3 - como deixar suas contas em dia
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Organizao, Controle e Contabilidade
COLEO
GESTOEMPRESARIAL
Eficincia e Sucesso para seus Negcios
Como deixar as contas em dia
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SUMRIO
Apresentao ............................................................................. 5
Captulo 1
Navegando na contabilidade ...................................................... 6
Captulo 2Balano: que bicho esse? ..................................................... 22
Captulo 3Tributos, um custo-Brasil ......................................................... 30
Captulo 4Contabilidade de custos .......................................................... 38
Captulo 5Oramento empresarial ............................................................ 50
Captulo 6
Trs passos importantes .......................................................... 62
Captulo 7
O valor de seu negcio ............................................................ 72
Captulo 8Dicionrio contbil .................................................................... 78
Sobre o autor ........................................................................... 94Referncias .............................................................................. 95
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Coleo Gesto EmpresarialComo motivar sua equipe Publicado
Como garantir a eficincia Publicado
Como deixar as contas em dia Publicado
Como cuidar de seu dinheiro Prximo
Como gerenciar pessoas A publicar
Como vender seu peixe A publicar
Como planejar o prximo passo A publicar
Como entender o mercado A publicar
Como usar a matemtica financeira A publicarComo ser um empreendedor de sucesso A publicar
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APRESENTAO
Sua empresa suficientemente lucrativa? Planejamento
e oramento caminham juntos?
Essas duas questes guardam relao direta com a cincia
contbil, rea de suma importncia para garantir o crescimento
saudvel de sua empresa ainda mais no Brasil, onde o lucro
parece disputar espao com a carga tributria.
Como deixar as contas em dia Organizao, Controle e
Contabilidade ajuda a desvendar esse universo e a nortearseu negcio a partir da viso contbil.
Tudo de uma forma clara, com uma linguagem simples e, ao
mesmo tempo, envolvente.
AColeo Gesto Empresarial foi especialmente desenvolvida
para auxili-lo a aprimorar a gesto de seus negcios. Elaboradose supervisionados por especialistas, os livros visam proporcionar
conhecimento em Finanas, Contabilidade, Marketing, Recursos
Humanos, Planejamento Estratgico e em muitos outros temas
fundamentais para a administrao eficaz do negcio prprio.
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O oramento no umacincia inexata, que depende
do humor de seus
elaboradores para se
aproximar da verdade, mas
sim uma pea extremamente
importante no balizamento
dos rumos de umadeterminada entidade.
O papel do contador
Primeiramente importante saber
quem so os usurios da contabili-
dade e quem necessita dela.
As empresas mdias e grandes
empregam, pelo menos, um ou
dois contadores; j as pequenas
costumam contratar um escritrio
contbil ou se utilizar de um con-
tador que divide seu tempo com
outras empresas.
Mas, afinal, qual a funo desse
chato de planto que teima em
exigir documentos da empresa e
no deixa o dono do negcio fazer
o que bem entende?
Duas funes essenciais
Como os historiadores, os contado-
res tm algumas funes que so
essenciais para as empresas.
A primeira e mais importante
a de saber se uma determinadaentidade est sendo lucrativa ou
no. O lucro a seiva que alimen-
ta a vida das empresas. Sem lucro,
no h continuidade de negcios.
Mesmo uma entidade sem fins
lucrativos, que no preveja a apu-
rao de receitas, tem de saber o
quanto est perdendo. Caso con-
trrio, seus mantenedores no
podem planejar o montante de
recursos que devem investir paramant-la funcionando.
Ao tratarmos desse assunto, entra-
mos em outras das grandes fun-
es do contador: a de auxiliar no
planejamento do futuro da empre-
sa por meio de seu oramento.
O oramento no uma cinciainexata, que depende do humor
de seus elaboradores para se apro-
ximar da verdade, mas sim uma
pea extremamente importante no
balizamento dos rumos de uma
determinada entidade.
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Impostos, impostos...
No que se costuma denominar
Repblica Tributativa do Brasil
com ou sem dose de exagero , a
tarefa de cumprir com as obriga-
es fiscais transformou-se numa
das que mais tomam o tempo e o
esforo dos contadores.
A carga tributria representa,
atualmente, 42% do Produto
Interno Bruto (PIB). Trocando por
um exemplo palpvel, de cada 100
reais de dinheiro em circulao,
nada menos do que 42 reais vo
para o pagamento de algum tipo
de imposto, contribuio, taxa ou
qualquer outro nome que os nos-
sos criativos coletores de renda
so capazes de inventar para que a
mquina pblica possa continuar
em movimento.
Deciso acertada
Se a sua empresa precisa de
algum para terceirizar ou ajudar
nos departamentos de Recursos
Humanos (pessoal), administrativo
e financeiro, back-office, no v
muito longe: converse com seu
contador. Ele ser capaz de lhe aju-
dar a solucionar esses problemas.Quem melhor para preparar suas
declaraes de Imposto de Renda
que aquele que calcula os impostos
que deve pagar?
Utilizar-se da experincia e da
capacidade do contador para verifi-
car seus custos e calcul-los umamedida sbia. Partindo do clculo
dos custos da empresa para a pre-
parao de demonstrativos cont-
beis e gerenciais um pulo que seu
contador tambm no ter qual-
quer dificuldade em dar.
Quando voc controla seu
saldo bancrio, quando
prepara sua declarao
de Imposto de Renda,
quando calcula os juros
de seu cheque especial,
quando confere se seus
investimentos esto dando
o retorno esperado ou no,
entre inmeras outras
tarefas cotidianas, est
fazendo contabilidade.
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Com essas informaes, os scios
da empresa podero tomar as
decises mais acertadas embasadas
em fatos concretos.
Contabilidade na vida
Em suma, a contabilidade est emtodos os aspectos de uma empresa.
Mas no s de uma empresa. De
sua vida tambm!
Veja de que modo: quando voc
controla seu saldo bancrio, quan-
do prepara sua declarao de
Imposto de Renda, quando calculaos juros de seu cheque especial,
quando confere se seus investi-
mentos esto dando o retorno
esperado ou no, entre inmeras
outras tarefas cotidianas, est
fazendo contabilidade.
De onde vem, para onde vai
Antes de aprofundar no estudo da
contabilidade balanos, custos,
oramentos, entre outros temas ,
vamos conhecer um pouco da tra-
jetria dessa cincia.
A histria da contabilidade to
antiga quanto a Histria. Vincula-
se s manifestaes humanas de
proteo posse e perpetuao e
interpretao de fatos ocorridos.
No incio, tudo era de todos. O
coletivo se sobrepunha ao indivi-
dual. Entretanto, no momento em
que o homem comeou a se esta-
belecer em um nico local, deixan-do de ser nmade, foi preciso orga-
nizar a atividade econmica e a
questo da propriedade. As primei-
ras escritas contbeis datam do tr-
mino da Era da Pedra Polida, quan-
do o homem conseguiu fazer os
primeiros desenhos e gravaes.Com o advento do comrcio, prin-
cipalmente pelos fencios, houve a
necessidade de serem registradas
as transaes. Foi o nascimento da
contabilidade, ainda que no com
esse nome.
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Embora rudimentar, o princpio do
registro assemelhava-se ao que
utilizado atualmente.Na cidade de Ur, na Caldia
onde viveu Abrao, personagem
bblico citado no livro Gnesis,
encontram-se em escavaes
importantes documentos cont-
beis: tabela de escrita cuneiforme
na qual esto registradascontas referentes a mo-de-obra
e materiais, ou seja, custos dire-
tos. Isso significa que, por volta
de 5 mil a.C., o homem j conside-
rava fundamental apurar os
seus custos.
Administrao de patrimnio
O registro das transaes mostrou-
se imprescindvel por causa do
aumento da riqueza de algumas
pessoas, do aparecimento de transa-
es maiores e da multiplicao do
volume de operaes. Tantas infor-
maes no poderiam mais ser
guardadas na memria, e a soluo,
portanto, foi registr-las e preserv-
las. Alm disso, os registros possibili-
taram s pessoas conhecer o poten-
cial de seus negcios e tambm
deram impulso atividade de admi-
nistrao de patrimnio de outros
o princpio da atividade bancria.
Registros rudimentares
Os sumrios-babilnios, assim
como os assrios, faziam seus regis-
tros em peas de argila de for-
mato retangular ou oval. Dessa
poca, tornaram-se famosas aspequenas tbuas de Uruk.
Os registros combinavam desenhos
e nmeros de uma forma muito
simples. Gravavam-se o rosto do
animal e o nmero correspondente
s cabeas existentes.
A contagem dos bois era,provavelmente, o evento
mais importante para os
egpcios a ponto de marcar
o incio do calendrio.
Explica-se: o boi era
considerado uma divindade.
Tudo indica que foram osegpcios os primeiros a
utilizar o valor monetrio
em seus registros.
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Relatos bblicos
Para confirmar a importncia dos
registros contbeis no desenvolvi-
mento da humanidade, existem
inmeros relatos bblicos que
envolvem controles contbeis.
Em um deles, Jesus relatou em
Lucas, captulo 16, versculos 5 a
7: E, chamando a si cada um dos
devedores do seu Senhor, disse ao
primeiro: Quanto deves ao meu
senhor? E ele respondeu: Cem
medidas de azeite. E disse-lhe:
Toma a tua obrigao, e assen-
tando-te j, escreve cinqenta.
Disse depois a outro: E tu, quantodeves? E ele respondeu: Cem
alqueires de trigo. E disse-lhe:
Toma a tua obrigao, e escreve
oitenta. J no tempo de Jos, no
Egito, houve tal acumulao de
bens que perderam a conta do
que se tinha Assim ajuntou
Jos muitssimo trigo, como a
areia do mar, at que cessou de
contar; porquanto no havia
numerao (Gnesis, captulo 41,
versculo 49).
H tambm a citao de um cons-
trutor que faz contas para verifi-
car se o que dispunha era sufi-
ciente para construir uma torre:
Pois qual de vs, querendo edifi-
car uma torre, no se assenta pri-
meiro a fazer as contas dos gas-tos, para ver se tem com que a
acabar? Para que no acontea
que, depois de haver posto os ali-
cerces, e no a podendo acabar,
todos os que a virem comecem a
escarnecer dele, dizendo: Este
homem comeou a edificar e nopde acabar (Lucas, captulo 14,
versculos 28 a 30). Por fim, a his-
tria de um devedor que foi per-
doado de sua dvida registrada:
E, no tendo ele com que pagar,
o seu senhor mandou que ele e
Com o crescimento das
atividades do comrcio, da
minerao e da metalurgia,
surgiu, como conseqncia
das necessidades da poca,
o livro-caixa, que recebia
registros de recebimentos
e pagamentos em dinheiro.
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sua mulher e seus filhos fossem
vendidos, com tudo quanto tinha,
para que a dvida se lhe pagasse.
Ento, aquele servo, prostrando-
se, o reverenciava, dizendo:
Senhor, s generoso para comigo,
e tudo te pagarei. Ento, o
senhor daquele servo, movido de
ntima compaixo, soltou-o e per-
doou-lhe a dvida (Mateus, cap-
tulo 18, versculos 25 a 27).
Livro-caixa
medida que as operaes eco-
nmicas se tornaram complexas,
seu controle se refinou. As escri-tas governamentais da Repblica
Romana (200 a.C.) j traziam
receitas de caixa classificadas em
rendas e lucros, e as despesas
compreendidas nos itens salrios,
perdas e diverses.
No perodo medieval, diversasinovaes na contabilidade foram
introduzidas por governos locais
e pela Igreja. Na Itlia, surgiu o
termo contabilit, e, em 1202, foi
publicado o livro Liber Abaci, de
Leonardo Pisano. Com o cresci-
mento das atividades do comr-
cio, da minerao e da metalur-
gia, surgiu, como conseqncia
das necessidades da poca, o
livro-caixa, que recebia registrosde recebimentos e pagamentos
em dinheiro. Os termos dbito e
crdito passaram a ser utilizados,
oriundos das relaes entre direi-
tos e obrigaes.
O aperfeioamento e o crescimen-
to da contabilidade foram a conse-qncia natural das necessidades
geradas pelo advento do capitalis-
mo. O processo de produo na
sociedade capitalista gerou a acu-
mulao de capital, alterando-se as
relaes de trabalho.
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Tcnica contbil
No sculo X, apareceram as primei-
ras corporaes na Itlia, transfor-
mando e fortalecendo a sociedade
burguesa. No final do sculo XIII,
surgiu a conta capital. A introdu-
o da tcnica contbil nos neg-
cios privados foi uma contribuio
de comerciantes italianos do sculo
XIII. Os emprstimos a empresas
comerciais e os investimentos em
dinheiro determinaram o desenvol-
vimento de escritas especiais que
refletissem os interesses dos credo-
res e investidores e, ao mesmo
tempo, que fossem teis aoscomerciantes em suas relaes com
os consumidores e os empregados.
Pai da Contabilidade
Frei Luca Pacioli, considerado o
Pai da Contabilidade, escreveu
Tratactus de Computis et Scripturis
(Contabilidade por Partidas Dobra-
das), publicado em 1494, enfatizan-
do que a teoria contbil do dbito
e do crdito corresponde teoria
dos nmeros positivos e negativos.
Pacioli recebeu o ttulo de Pai da
Contabilidade no por t-la
inventado, mas por ter realizado
um trabalho de sistematizao.Tericos como Francisco Villa e
Fbio Bsta avanaram na defini-
o do conceito de contabilidade.
Em 1923, Vicenzo Mazi, seguidor
de Fbio Bsta, foi quem, pela pri-
meira vez, definiu patrimnio
como objeto da contabilidade.O colapso da Bolsa de 1929 propi-
ciou o fortalecimento do mercado
de valores mobilirios nos Estados
Unidos, porque se chegou con-
cluso de que boa parte dos pro-
blemas estava na falta de transpa-
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rncia e de credibilidade das
demonstraes financeiras, ou
seja, dos balanos.
Unio da teoria e da prtica
Por meio da SEC (Securities and
Exchange Comission) ou Comisso
de Valores Mobilirios dos Estados
Unidos , teve incio uma grande
transformao, com a valorizao e
o crescimento da credibilidade
desse mercado.
Um dos pilares dessa nova situao
foi a criao do American Institut
of Certified Public Accountants
(Instituto Americano de AuditoresExternos), resultado da fuso da
American Association of Public
Accountants, aberta em 1887, e da
American Society of Certified
Public Accountants, de 1921.
Graas a essa fuso, a classe cont-
bil se uniu, promovendo a integra-o entre teoria e prtica, ou seja,
entre acadmicos e profissionais
da contabilidade.
Com isso, os princpios de contabili-
dade geralmente aceitos nos
Estados Unidos (US GAAP) passa-
ram a ser referncia e estabelece-
ram um padro de qualidade que
no se via em outros pases, inclusi-
ve na Europa.
interessante notar que a estrutu-
rao dos balanos hoje de uso
universal foi definida apenas no
final da dcada de 1980, seguindo
o padro norte-americano.
Para tanto, contribuiu a solidez do
mercado de valores dos Estados
Unidos. Inmeras empresas inter-
nacionais passaram a ter suas aes
cotadas no mercado norte-america-
no ou, ento, a captar recursos
naquele mercado.
O colapso da Bolsa de 1929
propiciou o fortalecimento
do mercado de valores
mobilirios nos Estados
Unidos, porque se chegou
concluso de que boa
parte dos problemas estava
na falta de transparncia
e de credibilidade das
demonstraes financeiras,
ou seja, dos balanos.
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Balanos fictcios
A ganncia dos administradores das
Companhias Abertas nos Estados
Unidos, no Japo, na Europa e em
outros pases, no entanto, levou a
escndalos financeiros que repercu-
tem at hoje.
A dcada de 1980 foi a era dos
balanos problemticos. Quando
Michael Milken e seus seguidores
criaram um mercado enorme de
junk bonds ou ttulos de alto risco
, ajudando numa completa trans-
formao do quem dono do
que nos Estados Unidos, deram ori-
gem a uma onda de criatividadecontbil que transformou alguns
balanos em peas de fico.
Livros como Accounting for Growth,
do britnico Terry Smith, cujo subt-
tulo Desvendando a Camuflagem
dos Balanos das Empresas, d uma
boa idia de como esses balanosfictcios ganham contornos reais.
J no final da dcada de 1990, uma
srie de escndalos (Enron, MCI,
Parmalat, entre outros) gerou uma
srie de repercusses, das quais se
destacam quatro:
1. Crticas severas aos modelos ado-
tados de balano, principalmente
nos Estados Unidos.
2. Quebra da Arthur Andersen, uma
das maiores empresas multinacionais
de auditoria do mundo.
3. Surgimento da Lei Sarbanes-
Oxley, de 30 de julho de 2002.
4. Unificao dos princpios cont-
beis no mundo inteiro, processo que
ainda est em curso.
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Sarbanes-Oxley
A Lei Sarbanes-Oxley foi uma iniciati-
va do Congresso Americano de ado-
tar medidas que tornassem mais efi-
ciente o controle sobre as demons-
traes contbeis. Afetou tanto as
Companhias Abertas e seus adminis-
tradores como as empresas de audi-
toria. A criao do Public Company
Accounting Oversight Board
(Conselho de Acompanhamento de
Contabilidade nas Companhias
Abertas) eliminou a autogesto,
com o objetivo de garantir maior
credibilidade e transparncia na
publicao de demonstrativos cont-beis e nos pareceres dos auditores
externos apenas dois de seus cinco
membros so auditores.
Maior controle
As modificaes j adotadas so:
Necessidade da aprovao de
qualquer relatrio e/ou parecer por
um segundo scio responsvel.
Responsabilizao dos diretores
pelos controles internos.
Auditores passam a se reportar
ao Comit de Auditoria das
empresas e no mais diretoria ou
ao conselho.
Os comits so os responsveispor todos os servios prestados por
seus auditores.
Os auditores devem reportar
toda e qualquer nova informao
relevante ao Comit de Auditoria.
A dcada de 1980 foi a erados balanos problemticos.
Quando Michael Milken
e seus seguidores criaram
um mercado enorme
dejunk bonds ou
ttulos de alto risco ,
ajudando numa completa
transformao do quem
dono do que nos Estados
Unidos, deram origem a
uma onda de criatividade
contbil que transformou
alguns balanos em
peas de fico.
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Proibida a oferta dos seguintes
servios pelos auditores externos:
1. Contabilidade.
2. Desenho e implementao de
sistemas de informao.
3. Avaliaes ou reavaliaes.
4. Servios atuariais.
5. Auditoria interna.
6. Servios de terceirizao
de back-officee de folha de
pagamentos.
7. Servios de corretagem.
8. Distribuio de valores mobili-
rios e de banco de investimentos.
9. Consultoria jurdica ou serviosespecializados no relacionados
com auditoria.
10. Outros servios que o Conselho
determine serem inadmissveis.
Pedido de autorizao
Outros servios de auditoria no
foram banidos, mas precisam ser
autorizados pelo Comit de
Auditoria. Entre eles:
Rotao dos scios responsveis
pelas auditorias.
Vedao contratao de empre-
sas de auditoria ligadas a algum
dos principais diretores por relao
anterior de emprego ou por
parentesco com seus auditores
e/ou scios.
Repercusso no Brasil
O Brasil tem acompanhado essa
tendncia mundial de maior con-
trole contbil. Para isso, j esto
em andamento iniciativas tanto
do Banco Central como da
Comisso de Valores Mobilirios(CVM) e do Instituto Brasileiro de
Contadores (Ibracon).
A tendncia de padronizao
maior e aumento da transparncia
pelas companhias abertas, seus
diretores e auditores.
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Onde est a contabilidade?
No mundo atual, existe contabili-
dade no ramo agropecurio, nas
indstrias, no comrcio, na presta-
o de servios e mesmo nas profis-
ses liberais.
Como deu para ver, seja qual for a
atividade econmica, l est a con-
tabilidade. Ela est presente em
todas as reas de atividade empre-
sarial ou pessoal.
A especificidade das contas a serem
adotadas depende do tipo de utili-
zao, do usurio e das informa-
es disponveis.
Atualmente, os relatrios so pro-duzidos para uma ampla gama de
atividades, tais como:
agropecuria;
prestao de servios;
hotelaria;
transportes; hospitais;
planos de sade;
mercado de valores;
instituies financeiras;
seguros;
ensino.
Atividade fundamental
A contabilidade uma atividade
imprescindvel. No importa o regi-
me que seja adotado no pas
capitalismo, neoliberal, socialista,
comunista , todos so igualmentedependentes desse historiador da
atividade econmica.
A contabilidade revela-se funda-
mental quando:
necessria a produo de rela-
trios peridicos.
Utiliza-se o valor histrico comomensurao de desempenho.
Troca-se o valor histrico pelo
valor de mercado.
Em suma, em toda atividade que
necessite reportar as transaes
de um negcio.
A especificidade das contasa serem adotadas depende
do tipo de utilizao, do
usurio e das informaes
disponveis. Atualmente, os
relatrios so produzidos
para uma ampla gama
de atividades.
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Planos e estratgias
Nos primrdios, a contabilidade
podia ser resumida em coletar os
dados e organiz-los e comunicar
o resultado desse trabalho s
partes interessadas.
Atualmente, ela atende no ape-
nas delicada e trabalhosa parte
de coleta e organizao de dados
de uma entidade como tambm
ajuda a mensurar os efeitos econ-
micos e financeiros de uma deter-
minada atividade, analisa os custos
e auxilia na otimizao do desem-
penho. A aplicao dos conheci-
mentos contbeis fundamentalpara as decises de planejamento e
de estratgia de investimentos no
mercado de valores mobilirios.
Administradores e investidores pre-
cisam fazer uso de suas informa-
es para a correta tomada
de decises.A implementao de controles
internos que minimizam a
exposio da empresa a erros ou a
impercias s efetiva se o depar-
tamento contbil tomar parte em
sua parametrizao.
Desse modo, os controles internos
so essenciais para as empresas,
pois previnem desvios, fraudes,
atos desonestos, entre outros
graves problemas.
Crditos e dbitos
Quando olhamos um balano,
devemos nos lembrar de que
ele reporta as milhares de
transaes que aconteceram em
determinada entidade.
A contabilidade sempre se baseia
no mtodo das partidas dobradas.
Ou seja, qualquer transao ter
um ou mais crditos que seroiguais ao somatrio de um ou
mais dbitos de lanamento de
uma transao.
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O que voc viu no captulo 1
> A funo da contabilidade no planeja-mento do futuro de uma empresa.1
> A importncia dos dados contbeispara a tomada de decises.2
> A histria da contabilidade, de seusprimrdios atualidade.3
> A aplicao da contabilidade no dia-a-dia das empresas.4
Se a empresa vende uma mercado-
ria vista por 100 reais, lanar um
crdito referente venda de 100
reais na conta Vendas vista e
um dbito de 100 reais no caixa
pelo recebimento do recurso
em dinheiro.
O impressionante que a sistema-
tizao desse mtodo feita por
Luca Pacioli em 1494, como men-
cionado no histrico da contabili-
dade, at os dias de hoje, pela per-
feio de seu raciocnio, no foi
sequer mudada ou contestada.
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BALANO: QUE BICHO ESSE?O que so ativos e passivos?
Como entender o significado
de patrimnio lquido? Quais
os componentes de uma
demonstrao financeira?
2
22
Rubricas do balano
Pegue novamente o exemplo da
folha de balano.
Do lado esquerdo, encontram-se os
dados referentes s origens de
recursos de uma empresa. Como
assim?, voc pergunta.
Vamos primeiramente verificar
as rubricas que constam do
lado esquerdo:
passivo circulante;
exigvel a longo prazo;
resultados de exerccios futuros;
patrimnio lquido.
Quando olhamos para um balano
pela primeira vez, parece que esta-
mos diante de algo em outro idio-
ma, do qual no entendemos uma
palavra de certo modo, mesmo
um cdigo prprio a linguagem
contbil. Onde j se viu meu saldo
no banco ser nomeado como um
dbito ou o que tenho a receber?,
voc pode se perguntar. Parece
mesmo um negcio sem sentido.
Pois vou afirmar algo que, para
alguns, poder me elevar catego-
ria dos doidos: a contabilidade est
certa, e o raciocnio que a guia o
mesmo que voc usa. Embora no
parea para os leigos, a contabili-
dade tem lgica sim!
Duvida? Ento, vamos em frente.
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A contabilidade est certa,e o raciocnio que a guia o mesmo que voc usa.Embora no parea paraos leigos, a contabilidadetem lgica sim!
Passivo circulante
Sob esse ttulo incluem-se todas as
obrigaes ou dvidas no jargo
popular vencveis em at 360 dias
(um ano) que uma empresa ou
entidade possui. As rubricas carac-
tersticas desse grupo so: fornece-
dores, impostos a pagar, financia-
mentos bancrios de curto prazo,
salrios e encargos sociais a pagar.
Exigvel a longo prazo
Dvidas cujo vencimento superior
a um ano so classificadas nesse
grupo, como os financiamentos e
dvidas de longo prazo (como as
com o BNDES) e os impostos parce-
lados (como o Refis, entre outros).
Resultados de exerccios futuros
So contabilizados as receitas e os
custos referentes a exerccios
outros que no os em curso.
Patrimnio lquido
O capital social, as reservas e os
lucros acumulados so recursos
classificados nesse grupo.
Mas de que modo podemos carac-
terizar essas contas como origens
de recursos? Simples: quando um
fornecedor vende uma mercadoria
a prazo, ele o provedor dos
recursos que viabilizam um bem
ou servio. Logicamente muito
mais fcil se tratamos apenas de
patrimnio lquido, porque poss-
vel entender que os recursos ali
alocados so de origem dos acio-
nistas (capital e reservas) ou do
prprio negcio (lucros ou super-
vits e reservas de lucros). O acrsci-
mo a qualquer uma dessas contas
ser sempre um crdito.
Bom, agora mais tranqilo
entender porque, na sabedoria
popular, lucros so sempre crdi-
tos. Se as demais contas tm a
mesma caracterstica tambm
tero tratamento igual.
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O que so ativos
E os ativos so o qu? Resposta em
trs palavras: aplicaes das ori-
gens. Epa, agora complicou,
voc pode pensar.
Que nada! Pelo contrrio, simplifi-
cou ainda mais. Quando aquele
fornecedor nos vendeu a prazo,
ele nos deu a origem dos recursos,
que, por sua vez, foram aplicados
na compra da mercadoria.
Mas e se a origem foi um financia-
mento bancrio ou ainda capital
dos scios em dinheiro?
Boa pergunta. Nesse caso, o que a
empresa fez? Colocou o dinheiro
no banco ou no caixa, ou seja, apli-
cou os recursos.
O que so dbitos
Em contrapartida ao crdito das
origens, todo e qualquer aumento
nas aplicaes ser um dbito.
Logicamente, a reduo de uma
conta nos leva a lanar o contrrio
do padro para aquela conta.
Assim, o pagamento de um forne-
cedor com cheque do banco resul-
taria em um crdito no banco e em
um dbito na conta dos fornecedo-
res pelo valor pago.
Organizao de um balano
Os grupos de contas no balano
so colocados por ordem de liqui-
dez. Assim, teramos a organizao
que segue na prxima pgina.
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ATIVOCirculante
CaixaBancosInvestimentos de curto prazoClientesEstoques
Realizvel a longo prazoDepsitos judiciaisContas a receber a longo prazo
PermanenteInvestimentosAes de outras empresasOutros investimentosImobilizadoImveisMquinas e equipamentosMveis e utenslios
Diferido
PASSIVOCirculante
FornecedoresImpostos a pagarSalrios a pagar13 salrio a pagarProviso de frias a pagarEncargos sociais a pagarFinanciamentos de curto prazo
Exigvel a longo prazoFinanciamentos de longo prazoImpostos parcelados
Patrimnio lquidoCapital socialReservas de capitalReservas de lucroLucros acumulados
Balano patrimonial
da empresa XYZ Ltda.em 31/12/2005
Princpios e fundamentos
Os ativos e os passivos so lanados
pelo custo histrico. Quando o
valor de mercado dos ativos for
inferior, estes devero ser ajusta-
dos. J os passivos somente sero
ajustados se o valor de mercado for
superior. Por qu?
A contabilidade se guia por uma
srie de princpios e fundamentos
que determinam o porqu de
certos procedimentos.
So eles:
1. da entidade;
2. da continuidade;
3. da oportunidade;
4. do registro pelo valor original;
5. da atualizao monetria;
6. da competncia;
7. da prudncia.
Esses princpios podem ser resumi-
dos no seguinte:
Princpio da entidade
Trata da necessidade da diferencia-
o do patrimnio da entidade da
de seus scios ou associados.
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tros contbeis seguindo a atualiza-
o monetria. Esse princpio foi
muito importante na poca da alta
inflao, pois manteve os balanos
indexados a um valor real, no
sendo descaracterizados pela perda
do poder de compra da moeda.
Princpio da competncia
As receitas e as despesas devem ser
includas na apurao do resultado
do perodo em que ocorrerem,
sempre simultaneamente caso se
correlacionem, independentemente
de recebimento ou pagamento.
Esse princpio pode gerar dvidas,
j que, aos olhos do leigo, o fluxo
de caixa faz mais sentido do que o
balano por competncia esse o
ponto em que ocorre a confuso.
Porm, torna-se fcil entender o
princpio quando se parte para
uma transao real: uma despesa
devida no momento em que a dvi-
da foi contrada (na competncia) e
no quando paga (no caixa).
Princpio da prudncia
Determina a adoo do menor
Princpio da continuidade
A continuidade o que regula o
segundo princpio, porque o valor
de um ativo para uma empresa em
atividade um e para uma empre-
sa sem produo outro, comple-
tamente distinto.
Princpio da oportunidade
Refere-se simultaneamente ao
momento do lanamento e cor-
reo do registro, pois um lana-
mento somente deve ser feito no
momento correto e deve se ater
realidade da transao que est
sendo lanada.
Princpio do registro pelo
valor original
Os componentes do patrimnio
devem ser registrados pelo valor
original das transaes com o
mundo exterior e expressos na
moeda do pas.
Princpio da atualizao monetria
Os efeitos da alterao do poder
aquisitivo da moeda nacional
devem ser reconhecidos nos regis-
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valor para os componentes do
ativo e do maior para os do passi-
vo. Isso ocorre porque o balano
utilizado no apenas pelas pessoas
da empresa, mas por terceiros que
no esto familiarizados com os
seus negcios e devem saber
qual o pior cenrio para a realiza-
o de ativos ou para o pagamen-
to das obrigaes.
Traduo de termos
Os balanos incluem muitos termos
de fcil traduo, como caixa,
bancos, clientes, estoques e forne-
cedores. Mas incluem outros que
no fazem sentido no dia-a-dia,
como diferido, proviso, reservas
de capital, reservas de lucros e
lucros acumulados.
Esses termos so to comuns na
rotina de um contador que no lhe
passa pela cabea que algum no
tenha domnio do que eles tratam.
O fato que leigos necessitam de
dicionrios para ler balanos, assim
como no-especialistas precisam de
um tradutor para textos mdicos
ou jurdicos, por exemplo.
Por isso, tentaremos minimizar
essa necessidade quanto rea
contbil com o dicionrio de ter-
mos contbeis no final deste livro.
Balano anual
Qualquer entidade necessita fazer
um balano de suas atividades
aps um determinado perodo.
Esse perodo normalmente equi-
valente ao exerccio social, que
tende a ser de um ano. O porqu
de ser anual relaciona-se principal-
mente tradio de se analisar a
evoluo da vida de qualquer pes-
soa em perodos anuais.
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O que voc viu no captulo 2
> O que um balano contbil e comose faz sua leitura.1
> O significado das rubricas que cons-tam em um balano.2
> O significado de ativos e dbitos, e aorganizao de um balano.3
> As demonstraes que compem umademonstrao contbil.4
(ou prejuzos, supervits ou
dficits), acumulados no
patrimnio lquido.
Demonstrao das mutaes do
patrimnio lquido
As modificaes no patrimnio
lquido tm esse demonstrativo,
que pode ser substitudo pela
demonstrao de lucros ou preju-
zos acumulados. Retrata as altera-
es ocorridas naquela conta
durante o perodo.
Demonstrao das origens e
aplicaes de recursos
Relata como o capital circulante da
empresa foi utilizado ou modifica-
do. Esse demonstrativo vem sendo
substitudo pela demonstrao do
fluxo de caixa, que melhor se adap-
ta ao objetivo de transparncia e
detalhamento dessas modificaes
Notas explicativas
Explicam as demonstraes para
terceiros e procuram garantir trans-
parncia aos itens que possam
necessitar de maior detalhamento.
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Uma estratgia da empresa
Para realizar o planejamento tribu-
trio da empresa, em primeiro
lugar necessrio criar um
momento favorvel. Como se
consegue isso?
Com a conscientizao de toda a
equipe de trabalhadores, por meio
do gerenciamento dos esforos de
diversas pessoas da empresa e com
os objetivos voltados para a redu-
o da carga tributria.
Como regra primordial, o planeja-
mento tributrio deve integrar o
planejamento estratgico como
uma perspectiva a ser conduzidade forma dinmica e compartilha-
da, e monitorada com base nos
indicadores estabelecidos no pla-
nejamento do processo.
O mnimo necessrio
O planejamento tributrio partedo princpio de que todos os con-
tribuintes tm o direito de ordenar
os seus negcios de forma que
paguem o mnimo de tributos em
face da legislao correspondente.
Pressupe tambm que o empres-
rio que decide optar pela alternati-
va mais econmica do ponto de
vista fiscal est se utilizando do
mesmo procedimento de quando
resolve adquirir um insumo pelo
menor preo possvel.
O desafio da reduo do custo tri-
butrio deve motivar tambm as
pessoas da contabilidade. A funo
a de subsidiar de informaes
competitivas e lucrativas todos os
setores da empresa.
Vantagem competitiva
A ausncia do planejamento tribu-
trio em grande parte das empre-sas coloca-as em uma posio de
desvantagem no campo da compe-
titividade do mercado.
Por sua vez, aquelas que tm
conscincia da importncia do pla-
nejamento tributrio e o empre-
gam no dia-a-dia adquirem umaforte perspectiva de ganhos signifi-
cativos em relao a seus principais
concorrentes.
Sonegar, a pior sada
fato que determinadas empresas
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utilizam-se da sonegao para
garantir competitividade. O que
pode parecer uma sada esperta
para tirar vantagem da concorrn-
cia, na verdade, volta-se contra o
futuro da empresa sonegadora.
Primeiro porque sonegar crime.
Segundo porque a empresa em
questo tende a ter desvantagem
na competio com outras que no
se utilizam desse expediente, uma
vez que fica patente que ela s
sobrevive por transferir sua inefi-
cincia para a sonegao.
Alm disso, a sonegao tende
cada vez mais a ser reduzida, prin-cipalmente pelo aparelhamento do
Estado em seu combate.
Carga tributria
Analistas acreditam que a mdio
prazo a carga tributria brasileira
ter de ser reduzida sob pena de ogoverno correr o risco de enfrentar
uma crise empresarial de propor-
es imensurveis.
Afinal, com a alta carga de tributa-
o, o Brasil corre o risco de perder
competitividade no competitivo
mercado internacional. De modo
contrrio, uma reduo da carga
tributria garantiria mais condies
de competio s empresas.Aqueles que defendem a elevada
tributao alegam que o montante
da sonegao equivaleria metade
do PIB do Pas.
Verdade ou no, esse seria um
argumento plausvel para quem
precisa justificar a alta carga tribu-tria. De qualquer modo, no com-
pete a este livro discutir a soluo
para a diminuio do valor dos tri-
butos. Apenas observamos que o
Estado deve zelar pela produtivida-
de do pas.
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Caso seja apurado prejuzo em
algum trimestre, este somente
pode ser compensado em 30%
com o lucro de algum trimestre
futuro, mesmo no prprio
exerccio de apurao.
Lucro real mensal com balano de
suspenso ou reduo
Para as empresas, a vantagem
do lucro real mensal com balano
de suspenso ou reduo poder
compensar em 100% o valor
dos prejuzos apurados em
um determinado ms com lucros
de meses futuros dentro domesmo exerccio.
Lucro presumido
O Fisco estabeleceu a margem
que cada tipo de empresa deve
ter. A base 8% da receita bruta
apurada, passando a 1,6% paraatividade de revenda para con-
sumo de combustvel derivado
de petrleo, lcool etlico carbu-
rante e gs natural; 16% para a
atividade de prestao de servio
de transporte, exceto o de carga;
Regimes de apurao
A partir do que foi explanado at
agora, pode-se dizer que existem
determinados modelos de planeja-
mentos tributrios alguns mais,
outros menos complexos.
O mais simples deles, creio, o de
analisar e comparar a tributao
do Imposto de Renda utilizando-se
dos quatro regimes de apurao:
1. Lucro real trimestral.
2. Lucro real mensal com balano
de suspenso ou reduo.
3. Lucro presumido.
4. Lucro arbitrado.
Lucro real trimestral
Apuram-se as receitas e despesas
de uma empresa a cada trimestre.
So feitas as adies e as exclu-
ses estabelecidas pelo Fisco e,
assim, apurado o resultado.O lucro real trimestral tende a ser
utilizado pelas empresas que pos-
suem margem comprovada de
lucro inferior determinada pelo
lucro presumido, e com lucros em
todos os trimestres.
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Outros tributos
Em suma, pelo breve exemplo da
pgina anterior, deu para ter
noo de quo complexa a anli-
se de uma situao e seu planeja-
mento tributrio.
Lembre-se de que foram analisados
apenas o Imposto de Renda da pes-
soa jurdica, o PIS e a COFINS. Ou
seja, faltaram somente outros 55
tributos que poderiam afetar o cl-
culo, tais como:
Imposto sobre a Importao de
produtos estrangeiros (II).
Imposto sobre a Exportao para
o exterior de produtos nacionais
ou nacionalizados (IE).
Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (ITR).
Imposto sobre Operaes de
Crdito, Cmbio, Seguro e relativas
a Ttulos e Valores Mobilirios (IOF).
Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI).
Imposto sobre a Transmisso
Causa Mortis e Doao de quais-
quer Bens ou Direitos (ITCD).
Imposto sobre Operaes relati-
vas Circulao de Mercadorias e
sobre Prestaes de Servios de
Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicao
(ICMS).
Imposto sobre a Propriedade de
Veculos Automotores (IPVA).
Imposto sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana (IPTU).
Imposto sobre a Transmisso Inter
Vivos, a qualquer ttulo, por ato
oneroso, de Bens Imveis, por
natureza ou acesso fsica, e de
direitos reais sobre imveis, exceto
os de garantia, bem como a cessode direitos a sua aquisio (ITBI).
Imposto Sobre Servios de qual-
quer natureza (ISS).
Contribuio sobre a
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O que voc viu no captulo 3
> A definio de planejamento tributrioe seu papel no crescimento da empresa.1
> A vantagem competitiva adquirida apartir de um planejamento tributrio.2
> A razo pela qual a sonegao fiscalno uma alternativa s empresas.3
> Os quatro regimes de apurao a par-tir do lucro da empresa.4
Movimentao Financeira (CPMF).
Contribuio de Interveno de
Domnio Econmico (CIDE).
Contribuio para o INSS
patronal.
Contribuio para o INSS
empregado.
FUNDAF.
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CONTABILIDADE DE CUSTOSDe que modo o fator custo
relaciona-se ao lucro da
empresa? Qual o melhor
mtodo para calcular os
custos de um negcio?
4
38
premissas adotadas para o xito de
qualquer empreendimento consis-
tem basicamente em buscar o mer-
cado certo, empregar corretamen-
te os recursos disponveis entre
materiais, humanos e financeiros ,
adotar a tecnologia recomendvel
e adotar os processos administrati-
vos adequados.
Nas mdias ou pequenas empresas,
que constituem uma parcela da eco-
nomia bastante significativa, a ado-
o de solues que se estendam aocontrole e anlise dos gastos com
uma rigorosa gesto de investimen-
tos, custos e despesas uma prio-
ridade para todas as aes adminis-
trativas e tcnicas.
A tarefa de atin-
gir padresideais de competiti-
vidade, aliados otimi-
zao da qualidade e da produti-
vidade, ser grandemente facilita-
da com as informaes gerenciais
geradas pelo setor de custos.
A busca do lucro objetivo funda-
mental de toda empresa, afinal o
componente que faz qualquer
negcio suportar situaes adversas,
sobreviver e gerar produtos ou servi-
os sociedade.
O aumento ou a simples manuten-
o do lucro merece cada vez mais
a ateno dos administradores. As
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A tarefa de atingir padresideais de competitividade,aliados otimizaoda qualidade e daprodutividade, sergrandemente facilitada comas informaes gerenciais
geradas pelo setor de custos.
A busca de meios para a obteno
de melhores ndices de eficincia,
com o aumento da produtividade
de todos os fatores da produo
representados pelos recursos
materiais, humanos e financeiros,
sem excees , s possvel com
informaes precisas sobre a
empresa, principalmente no que
tange a seus custos.
Sistema de custeio
Com a Revoluo Industrial e o
advento das indstrias, surgiu a
necessidade de uma apurao mais
detalhada do balano e da de-monstrao do resultado. At
ento, a contabilidade era usada
basicamente por comerciantes, e a
apurao de custos exigia um
modelo que dispensava qualquer
sofisticao. Assim, para essa apu-
rao detalhada, o contador nodispunha facilmente de dados para
atribuir valor aos estoques.
Da, a necessidade da contabilida-
de de custos industriais, com a
qual os contadores tentavam utili-
zar os mesmos critrios aplicados
nas empresas industriais, agora,
nas empresas comerciais e de servi-
os. Com o surgimento da contabi-
lidade de custos, iniciaram os siste-
mas de custeios, que passaram
pouco a pouco a ter vida prpria.
Custeio por absoro
O primeiro sistema de custeio foi o
tradicional ou por absoro
que surgiu por volta de 1920,
seguindo o mrito derivado da
aplicao dos princpios contbeisgeralmente aceitos. um mtodo
de custeio que apropria os custos
diretos e indiretos aos produtos, e
considera as despesas administrati-
vas, de vendas e financeiras, como
sendo do perodo.
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Sem departamentalizao
O sistema de custeio por absoro
pode ser realizado com ou sem
departamentalizao.
Caso ele seja sem departamentali-
zao, apresenta trs passos bsi-
cos que so:
1. Separao entre custos e
despesas.
2. Apropriao dos custos diretos.
3. Apropriao dos custos indiretos.
Quando o critrio de rateio por
absoro sem departamentalizao
propicia valores de custos e custos
totais diferentes a cada produto,
passa a ser obrigatrio o sistema de
departamentalizao, que cria uma
distribuio mais racional dos cus-
tos indiretos gerados sobre os pro-
dutos ou servios.
Com departamentalizao
Com a departamentalizao, os
custos indiretos so rateados entre
os departamentos de produo,
atuando, assim, sobre os produtos
e apropriando custos a eles. Osdepartamentos de servios no tm
seus custos apropriados aos produ-
tos. Esse esquema de custeio possui
seis passos bsicos:
1. Separao entre custos e
despesas.
2. Apropriao dos custos diretos
ao produto.
3. Apropriao dos custos indiretos
aos departamentos.
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4. Rateio dos custos indiretos
comuns e da administrao geral
da produo aos departamentos.
5. Escolha da seqncia de rateio
dos custos acumulados nos depar-
tamentos de servios e distribuio
aos demais.
6. Atribuio dos custos indiretos
dos departamentos de produo
aos produtos, de acordo com o cri-
trio escolhido.
Reduo de desperdcio
A contabilidade de custos passa aoferecer elementos de medio e
anlise para alcanar objetivos
administrativos e econmicos, alm
dos financeiros.
Desse modo, as informaes signifi-
cativas para a gesto dos negcios
da empresa, em ambientes demaior competitividade, permitem
perseguir ndices mais elevados de
produtividade e qualidade, com
conseqente reduo de desperd-
cios, inclusive o tempo ocioso de
mquinas e de pessoal.
Com a evoluo do conhecimento
das empresas sobre as prprias ati-
vidades, notou-se que faltam
determinadas informaes no siste-
ma de custeio por absoro para atomada de deciso no nvel geren-
cial. Para tanto, foi criado um siste-
ma de informaes complementa-
res, de apoio, denominado sistema
de custeio direto ou varivel.
Alcanar melhores resultados natu-
ralmente significa estabelecer umcorreto planejamento das ativida-
des e seu correspondente controle,
passando-se a obter informaes
de maior relevncia do que a
empresa realiza e do que
pretende realizar.
As informaes significativaspara a gesto dos negciosda empresa, em ambientesde maior competitividade,permitem perseguir ndicesmais elevados deprodutividade e qualidade,
com conseqente reduode desperdcios.
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to da maioria de seus custos fixos.
Localizao, disponibilidade de
materiais e de mo-de-obra espe-
cializada, definio dos padres de
produo desejveis e pesquisa de
mercado constituem, assim, ferra-
mentas na tomada de deciso de
localizao de uma empresa.
Custos de manuteno
importante considerar os custos
de manuteno dos ativos imobili-
zados no apenas na implantao
do empreendimento, mas em toda
sua existncia.
Determinar uma planta nica,construir vrias unidades indepen-
dentes ou crescer modularmente
influem no resultado do custo
de manuteno e, portanto, no
resultado futuro das operaes
da empresa.
Todo o conjunto de aes requercontinuamente a concentrao de
esforos de todos os nveis de ges-
to com o intuito de deixar a
empresa preparada para enfrentar
o seu mercado dentro de um per-
feito equilbrio das aes geren-
No permanecendo constantes por
sua mesma natureza, todos os
fatores de custos, alternada ou
simultaneamente, sofrem sucessi-
vas mutaes, independente da
variao de preos dos insumos e
servios utilizados na produo.
A relao custo/preo exige um
rigoroso e permanente controle
dos gastos e o estabelecimento
de oramentos a prazos cada vez
mais limitados.
Decorrentes desses fenmenos, os
custos totais de qualquer produto
ou servio no sero iguais para
uma empresa em pocas diferen-tes ou quando comparados com
os de empresas similares na
mesma poca.
O dimensionamento da empresa
por si s j define o estabelecimen-
importante considerar oscustos de manuteno dosativos imobilizados noapenas na implantao doempreendimento, mas emtoda sua existncia.
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ciais. O objetivo que sejam alcan-
adas as metas estabelecidas com a
otimizao dos resultados.
Medidas corretivasA adoo de medidas corretivas
conduzir a um aumento de pro-
dutividade, seja com a reduo do
tempo ocioso, seja com a elimina-
o de desperdcios dos materiais,
seja com o melhor aproveitamento
da mo-de-obra etc.
Demonstrao de resultado
Para uma anlise mais precisa, a
demonstrao de resultado quan-
do o setor de custos envolvido
passa a ser:
Para os custos diretos (materiais e
mo-de-obra), a apropriao deseus valores aos produtos de fcil
identificao.
Ao se considerar a sua variao,
pode-se quantificar em unidades
fsicas identificveis com os
produtos.
Receitas totais
(-) Materiais diretos (ou variveis)
(-) Mo-de-obra direta (ou varivel)
(-) Despesas variveis
(=) Margem de contribuio
(-) Custos fixos
(-) Despesas fixas
(=) Lucro
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Item por item
A seguir, o significado de cada item
da demonstrao de resultado.
Materiais diretos
Tanto matria-prima como os
materiais auxiliares e de embala-
gem so utilizados com base
em quantificaes tecnicamente
estabelecidas.
Mo-de-obra direta
Esse componente de custos permite
uma relao direta com os produ-
tos, podendo ser expresso em
homens-hora/unidade.
Despesas variveis
Da mesma maneira, so facilmente
identificveis com os produtos,
variando proporcionalmente com a
produo e as vendas.
Custos e despesas fixos
Esses componentes independem do
volume de produo por estar vin-
culados estrutura da planta
industrial e no a seu funciona-
mento. Passam, desse modo, a
constituir a dificuldade maior para
sua vinculao ao produto.
Tornam-se mais relevantes em uma
produo pequena. Qualquer ele-mento que se tome como base
para seu rateio expressar apenas
uma forma relativamente objetiva,
para efeito de qualquer tentativa
de distribuio.
Custeio diretoNo sistema de custeio direto ou
varivel, s so agregados aos pro-
dutos seus custos variveis. Os cus-
tos fixos so tratados como despe-
sas. importante ressaltar que esse
mtodo no aceito para fins
Hoje, com o advento datecnologia e a progressivaimplantao de sistemascomo o Just-in-Time, entreoutros, os custos indiretos defabricao foram crescendo,aumentando assim as
distores provocadas pelaarbitrariedade no critriode rateio.
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externos, porm fornece informa-
es importantes que faltam ou
so deficientes no custo por absor-
o como:
margem de contribuio;
ponto de equilbrio;
margem de segurana;
alavancagem operacional.
Ajuste fcil
Com essa sistematizao, a medida
da produtividade relativa estrutu-
ra da planta industrial estar defi-
nida no padro custo/mquina-
hora. Qualquer variao na quanti-dade de mquinas-horas, no caso
de projees para perodos futuros,
ser facilmente ajustada, propor-
cionando um controle permanente
sobre os desperdcios e a ociosida-
de das mquinas.
Com o tempo, esses sistemas tam-
bm foram substitudos por tcni-
cas mais modernas e adequadas ao
nvel de informao e controle.
Custo ABC
Popularmente conhecido como sis-
tema ABC, o custeio baseado em
atividades e gerenciamento permi-
te reduzir as distores causadas
pela arbitrariedade do rateio doscustos indiretos de fabricao.
Antigamente essa arbitrariedade
era aceita, pois a proporo dos
custos indiretos de fabricao em
comparao aos demais custos era
pequena. Hoje, com o advento da
tecnologia e a progressiva implan-tao de sistemas como o Just-in-
Time, entre outros, os custos indire-
tos de fabricao foram crescendo,
aumentando assim as distores
provocadas pela arbitrariedade no
critrio de rateio.
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Sistema ABM
Em complemento ao sistema ABC,
surgiu o Activity Based Manage-
ment (ABM) ou Gesto Baseada em
Atividades. Esse sistema utiliza as
informaes geradas pelo ABC para
o gerenciamento da empresa por
meio do ABM Operacional e do
ABM Estratgico.
Escolha do sistema
importante ressaltar que todos os
sistemas apresentados geram infor-
maes que auxiliam na tomada de
deciso. No existe um sistema
mais ou menos adequado. Tudodepende da necessidade da empre-
sa e do tipo de informao que ela
deseja obter. Para decidir qual sis-
tema usar, deve-se acompanhar os
seguintes passos:
Passo 1 Determinar como avaliar
os estoques
Em outras palavras, significa deter-
minar como medir a eficincia.
Uma das definies atribuir cus-
tos aos estoques, que pode ser
feito das seguintes formas:
FIFO (First In, First Outou
Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair)
Baseado no custo do produto maisantigo no estoque. O custo unit-
rio que servir de base precifica-
o de custo dos produtos em esto-
que o do item mais antigo.
Exemplo: uma empresa compra na
data A 10 itens por 300 reais ou
30 reais por unidade. Mesmo quena data B compre 30 itens a 45 reais
cada um, o estoque ser valorizado
a 30 reais, o custo mais antigo.
LIFO (Last In, First Outou ltimo
a Entrar, Primeiro a Sair)
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Baseado no custo da ltima merca-
doria a dar entrada no estoque.
Pelo exemplo anterior, cada unida-de seria valorizada a 45 reais.
NIFO (New In, First Outou Novo
a Entrar, Primeiro a Sair)
Baseado no custo da prxima mer-
cadoria a dar entrada no estoque.
Nesse caso, o valor o de mercadoou o custo de reposio.
Custo mdio
Baseado no custo mdio de todos
os produtos em estoque. De acordo
com o exemplo, seria calculado da
seguinte forma: 10 itens a 30 reais
(300 reais) adicionados a 30 itens a
45 reais (1.350 reais) resultariam
em 40 itens, num total de 1.650
reais. Assim, o custo unitrio mdio
seria de 41,25 reais.
Valores de entrada e sada
Outra definio quanto aos valo-
res de entrada ou de sada.
No caso dos valores de entrada,
dever ser determinado o mtodo
de valorizao:
custo histrico;
custo histrico corrigido; custo corrente;
custo corrente corrigido;
custo futuro de reposio.
Os valores de sada tambm
demonstram alternativas em sua
precificao:
valores descontados das entradas
futuras de caixa;
preos correntes de vendas;
equivalentes correntes de caixa;
valores de liquidao.
importante ressaltarque todos os sistemasapresentados geraminformaes que auxiliamna tomada de deciso. Noexiste um sistema mais oumenos adequado. Tudo
depende da necessidadeda empresa e do tipode informao que eladeseja obter.
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Passo 2 Identificar e separar gastos
em custos e despesas
Para registrar os gastos, preciso
classific-los, identific-los e apre-
sent-los de acordo com a natureza
de sua ocorrncia. Verifica-se tam-
bm se os gastos tm ou no rela-
o com a atividade produtiva.
nesse momento que a contabilida-
de faz a distino entre custos e
despesas. As despesas so transferi-
das diretamente para o resultado.
J os custos so divididos em
trs componentes:
material; mo-de-obra;
gastos gerais de fabricao.
O conceito de custos no deve ser
limitado ao produto fabricado.
Cada atividade deve ser vista como
uma empresa isolada que gera cus-tos e resultados. A cada uma d-se
o nome de centro de custo.
Passo 3 Definir como os custos
sero agregados aos produtos
necessrio definir o sistema de
acumulao, ou seja, como os
dados sero divididos para poste-
rior mensurao. H dois sistemas
comumente aceitos:
Por ordem de produo
Os produtos so divididos por lotes
de produo. Todos os custos ine-
rentes produo de uma quanti-
dade determinada de itens so
agregados quele lote, independen-
temente do perodo de produo.
Por processo contnuo
Os custos so distribudos por cen-
tro de custos. Ao final do dia, soagregados s unidades produzidas
em seus diversos estgios acaba-
do e semi-acabado, entre outros.
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O que voc viu no captulo 4
> Como a mensurao de custos deter-minante para gerar lucro.1
> Sistemas de custeio: por absoro,direto ou ABC.2
> As etapas para definir o sistema decusteio mais adequado empresa.
3
Passo 4 Classificar os custos em
diretos e indiretos
Essa classificao tem por objetivo
permitir uma melhor utilizao do
sistema de custeio adotado pela
entidade. Os custos diretos so alo-
cados aos produtos independente-
mente do sistema utilizado. Os cus-
tos indiretos recebem um trata-
mento diferenciado, que varia de
acordo com o sistema adotado.
fundamental que o responsvel
pela gesto de custos na empresa
tenha conhecimento de todo o
processo produtivo para definir as
escolhas com preciso.
Passo 5 Determinar o sistema
de custeio
O sistema de custeio a ser utilizado
depender no somente da vonta-
de da empresa, mas da qualidade
das informaes possudas.Relembrando os sistemas que j
foram descritos anteriormente:
custeio por absoro;
custeio varivel ou direto;
custo ABC.
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ORAMENTO EMPRESARIAL
Por que preciso planejar o
oramento para minha empresa
ser rentvel? De que modo o
oramento base-zero pode
enxugar as despesas?
5
50
elas fins lucrativos ou no.
O oramento , na verdade, a
transformao do planejamento
estratgico de uma organizao
em objetivos mensurveis por meio
das ferramentas de desempenho.
Oferta e demanda
O oramento nas empresas nasceu
nos anos de 1920 como uma ferra-
menta de gesto de custos.
Um dos grandes incentivadores,
divulgadores e contribuintes paraa melhoria da ferramenta foi o
norte-americano Henry Ford, fun-
dador da Ford e mentor da linha
de montagem nas fbricas.
Ford trabalhava sob a seguinte
lgica: produzir bens em grande
quantidade, sim, mas de olho nademanda. O industrial foi uma
exceo em uma poca na qual as
empresas aumentavam sua produ-
o desmedidamente, acreditando
na teoria de que a oferta seria
capaz de criar a demanda.
Como vimos no captulo anterior, a
previso de custos fundamental
na definio de rentabilidade de
uma entidade. Assim, o processo
oramentrio o elemento princi-
pal do controle gerencial na maiorparte das organizaes, tenham
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Para no ver seus recursosminguarem no oramento do
ano seguinte, os executivos
optam por consumi-los
sem que essa atitude guarde
necessariamente vnculos
com o planejamento
estratgico da companhia.
Operacional e estratgico
Com a utilizao do mtodo de
administrao cientfica, a aplica-
o do oramento empresarial
tomou grande impulso nos anos
que se seguiram a 1930.
Em meados da dcada de 1960, o
cientista contbil Robert Anthony
estabeleceu uma estrutura de con-
trole gerencial com dois processos
complementares: o planejamento
operacional e o estratgico.
Anthony verificou que o planeja-
mento operacional assumia formas
diferentes nas organizaes.
Acreditava-se na poca que o pla-nejamento estratgico constitusse
uma atividade restrita aos mais
altos escales de uma organizao,
mas que, por fim, norteava os
objetivos e as metas do processo
de controle gerencial.
Em conseqncia, por muitos anos,planejamento estratgico e contro-
le gerencial foram considerados
campos distintos de estudo.
Com essa viso distorcida, as duas
reas evoluram a passos vagarosos
comparadas s demais.
Gaste ou perca
Com a globalizao e a abertura
dos mercados a partir da dcada de
1990, intensificou-se a concorrncia
entre as companhias, o que passou
a exigir inovao e respostas rpi-das das organizaes.
Na virada do milnio, ganhou fora
a filosofia do gaste ou perca,
prtica corrente tanto em inmeras
grandes empresas como na admi-
nistrao pblica.
Para no ver seus recursos mingua-rem no oramento do ano seguin-
te, os executivos optam por consu-
mi-los sem que essa atitude
guarde necessariamente vnculos
com o planejamento estratgico
da companhia.
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Outros mtodos
Com o decorrer do tempo, surgi-
ram mtodos alternativos ao pro-
cesso oramentrio, como o ora-
mento base-zero, o flexvel, o con-
tnuo, o baseado em atividades e o
beyond budgeting. Em comum,
todos eles procuram minorar as
deficincias constatadas na prtica
oramentria das empresas.
Planejamento e oramento
O planejamento e o oramento,
em seu sentido tradicional, com-
pem um processo peridico no
qual as organizaes buscam proje-
tar seus resultados e gastos opera-
cionais futuros.
um processo de cima para baixo.
De modo geral, o pacote oramen-
trio encaminhado da diretoria
para as vrias divises e unidades
operacionais, acompanhado por
formulrios a serem preenchidos e
previses operacionais e de vendas
a serem completadas.
Limites e metas
O oramento final normalmente
produzido semanas ou meses aps
a distribuio inicial dos formul-rios. Fixa os limites operacionais
para o prximo perodo e as metas
a serem alcanadas.
Nas metas estabelecidas, so esti-
mados os compromissos gerenciais
e de resultados daquela entidade.
Em geral, as remuneraes vari-veis baseiam-se no cumprimento
dessas metas. Desse modo, o ora-
mento, atrelado ao planejamento,
uma das mais eficazes armas de
engajamento da gerncia mdia na
estratgia geral da empresa.
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Faz-se necessrio, portanto,implementar um sistema que
propicie ao gerente ou ao
colaborador enxergar a
empresa de um modo mais
amplo. Assim, eles estaro
capacitados a atuar
igualmente nas duas frentes:a dos resultados previstos
no oramento e a do
planejamento estratgico.
Pouco flexvel
Na seqncia, o oramento sub-
metido ao conselho de administra-
o para, em seguida, retornar a
cada diviso ou departamento.
Uma vez aprovado o oramento, as
regras para modific-lo costumam
ser bastante rgidas.
Esse engessamento tende a ser
mais prejudicial do que benfico,
uma vez que estimula o comporta-
mento do gaste ou perca entre
os diversos departamentos.
As empresas mais geis asseguram
certa flexibilidade para que reas
especficas que detm conheci-mento mais profundo do que as
instncias superiores possam
modificar os passos em nvel local
para a consecuo das metas.
Viso da empresa
O controle oramentrio se enqua-dra perfeitamente no conceito dos
processos de administrao por
exceo. Como o controle realiza-
do por meio do cumprimento das
metas estabelecidas, um adminis-
trador somente se preocupa com
os resultados alcanados, relegan-
do a segundo plano qualquer pen-
samento ou interseco com o pla-nejamento estratgico da empresa.
Claro que esse sistema embora
vigente nas mais diversas compa-
nhias no o ideal.
Faz-se necessrio, portanto, imple-
mentar um sistema que propicie ao
gerente ou ao colaborador enxer-gar a empresa de um modo mais
amplo. Assim, eles estaro capaci-
tados a atuar igualmente nas duas
frentes: a dos resultados previstos
no oramento e a do planejamento
estratgico da companhia.
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adequar s reorganizaes, aquisi-
es, fuses e incorporaes.
Processo demasiadamente finan-
ceiro, deixando as demais reas
como meras executoras do planeja-
mento da rea financeira.
Desconfiana da rea operacio-
nal, que tende a analisar o proces-
so como um esforo do setor finan-
ceiro para organizar os dados da
base para a alta administrao.
Omisso de desperdcios e inefi-
cincias das reas, que deixam deidentificar as causas das variaes
no processo produtivo, necessrias
para a melhoria contnua.
Cenrios estabelecidos com base
no exerccio anterior e, portanto,
desatualizados.
Imprecises pela falta de controle
na elaborao da verso final do
documento, como a soma dos
dados que no equivale soma das
diversas partes.
Sem imposio
H especialistas que defendem que
o estabelecimento de metas de
cima para baixo no funciona. Para
estes, o comprometimento com as
metas oramentrias ser maior
com a participao do setor orado
e no simplesmente com elas
impostas pelos escales superiores.
Problemas vista
O processo de planejamento e con-
trole oramentrio pode apresen-
tar problemas como:
Falha nas estimativas.
Adaptao lenta. Normalmente
necessrio mais de um ano para o
processo produzir resultados satis-
fatrios.
Execuo no automtica.
Oramentrio tradicional no
apto a acompanhar o dinamismo
dos negcios.
Falta de flexibilidade para se
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Solues simples
A soluo para os problemas apon-tados no difcil e depende de
medidas de fcil implementao.
Entre elas, destacam-se:
Os objetivos devem significar um
desafio exeqvel tanto para o
administrador individual quantopara a unidade operacional.
Os executivos de linha devem
estar profundamente envolvidos no
processo por meio do fornecimento
dos dados bsicos para o planeja-
mento em seus respectivos centros
de responsabilidade.
A nfase do planejamento e con-
trole de resultados deve residir
num conceito de desempenho.
A administrao deve mostrar aos
nveis inferiores que dotaes adi-
cionais podem ser aprovadas a
qualquer momento, a despeito do
oramento inicialmente elaborado,
desde que sejam apresentadas
razes econmicas para tal.
Os setores da empresa devem serestimulados a poupar e a devolver
os recursos desnecessrios, ao
mesmo tempo que deve ser assegu-
rado a eles que as dotaes futuras
no sero adversamente influencia-
das por essa atitude positiva.
A flexibilidade na execuo de
planos deve ser prevista na poltica
da empresa com o objetivo de
aproveitar oportunidades favor-
veis, mesmo que no includas
no oramento.
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Monitoramento constante
Uma vez que, pelo oramento
base-zero, as diversas reas da
empresa so incentivadas a atuar
em conjunto, o trabalho acaba for-
necendo elementos que permitem:
localizar problemas de retrabalho
entre reas;
gargalos de desperdcio que
antes passariam despercebidos;
identificar com maior facilidade
as prioridades;
avaliar com maior pertinncia o
desempenho dos colaboradores.
Foco nas despesas
O oramento base-zero foca nas
despesas, o que torna mais clara a
visualizao delas.
Com isso, possvel detectar gor-
duras que devem ser cortadas sem
prejuzos para a empresa e que,por outro mtodo oramentrio,
passariam despercebidas. Funciona,
desse modo, como um instrumento
que visa reduo dos gastos e das
despesas, redundando no aumento
dos resultados.
Conjunto de premissas
As seguintes premissas so adota-
das quando se elabora um ora-mento base-zero:
Todos os valores que estaro
compondo a base oramentria
sero obtidos na escriturao con-
tbil dos exerccios anteriores.
Todos os valores obtidos sero
histricos.
Os lanamentos contbeis so
verificados para sua correta aloca-
o no centro de custo.
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Todas as funes e atividades
da empresa so analisadas
detalhadamente.
Analisam-se as alternativas de
cada atividade para atingir o
resultado final desejado.
So identificadas as opes entre
a realizao parcial ou total das
metas estabelecidas e os custos a
elas associados.
Oramento participativo
Uma outra alternativa que tem
sido aplicada notadamente narea pblica o chamado ora-
mento participativo.
Com ele, os cidados de um deter-
minado municpio participam do
processo por meio de organizaes
sociais ou de modo individual.
Pelo oramento participativo, aprefeitura pode estabelecer limites
e critrios para compartilhar o
poder de deciso com os morado-
res da cidade.
A Constituio de 1988 define trs
instrumentos integrados para a ela-
borao do oramento que visam
ao planejamento das aes do
poder pblico. So eles:
1. Plano Plurianual (PPA)
Prev as despesas com programas,
obras e servios decorrentes com
durao superior a um ano. No pri-
meiro ano de governo, o prefeito
deve propor diretrizes, metas e
objetivos que, aps aprovao,
tero vigncia nos prximos trs
anos de sua gesto e no primeiro
ano da gesto seguinte. do PPA
que saem as metas para cada ano
de gesto.
2. Lei de Diretrizes Oramentrias
(LDO)
A partir do PPA, definem-se as
metas e prioridades para o ano
seguinte. A LDO determina as
regras sobre mudanas nas leis deimpostos, finanas e pessoal, alm
de estabelecer orientaes de
como elaborar o oramento anual.
3. Lei Oramentria Anual (LOA)
Consiste no oramento propria-
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mente dito. Contm os programas,
os projetos e as atividades que con-
templam as metas e prioridades
estabelecidas na LDO juntamente
com os recursos necessrios para
seu cumprimento. Dessa forma,
define as fontes de receita e auto-
riza as despesas pblicas, expressas
em valores, detalhando-as por
rgo de governo e por funo.
Muitas vezes, a LOA autoriza a
abertura de crditos suplementares
ou a realizao de emprstimos
pelo prefeito sem prvia autoriza-
o da Cmara Municipal
Participao do cidado
A participao da populao no
oramento participativo pode ocor-
rer nas trs etapas. A elaborao
da LOA a fase em que essa parti-
cipao tem sido mais efetiva.
A primeira etapa de elaborao do
oramento participativo de car-
ter interno da prefeitura. So esta-
belecidos a arrecadao e os gastos
do municpio.
Feito isso, o governo municipal
precisa definir quais so seus obje-
tivos de curto, mdio e longo
prazos para apresentar propostas
populao.A seguir, devem ser elaboradas as
bases do processo de participao,
em que dever constar a descentra-
lizao das discusses com a popu-
lao por meio das subprefeituras
, a elaborao dos critrios de
atendimento das demandas regio-nais, a elaborao dos critrios de
participao da populao, a defi-
nio das instncias de participao
e suas competncias especficas
reunies, plenrias e conselhos,
entre outras.
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Oramento pessoal
Mostramos abaixo uma planilha-
modelo de oramento pessoal.
Modelo de oramento mensal de uma residncia
Despesas
Projetado Realizado
Descrio Gastos/ms Gastos/ano Gastos/ms
(mdia dos 12 meses)
Gastos/ano
(gasto ms real x 12)
Aluguel R$ 720,00 R$ 8.640,00 R$ 720,00 R$ 8.640,00
Energia R$ 138,00 R$ 1.656,00 R$ 156,00 R$1.872,00
Gs R$ 19,00 R$ 228,00 R$ 17,50 R$ 210,00
Telefone R$ 83,00 R$ 996,00 R$ 75,00 R$ 900,00
Celular R$ 120,00 R$ 1.440,00 R$ 120,00 R$ 1.440,00
Plano de sade R$ 360,00 R$ 4.320,00 R$ 360,00 R$ 4.320,00
Combustvel R$ 200,00 R$ 2.400,00 R$ 215,00 R$ 2.580,00
Diverso R$ 320,00 R$ 3.840,00 R$ 365,00 R$ 4.380,00
Totais R$ 1.960,00 R$ 23.520,00 R$ 2.028,50 R$ 24.342,00
Receitas
Projetado Realizado
Descrio Ganhos/ms Ganhos/ano Ganhos/ms
(mdia dos 12 meses)
Ganhos/ano
(ganho ms real x 12)
Salrio R$ 4.850,00 R$ 58.200,00 R$ 4.850,00 R$ 58.200,00
Free-lancer R$ 3.600,00 R$ 43.200,00 R$ 3.120,00 R$ 37.440,00
Aplicaes R$ 320,00 R$ 3.840,00 R$ 320,00 R$ 3.840,00
Total R$ 8.770,00 R$ 105.240,00 R$ 8.290,00 R$ 99.480,00
Total geral R$ 81.720,00 (+) R$ 75.138,00 (+)
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TRS PASSOS IMPORTANTESO que uma auditoria pode fazer
pela empresa? Como se monta
uma anlise de balanos? Qual
a vantagem em ter aes de
minha empresa na Bolsa?
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Passo 1 Auditoria
Um dos papis mais controversos
nos ltimos tempos tem sido o dos
auditores externos. Como eles
auditam as companhias e no con-
seguem ver as fraudes? foi uma
pergunta que cansei de escutar.
Vamos, ento, entender o papel
dos auditores.
Externos e internos
H dois tipos de auditores: os
internos e os externos. O internotem como objetivo testar a eficin-
cia dos controles internos e dos sis-
temas utilizados. J o externo tem
por funo verificar as demonstra-
es financeiras e checar se, efeti-
vamente, representam a situao
econmica e patrimonial de dadaempresa em determinada data.
O auditor interno preocupa-se com
o desenvolvimento do empreendi-
mento da entidade, enquanto o
auditor externo foca na confiabili-
dade dos registros.
Neste captulo esto descritos trs
procedimentos e, de acordo com a
empresa e suas perspectivas,
importante coloc-los em ao. So
eles: processo de auditoria, anlise
de balanos e abertura de capital.
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O auditor externo podeser um grande auxiliar naviso da empresa e naimplementao de controlese procedimentos que deixema organizao mais forte.
Interesses comuns
Embora operando em diferentes
graus de profundidade e extenso
ambas as auditorias tm interesses
comuns da a conexo entre elas.
Notadamente no campo contbil,
os exames so efetuados, geral-
mente, pelos mesmos mtodos.
A auditoria externa, em virtude de
sua funo, pode se utilizar de
parte dos servios da auditoria
interna como fonte de informao.
Deve, portanto, coordenar suas
aes de modo que seus progra-
mas adotem procedimentos idnti-
cos e impeam a execuo de tare-fas repetidas.
O auditor externo pode ser um
grande auxiliar na viso da empre-
sa e na implementao de contro-
les e procedimentos que deixem a
organizao mais forte.
Brasil e o mundo
No rankingmundial, o Brasil um
dos pases menos auditados. De
acordo com levantamento da Ernst
& Young, uma das maiores empre-
sas do ramo no mundo, o Pas
apresenta apenas um auditor para
24.615 habitantes.
Para comparar com vizinhos sul-
americanos, a Argentina soma
13.205 habitantes por auditor; e o
Chile, 8.711. Os Estados Unidos
possuem um auditor para 2.327
habitantes, enquanto a Holandatem a impressionante proporo de
um para 899.
No mundo quatro empresas tem o
controle da maior parte do merca-
do: Deloitte Touche Tohmatsu,
PriceWaterhouse Coopers, Ernst &
Young e KPMG.Juntas, essas empresas dominam
cerca de 80% do total de compa-
nhias abertas auditadas. As empre-
sas brasileiras normalmente so
consideradas como 2nd tier, ou seja,
do segundo grupo.
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Trs subgrupos
A anlise de balanos dividida em
trs subgrupos:
Anlise vertical
Tcnica de suma importncia para
avaliar a estrutura de composio
de itens do balano e sua evoluo
no tempo. Consiste em estabelecer
a participao (em %) de cada item
em relao ao total de seu grupo
ou ao total geral.
Anlise horizontal
Permite observar o crescimento de
itens do balano ou as demonstra-es dele resultantes atravs de
vrios perodos, com o objetivo de
caracterizar tendncias.
Indicadores financeiros e
econmicos
Propicia ao analista informaesadicionais de grande importncia,
possibilitando a ele gerenciar a
execuo oramentria, financeira
e patrimonial, alm de fornecer
resultados com significativa mar-
gem de segurana.
Passo 2 Anlise de balanos
Um dos itens mais interessantes da
contabilidade a anlise de balan-
os. Ela permite ter uma clara idia
do desempenho e das perspectivas
de uma determinada empr