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Faculdade 2 de Julho Curso de Direito Prática P. Penal V 3ª aula 15.02.014 Prof. Carlos Magno Vieira Advogado / Mestrando em Família na Sociedade Contemporânea - UCSAL

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Faculdade 2 de Julho

Curso de Direito

Prática P. Penal V 3ª aula – 15.02.014

Prof. Carlos Magno VieiraAdvogado / Mestrando em Família na Sociedade

Contemporânea - UCSAL

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FRASE DO DIA

“ Dinheiro é a mansão no bairro errado, que começa adesmoronar após dez anos. Poder é o velho edifício de

pedra, que se mantém de pé por séculos”. ( House ofCards)

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AÇÃO PENAL

• Conceito :

• “É o direito público subjetivo de pedir ao Estado-juiz aaplicação do direito penal ao caso concreto.” (TÁVORAE ALENCAR, 2012:157)

• Obs: A CF expõe no art. 5º, inciso XXXV, que: “ a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça do direito.”

• “É também o direito público subjetivo do Estado-Administração, único titular do poder-dever depunir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do direitopenal objetivo, com a consequente satisfação dapretensão punitiva .” (CAPEZ, 2012:155)

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AÇÃO PENAL

• “ ...um direito de natureza pública, que pertence aoindivíduo, como pessoa, e ao próprio Estado, enquantoadministração, perante os órgãos destinados a tal fim.”(MIRABETE,2003:101)

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CARACTERÍSTICAS• Um direito autônomo, que não se confunde com o

direito material que se pretende tutelar;

• Um direito abstrato, que independe do resultado final do processo;

• Um direito subjetivo, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional;

• Um direito público, pois a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de natureza pública;

• Instrumental, pois, é o meio para se alcançar a efetividade do direito material

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CONDIÇÕES DA AÇÃOArts. 395 a 397 - CPP

• CONCEITO :

São os requisitos necessários e condicionantes ao exercício regular do direito de ação.

CONDIÇÕES DA AÇÃO:

a) Possibilidade jurídica do pedido;

b) Interesse de agir;

c) Legitimidade;

d) Justa causa.

e) Obs. CPP – art.395.II e III

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CONDIÇÕES DA AÇÃO

• 1) Interesse de Agir:

• Se caracteriza sob a condição de um trinômio –Necessidade, Utilidade – do uso das vias jurídicas para adefesa do interesse material pretendido e Adequação àcausa, do procedimento e do provimento, de forma apossibilitar a atuação concreta da lei segundo os parâmetrosdo devido processo legal.

• Necessidade: É inerente ao processo penal, tendo em vista a impossibilidade de se impor uma pena sem o devido processo legal.

• Obs. Em caso de não recebimento da denúncia com base na extinção de punibilidade do acusado - a perda do direito de punir resulta na desnecessidade de utilização das vias processuais.

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CONDIÇÕES DA AÇÃO

• A Utilidade: Traduz na eficácia da atividade jurisdicionalpara satisfazer o interesse do autor. Se de plano perceber serinútil iniciar a persecução penal a fins a que se presta, se diráque inexiste interesse de agir.

• Adequação : Reside no processo penal e condenatório e nopedido de aplicação de sanção penal.

• 2) Possibilidade Jurídica do Pedido : Exige-se quea providência requerida pelo demandante seja admitida pelodireito objetivo. Assim, pedido possível é aquele, em tese,comrespaldo legal. Ex. O fato narrado na inicial não constituircrime. ( Não será possível instaurar a ação penal. Rejeiçãototal da inicial);

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CONDIÇÕES DA AÇÃO

• 3) Legitimidade para Agir: A ação só poderá serproposta por quem é o titular do interesse que se quer realizare contra aquele cujo o interesse deve ficar subordinado ao doautor.

• Obs. Pólo Ativo – Ministério Público /Ação penal pública.Particular (Querelante) ações de iniciativa privada.

• Pólo Passivo - Réu / Querelado ( substituto processual).

• 4) Justa Causa: A ação só poderá ser validamenteexercida se a parte autora lastrear a inicial com um mínimoprobatório que indique os indícios de autoria, damaterialidade delitiva, e da constatação da ocorrência dainfração penal. (art. 395,III, CPP)

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CLASSIFICAÇÃO

• A referência a titularidade do direito de ação.

• Ações Penais Públicas: Titular o MP ( art.129,I, CF, c/c 257,I CPP). Incondicionadas e Públicas Condicionadas (art.100,§ 1º, CP)

• Ações Penais Privadas: Titular o ofendido ou por seu Representante Legal:

a) Principais (ou Exclusivas);

b) Subsidiárias (art.100,§ 3º, CP).

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AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

• Conceito: É aquela titularizada pelo Ministério Público e que prescinde de manifestação de vontade da vítima ou de terceiros para ser exercida. ( art. 24, CPP)

• Ex officio;

• Acusador oficial do estado;

• Não necessita de autorização ou manifestação de vontade de quem quer que seja.

• Obs. Art. 27, CPP – Autoriza a provocação do MP por qualquer do povo...

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PRINCÍPIOS INFORMADORES

• A) Da Obrigatoriedade (legalidade processual): Estando presentes os requisitos legais, o Ministério Público está obrigado a patrocinar a persecução criminal, ofertando a denúncia para que o processo seja inciado.

• B) Da Indisponibilidade : Uma vez proposta a ação, o Ministério Público não pode dela indispor.( art.42,CPP)

• Obs. O Ministério Público não pode desistir do recurso interposto.(art.576,CPP)

• Obs. O ministério não é obrigado a recorrer, se o fizer está impedida a sua desistência.

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PRINCÍPIOS INFORMADORES

• Da Oficialidade: Este princípio informa que a persecução penal in juízo está a cargo de um órgão oficial – MP.

• Da Autoritariedade: O Promotor Público ( ou o Procurador da República), órgão da persecução criminal, é autoridade pública;

• Da Oficiosidade: A ação penal pública incondicionada não carece de qualquer autorização para instaurar –se,devendo o MP atuar ex officio.

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PRINCÍPIOS INFORMADORES

• Da Indivisibilidade: A ação penal deve estender-se a todos aqueles que praticaram a infração criminal. O MP tem o dever de ofertar a denúncia em face de todos os envolvidos.

• Obs. Pode o MP – desmembrar o processo e , posteriormente, caso se confirme a participação de outros envolvidos, aditar a denúncia? ( princípio da divisibilidade)

• Posição dos Tribunais Superiores:

• STF e o STJ - tem prevalecido essa posição – aplica-se o princípio da divisibilidade.

• STF – HC –Rel. Celso de Mello – j.19.12.1996 – JSTF – LEX 227/371

• STJ – 6ºT. Resp.388.473 – Rel.Paulo Medina – j.07.08.2003 – DJU 15.09.2003,p. 411;

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PRINCÍPIOS INFORMADORES

• Da Intranscedência ou da Pessoalidade: A ação só pode ser promovida contra quem se imputa a prática do delito.

• E em caso de falecimento do autor do fato, a vítima pode processar os herdeiros ? (indenização / perdas e danos).

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AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

• Conceito: É aquela cujo o exercício se subordina a uma condição.

• Obs. Essa condição tanto pode ser a manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal (representação) / Ministro da Justiça (art. 24,CPP e art.100, § 1º).

• Obs2. ... Os casos sujeitos à representação ou requisição encontram-se explícitos em lei.

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AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO

• O Ministério Público titular dessa ação, só pode darinício se a vítima ou seu representante legal oautorizarem, por meio de manifestação de vontade.

• Obs: Sem a autorização da vítima, nem o InquéritoPolicial poderá ser instaurado. (art. 5º, § 4º)

• Elenco de crimes :

• Crime de lesão corporal leve (art.29,caput, c/c art.88 daLei 9.099/95);

• Crime de perigo de contágio venéreo (art.130, § 2º);

• Crime de ameaça (art.147, parágrafo único), etc...

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NATUREZA JURÍDICA DA REPRESENTAÇÃO

• Trata-se de condição objetiva de procedibilidade.

• Sem a a representação do ofendido ou, quando for o caso, sem a requisição do Ministro da Justiça, não pode dar início à persecução penal.

• Eminentemente processual ( condição específica da ação), aplicam-se a ela as regras do direito material intertemporal...

• Obs. O não exercício do direito de representação no prazo legal = extinção de punibilidade (107,IV, CP)

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TITULAR DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO

• Se o ofendido for menor de 18 anos ou mentalmente incapaz?

• Cabe exclusivamente a quem tenha capacidade para representá-lo.

• Aos 18 anos o ofendido adquire plena capacidade para a reprsentação.

• E sendo maior de 18 anos e mentalmente incapaz???

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SUCESSÃO PROCESSUAL

• Em caso de morte ou declaração de ausência da vítima, quem poderá representar o ofendido(a)??

• Regra prevista no CPP é TAXATIVA. (art.36 c/c 31, CPP)

• C ônjuge(companheira(o));

• A scendentes;

• D escendentes;

• I rmãos.

• Obs Exceção: Curador Especial – ausência do representante legal dos menores;retardados mentais e pessoas mentalmenteenfermas. (art.33, CPP)

• Curador substituto processual, atuando em nome próprio,na defesa dos interesse alheio.

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PRAZO

• 06 (seis) meses – (art.29 e 38, CPP) e (art.103, CP);

• Decadencial = FATAL

• Causa extintiva de punibilidade – (art.107,IV,CP)

• Obs: Menor de 18 anos (ou maior) possuidor de doença mental – o prazo não fluirá para ele enquanto não cessar a incapacidade(decorrente da idade ou da enfermidade).

• Por que? Não se pode falar em decadência de um direito que não pode exercer.

• Obs. O prazo fluirá para o representante – a partir do momento que ele identificar o autor.

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FORMA

• A representação não tem forma especial.

• Alguns preceitos são estabelecidos a seu respeito.(art.39, capute §§ 1º e 2º, CPP);

• Servem como representação:

• A) as declarações prestadas à policia pelo ofendido identificando o autor da infração penal(RT,436/348);

• B) O boletim de ocorrência. (RT,643/393)

• Obs: feita a representação contra apenas um suspeito, esta seestenderá aos demais, autorizando o MP a propor a ação atodos. ( Princípio da Indivisibilidade da ação penal /princípioda obrigatoriedade) – Eficácia objetiva da representação

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DESTINATÁRIO

• ... Dirigida ao Juiz, ao representante do Ministério Público ou à Autoridade Policial. (art 39,caput, CPP)

• Juiz :

• A) Havendo elementos suficientes – remete ao MP;

• B) Não havendo elementos suficientes – remete a Autoridade Policial;

• C) Se oral ou por escrito, mas sem assinatura autenticada – reduzir a termo.

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DESTINATÁRIO

• Ministério Público:

• Havendo elementos suficientes – DISPENSA do I.Policial – deverá oferecer a denúncia – Prazo de 15 dias ( contado da data que tomar conhecimento da vontade do representante);

• Caso contrário requisitará a Autoridade Policial a instauração do I.Policial – a representação deverá acompanhar a requisição;

• Pedir arquivamento do I.Policial;

• Se oral ou por escrito, mas sem firma reconhecida –reduzir a termo.

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DESTINATÁRIO

• Autoridade Policial:

• Se for por escrito e com firma reconhecida Instaura-se o I.Policial (art.5º, § 4º,CPP);

• Incompetente - remeter para autoridade que tiver atribuição – (art.39,§ 3º, CPP);

• Se oral ou por escrito, mas sem firma reconhecida –reduzir a termo.

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IRRETRATABILIDADE

• A representação é irretratável ´pós o oferecimento da denúncia – (art.25,CPP e art.102,CP);

• A retratação só pode ser feita antes da denúncia, pela mesma pessoa que represeentou;

• Pode haver a retratação da retratação?

• Não vinculção do MP - O MP não está obrigado a promover a ação penal diante da representação;

• A) Instaurar o I.Policial;

• B) Arquivamento;

• C) Requer novas diligências a Autoridade Policial.

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AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

• Regra: A ação será pública condicionada a representaçãodo ofendido, incluído o estupro com violência Real.

• Art.225, CP – Considera de ação penal públicacondicionada à representação do ofendido ourepresentante legal todos o crimes definidos noscapítulos I e II:

• Estupro na forma simples e qualificada –(Arts. 213,eparágrafos, CP); violência sexual mediante fraude –(art.215, CP) ; e o Assédio Sexual (art.216, CP)

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AÇÃO PENAL PRIVADA

• Conceito: É aquela em que o Estado, titular exclusivo dodireito de punir, transfere a legitimidade para apropositura da ação penal à vítima ou a seurepresentante legal.

• Obs: Trata-se, portanto, de legitimaçãoextraordinária, ou substituição processual, pois, oofendido, ao exercer a queixa, defende um interessealheio (do Estado na repressão dos delitos) em nomepróprio.

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AÇÃO PENAL PRIVADA

• Titular: O ofendido ou seu representante legal ( art. 100,§ 2º, CP; art.30, CPP).

• Autor é o QUERELANTE;

• O Réu é o QUERELADO;

• E o menor de 18 anos, mentalmente enfermo ou retardado mental?

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AÇÃO PENAL PRIVADA

• Princípio da Oportunidade ou Conveniência:

• O ofendido tem a faculdade de propor ou não a ação deacordo com a sua conveniência, ao contrário da açãopenal pública, informada que é pelo princípio dalegalidade.

• Princípio da Disponibilidade: Na ação penal privada, adecisão de prosseguir ou não até o final é do ofendido. Éuma decorrência do princípio da oportunidade.

• Obs. Pode dispor do perdão ou através da perempção –até o trânsito em julgado da sentença condentória.

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AÇÃO PENAL PRIVADA

• Princípio da Indivisibilidade:

• O autor da ação penal privada não pode optar dentre o ofensores, qual deles quer processar.

• Ou processa todos ou nenhum; (art.48, CPP);

• Princípio da Intranscendência:

• A ação penal privada só pode ser proposta em face do autor e do partícipe da infração penal. Não podendo se estender para quaisquer outras pessoas. Principio constitucional previsto no art.5º, XLV, CF/88.

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AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

• Só tem lugar no caso de inércia do MP;

• Proposta nos crimes de ação penal pública, condicionada e incondicionada;

• Única exceção prevista no texto constitucional, à regra da titularidade exclusiva do MP sobre a ação penal pública (art.5º, LIX e 129, I,CF)

• Prazo decadencial – 06 meses – a contar do dia que o ofendido tomou conhecimento quem era o autor do fato. ( art.38,CP)

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DENÚNCIA E QUEIXA

• Conceito -

• Denúncia:

• “ Peça acusatória iniciadora da ação penal, consistente em uma exposição por escrito de fatos que constituem, em tese, ilícito penal, com a manifestação expressa da vontade de que se aplique a lei penal a quem é presumivelmente seu autor e a indicação das provas em que se alicerça a pretensão punitiva.” (art. 24, CPP)

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REQUISITOSArt.41 - CPP

• Descrição dos fatos em todas as circunstâncias:

• A descrição deve ser precisa, não se admitindo aimputação vaga e imprecisa, que impossibilite oudificulte o exercício da defesa:

• Obs: a omissão de alguma circunstância acidental (nãoconstitutiva do tipo penal) não invalida a queixa oudenúncia, podendo ser suprida até asentença.(art.569,CPP)

• Obs2: Havendo mais um acusado – concurso de agentes– a conduta de cada um deve serdescrita, individualmente. ( coautoria, partícipe)(art.29, CPP)

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REQUISITOS

• B) Qualificação do acusado ou fornecimento de dados que possibilitem sua identificação:

• Qualificar é apontar o conjunto de qualidades pelas quais se possa identificar o denunciado, distinguindo-o das demais pessoas.

• C) Classificação Jurídica do fato:

• A correta classificação do fato imputado não é requisitoessencial da denúncia, pois, não vincula o juiz, que poderádar àquele definição jurídica diversa.

• O autor deverá indicar dispositivo legal que subsume o fatoimputado, não bastando a simples menção ao nomem iuris dainfração.

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REQUISITOS

• D) Rol de Testemunhas: O código deixa claro que o rol de testemunhas é facultativo. O momento adequado para arrolar testemunhas é o da propositura da ação –art. 41, CPP –

• Obs: observar a regra do art. 402,CPP;

• E) Pedido de Condenação: Não precisa ser expresso, bastando estar implícito na peça;

• F) O endereçamento da petição: O endereçamento equivocado não impede o recebimento da denúncia, caso aconteça, a ação é encaminhada ao juízo competente;

• G) o nome, o cargo e a posição funcional do denunciante;

• A assinatura: a falta não invalida a peça, se não houver dúvidas quanto à sua autenticidade.

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OMISSÕES

• Podem ser supridas até a sentença. (art.569, CPP)

• PRAZO PARA A DENÚNCIA: (art.46,CPP)

• 15 dias se o indiciado estiver solto;

• 05 dias se o indiciado estiver preso;

• Obs. O excesso de prazo, invalida a denúncia? O que acontece se o indiciado estiver preso?

• PRAZO PARA A QUEIXA: 06 meses a contar do dia em que o ofendido vier a saber quem é o autor do crime.

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ADITAMENTO DA QUEIXA

• O Ministério Público pode aditar a queixa para nelaincluir circunstancias que possam influir nacaracterização do crime e na sua classificação, ou aindana fixação da pena. (art.45,CPP)

• REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA: (art.395,CPP)

• I) for manifestamente inepta;

• II) faltar pressuposto processual ou condição para oexercício da ação penal;

• III) faltar justa causa para o exercício da ação penal.

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FUNDAMENATAÇÃO NO RECEBIMENTO

• ART.93,IX – CF;

• A jurisprudência tem entendido que a decisão que recebe a denúncia ou queixa não tem carga decisória e, portanto, não precisa ser fundamentada, até porque isso implicaria uma antecipação indevida do exame do mérito.

• O juiz analisará a existência ou não de indiciossuficientes do fato, e sua autoria ....

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RECURSO

• Art. 581,I do CPP – Recurso Em Sentido Estrito.

• Da decisão que não receber a denúncia o queixa;

• ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: Art.395,CPP - O juiz: a) analisará se não é o caso de rejeição liminar;

• B) se não for caso de rejeição liminar, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias. (art. 396-A);

• Após o disposto dos arts. 396-A e parágrafos, verificar o art. 397, CPP)

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Queixa- Crime• Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Crime de Salvador - Ba

• FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, caminhoneiro, carteira de identidade n XXXX, inscrito no CPF sob o n XXXX, residente e domiciliado à Rua das Laranjeiras, n 40, bairro das Frutas, Sete Lagoas/MG, vem, respeitosamente, por meio de seu advogado infra assinado, com fulcro no art. 41 do Código de Processo Penal, oferecer

• QUEIXA-CRIME contra MÁRIO DAS MACAXEIRAS, brasileiro, casado, coveiro, carteira de identidade n XXXX, inscrito no CPF sob o n XXXX, residente e domiciliado à Rua das Maçãs, n 21, bairro das Frutas, Sete Lagoas/MG, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

• 1. Ás 20 horas, do dia 04/05/06, o querelado, diante de várias pessoas, em uma festa típica do bairro, se dirigiu ao querelante e lhe disse que “você, Fulano, é um viadinho, uma bicha, que vive andando por aí com outros homens. Já te vi na porta de uma festa gay, junto com outro cara. Não adianta fingir que eu sei de tudo. E agora todo mundo também sabe”.

• 2. Diante do acima exposto, o querelado cometeu as infrações tipificadas nos arts. 139 e 140 do Código Penal.

• 3 - Portanto, requer o querelante que Vossa Excelência receba a presente queixa e, após ouvido o Representante do Ministério Público, se digne a citar o querelado para o processo e final condenação.

• Desde já, o querelante apresenta rol de testemunhas.

• Nesses termos,

• Pede Deferimento.

• Salvador, ..........

• ............................

• Advogado.(nome)

• OAB/..... nº...............

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Denúncia – Art. 41 - CPP

• Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara do Júri da Comarca Salvador – Ba

O Ministério Público do Estadual, por meio de seu representante que esta subscreve, no uso de

suas atribuições legais, nos termos do art. 41 do CPP, com base no inquérito policial de número

em epígrafe (anexo), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, oferecer DENÚNCIA em

face de (Nome completo do denunciado, nacionalidade, estado civil, profissão, nascido

aos dia, mês e ano, natural de especificar, RG nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e

domiciliado endereço completo, pela infração penal a seguir descrita: (Descrever os fatos +

Delito)

• Isto posto, denuncio Nome completo do Denunciado como incurso no artigo 121, “caput”, do

Código Penal, requer esta Promotoria de Justiça seja recebida a presente denúncia e processado

o Denunciado, observando o procedimento especial previsto na legislação processual penal para

os crimes dolosos contra a vida e a eles conexos, requerendo, ainda, seja citado e notificado para

responder os termos da presente e acompanhá-la até decisão interlocutória de pronúncia

para, ao final, ser julgado pelo Egrégio Tribunal do Júri Popular desta comarca, com sua final

condenação, bem como sejam intimadas e ouvidas as testemunhas abaixo arroladas.

Local, dia de mês de ano.

• Assinatura do Promotor

Nome do Promotor