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3º ano/Pré-Vestibular - AULA DE REDAÇÃO - 26/02/18 - Profª. Sumara Bubna

GÊNERO RESUMO

O resumo de texto é um mecanismo em que se aponta somente as ideias principais de um texto fonte, de forma que é

produzido um novo texto, no entanto, de maneira resumida, abreviada ou sintetizada.

Em outras palavras, o resumo é a compilação de informações mais relevantes de um texto original e não uma cópia.

Como fazer um bom resumo de texto?

Pode parecer tarefa fácil, mas muitas vezes sintetizar algo pode ser trabalhoso e requer algumas técnicas importantes, embora a

técnica mais eficiente seja a prática.

Note que o resumo de texto auxilia muito na aprendizagem para facilitar na memorização, compreensão e interpretação e não

deve ser um texto muito longo, ou seja, ele deve ser menos extenso que o original.

Entretanto, tome cuidado, pois geralmente no resumo não devemos acrescentar ideias novas, ou seja, dar um juízo de valor ou

fazer comentários pessoais sobre o assunto tratado.

O resumo deve ter uma boa clareza de ideias, ou seja, uma pessoa que não tenha lido o texto original deverá compreender na

totalidade o que foi lido.

Assim, para auxiliá-lo nessa tarefa, segue abaixo passo a passo para realização de um resumo:

• Leia atentamente o texto original: a leitura atenta e calma é muito importante para começar essa tarefa e assim se

familiarizar com o tema ou o assunto que se trata. Não adianta passar os olhos e querer resumir qualquer informação.

Se necessário, leia novamente. Aliás, um resumo pode ser mais longo (se for de um livro), médio ou curto.

• Marque as principais ideias do texto: Depois de lido, você deverá marcar as ideias principais de cada parágrafo. Mas,

cuidado para que não fique muito extenso. Por exemplo, se for fazer um resumo de um livro, fica impossível resumir cada

parágrafo, por isso, pense em resumir os capítulos.

• Sublinhe as palavras-chave: Da mesma forma que a etapa acima, você deve pensar nas principais palavras do texto para

fazer o resumo. Todas elas devem fazer parte do texto produzido. Geralmente cada parágrafo apresenta uma palavra-

chave.

• Poder da síntese: sintetizar o texto pode não ser fácil, mas depois de organizar as principais ideias, escreva de modo claro

e coeso. Fique de olho no tema e na conclusão oferecida pelo autor do texto.

• Coesão e coerência: para que um texto seja considerado bom, a coesão e a coerência são dois recursos básicos e deveras

importante na produção de textos. Assim, a coesão está intimamente relacionada com as regras gramaticais e o bom uso

dos conectivos. A coerência implica a lógica e o contexto em que está inserido o texto. Lembre que o resumo não é um

emaranhado de frases soltas, ele precisa fazer sentido para o leitor.

• Leitura final: Depois de produzido, é muito importante fazer uma leitura final do resumo e comparar se as ideias

sublinhadas estão todas contidas no texto. Por isso, tenha cuidado com as ideias secundárias, o que pode tornar seu

texto prolixo ou extenso.

• Citar a fonte: É muito importante indicar de onde surgiu o resumo, ou seja, os dados do texto que está sendo resumindo:

autor, obra, páginas, capítulos, editora, ano de publicação, dentre outros.

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Texto 1

A linguagem oral e escrita foi a temática aludida no texto “Uma janela para o mundo”, de Steven Pinker. No

escrito, o autor apresentou a ideia de que o ser humano possui uma disposição instintiva em relação ao ato de se

comunicar, e exemplifica com uma citação de Charles Darwin. Contudo, a fala e a escrita possuem diferentes

estruturas – relata Pinker, que desenvolveu o conceito sobre a cognição da escrita ser uma constante incitação; já

a fala, para ele, é algo menos complexo, uma vez que o colóquio com os interlocutores facilita o desenvolvimento

do ato.

O linguista Pinker ainda enfatizou sobre a problemática de escrever um texto, pois os destinatários são ocultos

e incompreensíveis, não haveria, portanto, a mesma possiblidade de interação que há na conversação. Para

finalizar, declarou que o ato da escrita deve consistir no uso da imaginação, em que o indivíduo deve se idealizar

em alguma situação de elocução.

PROPOSTA - RESUMO

A Rede Idiota Segundo leio no Google, num site aberto ao acaso, a internet surgiu com objetivos militares, ainda em plena Guerra Fria,

como uma forma de as Forças Armadas americanas manterem o controle, caso ataques russos destruíssem seus meios de

comunicação ou se infiltrassem nestes e trouxessem a público informações sigilosas. Outro site diz: “Eram apenas quatro

computadores ligados em dezembro de 1969, quando a internet começou a existir, ainda com o nome de Arpanet e com o

objetivo de garantir que a troca de informações prosseguisse, mesmo que um dos pontos da rede fosse atingido por um

bombardeio inimigo”.

Entre as décadas de 70 e 80, estudantes e professores universitários já trocavam informações e descobertas por meio da

rede. Mas foi a partir de 1990 que a internet passou a servir aos simples mortais. Hoje há um bilhão de usuários no mundo

todo, afirma outro site. Outro informa que o Brasil é o quinto no ranking dos países com mais usuários na internet, tem hoje

cerca de 50 milhões de internautas ativos, atrás apenas da Índia, Japão, Estados Unidos e China, estes últimos com 234 e 285

milhões de usuários, respectivamente, informa ainda outro site.

Ilustro com essas informações (suspeitas, como todas que vagam no espaço virtual) a abrangência que tem hoje a internet

em todo o mundo, em especial no Brasil. Quase nada acontece hoje sem que passe pela grande rede. Coisas importantes e

coisas nem tão importantes assim, como este texto, que não chegaria tão ágil à redação da ISTOÉ se não fosse enviado de um

computador a outro num piscar de olhos.

Não pretendo demonizar a internet, até porque sou bastante dependente dela. De todo modo, é histórico o mau uso que

os humanos fazem de meios fantásticos de comunicação, e o rádio e a tevê estão aí e não me deixam mentir. De todas as

ilusões que a internet alimenta, a que julgo mais grave é a terrível onipotência que seu uso desperta. Todos se acham capazes

de tudo, com direito a tudo, opinar, julgar, sugerir, depreciar, mas sempre à sombra da marquise, no confortável “anonimato

público” que o mundo paralelo da rede propicia. Consultam o Google como se consulta um oráculo , como se lá repousasse

toda a sabedoria do mundo. Pra que livros, enciclopédias, se há Google? – perguntam-se.

No livro “A Marca Humana”, de Philip Roth, um personagem fala: “As pessoas estão cada vez mais idiotas, mas cheias de

opinião”. Não sei o que vem por aí, é cedo para vaticínios sombrios, mas posso antever um mundo povoado por covardes

anônimos e cheios de opiniões. O sujeito se sente participando da “vida coletiva”, integrado ao mundo, quando dá sua opinião

sobre o que quer que seja: a cantora que errou o “Hino Nacional”, o discurso do presidente, a contratação milionária do clube,

o novo disco do velho artista, etc. Julga-se um homem de atitude se protesta contra tudo e todos em posts no blog de economia

e comentários abaixo do vídeo no You Tube. Faz tudo isso no escuro, protegido por um nickname, um endereço de e-mail, uma

máscara. Raivosa, mas covarde.

(Zeca Baleiro. ISTOÉ, 16 set. 2009.)

GÊNERO TEXTUAL – RESUMO

Redija um RESUMO, em até 15 linhas, apresentando as informações principais do texto A Rede Idiota, de Zeca

Baleiro. Lembre-se de que, em um resumo, são expostas as ideias principais do texto. Você não pode copiá-las

literalmente nem deve expressar sua opinião e/ou comentário sobre elas.