3-legislacao-de-estagio - lei 11.788 de 25 de setembro 2008

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    LEI N 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008.

    Dispe sobre o estgio de estudantes; altera aredao do art. 428 da Consolidao das Leisdo Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no5.452, de 1ode maio de 1943, e a Leino9.394, de 20 de dezembro de 1996; revogaas Leis nos6.494, de 7 de dezembro de 1977,e 8.859, de 23 de maro de 1994, o pargrafonico do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 dedezembro de 1996, e o art. 6o da MedidaProvisria no 2.164-41, de 24 de agosto de2001; e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta eeu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO IDA DEFINIO, CLASSIFICAO E RELAES DE ESTGIO

    Art. 1o Estgio ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente detrabalho, que visa preparao para o trabalho produtivo de educandos que estejamfreqentando o ensino regular em instituies de educao superior, de educaoprofissional, de ensino mdio, da educao especial e dos anos finais do ensinofundamental, na modalidade profissional da educao de jovens e adultos.

    1o O estgio faz parte do projeto pedaggico do curso, alm de integrar o itinerrioformativo do educando.

    2o O estgio visa ao aprendizado de competncias prprias da atividadeprofissional e contextualizao curricular, objetivando o desenvolvimento do educandopara a vida cidad e para o trabalho.

    Art. 2o O estgio poder ser obrigatrio ou no-obrigatrio, conforme determinaodas diretrizes curriculares da etapa, modalidade e rea de ensino e do projeto pedaggico docurso.

    1o Estgio obrigatrio aquele definido como tal no projeto do curso, cuja cargahorria requisito para aprovao e obteno de diploma.

    2o Estgio no-obrigatrio aquele desenvolvido como atividade opcional,

    acrescida carga horria regular e obrigatria. 3o As atividades de extenso, de monitorias e de iniciao cientfica na educao

    superior, desenvolvidas pelo estudante, somente podero ser equiparadas ao estgio emcaso de previso no projeto pedaggico do curso.

    Art. 3o O estgio, tanto na hiptese do 1odo art. 2odesta Lei quanto na prevista no 2odo mesmo dispositivo, no cria vnculo empregatcio de qualquer natureza, observadosos seguintes requisitos:

    I matrcula e freqncia regular do educando em curso de educao superior, deeducao profissional, de ensino mdio, da educao especial e nos anos finais do ensino

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    fundamental, na modalidade profissional da educao de jovens e adultos e atestados pelainstituio de ensino;

    II celebrao de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do

    estgio e a instituio de ensino;III compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estgio e aquelas previstas

    no termo de compromisso. 1o O estgio, como ato educativo escolar supervisionado, dever ter

    acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituio de ensino e por supervisorda parte concedente, comprovado por vistos nos relatrios referidos no inciso IV do caputdo art. 7odesta Lei e por meno de aprovao final.

    2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquerobrigao contida no termo de compromisso caracteriza vnculo de emprego do educandocom a parte concedente do estgio para todos os fins da legislao trabalhista eprevidenciria.

    Art. 4o A realizao de estgios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantesestrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no Pas, autorizados oureconhecidos, observado o prazo do visto temporrio de estudante, na forma da legislaoaplicvel.

    Art. 5o As instituies de ensino e as partes cedentes de estgio podem, a seucritrio, recorrer a servios de agentes de integrao pblicos e privados, mediantecondies acordadas em instrumento jurdico apropriado, devendo ser observada, no casode contratao com recursos pblicos, a legislao que estabelece as normas gerais delicitao.

    1o Cabe aos agentes de integrao, como auxiliares no processo deaperfeioamento do instituto do estgio:

    I identificar oportunidades de estgio;II ajustar suas condies de realizao;III fazer o acompanhamento administrativo;IV encaminhar negociao de seguros contra acidentes pessoais;V cadastrar os estudantes. 2o vedada a cobrana de qualquer valor dos estudantes, a ttulo de remunerao

    pelos servios referidos nos incisos deste artigo. 3o Os agentes de integrao sero responsabilizados civilmente se indicarem

    estagirios para a realizao de atividades no compatveis com a programao curricularestabelecida para cada curso, assim como estagirios matriculados em cursos ouinstituies para as quais no h previso de estgio curricular.

    Art. 6o O local de estgio pode ser selecionado a partir de cadastro de partescedentes, organizado pelas instituies de ensino ou pelos agentes de integrao.

    CAPTULO IIDA INSTITUIO DE ENSINO

    Art. 7o So obrigaes das instituies de ensino, em relao aos estgios de seuseducandos:

    I celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ouassistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parteconcedente, indicando as condies de adequao do estgio proposta pedaggica do

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    curso, etapa e modalidade da formao escolar do estudante e ao horrio e calendrioescolar;

    II avaliar as instalaes da parte concedente do estgio e sua adequao formao

    cultural e profissional do educando;III indicar professor orientador, da rea a ser desenvolvida no estgio, como

    responsvel pelo acompanhamento e avaliao das atividades do estagirio;IV exigir do educando a apresentao peridica, em prazo no superior a 6 (seis)

    meses, de relatrio das atividades;V zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagirio para

    outro local em caso de descumprimento de suas normas;VI elaborar normas complementares e instrumentos de avaliao dos estgios de

    seus educandos;VII comunicar parte concedente do estgio, no incio do perodo letivo, as datas

    de realizao de avaliaes escolares ou acadmicas.

    Pargrafo nico. O plano de atividades do estagirio, elaborado em acordo das 3(trs) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3odesta Lei, ser incorporado aotermo de compromisso por meio de aditivos medida que for avaliado, progressivamente, odesempenho do estudante.

    Art. 8o facultado s instituies de ensino celebrar com entes pblicos e privadosconvnio de concesso de estgio, nos quais se explicitem o processo educativocompreendido nas atividades programadas para seus educandos e as condies de quetratam os arts. 6oa 14 desta Lei.

    Pargrafo nico. A celebrao de convnio de concesso de estgio entre ainstituio de ensino e a parte concedente no dispensa a celebrao do termo decompromisso de que trata o inciso II do caput do art. 3odesta Lei.

    CAPTULO IIIDA PARTE CONCEDENTE

    Art. 9o As pessoas jurdicas de direito privado e os rgos da administrao pblicadireta, autrquica e fundacional de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municpios, bem como profissionais liberais de nvel superior devidamenteregistrados em seus respectivos conselhos de fiscalizao profissional, podem oferecerestgio, observadas as seguintes obrigaes:

    I celebrar termo de compromisso com a instituio de ensino e o educando, zelandopor seu cumprimento;

    II ofertar instalaes que tenham condies de proporcionar ao educando atividadesde aprendizagem social, profissional e cultural;

    III indicar funcionrio de seu quadro de pessoal, com formao ou experinciaprofissional na rea de conhecimento desenvolvida no curso do estagirio, para orientar esupervisionar at 10 (dez) estagirios simultaneamente;

    IV contratar em favor do estagirio seguro contra acidentes pessoais, cuja apliceseja compatvel com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo decompromisso;

    V por ocasio do desligamento do estagirio, entregar termo de realizao doestgio com indicao resumida das atividades desenvolvidas, dos perodos e da avaliaode desempenho;

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    VI manter disposio da fiscalizao documentos que comprovem a relao deestgio;

    VII enviar instituio de ensino, com periodicidade mnima de 6 (seis) meses,

    relatrio de atividades, com vista obrigatria ao estagirio.Pargrafo nico. No caso de estgio obrigatrio, a responsabilidade pela contratao

    do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poder, alternativamente, serassumida pela instituio de ensino.

    CAPTULO IVDO ESTAGIRIO

    Art. 10. A jornada de atividade em estgio ser definida de comum acordo entre ainstituio de ensino, a parte concedente e o aluno estagirio ou seu representante legal,devendo constar do termo de compromisso ser compatvel com as atividades escolares e

    no ultrapassar:I 4 (quatro) horas dirias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de

    educao especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional deeducao de jovens e adultos;

    II 6 (seis) horas dirias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes doensino superior, da educao profissional de nvel mdio e do ensino mdio regular.

    1o O estgio relativo a cursos que alternam teoria e prtica, nos perodos em queno esto programadas aulas presenciais, poder ter jornada de at 40 (quarenta) horassemanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedaggico do curso e da instituio deensino.

    2o Se a instituio de ensino adotar verificaes de aprendizagem peridicas ou

    finais, nos perodos de avaliao, a carga horria do estgio ser reduzida pelo menos metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho doestudante.

    Art. 11. A durao do estgio, na mesma parte concedente, no poder exceder 2(dois) anos, exceto quando se tratar de estagirio portador de deficincia.

    Art. 12. O estagirio poder receber bolsa ou outra forma de contraprestao quevenha a ser acordada, sendo compulsria a sua concesso, bem como a do auxlio-transporte, na hiptese de estgio no obrigatrio.

    1o A eventual concesso de benefcios relacionados a transporte, alimentao esade, entre outros, no caracteriza vnculo empregatcio.

    2o Poder o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do

    Regime Geral de Previdncia Social.Art. 13. assegurado ao estagirio, sempre que o estgio tenha durao igual ou

    superior a 1 (um) ano, perodo de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozadopreferencialmente durante suas frias escolares.

    1o O recesso de que trata este artigo dever ser remunerado quando o estagirioreceber bolsa ou outra forma de contraprestao.

    2o Os dias de recesso previstos neste artigo sero concedidos de maneiraproporcional, nos casos de o estgio ter durao inferior a 1 (um) ano.

    Art. 14. Aplica-se ao estagirio a legislao relacionada sade e segurana notrabalho, sendo sua implementao de responsabilidade da parte concedente do estgio.

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    CAPTULO VDA FISCALIZAO

    Art. 15. A manuteno de estagirios em desconformidade com esta Lei caracterizavnculo de emprego do educando com a parte concedente do estgio para todos os fins dalegislao trabalhista e previdenciria.

    1o A instituio privada ou pblica que reincidir na irregularidade de que trata esteartigo ficar impedida de receber estagirios por 2 (dois) anos, contados da data da decisodefinitiva do processo administrativo correspondente.

    2o A penalidade de que trata o 1odeste artigo limita-se filial ou agncia em quefor cometida a irregularidade.

    CAPTULO VIDAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 16. O termo de compromisso dever ser firmado pelo estagirio ou com seurepresentante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e dainstituio de ensino, vedada a atuao dos agentes de integrao a que se refere o art. 5 odesta Lei como representante de qualquer das partes.

    Art. 17. O nmero mximo de estagirios em relao ao quadro de pessoal dasentidades concedentes de estgio dever atender s seguintes propores:

    I de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagirio;II de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: at 2 (dois) estagirios;III de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: at 5 (cinco) estagirios;IV acima de 25 (vinte e cinco) empregados: at 20% (vinte por cento) de

    estagirios. 1o Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de

    trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estgio. 2o Na hiptese de a parte concedente contar com vrias filiais ou estabelecimentos,

    os quantitativos previstos nos incisos deste artigo sero aplicados a cada um deles. 3o Quando o clculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo

    resultar em frao, poder ser arredondado para o nmero inteiro imediatamente superior. 4o No se aplica o disposto no caput deste artigo aos estgios de nvel superior e de

    nvel mdio profissional. 5o Fica assegurado s pessoas portadoras de deficincia o percentual de 10% (dez

    por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estgio.

    Art. 18. A prorrogao dos estgios contratados antes do incio da vigncia desta Leiapenas poder ocorrer se ajustada s suas disposies.

    Art. 19. O art. 428 da Consolidao das Leis do Trabalho CLT, aprovada peloDecreto-Lei no5.452, de 1ode maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alteraes:

    Art. 428. ......................................................................

    1o A validade do contrato de aprendizagem pressupeanotao na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, matrcula efreqncia do aprendiz na escola, caso no haja concludo o ensinomdio, e inscrio em programa de aprendizagem desenvolvido sob

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    orientao de entidade qualificada em formao tcnico-profissionalmetdica.

    ......................................................................

    3o O contrato de aprendizagem no poder ser estipuladopor mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendizportador de deficincia.

    ......................................................................

    7o Nas localidades onde no houver oferta de ensino mdiopara o cumprimento do disposto no 1odeste artigo, a contrataodo aprendiz poder ocorrer sem a freqncia escola, desde que ele

    j tenha concludo o ensino fundamental. (NR)

    Art. 20. O art. 82 da Lei no9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com aseguinte redao:

    Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecero as normas derealizao de estgio em sua jurisdio, observada a lei federal sobrea matria.

    Pargrafo nico. (Revogado). (NR)

    Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 22. Revogam-se as Leis nos6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 demaro de 1994, o pargrafo nico do art. 82 da Lei no9.394, de 20 de dezembro de 1996, eo art. 6oda Medida Provisria no2.164-41, de 24 de agosto de 2001.

    Braslia, 25 de setembro de 2008; 187oda Independncia e 120oda Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVAFernando Haddad

    Andr Peixoto Figueiredo Lima

    DOU de 26.9.2008 , seo I, pg. 3

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    SECRETARIA DE GESTO PBLICA

    ORIENTAO NORMATIVA N 4, DE 4 DE JULHO DE 2014

    Estabelece orientaes sobre a

    aceitao de estagirios no mbito daAdministrao Pblica Federal direta,autrquica e fundacional.

    A SECRETRIA DE GESTO PBLICA DO MINISTRIO DOPLANEJAMENTO, ORAMENTO E GESTO, no uso das atribuies que lheconfere o art. 26, incisos II e III, do Anexo I, do Decreto n 8.189, de 21 de janeiro de2014, e tendo em vista o disposto na Lei n 11.788, de 25 de setembro de 2008,

    publicada no Dirio Oficial da Unio de 26 de setembro de 2008, resolve:CAPTULO IDAS DISPOSIES INICIAIS

    Art. 1 - Estabelecer orientaes aos rgos e entidades do Sistema dePessoal Civil da Administrao Federal - SIPEC quanto aceitao de estagirios denvel superior, de ensino mdio, de educao profissional, de educao especial e dosanos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e adultos.

    Art. 2 - O estgio poder ser obrigatrio ou no obrigatrio, conformedeterminao das diretrizes curriculares da etapa, da modalidade, da rea de ensino e do

    projeto pedaggico do curso em que o aluno se encontre matriculado. 1 Estgio obrigatrio aquele definido como tal no projeto do curso, cuja

    carga horria requisito para aprovao e obteno de diploma. 2 Estgio no obrigatrio aquele desenvolvido como atividade opcional,

    acrescida carga horria regular e obrigatria do curso.Art. 3 - O estgio obrigatrio ser realizado sem nus para os rgos e

    entidades da Administrao Pblica Federal direta, autrquica e fundacional.CAPTULO IIDO ESTGIOArt. 4 - A realizao do estgio obrigatrio ou no obrigatrio, nos rgos e

    entidades de que trata o art. 1 desta Orientao Normativa observar, dentre outros, osseguintes requisitos:

    I - matrcula e frequncia regular do estudante, atestados pela instituio deensino, em curso de educao superior, de educao profissional, de ensino mdio, deeducao especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional

    da educao de jovens e adultos;II - celebrao de Termo de Compromisso de Estgio TCE entre oestudante, a parte concedente do estgio e a instituio de ensino; e

    III - compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estgio e asprevistas no TCE.

    1 O estgio, como ato educativo supervisionado, dever ser acompanhadoefetivamente pelo professor orientador da instituio de ensino e por um supervisor da

    parte concedente, comprovado por vistos nos relatrios de que trata o art. 9, VII, destaOrientao Normativa e por meno de aprovao final.

    2 Juntamente com os relatrios exigidos no pargrafo anterior, o rgo ouentidade de que trata o art. 1 desta Orientao Normativa encaminhar instituio de

    ensino o certificado de estgio.

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    Art. 5 - O plano de atividades do estagirio, elaborado em comum acordocom o rgo ou entidade e a instituio de ensino, ser incorporado ao TCE por meio deaditivos, na medida em que for avaliado o desempenho do estudante.

    Art. 6 - Aplicam-se as disposies desta Orientao Normativa aosestudantes estrangeiros regularmente matriculados em instituio de ensino no Pas, em

    cursos autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporrio deestudante, na forma da legislao aplicvel.Art. 7 - O quantitativo de estagirios nos rgos e entidades corresponder

    a 20% (vinte por cento) da sua fora de trabalho, observada a dotao oramentria. 1 Para fins do disposto no caput, considera-se fora de trabalho o

    quantitativo de cargos, empregos ou funes pblicas de que dispem os rgos ouentidade, o que compreende os servidores estatutrios; os ocupantes de cargos pblicos;os empregados pblicos, os contratados sob o regime de legislao trabalhista; oscontratados temporariamente pela Lei n 8.745, de 09 de dezembro de 1993; e os cargosvagos.

    2 Sobre o percentual de 20% do quantitativo mximo de estagirios que o

    rgo ou entidade poder contratar, aplicam-se os seguintes percentuais:I - 50% para estagirios de nvel superior, reservando-se 10% para os

    estagirios com deficincia;II - 25% para estagirios de nvel mdio, reservando-se 10% para os

    estagirios com deficincia;III - 25% para os estudantes de educao profissional e dos anos finais do

    ensino fundamental na modalidade de jovens, com idade igual ou superior a 14 anos eadultos, reservando-se 10% para os estagirios com deficincia.

    3 O percentual de 10% reservado em cada modalidade de estgio serdestinado ao estudante cuja deficincia seja compatvel com o estgio a ser realizado.

    4 Na hiptese de o rgo ou a entidade contar com unidades regionais emsua estrutura organizacional, os quantitativos previstos no caput sero aplicados a cadauma delas.

    5 Quando o clculo do percentual total disposto no caput resultar emfrao poder ser arredondado para o nmero inteiro imediatamente superior.

    6 Os rgos e entidades podero autorizar a contratao de estagirios denvel superior e mdio profissionalizante acima do limite previsto no caput, observado odisposto no 4 do art. 17 da Lei n 11.788, de 2008, e a competncia de que trata o art.13 do Decreto-Lei n 200, de 1967, com base na razoabilidade, no interesse pblico e nadotao oramentria.

    Seo I

    Da Parte ConcedenteArt. 8 - Os rgos e entidades podero celebrar convnio com asinstituies de ensino para aceitao de estagirios, no qual constaro as atividades aserem desenvolvidas pelos estudantes, desde que guardem estrita correlao com a

    proposta pedaggica do curso.Pargrafo nico. A celebrao de convnio de que trata o caput deste artigo

    no dispensa a celebrao do TCE previsto no inciso II do art. 4 desta OrientaoNormativa.

    Art. 9 - Os rgos e entidades podero oferecer estgio, observadas asseguintes obrigaes:

    I - celebrar TCE entre a instituio de ensino e o estudante, zelando pelo seu

    cumprimento;

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    II - ofertar instalaes que tenham condies adequadas de propiciar aoestagirio o desenvolvimento de atividades de aprendizagem social e profissional.

    III - indicar servidor da sua fora de trabalho, com formao ou experincia

    profissional na rea de conhecimento desenvolvida no curso do estagirio, para orientare supervisionar at 10 (dez) estagirios simultaneamente;IV - para a orientao e superviso do estagirio de nvel fundamental ou

    mdio, o servidor indicado deve ter, no mnimo, o mesmo nvel de formao doestagirio.

    V - contratar seguro contra acidentes pessoais, em favor do estagirio deestgio obrigatrio, cuja aplice seja compatvel com os valores de mercado, conformeestabelecido no TCE;

    VI - por ocasio do desligamento do estagirio, entregar termo de realizaode estgio com indicao resumida das atividades desenvolvidas, dos perodos e daavaliao de desempenho;

    VII - manter disposio da fiscalizao, o Termo de Compromisso deEstgio - TCE e os Termos Aditivos de que trata o 3 do art. 10, a fim de comprovar arelao de estgio sempre que necessrio; e

    VIII - enviar instituio de ensino, semestralmente, relatrio de atividadescom vista obrigatria do estagirio.

    Pargrafo nico. A contratao de seguro contra acidentes pessoais, emnome do estagirio, para o caso de morte ou invalidez permanente, condio essencial

    para a celebrao de contrato ou convnio, devendo constar do TCE o respectivonmero de aplice e o nome da Seguradora.

    Art. 10 - O supervisor do estgio ser designado pelo chefe da unidade emque o estagirio desenvolver suas atividades, devendo possuir formao ou experincia

    profissional na rea de conhecimento desenvolvida no curso do estagirio, observadosos incisos III e IV do art. 9.

    1 O supervisor de estgio dever possuir, no mnimo, o mesmo nvel deformao do estudante de nvel fundamental ou mdio.

    2 Compete ao supervisor do estgio acompanhar e atestar a frequnciamensal do estagirio e encaminh-la unidade de recursos humanos do rgo ouentidade onde se realiza o estgio.

    3 Caso haja alteraes relacionadas ao estgio dever ser elaboradoTermo Aditivo, que ser anexado ao TCE, exceto nos casos de mudana do rgocontratante.

    Seo IIDos Agentes de IntegraoArt. 11 - Os rgos ou entidades podem recorrer aos servios de agentes de

    integrao pblicos ou privados para atuarem como auxiliares no processo deaperfeioamento do instituto do estgio, mediante condies acordadas em instrumento

    jurdico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratao com recursospblicos, a legislao que estabelece as normas gerais de licitao.

    Pargrafo nico. Para fins desta Orientao Normativa os agentes deintegrao pblicos ou privados so entidades que fazem a interlocuo entre ainstituio de ensino, o estagirio e o rgo ou entidade integrante, inserindo estudantesno ambiente do mercado de trabalho, colaborando para o desenvolvimento de

    habilidades, modalidades de atuao e formao profissional desses estudantes.

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    Seo IIIDo EstagirioArt. 12 - A carga horria do estgio ser de quatro horas dirias e vinte

    semanais ou de seis horas dirias e trinta semanais, observado o disposto no art. 10, I,da Lei n 11.788, de 2008, bem como o horrio de funcionamento do rgo ou entidade,desde que compatvel com o horrio escolar, devendo ser cumprida no local indicado

    pelo rgo ou entidade. 1 A carga horria do estgio dos nveis mdio e superior poder ser

    inferior quela estabelecida no art. 10, II, da Lei n 11.788, de 2008, com percepoproporcional do valor da bolsa estgio.

    2 O disposto no pargrafo anterior ocorrer no interesse do rgo ouentidade e atender os requisitos previstos no art. 4 desta Orientao Normativa.

    3 vedada a realizao de carga horria diria superior prevista nocaput deste artigo, ressalvada a compensao de falta justificada, limitada a 1 (uma)

    hora por jornada. 4 Na hiptese de falta justificada, o estagirio poder compensar o

    horrio no estagiado at o ms subsequente ao da ocorrncia da falta, quandoautorizado pelo supervisor do estgio.

    5 Poder o supervisor do estgio, com base na razoabilidade e nointeresse pblico, definir outras hipteses em que a falta ser considerada justificada,sem a necessidade de compensao ou de descontos na bolsa estgio.

    6 Para fins dessa Orientao Normativa ser considerada falta justificada,em que no se exigir compensao, aquelas decorrentes de tratamento da prpriasade, com apresentao de atestado mdico.

    7 A carga horria dos estudantes do ensino especial e dos ltimos anos doensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e adultos, no poderultrapassar 4 (quatro) horas dirias e 20 (vinte) semanais.

    8 Fica assegurada ao estagirio a carga horria reduzida pela metade, nosperodos de avaliao de aprendizagem, conforme estipulado no TCE e mediantedeclarao da Instituio de Ensino.

    Art. 13 - O valor da bolsa-estgio, no mbito dos rgos e entidades de quetrata o art. 1 desta Orientao Normativa, ser definido em Portaria a ser publicada pelodirigente mximo do rgo central do SIPEC.

    1 At que seja publicado o ato de que trata o caput, o estudante emestgio no obrigatrio, de nvel superior ou de nvel mdio, perceber bolsa-estgio no

    valor de R$ 520,00 (quinhentos e vinte reais) e de R$ 290,00 (duzentos e noventa reais),respectivamente. 2 O valor da bolsa-estgio de que trata o 1 do art. 12 desta Orientao

    Normativa, ser proporcional jornada definida no TCE. 3 As faltas justificadas com apresentao de atestado mdico para

    tratamento da prpria sade, o perodo de carga horria reduzida de que trata o 8 doart. 12 e as demais justificativas aceitas pelo supervisor de estgio, no ensejaro acompensao de horrio e no sero objeto de desconto na bolsa estgio.

    4 vedado o desconto de qualquer valor na bolsa-estgio, exceo dosvalores referentes s faltas injustificadas e s horas no compensadas, na forma do 4do art. 12.

    Art. 14 - O estagirio receber auxlio-transporte em pecnia por diaefetivamente estagiado, no valor correspondente a R$ 6,00 (seis reais).

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    1 No ser concedido auxlio-transporte ao estagirio nas ocorrncias defaltas, mesmo naquelas justificadas, uma vez que no houve o deslocamento.

    2 O pagamento do auxlio-transporte ser efetuado no ms anterior ao desua utilizao.

    Art. 15 - Na vigncia dos contratos de estgio obrigatrio e no obrigatrio

    assegurado ao estagirio perodo de recesso proporcional ao semestre efetivamenteestagiado, a ser usufrudo preferencialmente nas frias escolares, observada a seguinteproporo:

    I - um semestre, 15 dias consecutivos;II - dois semestres, 30 dias;III - trs semestres, 45 dias; eIV - quatro semestres, 60 dias. 1 Os perodos de recesso devero ser usufrudos durante a vigncia do

    TCE e aqueles de que tratam os incisos II a IV do caput deste artigo podero serparcelados em at trs etapas, a critrio do supervisor do estgio.

    2 Os perodos de recesso do estagirio que perceba bolsa estgio sero

    remunerados. 3 Na hiptese dos desligamentos de que tratam os incisos I a VII do art.

    16, o estagirio que receber bolsa-estgio e no houver usufrudo do recessoremunerado, proporcional ou integral, durante a vigncia do contrato celebrado, far jusao seu recebimento em pecnia.

    Art. 16 - O estudante ser desligado do estgio nas seguintes hipteses:I - automaticamente, ao trmino do estgio;II - a pedido;III - decorrida a tera parte do tempo previsto para a durao do estgio, se

    comprovada a insuficincia na avaliao de desempenho no rgo, na entidade ou nainstituio de ensino;

    IV - a qualquer tempo, no interesse da Administrao;V - em decorrncia do descumprimento de qualquer obrigao assumida no

    Termo de Compromisso de Estgio - TCE;VI - pelo no comparecimento, sem motivo justificado, por mais de cinco

    dias consecutivos ou no, no perodo de um ms, ou 30 (trinta) dias durante todo operodo de estgio;

    VII - pela interrupo do curso na instituio de ensino a que pertena oestagirio; e

    VIII - por conduta incompatvel com a exigida pela Administrao.CAPTULO III

    DISPOSIES GERAISArt. 17 - A durao do estgio no mesmo rgo ou entidade no poderexceder a quatro semestres, salvo quando se tratar de estagirio com deficincia, que

    poder permanecer no mesmo rgo ou entidade at o trmino do curso.Art. 18 - O estudante de nvel superior contemplado pelo Programa

    Universidade para Todos - ProUni e Programa de Financiamento Estudantil - FIES terprioridade na concorrncia por vagas de estgio na Administrao Pblica Federal.

    Art. 19 - A realizao do estgio no acarretar vnculo empregatcio dequalquer natureza e dar-se- mediante Termo de Compromisso de Estgio celebradoentre o estudante ou com seu representante ou assistente legal, quando for o caso, e orgo ou entidade, com a intervenincia obrigatria da instituio de ensino, no qual

    dever constar:I - identificao do estagirio, do curso e seu nvel acadmico;

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    II - qualificao e assinatura dos contratantes ou convenentes;III - indicao expressa de que o Termo de Compromisso de Estgio decorre

    de contrato ou convnio;IV - meno de que o estgio no acarretar qualquer vnculo empregatcio;V - valor da bolsa-estgio, quando houver;

    VI - vedao expressa possibilidade de qualquer espcie de cobrana oudesconto pelo agente de integrao na bolsa estgio;VII - a carga horria semanal compatvel com o horrio escolar;VIII - durao do estgio, obedecido o perodo mnimo de um semestre;IX - obrigao de apresentar relatrios semestrais e finais ao dirigente da

    unidade onde se realiza o estgio, sobre o desenvolvimento das tarefas que lhes foramcometidas;

    X - assinatura do estagirio, do responsvel pelo rgo ou entidade e dainstituio de ensino;

    XI - assinatura do representante ou assistente legal do estagirio, quandohouver;

    XII - condies de desligamento do estgio;XIII - meno do contrato a que se vincula o estudante, e do convnio ao

    qual se vincula a parte concedente e a instituio deensino;XIV - indicao nominal do professor orientador da rea objeto de

    desenvolvimento, a quem caber avaliar o desempenho do estudante no estgio; eXV - indicao de que o estudante somente ter a carga horria do estgio

    reduzida pelo menos metade nos dias de verificaes peridicas ou finais,condicionada apresentao de declarao emitida pela instituio de ensino.

    Art. 20 - Para a execuo do disposto nesta Orientao Normativa, caber sunidades de recursos humanos:

    I - articular as oportunidades de estgio em conjunto com as instituies deensino ou agentes de integrao;

    II - participar da elaborao dos contratos ou convnios a serem celebradoscom as instituies de ensino ou agentes de integrao;

    III - solicitar s instituies de ensino ou agentes de integrao a indicaode estudantes que preencham os requisitos exigidos pelo rgo ou entidade ofertante daoportunidade de estgio;

    IV - selecionar os candidatos ao estgio;V - lavrar o Termo de Compromisso de Estgio a ser assinado pelo

    estudante e pela instituio de ensino;

    VI - efetuar o pagamento da bolsa-estgio e dos auxlios a que fizerem jusos estagirios, por intermdio do Sistema Integrado de Administrao de RecursosHumanos - SIAPE;

    VII - receber os relatrios, as avaliaes e as frequncias do estagirio, dasunidades onde se realizar o estgio;

    VIII - analisar as comunicaes de desligamento de estgios;

    IX - expedir o certificado de estgio;X - apresentar os estagirios desligados do SIAPE s instituies de ensino

    ou aos agentes de integrao; eXI - dar amplo conhecimento das disposies contidas nesta Orientao

    Normativa s unidades de recursos humanos do rgo ou entidade, aos supervisores deestgio e aos estagirios.

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    Art. 21 - As unidades de recursos humanos mantero atualizados no SIAPE,o nmero total de estudantes aceitos como estagirios de nveis superior, mdio, deeducao profissional, de educao especial e dos anos finais do ensino fundamental, namodalidade profissional de jovens e adultos.

    CAPTULO IV

    DAS DISPOSIES FINAISArt. 22 - As despesas para concesso da bolsa-estgio e de auxlios somentepodero ser autorizadas se houver prvia e suficiente dotao oramentria, constantedo oramento do rgo ou entidade onde se realizar o estgio.

    Art. 23 - O gasto com o auxlio-transporte dos estagirios dever serefetuado na mesma programao utilizada para o financiamento decorrente dacontratao de estagirios, nos termos do Ofcio-Circular n 1 DEAFI/SOF/SRH/MP, de1 de outubro de 2008.

    Art. 24 - As questes omissas sero tratadas pela Secretaria de GestoPblica.

    Art. 25 - Esta Orientao Normativa entra em vigor na data de sua

    publicao.Art. 26 - Fica revogada a Orientao Normativa n 7, de 30 de outubro de

    2008.

    MARILENE FERRARI LUCAS ALVES FILHA

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 08/07/2014, seo I, pg. 81