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ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO C O S I N

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ASSÉDIO MORAL NAS

RELAÇÕES DE TRABALHO

C O S I N

Assédio ???

Assediar, segundo o dicionário Aurélio, é:

"perseguir com insistência,

importunar, molestar, com perguntas ou pretensões insistentes"

Relações interpessoais

Assédio Moral nas Relações de Trabalho

Generalidades Conceito Elementos caracterizadores Espécies Consequências Judicialização Indenização Exemplos Conclusão

Generalidades

Sem legislação específica Vínculo empregatício Terror psicológico Condutas abusivas reiteradas Agressor e vítima Danos Indenização

* Estudo científico nascido no âmbito da

psicologia e não do direito Precursores Estrangeiros HEINZ LEMMAN (Psicólogo que em 1984

identificou pela primeira vez o fenômeno) MARIE-FRANCE HIRIGOYEN (Psiquiatra que

desenvolveu estudos sobre o tema e publicou em 1998 seu primeiro livro Assédio Moral)

Primeiras Leis NORUEGA – 1977 (assédio em geral) SUÉCIA – 1993 BÉLGICA – 2000 (violência no trabalho) FRANÇA – 2002

* Dissertação de Mestrado da Dra. Margarida

Barreto

Conceito

É a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigidas a um ou mais subordinado (s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-a a desistir do emprego. *BARRETO, Maria. Uma Jornada de Humilhações. 2000.

É qualquer conduta abusiva que

atente, por sua repetição, contra a

dignidade ou integridade psíquica

ou física de uma pessoa,

ameaçando seu emprego ou

degradando o clima de trabalho.

* HIRIGOYEN, Marie -France.

Detalhando o Assédio Moral

Qualquer atitude abusiva e repetitiva de um superior ou mesmo de um colega contra um empregado.

Esses comportamentos podem se manifestar por meio de palavras, atos, gestos, escritos, de forma maliciosa, não sexual e não racial, com o fim de afastar o indivíduo das relações profissionais, por boatos, intimidações, humilhações, descrédito e isolamento.

Assédio moral ≠ sexual

No assédio sexual – o autor pratica o assédio com o intuito de obter uma vantagem de natureza sexual, utilizando-se de sua posição profissional

Art. 216-A do CP - Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício deemprego, cargo ou função.

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

No assédio moral – o objetivo é unicamente atingir a dignidade do assediado

Dano moral

O dano moral é a consequência de um ato lesivo que atinge os direitos personalíssimos dos indivíduos, os bens de foro íntimo da pessoa, como a honra, a liberdade, a intimidade e a imagem.

a) Sujeitos (ativo e passivo) - Empregador - Empregado - Colega de trabalho - terceiros

b) Conduta – abusiva e dolosa c) Reiteração - repetitivas d) Ocorrência de danos e) Finalidade de exclusão

Elementos caracterizadores

Um chefe de personalidade exigente, meticulosa, que exige a excelência do trabalho ou um determinado comportamento profissional, não pode ser visto como agressor, porquanto sua conduta insere-se dentre as prerrogativas de seu poder diretivo e disciplinar. A cobrança de metas de todos os subordinados O exercício do poder diretivo pelos prepostos da empresa Uma explosão repentina de raiva O estresse no ambiente de trabalho O conflito no ambiente de trabalho A gestão por injúria As agressões pontuais As más condições de trabalho

* Outras condutas que não configuram assédio moral

Um ato isolado de humilhação não é assédio moral. O assédio moral pressupõe:

1. repetição sistemática

2. intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego)

3. direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório)

4. temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)

5. degradação deliberada das condições de trabalho

Fonte: http://www.assediomoral.org

Em resumo

a) Assédio Moral vertical

a.1. Assédio Moral vertical descendente a.2. Assédio Moral vertical ascendente b) Assédio Moral horizontal c) Assédio Moral misto

Espécies de Assédio Moral

0% 20% 40% 60% 80%

Subordinado

Colegas

Diversas pessoas (incluindo colegas)

Hierarquia

Fonte: HIRIGOYEN, Marie -France. Mal estar no trabalho

redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002, p. 123, 124.

TERRORISMO Patrão x trabalhador FRATRICÍDIO Trabalhador x trabalhador MOTIM Trabalhador x patrão

Fonte: HIRIGOYEN, Marie -France. Mal estar no trabalho redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002, p. 123, 124.

Fonte: HIRIGOYEN, Marie -France. Mal estar no trabalho redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002, p. 123, 124.

1. Motivos religiosos

2.Opção sexual

3.Racismo

4.Doença

5.Gravidez

6.Representação sindical

7.Revista pessoal

8.Maus tratos

Tipos de chefes

1.Pit-Bull 2.Profeta 3.Troglodita 4.Tigrão 5.Grande irmão 6.Garganta 7.Mala-babão 8.Tasea

Fonte: www.assediomoral.org

Do ponto de vista da vítima (assediado):

- Sequelas Físicas e Psicológicas

- Prejuízo no convívio familiar e social

- Baixa auto-estima pessoal e profissional

- Aumento ou queda da produtividade

- Pedido de demissão

Consequências do Assédio Moral

Sintomas Mulheres (%) Homens (%)

Crises de choro 100 -

Dores generalizadas 80 80

Palpitações, tremores 80 40

Sentimento de inutilidade 72 40

Insônia ou sonolência

excessiva 69,6 63,6

Depressão 60 70

Diminuição da libido 60 15

Sede de vingança 50 100

Aumento da pressão

arterial 40 51,6

Dor de cabeça 40 33,2

Distúrbios digestivos 40 15

Tonturas 22,3 3,2

Idéia de suicídio 16,2 100

Falta de apetite 13,6 2,1

Falta de ar 10 30

Passa a beber 5 63

Tentativa de suicídio - 18,3

Fonte: www.assediomoral.org

Do ponto de vista do assediador: - Justa causa - Responsabilidade patrimonial - Consequências criminais

Consequências do Assédio Moral

Do ponto de vista do empregador:

- Despedida indireta

- Custo do absenteísmo

- Doenças profissionais

- Queda de produtividade

- Rotatividade da mão-de-obra

- Responsabilidade Civil

- Acidentes de trabalho

- Danos a equipamentos

- Abalo na reputação da Empresa * Direito de regresso do empregador

Consequências do Assédio Moral

- Competência para julgar

Art. 114 - Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: ... VI - as ações de indenização por dano moral ou

patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; - Prova do assédio moral e do dano - fatos - imprescindível - danos - prescindível

Judicialização

Consolidação das Leis do Trabalho - CLT Art. 818. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Código de Processo Civil - CPC Art. 333 - O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou

extintivo do direito do autor.

Ementa ASSÉDIO MORAL. AUSÊNCIA DE PROVAS CONTUDENTES -

INDENIZAÇAO INDEVIDA.. Era da reclamante o ônus processual relativo à comprovação de que foi submetida a assédio moral, a teor dos artigos 818 da CLT e 333, I, do CPC. Todavia, de tal desiderato não se desvencilhou, restando indevidas, neste contexto, as verbas oriundas da despedida imotivada (rescisão indireta), bem como a correspondente indenização por danos morais. Recursos ordinários conhecidos. Parcialmente provido o da reclamada e improvido o da reclamante.

Julgado: 19/11/2012 - Publicado: 30/11/2012 - Fonte DEJT Processo nº 0205200-57.2009.5.07.0005: Recurso Ordinário

Constituição Federal:

“Art. 5º (…)

V – “É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”

Código Civil:

“Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a alguém, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para o direito de outrem”.

Indenização - reparação dos danos Danos materiais - perda do emprego - despesas médicas Danos morais - honra - boa fama - autoestima - autorespeito - saúde psíquica e física

Indenização

Ementa 1. JUSTA CAUSA DA RECLAMANTE. FALTA GRAVE. DESÍDIA. COMPROVAÇÃO.

INEXISTÊNCIA. A desídia, enquanto motivo ensejador da dispensa por justa causa, é a grave, patente, devendo restar plenamente demonstrada. A aplicação de penalidades por eventuais faltas não justificadas não se presta à comprovação da desídia, se não apoiada e outras provas que demonstrem cabalmente a tese da reclamada. 2. JUSTA CAUSA DO EMPREGADOR. ASSÉDIO MORAL HORIZONTAL. OMISSÃO. Tomando conhecimento de que a empregada sofria agressões verbais capazes de lesar sua honra, cabe ao empregador tomar as providências para que se cesse a agressão, punindo o agressor de forma exemplar. A omissão do empregador, que tomou conhecimento dos fatos, configura falta grave, nos termos do art. 483, "d" e "e" da CLT, ensejando, além da rescisão indireta, também o dever de reparar o agredido. Recurso ordinário conhecido e provido.

Julgamento: 29/10/2012 - Publicação: 27/11/2012 - Fonte DEJT Processo 0000310-70.2011.5.07.0011: Recurso Ordinário Condenação de R$ 1.000,00

Jurisprudência

Ementa RECURSO ORDINÁRIO - 1 - GRAVAÇÃO AMBIENTAL. LICITUDE DA PROVA. O

processo não é um fim em si mesmo. Destina-se primordialmente para a concretização do direito material violado. Neste diapasão, a prova produzida pelos litigantes se volta para a descoberta da verdade real, permitindo ao juízo a prolação de uma decisão devidamente fundamentada. A gravação ambiental realizada por um dos interlocutores de uma conversa, ainda que sem a ciência dos demais, não deve ser considerada prova inválida, mormente quando destinada à defesa de direitos protegidos pela Constituição, como a inviolabilidade da honra. 2 - DANOS MORAIS. As partes de uma relação de trabalho devem manter entre si laços de respeito e urbanidade durante todo o período contratual. A qualquer momento, ainda que próximo à dispensa, se o empregador praticar ato ilícito que provoque prejuízo imaterial ao empregado, deve reparar-lhe o dano experimentado. Entretanto, o valor da indenização deve guardar proporção diante das condutas ofensivas comprovas.

Julgamento: 31/05/2010 - Publicação: 30/06/2010 - Fonte DEJT (Processo n° 0201500-22.2008.5.07.0001). Condenação – R$ 10.000,00

Jurisprudência

Ementa

1- DANOS MORAIS. REQUISITOS DEMONSTRADOS. INDENIZAÇÃO MAJORADA. A reparação dos danos morais visa à minimizar a dor daquele que visivelmente sofreu lesão à honra e à imagem diante dos constrangimentos sofridos nas dependências da empresa reclamada, acarretando-lhe danos de ordem moral, pelo vexame presenciado por seus colegas de trabalho, pelo abalo psíquico e pela imagem negativa gerada, prejudicando sua boa reputação e atividade profissional. De fato, conclui-se estar sobejamente configurados o dano, o nexo causal e a culpa do empregador, motivo por que há de ser majorada a condenação neste aspecto. 2- JUS POSTULANDI - FACULDADE LEGAL DE POSTULAR EM JUÍZO SEM A ASSISTÊNCIA DE ADVOGADO. O direito de acesso à justiça, enquanto princípio fundamental inserto na CF/88 é extensivo a todos e, portanto, não pode ser tolhido pelo Judiciário Trabalhista sob o manto da existência do "jus postulandi", que é faculdade atribuída ao jurisdicionado e não obrigação de postular em juízo com a assistência de advogado. Estando, pois, a reclamante assistida por advogado e havendo sucumbência da reclamada, impõe-se a condenação desta ao pagamento dos honorários advocatícios.

Julgamento: 30/07/2012 - Publicação: 09/08/2012 - Fonte DEJT Processo nº 0001626-61.2010.5.07.0009: Recurso Ordinário Condenação de R$ 30.000,00

Jurisprudência

Ementa

ASSÉDIO MORAL CONFIGURAÇÃO. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DO MONTANTE INDENIZATÓRIO Comprovado o assédio moral - evidenciado, "in casu", na submissão do trabalhador a situações humilhantes e vexatórias, por iniciativa de preposto de seu empregador e com o conhecimento deste, atos que extrapolam os lindes do poder diretivo patronal, atentando contra a dignidade e a auto-estima - inequívoca a lesão à honra subjetiva, a demandar indenização reparatória, cujo montante, contudo, deve observar os critérios da razoabilidade e proporcionalidade, de modo a oferecer compensação ao ofendido, como conforto pelo dano que não tem medida, e, concomitantemente, obrigar o ofensor a pagar quantia exemplar, que o desestimule a persistir na conduta lesiva.

Julgado: 07/02/2011 - Publicado: 23/03/2011 - Fonte DEJT Processo nº 0062100-54.2008.5.07.0013: Recurso Ordinário

Condenação de R$ 200.000,00

Jurisprudência

Fonte: http://www3.trt7.jus.br/consultajuris/pesqacordao.aspx

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Total

1

4

12

15

24

33

31

12

1

Procedentes

0

2

2

4

9

7

12

3

1

Improcedentes

1

2

10

11

15

26

19

9

0

“Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo

empregador: ... k) ato lesivo de honra e boa fama ou ofensas físicas praticada contra o empregador e

superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem: ... Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida

indenização quando: ... e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família ato

lesivo da honra e boa fama; ...”

Acrescenta o art. 136-A Código Penal

“Art. 136-A. Depreciar, de qualquer forma e reiteradamente a imagem ou o desempenho de servidor público ou empregado, em razão de subordinação hierárquica funcional ou laboral, sem justa causa, ou tratá-lo com rigor excessivo, colocando em risco ou afetando sua saúde física ou psíquica.

Pena - detenção de um a dois anos.” Situação: Pronta para Pauta no PLENÁRIO (PLEN)

Inclusão do art. 203-A Código Penal

“Art. 203-A. Coagir moralmente empregado no ambiente de trabalho, através de atos ou expressões que tenham por objetivo atingir a dignidade ou criar condições de trabalho humilhantes ou degradantes, abusando da autoridade conferida pela posição hierárquica.

Pena - Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e

multa.” Situação: Apensado ao PL 4.742/2001

Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),

aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre coação moral:

“Art. 483. ................................................................................... .................................................................................................... h) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele, coação moral, por meio de atos ou expressões que tenham por objetivo ou efeito atingir sua dignidade e/ou criar condições de trabalho humilhantes ou degradantes, abusando da autoridade que lhes conferem suas funções. .................................................................................................... § 3° Nas hipóteses das alíneas „d‟, „g‟ e „h‟, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até decisão final do processo.” (NR) “Art. 484-A. Se a rescisão do contrato de trabalho foi motivada pela prática de coação moral do empregador ou de seus prepostos contra o trabalhador, o juiz aumentará, pelo dobro, a indenização devida em caso de culpa exclusiva do empregador.”

Situação: Pronta para Pauta na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP)

No âmbito federal:

Projeto de Lei Federal nº 4.591/2001, atualmente arquivado, dispunha sobre a

aplicação de penalidades à prática de assédio moral por parte de servidores

públicos da União, das autarquias e das fundações públicas federais a seus

subordinados, alterando a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Projeto de Lei Federal nº 5.887/2001, tipifica o assédio moral, acrescentando

artigo ao Código Penal (apensado ao PL 4.742/2001);

Projeto de Lei Federal nº 2.369/2003 que caracteriza o assédio moral como

ilícito trabalhista (apensado ao PL 6.757/2010);

Projeto de reforma da Lei nº 8.112, sobre coação moral;

Projeto de reforma da Lei nº 8.666, sobre coação moral;

No âmbito estadual: Lei contra assédio moral do Estado do Rio de Janeiro (Lei nº3.921, de

23/08/2002, primeira lei estadual sobre o tema); Projeto de lei contra assédio moral do Estado de São Paulo (aprovada

em 13/9/2002 pela Assembléia Legislativa e vetada em 8/11/2002 pelo Governador do Estado);

Projeto de lei na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia; Projeto de lei na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará; Projeto de lei na Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo; Projeto de lei na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

No âmbito municipal: Lei contra assédio moral de Americana - SP (Lei nº 3.671, de 07/06/2002); Lei contra assédio moral de Campinas - SP – Lei nº 11.409, de 04/11/2002 - (aprovada em outubro de

2002); Lei contra assédio moral de Cascavel -PR – Lei nº3.243, de 15/05/2001; Lei contra assédio moral de Guarulhos - SP – Lei nº 358/02; Lei contra assédio moral de Iracemápolis - SP (primeira lei brasileira que protege o cidadão contra

assédio moral; Lei nº 1.163, de 24/04/2000); Decreto de regulamentação da lei de Iracemápolis -SP (Dec. 1.134, de 20/04/2001, aprovado em 30 de

abril de 2001); Lei contra assédio moral de Jaboticabal - SP (Lei nº 2.982, de 13 /12/2001); Lei contra assédio moral de Natal - RN (Lei nº 189/02, de 23/02/20020; Lei contra assédio moral de

São Gabriel do Oeste - MS (Lei nº 511, de 04/04/2003, aprovada em abril de 2003); Lei contra assédio moral de São Paulo - SP (lei nº 13.288,de 10/01/2002; Lei contra assédio moral de Sidrolândia - MS (Lei nº 1078/2001, aprovada em 5 de novembro de 2001); Projeto de lei na Câmara Municipal de Amparo - SP; Projeto de lei na Câmara Municipal de Cruzeiro - SP; Projeto de lei na Câmara Municipal de Curitiba - PR; Projeto de lei em Santa Maria – Belo Horizonte – Brasília – Cuiabá – Curitiba – Florianópolis – Goiânia

– João Pessoa – Macapá – Maceió – Pelotas – Porto Alegre – Porto Velho – Rio de Janeiro – Salvador – São Luiz – São Paulo – Vitória

Convenção Coletiva de Trabalho do SEMAPI – Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul

Cláusula 81ª - Constrangimento moral As empresas envidarão esforços para que sejam implementadas orientações de conduta comportamental aos seus respectivos supervisores, gerentes e dirigentes para que, no exercício de suas funções, visem evitar ou coibir práticas que possam caracterizar agressão e constrangimento moral ou antiético a seus subordinados. Parágrafo único: Nos casos de denúncia por parte do trabalhador, será formada uma comissão paritária de 6 (seis) membros, SEMAPI/Entidades abrangidas, excluída a empregadora denunciada, para avaliação e acompanhamento da referida denúncia”.

Instrumentos normativos

Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicato dos

Empregados no Comércio de Fortaleza com a Federação do

Comércio do Estado do Ceará e outros Sindicatos

Assédio Moral

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - ASSÉDIO MORAL/SEXUAL

Em decorrência da relevância deste assunto, as empresas e as partes que

assinam este instrumento buscarão desenvolver programas educativos

para coibir o assedio moral e sexual

Instrumentos normativos

rigor excessivo confiar tarefas inúteis ou degradantes desqualificação ou críticas em público isolamento ou inatividade forçada ameaças explícitas ou veladas exploração de fragilidades psíquicas e físicas limitação ou proibição de qualquer inovação ou iniciativa do

trabalhador impor obrigação de realizar autocríticas em reuniões públicas exposição ao ridículo retirada de mesa de trabalho e pessoal de apoio

Exemplos de condutas que configuram assédio moral

sugestão para pedido de demissão ausência de serviço ou atribuição de metas dificílimas

ou impossíveis de serem cumpridas controle de tempo no banheiro divulgação pública de detalhes íntimos instruções confusas referência a erros imaginários solicitação de trabalhos urgentes para depois jogá-los no lixo ou na gaveta imposição de horários injustificados transferência de sala por mero capricho supressão de funções ou tarefas.

Exemplos de condutas que configuram assédio moral

boicote de material necessário à prestação dos serviços, além de instrumentos como telefone, fax e computador

divulgação de doenças e problemas pessoais de forma direta ou pública

agressões verbais ou através de gestos atribuição de tarefas estranhas à atividade

profissional do empregado, para humilhar e expor a situações vexatórias, como lavar banheiros, fazer limpeza, levar sapatos para engraxar ou rebaixar de função (de médico para atendente de portaria, por exemplo)

trabalho superior às forças do empregado

Exemplos de condutas que configuram assédio moral

Indústria de bebidas Frevo Brasil é acusada de assédio moral ...Indústria de bebidas Frevo Brasil é acusada de assédio moral. ... fazem parte de uma Ação Civil Pública ajuizada pela ... por dano moral coletivo contra os ...

http://www.assediomoral.org/spip.php?article179

SINDICACAU: MPT entra com ação contra Walmart por assédio moralSalvador - O Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou uma ação civil pública contra o Walmart Brasil Ltda., porassédio moral contra trabalhadores.

http://sindicacau.blogspot.com.br/2011/02/mpt-entra-com-acao-contra-walmart-por.html

MP move ação contra o Banco do Brasil por assédio moral ...Quem entrou com a Ação Civil Pública foi o Ministério Público do Trabalho, ... MP move ação contra o Banco doBrasil por assédio moral.

http://linguadefogo2.wordpress.com/2011/10/03/mp-move-acao-contra-o-banco-do-brasil-por-assedio-moral

Ambev é processada por assédio moral na Paraíba - assédio ...Maus tratos - Ambev é processada por assédio moral na Paraíba. ... O Ministério Público do Trabalho entrou com uma Ação Civil Pública contra a empresa.

http://www.assediomoral.org/spip.php?article317

Salvador - BA

Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região na Justiça do Trabalho da Bahia. Acusações de assédio moral, ofensa à dignidade, constrangimento, discriminação racial e um pedido

indenizatório de R$ 10 milhões contra uma das maiores empresas de refrigerantes do Nordeste fazem parte de uma Ação Civil Pública ajuizada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região na Justiça do Trabalho da Bahia.

A ação tem como alvo a Frevo Brasil Indústria de Bebidas, instalada em Salvador, e se originou a partir dos atos praticados contra colegas de trabalho pelo gerente de vendas da empresa, Rogério Sinzatto.

Segundo descreveu na Ação o Procurador Regional do Trabalho, Manoel Jorge e Silva Neto, o funcionário é autor de uma série de atos que terminaram "por se converter na mais grave sucessão de transgressões à dignidade dos trabalhadores que tivemos notícia ao longo de 12 anos atuando no Ministério Público do Trabalho, alcançando mesmo as raias do absurdo e do inacreditável, não fosse a prova testemunhal que relatou, com firmeza e convicção, acerca dos tristes episódios que tiveram por protagonista o gerente de vendas da Acionada, Rogério Sinzatto".

De acordo com denúncia feita por uma funcionária ao Ministério Público do Trabalho, Sinzatto ofendeu a dignidade da trabalhadora ao oferecê-la como "prêmio" aos vendedores que viessem a atingir determinada cota mensal ou a clientes que adquirissem os produtos da empresa. Ele é acusado de ter queimado as nádegas da denunciante com um isqueiro. O fato teria ocorrido diversas vezes e foi confirmado por testemunhas ouvidas pelo MPT. Além disso, em uma reunião, o gerente teria indagado aos vendedores se mantêm relações sexuais com a funcionária, quando teria perguntado "você não pega essa neguinha aí, não?".

O depoimento colhido por outra testemunha revela que Rogério Sinzatto obrigou colegas de trabalho do sexo masculino a usar saias como prenda por não terem atingido a cota de vendas. Pior: como castigo teria obrigado os vendedores que não atingiram novamente a cota a segurar um pênis de borracha.

Fonte: www.assediomoral.org/spip.php?article179

Nem sempre a prática do assédio moral é de fácil comprovação,

porquanto, na maioria das vezes, ocorre de forma velada, dissimulada, visando minar a auto-estima da vítima e a desestabilizá-la.

Pode camuflar-se numa “brincadeira” sobre o jeito de ser do assediado ou uma característica pessoal ou familiar, ou, ainda, sob a forma de insinuações humilhantes acerca de situações compreendidas por todos, mas cuja sutileza torna impossível a defesa do assediado, sob pena de ser visto como paranóico ou destemperado.

(Dom, 4 Nov 2012, 06:00) TST, ministra Maria Cristina Peduzzi

De acordo com o ranking anual elaborado e divulgado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil saltou de 82º para 62º lugar em se tratando de redução de desigualdade de gêneros. Tanto a Constituição Federal brasileira quanto a legislação infraconstitucional – trabalhista, eleitoral, civil e penal - trazem diversos dispositivos de proteção à mulher.

Mas será que nosso conjunto de leis tem sido suficiente para impedir que milhares de mulheres que vêm conquistando mais espaço no mundo do trabalho sejam tratadas de forma discriminatória, humilhante e muitas vezes doentia?

Diariamente juízes do Trabalho de todo o país julgam processos com pedidos de indenização por dano moral decorrente de assédio a mulheres. Os casos vão para as páginas oficiais dos tribunais, muitos ganham destaque nos jornais de repercussão nacional. Mas segundo os magistrados, esses processos representam apenas a ponta do iceberg do grande problema trabalhista contemporâneo: o assédio.

1. Havendo reconhecimento do erro de conduta pelo “assediador” e mudança de comportamento, com pedido de desculpas, não há que se falar em assédio;

2. Criar um código de ética e conduta que deve ser lido por todos os trabalhadores;

3. Implantar caixa de sugestões para, dentre outras coisas, denunciar o assédio;

4. Inserir cláusula no contrato de trabalho, estabelccendo que o assediador responderá diretamente pelos prejuízos causados à empresa;

5. Campanha de informação e esclarecimento sobre o assédio moral;

6. Não confundir uma cobrança de postura ou uma cobrança de metas com o assédio moral.

O combate eficaz do assédio moral, nas relações de trabalho, exige a atenção dos empregadores e de seus prepostos, quer no trato diário com os seus subordinados, quer na observação do ambiente de trabalho, de forma a não promover atos que configurem abusos de seus gestores, tampouco permitir que seus colaboradores adotem atitudes que possam ser configuradas como assédio moral.

A boa fé, humildade e o bom senso devem

permear todas as relações entre os colaboradores de uma empresa, independente de sua posição hierárquica, devendo sempre prevalecer a qualidade de líder, acima da posição de chefia, assim como o espírito de equipe.

C O S I N

Obrigado!

Contato - Adenauer Moreira

[email protected]

Telefone – (85) 3052 3052

Celular – (85) 9123 0048