouno passado e continua no presente.

d) "A presença da polícia no contexto escolar será mar-cada por ambiguidades e tensões" / ação futura que serealizará na dependência de outra ação futura.

e) "Nenhuma formação educacional foi oferecida aospoliciais..." / ação completamente realizada no passa-do.

23) A frase abaixo que apresenta voz verbal diferente dasdemais é:

a) "Programas de Convivência Escolar e outras alternati-vas têm demonstrado um enorme potencial...".

b) "A presença da polícia no contexto escolar será mar-cada por ambiguidades e tensões".

c) "Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma armaou a presença policial...".

d) "...quando as próprias tarefas de segurança dentro dasinstituições educacionais são transferidas para pessoasexteriores a elas...".

e) "Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativanunca foram demonstrados".

São Paulo recicla menos de 1% do lixo doméstico, e ques-tão chega à Justiça

Com seus dois principais aterros esgotados ou próximos doesgotamento completo, São Paulo exporta, hoje, para cida-des vizinhas, a maior parte das 15 mil toneladas de lixodoméstico produzidas diariamente na capital. Desse total,menos de 1% é devidamente reciclado.

Segundo especialistas, a taxa de reciclagem poderia chegara 30%. Mas, como resultado dessa discrepância, aterrossanitários comuns estão recebendo diariamente toneladasde material que poderia ser reutilizado e que nem chega aser triado nas insuficientes estações que preparam o mate-rial destinado à reciclagem. Estudo da ONG Instituto Pólismostra que, infelizmente, sem o tratamento e a destinação

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corretos, 35% do lixo reciclável separado em casas e con-domínios é despejado em aterros.

A situação insustentável do lixo da capital chegou à Justiça.No início do ano, uma decisão de primeira instância deter-minou que a Prefeitura de São Paulo implante, no prazomáximo de um ano, coleta seletiva para toda a cidade. Alémdisso, também exige que a administração pública fomente aformação de cooperativas de catadores.

A prefeitura resolveu contra-atacar recorrendo da decisão eafirmando que a implantação se dará até 2012. As conces-sionárias que fazem a coleta pedem prazo até 2015 paraampliar o serviço.

Segundo a prefeitura, 103 toneladas de lixo reciclável sãocoletadas diariamente. Há hoje 16 centrais de triagem emSão Paulo, mas seriam precisos 31 centros para cobrir todaa cidade.

(Cadernos Sesc de Cidadania. Dia Mundial do Meio Ambiente. Adaptado)

24) Leia o trecho.Estudo da ONG Instituto Pólis mostraque,  infelizmente, sem o tratamento e a destinaçãocorretos,…Assinale a alternativa que contém uma pa-lavra formada pelo mesmo processo do termo desta-cado.

a) infiel.b) democracia.c) lobisomem.d) ilegalidade.e) cidadania.

25) Assinale a alternativa em que a locução verbal dotrecho  –  Segundo especialistas, a taxa de reciclagempoderia chegar a 30%. (2º parágrafo)  – está reescritacorretamente, no futuro do presente do modo indica-tivo.

a) pode chegar a 30%.b) possa chegar a 30%.c) poderá chegar a 30%.d) puder chegar a 30%.e) pudera chegar a 30%.

26) Assinale a alternativa que apresenta um vocábulo quesubstitui, sem alteração de sentido, o termo destacadoem  –  ... São Paulo exporta, hoje, para cidades vizi-nhas... –

a) outrorab) principalmentec) logo depoisd) sempree) atualmente

 Acerca do bem e do mal 

Fulano é "do bem", Sicrano é "do mal". Não, não são crian-ças comentando um filme de mocinho e bandido; são frasesde adultos, reiteradas a propósito das mais diferentes pes-soas, nas mais diversas situações. O julgamento definitivo eem preto e branco que elas implicam parece traduzir o es- forço de adotar, em meio ao caldeirão de valores da socie-dade moderna, um princípio básico de qualificação moral eética. Essa oposição rudimentar revela a necessidade quetemos de estabelecer algum juízo de valor para a orientaçãoda nossa própria conduta. Tal busca de discernimento éantiga, e em princípio é legítima: está na base de todas asculturas, dá sustentação a religiões e inspira ideologias, provoca os filósofos, os juristas, os políticos. O perigo estáem que o movimento de busca cesse e dê lugar à paralisiados valores estratificados.

O exemplo pode vir de cima: quando um chefe de poderosanação passa a classificar países inteiros como integrantesdo "eixo do mal", está-se proclamando como representantedos que constituiriam o "eixo do bem". Essa divisão tosca é,de fato, muito conveniente, pois faculta ao mais forte ainiciativa de intervir na vida e no espaço do mais fraco, soba alegação de que o faz para preservar os chamados "valo-res fundamentais da humanidade". Interesses estratégicos eeconômicos são, assim, mascarados pela suposta preserva-ção de princípios da civilização. A História já nos mostrou,sobejamente, a que levam tais ideologias absolutistas, quese atribuem o direito de julgar o outro segundo o critério dareligião que este professa, do regime político que adota, daetnia a que pertence. A intolerância em relação às diferen-ças culturais, por exemplo, acaba levando o mais forte àsubjugação das pessoas "diferentes" - e mais fracas. Équando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.

 A busca de distinção entre o que é "do bem" e o que é "domal" traz consigo um dilema: por um lado, não podemosdispensar alguma bússola de orientação ética e moral, queaponte para o que parece ser o justo, o correto, o desejável; por outro lado, se o norteamento dos nossos juízos for infle- xível como o teimoso ponteiro, comprometemos de vez adinâmica que é própria da história e dos valores humanos.Não há, na rota da civilização, leis eternas, constituiçõesque não admitam revisões, costumes inalteráveis. A escolhado critério de julgamento é sempre crítica e sofrida, quandoresponsável; dispensando-se, porém, a responsabilidadedessa escolha, restará a terrível fatalidade dos dogmas.Lembrando o instigante paradoxo de um filósofo francês,"estamos condenados a ser livres". Nessa compulsória liber-dade, de que fala o filósofo, a escolha entre o que é "dobem" e o que é "do mal" é uma questão sempre viva, quemerece ser analisada e enfrentada em suas particularesmanifestações históricas. Se assim não for, estará garantidoum espaço cada vez maior para a ação dos fundamentalis-tas de todo tipo.

(Cândido Otoniel de Almeida)

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27) O perigo está em que o movimento de busca cesse e dêlugar à paralisia dos valores estratificados.Alterando-se os tempos dos verbos da frase acima, a articulaçãoentre suas novas formas estará correta em:

a) O perigo estava em que o movimento da busca cessa-va e desse lugar à paralisia dos valores estratificados.

b) O perigo estará em que o movimento de busca cessas-se e tivesse dado lugar à paralisia dos valores estratifi-cados.

c) O perigo estaria em que o movimento da busca cessare dar lugar à paralisia dos valores estratificados.

d) O perigo estava em que o movimento da busca cessoue dera lugar à paralisia dos valores estratificados.

e) O perigo estaria em que o movimento da busca cessas-se e desse lugar à paralisia dos valores estratificados.

28) Na transposição de uma voz verbal para outra, ocorreuma impropriedade no seguinte caso:

a) a necessidade que temos de estabelecer algum juízo devalor  = a necessidade que temos de que houvesse sidoestabelecido algum juízo de valor.

b)  passa a classificar países inteiros = países inteiros pas-sam a ser classificados.

c) segundo o critério da religião que este professa   = se-gundo o critério da religião que por este é professada.

d) que constituiriam o "eixo do bem" = o "eixo do bem"que seria constituído.

e) comprometemos de vez a dinâmica = a dinâmica é pornós de vez comprometida.

O jeitinho brasileiro e o homem cordial

O jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de indiví-duos de pouca influência social. Em nada se relaciona comum sentimento revolucionário, pois aqui não há o ânimo dese mudar o status quo. O que se busca é obter um rápidofavor para si, às escondidas e sem chamar a atenção; porisso, o jeitinho pode ser também definido como "molejo","jogo de cintura", habilidade de se "dar bem" em uma situ-ação "apertada".

Sérgio Buarque de Holanda, em O Homem Cordial , falasobre o brasileiro e uma característica presente no seumodo de ser: a cordialidade. Porém, cordial, ao contrário doque muitas pessoas pensam, vem da palavra latina cor,cordis, que significa coração. Portanto, o homem cordialnão é uma pessoa gentil, mas aquele que age movido pelaemoção no lugar da razão, não vê distinção entre o privadoe o público, detesta formalidades, põe de lado a ética e acivilidade.

Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído aum suposto caráter emocional do brasileiro, descrito como"o homem cordial" pelo antropólogo. No livro Raízes doBrasil , esse autor afirma que o indivíduo brasileiro teriadesenvolvido uma histórica propensão à informalidade.

Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sidoconcebidas de forma coercitiva e unilateral, não havendodiálogo entre governantes e governados, mas apenas aimposição de uma lei e de uma ordem consideradas artifici-ais, quando não inconvenientes aos interesses das elitespolíticas e econômicas de então. Daí a grande tendênciafratricida observada na época do Brasil Império, que é bemilustrada pelos episódios conhecidos como Guerra dos Far-rapos e Confederação do Equador.

Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis emfavor das amizades. Desmoralizadas, incapazes de se impor,as leis não tinham tanto valor quanto, por exemplo, a pala-vra de um "bom" amigo. Além disso, o fato de afastar as leise seus castigos típicos era uma prova de boa-vontade e umgesto de confiança, o que favorecia boas relações de co-mércio e tráfico de influência. De acordo com testemunhosde comerciantes holandeses, era impossível fazer negóciocom um brasileiro antes de fazer amizade com ele. Umadágio da época dizia que "aos inimigos, as leis; aos amigos,tudo". A informalidade era - e ainda é - uma forma de sepreservar o indivíduo.

Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta "cordialidade"não deve ser entendida como caráter pacífico. O brasileiro écapaz de guerrear e até mesmo destruir; no entanto, suasrazões animosas serão sempre cordiais, ou seja, emocionais.

(In: www.wikipedia.org - com adaptações.)

29) Em termos antropológicos, o jeitinho  pode ser atribuí-do a um suposto caráter emocional do brasileiro / oque favorecia boas relações de comércio e tráfico deinfluência

Quanto ao emprego de pronomes pessoais, os trechossublinhados foram corretamente reescritos em:

a) pode ser-lhes atribuído / as favorecia.b) pode ser a ele atribuído / lhes favorecia.c) pode ser atribuído a ele / as favorecia.d) pode-o ser atribuído / as favorecia.e) pode sê-lo atribuído / lhes favorecia.

30) De acordo com o texto, é incorreto afirmar que:

a) o jeitinho brasileiro é um comportamento típico deindivíduos de pouca influência social e avessos a for-malidades.

b) a instituição do jeitinho tem origem, segundo os an-tropólogos, no comprovado caráter emocional do bra-sileiro.

c) a imposição de leis e de ordens tidas como artificiaispode explicar a propensão do brasileiro para driblarnormas.

d) na sociedade colonial, era comum observar que obrasileiro tendia a valorizar a amizade em detrimentoda própria lei.

e) o indivíduo que utiliza a ferramenta do jeitinho agepor emoção, ignorando os limites entre as esferas pú-blica e privada.

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31) Com relação à estruturação do texto e dos parágrafos,analise as afirmativas a seguir:

I. O segundo parágrafo introduz o tema, discorrendosobre a origem etimológica de jeitinho.

II. O quarto parágrafo apresenta um fato que busca ex-plicar a disposição para a informalidade nas relaçõescomerciais.

III. O quinto parágrafo esclarece as diferenças entre asnoções de cordialidade e passividade, que não são si-nônimas.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I está correta.b) se somente a afirmativa II está correta.c) se somente a afirmativa III está correta.d) se somente as afirmativas II e III estão corretas.e) se todas as afirmativas estão corretas.

32) Passando, respectivamente, para a voz ativa e para apassiva: “Embora os exames já tenham sido devolvidos

 pelos professores, a escola ainda não divulgou os resul-tados” , obtêm-se as formas verbais:

a) tivessem devolvido – foram divulgadosb) tenham devolvido – foram divulgadosc) tenham devolvido – tivessem divulgadod) devolvessem – foram divulgadose) devolvem – são divulgados

33) Transpondo para a voz passiva a frase: "Haveriam decomprar, ainda, um trator maior" , obtém-se a formaverbal:

a) comprariamb) ter-se-ia compradoc) comprar-se-iad) haveria de ser compradoe) teria sido comprado

Texto para a questão 34

Dois passageiros em uma cabine de trem. Apossaram-se dasmesinhas, cabides e bagageiros e se instalaram à vontade.Jornais, casacos e bolsas ocupam os assentos vazios. A portase abre e entram dois outros viajantes. Não são vistos combons olhos. Os dois primeiros passageiros, mesmo que nãose conheçam, comportam-se com uma solidariedade notá-vel. Há uma nítida relutância em desocuparem os assentosvazios e deixarem que os recém-chegados também se aco-modem. A cabine do trem tornou-se território seu, paradisporem dele a seu bel-prazer, e cada novo passageiro queentra é considerado um intruso. Esse comportamento nãopode ser justificado  racionalmente - está arraigado mais afundo.

34) Indique o tipo de relação estabelecida entre o sujeito(Coluna I) e a ação expressa pelo verbo (Coluna II).

COLUNA I1. O sujeito é agente da ação verbal.2. O sujeito é paciente da ação verbal.3. O sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente da

ação verbal.

COLUNA II( ) "se instalaram"( ) "se abre"( ) "entram"( ) "se acomodem"( ) "não pode ser justificado"

A numeração correta dos parênteses, de cima parabaixo, é

a) 1 - 1 - 1 - 3 – 2b) 2 - 2 - 1 - 3 – 3c) 2 - 1 - 3 - 3 – 3d) 3 - 1 - 1 - 2 – 2e) 3 - 2 - 1 - 3 - 2

Atenção: As questões 35 a 37 referem-se ao texto abaixo.

Os habitantes das cidades não são necessariamente maisinteligentes que outros seres humanos, mas a densidade daocupação espacial resulta na concentração de necessidades. Assim, nas cidades surgem problemas que em outras condi-ções as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver.Encarar tais problemas amplia a inventividade humana aum nível sem precedentes. Isso, por sua vez, oferece umaoportunidade tentadora para quem vive em lugares maistranquilos, porém menos promissores. Ao migrarem para as cidades, as pessoas de fora geralmen-te trazem "novas maneiras de ver as coisas e talvez de re-solver antigos problemas". Coisas familiares aos moradoresantigos e já estabelecidos exigem explicação quando vistas pelos olhos de um estranho. Os recém-chegados são inimi-gos da tranquilidade.Essa talvez não seja uma situação agradável para os nativosda cidade, mas é também sua grande vantagem. A cidadeestá em sua melhor forma quando seus recursos são desafi-ados. Michael Storper, economista, geógrafo e projetista,atribui a vivacidade intrínseca da densa vida urbana à incer-teza que advém dos relacionamentos pouco coordenados"entre as peças das organizações complexas, entre os indi-víduos e entre estes e as organizações".Compartilhar o espaço com estranhos é uma condição daqual os habitantes das cidades consideram difícil, talvezimpossível, fugir. A presença ubíqua de estranhos é fonte deansiedade, assim como de uma agressividade que volta emeia pode emergir. Faz-se necessário experimentar, tentar,testar e (espera-se) encontrar um modo de tornar a coabi-tação palatável. Essa necessidade é "dada", não-negociável.Mas o modo como os habitantes de cada cidade se condu-zem para satisfazê-la é questão de escolha. E esta é feitadiariamente.

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35) ...a densidade da ocupação espacial resulta na concen-tração de necessidades. Assim, nas cidades surgem problemas que em outras condições as pessoas nuncativeram oportunidade de resolver. (1º parágrafo) Iden-tifica-se entre as frases acima, respectivamente, rela-ção de

a) consequência e ressalva.b) causa e consequência.c) finalidade e temporalidade.d) oposição e ressalva.e) condição e oposição.

36)  Os recém-chegados são inimigos da tranquilida-de. (2o parágrafo)Com a afirmação acima, o autor

a) indica que as migrações típicas do mundo globalizadotrazem consequências negativas para o modo de orga-nização das cidades.

b) sugere que o impacto do aumento populacional cres-cente nos dias atuais é perturbador para os moradoresdas cidades.

c) questiona os supostos benefícios que as pessoas defora trariam ao se estabelecer em novos centros urba-nos.

d) critica o impulso de migrar para grandes centros urba-nos, já saturados, por parte das pessoas que moramem lugares calmos.

e) enaltece a inquietação gerada pelas pessoas que mi-gram para as cidades e questionam o modo de vidaque nelas encontram.

37) ..... pessoas de fora, estranhas ...... cidade, a vida ur-bana exerce uma constante atração, apesar dos con-gestionamentos e dos altos índices de violência, inevi-táveis sob ...... condições urbanas de alta densidadedemográfica.Preenchem corretamente as lacunas dafrase acima, na ordem dada:

a) Às - à – asb) As - à – àsc) As - a – àsd) Às - a - àse) As - à - as

38) Assinale a alternativa que preenche corretamente aslacunas:Quando ________ as consequências desse desastreecológico, é que se confirmará tudo o que os cientistas __________, mas que as medidas tomadasnão__________.

a) sobrevirem – previram – detiveramb) sobrevirem – preveram – deteramc) sobrevirem – preveram – detiveramd) sobrevierem – previram – detiverame) sobrevierem – previram – deteram

39) Transpondo a frase os extraordinários acontecimentos pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defen-sores e os inimigos da liberdade e do progresso social para a voz passiva, a forma verbal corretamente obti-da é:

a) parecia ser dividido.b) pareciam ter sido divididos.c) tinha sido dividido.d) tinha parecido dividir.e) pareciam dividirem.

40) A frase Platão a comparou ao adestramento de cãesde raça está corretamente transposta para a voz pas-siva em:

a) O adestramento dos cães de raça é comparado a elapor Platão.

b) A comparação entre ela e o adestramento de cãestinha sido feito por Platão.

c) Comparou-se o adestramento de cães e ela, feito porPlatão.

d) Ela foi comparada por Platão ao adestramento de cãesde raça.

e) Haviam sido comparados por Platão o adestramentode cães de raça e ela.

41) A única frase em que há erro no emprego do prono-me oblíquo é:

a) Eu o conheço muito bem.b) Devemos preveni-lo do perigo.c) Faltava-lhe experiência.d) A mãe amava-a muito.e) Farei tudo para livrar-lhe desta situação.

42) O cineasta Cacá Dieguez escreveu um artigo sob otítulo "O futuro passou", no qual lança o desafio dapossível construção de um novo Brasil. Desse texto, foiretirado o fragmento a seguir:

Para nós, durante a ditadura, o futuro, como tantosbrasileiros, estava apenas exilado temporariamente:ele voltaria nos braços da democracia restabelecida.Pensávamos, naqueles tristes momentos, que, derru-bado o muro da ditadura, ______________ de novo aestrada interrompida, ao longo da qual todos os pro-blemas seriam resolvidos. Não sabíamos que o país ________________ a inocência, para sempre. Se tivés-semos prestado mais atenção à história da Colônia, doImpério, da República Velha, ________________ que oBrasil nunca foi muito diferente do que hoje é.

Assinale a alternativa com as formas verbais que pre-enchem as lacunas de acordo com a norma padrão.

a) encontraríamos - perdera – viríamosb) encontrássemos - perdeu – veríamosc) íamos encontrar - tinha perdido - havíamos vistod) encontraríamos - havia perdido - teríamos vistoe) encontrássemos - perderia – viríamos

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43)43) Assinale Assinale a alternativa a alternativa correta quanto correta quanto ao empregao emprego daso dasformas verbais:formas verbais:

a) a) Quando Quando verem verem o o estrago estrago das das plantações, plantações, ficarão ficarão arra-arra-sados.sados.

b) b) Quando Quando ele ele interviu, interviu, a a briga briga já já acabara.acabara.c) c) Pagarão Pagarão as as contas contas se se reaverem reaverem o o dinheiro.dinheiro.d) d) As As tensões tensões diminuirão diminuirão quando quando vocês vocês satisfazerem satisfazerem osos

desejos.desejos.e) e) Se Se vierem vierem aqui aqui e e virem virem este este quadro quadro desastroso, desastroso, toma-toma-

rão providências.rão providências.

Escolha a alternativa que completa corretamente aEscolha a alternativa que completa corretamente afrase:frase:“Se ele a velha ca“Se ele a velha casa de janelas brancas e nos * umasa de janelas brancas e nos * umaproposta, nós a com atenção”.proposta, nós a com atenção”.

a) quisera) quiser – – fizesse fizesse – – examinaríamos examinaríamosb) quisesseb) quisesse – – faça faça – – examinaríamos examinaríamosc) queriac) queria – – faça faça – – examinaremos examinaremosd) quiserd) quiser – – fizesse fizesse – – examinaremos examinaremose) quisessee) quisesse – – fizesse fizesse – – examinaríamos examinaríamos

Olho eletrônicoOlho eletrônico

A visão é um sentido incrivelmenteA visão é um sentido incrivelmente sofisticadosofisticado. A luz que. A luz quechega aos seus olhos é focalizada na região da retina, quechega aos seus olhos é focalizada na região da retina, quefica no fundo do globo ocular. Ali células especiais, fotorre-fica no fundo do globo ocular. Ali células especiais, fotorre-ceptoras,ceptoras, detectamdetectam diferentes frequências de luz e transmi- diferentes frequências de luz e transmi-tem ostem os estímulosestímulos  pelo nervo óptico, que liga os olhos ao  pelo nervo óptico, que liga os olhos aocérebro. O cérebro recebe e processa esse sinal para trans-cérebro. O cérebro recebe e processa esse sinal para trans-formá-lo na imagem que você enxerga - o que envolve in-formá-lo na imagem que você enxerga - o que envolve in-clusive desinvertê-la (devido a um fenômeno óptico, osclusive desinvertê-la (devido a um fenômeno óptico, osolhos humanos captam a imagem de ponta-cabeça).olhos humanos captam a imagem de ponta-cabeça).

Há diversas formas de perder a visão, mas uma das maisHá diversas formas de perder a visão, mas uma das maiscomuns é por danos na retina. Contra ela, os cientistascomuns é por danos na retina. Contra ela, os cientistasestão desenvolvendo uma impressionante soluçãoestão desenvolvendo uma impressionante solução ciberné-ciberné-ticatica: um chip que pode restaurar a visão. Diversos grupos: um chip que pode restaurar a visão. Diversos grupostrabalham nessa tecnologia, mas o mais avançado está natrabalham nessa tecnologia, mas o mais avançado está naempresa alemã Retina Implant AG. Ela desenvolveu umempresa alemã Retina Implant AG. Ela desenvolveu ummicrochip com 1 520 sensores, que são capazes de restau-microchip com 1 520 sensores, que são capazes de restau-rar a visão de uma pessoa cega - que passa a enxergar comrar a visão de uma pessoa cega - que passa a enxergar comresolução de 38 x 40 pontos. É bem pouco: suficiente ape-resolução de 38 x 40 pontos. É bem pouco: suficiente ape-nas para sentir a presença de luz, distinguir formas geomé-nas para sentir a presença de luz, distinguir formas geomé-tricas e reconhecer certos objetos. Mas é melhor do quetricas e reconhecer certos objetos. Mas é melhor do quenada.nada.

E o mais interessante é um efeitoE o mais interessante é um efeito colateralcolateral do implante. O do implante. Ochip torna as pessoas capazes de ver raios infravermelhoschip torna as pessoas capazes de ver raios infravermelhos(um tipo de luz invisível aos humanos). Isso dá a eles um(um tipo de luz invisível aos humanos). Isso dá a eles umsuperpoder digno de filme: a capacidade de enxergar nosuperpoder digno de filme: a capacidade de enxergar noescuro total. Tecnicamente, é possível criar um implanteescuro total. Tecnicamente, é possível criar um implanteque permita a qualquer pessoa fazer isso. Hoje em dia,que permita a qualquer pessoa fazer isso. Hoje em dia,ninguém trocaria um olho sadio por uma visão de 38 x 40ninguém trocaria um olho sadio por uma visão de 38 x 40pontos - mesmo que incluísse um pacote para ver no escu-pontos - mesmo que incluísse um pacote para ver no escu-ro. Sem falar no risco da cirurgia. Mas no futuro, quando aro. Sem falar no risco da cirurgia. Mas no futuro, quando atecnologia alcançar uma resolução aceitável, é bem possíveltecnologia alcançar uma resolução aceitável, é bem possível

que algumas pessoas (soldados, por exemplo) optem peloque algumas pessoas (soldados, por exemplo) optem peloupgrade - que seriaupgrade - que seria acopladoacoplado a seus olhos. a seus olhos.

A surdez é um problema mais comum que a cegueira, e porA surdez é um problema mais comum que a cegueira, e porisso os cientistas trabalham há mais tempo em soluçõesisso os cientistas trabalham há mais tempo em soluçõespara ela. Como consequência, já existem vários aparelhospara ela. Como consequência, já existem vários aparelhosque potencializam a audição das pessoas normais. Na inter-que potencializam a audição das pessoas normais. Na inter-net é possível comprar, por menos de US$ 200, um disposi-net é possível comprar, por menos de US$ 200, um disposi-tivo que permite ouvir tudo o que está sendo dito a umtivo que permite ouvir tudo o que está sendo dito a umquarteirão e até escutar através das paredes. É ilegal (ima-quarteirão e até escutar através das paredes. É ilegal (ima-gine o caos que seria se qualquer pessoa tivesse um e pu-gine o caos que seria se qualquer pessoa tivesse um e pu-desse escutar tudo).desse escutar tudo).

Mas e um implante que pemitisseMas e um implante que pemitisse plugarplugar  o seu celular ou  o seu celular ouiPod diretamente ao cérebro? Ainda não existe, mas quase.iPod diretamente ao cérebro? Ainda não existe, mas quase.O aparelho, desenvolvido pela empresa americana CochlearO aparelho, desenvolvido pela empresa americana Cochlearpara restaurar a audição de surdos, é uma caixinha que épara restaurar a audição de surdos, é uma caixinha que éacoplada ao osso atrás da orelha. Ele capta os sons ambien-acoplada ao osso atrás da orelha. Ele capta os sons ambien-tes e os transforma em vibrações no crânio - que o cérebrotes e os transforma em vibrações no crânio - que o cérebroda pessoa converte em som. Também dá parada pessoa converte em som. Também dá para  plugar plugar dire- dire-tamente um telefone ou toca-MP3, com um cabo comum. Atamente um telefone ou toca-MP3, com um cabo comum. Adesvantagem, antes que os entusiastas da música se ani-desvantagem, antes que os entusiastas da música se ani-mem, é que o aparelho custa US$ 34 mil - e exige a fixaçãomem, é que o aparelho custa US$ 34 mil - e exige a fixaçãode um parafuso na cabeça.de um parafuso na cabeça.

Também não vamos ouvir como os animais. Um ser huma-Também não vamos ouvir como os animais. Um ser huma-no normal consegue ouvir frequências entre 20 Hz (equiva-no normal consegue ouvir frequências entre 20 Hz (equiva-lentes a um som muito grave) e 20 mil Hz (extremo agudo).lentes a um som muito grave) e 20 mil Hz (extremo agudo).Perto de outros animais, isso não é nada. Um cachorro ouvePerto de outros animais, isso não é nada. Um cachorro ouveaté 45 mil Hz, os ratos chegam a 76 mil, os morcegos e asaté 45 mil Hz, os ratos chegam a 76 mil, os morcegos e asbaleias passam de 100 mil. Em tese, é possível criar umbaleias passam de 100 mil. Em tese, é possível criar umaparelho que capte esses sons e os transforme em frequên-aparelho que capte esses sons e os transforme em frequên-cias audíveis por nós. Mas resultaria num barulho enlou-cias audíveis por nós. Mas resultaria num barulho enlou-quecedor. E a verdade é que isso provavelmente não équecedor. E a verdade é que isso provavelmente não énecessário. Os seres humanos do futuro poderão ter outranecessário. Os seres humanos do futuro poderão ter outracapacidade invejável e geralmente atribuída aos animais: ocapacidade invejável e geralmente atribuída aos animais: osexto sentido.sexto sentido.

(Revist(Revista Superinteressante, agosto 2011, a Superinteressante, agosto 2011, p.60)p.60)

44)44) Assinale o Assinale o par de par de palavras em que palavras em que o sentido o sentido não cor-não cor-responde:responde:

a) Sofisticadoa) Sofisticado – – simplificado, de processo linear; simplificado, de processo linear;b) Colateralb) Colateral – – que está ao lado, paralelo; que está ao lado, paralelo;c) Cibernéticac) Cibernética  – –  relativo à comunicação e sistemas de  relativo à comunicação e sistemas de

controle não só nos organismos, mas também nas má-controle não só nos organismos, mas também nas má-quinas;quinas;

d) Acopladod) Acoplado – – ligado, conectado; ligado, conectado;e) Estímulose) Estímulos  – – o que tem a capacidade de provocar uma o que tem a capacidade de provocar uma

resposta.resposta.45)45) Segundo o Segundo o texto, um etexto, um efeito colateral do feito colateral do implante deimplante de

um microchip para restaurar a vista é:um microchip para restaurar a vista é:

a) a) Ser Ser ilegal, ilegal, pois pois permite permite ver ver longe longe demais;demais;b) b) Ver Ver tudo tudo vermelho vermelho acentuado;acentuado;c) c) Ver Ver no no escuro;escuro;d) d) Ver Ver a a própria própria imagem imagem nos nos olhos olhos dos dos outros;outros;e) e) Fotografar, Fotografar, com com os os olhos, olhos, cenas cenas de de ser ser agrado.agrado.

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46)46) Assinale a Assinale a alternativa que alternativa que corresponde ao corresponde ao sentido nosentido notexto, de turbinar, plugar, e detectar, nessa sequência:texto, de turbinar, plugar, e detectar, nessa sequência:

a) a) Redemoinhar; Redemoinhar; ato ato de de plotar; plotar; perceber;perceber;b) b) Motorizar, Motorizar, instalar, instalar, pinçar;pinçar;c) c) Ampliar, Ampliar, ligar, ligar, captar;captar;d) d) Fortalecer, Fortalecer, implantar, implantar, selecionar;selecionar;e) e) Girar, Girar, implementar, implementar, pegar.pegar.

47)47) Assinale Assinale o vocativo o vocativo adequado para adequado para o tratamento o tratamento comcomGovernadores de Estado:Governadores de Estado:

a) a) Ilustríssimo Ilustríssimo Senhor;Senhor;b) b) Reverendíssimo Reverendíssimo Senhor;Senhor;c) c) Magnífico Magnífico Senhor;Senhor;d) d) Excelentíssimo Excelentíssimo Senhor;Senhor;e) e) Prezado Prezado Senhor.Senhor.

48)48) Assinale o Assinale o diminutivo plural diminutivo plural inadequado conforme inadequado conforme aanorma padrão:norma padrão:

a) Túnela) Túnel – – tunelzinhos; tunelzinhos;b) Botãob) Botão – – botõezinhos; botõezinhos;c) Florc) Flor – – florezinhas; florezinhas;d) Farold) Farol – – faroizinhos; faroizinhos;e) Mulhere) Mulher – – mulherezinhas. mulherezinhas.

49)49) Assinale a Assinale a frase frase em que em que o pronome o pronome oblíquo estiver oblíquo estiver malmalempregado:empregado:

a) a) Eles Eles se se arrependeram arrependeram do do que que fizeram.fizeram.b) b) Tu Tu não não te te revoltas revoltas com com essa essa situação?situação?c) c) Nós Nós te te oferecemos oferecemos a a oportunidade.oportunidade.d) d) Nós Nós se se responsabilizamos responsabilizamos por por tudo.tudo.e) e) Ajudem-na Ajudem-na como como puderem.puderem.

50)50) Assinale a Assinale a alternativa em qalternativa em que o ue o pronome oblíquo pronome oblíquo foifoianexado incorretamente ao verbo:anexado incorretamente ao verbo:

a) a) Chamar Chamar + + oo – – chamá-lo; chamá-lo;b) b) Levem Levem + + oo – – levem-no; levem-no;c) c) Vimos Vimos + + oo – – vimos-os; vimos-os;d) d) Fez Fez + + asas – – fê-las; fê-las;e) e) Digam Digam + + aa

51)51) ... em que as melhores cadências do samba e da can-... em que as melhores cadências do samba e da can-ção se aliaram com naturalidade às deformações nor-ção se aliaram com naturalidade às deformações nor-mais de português brasileiro...mais de português brasileiro...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que oO verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que ogrifado acima está em:grifado acima está em:

a)a) São Paulo muda muito...São Paulo muda muito...b)b) ... para nos porem no Alto da Mooca...... para nos porem no Alto da Mooca...c)c) Talvez João Rubinato não exista...Talvez João Rubinato não exista...d)d) ... Adoniran não a deixará acabar...... Adoniran não a deixará acabar...e)e) Mas a cidade que nossa geração conheceu...Mas a cidade que nossa geração conheceu...

52)52)A conectividade está na ordem do dia, não háA conectividade está na ordem do dia, não háquem dispense a conectividade, seja para testar o al-quem dispense a conectividade, seja para testar o al-cance da conectividade, seja para alçar a conectivida-cance da conectividade, seja para alçar a conectivida-de ao patamar dos valores absolutos.Evitam-se as vici-de ao patamar dos valores absolutos.Evitam-se as vici-osas repetições do texto acima substituindo-se ososas repetições do texto acima substituindo-se oselementos sublinhados, na ordem dada, por:elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) a) lhe lhe dispense dispense - - testá-la testá-la o o alcance alcance - - alçá-laalçá-lab) b) a a dispense dispense - - lhe lhe testar testar o o alcance alcance - - alçá-laalçá-lac) c) a a dispense dispense - - a a testar testar no no seu seu alcance alcance - - lhe lhe alçaralçard) d) dispense-a dispense-a - - testá-la testá-la o o alcance alcance - - alçá-laalçá-lae) e) dispense-lhe dispense-lhe - - lhe lhe testar testar o o alcance alcance - - lhe lhe alçaralçar

Bom para o sorveteiroBom para o sorveteiro

Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas aPor alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas anotícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria nanotícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria naminha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saqua-minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saqua-rema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo narema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo naareia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarteareia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarteconseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética aca-conseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética aca-bou, como foi dito por locutores especializados em necroló-bou, como foi dito por locutores especializados em necroló-gio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenasgio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenasde curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força ade curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força ase esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espe-se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espe-táculo.táculo.

 À  À noite, noite, cessava cessava o o trabalho, trabalho, ou ou a a diversão. diversão. Mas Mas já já ao ao raiarraiardo dia, sem recursos, com simples cordas e as própriasdo dia, sem recursos, com simples cordas e as própriasmãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum.mãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum.Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés.Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés.Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou trêsPor ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou trêssemanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levarsemanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis  pastéis e e empadinhas empadinhas para para vender vender com com ágio. ágio. Um Um malvadomalvadosugeriu que se desse por perdida a batalha e se começassesugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasselogo a repartir os bifes.logo a repartir os bifes.

Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quin-Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quin-ze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam daze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam daalegria voraz com que foram disputadas as toneladas daalegria voraz com que foram disputadas as toneladas davítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças àvítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças àreligião ecológica que anda na moda e que por um momen-religião ecológica que anda na moda e que por um momen-to estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais deto estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais desangue quente ou de sangue frio.sangue quente ou de sangue frio.

 Até  Até que que enfim enfim chegou chegou uma uma traineira traineira da da Petrobrás. Petrobrás. LogoLogouma estatal, ó céus, num momento em que é preciso daruma estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da  provas da eficácia eficácia da eda empresa privada. mpresa privada. De qualqueDe qualquer forma,r forma,eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá seeu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi,  foi, espero espero que que salva, salva, a a baleia baleia de de Saquarema. Saquarema. O O maior maior ani-ani-mal do mundo, assim frágil, à mercê de curiosos. À noite,mal do mundo, assim frágil, à mercê de curiosos. À noite,sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da infla-sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da infla-ção. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umasção. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umasbugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo.bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo.

(Otto Lara Resende,(Otto Lara Resende, Folha de S. PauloFolha de S. Paulo))

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53)53) O O cronista cronista ressalta ressalta aspectosaspectos contrastantescontrastantes do caso de do caso deSaquarema, tal como se observa na relação entre estasSaquarema, tal como se observa na relação entre estasduas expressões:duas expressões:

a)a) drama da baleia encalhada e três dias se debatendo nadrama da baleia encalhada e três dias se debatendo naareia.areia.

b)b) em quinze minutos estava toda retalhada e foramem quinze minutos estava toda retalhada e foramdisputadas as toneladas da vítima.disputadas as toneladas da vítima.

c)c) se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência e levarse esfalfar em vão na luta pela sobrevivência e levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. pastéis e empadinhas para vender com ágio.

d)d) o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar e láo filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar e láse foi, espero que salva, a baleia de Saquarema.se foi, espero que salva, a baleia de Saquarema.

e)e)  Até  Até que que enfim enfim chegou chegou uma uma traineira traineira da da Petrobrás Petrobrás eeLogo uma estatal, ó céus.Logo uma estatal, ó céus.

54)54) Considerando-se Considerando-se o o contexto, contexto, traduz-se traduz-se adequadamen-adequadamen-te o sentido de um segmento em:te o sentido de um segmento em:

a)a) em necrológio eufóricoem necrológio eufórico  (1º parágrafo) = em façanha  (1º parágrafo) = em façanhamortal.mortal.

b)b) Comum, vírgulaComum, vírgula (2º parágrafo) = Geral, mas nem tanto.(2º parágrafo) = Geral, mas nem tanto.c)c) que se desse por perdida a batalhaque se desse por perdida a batalha (2º parágrafo) =(2º parágrafo) =

que se imaginasse o efeito de uma derrota.que se imaginasse o efeito de uma derrota.d)d) estabeleceu uma trégua entre todos nósestabeleceu uma trégua entre todos nós (3º parágrafo) (3º parágrafo)

= derrogou uma imunidade para nós todos.= derrogou uma imunidade para nós todos.e)e) é preciso dar provas da eficáciaé preciso dar provas da eficácia (4º parágrafo) = con-(4º parágrafo) = con-

vém explicitar os bons propósitos.vém explicitar os bons propósitos.

55)55) Leia um trecho Leia um trecho da entrevista da da entrevista da escritora Lia Luftescritora Lia Luftàà Revista do CorreioRevista do Correio  (22/10/2006, p.4). A seguir, assi-  (22/10/2006, p.4). A seguir, assi-nale a asserção correta.nale a asserção correta.Um dos papéis do escritor é ser um pensador do seuUm dos papéis do escritor é ser um pensador do seutempo e da sua sociedade. O que pensa sobre ostempo e da sua sociedade. O que pensa sobre ostempos de hoje, sobre o Brasil com seus problemas etempos de hoje, sobre o Brasil com seus problemas esuas potencialidades?suas potencialidades?Eu exerço minha escrita como arte, pelo puro pra-Eu exerço minha escrita como arte, pelo puro pra-zer zer que que isso isso me me dá. dá. Lúdico, Lúdico, intrigante, intrigante, estimulante.estimulante.Como colunista, comento também coisas do meuComo colunista, comento também coisas do meutempo e do meu país, mas como brasileira que temtempo e do meu país, mas como brasileira que temvoz, nada mais. Penso que estamos num momento devoz, nada mais. Penso que estamos num momento decaída, de decadência. Precisamos dar a volta por cimacaída, de decadência. Precisamos dar a volta por cimadepressa e lindamente. Ou em algum tempo ser brasi-depressa e lindamente. Ou em algum tempo ser brasi-leiro será infamante, vergonhoso e humilhante.leiro será infamante, vergonhoso e humilhante.

a) a) Analisam-se Analisam-se sintaticamente sintaticamente os os termos termos da da oraçãooração quequeisso me dáisso me dá desse modo: que=sujeito; isso=objeto dire- desse modo: que=sujeito; isso=objeto dire-to; me= objeto indireto, sendo o verbo dar transitivoto; me= objeto indireto, sendo o verbo dar transitivodireto e indireto.direto e indireto.

b) b) Subentende-se Subentende-se da da resposta resposta da da escritora escritora que que se se o o BrasilBrasilnão sair rapidamente da fase de rebaixamento enão sair rapidamente da fase de rebaixamento eafrouxamento em que se encontra será motivo de in-afrouxamento em que se encontra será motivo de in-dignidade, degradação e mortificação dizer-se brasilei-dignidade, degradação e mortificação dizer-se brasilei-ro.ro.

c) c) Ao Ao adjetivar adjetivar sua sua escrita escrita comocomo intriganteintrigante, entende-se, entende-seque a escritora busca, em sua literatura, "malquistarque a escritora busca, em sua literatura, "malquistarcom intrigas, mexericar, inimizar-se", que são algunscom intrigas, mexericar, inimizar-se", que são algunssentidos desentidos de intrigarintrigar, conforme o Dicionário Aurélio, conforme o Dicionário AurélioEletrônico.Eletrônico.

d) d) Pertencem Pertencem à à mesma mesma etimologia etimologia dede decadênciadecadência os ostermos:termos: decadentismo, decálogo, decantaçãodecadentismo, decálogo, decantação ..

e) e) O O entrevistador, entrevistador, em em sua sua pergunta, pergunta, faz faz uma uma assertivaassertivaque não é contestada pela entrevistada, pois coincideque não é contestada pela entrevistada, pois coincidecom a função que ela admite estar desempenhando nocom a função que ela admite estar desempenhando nopapel de escritora.papel de escritora.

56)56) "Fica calmo, meu "Fica calmo, meu caro jornalista, avcaro jornalista, avião comigo nãoião comigo nãocai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses...cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses...O segmen-O segmen-to em destaque exerce na frase acima a mesma funçãoto em destaque exerce na frase acima a mesma funçãosintática que o elemento grifado exerce em:sintática que o elemento grifado exerce em:

a)a) Como aComo a Folha era Folha era o único veículoo único veículo ... ...b) b) ... ... essas essas coisas coisas não não pegariam pegariam bem bem para para um um repórter.repórter.c) ...c) ... em que tudo devia estar acertado. em que tudo devia estar acertado.....d)d) Viajava com os três líderes da campanha em pequenosViajava com os três líderes da campanha em pequenos

aviões fretados...aviões fretados...e) ...e) ... quem era o comandante. quem era o comandante.

57)57) No anúncio:No anúncio:

LOJA DE CALÇADOS FEMININOLOJA DE CALÇADOS FEMININOVende-se 3 lojas bem montadasVende-se 3 lojas bem montadas

tradicionais, nos melhores Pontostradicionais, nos melhores Pontosda Cidade. Ótima Oportunidade!da Cidade. Ótima Oportunidade!

F: (__) xxx-xxxxxxF: (__) xxx-xxxxxx((O Estado de S.PauloO Estado de S.Paulo, 15.08.2002), 15.08.2002)

A expressãoA expressão Vende-se 3 lojas bem montadasVende-se 3 lojas bem montadas

a) a) Deveria Deveria ocorrer ocorrer na na formaforma Vendem-seVendem-se porqueporque sese é índi-é índi-ce de indeterminação do sujeito, ece de indeterminação do sujeito, e lojaslojas é o sujeito.é o sujeito.

b) b) Não Não apresenta apresenta problema problema porqueporque sese é índice de inde-é índice de inde-terminação do sujeito.terminação do sujeito.

c) c) Deveria Deveria ocorrer ocorrer na na formaforma Vendem-seVendem-se porqueporque sese é par-é par-tícula apassivadora, etícula apassivadora, e lojaslojas é o sujeito.é o sujeito.

d) d) Não Não apresenta apresenta problema, problema, porqueporque sese é partícula apassi-é partícula apassi-vadora, evadora, e lojaslojas é o sujeito.é o sujeito.

e) e) Deveria Deveria ocorrer ocorrer na na formaforma Vendem-seVendem-se porqueporque sese é pro-é pro-nome reflexivo com função sintática de objeto indire-nome reflexivo com função sintática de objeto indire-to, eto, e lojaslojas é o objeto direto.é o objeto direto.

Texto para a questão 58Texto para a questão 58

Na primeira noite eles se aproximamNa primeira noite eles se aproximame roubam uma flore roubam uma flordo nosso jardim.do nosso jardim.E não dizemos nada.E não dizemos nada.Na segunda noite, já não se escondem:Na segunda noite, já não se escondem:pisam as flores,pisam as flores,matam nosso cão,matam nosso cão,e não dizemos nada.e não dizemos nada.Até que um diaAté que um diao mais frágil deleso mais frágil delesentra sozinho em nossa casa,entra sozinho em nossa casa,rouba-nos a luz e,rouba-nos a luz e,conhecendo nosso medo,conhecendo nosso medo,arranca-nos a voz a garganta.arranca-nos a voz a garganta.E já não podemos dizer nada.E já não podemos dizer nada.

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58)I – Todos os verbos que indicam agressão têm como su-

 jeito uma terceira pessoa; os verbos que indicam au-sência de reação têm como sujeito implícito nós, 1ªpessoa.

II – A agressão começa a ser praticada por vários agentese termina com apenas um.

III – O sujeito de conhecendo  (verso 13) é o mesmo dosverbos localizados nos versos 11, 12 e 14.

É(são) correto(s):a) apenas I e IIb) apenas I e IIIc) apenas II e IIId) I, II e IIIe) apenas II

59)“Eu me flagrei pensando em vocêem tudo que eu queria te dizer”

(Zeca Baleiro)

Com relação aos pronomes pessoais destacados nosversos acima, é INCORRETO afirmar que:

a) O pronome “eu” exerce a função de sujeito das formasverbais “flagrei” e “queria”, função típica dos prono-mes do caso reto.

b) O pronome “me” exerce a função de objeto indiretoda forma verbal “flagrei”, função típica dos pronomesdo caso oblíquo.

c) O pronome “você” exerce a função de objeto indiretoda forma nominal do verbo “pensar”, função típica dospronomes do caso oblíquo.

d) O pronome “te” exerce a função de objeto indireto daforma nominal do verbo “dizer”, função típica dospronomes do caso oblíquo.

e) Os pronomes oblíquos presentes no texto estão exer-cendo função de complemento verbal.

60) Examine este período, extraído da obra O primeirobeijo e outros contos, de Clarice Lispector:“Não sabia como e por que mas agora se sentia maisperto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhossaltavam para fora da janela procurando a estrada, pe-netrando entre os arbustos, espreitando, farejando.”

É INCORRETO afirmar quea) ele possui oito verbos; sendo assim, é constituído de

oito orações.b) em “ pressenti-a mais próxima”, os termos destacados

têm, respectivamente, função sintática de objeto dire-to e adjunto adverbial de lugar.

c) dentre essas orações, quatro são introduzidas porverbos no gerúndio.

d) a palavra “ por que” está empregada corretamente, porisso pode ser substituída, sem alteração de sentido,pela expressão “ por qual razão”.

e) O sujeito de sabia, sentia e pressentia é determinado eoculto

Texto para a questão 61

TRECHO DE CANÇÃO

Pai, afasta de mim esse cálice!Pai, afasta de mim esse cálice!Pai, afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue.Como beber dessa bebida amarga,Tragar a dor, engolir a labuta,Mesmo calada a boca, resta o peito,Silêncio na cidade não se escuta.De que me vale ser filho da santa,Melhor seria ser filho da outra,Outra realidade menos morta,Tanta mentira, tanta força bruta.

61) Os três primeiros versos de “Cálice” apresentam amesma estrutura sintática, cujos elementos constituti-vos são, na sequência,

a) um sujeito, Pai ; um verbo no presente do indicativo,na segunda pessoa do singular, afasta; objeto indireto,de mim; objeto direto, esse cálice.

b) um vocativo, Pai ; um sujeito oculto, tu; um verbo nopresente do indicativo, na terceira pessoa do singular,afasta; objeto indireto, de mim; objeto direto, esse cá-lice.

c) uma interjeição de chamamento, Pai ; um sujeito ocul-to, tu; um verbo no presente do indicativo, na terceirapessoa do singular, afasta; objeto indireto, de mim;objeto direto, esse cálice.

d) um vocativo, Pai ; um sujeito oculto, tu; um verbo noimperativo afirmativo, na segunda pessoa do singular,afasta; objeto indireto, de mim; objeto direto, esse cá-lice.

e) um vocativo, Pai ; um sujeito oculto, tu; um verbo nopresente do subjuntivo, na terceira pessoa do singular,afasta; adjunto adnominal de posse, de mim; sujeito,esse cálice.

62)Poetas, seresteiros, namorados , correiÉ chegada ahora de escrever e cantarTalvez as derradeiras noitesde luar

(Gilberto Gil)

Assinale a alternativa incorreta

a) A palavra derradeira é um adjetivo.b) A palavra derradeira significa últimas.c) O sujeito de correi é vósd) Os termos grifados são, respectivamente, sujeito e

adjunto adnominal.e) Os termos grifados são, respectivamente, vocativo e

adjunto adnominal.

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Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Se nunca foi fácil traçar a linha divisória entre arte erudita earte popular, agora é mais difícil levar a cabo essa tarefaociosa. Indiferente à palha seca da controvérsia, a arte se-gue o seu caminho. A vertente é uma só e é nela que se dá oencontro das águas. Pouco importam as fontes de onde procedem. Purificadoras e purificadas, seu caráter lustral asuniversaliza. Caetano Veloso, por exemplo. Quem ousariaclassificá-lo?

Em princípio, a arte deveria permanecer ao relento. Maldito,o poeta não era aceito. Na escala de valores, popular, maisque um adjetivo, era um estigma. Daí o escândalo do saraude d. Nair de Tefé. Primeira-dama, ela própria artista, afron-tou a conspícua Velha República.

Em pleno palácio do Catete, ouviu-se por sua iniciativa o"Corta-jaca", de Chiquinha Gonzaga. Delirante sucesso narua, a música era aplaudida em cena aberta e assobiada embotequins. Viajou a Portugal e lá arrebatou a plateia. Masno Catete só podia ser insânia.

 A maturidade de Caetano Veloso coincide com o amadure-cimento cultural que lhe proporciona o reconhecimentonacional. Caducas as classificações, sua arte aniquila toda equalquer discriminação. Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. A música lhe dá dimensão internacional. O que ele é, porém, é universal. A poesia de fato nunca esteve divorciadada expressão popular. Manuel Bandeira tirava o chapéu,respeitoso, para Sinhô, Pixinguinha, Noel.

Dos poetas, foi dos mais musicais, Manuel. E musicado. Arranhava o seu violão. Saiu extasiado da casa em queouviu João Gilberto e sua recente batida bossa-novista. Fuitestemunha ocular e auditiva. Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. Metabolizada, agrande arte canta nesse legítimo poeta do Brasil.

(Adaptado de Otto Lara Resende. "Poeta do encontro". Bom dia paranascer. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 281-282)

63) Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Velo-so hoje encarna.O verbo que exige o mesmo tipo decomplemento que o grifado acima está empregadoem:

a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora.b)  A vertente é uma só...c) Pouco importam as fontes de onde procedem.d) ... seu caráter lustral as universaliza.e) Viajou a Portugal...

64) Considere as frases abaixo.

I – Há amigos de infância de quem nunca nos esquece-mos.

II – Deviam existir muitos funcionários despreparados; porisso, talvez, existissem discordâncias entre os elemen-tos do grupo.

Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II overbo existir por haver, a sequência correta é

a) existem, devia haver, houvesse.b) existe, devia haver, houvessem.c) existe, devia haver, houvesse.d) existem, deviam haver, houvesse.e) existe, deviam haver, houvessem.

65)  Aqui há plantas que dão duas, três safras por ano.Substituindo-se a forma verbal do trecho acima poroutra, só não se respeitou a norma culta em:

a) Aqui existem plantas que dão duas, três safras porano.

b) Aqui deve haver plantas que dão duas, três safras porano.

c) Aqui podem existir plantas que dão duas, três safraspor ano.

d) Aqui há de existir plantas que dão duas, três safras porano.

e) Aqui pode haver plantas que dão duas, três safras porano.

66) A concordância verbal está em conformidade com anorma preconizada pela gramática em:

A) Não existe atualmente no Brasil grandes projetos emcurso na área de educação.

B) Fazem muitos anos que a educação deixou de serprioridade entre nós.

C) Os projetos que deveria estar em votação no Congres-so encontram-se arquivados.

D) Antigamente haviam homens que se preocupavamcom a educação no País.

E) A maioria dos projetos brasileiros pertencem a setoresda educação tecnológica.

67) “Eu me flagrei pensando em vocêem tudo que eu queria te dizer”

(Zeca Baleiro)

Com relação aos pronomes pessoais destacados nosversos acima, é INCORRETO afirmar que:

a) O pronome “eu” exerce a função de sujeito das formasverbais “flagrei” e “queria”, função típica dos prono-mes do caso reto.

b) O pronome “me” exerce a função de objeto indiretoda forma verbal “flagrei”, função típica dos pronomesdo caso oblíquo.

c) O pronome “você” exerce a função de objeto indiretoda forma nominal do verbo “pensar”, função típica dospronomes do caso oblíquo.

d) O pronome “te” exerce a função de objeto indireto daforma nominal do verbo “dizer”, função típica dospronomes do caso oblíquo.

e) Os pronomes oblíquos presentes no texto estão exer-cendo função de complemento verbal.

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68) Em quais das frases a seguir, o termo destacado éadjunto adverbial?

I) Não abria mão das roupas e joias caras  mesmo noambiente de trabalho.

II) Os habitantes do povoado pronunciavam errado onome do fundador do local.

III) Os filmes analisados foram considerados  pouco  reco-mendáveis.

a) Em todasb) Em nenhuma delasc) Somente em Id) Somente em II e IIIe) Somente em I e II

69) O adjunto adverbial, ao agregar certas circunstânciasao verbo, interfere profundamente no significado glo-bal da frase. Tanto é verdade, que, conforme a cir-cunstância indicada pelo adjunto adverbial, o conteú-do global de uma frase pode ser favorável ou desfavo-rável, agressivo ou polido (educado).

Observe as três frases que seguem:I. Por excesso de velocidade, o veículo atropelou dois

pedestres na calçada.II. Entregue, por obséquio, este recado ao gerente o

quanto antes possível.III. Entregue, pelo amor de Deus, este recado ao gerente,

sem moleza.

Sobre eles, e correto afirmar que:a) Em I, os dois adjuntos adverbiais atenuam a culpa do

motorista.b) Em II, um adjunto adverbial indica polidez; o outro,

urgência.c) Em III, os adjuntos indicam polidez.d) No enunciado I, há um adjunto que indica condição e

outro que indica lugar.e) No enunciado II, os adjuntos adverbiais expressam

falta de polidez.

70) ... para que ela não interfira de forma excessiva emseus projetos.O verbo que exige o mesmo tipo decomplemento que o grifado acima está em:

a) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ...b) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ...c) ... deixando-nos desarmados e atônitos ...d) ... de algo que está além de nossa compreensão ...e) ... ele o convoca constantemente.

71) Assinale a alternativa em que a oração se estrutura,sequencialmente, com as mesmas funções sintáticasdos termos da oração: As artes nunca desperdiçamnosso tempo.

a) Os prazeres da vida não têm as mesmas relações como jogo?

b) O futebol me ensinou muito mais que os livros dehistória.

c) Os intelectuais sempre criticam os esportes.d) Projetamos sobre o futebol um gosto pela façanha.e) Os livros e as artes sempre são importantes.

72) Assinale a alternativa em que a colocação dos termosna frase foge da usual, tal como se observa em: ... dofutebol de conchavos nada se aprende.

a) A mídia usa os ídolos para comover a população comemoções fortes.

b) A nação embarca num patriotismo desproporcional àsvésperas de cada Copa.

c) O futebol se amarrou à autoimagem do país para sem-pre.

d) Dos técnicos de futebol muito se fala.e) O surgimento consagrador de Pelé compensou o

trauma de 1950.

73) Na frase O compositor dedicava inteiramente à criaçãomusical os meses de verão, o termo sublinhado exercea mesma função sintática que o termo em destaque nafrase:

a) A visão de mundo de uma geração mais jovem te-ve influência central aqui.

b) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram ocompositor.

c) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas.d) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe pro-

porcionaram inspiração para grandiosas sinfonias.e) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transforma-

ram em memoriais.

74) A substituição do segmento grifado pelo pronomecorrespondente está feita de modo INCORRETO em:

a)  parecem guardar as respostas = parecem guardá-las.b) que ocupa a maior parte da superfície da Terra = que a

ocupa.c) oferece outros tipos de riqueza = oferece-os.d) revelaram numerosas substâncias = revelaram-nas.e)  produzem um composto = produzem-lhe.

75) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical natranscrição do texto abaixo.O tipo de investimento es-trangeiro que pode ter a melhor acolhida no Paísé aquele que  (1) representa a implantação de novasunidades de produção, capaz de criar não só mais em-pregos, mas aportar um conteúdo tecnológico inova-dor e importante. Nesse campo, as necessidades doBrasil são (2) praticamente ilimitadas. Como se vê,não se trata  (3), em absoluto, de recusar investimen-tos estrangeiros que, de qualquer modo, apresentamvantagens, mas de procurar direcionar-lhes (4) paraonde são mais importantes e necessários e de estarconscientes de que (5) nem todos eles representam asalvação da economia num momento de dificuldades.

(Editorial, O Estado de S. Paulo, 2/8/2012, com adaptações)

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a) (1) aquele queb) (2) sãoc) (3) se tratad) (4) direcionar-lhese) (5) de que

76) Considerando essa opinião e comparando as orações Ie II, marque a única alternativa correta.

I. O comerciante entrou preocupado no Banco do Brasil.II. O comerciante preocupado entrou no Banco do Brasil.

a) O comerciante da frase II está mais sujeito a ter umataque cardíaco, por estar constantemente preocupa-do.

b) O comerciante da frase I não estava preocupado aoentrar no Banco do Brasil.

c) O comerciante da frase II estava momentaneamentepreocupado.

d) A palavra “preocupado” colocada após o verbo “en-trar”, na frase I, mostra o estado em que sempre seencontra o comerciante.

e) As duas frases mostram que o comerciante é extre-mamente preocupado

77) “É regra disciplinar e de saúde: na escola públicaSydney’s Arncliffe, na Austrália, tornou-se obrigatórioo uso de óculos escuros, até para crianças que estãono jardim de infância. O Hospital dos Olhos de Sydneyalertou para os riscos da exposição aos raios ultravio-leta.”

(IstoÉ , 8/8/2007)

Os termos dos olhos e aos raios ultravioleta são, res-pectivamente,

a) adjunto adnominal e complemento nominal.b) complemento nominal e predicativo do objeto.c) adjunto adnominal e objeto indireto.d) adjunto adnominal e adjunto adnominal.e) complemento nominal e adjunto adverbial.

78) Em todas as orações o termo destacado está analisadocorretamente, exceto em:

a) Existe, nesta cidade, um carpinteiro. (objeto direto)b) É importante o apoio dos operários. (sujeito)c) Já tínhamos certeza da derrota. (complemento nomi-

nal)d) O estudante permaneceu inalterável. (predicativo)e) Renato, o engenheiro, logo protestou. (aposto)

79) Analise as frases abaixo:I. Encontramos o rádio quebrado.II. Entregamos os lápis aos alunos.III. A polícia solicitou os documentos do acusado.IV. O policial falou com a moça que mora no apartamento

do último andar.V. Antônio já deixou de ser meu amigo há muito tempo.VI. Lavei as roupas que encontrei no tanque.

Quais das sentenças lidas produzem duplo sentido, is-to é, são ambíguas:

a) I, II, Vb) I, III, IV, Vc) II, III, IV, VId) III, IV, VIe) I, III, IV, VI

80) Assinale a opção que apresenta a classificação incorre-ta do termo em destaque:

a) “Mas são necessários ajustes em cada uma...” (sujeito)b) “O pesquisador Rudá Ricci, consultor do levantamento,

calcula...” (aposto)c) “...o problema é agravado  pela falta de funcionários

nas escolas. (complemento nominal)d) “...a principal queixa *...+ é o  excesso de burocracia.”

(predicativo do sujeito)e) “’Quase não dá para conversar com os professores.’"

...” (objeto indireto)

81) Em “Se a “cura” fosse cara, apenas uma pequena fra-ção da sociedade teria acesso a ela.”, a expressão emdestaque funciona como

a) objeto direto.b) adjunto adnominal.c) complemento nominal.d) sujeito paciente.e) objeto indireto.

82) Das alternativas que seguem, apenas uma não se en-contra corretamente analisada quanto à sua estruturasintática. Identifique-a:

a) Os animais fugiram do zoológico. (adjunto adverbialde lugar)

b) Os animais do zoológico fugiram. (adjunto adnominal)c) Os alunos deixaram o colégio entusiasmados. (adjunto

adnominal)d) A garota chegou em casa apressadamente. (adjunto

adverbial de modo)e) O pai eufórico socorreu a criança. (adjunto adnominal)

83) Em um email enviado a um grupo de funcionários, aseguinte frase causou confusão de entendimento:A continuidade do projeto depende da aprovação dodiretor.Essa confusão se deveu ao fato de:

a) o termo “do diretor” ser ambíguo, pois tanto pode sercomplemento verbal como complemento nominal.

b) o termo “da aprovação” ser ambíguo, pois tanto podeser complemento verbal como complemento nominal.

c) o termo “do diretor” ser ambíguo, pois tanto se podeentender o diretor tendo que aprovar como ele tendoque ser aprovado.

d) o termo “da aprovação” ser ambíguo, pois tanto podeser complemento verbal como adjunto adverbial.

e) o termo “do diretor” ser ambíguo, pois tanto pode sereferir ao verbo “depender” como ao nome “aprov a-ção”.

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84) Suponha que você seja um grande latifundiário. Qualdas frases a seguir lhe causaria maior preocupação?

I - Os latifúndios improdutivos serão desapropriados.II - Os latifúndios, improdutivos, serão desapropriados.

a) A primeira, pois é impossível negar que meu latifúndioé improdutivo.

b) A primeira, pois a manchete deixa bem claro que setrata de todos os latifúndios.

c) A primeira, pois a manchete afirma que há poucoslatifúndios produtivos de fato.

d) A segunda, pois a manchete dá a entender que todosos latifúndios são improdutivos.

e) A segunda, pois está implícito que alguns latifúndiosdeixam a desejar no que se refere à produtividade.

85) Na frase “Nomeá-los nossos representantes é revesti-los do direito ao mandato por três anos”, as palavrasem destaque são, respectivamente,

a) predicativo do sujeito – adjunto adnominalb) objeto direto – objeto indiretoc) predicativo do objeto – complemento nominald) objeto direto – adjunto adnominale) predicativo do objeto – objeto indireto

86) Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-seque o desenvolvimento social e econômico foi possívelporque o homem sistematizou formas de organizaçãoentre os povos.

A oração sublinhada no período acima tem valor

a) causal.b) concessivo.c) comparativo.d) temporal.e) consecutivo.

87)  Expressa uma finalidade a oração subordinadaadverbial sublinhado em:

a) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar aconduta humana.

b) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regrapor tê-la infringido.

c) (...) o ponto de partida para a boa conduta é oreconhecimento daquilo que não pode ser permitido.

d) (...) as regras de convívio existem para dar base eestabilidade às relações entre os homens.

e) (...) o ideal da civilização é permitir que todos osindivíduos vivam sob os mesmos princípios éticosacordados.

88) As normas de pontuação estão plenamente atendidasna frase:

a) Os jogos de uma Copa do Mundo, quase sempre cos-tumam provocar altas emoções não apenas, nos fãs dofutebol, mas também nos que não costumam se ani-mar com esse esporte.

b) Ainda que com menor ânimo, do que seus maridos, asmulheres também costumam torcer pela seleção nocaso de esta revelar alguma qualidade de jogo.

c) Não há dúvida, de que a mídia tornou-se responsável,por um crescente interesse internacional no acompa-nhamento dos jogos da Copa do Mundo.

d) Nos grandes centros urbanos, o trânsito em dias de jogos do Brasil, costuma sofrer nervosas oscilações,entre o máximo de movimento, e o total esvaziamentodas ruas.

e) O autor do texto nota, com razão, as variações dohumor público que, durante a Copa, traduzem as dis-tintas emoções que os jogos nos despertam.

89) É preciso suprimir a vírgula da seguinte frase:

a) Ainda que não haja consenso, muitos acreditam que aprática da meditação traz efeitos altamente positivos.

b) Normalmente, os rituais religiosos acabam induzindoos crentes à prática da meditação.

c) Não importa qual seja a crença, todas as práticas reli-giosas estimulam a meditação.

d) Todo aquele que se entrega à prática da meditação,acaba atingindo um patamar de maior serenidade es-piritual.

e) Segundo já se observou, as práticas religiosas estimu-lam o bom convívio entre as pessoas.

90) Assinale a alternativa cujo trecho esteja de acordocom as regras de pontuação. (fonte dos trechos: 26de maio de 2011 • 12h51http://vidaeestilo.terra.com.br/)

a) Segundo a Prefeitura, os novos ônibus, reduzem ematé 90% a emissão, de material particulado na atmos-fera, em relação aos coletivos movidos a diesel. Dimi-nuem também em 80% a emissão de gases responsá-veis pelo aquecimento global, em 62% a emissão deóxidos de nitrogênio e não liberam enxofre, o causa-dor da chuva ácida.

b) Segundo a Prefeitura, os novos ônibus reduzem ematé 90% a emissão de material particulado na atmosfe-ra em relação aos coletivos movidos a diesel. Diminu-em também em 80% a emissão de gases responsáveispelo aquecimento global, em 62% a emissão de óxidosde nitrogênio e não liberam enxofre, o causador dachuva ácida.

c) Segundo, a Prefeitura, os novos ônibus reduzem, ematé 90%, a emissão de material particulado na atmos-fera em relação aos coletivos movidos a diesel. Dimi-nuem também em 80% a emissão de gases responsá-veis pelo aquecimento global, em 62% a emissão de

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óxidos de nitrogênio e não liberam enxofre, o causa-dor da chuva ácida.

d) Segundo a Prefeitura, os novos ônibus reduzem ematé 90% a emissão de material particulado na atmosfe-ra em relação aos coletivos movidos a diesel. Diminu-em, também em 80%, a emissão, de gases responsá-veis pelo aquecimento global, em 62% a emissão deóxidos de nitrogênio e não liberam enxofre, o causa-dor da chuva ácida.

e) Segundo a Prefeitura, os novos ônibus reduzem ematé 90% a emissão de material particulado na atmosfe-ra em relação aos coletivos movidos a diesel. Diminu-em também em 80% a emissão de gases, responsáveispelo, aquecimento global, em 62% a emissão, de óxi-dos de nitrogênio e não, liberam enxofre, o causadorda chuva ácida.

91) Em relação ao texto, assinale a opção correta.Há alguma esperança de que a diminuição do desma-tamento no Brasil possa se manter e não seja apenas,e mais uma vez, o reflexo da redução das atividadeseconômicas causada pela crise global. Mas as notíciasruins agora vêm de outras frentes. As emissões de ga-ses que provocam o efeito estufa pela indústria  cres-ceram 77% entre 1994 e 2007, segundo estimativas doMinistério do Meio Ambiente a partir de dados do IB-GE e da Empresa de Pesquisa Energética. Para piorar,as fontes de energia se tornaram mais "sujas", com oaumento de 122% do CO2 lançado na atmosfera, per-centual muito acima dos 71% da ampliação da geraçãono período. Assim, enquanto as emissões por desma-tamento tendem a se reduzir para algo entre 55% e60% do total, as da indústria e do uso de combustíveisfósseis ganham mais força.

(Editorial, Valor Econômico, 1/9/2009)

a) Em "possa se manter" o pronome "se" indica sujeitoindeterminado.

b) O termo "causada" está no singular e no femininoporque concorda com "esperança".

c) O termo "enquanto" confere ao período uma relaçãode consequência.

d) Em "se tornaram" o pronome "se" indica voz passiva.e) O segmento "que provocam o efeito estufa pela indús-

tria" constitui oração subordinada adjetiva restritiva.

92)Mais de 20 anos depois , graças aos avanços na tecno-logia de identificação de DNA e à expansão dos bancosde dados com informações genéticas de criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime.

A vírgula depois de Mais de vinte anos depois   justifi-ca-se porque é

a) um adjunto adverbial intercalado.b) um adjunto adverbial deslocado.c) uma oração adverbial temporal deslocada.

d) um adjunto adnominal com valor de advérbio e estádeslocado.

e) um advérbio em forma de oração e está deslocado.

93) "A despeito de sua natureza relativamente controver-sa..."Assinale a alternativa que não poderia substituir a ex-pressão grifada acima, sob pena de alteração de sentido.

a) Malgradob) Não obstantec) Apesar ded) Nada obstantee) Porquanto

94) Assinale a alternativa em que não  há correspondên-cia adequada entre a oração reduzida e a desenvolvidade cada par:

a) Contendo as despesas, o governo reduzirá a inflação./ Desde que contenha as despesas , o governo reduzi-rá a inflação.

b) "Abomina o espírito de fantasia, sendo dos que maispossuem." (Carlos Drummond de Andrade) / Abominao espírito da fantasia, embora seja um dos que mais opossuem.

c) Equacionado o problema , a solução será mais fácil./ Depois que se equaciona o problema , a solução émais fácil.

d) "Julgando inúteis a cautela , curvei-me à fatalidade."(Graciliano Ramos) / Como julguei inúteis as cautelas ,curvei-me à fatalidade.

e) Tendo tantos amigos, não achou quem o apoiasse./ Quando tinha muitos amigos , não achou quem oapoiasse.

95) O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nasmais antigas recordações de minha infância: belo,imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vemuma carta dizendo que ele caiu.Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, emorreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pésde pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espa-das-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente"tala") e da alta saboneteira que era nossa alegria e acobiça de toda a meninada do bairro, porque forneciacentenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens co-loridas, lembro-me da parreira que cobria o caraman-chão, e dos canteiros de flores humildes, "beijos", vio-letas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão aolado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram comoárvores sagradas protegendo a família.  Cada meninoque ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco,a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé esubir pelo cajueiro acima , ver de lá o telhado das ca-sas do outro lado e os morros além , sentir o leve ba-lanceio na brisa da tarde .

(Rubem Braga: "Cajueiro". In: O verão e as mulheres. 51. ed. Rio de Janeiro: Record, 1991, p.84-5.)

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Há no texto orações reduzidas de gerúndio e de infini-tivo. Assinale a alternativa em que a forma verbal daoração reduzida está DESENVOLVIDA  corretamente,entre parênteses.

a) ...protegendo a família (QUE PROTEGIAM A FAMÍLIA).b) ...para apoiar o pé... (PORQUE APOIARIA O PÉ).c) ...e subir pelo cajueiro acima... (E QUE SUBIRIA PELO

CAJUEIRO ACIMA).d) ...ver de lá o telhado das casas do outro lado e os mor-

ros além... (PORQUE SE VIA DE LÁ O TELHADO DASCASAS DO OUTRO LADO E OS MORROS ALÉM).

e) ...sentir o leve balanceio da brisa da tarde (QUANDOSENTISSE O LEVE BALANCEIO DA BRISA DA TARDE).

96)

I. Saímos tarde da festa.II. Os ônibus deixam de correr à meia-noiteIII. A solução foi chamar um táxi.

A frase em se articulam de forma coesa e coerente osperíodos I, II e III é:

a) Como saímos tarde da festa, a solução foi chamar umtáxi, pois os ônibus deixam de correr à meia-noite.

b) Uma vez que os ônibus deixam de correr à meia-noite,saímos tarde da festa, portanto os ônibus de correr àmeia-noite.

c) A solução foi chamar um táxi, já que saímos tarde dafesta, portanto os ônibus deixam de correr à meia-noite.

d) A solução foi chamar um táxi, pois os ônibus deixamde correr à meia-noite, muito embora tenhamos saídotarde da festa.

e) Já que os ônibus deixam de correr à meia-noite, asolução foi chamar um táxi, inclusive saímos tarde dafesta.

97)Com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)observado nos últimos anos, principalmente devido aoinvestimento estrangeiro, houve bastante geração deriquezas para o país. _______, ocorreu uma melhordistribuição de renda, que contribuiu para uma redu-ção da desigualdade social. Essa evolução fortalece aautoestima do povo, que se torna mais esperançosocom um futuro promissor. ______, ainda existem pro-blemas sociais que afetam o ânimo da população. Aviolência nas grandes cidades e o ainda alto nível deanalfabetismo, por exemplo, representam barreiraspara uma nação que pretende ser desenvolvida. Essesproblemas, historicamente, envergonham o povo bra-sileiro que, mesmo assim, alimenta uma esperança emver a superação desses obstáculos. Há uma grande ex-pectativa mundial de que o Brasil consiga superar es-ses entraves.

No texto, foram excluídas de forma proposital algumaspalavras. Assinale a opção que preencheria de formacoerente esses espaços, respectivamente:

a) Além disso; Porémb) Porém; Logoc) Por isso; Assimd) Além disso; Assime) Apesar disso; Porém

98) A questão tem como base o trecho — Num governo, éo oposto de assistencialismo, que  dá alguns trocadosaos despossuídos, em lugar de emprego e educação,que  lhes devolveriam a dignidade. É lutar pelo bemcomum, perseguindo e escancarando a verdade mes-mo que contrarie grandes e vários interesses.

A palavra que  aparece três vezes no trecho, sendoque,

a) na primeira ocorrência, é pronome relativo; na segun-da, conjunção subordinativa; e, na terceira, conjunçãocoordenativa.

b) nas três ocorrências, trata-se de pronome relativo,cuja função sintática é de sujeito.

c) nas duas primeiras ocorrências, trata-se de pronomerelativo e, na última, forma uma locução conjuntivaconcessiva com a palavra mesmo.

d) nas duas primeiras ocorrências, trata-se de conjunçãosubordinativa e, na última, pronome relativo.

e) na primeira ocorrência, trata-se de pronome relativoe, nas outras duas, conjunção subordinativa causal econsecutiva, respectivamente.

A questão refere-se ao texto.

O empobrecimento da nossa sociedade provocou uma di-minuição crônica dos investimentos em educação em nossopaís e, por causa disso, houve nítida piora da qualidade doensino público. Essa queda se acentuou nos últimos 30anos, e a educação pré-universitária foi, com certeza, a maisprejudicada.

É consenso que o acesso ao conhecimento é fator funda-mental para inclusão e transformação social. Assim, mais doque nunca, todos os brasileiros devem ter acesso à educa-ção, desde a mais tenra idade até a profissionalização, sejaesta de que nível for.

No caso brasileiro, contudo, é preciso ir além desse consen-so. Tendo em vista os graves problemas sociais que vivenci-amos atualmente, não basta apenas educar até o estágioprofissionalizante. É necessário discutir que tipo de profissi-onalização devemos promover. São tantas as carências, quea formação profissionalizante deve ir além da capacitaçãotécnica.

(Marcos Boulos, Folha de S.Paulo, 21.08.2006)

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99) No período — São tantas as carências, que a formaçãoprofissionalizante deve ir além da capacitação técni-ca. — a oração destacada apresenta informações que,em relação às precedentes, devem ser consideradascomo

a) causa.b) consequência.c) comparação.d) finalidade.e) concessão.

100) A Universidade de Taubaté (UNITAU) conta, no total,com 720 universitários [no curso de Comunicação Soci-al], sendo 130 formandos. Com tantos universitáriossaindo para o mercado de trabalho, o coordenador docurso de Comunicação Social da UNITAU (…) menci o-nou que o Vale do Paraíba é inexplorado e tem poten-cial de absorver os formandos.

( Jornal ComunicAção , n.1, março 2002, p. 3)

Assinale a alternativa que, completando a oração a se-guir, apresenta a relação mais coerente entre as idei-as:

O coordenador do curso de Comunicação Social men-cionou que,

a) à medida que muitos universitários saem para o mer-cado de trabalho, o Vale do Paraíba tem potencial deabsorver os formandos, pois ainda é um mercadoinexplorado.

b) como muitos universitários saem para o mercado detrabalho, o Vale do Paraíba tem potencial de absorveros formandos, pois ainda é um mercado inexplorado.

c) há muitos universitários saindo para o mercado detrabalho, de modo que o Vale do Paraíba tem poten-cial de absorver os formandos, pois ainda é um merca-do inexplorado.

d) embora muitos universitários estejam saindo para omercado de trabalho, o Vale do Paraíba tem potencialde absorver os muitos universitários saem para o mer-cado de trabalho;

e) portanto, o Vale do Paraíba tem potencial de absorveros formandos, pois ainda é um mercado inexplorado.

101)  Em relação ao emprego de vírgulas no texto abaixo,assinale a justificativa correta.Consagrado como espaço para a reflexão dos grandes

temas mundiais, (1) o Fórum Social Mundial retorna aPorto Alegre no ano em que completa uma década.Mesmo que o encontro seja compartilhado com cincocidades da Região Metropolitana e que outras reuni-ões do mesmo evento se realizem durante 2010 emvários países, Porto Alegre é o lugar-referência dosdebates inaugurados em 2000. Foi a partir dessa capi-tal que o Fórum se transformou, já no evento inaugu-ral, numa oportunidade de congregar, anualmente,ONGs,(2) personalidades,(2)  estudantes, políticos e

todos os envolvidos nas discussões sobre educação,(3)ambiente, (3)economia, globalização, direitos huma-nos e cooperação.O debate de ideias que contribuam para a melhoriadas relações humanas é a essência do Fórum, que seusorganizadores esperam reforçar este ano. Organizadohá 10 anos com o argumento de que era preciso criarum contraponto ao Fórum Econômico de Davos, (4) oFórum Social sempre esteve envolvido em saudáveiscontrovérsias. A polêmica sobre a maior ou menor re-levância de um ou de outro fórum é da natureza dequalquer debate. Esse confronto foi aos poucos diluídoe prevalece hoje o entendimento de que o importanteé a livre manifestação de pontos de vista e de diferen-ças. O importante, (5) no entanto, (5)  é que o Fórumcontinue contribuindo para a exposição de ideias epropostas às questões mundiais. (Zero Hora (RS), Edi-torial, 18/01/2010)

a) (1) A vírgula isola oração subordinada adverbial com-parativa anteposta à principal.

b) (2) As vírgulas isolam aposto explicativo.c) (3) As vírgulas isolam elementos de mesma função

gramatical componentes de enumeração.d) (4) A vírgula isola oração subordinada adjetiva restriti-

va anteposta à principal.e) (5) As vírgulas isolam adjunto adverbial de tempo

intercalado na oração principal.

102) Leia o que segue.I. Há bastante motivos para se preocupar com o vaza-

mento de informações.II. O assessor de Karzai trouxe anexo as encomendas

solicitadas.III. A embaixadora americana apresentou um relatório

aos diplomatas e ela mesmo criticou o príncipeEdward.

IV. Winston Churchill e outros líderes que marcaram seusnomes na história venceram bastantes batalhas.

De acordo com a norma padrão da língua, está corretoapenas o contido em

a) I.b) II.c) III.d) IV.e) II e IV.

103) Assinale a alternativa correta quanto à concordânciaverbal.

a) Começaram as investigações pelas ações do jovemsoldado.

b) Um jovem soldado e a WikiLeaks divulgou informaçõessecretas.

c) Mais de um relatório diplomático vazaram na internet.d) Repartições, investimentos, pessoas, nada impediram

o jovem soldado.e) Os telegramas relacionados com o Brasil foi, para o

ministro Jobim, muito negativos.

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