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3º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DA UHE TIBAGI MONTANTE Período de Referência: Junho/2020 Julho/2020

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3º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO

DOS PROCESSOS EROSIVOS NA REGIÃO DE

INFLUÊNCIA DA UHE TIBAGI MONTANTE

Período de Referência: Junho/2020

Julho/2020

3º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO

DOS PROCESSOS EROSIVOS NA REGIÃO DE

INFLUÊNCIA DA UHE TIBAGI MONTANTE

Período de Referência: Junho/2020

CONTRATANTE: ELABORAÇÃO E RESPONSABILIDADE:

De Curitiba/PR para Tibagi/PR

Julho/2020

iii

APRESENTAÇÃO DA EQUIPE

Coordenação Geral

Helder Rafael Nocko Engenheiro Ambiental, MSc.

Equipe

Alexandre Vedor de Paula Técnico Ambiental

Gabriel Augusto Nocera Analista Ambiental

Thainá Sanches Becker Analista Ambiental

Larissa dos Santos Silva Analista Ambiental

Wallington Felipe de Almeida Analista Ambiental

02 21/09/2020 RP3 WFA LSS HRN

01 17/07/2020 RP3 WFA LSS HRN

00 10/07/2020 RP3 WFA LSS HRN

Revisão Data Descrição

Breve

Ass. do

Autor.

Ass. do

Superv.

Ass. de

Aprov.

3º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DA UHE TIBAGI MONTANTE

Período: Junho/2020

Elaborado por:

Wallington Felipe de Almeida

Supervisionado por:

Larissa dos Santos Silva

Aprovado por:

Helder Rafael Nocko

Revisão Finalidade Data

02 03 21/09/2020

Legenda Finalidade: [1] Para informação [2] Para comentário [3] Para aprovação

EnvEx Engenharia e Consultoria Rua Doutor Jorge Meyer Filho, 93 – Jardim Botânico

CEP 80.210-190 | Curitiba – PR

Tel: (41)3053-3487 [email protected] |

www.envexengenharia.com.br

v

APRESENTAÇÃO

Apresentamos à Tibagi Energia SPE S/A o 3º Relatório Parcial do

Monitoramento de Processos Erosivos na Região de Influência da UHE Tibagi

Montante – Período de Referência: Junho/2020. Tal documento se insere no

contexto dos trabalhos realizados pela EnvEx Engenharia e Consultoria à Tibagi Energia

acerca dos Programas Ambientais como condicionantes à Licença de Operação nº

36.320 de 27 de setembro de 2019.

Helder Rafael Nocko

Engenheiro Ambiental, Msc.

Coordenador Geral

vi

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................. v

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10

2. ÁREA DE ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO REGIONAL .................................. 11

3. MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS ...................................... 15

3.1. Procedimentos Metodológicos ........................................................................................ 15

3.2. Resultados Obtidos .............................................................................................................. 18

3.2.1. Ponto 3 ..................................................................................................................................... 18

3.2.2. Ponto 8 ..................................................................................................................................... 26

3.2.3. Ponto 14 ................................................................................................................................... 28

3.2.4. Ponto 15 ................................................................................................................................... 29

3.2.5. Ponto 16 ................................................................................................................................... 31

3.2.6. Ponto 20 ................................................................................................................................... 33

3.2.7. Ponto 22 ................................................................................................................................... 35

3.2.8. Ponto 23 ................................................................................................................................... 36

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 39

5. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 41

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização da UHE Tibagi Montante e pontos de monitoramento dos

processos erosivos. ............................................................................................................................... 12

Figura 2: Características geológicas e geomorfológicas no entorno da UHE Tibagi

Montante. ................................................................................................................................................. 14

Figura 3: Localização do Ponto 3..................................................................................................... 19

Figura 4: Processos erosivos por ravinamento no Ponto 3. ................................................... 20

Figura 5: Sulcos identificados no Ponto 3. ................................................................................... 20

Figura 6: Ravinamentos formados no Ponto 3a. ........................................................................ 21

Figura 7: Localização do Ponto 3a. ................................................................................................. 22

Figura 8: Técnicas adotadas para redução da velocidade da água no Ponto 3a. .......... 23

Figura 9: Localização do Ponto 3c. ................................................................................................. 24

Figura 10: Ravinamento do solo no Ponto 3c. ........................................................................... 25

Figura 11: Sulcos ramificados no Ponto 3c. ................................................................................. 25

Figura 12: Localização do Ponto 8. ................................................................................................. 27

Figura 13: Localização do Ponto 14. ............................................................................................... 29

Figura 14: Localização do Ponto 15. ............................................................................................... 30

Figura 15: Localização do Ponto 16. ............................................................................................... 32

Figura 16: Localização do Ponto 20. ............................................................................................... 34

Figura 17: Localização do Ponto 22. ............................................................................................... 35

Figura 18: Localização do Ponto 23. ............................................................................................... 37

Figura 19: Processo erosivo identificado na margem da estrada do Ponto 23. ............. 38

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Pontos de monitoramento de processos erosivos visitados e respectivas

coordenadas. .......................................................................................................................................... 13

Tabela 2: Pontos de monitoramento e necessidade de futuras avaliações dos processos

erosivos. .................................................................................................................................................... 40

ix

LISTA DE SIGLAS

APP Área de Preservação Permanente

CEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente

EIA Estudo de Impacto Ambiental

GPS Global Positioning System

IAP Instituto Ambiental do Paraná

IAT Instituto Água e Terra do Paraná

IAPAR Instituto Agronômico do Paraná

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

ITCG Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná

LI Licença de Instalação

LO Licença de Operação

MINEROPAR Serviço Geológico do Paraná

PR Paraná

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná

SEMA Secretaria Estadual do Meio Ambiente

SIRGAS 2000 Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas

TR Termo de Referência

UHE Usina Hidrelétrica

UTM Universal Transversal de Mercator

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

10 JUNHO/2020

1. INTRODUÇÃO

No âmbito do licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica (UHE) Tibagi

Montante, após realização de estudos, como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e a

obtenção de Licença de Instalação (LI), o enchimento do reservatório foi finalizado em

30 de agosto de 2019, e a Licença de Operação (LO) foi emitida em 27 de setembro de

2019 (LO nº 36.320), com validade de quatro anos.

Como condicionante, foram exigidos Programas e Planos Ambientais aprovados

pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) – atual Instituto Água e Terra do Paraná (IAT),

os quais são contemplados pela LI nº 23.038 e LO supracitada, e a legislação vigente

mínima, tais como a Instrução Normativa IBAMA nº 146/2007, a Resolução CEMA nº

065/2008, a Resolução Conjunta SEMA/IAP nº 004/2010 e 009/2010 e Portaria IAP nº

097/2012.

Dentre os Programas Ambientais aprovados pelo IAP como condicionante ao

empreendimento, estão sob responsabilidade de elaboração da EnvEx: o Programa de

Controle dos Processos Erosivos, Programa de Monitoramento da Atividade Sísmica e

o Programa de Monitoramento Climatológico.

Neste relatório são apresentadas informações referentes à identificação,

monitoramento e avaliação dos processos erosivos na região diretamente influenciada

pela formação do reservatório no rio Tibagi. Em linhas gerais, o Capítulo 2 contextualiza

a área de estudo, considerando aspectos geológicos, geomorfológicos e pedológicos.

O Capítulo 3 apresenta os procedimentos metodológicos e os resultados obtidos com

a verificação dos pontos pré-estabelecidos para a realização do monitoramento. O

Capítulo 4 indica de forma resumida os pontos com identificação de erosão e os

pontos que carecem de futuros monitoramentos.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

11 JUNHO/2020

2. ÁREA DE ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO REGIONAL

Localizada no município de Tibagi/PR, a Usina Hidrelétrica Tibagi Montante

possui eixo de barramento e reservatório no curso do rio Tibagi, a montante da rodovia

PR-340 e da área urbana. Apresentam-se ainda os pontos de monitoramento

propostos para o presente programa ambiental (Figura 1 e Tabela 1).

Inserida na Bacia Hidrográfica do rio Paranapanema, a UHE dispõe de potência

instalada de 36 MW, com elevação máxima normal de 721 m, ocupando uma área de

6,83 km²; extensão total de 24,4 km, profundidade média de 7 m e máxima de 21 m

(ENVEX, 2019), e vazão remanescente de 10,90 m³/s (IAP, 2019). Ressalta-se que o

enchimento do reservatório foi finalizado em 30 de agosto de 2019.

A região está localizada na Bacia do Paraná, composta por rochas sedimentares

e basálticas, sobre o Segundo Planalto Paranaense, mais precisamente no Planalto de

Tibagi – composta por relevo de média dissecação, topos aplainados, vertentes

retilíneas e convexas a vales em forma de “V” (MINEROPAR, 2006). A UHE está situada

predominantemente sobre o Grupo Paraná, na Formação Ponta Grossa cuja litologia

contempla predominantemente folhelhos e siltitos; porções de sedimentos recentes

correspondentes à planície fluvial do leito do rio Tibagi; e, a montante do reservatório

localiza-se a Formação Furnas, caracterizados predominantemente por arenitos

brancos, de granulação média a grossa (MINEROPAR, 2001) (Figura 2).

No que se refere aos solos, à região apresenta desde afloramentos rochosos e

solos rasos como neossolos, até solos com maior profundidade, como associações de

latossolos e cambissolos (ITCG, 2008), podendo ser encontradas ainda outras

tipologias pedológicas. Em função das características das rochas, o grau de

intemperismo e a formação do relevo nas diversas posições topográficas, resultam em

diferentes tipos de solo, que por sua vez possuem maior ou menor suscetibilidade a

erosão, conforme o uso do solo e/ou presença de vegetação.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

12 JUNHO/2020

Figura 1: Localização da UHE Tibagi Montante e pontos de monitoramento dos

processos erosivos.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

13 JUNHO/2020

Tabela 1: Pontos de monitoramento de processos erosivos visitados e respectivas coordenadas.

Ponto Longitude (E) Latitude (N) Dentro da APP Fora da APP Área Alagada

3 560836 7283209 x

3a 560785 7283340 x

3c 560435 7283321 x

8 559675 7286135 x

14 559727 7271175 x

15 557223 7277310 x

16 556966 7277676 x

20 559393 7284754 x

22 560467 7285798 x

23 560351 7285952 x

Nota: Coordenadas em Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM), SIRGAS 2000, fuso 22 S.

Fonte: SOMA; Tibagi Energia (2019); EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

14 JUNHO/2020

Figura 2: Características geológicas e geomorfológicas no entorno da UHE Tibagi

Montante.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

15 JUNHO/2020

3. MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

A formação de um reservatório altera a dinâmica hídrica da região onde este se

insere, e pode alterar outros aspectos, os quais precisam ser monitorados durante a

instalação e operação do empreendimento, uma vez que o meio físico, biótico e

socioeconômico da região é afetado direta ou indiretamente.

Devido à formação do reservatório da UHE Tibagi Montante, possíveis processos

erosivos do entorno da UHE podem ser desenvolvidos ou cessarem e, para isto, o

monitoramento na região de influência é necessário para a avaliação da ocorrência

destes processos. Desta forma, o monitoramento dos processos erosivos acompanha

a evolução superficial das encostas no entorno do reservatório para a sua análise e

avaliação, para, principalmente:

• Identificar as áreas com incidência e com maiores riscos de ocorrência de

processos erosivos e escorregamentos; e

• Avaliar os efeitos do enchimento do reservatório sobre as condições de

estabilidade de suas encostas marginais; propiciando condições

adequadas para a recomposição florestal na Área de Preservação

Permanente (APP) do reservatório, incluindo indicar a correção de

processos erosivos nas propriedades lindeiras, e propor e implantar

novas alternativas técnicas capazes de conter os problemas relacionados

à erosão do solo e escorregamentos.

3.1. Procedimentos Metodológicos

Para o monitoramento e a avaliação dos processos erosivos da região de

interesse, foram consultados os relatórios anteriores referentes aos programas

ambientais executados durante a licença de instalação do empreendimento e o

primeiro relatório a que este contrato se refere. O relatório do Programa de Controle

dos Processos Erosivos elaborado pela empresa SOMA (com data de vistoria de campo

em agosto de 2019), apresenta metodologia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do

Estado de São Paulo a fim de definir quais as áreas com maior potencial de erosão e

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

16 JUNHO/2020

vulnerabilidade. Previamente, haviam sido definidos 23 pontos para

acompanhamentos dos processos erosivos. Com o enchimento do reservatório

(finalizado em 30 de agosto de 2019), alguns desses pontos foram alagados e outros

apresentaram bons resultados no que se refere à recuperação da área afetada. Sendo

assim, 16 pontos foram classificados como “sem necessidade de monitorar” e 7 pontos

como “necessário monitorar”. O ponto 8, apesar de não haver necessidade de se

monitorar, foi visitado novamente para averiguação da situação atual.

Os pontos com necessidade de monitoramento foram visitados no dia 25 de

junho de 2020. A maior parte desses locais são situados na faixa da Área de Preservação

Permanente (APP) e os demais estão em propriedades lindeiras.

Os pontos visitados foram caracterizados de acordo com o tipo e posição em que

se situam no relevo, tipo e estágio em que a cobertura vegetal se encontra, tipo de

solo e os tipos de erosões encontradas. Em paralelo, foi feito as recomendações de

manejo para cada ponto em particular. A caracterização do solo foi obtida através dos

estudos anteriores, visto que o tipo de solo já estava mapeado para cada ponto.

No que se refere ao relevo, os pontos foram classificados como plano, ondulado,

suave ondulado, forte ondulado e montanhoso. A posição do local em relação ao

relevo foi definida como: terço inferior, terço médio e terço superior. No estudo feito

por Souza et al. (2003), os autores verificaram que em trechos na mesma magnitude

do relevo as erosões não apresentam grande variabilidades. Já no trabalho realizado

por Goulart et al. (2016) foi comprovado que em trechos mais acentuado e com maior

declive do terreno, combinado com a falta de cobertura vegetal e o tipo de solo,

podem potencializar a ocorrência de processos erosivos.

A cobertura vegetal foi mapeada de acordo com a Resolução CONAMA nº

02/1994, onde são classificadas como estágio inicial, estágio médio e estágio

avançado. Esta classificação é de extrema importância para se entender os fenômenos

de erosão. White (2009) destaca que a redução da vegetação expõe o solo ao impacto

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

17 JUNHO/2020

direto da chuva, favorecendo o efeito splash (salpico), que é o despendimento da

partícula do solo pelo impacto da gota de água (FRANCISCO, 2014). Sendo assim, pode

dizer que a erosão hídrica tem início pelo efeito splash, onde se deve levar em conta a

intensidade, duração e frequência das precipitações.

A erosão hídrica é diferenciada em laminar e linear. A erosão laminar é decorrente

do escoamento em lençol das águas pluviais, resultando na remoção progressiva dos

horizontes dos solos e na perda de nutrientes (FRANCISCO, 2014). Por sua vez, a erosão

linear é provocada escoamento em linhas de fluxo das águas, causando incisões na

superfície do terreno (SALOMÃO, 1999). Para fins deste trabalho, os processos erosivos

foram classificados como erosões por sulcos, erosões por ravinas e erosões por

voçorocas. Os sulcos erosivos são caracterizados por incisões com profundidades que

não passam de 50 cm e podem ser remediados com maior facilidade (FRANCISCO,

2014). A evolução desses sulcos se dá pela turbulência das águas do escoamento de

grandes eventos chuvosos, formando assim incisões lineares denominadas ravinas

(ROSSATO et al., 2003). Tais ravinamentos quando evoluem de uma seção em forma

de “V” a uma seção em forma de “U” e alcançam o lençol freático, inicia o processo de

voçorocamento (PRANDINI, 1975).

A vistoria de campo foi realizada utilizando barco nos pontos mais próximos à

margem do reservatório e automóvel para acesso por estradas rurais. Além disso, com

o roteiro pré-estabelecido de visita aos pontos, utilizou-se planilhas de campo para

preenchimento das informações constatadas in loco, demarcação com GPS e registro

fotográfico. Com as informações coletadas, consultaram-se ainda referências

bibliográficas buscando as melhores recomendações para cada tipo de erosão e as

peculiaridades dos pontos visitados.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

18 JUNHO/2020

3.2. Resultados Obtidos

A partir dos estudos e levantamentos realizados em campo e análise das áreas

identificadas como potencialmente erosivas ou com vulnerabilidade de encostas na

região de interesse, serão apresentados e descritos na sequência cada um dos 8 pontos

identificados e as respectivas recomendações.

3.2.1. Ponto 3

É no ponto 3 que se concentram os processos erosivos mais intensos de toda a

área de influência do reservatório. Para que fosse possível acompanhar e remediar cada

foco desse fenômeno, definiram-se três subpontos dentro do perímetro onde as

erosões se concentram (Ponto 3, Ponto 3a e Ponto 3c).

Os pontos 3, 3a e 3c estão inseridos dentro da faixa de APP do reservatório, no

terço inferior da encosta. Esta área será contemplada nas ações do Programa de

Recomposição Florestal na Área de Preservação Permanente do Reservatório da UHE

Tibagi Montante, sendo que a previsão para início da recompensação florestal será no

último trimestre de 2020. Atualmente, a cobertura vegetal é característica de

regeneração natural em estágio inicial, composta por espécies rasteiras. O trecho entre

o terço médio e o terço superior do relevo se situa em propriedade particular, sendo

manejado com agricultura e lavoura, podendo ser caracterizado como ondulado.

A Figura 3 apresentada a posição do Ponto 3 em relação ao reservatório,

destacando a faixa de mata ciliar e a área alagada.

Em toda a superfície que compõem o ponto 3, o solo apresenta textura arenosa

e alta taxa de permeabilização, traços esses que caracterizam neossolos quartzarênicos.

Conforme FILIZOLA et al. (2011) descreve, esse tipo de solo favorece a incidência de

erosões lineares com rapidez muito maior que em solos com grande teor de argilas,

como latossolos ou argissolos.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

19 JUNHO/2020

Figura 3: Localização do Ponto 3.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

Observou-se neste subponto indícios de início de ravinamento do solo, com

largura chegando a 1,64 m, sendo possível observar a rocha matriz no interior das

fissuras (Figura 4).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

20 JUNHO/2020

Figura 4: Processos erosivos por ravinamento no Ponto 3.

Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

Em trechos menos evoluídos, foi possível constatar a ocorrência de sulcos

concentrados, com profundidade chegando a 0,40 metros (Figura 5).

Figura 5: Sulcos identificados no Ponto 3.

Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

21 JUNHO/2020

Neste caso, as canaletas de escoamento das curvas de nível do terreno estão

concentrando a energia do fluxo em apenas um ponto, consequentemente causando

o impacto identificado. Essa situação favorece também a formação de areais, que são

os fenômenos subsequentes das ravinas e voçorocas (SUERTEGARAY, 2011).

No Ponto 3a, por sua vez, o escoamento superficial também se concentrou pelas

valas de drenagem da curva de nível, onde, combinado com maior declividade do

terreno, o fluxo de água obteve mais energia para causar incisões no solo (LEPSCH,

2002; SOUZA; CORRECHEL, 2015), ocasionando ravinamentos com profundidades

chegando a 0,80 m (Figura 6) e larguras de até 1,80 m (Figura 8).

Figura 6: Ravinamentos formados no Ponto 3a.

Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

No referido local também foi possível identificar impactos decorrentes da

lixiviação e erosão laminar do solo. A lixiviação é a perda elementos minerais (silício e

alumínio, principalmente) do solo, os quais são removidos pela ação das águas pluviais

(FRANCISCO, 2014). Em contrapartida, nota-se pelas imagens da Figura 6 o

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

22 JUNHO/2020

crescimento de liquens, musgos e gramíneas no interior do fendimento, que, conforme

é apresentado por Miranda (2009), indica o início da sucessão ecológica natural. A

Figura 7 apresenta a localização do Ponto 3a.

Figura 7: Localização do Ponto 3a.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

23 JUNHO/2020

A UHE Tibagi Montante já iniciou a intervenção para contenção dos processos

erosivos neste ponto. As medidas adotadas visam a diminuição da velocidade da água

e, consequentemente, da energia erosiva que essa exerce sobre o solo. Para isso, foram

implantadas estacas de madeiras ao logo das ravinas, desde o trecho onde se inicia o

escoamento até a parte mais agredida pela erosão. Essa medida trata-se de uma

técnica rápida, de baixo custo para iniciar o processo de recuperação da área. Na Figura

8 é possível visualizar as estacas adotadas no procedimento mencionado.

Figura 8: Técnicas adotadas para redução da velocidade da água no Ponto 3a.

Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

Por fim, o Ponto 3c também apresentou ravinamento do solo, deixando a rocha

matriz exposta em praticamente todo o trecho por onde se estende. Novamente, a

água pluvial foi canalizada pelas curvas de nível do terreno, se concentrando

linearmente com grande energia no fluxo, causando assim incisões mais graves no

solo. Na Figura 9 é apresentada a localização do Ponto 3c, bem como a situação dos

processos erosivos no local.

A ocorrência de chuvas intensas e frequentes normalmente potencializam os

danos (FRANCISCO, 2014), fato esse que justifica a magnitude observadas nos

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

24 JUNHO/2020

processos erosivos do ponto 3c. No canal principal do ravinamento, onde as

ramificações de sulcos se encontram, foi possível identificar profundidades de até 1,10

m, com larguras de até 0,95 m. Na Figura 10 é possível visualizar as erosões no local.

Figura 9: Localização do Ponto 3c.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

25 JUNHO/2020

Figura 10: Ravinamento do solo no Ponto 3c.

Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

A imagem da Figura 11 apresenta os sulcos a montante das ravinas neste ponto,

os quais necessitam de intervenção para que as deteriorações não evoluam.

Figura 11: Sulcos ramificados no Ponto 3c.

Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

26 JUNHO/2020

Em todos os subpontos que compõem o Ponto 3, os processos erosivos se

localizam nas vertentes das curvas de níveis da lavoura, os quais ganharam impulso

pelo tipo de solo e pelas chuvas intensas ao logo dos anos. Conforme já mencionado,

a UHE Tibagi Montante já iniciou as atividades para contenção dos processos erosivos,

cabendo agora avaliar nos próximos monitoramentos a efetividade dessas medidas.

Toda a área que contempla o Ponto 3 será reflorestada, como parte das medidas

do Programa de Recomposição Florestal na Área de Preservação Permanente do

Reservatório da usina. Em paralelo ao reflorestamento, serão adotadas práticas de

manejo no solo, reconstituindo o terreno e eliminando os focos erosivos nesses locais.

3.2.2. Ponto 8

O Ponto 8 havia sido classificado como “sem necessidade de monitorar” no

relatório anterior, porém, para que fosse comprovado isso, este ponto foi monitorado

novamente. A área do Ponto 8 não está dentro da APP (Figura 12) e será devolvida ao

proprietário, portanto não foi contemplada com o reflorestamento que compõem a

revegetação da APP, uma vez que a área está em tratamento para o cultivo agrícola de

trigo ou soja.

Com relação ao relevo, se localiza no terço médio e possui terreno suave

ondulado. As características dos solos variam entre latossolos e nitossolos, não sendo

identificados processos erosivos. Assim, não haverá necessidade de continuidade de

monitoramento neste ponto.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

27 JUNHO/2020

Figura 12: Localização do Ponto 8.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

28 JUNHO/2020

3.2.3. Ponto 14

O Ponto 14 não havia sido contemplado nos dois primeiros monitoramentos,

devido ao impedimento na entrada da propriedade em que possui o único acesso.

Durante a campanha a que este relatório se refere, foi possível a visitação do local, de

forma que a caracterização da área foi feita com sucesso.

O perímetro delimitado para o monitoramento se localiza dentro da APP do

reservatório. No que diz respeito ao relevo, pode ser caracterizado como forte

ondulado, ficando localizado no terço superior. A vegetação do local atualmente é

composta por arbustos e algumas árvores de médio porte. O terço médio do relevo é

composto pela mata ciliar do rio Tibagi.

Com relação a pedologia, a predominância é das características de neossolo,

sendo visível a afloramento de arenitos. Neste ponto não foram identificados

processos erosivos que demandassem o acompanhamento desse estudo. Dito isso,

mantem-se a recomendação para que este ponto não seja contemplado nos

monitoramentos da fase de operação.

A Figura 13 apresenta a localização deste ponto, bem como o reservatório da

UHE Tibagi montante e a faixa de APP do rio Tibagi.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

29 JUNHO/2020

Figura 13: Localização do Ponto 14.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

3.2.4. Ponto 15

A Figura 14 apresenta a localização do Ponto 15 em relação ao reservatório.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

30 JUNHO/2020

Figura 14: Localização do Ponto 15.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

Este ponto se localiza dentro da faixa de APP do reservatório, porém fica

ligeiramente ao lado de um empreendimento de extração e comércio de areia. O

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

31 JUNHO/2020

acesso se dá por dentro de propriedade particular, sendo essa a rota de trânsito dos

caminhões para carregamento do material comercializado.

Com relação ao relevo, o Ponto 15 se localiza no terço médio a superior, sendo

um trecho com declive acentuado (forte ondulado). A vegetação é composta por

gramíneas e por espécies nativas no trecho que compõe a APP do rio Tibagi. O terreno

é constituído por neossolos, os quais apresentam textura arenosa e grande

suscetibilidade a movimentação das partículas.

No monitoramento realizado em março de 2020, foi identificado processos

erosivos por sulcos e lixiviação neste ponto. Todavia, durante o monitoramento no mês

de junho, a que esse relatório se refere, boa parte do trecho erodido estava preenchido

pelo material que escoou do areal, de forma que não houve evolução das erosões.

Constatou-se ainda que havia pequenos sulcos na superfície formados pelos

escoamentos das águas sobressalentes do processamento da areia, porém não houve

impacto no solo.

Sendo assim, recomenda-se visitar esse ponto em pelo menos mais um dos

próximos monitoramentos, para avaliar o comportamento dos processos erosivos e

verificar a real necessidade de se manter no roteiro de acompanhamento.

3.2.5. Ponto 16

O Ponto 16 também se localiza dentro da área delimitada para recomposição da

faixa de preservação permanente do rio Tibagi (Figura 15). A vegetação desse local é

basicamente composta por pastos, com algumas árvores isoladas no entorno. No terço

inferior é possível evidenciar um trecho com grande densidade arbórea, sendo

referente a APP definida antes da formação do reservatório.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

32 JUNHO/2020

Figura 15: Localização do Ponto 16.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

No que tange ao relevo, fica no terço médio a superior da encosta, sendo

caracterizado como forte ondulado. O solo predominante no local é o neossolo, o qual

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

33 JUNHO/2020

apresenta grande suscetibilidade a erosão. Ainda nesse local, foi possível identificar um

trecho alagado, possivelmente decorrente de uma nascente de água.

O fato da fragilidade do solo e do trecho alagado combinado com a declividade

do ponto e a ação de fortes eventos chuvosos ocasionou uma perda de solo

considerável, onde pode-se constatar a ocorrência de ravinas e deslocamento de

massas das encostas.

Nesse local também será feito o plantio de mudas nativas, para recompor a APP

do reservatório, sendo recomendado a continuidade do monitoramento desse

processo erosivo.

3.2.6. Ponto 20

Este ponto fica localizado nas margens onde funcionava a antiga pedreira da

usina, a qual se encontra submersa atualmente, no terço inferior do relevo, sendo suave

ondulado. A cobertura vegetal é composta por arbustos e espécies em estágio inicial

de desenvolvimento. O solo possui baixo percentual de argilas, com textura mais

arenosa, coloração amarelada e afloramentos rochosos, sendo este caracterizado

como nitossolo.

Para este ponto, sugere-se a continuidade do monitoramento, pois, apesar de

não ter sido observado evolução nos processos erosivos, o crescimento da vegetação

tem se demonstrado lento, o que mantém o local suscetível à ocorrência de erosões.

Na Figura 16 é apresenta a localização do Ponto 20, delimitando a área de APP

e o reservatório da UHE Tibagi Montante.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

34 JUNHO/2020

Figura 16: Localização do Ponto 20.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

35 JUNHO/2020

3.2.7. Ponto 22

A Figura 17 demonstra a localização do Ponto 22, ficando este na faixa de APP.

Figura 17: Localização do Ponto 22.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

36 JUNHO/2020

Sobre o relevo, este ponto fica situado no terço médio a superior, com traços

ondulados. Com relação a cobertura vegetal, a composição é basicamente por espécies

nativas em estágio médio de desenvolvimento, principalmente no trecho da antiga

faixa de APP. No trecho onde foi depositada a galhada proveniente da supressão

vegetal, pode se constatar algumas espécies invasoras e pequenos arbustos, conforme

Figura 17. O solo característico neste ponto é o nitossolo.

No perímetro que contempla o Ponto 22 não foram identificados indícios de

erosão em escala significativa e que demandasse intervenção. Como este ponto está

dentro da faixa que será reflorestada para formação da mata ciliar do rio Tibagi, a

recomendação é o acompanhamento durante os processos previstos.

3.2.8. Ponto 23

Por fim, a área onde o Ponto 23 se situa também contempla a atual faixa de mata

ciliar do rio Tibagi. Neste local funcionava a área de empréstimo de argila, durante a

fase da LI. No decorrer do enchimento do reservatório, este estorno funcionou como

depósito dos resíduos da supressão vegetal, os quais atualmente já foram removidos

do local.

A vegetação do local é composta pela faixa de vegetação ciliar em estágio

avançado, possuindo pequenos arbustos ao longo da área. O trecho mais próximo a

estrada ainda não foi reflorestado, porém este processo tem previsão de ser iniciado

no segundo semestre de 2020. Com relação ao relevo, o Ponto 23 se localiza no terço

médio, e possui ondulações, o terço superior é utilizado para lavoura.

A Figura 18 apresenta a localização, destacando o reservatório e a faixa de APP

do rio Tibagi.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

37 JUNHO/2020

Figura 18: Localização do Ponto 23.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

As características pedológicas variam entre latossolo e nitossolo. No local foi

possível evidenciar traços de erosão laminar decorrentes do escoamento superficial.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

38 JUNHO/2020

Nas margens da estrada esses processos ficaram mais evidentes, devido ao

gradeamento recente do solo. Na Figura 19 é apresentado o início de erosão linear,

identificado próximo ao ponto 23, devido ao escoamento das águas pluviais.

Figura 19: Processo erosivo identificado na margem da estrada do Ponto 23.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

Como toda a área do Ponto 23 será contemplada no reflorestamento da APP e

não se tem processos erosivos intensivos que venham a justificar a necessidade de

intervenções, recomenda-se apenas o acompanhamento desse ponto nos próximos

monitoramentos, para verificar se houve evolução das situações encontradas.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

39 JUNHO/2020

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base em todo os procedimentos e resultados apresentados neste relatório,

é possível confirmar a efetividade dos acompanhamentos propostos para a fase de

operação da UHE Tibagi Montante, servindo como ferramenta para avaliação e

posterior contenção e mitigação desses impactos. Com as análises, fica evidente que o

monitoramento é essencial para a fase de operação, visto a extensão dos processos

erosivos na região de influência, principalmente na localidade do Ponto 3.

Foram considerados nesta segunda campanha os pontos classificados como

“necessidade de monitorar”, o Ponto 14 – que não havia sido visitado nas outras

campanhas, e o Ponto 8, para confirmação se houve qualquer evolução de cenários

erosivos.

Sendo assim, foram vistoriados 8 pontos durante essa terceira campanha de

monitoramento da fase da LO. Desses, apenas 6 apresentaram processos erosivos em

andamento (3, 15, 16, 20, 22 e 23). Para cada caso, especificamente, foram indicadas as

medidas de controle dos processos erosivos.

Nos subpontos que compõem o Ponto 3 já estão sendo aplicadas medidas que

auxiliarão na recuperação da área, de forma que durante o reflorestamento da APP o

solo será trabalhado, de tal forma que os processos erosivos ali existentes serão

devidamente controlados e estabilizados.

Após as análises realizadas individualmente por ponto, foi possível avaliar a

necessidade ou não de continuidade do monitoramento, o que está resumido na

Tabela 2. Apesar de não constarem no capítulo anterior, os pontos 8 e 14 foram

vistoriados, visando averiguar a existência de processos erosivos, os quais não

apresentaram evidências de movimentação do solo.

Por fim, recomenda-se que para o próximo monitoramento seja realizada vistoria

em 6 pontos, conforme mencionado na seção anterior.

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

40 JUNHO/2020

Tabela 2: Pontos de monitoramento e necessidade de futuras avaliações dos processos erosivos.

Ponto Longitude (E) Latitude (N) Erosão Necessidade de Monitoramento

3 560836 7283209 x X

3a 560785 7283340 x X

3c 560435 7283321 x X

8 559675 7286135

14 559727 7271175

15 557223 7277310 x X

16 556966 7277676 x X

20 559393 7284754 x X

22 560467 7285798 x X

23 560351 7285952 x X

Nota: Coordenadas em Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM), SIRGAS 2000, fuso 22 S.

Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).

MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

41 JUNHO/2020

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