3º ano idade como fator de risco e sedentarismo

4

Click here to load reader

Upload: tony

Post on 09-Jul-2015

1.353 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 3º ano idade como fator de risco e sedentarismo

IDADE COMO FATOR DE RISCO:

Uma das características da sociedade atual é o grande número de pessoas que

atinge idade avançada, o que torna um problema novo a ser enfrentado por

médicos, sociólogos, psicólogos e assistentes sociais. Está relacionado ao

progresso mundial, ao aumento cada vez maior de pessoas preparando-se para

uma vida mais longa, com melhores perspectivas de vida social e

psicologicamente sadia.

O número de pessoas com idade de 60 anos ou mais continua aumentando

gradativamente. Os idosos, que em 1991 representavam 7,3% da população,

em 2025 irão representar 15% 1. Na realidade, a segunda metade do século

XX foi salientada pelo aumento absoluto de adultos. A expectativa de vida

média está aumentando regularmente e espera-se que a média de idade no ano

de 2020 seja em torno de 73 anos, tanto para homens como mulheres. A

manutenção da saúde dessa população vem se tornando uma tarefa importante

para os médicos, no que se refere aos cuidados primários.

Importante é pensar nas condições fisiológicas, fisiopatológicas e sociais,

mesmo independentes da idade, que os diferenciam das demais faixas etárias,

constituindo-se, desta forma, em uma camada da população com

características e necessidades próprias.

A velhice não é doença. É uma etapa da vida com características e valores

próprios, em que ocorrem modificações no indivíduo, tanto na estrutura

orgânica, como no metabolismo, no equilíbrio bioquímico, na imunidade, na

nutrição, nos mecanismos funcionais, nas características intelectuais e

emocionais 2.

São estas modificações que dificultam a adaptação do indivíduo no seu meio,

exatamente pela falta de condições que favoreçam o envelhecimento bio-

psico-social. A aparência do indivíduo se transforma, possibilitando atribuir-

lhe uma idade quase sempre com pequena margem de erro. A pele se enruga

em conseqüência da desidratação e perda de elasticidade do tecido dérmico

subjacente. Há perda de dentes, atrofia muscular e a esclerose das articulações

acarreta distúrbios de locomoção. O esqueleto padece de osteoporose e é

sujeito a fraturas ósseas. O coração tem seu funcionamento alterado, os

órgãos dos sentidos são atacados.

DOENÇAS CARDIACAS: Os riscos de uma doença silenciosa e que vem matando

muitas pessoas, que embora se sintam bem e não tenham nenhum sintoma, tem pressão

alta. A sociedade Brasileira de Hipertensão alerta para o fato de a hipertensão não

possuir muitos sintomas confiáveis, mas pode causar em algumas pessoas dores de

cabeça,problemas de vista,tontura ou falta de ar.

O sedentarismo está relacionado a 54% das mortes por distúrbios cardíacos e a 50% dos

derrames fatais. Em comparação ao indivíduo fisicamente ativo, o sedentário tem 40%

mais probabilidade de sofrer um infarto. Mas, antes de se inscrever numa academia ou

partir para corridas no parque, é preciso consultar um médico.

Page 2: 3º ano idade como fator de risco e sedentarismo

Com o avanço dos anos, o sistema cardiovascular passa por uma série de

alterações, tais como arterioesclerose, diminuição da distensibilidade da aorta

e das grandes artérias, comprometimento da condução cardíaca e redução na

função barorreceptora.

As estatísticas mostram que a maior causa de mortalidade e morbidade é a

doença cardiovascular. A doença coronariana é a causa de 70 a 80% de

mortes, tanto em homens como em mulheres 4 e a insuficiência cardíaca

congestiva, mais comum de internação hospitalar, de morbidade e

mortalidade na população idosa 5. Ao contrário da doença coronariana, a

insuficiência cardíaca congestiva continua aumentando. Assim, a preocupação

maior é com as doenças cardíacas, abandonando outras doenças ou medidas

preventivas tão importantes, que talvez contribuam para evitar os problemas

no coração.

PERDA DE MASSA MUSCULAR: A partir dos 30 anos de idade, o organismo

humano dá início ao processo de sarcopenia, que popularmente é conhecido como

"perda de massa muscular". Porém, não é motivo para entrar em pânico, mesmo

porque, nesta faixa etária, o processo se desenvolve devagar.

É entre a terceira e a quarta década de vida que temos nosso pico de massa magra, ou

seja, de músculos. "Depois disso, de forma natural e lenta, sofreremos seu declínio.

Mas é só a partir dos 60 anos que a perda se tornará acentuada e significativa".

Contudo, você deve desde já cuidar de seus músculos, retardar o processo de perda

da massa muscular e evitar sérios problemas na terceira idade. Afinal, já está

comprovado que idosos com deficiência de massa muscular correm mais risco de

quedas.

Portanto, é fundamental adotar desde a juventude a prática de exercícios físicos de

forma regular, programada, orientada e com objetivo de manutenção. "Os exercícios

físicos feitos com regularidade são mais importantes que a intensidade e funcionam

como uma poupança que se faz ao longo dos anos. Assim, quando a pessoa estiver com

mais idade, poderá ter mais saúde e disposição".

Lembre-se de que a manutenção da massa muscular é fundamental por uma questão de

saúde e não de estética. "Os músculos ajudam na proteção dos órgãos internos, são

responsáveis pelos nossos movimentos e estabilidade e, em casos de emergência,

também são fonte de energia. Por isso seu declínio está associado a fraqueza,

incapacidade e morbidade".

Musculação e outras modalidades são boas opções!

Os exercícios mais eficazes são os de musculação, feitos com sobrecarga e contra-

resistência, pois focam diretamente a ação da contração muscular, mas também podem

ser eficazes aulas de dança, ioga, tai chi chuan, entre outros.

Todos os movimentos corporais do cotidiano, como caminhar, subir escadas, carregar

as compras do supermercado ou ficar em pé em filas também ajudam.

Page 3: 3º ano idade como fator de risco e sedentarismo

A perda da massa muscular ao longo dos anos terá forte impacto na capacidade

funcional da pessoa e nas suas atividades do cotidiano provocando dificuldades para

andar ou até mesmo se levantar de uma cadeira.

Portanto, quanto antes você começar a se cuidar, melhor. "É preciso que as pessoas

aprendam que doença não é sinônimo de velhice e que se pode perfeitamente envelhecer

com saúde e qualidade de vida".

PERDA DE MASSA ÓSSEA: Em torno dos 18 anos o crescimento do esqueleto está

quase completo. A quantidade do pico de massa óssea alcançado, e a subseqüente taxa

de perda são os fatores-chave para a massa óssea depois na vida. Há evidência

substancial de que os exercícios físicos desempenham um papel importante na aquisição

de massa corporal na juventude. Atividades de alto impacto e de levantamento de peso,

correr, pular, jogar futebol e vôlei, parecem ser as mais benéficas para o esqueleto. Os

ganhos proporcionados por essas atividades parecem ser mais pronunciados no

esqueleto periférico do que na espinha lombar.

Enquanto provavelmente 97% da massa óssea é adquirida até os 18 anos de idade, tem

sido observado aumento de densidade óssea até a terceira década de vida. Em alguns

casos, até um aumento moderado de atividade física por mulheres entre 20 e 30 anos

pode aumentar a densidade óssea e, potencialmente, diminuir o risco em longo prazo de

fraturas.

A maioria dos estudos em mulheres pré-menopausa demonstrou o efeito positivo de

exercícios, com as atividades de maior impacto e carga produzindo os maiores

benefícios para o esqueleto. Os efeitos da atividade física foram mais pronunciados

entre aquelas que eram menos fisicamente ativas, uma observação que também foi feita

em outras faixas etárias também.

Claramente há vários outros fatores além do exercício que afetam o pico de massa

óssea. Situação hormonal, composição corporal, ingestão de nutrientes e uso de

medicamentos também são influências importantes para a densidade óssea.

Page 4: 3º ano idade como fator de risco e sedentarismo

SEDENTARISMO

O que é?

• Pode ser definido como falta de atividade física suficiente e pode afetar a saúde

da pessoa, o sedentarismo é considerado a doença do século, por que as pessoas

junto com o modernismo acomodaram-se com tanta facilidade, o problema é que

o sedentarismo está cada vez mais presente na vida das pessoas, e junto com ele

veio às doenças.

Consequências:

• A falta de exercícios tem como consequências doenças como hipertensão,

doenças respiratórias crônicas e problemas cardíacos, além da regressão

funcional, perda da flexibilidade articular. Pesquisa mostram que mais de 60%

da população brasileira não pratica exercícios físicos.

Quando acontece?

• O Sedentarismo acontece quando a pessoa gasta poucas calorias diárias com

qualquer tipo de atividade física, pessoas que não tem costume de fazer qualquer

exercício.

• Exercícios como subir escadas em vez de utilizar elevadores, caminhar, andar de

bicicleta ou mesmo passear com o cachorro são atividades que estimulam o bem

estar físico e mental e reduzem, de forma eficaz, as consequências ligadas à

inatividade, são exercícios simples como esses que ajudam a combater o

sedentarismo e melhora a vida.

Benefícios da Atividade Física:

reduz os riscos de morrer prematuramente, evita doenças cardiovasculares, reduz

os riscos de desenvolver diabetes, pressão alta e câncer de colon, controla o peso

corporal e ajudam a manter os músculos, ossos e articulações saudáveis.