32 dias de greve na rede municipal de belém
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Como sempre, os tucanos nunca foram de negociar com a classe trabalhadora. Agora os trabalhadores vão tentar mais vez uma negociação.TRANSCRIPT
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Ao longo de 32 dias de muitas ma-nifestações, atos públicos, obstrução de vias, inúmeras tentativas de nego-ciação da pauta da campanha salarial, que marcaram um novo patamar no processo de organização da nossa ca-tegoria, a assembleia geral realizada ontem (26), no plenário da Câmara de Vereadores, após a audiência sobre a situação da educação pública em nosso município, decidiu suspender a greve para viabilizar as negociações com o governo Zenaldo Coutinho, mas com o compromisso de retomar as mobili-zações imediatamente ao retorno das aulas do segundo semestre, em agosto.
A decisão acertada da nossa ca-tegoria reafirma o compromisso de continuar dialogando com o governo no sentido de avançar na pauta de reivindicações que aponte efetiva-mente para a melhoria das condições salariais e de trabalho de todos os
trabalhadores da educação. Não exis-te outra possibilidade de melhorar a aprendizagem dos educandos, senão pela valorização dos educadores, em sentido amplo.
Entendemos que é fundamental a constituição de uma Comissão Paritá-ria que elabore uma proposta de Pla-no de Cargos, Carreira e Remuneração unificado (PCCRU), que garanta me-lhorias para além das conquistas do magistério, incluindo também o pes-soal de apoio operacional e adminis-trativo, categorias fundamentais para o funcionamento das unidades escola-res. Tão importante quanto a garantia de um plano unificado, previsto na lei que instituiu o PSPN, é o pagamento do próprio piso salarial do magistério, que nós afirmamos categoricamente que a prefeitura não paga.
As condições para a retomada das negociações estão postas, a discus-
são da pauta hoje com a secretária de educação, Rose Salame, é um primeiro passo, mas esperamos que o governo assuma a sua responsabilidade com o serviço público, com a educação pública e com a população e receba a comissão de negociação do sindicato para que possamos resolver esta situ-ação e apontar alternativas para supe-rar o caos instalado nas escolas.
Para isso, é fundamental que o governo, através da Semec, assuma o compromisso de cessar com o assédio moral, com as perseguições de toda ordem, de não retaliar aqueles e aque-las que legitimamente exerceram o seu direito de greve, de não descontar os dias parados, negociando a reposi-ção dos mesmos. Para o Sintepp essas condições são necessárias para que possamos dar o devido tratamento democrático reconhecendo os nossos direitos.
O Sintepp reafirma seu compro-misso com a luta por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todos, e não abre mão de conti-nuar negociando a pauta de reivindi-cações construída e aprovada demo-craticamente por nossa categoria.
SÓ CONQUISTA QUEM LUTA, SÓ DECIDE QUEM PARTICIPA!
AGOSTO (2º SEMESTRE)07 E 08 – MObilizAçãO nAS EScOlAS;
14|08 – ASSEMblEiA GERAlLOCAL A DEfINIR
GREvE|bEléM: cOMEçA uMA nOvA ETApA dE pOSSibilidAdE dE nEGOciAçãO
SinteppSindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará
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