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LEIA NO PANORAMA GERAL Fenasoja inova e apresenta números da safra nacional do grão LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Colheita chega a 90% da área. N.º 1.395 28 de abril de 2016 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Fenasoja inova e apresenta números da safra nacional do grão Se aproxima mais uma edição da já tradicional Feira Nacional de Soja, que há 21 anos é realizada em Santa Rosa. Com vários eventos e novidades na área de sementes e manejo agropecuário, a Fenasoja inova e neste ano é palco do encerramento oficial da colheita de soja no Brasil, apresentando nesta sexta-feira, dia 29 de abril, os números da safra nacional e estadual. Estaremos lá, entre autoridades, produtores e imprensa, para celebrar o avanço da produção e da produtividade da soja, especialmente em nosso Estado, onde a Emater/RS-Ascar atua ao lado do agricultor, levando tecnologia e resgatando práticas que só a Assistência Técnica e a Extensão Rural e Social, desenvolvida pela nossa Instituição, é capaz de recuperar, como a batida de pano, retomada nesta última safra e que visa confirmar a presença de pragas nas lavouras, avaliar e melhor indicar o controle e o manejo ideais, reduzindo a quantidade de insumos e assegurando mais renda ao produtor. Queremos, sim, celebrar a colheita desse grão, que deixou mais dourado os 5,4 milhões de hectares cultivados no Rio Grande do Sul, e conferir o quanto de soja será colhido no Brasil e em nosso Estado. Mas a Fenasoja não é feita apenas de números. De 29 de abril a 8 de maio, o Parque Municipal de Exposições vai sediar oficinas sobre segurança e soberania alimentar, avicultura, horta doméstica e quintal orgânico, solos, energias alternativas, atividade leiteira e sistema silvipastoril, hidroponia, floricultura e regulagem de semeadoras e de pulverizadores. Os visitantes da 21ª Fenasoja poderão percorrer ainda o Caminhos da Soja, que resgata a história das comunidades rurais de Santa Rosa em 21 cenários temáticos, partindo, nessa verdadeira viagem pelo tempo, de uma propriedade rural, tal qual era na longínqua década de 50, mas que marcou a história da soja e do desenvolvimento de nossa região. Há também o espaço Cozinha da Soja, onde serão oferecidas oficinas de receitas práticas, tendo a soja como ingrediente principal de pratos doces e salgados. Aliás, criatividade e sabor é que não vão faltar no Festival Regional de Pratos Derivados de Soja, realizado no dia 3 de maio. Mais de 70 pratos serão preparados e degustados pelos visitantes, presenteados com o livro de receitas do Festival, lançado ao final da atividade. Por fim, e não menos importante, temos a Exporural, que tem a Emater/RS-Ascar como protagonista em temáticas como solos, atividade leiteira, segurança e soberania alimentar, energias alternativas (biodigestor, aquecimento solar, energia fotovoltaica, aerador samuca e carneiro hidráulico), secagem e armazenagem de grãos, entre outros temas, todos voltados à redução da penosidade do trabalho, à melhoria da qualidade de vida no meio rural, à ampliação da renda e da produtividade e a tão almejada permanência do jovem no campo, produzindo alimentos com qualidade e quantidade necessárias para o bem-estar de todos os gaúchos. Aos expositores e organizadores, sucesso, e aos visitantes desta Fenasoja, nosso desejo de que sejam surpreendidos positivamente com as inovações e tecnologias apresentadas, para que continuemos fortalecendo o desenvolvimento do nosso Estado. Clair Kuhn Presidente da Emater/RS Superintendente geral da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Fenasoja inova e apresenta números da safra nacional do grão LEIA NESTA EDIÇÃO

Milho: Colheita chega a 90% da área.

N.º 1.395

28 de abril de 2016

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Fenasoja inova e apresenta números da safra nacional do grão Se aproxima mais uma edição da já tradicional Feira Nacional

de Soja, que há 21 anos é realizada em Santa Rosa. Com vários eventos e novidades na área de sementes e manejo agropecuário, a Fenasoja inova e neste ano é palco do encerramento oficial da colheita de soja no Brasil, apresentando nesta sexta-feira, dia 29 de abril, os números da safra nacional e estadual.

Estaremos lá, entre autoridades, produtores e imprensa, para celebrar o avanço da produção e da produtividade da soja, especialmente em nosso Estado, onde a Emater/RS-Ascar atua ao lado do agricultor, levando tecnologia e resgatando práticas que só a Assistência Técnica e a Extensão Rural e Social, desenvolvida pela nossa Instituição, é capaz de recuperar, como a batida de pano, retomada nesta última safra e que visa confirmar a presença de pragas nas lavouras, avaliar e melhor indicar o controle e o manejo ideais, reduzindo a quantidade de insumos e assegurando mais renda ao produtor.

Queremos, sim, celebrar a colheita desse grão, que deixou mais dourado os 5,4 milhões de hectares cultivados no Rio Grande do Sul, e conferir o quanto de soja será colhido no Brasil e em nosso Estado.

Mas a Fenasoja não é feita apenas de números. De 29 de abril a 8 de maio, o Parque Municipal de Exposições vai sediar oficinas sobre segurança e soberania alimentar, avicultura, horta doméstica e quintal orgânico, solos, energias alternativas, atividade leiteira e sistema silvipastoril, hidroponia, floricultura e regulagem de semeadoras e de pulverizadores.

Os visitantes da 21ª Fenasoja poderão percorrer ainda o Caminhos da Soja, que resgata a história das comunidades rurais de Santa Rosa em 21 cenários temáticos, partindo, nessa verdadeira viagem pelo tempo, de uma propriedade rural, tal qual era na longínqua década de 50, mas que marcou a história da soja e do desenvolvimento de nossa região.

Há também o espaço Cozinha da Soja, onde serão oferecidas oficinas de receitas práticas, tendo a soja como ingrediente principal de pratos doces e salgados. Aliás, criatividade e sabor é que não vão faltar no Festival Regional de Pratos Derivados de Soja, realizado no dia 3 de maio. Mais de 70 pratos serão preparados e degustados pelos visitantes, presenteados com o livro de receitas do Festival, lançado ao final da atividade.

Por fim, e não menos importante, temos a Exporural, que tem a Emater/RS-Ascar como protagonista em temáticas como solos, atividade leiteira, segurança e soberania alimentar, energias alternativas (biodigestor, aquecimento solar, energia fotovoltaica, aerador samuca e carneiro hidráulico), secagem e armazenagem de grãos, entre outros temas, todos voltados à redução da penosidade do trabalho, à melhoria da qualidade de vida no meio rural, à ampliação da renda e da produtividade e a tão almejada permanência do jovem no campo, produzindo alimentos com qualidade e quantidade necessárias para o bem-estar de todos os gaúchos.

Aos expositores e organizadores, sucesso, e aos visitantes desta Fenasoja, nosso desejo de que sejam surpreendidos positivamente com as inovações e tecnologias apresentadas, para que continuemos fortalecendo o desenvolvimento do nosso Estado.

Clair Kuhn Presidente da Emater/RS

Superintendente geral da Ascar

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MAPA DA FOME

O Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) estima que uma em cada oito pessoas no planeta sofre de fome crônica. O problema atinge 842,3 milhões de pessoas e concentra-se nos países em desenvolvimento. De acordo com a instituição, em termos proporcionais, a África tem 23,6% da população em situação de fome crônica, quase uma em cada quatro pessoas. A FAO do Brasil afirma que, além da produtividade mundial não crescer na mesma proporção da demanda de alimentos, a elevação da renda tem impulsionado o consumo; bem como os problemas climáticos estão aumentando os custos de energia. Neste contexto, o Brasil tem papel fundamental como fornecedor de alimentos e conhecimento para o mundo; além disso, até 2050, deverá responder por 40% do crescimento da produção do planeta. Esta representação da FAO defende a criação de um grupo estratégico de pensadores sobre o papel do país nesse futuro. Fonte: FAO

PROGRAMAS DE CRÉDITO VIABILIZAM A

SUCESSÃO RURAL

A sucessão rural tem sido viabilizada pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário - Nossa Primeira Terra, que tem como objetivo facilitar a permanência dos jovens no campo e pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O Nossa Primeira Terra-NPT é destinado a jovens rurais cujo perfil agricultor seja ser filho ou filha de agricultores, estudantes de escolas agrotécnicas e centro familiares de formação por alternância; ter renda familiar anual de até R$ 30 mil e patrimônio anual inferior a R$ 60 mil; comprovar experiência de cinco anos em atividades agrícolas e rurais, podendo contar o tempo de escola (os sindicatos de Trabalhadores Rurais e da Agricultura Familiar são responsáveis pela verificação e declaração de elegibilidade dos candidatos ao crédito). O crédito pode ser de até R$ 80 mil para a compra do imóvel; todo o recurso é reembolsável, tanto de SAT (compra da terra) quanto de SIB (infraestrutura básica); dispõe-se de recurso de R$ 7,5 mil para Ater, por cinco anos, com parcelas anuais de R$ 1,5 mil por beneficiário; o acesso é individual; há até 35 anos para quitar o financiamento, incluindo os três anos de carência; as taxas de juros são de 1,0% ao ano; existe um bônus de até 30% para quem efetuar os pagamentos em dia e de 10% para terra

negociada abaixo do preço de mercado. O Pronaf, outro programa de crédito, tem por finalidade financiar projetos individuais ou coletivos de agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O acesso ao Pronaf inicia-se na discussão da família sobre a necessidade do crédito, seja ele para o custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para o investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção e serviços agropecuários ou não agropecuários. Para financiamento das atividades, é necessário que o agricultor possua Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e um projeto técnico. Após a decisão do que financiar, a família deve procurar o sindicato rural ou a Emater para obtenção da DAP, que será emitida segundo a renda anual e as atividades exploradas, direcionando o agricultor para as linhas específicas de crédito a que tem direito. O agricultor deve procurar a empresa de Ater do município (pública ou privada), para elaborar o Projeto Técnico de Financiamento. O agricultor deverá procurar um banco que concede financiamento no âmbito do Pronaf. Para aprovação do financiamento, o agente financeiro avalia a viabilidade do projeto e a capacidade de pagamento da família. Fonte: MDA

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA

SEMANA DE 21/4/2016 A 28/4/2016

O período compreendido de 21 a 28 de abril de 2016 apresentou chuva intensa e frio em todo Estado. Entre os dias 21/4 (quinta-feira) e 26/4 (terça-feira), a propagação de dois sistemas meteorológicos, uma área de baixa pressão e uma frente fria, provocou chuva em todas as regiões, onde foram registrados temporais, associados com fortes rajadas de vento e elevados volumes de chuva em diversas localidades. Na maioria das regiões os valores acumulados oscilaram entre 50mm e 80mm, e em vários municípios superaram os 100mm. Os totais mais elevados, observados nas estações do INMET, ocorreram em Cambará do Sul e Frederico Westphalen (100mm), Encruzilhada do Sul (101mm), Rio Grande (105mm), Pelotas (117mm), Soledade (125mm), Tramandaí (126mm), Palmeira das Missões (129mm), Bento Gonçalves (133mm), Bagé e Mostardas (135mm), Campo Bom (142mm), Teutônia (146mm), Caçapava do Sul e Jaguarão (150mm), Porto Alegre e São Gabriel (153mm), Canguçu e Caxias do Sul (163mm), Crua Alta (166mm), São Luiz Gonzaga (168mm) e Canela

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(198mm). A partir da quarta-feira (26/4), o ingresso de uma massa de ar frio e seco afastou a nebulosidade e provocou acentuado declínio da temperatura, com registro de geadas em algumas localidades. A temperatura mínima foi observada no dia 28/4 em São José dos Ausentes (-0,3°C) e a máxima ocorreu em Tramandaí (34,3°C) no dia 21/4. PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE

29/4/2016 A 05/5/2016

A previsão meteorológica para a semana de 29 de abril a 05 de maio de 2016, indica a presença de ar seco na maior parte do RS. Durante o período, a atuação da massa de ar frio irá favorecer o predomínio de sol e a ocorrência de temperaturas baixas em todo Estado, com valores menores no período noturno e temperaturas amenas durante o dia. Entre a sexta-feira (29/4) e o domingo (01/5), o frio será mais intenso e há previsão de formação de geadas na maior parte do RS.. Somente entre os dias 04/5 (quarta-feira) e 05/5 (quinta-feira), a passagem de uma frente fria no oceano aumentará a nebulosidade e há possibilidade de chuva, fraca e isolada na Zona Sul, Litoral e na Serra do Nordeste, onde os totais esperados deverão oscilar entre 5mm e 10mm em algumas localidades.

Fonte: CEMETRS – INMET/FEPAGRO

GRÃOS

Grãos de Verão Arroz – Os produtores seguem enfrentando dificuldades para encaminhar a finalização da colheita da safra 2016. As fortes chuvas registradas nos últimos dias fizeram com que os trabalhos fossem paralisados, trazendo preocupações aos orizicultores. Mesmo assim, nos poucos momentos de tempo seco a colheita foi possível, chegando a 70% do total. É possível que com esse atraso as lavouras que ainda não foram colhidas tenham seus rendimentos afetados,

reduzindo a produtividade e comprometendo a qualidade do grão. A tendência é que ao fim da

colheita a produtividade média estadual, que hoje é estimada em 7.454 kg/ha, tenha que ser revista para baixo. Se a colheita enfrenta dificuldade, o mesmo não ocorre com a comercialização. Com o mercado sinalizando uma produção menor que o esperado, os preços seguem firmes e em patamares considerados satisfatórios, fazendo com que a saca de 50 kg valesse R$ 40,17 durante a semana. Milho – Apesar da colheita mais lenta em relação a períodos anteriores, o percentual já chega a 90% do total da área plantada, com as produtividades alcançando os mesmos níveis das primeiras colheitas e com boa qualidade de grãos. Com boa demanda e uma oferta menor em relação ao ano passado, devido à diminuição na área plantada, os preços alcançam níveis elevados se comparados a períodos anteriores,

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com a saca de 60 kg valendo, para o produtor, R$ 42,54. Uma valorização de 1,60% na semana e de 9,42% no último mês. Soja – A soja é outra cultura que poderia estar com a colheita mais adiantada, ou mesmo quase finalizada, não fossem as chuvas recentes. Para além do atraso, algumas regiões, como a Sul (Pelotas), começam a enfrentar problemas sérios com a qualidade do grão devido ao excesso de umidade que impossibilita sua retirada da lavoura. Algumas localidades relatam prejuízos expressivos face esse cenário, prejuízos esses que estão sendo monitorados e avaliados. Nesse sentido a Emater/RS-Ascar deverá divulgar nesta sexta-feira (29/04), na Fenasoja, os últimos números de produtividade da soja, além das demais culturas, levantados na segunda quinzena de abril. Quanto à comercialização, a saca de 60 kg ficou com um preço médio de R$ 69,80 durante a semana. Feijão 2ª Safra - As precipitações ocorridas nesse último período, associadas ao frio que está iniciando, não são favoráveis à cultura. Esse tempo frio e úmido predispõe a planta à incidência de doenças fúngicas, principalmente a antracnose das vagens e folhas. A persistência dessas condições climáticas associadas às fases da cultura suscetíveis às doenças exige tratamentos preventivos para evitar perdas. As fortes chuvas em algumas áreas de produção não ocasionaram perdas nas lavouras. As fases majoritárias nesse momento são de maturação, enchimento de grãos e início de colheita. Nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, há o avanço significativo na colheita com a obtenção de bons rendimentos nessas primeiras áreas. A qualidade dos grãos colhidos é muito boa. Preço praticado no RS em média é de R$ 153,25/sc, variando entre R$ 120,00 a R$ 190,00. Outras culturas Cana-de-açúcar – Nas Missões, o desenvolvimento da cana-de-açúcar tem sido muito bom, sendo que se aproxima o período da colheita da cana destinada à produção de álcool pela Coopercana, cooperativa sediada em Porto Xavier. Em Novo Machado iniciou a produção de derivados para a safra de 2016. Há boa expectativa de produtividade. No Litoral Norte, nos municípios de Santo Antônio da Patrulha, Osório, Maquiné, Três Forquilhas, Três Cachoeiras, Mampituba,

Morrinhos do Sul e Dom Pedro de Alcântara, a lavoura encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo e manejo do cultivo com capinas e adubação orgânica e química. O início da produção de cachaça está previsto para o final de maio. No momento, os canaviais se encontram em fase de amadurecimento e logo serão utilizados. A cachaça estocada é comercializada ao valor de R$ 3,50/litro na propriedade. Também é comercializada na feira do produtor com preço variando entre R$ 5,00 e R$ 10,00/litro. Alguns alambiques já preparam os trabalhos de produção da cachaça, com cana de ciclo completo, ou seja, madura.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Na Fronteira Noroeste e Missões, as fortes chuvas do final de semana prejudicaram a qualidade das folhosas produzidas fora dos cultivos protegidos, sendo que os longos períodos chuvosos ou encobertos não têm propiciado o melhor desenvolvimento dessas olerícolas. Ao contrário, outras de ciclo mais longo, como o repolho e a beterraba, mostram-se com bom aspecto e desenvolvimento. Vem ocorrendo a encomenda de mudas de frutas nas prefeituras. Começam os preparativos para os tratamentos do período invernal, limpeza das áreas de pomares, aplicação de adubos orgânicos e químicos. Também iniciou o plantio de morango. Nessas regiões, está iniciando a colheita das culturas cítricas, das quais se espera uma boa produtividade tendo em vista que as condições foram favoráveis durante o ciclo produtivo das culturas de bergamota, laranja e limão. Há relatos de doenças no abacaxi, em especial a fusariose, e os técnicos repassam aos agricultores alternativas de controle e orientações preventivas para evitar outras doenças na cultura. Frutícolas Figo - A região do Vale do Caí é a maior produtora de figo do Rio Grande do Sul. Os municípios de Bom Princípio, Brochier, Feliz, Linha Nova, Maratá, São José do Hortêncio, São Pedro da Serra e São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, e Poço das Antas, no Vale do Taquari, juntos, somam 210 ha de cultivo de figueira. A principal cultivar plantada é a Roxo de Valinhos.

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O figo é colhido tanto verde como maduro. Quando colhido verde se destina à indústria de compotas, e quando colhido maduro, para a indústria de doces, tipo schmier ou para o consumo ao natural. Um grupo de produtores de municípios do Vale do Caí, Brochier, Maratá, São Pedro da Serra e Feliz, e Poço das Antas, do Vale do Taquari, fazem a comercialização de parte de sua produção em conjunto. O figo verde é vendido para indústrias de compotas de todo o Estado, do próprio Vale do Caí, da Serra gaúcha e de Pelotas. Parte da produção de figo verde também é comercializada na Ceasa de Porto Alegre. A colheita do figo está no final, e nesta safra está antecipada em função do calor que tem se prolongado neste início de outono, o que apressa a maturação das frutas. As condições climáticas durante o desenvolvimento do cultivo não foram propícias e prejudicaram fortemente a produção. O excesso de dias chuvosos e nublados inibiu o crescimento das plantas e o desenvolvimento das frutas, condição agravada com um período de estiagem de 20 dias ocorrido em janeiro, que provocou queda de frutas. As perdas desta safra estão sendo estimadas em 50%. Os preços médios recebidos pelos ficicultores são de R$ 2,50/kg pelo figo verde, tendo sofrido redução em relação ao início de abril, quando os produtores receberam em média R$ 3,00/kg. O preço médio recebido pelo figo maduro para indústria está em R$ 1,70/kg, R$ 0,10 a mais que no início do mês, e a procura continua alta, com os produtores tendo dificuldade em atender a demanda. Compradores estão entrando em contato com o Escritório da Emater/RS e a Secretaria da Agricultura de Feliz, para obter contatos de produtores de figo. Em função dos problemas climáticos, nesta safra a qualidade dos figos maduros para o consumo ao natural foi muito prejudicada, reduzindo drasticamente o volume comercializado. O preço médio recebido pelos produtores pelo figo maduro para o consumo ao natural está em R$ 4,50/kg.

Citros – Nas regiões do Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, a varietal Satsuma Okitsu foi negociada em média a R$ 15,00/cx., e a comercialização já está encerrada. As variedades Caí e Ponkan são vendidas a R$ 1,00/kg, frutas de boa qualidade. Laranjas Salustiana, Rubi, Iapar 73 e umbigo Bahia estão sendo negociadas a R$ 0,50/kg. Em Liberato Salzano as laranjas de umbigo do cedo, Bahia e Navelina, estão sendo comercializadas entre R$ 0,80 e R$ 1,00/kg.

Kivi – A colheita da safra na Serra gaúcha vai se encaminhando para sua conclusão, com rendimentos físicos bastante abaixo do esperado inicialmente. Frutos com calibre satisfatório e bom sabor. Plantio de novas áreas ou replantio em pomares com falhas se apresentam comprometidos pela falta de disponibilidade de mudas e também muito receio de ocorrência murcha do kivizeiro, fitopatia que leva ao colapso total da planta em poucos dias. Essa fitomoléstia tem por agente causal o fungo Ceratocystis fimbriata, de recente incidência nos kivizeirais e sem alternativas de manejo e controle. Essa situação está gerando uma atmosfera de total incerteza quanto ao futuro da kivicultura na região serrana. Mercado bastante ativo e comprador, tendo cotações, pela pouca oferta de frutas, bastante atraentes, estando valorado na propriedade entre R$ 2,50 e R$ 3,00/kg.

Maracujá - Desenvolvimento vegetativo normal em função do clima adequado de calor até a semana anterior, com luminosidade e chuvas bem distribuídas para a cultura do maracujá amarelo azedo. No Litoral Norte, em Torres e Dom Pedro de Alcântara, 45% da área já foi colhida. O maracujá está sendo vendido a R$ 18,00 por caixa sem classificação; apenas são pesados 14 quilos de frutos. Os agricultores que classificam conseguem melhores preços, entre R$ 22,00 e R$ 25,00 por caixa da classificação 3A e 4A.

Olerícolas

Alho – Com toda a safra já comercializada no Nordeste gaúcho, os preços médios ficaram entre R$ 4,00 e R$ 6,00/kg, considerado excelente pelos produtores. Também foram comercializados alhos de excelente qualidade com preços entre R$ 8,00 e 12,00/kg, conforme a classificação. Continuam os trabalhos de correção e preparo do solo para o plantio da próxima safra no município de Ibiraiaras, que deverá iniciar a partir de maio. Há tendência de ampliação da área a ser cultivada, porém a indisponibilidade de semente de boa qualidade e os preços elevados dificultam o aumento expressivo da área.

Tomate – Na região Serrana, a cultura implantada a céu aberto continuou bastante favorecida na semana pelas condições climáticas anteriores, face a intenso calor, baixa umidade do solo e ar e muita insolação. Já as lavouras agricultadas em ambiente protegido se ressentiram do excessivo calor e secura do ar, favorecendo o ataque de pragas – como a mosca

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branca e ácaros – e a incidência de fitopatias como o oídio. Tanto aquelas como esta vêm exigindo muita atenção por parte dos tomaticultores, requerendo um conjunto de práticas culturais para um controle satisfatório. A previsão da ocorrência do primeiro frio traz, concomitantemente, esperança e preocupação aos cultivadores em ambiente protegido, pois se a frente fria for de forte intensidade poderá danificar as plantações. Safra do tarde a campo já alcança seu terço final de produção e colheita, estando as plantações com boa sanidade e produtividades, frutos de ótima aparência, calibre e coloração, bem como com exuberante sabor. Mercado exibindo movimentos positivos e saindo do estado depressivo que se encontrava, refletindo-se em maior número de negócios e valorização nas cotações. Preços médios junto à Ceasa de Caxias do Sul por quilo: Longa Vida a R$ 1,90; Saladete a R$ 2,40 e Gaúcho a R$ 3,50. Abóbora Híbrida Japonesa - A colheita na região Sul, que já deveria estar em ritmo acelerado, vem sendo retardada em função da ocorrência de precipitações continuadas. Os produtores estão preocupados, pois a ocorrência de podridões de frutos é inevitável; grande parte da produção – cerca de 40% - ainda está na lavoura pronta para colher, mas as chuvas não permitem a colheita; além disso, as péssimas condições das estradas também dificultam enormemente a retirada do produto. O preço continua em alta, ao redor de R$ 0,95 a R$ 1,20/kg na lavoura, considerado excepcional pelos produtores. Ainda há boa procura pelo produto na região, apesar de a colheita já estar iniciando em outros estados – Bahia e Minas Gerais, por exemplo – o que deverá provocar uma redução nos preços nos próximos dias. As lavouras do tarde começam a entrar em senescência antes do tempo, com produções baixas em virtude do excesso de chuvas e da falta de luminosidade. Mandioca - Cultura sendo colhida e comercializada normalmente nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste. O produto está com bom cozimento e tendo boa aceitação por parte dos consumidores. Diante da oferta atual, o preço ofertado pela mandioca descascada gira entre R$ 3,00 e R$ 4,00/kg na venda direta, tanto na feira quanto nos estabelecimentos. Algumas lavouras apresentam podridão da raiz devido a doenças de solo ocorridas no verão por altas temperaturas e excessiva umidade. Também vem sendo usada para alimentação animal.

Batata-doce – Nos municípios de Mariana Pimentel, Barra do Ribeiro e Sertão Santana a batata-doce está em início do período de colheita e comercialização da safra 2015/16. A área cultivada atualmente na região é de aproximadamente 2.500 hectares, com perspectiva de aumento. Estão envolvidas nesta atividade em torno de 200 famílias. Já foram colhidos e comercializados 21,2% da produção. As lavouras estão produzindo em média 14 t/ha, com produto de boa qualidade. Os preços se mantiveram estáveis. A batata-doce de cascas branca e roxa está sendo negociada suja na lavoura a R$ 18,00/cx.; porém, a batata-doce de casca rosa recebe um preço diferenciado, R$ 20,00 a caixa com 20 quilos. Batata - A batata safrinha está 100% em desenvolvimento vegetativo e, até o momento, com potencial produtivo dentro do esperado na região Nordeste do Estado, município de Ibiraiaras. A ocorrência das chuvas (40 mm na semana) e a boa insolação são benéficas ao desenvolvimento da lavoura. Na área plantada na primeira quinzena de janeiro e com cultivares de película branca (em torno de 5% da área), os produtores já estão aplicando dessecantes para antecipar a colheita, sendo que até o momento o potencial produtivo está dentro do esperado. A colheita deverá iniciar em 15 dias. Continua com intensidade a realização de tratamentos fitossanitários. A batata ainda comercializada continua sendo trazida de municípios como São Francisco de Paula e Bom Jesus, nos quais a colheita e a comercialização devem se estender até o início de maio. Segundo informações de compradores, na semana o preço do produto ficou estável em torno de R$ 120,00 a R$ 125,00 para a batata rosa. A batata branca teve uma alta significativa, sendo comercializada ao mesmo preço da batata rosa, isto em nível de produtor. Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, entre 19/04/2016 a 26/04/2016, tivemos16 produtos estáveis em preços, 10 em alta e 09 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo.

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Os consumidores continuam retraídos em suas compras, deixando o varejo inseguro nas aquisições de hortigranjeiros, principalmente por se tratar da última semana do mês. Nos produtos cujas cotações se elevaram, isto só ocorreu devido à redução drástica de suas ofertas. Dois produtos destacaram-se em alta: Brócolis – de R$ 1,67 para R$ 2,50/cabeça (+ 49,70%). As condições climáticas favoráveis ocorridas no ultimo período aceleraram o aprontamento da produção, inundaram o mercado e promoveram a queda nas cotações na quinzena anterior. Nesta semana porem, havendo pouco a colher e ofertar, as cotações se elevaram adaptando-se à baixa oferta. Preços em elevação. Batata - de R$2,40 para R$4,00 / kg (+ 66,67%). Os últimos períodos foram extremamente chuvosos nas zonas produtoras gaúchas, encharcando as lavouras destes tubérculos, impedindo a colheita e deixando o mercado sem a oferta necessária ao abastecimento. Nenhum produto destacou-se em baixa.

PRODUTOS EM ALTA

19/04 (R$)

26/04 (R$)

Aumento (%)

Maçã Red Delicious (kg)

6,11 6,50 + 6,38

Manga (kg) 3,89 4,45 + 14,40

Morango (kg) 8,57 9,28 + 8,28

Agrião (molho) 0,83 1,00 + 20,48

Brócolis (unidade) 1,67 2,50 + 49,70

Couve (molho) 1,50 1,67 + 11,33

Chuchu (kg) 1,00 1,15 + 15,00

Pepino salada ( kg) 1,25 1,50 + 20,00

Vagem (kg) 3,00 3,50 + 16,67

Batata (kg) 2,40 4,00 + 66,67

PRODUTOS EM BAIXA

19/04 (R$)

26/04 (R$)

Baixa (%)

Banana Prata (kg) 2,50 2,25 - 10,00

Laranja suco (kg) 1,25 1,15 - 8,00

Maçã Fuji (kg) 4,44 4,00 - 9,91

Melão espanhol (kg)

3,46 3,07 - 11,27

Repolho verde (kg) 1,25 1,00 - 20,00

Cebola nacional (kg)

3,00 2,75 - 8,33

Tomate caqui Longa Vida (kg)

1,75 1,50 - 14,29

Aipim/mandioca (kg)

1,25 1,10 - 12,00

Ovo branco (dúzia) 3,33 2,60 - 21,92 Fonte: Ceasa/RS

CRIAÇÕES Pastagens - Com a chegada do outono passam a ocorrer algumas restrições quanto à plena oferta de pasto aos animais, pois tanto o campo nativo como as pastagens perenes começam a apresentar menor taxa de crescimento. Porém nesta semana este decréscimo foi amenizado devido ao alto índice de umidade e às temperaturas elevadas. As pastagens anuais de verão estão praticamente esgotadas, e as pastagens de inverno somente agora estão sendo semeadas. Em alguns locais ocorre a presença de plantas indesejáveis, demandando o controle com a realização de roçadas. Com todo este quadro temos a configuração do vazio forrageiro do outono, que será mais perceptível neste fim de abril e durante o mês de maio. Os produtores que realizam a integração lavoura-pecuária estão concluindo a implantação das pastagens cultivadas de inverno, principalmente de aveia e azevém, e também trevo e cornichão em alguns locais. Em várias regiões o excesso de chuvas trouxe alguns transtornos durante a fase

de implantação das pastagens. Também segue a semeadura das áreas de pastagem de inverno, nas restevas de milho silagem. Bovinocultura de corte - No rebanho bovino, estamos no fim do período de reprodução. A fase é de gestação das vacas. Está em andamento a realização do diagnóstico de gestação, e a expectativa é de bons índices devido às boas condições climáticas que favoreceram o bom desempenho das pastagens, principalmente o campo nativo. Realizam-se práticas de desmame e final de castração, visando à comercialização nas feiras especializadas de terneiros de corte. As condições sanitárias continuam satisfatórias. Segue o monitoramento para o controle de carrapatos e mosca-do-chifre. Porém o carrapato é o parasita que tem maior infestação, elevando os custos de produção, pois os pecuaristas têm que investir em carrapaticidas com alto custo e nem sempre o desempenho a campo tem tido o esperado. Há relatos de ocorrência de casos de tristeza parasitária. Produtores se preparam para a vacinação contra a febre aftosa, medida sanitária obrigatória reconhecida por todos os pecuaristas, e para a vacinação contra tuberculose nas terneiras de quatro a oito meses. Em Cacequi, produtores continuam realizando o desmame de terneiros e a sua suplementação para prepará-los às feiras de outono que acontecem na região. Continua o manejo para

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controle de ectoparasitas, como o carrapato e a mosca-do-chifre, cujas infestações se potencializam em períodos quentes e úmidos. Em relação à comercialização, muitos pequenos produtores estão encontrando dificuldade na venda de boi gordo no período, pois a maior procura tem sido pelo gado de invernar. Em Rio Grande, o campo nativo segue em utilização, com boa oferta para a época devido às condições climáticas favoráveis. Em Santa Vitória do Palmar e no Chuí, o excesso de chuvas registrado já ocasiona perdas nas pastagens de inverno e também nos pastos de campo nativo. Estima-se 30% de perdas nas pastagens de inverno em função do alagamento. Em Pelotas, há grande procura por terneiros e vacas para invernar. Produtores esperam as pastagens, principalmente de azevém, atingirem condições de pastoreio para engorde. Em São Lourenço do Sul, animais em bom estado devido às boas condições das pastagens; em Jaguarão, o preparo das pastagens de inverno está paralisado. Devido às chuvas e à consequente precariedade dos acessos às propriedades, foram suspensos três remates no município, causando prejuízos no comércio local. Em Herval, a 9ª Feira do Terneiro de Vaquilhona comercializou 664 animais, totalizando R$ 686.490,00, sendo R$ 6,35 o preço médio por quilo nos 504 machos, e R$ 5,36 nas 160 fêmeas. Comercialização Em Bagé, mercado do boi gordo com preços estabilizados. Há expectativa de preços em alta de terneiros durante as feiras que já estão sendo realizadas. Em Uruguaiana, a Feira de Terneiros de Outono ocorrerá de 26 a 30 de abril. Em Passo Fundo, nos próximos meses intensificam-se as operações de compra de animais para engorda. Os preços de comercialização na semana foram de R$ 5,20 a R$ 6,30, o quilo do novilho para engorda; R$ 4,50 a R$ 4,80 a vaca gorda; e o boi gordo para abate entre R$ 5,50 e R$ 5,60/kg do peso vivo. Em Pelotas, o mercado do boi gordo e da vaca gorda vem se mantendo durante a semana. Preços pagos: boi gordo, de R$ 5,10 a R$ 5,00/kg; vaca gorda, de R$ 4,50 a R$ 4,90; terneiro, de R$ 5,60 a R$ 6,50. Semente de azevém variando de R$ 5,00 a R$ 6,00/kg e a de aveia de R$ 0,80 a R$ 1,30/kg. Em Santa Rosa, embora a condição do rebanho seja considerada boa, muitos produtores reclamam que está difícil comercializar os bovinos

neste período. O preço se mantém alto, porém os compradores sumiram. Mesmo para os terneiros e terneiras, o mercado nos anos anteriores foi mais promissor. Os lotes mistos (raças não definidas) não têm boa aceitação, baixando o preço. Também a rede financeira está bastante retraída neste ano, o que dificulta ainda mais os negócios. Comenta-se nos bastidores que o arrendamento para recria e terminação de bovinos poderá variar entre R$ 350,00 e R$ 400,00 por ha. Em Boa Vista do Buricá, os bezerros machos de origem leiteira, que há pouco tempo eram descartados, hoje estão sendo mantidos na propriedade e utilizados para a produção de carne, tanto para consumo interno como para a venda. Em Santa Rosa, o quilo de sementes tem os seguintes preços: aveia preta - R$ 1,40; azevém tradicional R$ 6,00; azevém Barjumbo - R$ 12,50; e o trigo duplo propósito - R$ 2,15. Bovinocultura de leite - Na atividade leiteira, pastagens perenes como tifton e jiggs garantem volumoso para o rebanho, porém com um certo comprometimento da qualidade, variando também de acordo com o manejo adotado pelo agricultor. Pastagens anuais, como sorgos e algumas variedades de capim sudão, já estão em final de ciclo, e a produção e a qualidade são comprometidas. Muitas áreas ocupadas por essas espécies estão sendo semeadas com pastagens de inverno. A previsão de vazio forrageiro de outono será menor que no ano passado, devido à melhor umidade e à condição das pastagens em geral.

Segue a semeadura de pastagens de inverno (aveia e azevém). O período de chuvas prejudicou em algumas regiões o plantio das pastagens. Continua a prática de ensilagem de milho de segundo ciclo (pequenos produtores utilizam a mesma área para fazer dois cultivos na mesma safra agrícola), a qual é utilizada como alimento energético na constituição da dieta para vacas leiteiras. Nesse sistema de cultivo, recomenda-se o manejo de inverno com plantas recuperadoras e introdução de adubação orgânica, visando reduzir a degradação do solo. Quanto às condições sanitárias, em muitas propriedades os produtores estão enfrentando problemas com ataque de endo e ectoparasitas, principalmente bernes e carrapatos, o que é normal nesta época do ano. O estado corporal e sanitário do rebanho se encontra satisfatório. Temperaturas um pouco mais amenas, favoráveis ao conforto animal.

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Em Cerrito, as chuvas estão prejudicando a elaboração da silagem e a implantação das pastagens de inverno. Há grande dificuldade no controle de carrapatos. Estamos prevendo quebra de 10 a 15% da produção até o momento. Em Morro Redondo, no final desta semana foi retomada a colheita de milho para silagem. As pastagens de inverno estão sendo implantadas. As áreas já plantadas apresentam bom desenvolvimento vegetativo. Em São Lourenço da Sul, a semana de tempo úmido dificultou a produção de silagem, que foi paralisada pelos produtores; há muitas lavouras com umidade do solo elevado, inviabilizando o trânsito das máquinas. Em alguns casos o milho está "passando do ponto de silagem", o que vai ocasionar queda na qualidade da mesma. Pastagens de inverno estão sendo implantadas com aveia e azevém. A umidade excessiva prejudica a germinação, e em alguns casos de aveia mais adiantada está ocorrendo ataque de pulgão. Há muita umidade ao redor das instalações e galpões com muito barro, o que invariavelmente diminui a qualidade do leite. Comercialização A pequena diminuição da produção de leite, em função do vazio forrageiro, está ocasionando aquecimento da demanda por parte das indústrias e empresas comercializadoras, que poderá impulsionar a elevação do preço ofertado aos produtores. Em Soledade, o preço do leite está em alta, em torno de R$ 1,00 (dependendo da quantidade e qualidade).

Em Caxias do Sul, há uma variação no preço do leite em algumas regiões devido ao bônus pago por algumas cooperativas, ficando entre R$ 1,09 e R$ 1,14. Em Erechim, os preços do litro de leite variam de R$ 0,75 a R$ 1,15, com média de R$ 0,93. Em Frederico Westphalen, o preço máximo pago pela indústria ao produtor foi de R$ 1,06; preço mínimo pago pela indústria ao produtor: R$ 0,80; remuneração média: R$ 0,93. Em Ijuí, preço bruto máximo de R$ 1,15 e mínimo de R$ 0,60/L. Em Passo Fundo, valores pagos ao produtor variaram de R$ 1,04 a R$ 1,09 pelo litro de leite. Observa-se uma elevação no custo da ração em virtude da reação dos preços do milho e soja. A ração com 18% de proteína bruta apresentou custo de R$ 1,14/kg. Em Porto Alegre, o preço mínimo pago é R$ 0,81 e o preço máximo é R$ 0,94 para produtores de

maior volume de leite e melhores parâmetros de proteína, gordura, CCS, conforme IN 62 do Mapa. O produto é comercializado em média a R$ 0,88 por litro. Em Pelotas, os preços pagos aos produtores estão reagindo, variando entre R$ 0,74 e R$ 1,22 por litro. Ovinocultura - Em algumas propriedades está sendo concluído o período de reprodução de outono, principalmente entre as raças de corte. Nas propriedades em que o encarneiramento é realizado no cedo, os trabalhos foram concluídos, principalmente entre as raças de lã. De maneira geral as condições climáticas ainda favorecem as pastagens nativas e cultivadas perenes, proporcionando um bom estado nutricional do rebanho; porém em alguns locais os rebanhos começam a apresentar pequena queda no estado corporal em função da perda gradual da qualidade do pasto nos campos nativos. Problemas de verminose são percebidos em todas as categorias do rebanho, inclusive cordeiros e borregos. Os cordeiros estão com escore corporal reduzido devido às condições climáticas que favorecem a verminose. Alguns rebanhos apresentam problemas de podridão dos cascos. Março-abril é o período para o banho de imersão obrigatório do rebanho ovino para controle do piolho e da sarna ovina. O produtor deve realizar o banho de seus animais e posteriormente apresentar a nota fiscal dos produtos à Inspetoria Veterinária e Zootécnica local. Todos os rebanhos estão com os cordeiros desmamados; término da esquila dos cordeiros nascidos no último inverno, com lã de baixo peso. Comercialização Na regional Bagé, embora os preços do cordeiro estejam atrativos, a comercialização continua lenta, com reduzida oferta. Também ocorrem negócios com borregos até dois dentes; ovelhas de descarte com difícil comercialização. Na regional Pelotas, mercado da lã com leve queda nos preços devido à cotação do dólar; porém há pouca lã no mercado. A Cooperativa de Lãs Mauá Ltda. continua recebendo lã, principalmente de borrego, a preços de R$ 7,00/kg, porém com baixo volume. Os preços da carne se mantêm estáveis. Preços pagos aos pecuaristas da região Sul: ovelha, de R$ 4,50 a R$ 5,00/kg; cordeiro, de R$ 5,50 a R$ 6,00; capão, de R$ 4,80 a R$ 5,20; lã merina, de R$ 13,00 a R$ 14,00. Na regional Santa Rosa, é baixa a comercialização de ovinos neste período; apenas

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alguns ovinos estão sendo comercializados abatidos e de forma direta entre os produtores e consumidores. Cotação: ovelha R$ 4,50; capão R$ 5,00; cordeiro R$ 5,00; a lã vem sendo comercializada em média pelo preço de R$ 13 a 14,00 ao quilo. No município de Encruzilhada do Sul, há oferta de animais para comercialização; porém o fato de o abatedouro local estar impedido de efetuar o abate de ovinos causa problemas para os produtores comercializarem sua produção, pois obriga a maioria deles a vender o cordeiro vivo para outros municípios. Segundo informações, o abatedouro não tem mais interesse no abate de ovinos, pelos altos custos. Devido a estes fatos os produtores enfrentam sérios problemas para a venda da produção. De maneira geral há boa oferta de animais prontos para o abate. Suinocultura - Segundo pesquisa realizada pela ACSURS, os suinocultores independentes estão recebendo em média R$ 3,07/kg de suíno vivo. O saco de milho (60 quilos) foi cotado a R$ 46,50. O preço da tonelada de farelo de soja ficou em R$ 1.100,00 para pagamento à vista e em R$ 1.115,00 para pagamento com 30 dias de prazo, ambos no preço da indústria. O preço médio do suíno agroindustrial (integrado) está cotado em R$ 2,78. Em Erechim, o milho está sendo comercializado de R$ 38,00 a R$ 48,00 por saca, o quilo do farelo de soja de R$ 1,40 a R$ 1,70 e o quilo do suíno vivo R$ 2,80. Os produtores estão insatisfeitos devido à baixa perspectiva de melhora para o setor. Segundo as empresas que atuam na região, há tendência de redução no alojamento de matrizes, devido aos altos preços dos insumos e às dificuldades de mercado. Em Passo Fundo, cotação agroindustrial de R$ 2,70/kg e R$ 3,20, para produtor independente. Em Santa Rosa, a principal integradora está atrasando 60 dias para pagar os suinocultores parceiros/terminadores. Preço estabilizado em baixa nas comercializações diretas e sem integração e elevação no preço das rações. Alguns produtores de terminação estão tendo dificuldades em função da diminuição da margem de lucro. A atividade está sendo prejudicada devido ao baixo preço pago ao produtor/terminador, em relação ao preço do milho, que está em alta. Os criadores independentes sentem a alta dos custos de produção, devido à elevação do preço do milho e à redução do lucro na produção.

Piscicultura e Pesca artesanal - Em virtude da despesca na Semana Santa, muitos produtores estão realizando manutenção nos tanques e açudes e introdução de alevinos em novo povoamento, adquiridos com apoio e assessoramento da Emater municipal e prefeituras. O piscicultor deverá estar atendo ao fornecimento de alimento aos animais, de acordo com a temperatura na lâmina de água, uma vez que ocorre redução de consumo de ração com temperaturas mais baixas. É recomendada a retirada da ração com temperaturas inferiores a 20ºC. As chuvas frias estão colaborando com o enchimento dos açudes e viveiros despescados na Semana Santa 2016. Orienta-se aguardar que o pH se estabilize em 7,0 para realizar a introdução de alevinos e para a continuidade da produção. Na regional de Lajeado, será ministrado o curso de Processamento Artesanal de Pescado (em 27, 28 e 29 de abril, no Centro de Treinamento de Produtores de Montenegro – Cetam), com informações teóricas e práticas sobre a manipulação e preparo do pescado para consumo, desde seu abate, cortes, conservação e culinária. Os produtores de alevinos estão com bom estoque e apresentam um desenvolvimento favorável em função do calor que ocorreu neste mês. Os produtores de tilápias que estão com peixes em tamanho de abate deverão realizar a comercialização, pois as baixas temperaturas previstas agora irão paralisar o crescimento. Recomenda-se que evitem manejar nos próximos dias, ou se houver manejo, que seja de despesca para abate, uma vez que as tilápias estarão com estresse térmico. Em Pelotas, em 22 de abril houve manifestação dos pescadores na ponte de Rio Grande para pedir novos estudos sobre a pesca do bagre. Pescadores pedem que a FURG realize esses estudos. Dia 28 haverá Reunião Ordinária do Fórum da Lagoa, na Colônia Z3 em Pelotas. Em Rio Grande, já ocorreram algumas reuniões para tratar da proibição da pesca do bagre. No próximo dia 06 de maio, na Câmara de Vereadores de Rio Grande haverá outra reunião relativa à questão da liberação da pesca do bagre. Na ausência do camarão, o bagre é uma das poucas alternativas aos pescadores artesanais da Laguna dos Patos. Em São José do Norte, os pescadores têm encontrado muitos cardumes de Bagre, cuja pesca está proibida. O camarão ainda está escasso na lagoa. O prognóstico para esta semana não é

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bom, pois devido às chuvas, a entrada de pescados no estuário é prejudicada. Já em Arroio Grande, a atividade está comprometida pelo mau tempo continuado e pelo alerta de impossibilidade de navegação na Lagoa Mirim. Em Jaguarão há relatos de boa pesca, apesar das cheias. Em Tavares a pesca do camarão vai até 31 de maio. Na regional Santa Rosa, o rio Uruguai apresenta nível de 2,95 metros e tem elevação, no momento, de 16 centímetros por hora. Os pescadores relatam que o nível mais elevado do rio prejudica de forma significativa a atividade pesqueira, contribuindo para a escassez de pescado na região, faltando inclusive para comercialização em bares que servem peixe frito. Apicultura - Na regional de Bagé, produtores fazem manejo das colmeias. A produção apícola é sem dúvida a mais prejudicada pelo clima chuvoso. Em alguns locais os produtores realizam a última colheita e estão insatisfeitos com a produção obtida, considerada baixa para o período. Porém em outras regiões a expectativa dos apicultores com as coletas de mel é de que a safra será melhor que a anterior. Vários apicultores relataram mortandade das abelhas e redução dos enxames, com consequente redução na produção que poderá se refletir nos preços do produto. Na regional de Caxias do Sul, os enxames de uma maneira em geral encontram-se em boas condições sanitárias e nutricionais. Foram retiradas as últimas melgueiras. Os produtores estão revisando os apiários quanto a ataque de predadores e realizando roçadas. Os preços do mel na região apresentam grande amplitude de variação. Devido à escassez de produto e aos bons preços obtidos nesta safra, o mel foi quase todo comercializado; preços no varejo a R$ 22,00/kg e no atacado a R$ 12,00. Na regional de Erechim, as chuvas ocorridas no período dificultaram o trabalho das abelhas. Porém, nesta época do ano ocorre pequena oferta de floradas. Os produtores continuam realizando o manejo das colmeias. O mel está sendo comercializado de R$ 15,00 a R$ 20,00/kg, na venda direta ao consumidor, com pequena disponibilidade. Na regional de Pelotas, o período é de colheitas de mel de outono na região; porém com o clima chuvoso da semana, estes trabalhos foram interrompidos. Em Rio Grande, há baixa oferta de mel. Os preços variam de R$ 18,00 a R$ 20,00 na embalagem de um quilo e R$ 10,00 a R$ 12,00

para a embalagem de 500 g. Já em Pinheiro Machado, a falta de luminosidade causada por vários dias chuvosos está causando o enfraquecimento dos enxames. A procura por mel segue maior do que a oferta. Em Arroio do Padre, produtores estão em final de colheita do mel. Em Pedro Osório, as primeiras colheitas ficaram em torno de 8-10 quilos de mel por caixa, abaixo da média esperada de 20-25 quilos. Chuvas de novo interromperam a colheita. Alguns apiários registraram colheita em torno de 15-18 quilos de mel por caixa. Preços do mel embalado sem alteração; no atacado, variando de R$ 15,00 em Jaguarão e Pedro Osório a R$ 25,00 em Santana da Boa Vista. A granel, o mel está sendo comercializado de R$ 8,00 em Pedro Osório e Pelotas e a R$ 11,00 em Canguçu. Na regional de Porto Alegre, ocorre manejo das colmeias com aumento da florada neste período, mas a atividade sofreu prejuízos com o excesso de chuvas e ventos fortes, que prejudicam a floração de outono e a atividade apícola. O clima da semana não foi muito favorável à apicultura, apesar de alguns dias de calor. Apesar disso a expectativa continua boa em relação à produção de outono. No momento a florada predominante é a do eucalipto, com sinais de que vai ser duradoura, pelo menos até maio, trazendo uma boa expectativa para a safra de outono. Os apicultores estão conseguindo capturar alguns enxames, recuperando um pouco o número de enxames perdidos. Fora isso, os enxames existentes estão bastante fortalecidos. A previsão de produção em termos de volume continua a mesma: não vai ser das melhores em razão do baixo número de enxames existentes, que começam a se recuperar. Esta semana inicia novamente com chuva e previsão de muito frio, trazendo uma expectativa não muito boa para os trabalhos na apicultura. Os apicultores estão se dedicando aos trabalhos de campo, à colheita e revisão das colmeias, começando a prepará-las para enfrentar o período de frio. Os preços sofreram uma certa elevação no último verão, pois os custos de produção aumentaram bastante e por outro lado a produção foi pouca, com as perdas ocorridas. Sendo assim, os preços atuais estão variando no mercado local de R$ 16,00 a 20,00/kg, sendo R$ 18,00 na feira do produtor. Continua a procura por potes de menores quantidades de mel. O pote de 500 g está sendo vendido a R$ 10,00, e o pote de 250 g por R$ 6,00. O extrato de própolis também está com uma boa procura. Na regional de Soledade, os apicultores estão realizando a coleta de mel de outono; por conta do

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clima quente das últimas semanas e o predomínio de sol, estima-se que teremos uma safra de outono razoável. Nem todos os enxames completaram totalmente os quadros das melgueiras. Alguns enxames enfraquecidos pelo excesso de chuvas na primavera e não alimentados têm os quadros “falhados”. Em função da reduzida safra de mel 2015/2016, o preço do produto teve um acréscimo significativo. O preço pago ao produtor fica em torno de R$ 8,00 a R$ 9,00/kg; no entanto o mel vendido direto ao consumidor chega a R$ 15,00/kg. Avicultura colonial - Preço da dúzia de ovos: R$ 6,00 a R$ 6,50 nas feiras de Estrela e Salvador do Sul. O ovo para alimentação escolar está cotado a R$ 3,70, mas com pouca oferta. Galinha velha para consumo está sendo comercializada a R$ 4,50/kg; frangos caipiras a até R$ 6,00/kg. A preocupação dos avicultores é quanto ao custo da alimentação, que tem se mantido alto em função do preço do milho, ainda que tenha havido queda no preço do farelo de soja. Avicultura industrial - A caixa de 30 dúzias de ovos comerciais (vermelhos), em Salvador do Sul está cotada em R$ 110,00. O valor recebido pelos produtores de ovos férteis para incubação está cotado em R$ 70,00 para cada mil ovos. Os produtores integrados estão recebendo R$ 0,13 por dúzia produzida. As aves comerciais de descarte (postura) têm sido comercializadas para São Paulo, no valor de R$ 2,20 por unidade. Os custos de produção de aves medidos pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS)/Embrapa tiveram quedas em março, com a redução dos preços de farelo de soja compensando altos gastos com milho para nutrição dos animais.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL – ASCAR

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2011/2015

28/04/2016 21/04/2016 31/03/2016 30/04/2015 GERAL ABRIL

Arroz em Casca 50 kg 40,17 40,39 40,40 39,48 37,03 34,99

Feijão 60 kg 153,25 151,71 150,23 149,05 140,65 149,94

Milho 60 kg 42,54 41,87 38,53 26,00 29,08 29,19

Soja 60 kg 69,80 67,75 68,92 64,85 67,26 63,98

Sorgo Granífero 60 kg 33,21 33,21 31,43 21,95 24,42 24,06

Trigo 60 kg 34,14 33,93 33,66 31,90 33,54 33,40

Boi para Abate kg vivo 5,25 5,32 5,30 5,35 4,43 4,38

Vaca para Abate kg vivo 4,69 4,74 4,74 4,82 3,98 3,91

Cordeiro para Abate kg vivo 5,36 5,44 5,34 5,07 4,87 4,67

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,09 3,12 3,24 3,53 3,35 3,26

Leite (valor liquido recebido) litro 0,97 0,97 0,94 0,89 0,91 0,87

25/04-29/04 18/04-22/04 28/03-01/04 27/04-01/05 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2011-2015 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2011-2015.