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1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA NA UHE TIBAGI MONTANTE Período: Setembro/2019 a Novembro/2019 Dezembro/2019

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1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DA

ATIVIDADE SÍSMICA NA UHE TIBAGI MONTANTE

Período: Setembro/2019 a Novembro/2019

Dezembro/2019

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1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DA

ATIVIDADE SÍSMICA NA UHE TIBAGI MONTANTE

Período: Setembro/2019 a Novembro/2019

CONTRATANTE: ELABORAÇÃO E RESPONSABILIDADE:

De Curitiba/PR para Tibagi/PR

Dezembro/2019

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APRESENTAÇÃO DA EQUIPE

Coordenação Geral

Helder Rafael Nocko Engenheiro Ambiental, MSc.

Equipe

Alexandre Vedor de Paula Graduando em Gestão Ambiental

Danilo de Oliveira Sant’Ana Graduando em Engenharia Ambiental

Gabriel Augusto Nocera Analista Ambiental

Guadalupe Garcia Analista Ambiental

Larissa dos Santos Silva Analista Ambiental

Vanessa Tres Analista Ambiental

Wallington Felipe de Almeida Analista Ambiental

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00 20/12/2019 RP1 LSS HRN HRN

Revisão Data Descrição

Breve

Ass. do

Autor.

Ass. do

Superv.

Ass. de

Aprov

1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA NA

UHE TIBAGI MONTANTE

Período: Setembro/2019 a Novembro/2019

Elaborado por:

Larissa dos Santos Silva

Supervisionado por:

Helder Rafael Nocko

Aprovado por:

Helder Rafael Nocko

Revisão Finalidade Data

00 03 20/12/2019

Legenda Finalidade: [1] Para informação [2] Para comentário [3] Para aprovação

EnvEx Engenharia e Consultoria Rua Doutor Jorge Meyer Filho, 93 – Jardim Botânico

CEP 80.210-190 | Curitiba – PR

Tel: (41)3053-3487 [email protected] |

www.envexengenharia.com.br

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v

APRESENTAÇÃO

Apresentamos à Tibagi Energia SPE S/A o “1º Relatório Parcial do

Monitoramento da Atividade Sísmica – Período: Setembro/19 a Novembro/19”. Tal

documento se insere no contexto dos trabalhos realizados pela EnvEx Engenharia e

Consultoria à Tibagi Energia acerca dos Programas Ambientais como condicionantes

à Licença de Operação nº 36.320 de 27 de setembro de 2019.

Helder Rafael Nocko

Engenheiro Ambiental, Msc.

Coordenador Geral

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10

2. ÁREA DE ESTUDO E O CONTEXTO SISMOLÓGICO ..................................... 11

3. MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA ............................................ 14

3.1. Procedimentos Metodológicos ........................................................................................ 14

3.2. Resultados obtidos ............................................................................................................... 15

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 19

5. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 21

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização da UHE Tibagi Montante.......................................................................... 12

Figura 2: Tela do site do Observatório Sísmico da UnB. ......................................................... 14

Figura 3: Atividade sísmica mais próxima do empreendimento durante o

monitoramento trimestral. ................................................................................................................. 16

Figura 4: Atividades sísmicas mais próximas do empreendimento no período entre 30

de novembro de 2018 até 30 de novembro de 2019. ............................................................. 17

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Registros dos sismos ocorridos próximos à UHE no período entre 30 de

novembro de 2018 e 30 de novembro de 2019. ....................................................................... 18

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LISTA DE SIGLAS

CEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente

COPEL Companhia Paranaense de Energia

EIA Estudo de Impacto Ambiental

IAP Instituto Ambiental do Paraná

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

LI Licença de Instalação

LO Licença de Operação

MLv Unidade de medida (escala Richter)

mR Unidade de medida (escala de Mercalli)

MW Unidade de medida (Megawatt)

PR Paraná

SEMA Secretaria Estadual do Meio Ambiente

SP São Paulo

TR Termo de Referência

UnB Universidade de Brasília

UHE Usina Hidrelétrica

UTC Coordinated Universal Time

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

10 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

1. INTRODUÇÃO

No âmbito do licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica (UHE) Tibagi

Montante, após realização de estudos, como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e a

obtenção de Licença de Instalação (LI), o enchimento do reservatório foi finalizado

em 30 de agosto de 2019, e a Licença de Operação (LO) foi emitida em 27 de

setembro de 2019 (LO nº 36.320), com validade de quatro anos.

Como condicionante, foram exigidos Programas e Planos Ambientais aprovados

pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), os quais são contemplados pela LI nº 23.038

e LO supracitada, e a legislação vigente mínima, tais como a Instrução Normativa

IBAMA nº 146/2007, a Resolução CEMA nº 065/2008, a Resolução Conjunta

SEMA/IAP nº 004/2010 e 009/2010 e Portaria IAP nº 097/2012.

Dentre os Programas Ambientais aprovados pelo IAP como condicionante ao

empreendimento, estão sob responsabilidade de elaboração da EnvEx: o Programa

de Controle dos Processos Erosivos, Programa de Monitoramento da Atividade

Sísmica e o Programa de Monitoramento Climatológico.

Neste relatório são apresentadas informações referentes aos estudos e análises

da atividade sísmica, sejam aquelas naturais e/ou induzidas pelo enchimento do

reservatório no rio Tibagi.

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

11 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

2. ÁREA DE ESTUDO E O CONTEXTO SISMOLÓGICO

Localizada no município de Tibagi/PR, a Usina Hidrelétrica Tibagi Montante

possui eixo de barramento e reservatório no curso do rio Tibagi, a montante da

rodovia PR-340 e da área urbana, como ilustrada na Figura 1.

Inserida na Bacia Hidrográfica do rio Paranapanema, a UHE dispõe de potência

instalada de 36 MW, com elevação máxima normal de 721,0 m, ocupando uma área

de 6,83 km2; sua extensão total será de 24,4 km, profundidade média de

aproximadamente 7,0 m e máxima de 21,0 m (ENVEX, 2019), e vazão remanescente

de 10,90 m³/s (IAP, 2019). Ressalta-se que o enchimento do reservatório foi finalizado

em 30 de agosto de 2019.

No que se refere às características geológicas, a região da UHE Tibagi Montante

encontra-se na Bacia do Paraná, composta por rochas sedimentares e vulcânicas

fanerozóicas, sobre o Segundo Planalto Paranaense, no reverso da Escarpa Devoniana

(ITCG, 2019). As rochas das regiões são classificadas conforme quatro grupos em

relação à sua localização (Castro, Rio Ivaí, Paraná e Itararé), onde todas elas são

cortadas em algum período da história por diques de dibásicos e micodioritos,

originados do magmatismo associado à divisão da África com América do Sul. A UHE

está situada na Formação Ponta Grossa (do Grupo Paraná), cuja litologia contempla

predominantemente folhelhos e siltitos.

Com relação à atividade sísmica, os abalos sísmicos correspondem a um tremor

de superfície, resultante de movimentos subterrâneos das placas rochosas, da

atividade vulcânica ou da migração de gases no interior da terra, principalmente gás

metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de

energia sob a forma de ondas sísmicas (CLOUGH; PENZIEN, 2003).

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

12 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

Figura 1: Localização da UHE Tibagi Montante.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).

A maioria dos terremotos (aplica-se a grandes sismos) ocorre ao longo de

estreitas faixas que dividem a casca rígida da terra (litosfera) em aproximadamente 12

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

13 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

grandes regiões, as chamadas placas tectônicas, situadas a profundidades que variam

entre 50 até 900 km abaixo do solo. Os mais fortes e frequentes são os tectônicos, os

quais estão associados aos movimentos da litosfera (BOZZO; BARBAT, 2008).

Os abalos sísmicos se dividem em dois tipos de sismos: os de origem natural e

os induzidos. A grande parte dos abalos sísmicos é de origem natural da Terra, são

chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a

astenosfera podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se uma sobre a outra. Por meio

dessas forças as rochas vão se movimentando até seu ponto de tensão, com isso as

rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o processo

de deslocamento. A energia então é liberada por meio de ondas sísmicas pela

superfície e interior da Terra.

O outro tipo de sismo são os induzidos que são basicamente do resultado da

ação antrópica. Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis,

no entanto a intensidade é muito menor à dos abalos de origem tectônica. A

implementação de um reservatório pode ocasionar também sismos induzidos devido

a força peso que o reservatório possa gerar nas rochas no período subsequente ao

enchimento do reservatório, até mesmo as tensões em relacionadas à percolação e a

infiltração nos poros – as quais podem coadjuvar nas movimentações de massas do

sistema (MIOTO, 1996).

Para medir a dimensão dos abalos sísmicos é utilizada uma escala. A mais usada

é a escala Richter (MLv), sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada

pelos tremores. Outra escala bastante utilizada é a Mercalli (mR) que mede os sismos

pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua

intensidade.

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

14 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

3. MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

3.1. Procedimentos Metodológicos

As atividades aqui relacionadas estão ligadas ao monitoramento sismológico da

região da UHE Tibagi Montante. Para monitorar os abalos sísmicos, buscaram-se

dados secundários obtidos junto ao Observatório Sismológico da Universidade de

Brasília (UnB), cujas informações são preenchidas nos campos correspondentes,

conforme Figura 2. Com as informações preenchidas, realiza-se a busca das estações

mais próximas da área de estudo, a fim de verificar se houve ou não registro de

atividades sísmicas na região.

Figura 2: Tela do site do Observatório Sísmico da UnB.

Fonte: Observatório Sismológico (UNB, 2019).

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

15 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

3.2. Resultados obtidos

Após a busca e análise dos registros sísmicos das estações do Observatório

Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) no período 01 de setembro de 2019 a

30 de novembro de 2019, foi constatado que não houve eventos atípicos na área da

UHE Tibagi Montante.

Durante o período de monitoramento trimestral a atividade sísmica mais

próxima da UHE Tibagi Montante foi registrada a 565 km de distância no município

de Guaratinguetá/SP. O evento ocorreu no dia 14 de setembro de 2019 às

16h43min07s (horário UTC) com magnitude máxima de 2.4 MLv (escala Richter) e não

foi detectado pelas estações próximas ao empreendimento, devido à distância e

baixa magnitude (Figura 3).

Dada a ausência de registros de atividade sísmica próximas à UHE Tibagi

Montante no período de setembro/2019 a novembro/2019, foi realizado um

levantamento de eventos no período de 12 meses (entre 30 de novembro de 2018

até 30 de novembro de 2019) em um raio de 200 km de distância do

empreendimento para verificar a frequência de ocorrências de atividades sísmicas na

região. Assim, verificaram-se seis registros de atividade sísmica, como ilustrada na

Figura 4, na superfície dos municípios de Piraí do Sul, Balsa Nova, Cerro Azul e Rio

Branco do Sul – todos com intensidade entre 1.4 e 2.6 mR (Tabela 1).

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

16 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

Figura 3: Atividade sísmica mais próxima do empreendimento durante o

monitoramento trimestral.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

17 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

Figura 4: Atividades sísmicas mais próximas do empreendimento no período entre 30

de novembro de 2018 até 30 de novembro de 2019.

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

18 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

Tabela 1: Registros dos sismos ocorridos próximos à UHE no período entre 30 de novembro de

2018 e 30 de novembro de 2019.

Data Hora

(UTC)

Longitude

(X)

Latitude

(Y) Magnitude Local

Distância

da UHE

20/12/2018 00:49:19 616590 7298789 2.6 mR Piraí do Sul/PR 58 km

23/04/2019 07:38:17 642704 7177817 2.3 mR Balsa Nova/PR 137 km

08/05/2019 00:31:58 665694 7249557 1.8 mR Cerro Azul/PR 112 km

14/05/2019 06:43:39 663594 7242936 1.9 mR Rio Branco do

Sul/PR 113 km

11/07/2019 03:23:00 669241 7209634 1.6 mR Rio Branco do

Sul/PR 134 km

11/07/2019 03:14:32 668657 7243982 1.4 mR Cerro Azul/PR 117 km

14/09/2019 16:43:07 480143 7476814 2.4 MLv Guaratinguetá/

SP 565 km

Nota: UTC (Coordinated Universal Time).

Fonte: Observatório Sismológico (UNB, 2019).

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

19 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As características geológicas em que a UHE está inserida contribuem para a

estabilidade da região. Com relação aos sismos registrados na Região Metropolitana

de Curitiba (como nos municípios de Cerro Azul e Rio Branco do Sul, por exemplo),

estes podem ser resultado de ações antrópicas como a retirada de água subterrânea,

tendo em vista que a região é caracterizada pelo Carste (rochas calcárias dissolvidas

quando em contato com água) e a retirada em excesso de água do subsolo gera

espaços vazios, rebaixando o terreno de superfície e pode ocasionar abalos. Outras

atividades sísmicas em Piraí do Sul e Cerro Azul podem ser explicada devido à

proximidade geográfica com a Escarpa Devoniana, visto que a região de transição

entre o Primeiro e Segundo Planalto Paranaense apresentam características diversas,

com diferentes litologias, solos, vegetação, entre outras.

Segundo informações fornecidas no EIA (MINAS PCH; SOMA CONSULTORIA

AMBIENTAL, 2013), o Paraná possui um baixo índice de eventos sismológicos

elencados com eventos naturais. Para eventos sísmicos induzidos foram comparados

outras UHE de mesmas características geomorfológicas (UHE Foz de Areia, Segredo e

Salto Santiago) a partir de redes de monitoramento com apoio da COPEL e

ELETROSUL, evidenciando a ausência de resultados significativos de abalos sísmicos

nas regiões de entorno desses sistemas pós-período de enchimento. Portanto

conclui-se que a UHE Tibagi Montante por apresentar uma similaridade geológica e

menor porte em relação às outras UHE citadas, deve-se apresentar baixa

suscetibilidade de eventos sísmicos.

Com base nas informações apresentadas, conclui-se que no período de

monitoramento, durante os meses de setembro, outubro e novembro de 2019, não

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

20 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

houve registros de eventos sismológicos na área da UHE Tibagi Montante – com

exceção da atividade sísmica no município de Guaratinguetá/SP que dista mais de

500 quilômetros, bem como não houve qualquer abalo sismológico por ação

induzida por parte do empreendimento, uma vez que o enchimento do reservatório

foi finalizado em agosto de 2019.

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MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

21 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

5. REFERÊNCIAS

BOZZO, L. M.; BARBAT, A. H. Diseño Sismorresistente de Edificios: Técnicas

convencionales y avanzadas. Editorial Reverté, S.A, Barcelona, España, 2008.

CLOUGH, R.W.; PENZIEN, J. Dynamics of Structures. Third Edition. Computers &

Structures, Inc. Berkeley, California, USA, 2003.

CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CEMA nº 065, de 01 de julho

de 2008. Dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece critérios e

procedimentos a serem adotados para as atividades poluidoras, degradadoras e/ou

modificadoras do meio ambiente e adota outras providências. Secretaria Estadual

do Meio Ambiente: Curitiba/PR, 01 jul. 2008. Disponível em:

<http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/RE

SOLUCOES/RESOLUCAO_CEMA_65_2008_PROCEDIMENTOS_GERAIS_LICENCIAMENT

OS_PR.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2019.

ENVEX ENGENHARIA E CONSULTORIA. Modelagem Matemática da Hidrodinâmica

e da Qualidade da Água da UHE Tibagi Montante. Curitiba, 2019.

INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Portaria nº 097, de 29 de maio de 2012. Dispõe

sobre conceito, documentação necessária e instrução para procedimentos

administrativos de Autorizações Ambientais para Manejo de Fauna em processos de

Licenciamento Ambiental. Publicado no DOE - PR em 5 jun. 2012. Disponível em:

<https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242245>. Acesso em: 20 dez. 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS RENOVÁVEIS. Instrução

Normativa nº 146, de 10 de janeiro de 2007. Estabelecer os critérios para

procedimentos relativos ao manejo de fauna silvestre (levantamento, monitoramento,

salvamento, resgate e destinação) em áreas de influencia de empreendimentos e

atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de impactos à fauna

sujeitas ao licenciamento ambiental, como definido pela Lei n° 6938/81 e pelas

Resoluções Conama n° 001/86 e n° 237/97. D.O.U. Nº 8, quinta-feira, 11 de janeiro

de 2007. Disponível em:

<http://www.icmbio.gov.br/sisbio/images/stories/instrucoes_normativas/IN146_2007_

Empreendimentos.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2019.

INSTITUTO DE TERRAS, CARTOGRAFIA E GEOLOGIA DO PARANÁ. Painel Tibagi.

Disponível em:

<http://www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/File/Paineis_geologicos/Tibagi_portugues.

pdf>. Acesso em: 19 dez. 2019.

Page 22: 1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DA ......00 20/12/2019 RP1 LSS HRN HRN Revisão Data Descrição Breve Ass. do Autor. Ass. do Superv. Ass. de Aprov 1º RELATÓRIO PARCIAL DO

MONITORAMENTO DA ATIVIDADE SÍSMICA

22 SETEMBRO/2019 A NOVEMBRO/2019

MINAS PCH; SOMA CONSULTORIA AMBIENTAL. Estudo de Impacto Ambiental

(EIA): Usina Hidrelétrica Tibagi Montante. Rio Tibagi, Estado do Paraná. Volume

01 mai. 2013.

MIOTO, J. A. Excertos Sobre Risco Sísmicos no Estado de São Paulo. Revista

Universidade Guarulhos-Série Geociências, I(3): 19-23, dezembro de 1996.

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS. Resolução

Conjunta SEMA/IAP nº 009, de 03 de novembro de 2010. Dá nova redação a

Resolução Conjunta SEMA/IAP nº005/2010, estabelecendo procedimentos para

licenciamentos de unidades de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica

no Estado do Paraná. Disponível em:

<http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/RE

SOLUCOES/RESOLUCAO_SEMA_09_2010_PCHS.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2019.

OBSERVATÓRIO SISMOLÓGICO. Universidade de Brasília,

<http://obsis.unb.br/portalsis>. Acesso em: 17 dez. 2019.