30 falácias mais comum .em debates e discussões

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K S L B M NMN NMN L CU Q CQNMPRCQ E ? K CQ @J ME Q NMN QCPT GúMQ QF MNN Ah Duvido Nosso Feeds seu email assinar home quem somos fale conosco anuncie buscar post anterior próximo post 30 falácias mais comum utilizadas em debates e discussões 16/05 2012 BabuWin Postado por BabuWin em Curiosidades , Listas Compartilhe esse post no Facebook Quando li esse post do Blog Papo de Homem , não tive dúvidas: eu precisava trazê-lo para o Ah Duvido. Há tempos eu procurava um post assim, mesmo porque acho que, chutando baixo, 2/3 dos internautas desconhecem as “regras” invisíveis de um debate. Eu vejo muito isso nos fóruns, comunidades, grupos, sites e especialmente, nos comentários aqui do Blog (geralmente feito por algum “paraquedista”). Então, se você não quer mais fazer o papel de “idiota” frente uma discussão, seja ela na Internet e no mundo real, tenha em mente o que está escrito nesse post. Ele mostra o que é falácia e os tipos de falácia mais comum. Confira: O QUE É UMA FALÁCIA? Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica. É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.

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    30 falcias mais comum utilizadas em debates e discusses

    16/052012 BabuWin Postado por BabuWin em Curiosidades, Listas Compartilhe esse post no Facebook

    Quando li esse post do Blog Papo de Homem, no tive dvidas: eu precisava traz-lo para o Ah Duvido. H tempos euprocurava um post assim, mesmo porque acho que, chutando baixo, 2/3 dos internautas desconhecem asregras invisveis de um debate. Eu vejo muito isso nos fruns, comunidades, grupos, sites e especialmente, noscomentrios aqui do Blog (geralmente feito por algum paraquedista).

    Ento, se voc no quer mais fazer o papel de idiota frente uma discusso, seja ela na Internet e no mundo real,tenha em mente o que est escrito nesse post. Ele mostra o que falcia e os tipos de falcia mais comum. Confira:

    O QUE UMA FALCIA?

    Na lgica e na retrica, uma falcia um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, invlido ou falho nacapacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam persuaso podem parecer convincentespara grande parte do pblico apesar de conterem falcias, mas no deixam de ser falsos por causa disso.

    Reconhecer as falcias por vezes difcil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, ntima, psicolgica,mas no validade lgica. importante conhecer os tipos de falcia para evitar armadilhas lgicas na prpriaargumentao e para analisar a argumentao alheia.

  • importante observar que o simples fato de algum cometer uma falcia no invalida toda a sua argumentao.Ningum pode dizer: Li um livro de Rousseau, mas ele cometeu uma falcia, ento todo o seu pensamento deve estarerrado. A falcia invalida imediatamente o argumento no qual ela ocorre, o que significa que s esse argumentoespecfico ser descartado da argumentao, mas pode haver outros argumentos que tenham sucesso. Por exemplo,se algum diz:

    O fogo quente e sei disso por dois motivos: 1. ele vermelho; e 2. medi sua temperatura com um termmetro.

    Nesse exemplo, foi de fato comprovado que o fogo quente por meio da premissa 2. A premissa 1 deve serdescartada como falaciosa, mas a argumentao no est de todo destruda.

    TIPOS PRINCIPAIS DE FALCIA

    Abaixo temos as mais comuns falcias lgicas argumentativas. A numerao no indica nenhum tipo de hierarquia entreelas, apenas para facilitar futuras referencias a exemplos especficos.

    1. Espantalho

    Voc desvirtuou um argumento para torn-lo mais fcil de atacar.

    Ao exagerar, desvirtuar ou simplesmente inventar um argumento de algum, fica bem mais fcil apresentar a suaposio como razovel ou vlida. Este tipo de desonestidade no apenas prejudica o discurso racional, como tambmprejudica a prpria posio de algum que o usa, por colocar em questo a sua credibilidade se voc est disposto adesvirtuar negativamente o argumento do seu oponente, ser que voc tambm no desvirtuaria os seus positivamente?

    Exemplo: Depois de Felipe dizer que o governo deveria investir mais em sade e educao, Jader respondeu

    dizendo estar surpreso que Felipe odeie tanto o Brasil, a ponto de querer deixar o nosso pas completamente

    indefeso, sem verba militar.

    ***

    2. Causa Falsa

    Voc sups que uma relao real ou percebida entre duas coisas significa que uma a causa da outra.

    Uma variao dessa falcia a cum hoc ergo propter hoc (com isto, logo por causa disto), na qual algum supeque, pelo fato de duas coisas estarem acontecendo juntas, uma a causa da outra. Este erro consiste em ignorar apossibilidade de que possa haver uma causa em comum para ambas, ou, como mostrado no exemplo abaixo, que asduas coisas em questo no tenham absolutamente nenhuma relao de causa, e a sua aparente conexo s umacoincidncia.

    Outra variao comum a falcia post hoc ergo propter hoc (depois disto, logo por causa disto), na qual umarelao causal presumida porque uma coisa acontece antes de outra coisa, logo, a segunda coisa s pode ter sidocausada pela primeira.

    Exemplo: Apontando para um grfico metido a besta, Rogrio mostra como as temperaturas tm aumentado

    nos ltimos sculos, ao mesmo tempo em que o nmero de piratas tm cado; sendo assim, obviamente, os

    piratas que ajudavam a resfriar as guas, e o aquecimento global uma farsa.

    ***

    3. Apelo emoo

    Voc tentou manipular uma resposta emocional no lugar de um argumento vlido ou convincente.

  • Apelos emoo so relacionados a medo, inveja, dio, pena, orgulho, entre outros.

    importante dizer que s vezes um argumento logicamente coerente pode inspirar emoo, ou ter um aspectoemocional, mas o problema e a falcia acontecem quando a emoo usada no lugar de um argumento lgico. Ou,para tornar menos claro o fato de que no existe nenhuma relao racional e convincente para justificar a posio dealgum.

    Exceto os sociopatas, todos so afetados pela emoo, por isso apelos emoo so uma ttica de argumentaomuito comum e eficiente. Mas eles so falhos e desonestos, com tendncia a deixar o oponente de algumjustificadamente emocional.

    Exemplo: Lucas no queria comer o seu prato de crebro de ovelha com fgado picado, mas seu pai o lembrou

    de todas as crianas famintas de algum pas de terceiro mundo que no tinham a sorte de ter qualquer tipo de

    comida.

    ***

    4. A falcia da falcia

    Supor que uma afirmao est necessariamente errada s porque ela no foi bem construda ou porque umafalcia foi cometida.

    H poucas coisas mais frustrantes do que ver algum argumentar de maneira fraca alguma posio. Na maioria doscasos um debate vencido pelo melhor debatedor, e no necessariamente pela pessoa com a posio mais correta. Seformos ser honestos e racionais, temos que ter em mente que s porque algum cometeu um erro na sua defesa doargumento, isso no necessariamente significa que o argumento em si esteja errado.

    Exemplo: Percebendo que Amanda cometeu uma falcia ao defender que devemos comer alimentos saudveis

    porque eles so populares, Alice resolveu ignorar a posio de Amanda por completo e comer Whopper Duplo

    com Queijo no Burger King todos os dias.

    ***

    5. Ladeira Escorregadia

    Voc faz parecer que o fato de permitirmos que acontea A far com que acontea Z, e por isso nopodemos permitir A.

    O problema com essa linha de raciocnio que ela evita que se lide com a questo real, jogando a ateno emhipteses extremas. Como no se apresenta nenhuma prova de que tais hipteses extremas realmente ocorrero, estafalcia toma a forma de um apelo emoo do medo.

    Exemplo: Armando afirma que, se permitirmos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, logo veremos

    pessoas se casando com seus pais, seus carros e seus macacos Bonobo de estimao.

    Exemplo 2: a explicao feita aps o terceiro subttulo O voto divergente do ministro Ricardo Lewandowski ea ladeira escorregadia - deste texto sobre aborto. Vale a leitura.

    ***

    6. Ad hominem

    Voc ataca o carter ou traos pessoais do seu oponente em vez de refutar o argumento dele.

    Ataques ad hominem podem assumir a forma de golpes pessoais e diretos contra algum, ou mais sutilmente jogar

  • dvida no seu carter ou atributos pessoais. O resultado desejado de um ataquead hominem prejudicar o oponentede algum sem precisar de fato se engajar no argumento dele ou apresentar um prprio.

    Exemplo: Depois de Salma apresentar de maneira eloquente e convincente uma possvel reforma do sistema de

    cobrana do condomnio, Samuel pergunta aos presentes se eles deveriam mesmo acreditar em qualquer coisa

    dita por uma mulher que no casada, j foi presa e, pra ser sincero, tem um cheiro meio estranho.

    ***

    7. Tu quoque (voc tambm)

    Voc evitar ter que se engajar em crticas virando as prprias crticas contra o acusador voc respondecrticas com crticas.

    Esta falcia, cuja traduo do latim literalmente voc tambm, geralmente empregada como um mecanismo dedefesa, por tirar a ateno do acusado ter que se defender e mudar o foco para o acusador.

    A implicao que, se o oponente de algum tambm faz aquilo de que acusa o outro, ele um hipcrita.Independente da veracidade da contra-acusao, o fato que esta efetivamente uma ttica para evitar ter quereconhecer e responder a uma acusao contida em um argumento ao devolver ao acusador, o acusado no precisaresponder acusao.

    Exemplo: Nicole identificou que Ana cometeu uma falcia lgica, mas, em vez de retificar o seu argumento,

    Ana acusou Nicole de ter cometido uma falcia anteriormente no debate.

    Exemplo 2: O poltico Anbal Z das Couves foi acusado pelo seu oponente de ter desviado dinheiro pblico na

    construo de um hospital. Anbal no responde a acusao diretamente e devolve insinuando que seu oponente

    tambm j aprovou licitaes irregulares em seu mandato.

    ***

    8. Incredulidade pessoal

    Voc considera algo difcil de entender, ou no sabe como funciona, por isso voc d a entender que no sejaverdade.

    Assuntos complexos como evoluo biolgica atravs de seleo natural exigem alguma medida de entendimento sobrecomo elas funcionam antes que algum possa entend-los adequadamente; esta falcia geralmente usada no lugardesse entendimento.

    Exemplo: Henrique desenhou um peixe e um humano em um papel e, com desdm efusivo, perguntou a Ricardo

    se ele realmente pensava que ns somos babacas o bastante para acreditar que um peixe acabou evoluindo at

    a forma humana atravs de, sei l, um monte de coisas aleatrias acontecendo com o passar dos tempos.

    ***

    9. Alegao especial

    Voc altera as regras ou abre uma exceo quando sua afirmao exposta como falsa.

    Humanos so criaturas engraadas, com uma averso boba a estarem errados.

    Em vez de aproveitar os benefcios de poder mudar de ideia graas a um novo entendimento, muitos inventaro modosde se agarrar a velhas crenas. Uma das maneiras mais comuns que as pessoas fazem isso ps-racionalizar um motivoexplicando o porque aquilo no qual elas acreditavam ser verdade deve continuar sendo verdade.

  • geralmente bem fcil encontrar um motivo para acreditar em algo que nos favorece, e necessria uma boa dose deintegridade e honestidade genuna consigo mesmo para examinar nossas prprias crenas e motivaes sem cair naarmadilha da auto-justificao.

    Exemplo: Eduardo afirma ser vidente, mas quando as suas habilidades foram testadas em condies

    cientficas apropriadas, elas magicamente desapareceram. Ele explicou, ento, que elas s funcionam para

    quem tem f nelas.

    ***

    10. Pergunta carregada

    Voc faz uma pergunta que tem uma afirmao embutida, de modo que ela no pode ser respondida semuma certa admisso de culpa.

    Falcias desse tipo so particularmente eficientes em descarrilar discusses racionais, graas sua natureza inflamatria o receptor da pergunta carregada compelido a se justificar e pode parecer abalado ou na defensiva. Esta falciano apenas um apelo emoo, mas tambm reformata a discusso de forma enganosa.

    Exemplo: Graa e Helena estavam interessadas no mesmo homem. Um dia, enquanto ele estava sentado

    prximo suficiente a elas para ouvir, Graa pergunta em tom de acusao: como anda a sua rehabilitao das

    drogas, Helena?

    ***

    11. nus da prova

    Voc espera que outra pessoa prove que voc est errado, em vez de voc mesmo provar que est certo.

    O nus (obrigao) da prova est sempre com quem faz uma afirmao, nunca com quem refuta a afirmao. Aimpossibilidade, ou falta de inteno, de provar errada uma afirmao no a torna vlida, nem d a ela nenhumacredibilidade.

    No entanto, importante estabelecer que nunca podemos ter certeza de qualquer coisa, portanto devemos valorizarcada afirmao de acordo com as provas disponveis. Tirar a importncia de um argumento s porque ele apresenta umfato que no foi provado sem sombra de dvidas tambm um argumento falacioso.

    Exemplo: Beltrano declara que uma chaleira est, nesse exato momento, orbitando o Sol entre a Terra e Marte

    e que, como ningum pode provar que ele est errado, a sua afirmao verdadeira.

    ***

    12. Ambiguidade

    Voc usa duplo sentido ou linguagem ambgua para apresentar a sua verdade de modo enganoso.

    Polticos frequentemente so culpados de usar ambiguidade em seus discursos, para depois, se forem questionados,poderem dizer que no estavam tecnicamente mentindo. Isso qualificado como uma falcia, pois intrinsecamenteenganoso.

    Exemplo: Em um julgamento, o advogado concorda que o crime foi desumano. Logo, tenta convencer o jri de

    que o seu cliente no humano por ter cometido tal crime, e no deve ser julgado como um humano normal.

    ***

  • 13. Falcia do apostador

    Voc diz que sequncias acontecem em fenmenos estatisticamente independentes, como rolagem dedados ou nmeros que caem em uma roleta.

    Esta falcia de aceitao comum provavelmente o motivo da criao da grande e luminosa cidade no meio de umdeserto americano chamada Las Vegas.

    Apesar da probabilidade geral de uma grande sequncia do resultado desejado ser realmente baixa, cada lance dodado , em si mesmo, inteiramente independente do anterior. Apesar de haver uma chance baixssima de um cara-ou-coroa dar cara 20 vezes seguidas, a chance de dar cara em cada uma das vezes e sempre ser de 50%, independentede todos os lances anteriores ou futuros.

    Exemplo: Uma roleta deu nmero vermelho seis vezes em sequncia, ento Gregrio teve quase certeza que o

    prximo nmero seria preto. Sofrendo uma forma econmica de seleo natural, ele logo foi separado de suas

    economias.

    ***

    14. Ad populum

    Voc apela para a popularidade de um fato, no sentido de que muitas pessoas fazem/concordam com aquilo,como uma tentativa de validao dele.

    A falha nesse argumento que a popularidade de uma ideia no tem absolutamente nenhuma relao com a suavalidade. Se houvesse, a Terra teria se feito plana por muitos sculos, pelo simples fato de que todos acreditavam queela era assim.

    Exemplo: Luciano, bbado, apontou um dedo para Jo e perguntou como que tantas pessoas acreditam em

    duendes se eles so s uma superstio antiga e boba. Jo, por sua vez, j havia tomado mais Guinness do que

    deveria e afirmou que j que tantas pessoas acreditam, a probabilidade de duendes de fato existirem grande.

    ***

    15. Apelo autoridade

    Voc usa a sua posio como figura ou instituio de autoridade no lugar de um argumento vlido. (Apopular carteirada.)

    importante mencionar que, no que diz respeito a esta falcia, as autoridades de cada campo podem muito bem terargumentos vlidos, e que no se deve desconsiderar a experincia e expertise do outro.

    Para formar um argumento, no entanto, deve-se defender seus prprios mritos, ou seja, deve-se saber por que apessoa em posio de autoridade tem aquela posio. No entanto, claro, perfeitamente possvel que a opinio deuma pessoa ou instituio de autoridade esteja errada; assim sendo, a autoridade de que tal pessoa ou instituio gozano tem nenhuma relao intrnseca com a veracidade e validade das suas colocaes.

    Exemplo: Impossibilitado de defender a sua posio de que a teoria evolutiva no real, Roberto diz que ele

    conhece pessoalmente um cientista que tambm questiona a Evoluo e cita uma de suas famosas falas.

    Exemplo 2: Um professor de matemtica se v questionado de maneira insistente por um aluno especialmente

    chato. L pelas tantas, irritado aps cometer um deslize em sua fala, o professor argumenta que tem mestrado

    ps-doutorado e isso mais do que suficiente para o aluno confiar nele.

    ***

  • 16. Composio/Diviso

    Voc implica que uma parte de algo deve ser aplicada a todas, ou outras, partes daquilo.

    Muitas vezes, quando algo verdadeiro em parte, isso tambm se aplica ao todo, mas crucial saber se existeevidncia de que este mesmo o caso.

    J que observamos consistncia nas coisas, o nosso pensamento pode se tornar enviesado de modo que presumimosconsistncia e padres onde eles no existem.

    Exemplo: Daniel era uma criana precoce com uma predileo por pensamento lgico. Ele sabia que tomos

    so invisveis, ento logo concluiu que ele, por ser feito de tomos, tambm era invisvel. Nunca foi vitorioso

    em uma partida de esconde-esconde.

    ***

    17. Nenhum escocs de verdade

    Voc faz o que pode ser chamado de apelo pureza como forma de rejeitar crticas relevantes ou falhas noseu argumento.

    Nesta forma de argumentao falha, a crena de algum tornada infalsificvel porque, independente de quoconvincente seja a evidncia apresentada, a pessoa simplesmente move a situao de modo que a evidnciasupostamente no se aplique a um suposto verdadeiro exemplo. Esse tipo de ps-racionalizao um modo de evitarcrticas vlidas ao argumento de algum.

    Exemplo: Angus declara que escoceses no colocam acar no mingau, ao que Lachlan aponta que ele um

    escocs e pe acar no mingau. Furioso, como um escocs de verdade, Angus berra que nenhum escocs de

    verdade pe acar no seu mingau.

    ***

    18. Gentica

    Voc julga algo como bom ou ruim tendo por base a sua origem.

    Esta falcia evita o argumento ao levar o foco s origens de algo ou algum. similar falcia ad hominem no sentidode que ela usa percepes negativas j existentes para fazer com que o argumento de algum parea ruim, sem de fatodissecar a falta de mrito do argumento em si.

    Exemplo: Acusado no Jornal Nacional de corrupo e aceitao de propina, o senador disse que devemos ter

    muito cuidado com o que ouvimos na mdia, j que todos sabemos como ela pode no ser confivel.

    ***

    19. Preto-ou-branco

    Voc apresenta dois estados alternativos como sendo as nicas possibilidades, quando de fato existemoutras.

    Tambm conhecida como falso dilema, esta ttica aparenta estar formando um argumento lgico, mas sob anlisemais cuidadosa fica evidente que h mais possibilidades alm das duas apresentadas.

    O pensamento binrio da falcia preto-ou-branco no leva em conta as mltiplas variveis, condies e contextos emque existiriam mais do que as duas possibilidades apresentadas. Ele molda o argumento de forma enganosa e

  • obscurece o debate racional e honesto.

    Exemplo: Ao discursar sobre o seu plano para fundamentalmente prejudicar os direitos do cidado, o Lder

    Supremo falou ao povo que ou eles esto do lado dos direitos do cidado ou contra os direitos.

    ***

    20. Tornando a questo supostamente bvia

    Voc apresenta um argumento circular no qual a concluso foi includa na premissa.

    Este argumento logicamente incoerente geralmente surge em situaes onde as pessoas tm crenas bastanteenraizadas, e por isso consideradas verdades absolutas em suas mentes. Racionalizaes circulares so ruinsprincipalmente porque no so muito boas.

    Exemplo: A Palavra do Grande Zorbo perfeita e infalvel. Ns sabemos disso porque diz aqui no Grande e

    Infalvel Livro das Melhores e Mais Infalveis Coisas do Zorbo Que So Definitivamente Verdadeiras e No

    Devem Nunca Serem Questionadas.

    Exemplo 2: O plano estratgico de marketing o melhor possvel, foi assinado pelo Diretor Bam-bam-bam.

    ***

    21. Apelo natureza

    Voc argumenta que s porque algo natural, aquilo vlido, justificado, inevitvel ou ideal.

    S porque algo natural, no significa que bom. Assassinato, por exemplo, bem natural, e mesmo assim a maioriade ns concorda que no l uma coisa muito legal de voc sair fazendo por a. A sua naturalidade no constituinenhum tipo de justificativa.

    Exemplo: O curandeiro chegou ao vilarejo com a sua carroa cheia de remdios completamente naturais,

    incluindo garrafas de gua pura muito especial. Ele disse que natural as pessoas terem cuidado e

    desconfiarem de remdios artificiais, como antibiticos.

    ***

    22. Anedtica

    Voc usa uma experincia pessoal ou um exemplo isolado em vez de um argumento slido ou provaconvincente.

    Geralmente bem mais fcil para as pessoas simplesmente acreditarem no testemunho de algum do que entenderdados complexos e variaes dentro de um continuum.

    Medidas quantitativas cientficas so quase sempre mais precisas do que percepes e experincias pessoais, mas anossa inclinao acreditar naquilo que nos tangvel, e/ou na palavra de algum em quem confiamos, em vez de emuma realidade estatstica mais abstrata.

    Exemplo: Jos disse que o seu av fumava, tipo, 30 cigarros por dia e viveu at os 97 anos ento no

    acredite nessas meta anlises que voc l sobre estudos metodicamente corretos provando relaes causais

    entre cigarros e expectativa de vida.

    ***

    23. O atirador do Texas

  • Voc escolhe muito bem um padro ou grupo especfico de dados que sirva para provar o seu argumentosem ser representativo do todo.

    Esta falcia de falsa causa ganha seu nome partindo do exemplo de um atirador disparando aleatoriamente contra aparede de um galpo, e, na sequncia, pintando um alvo ao redor da rea com o maior nmero de buracos, fazendoparecer que ele tem tima pontaria.

    Grupos especficos de dados como esse aparecem naturalmente, e de maneira imprevisvel, mas no necessariamenteindicam que h uma relao causal.

    Exemplo: Os fabricantes do bebida gaseificada Cocacar apontam pesquisas que mostram que, dos cinco

    pases onde a Cocacar mais vendida, trs esto na lista dos dez pases mais saudveis do mundo, logo,

    Cocacar saudvel.

    ***

    24. Meio-termo

    Voc declara que uma posio central entre duas extremas deve ser a verdadeira.

    Em muitos casos, a verdade realmente se encontra entre dois pontos extremos, mas isso pode enviezar nossopensamento: s vezes uma coisa simplesmente no verdadeira, e um meio termo dela tambm no verdadeiro. Omeio do caminho entre uma verdade e uma mentira continua sendo uma mentira.

    Exemplo: Mariana disse que a vacinao causou autismo em algumas crianas, mas o seu estudado amigo

    Calebe disse que essa afirmao j foi derrubada como falsa, com provas. Uma amiga em comum, a Alice,

    ofereceu um meio-termo: talvez as vacinas causem um pouco de autismo, mas no muito.

    ***

    25. Apelo ao ridculo:

    Ridicularizar um argumento como forma de derrub-lo.

    Exemplo: Se a teoria da evoluo fosse verdadeira, significaria que o seu tatarav seria um gorila

    ***

    26. Apelo fora:

    Utilizao de algum tipo de privilgio, fora, poder ou ameaa para impor a concluso.

    Exemplo: Acredite no que eu digo, no se esquea de quem que paga o seu salrio.

    ***

    27. Apelo riqueza:

    Essa falcia a de acreditar que dinheiro fator de estar correto. Aqueles mais ricos so os queprovavelmente esto certos.

    Exemplo: O Baro um homem vivido e conhece como as coisas funcionam. Se ele diz que bom, h de ser.

    ***

    28. Argumentum ad lapidem:

  • Tags: curiosidades, debates, discusses, falcias, Internet, listas

    Desqualificar uma afirmao como absurda, mas sem provas.

    Exemplo: Joo, ministro da educao, acusado de corrupo e defende-se dizendo: Esta acusao umdisparate.

    Baseado em qu?

    ***

    29. Repetio nauseante:

    a aplicao da repetio constante e a crena incorreta de que, quanto mais se diz algo, mais correto est.

    Exemplo: Se Joozinho diz tanto que sua ex-namorada uma mentirosa, ento ela .

    ***

    30. Causa diminuta:

    Apontar uma causa irrelevante.

    Exemplo: Vocs discutem quem tem direito ao ttulo de doutor, enquanto tem gente passando fome.

    ***

    Bnus: Teoria irrefutvel:

    Informar um argumento com uma hiptese que no pode ser testada.

    Exemplo 1: Ganhei na loteria porque estava escrito no livro do destino.

    Exemplo 2: Tal teoria cientfica no pode estar errada porque j foi comprovada, logo, no pode ser maistestada.

    ***

    FONTE: PAPO DE HOMEM

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