3º bimestre plano de desenvolvimento€¦ · • criança, a alma do negócio. direção de estela...

26
Material Digital do Professor Ciências – 7º ano 3º bimestre – Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam na aplicação da metodologia adotada. 1. Objetos de conhecimento e habilidades No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados em cada capítulo indicado para o estudo do 3º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades da BNCC e habilidades complementares que foram contempladas no Livro do Estudante. As habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a continuidade das aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres. Referência no material didático Objetos de conhecimento Habilidades Capítulo 9 Lixo: um problema socioambiental Programas e indicadores de saúde pública (EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde. Compreender o processo histórico que tornou o lixo um problema socioambiental grave na contemporaneidade. Classificar o lixo de acordo com sua origem. Compreender o processo de compostagem e sua importância socioambiental. Compreender as principais formas de destinação do lixo, suas vantagens e desvantagens. Reconhecer a importância socioambiental da reciclagem. Compreender a importância social, econômica e ambiental dos programas de coleta seletiva no Brasil.

Upload: others

Post on 31-May-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os

objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro

do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam na aplicação da metodologia

adotada.

1. Objetos de conhecimento e habilidades

No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados em

cada capítulo indicado para o estudo do 3º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades

da BNCC e habilidades complementares que foram contempladas no Livro do Estudante. As

habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a continuidade das

aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres.

Referência no material didático

Objetos de conhecimento Habilidades

Capítulo 9 Lixo: um problema socioambiental

Programas e indicadores de saúde pública

(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.

Compreender o processo histórico que tornou o lixo um problema socioambiental grave na contemporaneidade.

Classificar o lixo de acordo com sua origem.

Compreender o processo de compostagem e sua importância socioambiental.

Compreender as principais formas de destinação do lixo, suas vantagens e desvantagens.

Reconhecer a importância socioambiental da reciclagem.

Compreender a importância social, econômica e ambiental dos programas de coleta seletiva no Brasil.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Referência no material didático

Objetos de conhecimento Habilidades

Capítulo 10 Saneamento básico

Programas e indicadores de saúde pública

(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.

(EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida.

Reconhecer as consequências da poluição da água.

Relacionar o uso de fertilizantes e pesticidas com o processo de eutrofização.

Entender como um vazamento de petróleo altera o processo de fotossíntese e o de respiração celular.

Compreender o princípio de funcionamento das estações de tratamento de água e de esgoto e sua importância socioambiental.

Relacionar o custo da água com o desperdício desse recurso.

Capítulo 11 As doenças e a água

Programas e indicadores de saúde pública

(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.

(EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças.

Compreender o que são doenças de veiculação hídrica.

Relacionar as doenças de veiculação hídrica com as condições sanitárias.

Compreender a importância da adoção dos métodos de prevenção para evitar as doenças de veiculação hídrica.

Capítulo 12 As defesas do nosso corpo

Programas e indicadores de saúde pública

(EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças.

Identificar as defesas imunitárias primárias e as secundárias.

Reconhecer as barreiras inatas.

Compreender a diferença entre soro e vacina.

Identificar as principais doenças que afetam o sistema imunitário.

Compreender as medidas adotadas na prevenção das doenças do sistema imunitário.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

2. Atividades recorrentes na sala de aula

No 3º bimestre, é provável que o professor já tenha tido contato suficiente com a turma para

conhecer sua dinâmica e demandas específicas e ter identificado as estratégias didáticas que

atenderam às expectativas. Dessa forma, sugerimos que o professor continue investindo nas

atividades que tenham proporcionado experiências de aprendizagem efetivas e, para o caso daquelas

que não tenham tido o resultado esperado, é importante que o professor avalie e repense suas

práticas. Nessa análise, se o professor considerar pertinente, ele pode envolver também os estudantes

e avaliar as sugestões deles. Nesse processo, o professor deve considerar a importância de diversificar

as abordagens didáticas aplicadas ao longo dos bimestres para enriquecer o processo de ensino e

aprendizagem.

Para este bimestre, há algumas atividades que consideramos alinhadas com nossa proposta

pedagógica e que tendem a ser recorrentes em sala de aula por favorecerem a aprendizagem dos

conteúdos abordados nos capítulos. A seguir, destacamos algumas dessas atividades recorrentes.

Problematização e levantamento de conhecimentos prévios

Mais uma vez, no início de cada capítulo deste bimestre, além da imagem de abertura,

propomos alguns questionamentos para sensibilizar os estudantes para o tema a ser abordado no

capítulo. Nos três primeiros capítulos, trazemos imagens de situações reais que ocorreram no país e

ainda representam a realidade de muitas regiões do Brasil. Nesse sentido, o professor também pode

trazer outras imagens, reportagens, ou pedir que os estudantes pesquisem mais sobre o assunto e

identifiquem situações que tenham ocorrido na região onde residem. Dessa forma, o professor poderá

problematizar as questões apresentadas no capítulo de forma mais contextualizada. Também é

importante que o professor identifique, durante esse primeiro contato com os conteúdos dos

capítulos, os conhecimentos e as concepções prévias dos estudantes a respeito dos conceitos e

questões abordadas.

Uma estratégia interessante, e que pode até mesmo ser utilizada como parte do processo de

avaliação dos estudantes, é o professor pedir a eles que registrem os principais aspectos discutidos e

o que sabem sobre eles para depois serem retomados em outro momento a ser determinado pelo

professor.

Filmes e vídeos

Neste bimestre, indicamos, no Livro do Estudante, dois filmes, sendo um deles um curta-

metragem, e um vídeo. Caso seja possível, sugerimos que o professor os utilize para introduzir os

temas que serão abordados ou para suscitar discussões e aprofundar o conteúdo. Antes de exibi-los

para a turma, é importante que o professor assista a esses filmes ou ao vídeo e avalie a melhor maneira

de discutir e sistematizar o que abordam, para explorar ao máximo seu potencial pedagógico.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Ambos os filmes são indicados no capítulo 9 por abordarem o tema central do capítulo: o lixo.

O primeiro que sugerimos é um curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, chamado A ilha

das flores. Ao narrar o percurso de um tomate estragado até seu destino final – o lixão –, o

documentário aborda a questão do consumo e do desperdício diários que permeiam aspectos sociais,

econômicos e ambientais. Por se tratar de um filme que aborda esses vários aspectos, é possível

estabelecer diálogo com outros componentes curriculares, como Geografia e História, e propor

atividades interdisciplinares que abordem essas questões características da sociedade atual.

A outra indicação é a animação WALL-E, cuja história é narrada em um futuro em que a Terra

está desabitada por ter se tornado imprópria para vida humana, devido às consequências do alto nível

de poluição. Dessa forma, é possível trazer para a discussão como as ações humanas do presente

podem afetar o planeta no futuro. Mais uma vez, o conceito de desenvolvimento sustentável proposto

no capítulo 5 pode ser retomado e ampliado, bem como as discussões sobre a importância da

preservação dos biomas brasileiros e de sua biodiversidade.

No capítulo 12, há a indicação do vídeo A Revolta da Vacina. Trata-se de um vídeo bem curto

(cerca de cinco minutos), que narra os eventos que ocorreram em 1904 no Brasil, quando se tornou

obrigatória a vacina contra a varíola. O vídeo pode ser um recurso interessante para problematizar a

importância da vacinação e abordar conteúdos relacionados com os mecanismos de defesa do

organismo humano. O vídeo pode ser complementado com outros recursos, como a leitura e

interpretação de notícias e reportagens sobre o tema e as políticas públicas na área da saúde.

Além dessas indicações, há outros filmes e vídeos que podem ser utilizados pelo professor para

fomentar as discussões sobre os temas do bimestre. A seguir, apresentamos algumas sugestões,

indicando qual capítulo mais se aproxima do tema abordado no filme ou vídeo.

Indicados para o capítulo 9:

• Boomsville. Direção de Yvon Mallette. Canadá, 1968. Duração: 10 minutos.

Curta-metragem de animação que mostra as transformações sociais nas Américas após a

colonização europeia até o pós-guerra, destacando o surgimento da sociedade de consumo.

• Criança, a alma do negócio. Direção de Estela Renner. Brasil, 2008. Duração: 43 minutos.

Documentário brasileiro sobre como a publicidade voltada às crianças estimula o consumismo

e molda os valores da infância.

• Lixo extraordinário. Direção de Lucy Walker. Brasil, 2009. Duração: 95 minutos.

Documentário que apresenta o projeto desenvolvido por um artista plástico com coletores de

materiais recicláveis do maior aterro sanitário do país, localizado em Duque de Caxias (RJ).

Indicado para o Capítulo 10:

• Aqua. Direção de Taunay M. Daniel. Brasil, 1982. Duração: 11 minutos.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Vídeo produzido pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) sobre a poluição

dos mananciais de água: dos lençóis freáticos aos esgotos da cidade.

Indicados para o capítulo 12:

• O corpo humano: sistema imunológico – A linha de defesa. Direção de Peter Macpherson. Estados Unidos, 2008. Duração: 25 minutos.

O vídeo é composto de três partes. Cada uma delas trata de um aspecto relacionado à defesa

do organismo humano, como a produção e a ação de células imunológicas, a importância da higiene

corporal e a reação do corpo diante de agente externos.

Ao optar por apresentar alguns desses vídeos ou filmes, o professor precisa verificar os

recursos disponíveis para que seu planejamento se baseie na realidade de sua escola e evite

imprevistos. Alguns desses vídeos e filmes indicados podem ser encontrados em uma busca simples

na internet, em outros casos será preciso verificar a disponibilidade e a viabilidade de utilizar o recurso.

Além dos aspectos relacionados à infraestrutura, é importante que o professor considere em

seu planejamento qual a melhor forma de discutir com a turma os temas abordados nos vídeos ou

filmes. Uma alternativa é propor aos estudantes que respondam a um roteiro, que poderá ser

retomado ao final da exibição para embasar as discussões com a turma. Outra opção é solicitar que

elaborem uma síntese ou resenha crítica após assistirem e discutirem os vídeos. Havendo

possibilidade, o professor pode desenvolver esta proposta com a colaboração do componente

curricular de Língua Portuguesa, que poderá explorar com os estudantes as características desses

gêneros textuais.

Leitura e compreensão de texto

Neste bimestre, continuamos propondo situações que incentivem a leitura. Assim, em todos

os capítulos deste bimestre, apresentamos pelo menos um texto, a maioria deles referente a alguma

notícia sobre o tema abordado. Muitos desses textos estão na seção “Leitura complementar” e podem

ser utilizados pelo professor para fomentar discussões a respeito de questões relevantes de saúde

pública e saneamento básico. Vale destacar que o tema abordado neste bimestre envolve a análise de

índices e indicadores de saúde que podem variar muito de um período para outro. Dessa forma, é

importante que o professor procure sempre notícias, reportagens e documentos oficiais atualizados

para que eles representem ao máximo o contexto real dos estudantes.

Além desses textos, alguns livros e revistas também são indicados ao longo dos capítulos.

Como sugestão de leitura no capítulo 9, indicamos três livros que abordam diferentes perspectivas do

problema relacionado ao lixo. O livro O bonequeiro de sucata narra a história de um menino que

trabalha no lixão para ajudar a família e de como ele transforma seus sonhos em arte. Já o livro O saci

e a reciclagem do lixo tem este famoso personagem do folclore como personagem central, e ao

aprontar algumas travessuras, acaba por dar muitas ideias que favorecem a reciclagem e a natureza.

Outro livro que também recomendamos é Lixo: problema nosso de cada dia, que traz uma reflexão

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

sobre diversos assuntos envolvendo a produção de lixo, a reciclagem, o consumo responsável, a

reutilização de materiais e outros temas relacionados.

No capítulo 10, também sugerimos a leitura do livro O senhor da água. O livro narra a história

de um grupo de jovens que tenta evitar um crime ambiental que pode privar o mundo inteiro do

consumo de água, mesmo que isso custe suas próprias vidas.

A leitura desses e de outros livros, além de estimular essa prática nos estudantes, permite que

conheçam diferentes perspectivas para os problemas envolvidos com a temática e, até mesmo,

sensibilizem-se para questões sociais.

Discussão e correção das questões propostas no Livro do Estudante

Considerando os demais bimestres, esperamos que as atividades propostas no final de cada

um dos capítulos já façam parte da rotina nas aulas de Ciências. Mais uma vez, as questões propostas

para este bimestre trazem gráficos, mapas, esquemas e tabelas para que os estudantes possam

interpretar diferentes informações e índices, envolvendo diferentes aspectos sobre o saneamento

básico no país.

Ao propor essas questões, é importante que o professor promova a interação dos estudantes

nessas atividades, possibilitando diferentes arranjos entre eles para a resolução. Além de mediar essas

interações, também é papel do professor incentivar os estudantes a expor suas opiniões e construir

argumentos, de forma que eles possam exercitar a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas,

criar soluções, negociar e defender ideias e pontos de vista, bem como promover o respeito mútuo.

Nesses momentos de interação, o professor deve sempre buscar criar um ambiente acolhedor, que

valorize a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.

Atividade de pesquisa em diversas fontes

Neste bimestre, abordamos temas que envolvem questões sociais, econômicas e ambientais

com foco na área de saúde pública. Ao abordar esses temas, é importante que os estudantes conheçam

as condições de saneamento básico de sua cidade e região, bem como as políticas públicas que

procuram solucionar os problemas relacionados. Nesse sentido, além das várias informações de

abrangência nacional apresentadas no Livro do Estudante, outras fontes podem fornecer informações

complementares de nível mais local e, portanto, mais próximas da realidade dos estudantes.

Por isso, para este bimestre, sugerimos que o professor proponha atividades de pesquisa, que

podem ser associadas a outras atividades propostas pelo professor como fonte de informações para

discussões, debates, produção de texto e etc.

No Manual do Professor, há algumas sugestões de atividades de pesquisa. No capítulo 10, por

exemplo, sugerimos uma pesquisa sobre saneamento básico; no capítulo 11, sobre doenças de

transmissão hídrica; e, no capítulo 12, com a temática de prevenção de acidentes com animais

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

peçonhentos. Essas são apenas algumas sugestões, mas outros temas relacionados também podem

ser propostos pelo professor.

Seja qual for o tema, é importante que o professor oriente os estudantes sobre a importância

de consultar fontes confiáveis e sobre qual é a melhor forma de apresentar as informações obtidas.

Vale destacar que esse tipo de atividade não precisa se limitar apenas a fontes disponíveis na internet.

Há diversas outras fontes que podem fornecer informações, como livros, revistas ou, até mesmo,

consultar especialistas.

Atividades práticas

Como vimos em outros bimestres, as atividades práticas são um procedimento didático

fundamental para o desenvolvimento das principais habilidades e competências previstas para o

ensino de Ciências. Dessa forma, neste bimestre, propomos duas atividades práticas em dois capítulos:

• Capítulo 9 – A atividade prática, chamada Coleta e classificação do lixo domiciliar, propõe que os estudantes investiguem o lixo domiciliar produzido pelas pessoas que moram em sua residência. Por envolver o manuseio de materiais que podem trazer algum risco aos estudantes, é importante instruí-los para que a atividade seja acompanhada de um adulto. Com essa atividade, esperamos que eles reflitam sobre o destino dado ao lixo que produzem e os diferentes impactos que pode gerar ao meio ambiente.

• Capítulo 10 – A proposta da atividade prática Filtração: uma das etapas do tratamento de água é que os estudantes construam dois filtros, sendo que um deles deve ser semelhante aos utilizados em uma estação de tratamento de água (ETA). Ao realizarem a atividade, os estudantes podem identificar que existem diferentes qualidades de filtros que, além de diferir no tempo de filtragem, proporcionam resultados diferentes. Nessa atividade, também é importante o acompanhamento de um adulto.

Além dessas atividades práticas indicadas no Livro do Estudante, no capítulo 10, também há

outra atividade sugerida no Manual do Professor, que propõe o cálculo de desperdício de água em

determinada situação. Se possível, sugerimos que o professor também proponha esta atividade prática

como parte de sua estratégia pedagógica para auxiliar na sensibilização dos estudantes sobre a

questão do desperdício de água.

3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o

desenvolvimento de habilidades

Neste bimestre, damos continuidade à unidade temática Vida e Evolução, mas passamos a

focar nos aspectos sociais, econômicos e ambientais que cercam a questão da saúde pública de nosso

país. Na maioria dos capítulos, apresentamos imagens de situações reais, que expõem problemas

ambientais e sociais do Brasil. Cabe ao professor explorar os diferentes aspectos envolvidos nesses

exemplos e procurar trazer outros que sejam mais próximos da realidade dos estudantes. Além disso,

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

sugerimos algumas questões disparadoras, que buscam despertar o interesse dos estudantes para o

tema e evidenciar seus conhecimentos prévios sobre o problema apresentado. É importante que o

professor explore esse interesse dos estudantes buscando desenvolver neles uma postura mais

reflexiva e crítica sobre esses fatos.

No decorrer do bimestre, é importante que o professor some às discussões outras informações

referentes a índices e indicadores de saúde, que permitam uma análise mais minuciosa dos diferentes

aspectos que envolvem o tema. Nesse sentido, além do conteúdo disponibilizado nos capítulos, é

importante apresentar informações atualizadas mais próximas à realidade de seus estudantes. O

professor também pode optar por apresentar os temas a partir de uma perspectiva histórica, fazendo

uso de gráficos, mapas e esquemas, recursos que também estão presentes no Livro do Estudante.

A temática do bimestre se inicia com o capítulo 9, que tem como tema central o lixo. No

capítulo, são abordados a definição do lixo, a sua disposição e destinação, o seu reaproveitamento e a

importância da reciclagem. O tema também abre espaço para debater e problematizar aspectos

sociais, envolvendo a situação de pessoas que sobrevivem do lixo. Como se trata de um assunto

sensível que expõe pessoas a condições degradantes, é importante que o professor garanta um

ambiente de respeito e empatia. Nesse sentido, vale destacar a importância de políticas públicas que

valorizem o trabalho dos catadores de lixo, que têm um papel importante na coleta seletiva do país.

Além disso, a breve retomada histórica que apresentamos no capítulo permite abordar o

surgimento da sociedade de consumo e as suas principais implicações na geração de lixo. Esse resgate

torna-se importante para que os estudantes possam refletir sobre suas atitudes individuais e as

coletivas em relação à produção de lixo. Como o tema possui interface com o conteúdo de História, é

possível uma abordagem mais integrada com esse componente curricular.

Ao abordar a classificação do lixo, sugerimos que o professor proponha a atividade prática

apresentada no capítulo. Além de permitir que os estudantes compreendam os diversos tipos de lixo,

a atividade mostra, na prática, como separar o lixo domiciliar e estimula os alunos a contribuir com a

coleta seletiva. O exercício da coleta seletiva também pode ampliar a percepção dos estudantes sobre

a sua produção diária de lixo e das pessoas que também residem no mesmo local.

O capítulo também trata sobre a disposição e destinação do lixo que, em muitos casos, não

ocorre de forma adequada no país e pode provocar grandes problemas ambientais e sociais, como a

presença de animais transmissores de doenças, a produção de gases e de chorume, causando

transtornos para o meio ambiente, para a população ao entorno e para os catadores de lixo. Também

elencamos leis e dados que podem ser utilizados pelo professor para fomentar discussões a respeito

do assunto. Essas discussões também podem ser uma oportunidade para integrar o conteúdo de

Ciências com o componente curricular de Matemática, por meio de análise de gráficos e tabelas. Além

disso, torna-se essencial a discussão dessas questões para que os estudantes as avaliem e proponham

alternativas para o descarte mais adequado do lixo e proponham medidas sociais para as pessoas que

dele dependem. Os diferentes aspectos sobre cada uma das destinações de lixo que apontamos no

capítulo permitem que os estudantes construam argumentos, negociando e defendendo ideias e

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

pontos de vista que promovam a consciência socioambiental, uma das competências específicas das

Ciências da Natureza.

Outras alternativas para o tratamento e destinação do lixo também são abordadas no capítulo

e buscam auxiliar os estudantes a refletir e agir pessoal e coletivamente em relação a esse tema,

criando possibilidades para a tomada de decisões frente a essa questão com princípios éticos,

democráticos, sustentáveis e solidários. Para tal, demonstramos o método de compostagem para a

matéria orgânica e para os materiais não orgânicos e sugerimos a “Política dos Rs”, focando em quatro

deles: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar. Nesse sentido, seja qual for a estratégia didática escolhida

pelo professor, é importante que ele promova atividades que permitam aos estudantes expor suas

opiniões e propor soluções embasadas em argumentos relevantes.

No capítulo 10, o foco passa a ser o saneamento básico e os vários fatores que causam a

contaminação das bacias hidrográficas. O ponto inicial do capítulo é a poluição da água. Para abordar

esse tema, trazemos alguns exemplos no Livro do Estudante, mas é importante que o professor

procure utilizar outros exemplos, que sejam do contexto dos estudantes, e forneça informações para

que eles possam compreender os fatores que implicam nessa poluição e contaminação do corpo

d’água considerado. Essas informações também podem ser obtidas por meio de pesquisas em diversas

fontes, que podem ser solicitadas aos estudantes pelo professor. A questão do lançamento dos

resíduos provenientes das cidades e da agricultura, que aumentam tanto a quantidade quanto os tipos

desses resíduos na água, por exemplo, pode ser foco de discussões ou debates que exijam uma análise

crítica dos estudantes, permitindo que reflitam e discutam sobre o que foi apresentado de forma

contextualizada.

Nesse contexto, os estudantes são convidados a explorar como ocorre o tratamento de esgoto

e de água por meio de esquemas apresentados em um infográfico. Além disso, a fossa séptica e os

poços são apontados no Livro do Estudante para que os estudantes possam analisá-los como

alternativas na ausência de coleta de esgoto e fornecimento de água, possibilitando a conversa sobre

o que constitui o saneamento básico e como ele ocorre na cidade onde moram. Como a realidade dos

estudantes pode ser diversa em relação ao acesso ao saneamento básico, essa pode ser uma

oportunidade para a valorização da diversidade de saberes e vivências, por isso, é importante que o

professor permita e incentive que exponham seus conhecimentos sobre o assunto, procurando

desenvolver neles uma postura mais crítica em relação a sua própria realidade.

No capítulo 11, aprofundamos o tema do saneamento básico abordando as doenças veiculadas

pela água ou relacionadas a ela, como a amebíase, a cólera, a leptospirose, a dengue, a zica, etc. Ao

tratarmos dessas doenças, buscamos evidenciar a importância do sanemaneto básico para a saúde

pública e trazer informações para que os estudantes sejam cidadãos responsáveis, por meio de

atitudes que possam favorecer a prevenção dessas doenças tanto no nível individual como no nível

coletivo.

Nesse sentido, para cada doença são descritos seus sintomas, formas de transmissão e

veiculação, bem como medidas de prevenção. Assim, os estudantes podem reunir informações sobre

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

essas doenças e aplicar, na prática, atitudes de prevenção, com respeito à saúde individual e coletiva,

de forma a ajudar a construir uma sociedade que promova a consciência socioambiental. Porém, vale

destacar que apresentar essas informações, por si só, pode não ser suficiente para suscitar

mobilizações sociais nesse sentido. Por isso, é importante que o professor proponha atividades que

procurem despertar essa postura mais crítica e em prol de ações de intervenção em sua realidade.

Nesse sentido, o professor pode propor ações como campanhas de divulgação na escola promovida

pelos estudantes, projetos de prevenção à proliferação de mosquitos no espaço escolar e nas

residências dos estudantes, entre outras.

O capítulo 12, o último do bimestre, continua a temática da saúde pública por um outro viés:

o complexo sistema de defesa do nosso corpo, o sistema imunitário. A narrativa principal se

desenvolve de forma que os estudantes possam compreender os diferentes mecanismos de defesa do

organismo humano para que, então, possam entender a ação das vacinas e dos soros em nosso sistema

imunitário, bem como a importância da vacinação como uma das principais estratégias das políticas

públicas para evitar epidemias e erradicar certas doenças.

Assim, no Livro do Estudante, distinguimos como a imunidade pode ser adquirida pelo

organismo para que o estudante possa conhecer e cuidar de seu corpo e bem-estar por meio de

hábitos saudáveis. Desta maneira, discriminamos como a imunização pode ocorrer: de forma natural

ativa, de forma natural passiva, de forma artificial ativa e de forma artificial passiva. É importante que

os estudantes conheçam essas diferentes formas para compará-las e, numa situação-problema, inferir

qual o melhor método para a imunização. Frente às diversas polêmicas que cercam o tema da

vacinação, cabe ao professor propor atividades que estimulem os estudantes a se posicionarem sobre

a questão. Nesses casos, discussões, debates ou produções de textos dissertativos podem ser

alternativas interessantes e pertinentes, que permitem que o estudante exponha e defenda seu ponto

de vista.

4. Gestão da sala de aula

Gestão de conflitos (relações interpessoais)

Neste 3º bimestre, propomos que o professor continue promovendo momentos em que os

estudantes precisem interagir entre si, como estratégia para que as competências socioemocionais e

habilidades específicas das Ciências da Natureza possam ser ampliadas.

Esses momentos podem ocorrer durante as diversas atividades sugeridas. Nas atividades

práticas propostas nos capítulos 9 e 10, por exemplo, é possível que os estudantes sejam organizados

em grupos para realizá-las ou o professor pode pedir que discutam os resultados de forma coletiva.

No caso da atividade de coleta e classificação do lixo domiciliar, mesmo que cada um investigue em

sua própria residência, o professor pode pedir aos estudantes que reúnam os dados em grupos ou

duplas para apresentar e discutir os resultados de forma coletiva. Outras situações em que os

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

estudantes possam ser convidados a interagir são durante a leitura dos textos do Livro do Estudante e

a resolução das atividades de encerramento dos capítulos.

Seja qual for a proposta de atividade, ao promover a interação entre os estudantes, ela permite

que o professor avalie a qualidade e se estão propiciando melhora na aprendizagem da turma.

Durante essas interações, é importante que o professor observe como ocorrem e se todos

participam ativamente, expondo suas opiniões e argumentando em defesa de seu ponto de vista. Uma

alternativa que pode ser interessante é o revezamento dos estudantes nos grupos, de forma que na

turma uns interajam com os outros de maneiras diversificadas. Isso pode ampliar o convívio entre os

estudantes e permitir que aprendam a respeitar as diferenças.

Gestão do tempo

Além das orientações em relação à gestão do tempo, elencadas no plano de desenvolvimento

dos bimestres anteriores, destacamos a seguir algumas sugestões que podem ajudar o professor em

seu planejamento para este bimestre.

Durante o seu planejamento, o professor precisa levar em conta qual será a duração de cada

uma das atividades e etapas previstas no seu plano. Sendo assim, é necessário que se estime quanto

tempo será despendido na realização dessas atividades.

No caso de o professor optar por exibir vídeos ou filmes para a turma, como os indicados no

Livro do Estudante, por exemplo, é preciso considerar não apenas o tempo de duração do vídeo ou do

filme, mas também a organização do espaço e do tempo necessário para isso. Também é preciso

verificar a infraestrutura e testar os equipamentos necessários com certa antecedência, o que pode

requerer ainda mais tempo. Portanto, é importante que o professor tenha em mente todos esses

aspectos, pois, caso seja necessário reorganizar o espaço da sala de aula para a realização de alguma

atividade, movimentando-se mesas e cadeiras, por exemplo, há uma demanda de tempo.

O mesmo ocorre caso seja utilizado outros espaços da escola ou fora dela. Nesses casos, há a

questão do tempo previsto para que os estudantes se desloquem. Se for realizada alguma atividade

de estudo do meio, como uma saída a campo ou uma visita, por exemplo, ter conhecimento

antecipado de quanto tempo é necessário para o transporte até o local é imprescindível para evitar

imprevistos.

Claramente, se houver necessidade, esse tempo pode ser flexibilizado, pensando-se em

ajustes que podem ser feitos para que as atividades sejam desenvolvidas. Assim, caso terminem antes

do previsto, o tempo restante pode ser utilizado para retomar e discutir alguns tópicos da atividade

ou para iniciar a próxima etapa. Portanto, cabe ao professor reorganizar as próximas etapas da

maneira que achar mais adequado, adaptando as atividades de acordo com as demandas. Embora

essas flexibilizações possam alterar as metas inicialmente propostas, o planejamento e o

replanejamento de uma aula é um exercício dinâmico da prática docente.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Gestão do espaço

Além dos aspectos já apresentados nos bimestre anteriores, destacamos alguns aspectos

sobre a gestão do espaço no que se refere a este bimestre. Como é provável que no 3º bimestre o

professor já conheça melhor a sua turma, é importante que organize o espaço para as diferentes

atividades de acordo com a dinâmica da classe e as suas intencionalidades pedagógicas.

Nas rodas de conversas, nas atividades práticas, de discussão, ou durante a exibição de filmes,

o professor precisa avaliar qual a melhor forma de dispor os estudantes, a fim de potencializar suas

aprendizagens. Assim, organizá-los em semicirculo ou em círculos favorece atividades de discussão,

apresentações ou rodas de conversa; mantê-los em fileiras nas carteiras pode ser uma opção durante

a exibição de filmes ou vídeos; dividi-los em pequenos grupos ou duplas pode ser interessante para as

atividades práticas ou resolução de questões em classe.

Caso seja possível, é importante que o professor também propicie a oportunidade de explorar

outros espaço da escola, como realizar a resolução dos exercícios no jardim ou na biblioteca, ou ainda

propor uma atividade prática em laboratório ou no pátio. Nesses espaços, as interações podem ocorrer

de diferentes maneiras, proporcionando articulações na construção do conhecimento, no

desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores.

5. Acompanhamento da aprendizagem dos estudantes

Neste 3º bimestre, além do que já foi proposto nos bimestres anteriores como formas de

avaliação da aprendizagem dos estudantes e seguindo a mesma perspectiva teórica para avaliação,

destacamos mais alguns instrumentos de avaliação em função das competências e habilidades

previstas para o bimestre e dos procedimentos didáticos adotados.

Produção de texto

Para este bimestre, a produção de texto continua sendo uma alternativa importante como

instrumento de avaliação da aprendizagem dos estudante e, ao longo do bimestre, há diversas

atividades que permitem esse tipo de abordagem.

Em quase todos os capítulos, por exemplo, indicamos vídeos e filmes que podem exibidos em

sala ou sugeridos para os estudantes assistirem em suas respectivas residências. Nesses casos, o

professor pode solicitar aos estudantes que elaborem um texto com uma análise crítica sobre o filme

ou vídeo apontando os principais aspectos abordados durante a narrativa, estabelecendo relações com

os conteúdos abordados no bimestre.

No caso das atividades práticas sugeridas para este bimestre, além de outras formas de avaliar

a participação dos estudantes nesse tipo de atividade, o professor pode pedir que produzam relatórios

próximos aos moldes científicos. Se o professor tiver desenvolvido alguma atividade de estudo do meio

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

ou de visitação a algum espaço não formal, os estudantes também podem produzir um relato por

escrito de aspectos que considerem relevantes para os conteúdos abordados neste bimestre ou, até

mesmo, que tenham sido estudados em bimestre anteriores.

Além disso, em atividades de pesquisa, independentemente da fonte utilizada para tal, o

professor pode solicitar que os estudantes produzam uma síntese dos resultados encontrados. Essa

síntese também pode ser utilizada para fomentar as discussões e os debates acerca dos temas

abordados em classe.

Outra forma de avaliar e acompanhar a aprendizagem dos estudantes é solicitar que produzam

uma síntese ou sistematizem em quadros e esquemas os conteúdos abordados em cada aula. Essa

abordagem também pode ser associada à produção individual, no caderno, de um glossário, ao final

de cada aula. Assim, os estudantes poderão consultar esse glossário sempre que necessário, e o

professor poderá identificar em quais aspectos os estudantes têm maior dificuldade.

Caso o professor proponha atividades que envolvam o desenvolvimento de uma campanha na

comunidade escolar ou divulgação de alguma ação ou mobilização social, a produção de texto também

pode ser uma forma de avaliar os estudantes, uma vez que o professor pode solicitar que elaborem

materiais audiovisuais e textuais para isso. No caso dos materiais audiovisuais, o professor pode

solicitar o roteiro utilizado para a sua produção.

Mais uma vez, é importante ressaltar que nas atividades de produção de texto o professor

precisa estar atento às dificuldades da turma no que se refere à escrita e à leitura, quando for o caso.

Caso identifique estudantes que estejam defasados em relação aos outros, é importante traçar

estratégias para o acompanhamento deles, o que também pode ser feito com o auxílio de professores

de outros componentes curriculares, em especial, os de Língua Portuguesa.

Resolução de questões na classe e na residência do estudante

Assim como nos outros bimestres, sugerimos que o professor continue utilizando a resolução

das questões sugeridas no final de cada um dos capítulos como forma de acompanhar a aprendizagem

de seus estudantes. Além de favorecerem o desenvolvimento das habilidades previstas nos bimestres,

essas atividades auxiliam o professor a identificar qual(is) conteúdo(s) e habilidade(s) precisam ser

retomadas, considerando as dificuldades apresentadas pelos estudantes.

O momento da resolução pode ocorrer de várias formas. Elas podem ser em grupo, em dupla,

individual, na residência do estudante ou em classe. Seja qual for a forma escolhida pelo professor,

para que possa, de fato, acompanhar a aprendizagem de seus estudantes, é importante que ele

dedique um tempo para corrigir essas questões com eles e, sempre que houver necessidade, intervir

de forma a promover a aprendizagem. Vale destacar que o professor não precisa se limitar apenas às

questões apresentadas nos capítulos, mas também pode procurar questões que estejam alinhadas

com a sua proposta pedagógica e com as demandas específicas de seus estudantes.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Para este bimestre, é esperado que os estudantes já estejam familiarizados com a leitura e a

interpretação de gráficos, tabelas, mapas e esquemas, uma vez que também foram recursos utilizados

nos bimestres anteriores. De qualquer forma, é importante que o professor continue atento para

identificar aqueles que ainda apresentem dificuldades nesse sentido.

Observações de classe

Para o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes, é importante que o professor

observe o comportamento e a participação deles durante as diversas atividades realizadas em classe,

principalmente naquelas que envolvem uma postura mais ativa, como nas atividades práticas e nas

discussões. Como é possível que alguns estudantes tenham mais dificuldade para se expressar e

interagir com os demais, é preciso que o professor conduza as atividades que envolvam uma

participação mais ativa e uma exposição maior diante dos colegas de forma a incentivar o respeito e o

acolhimento e, sempre que necessário, intervenha para que todos possam ter o seu momento de fala

e de escuta.

Nesse processo, cabe ao professor avaliar a contribuição de cada um dos estudantes na

construção do conhecimento em atividades que ocorrem de forma coletiva e, para isso, a observação

pode fornecer elementos que não são tão evidentes em outras formas de avaliação.

6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para

apresentar aos estudantes

Há diversas fontes de pesquisa confiáveis que podem ser utilizadas para trabalhar conteúdos

de Ciências com os estudantes de Ensino Fundamental – Anos Finais. Veja a seguir algumas indicações.

• Blog da Saúde: <www.blog.saude.gov.br/>. (acesso em: 4 out. 2018).

Esse blog é mantido pelo Ministério da Saúde e apresenta diversas matérias interessantes a

respeito de saúde, higiene e prevenção, além de informações sobre o SUS, de divulgação de cursos e

eventos, etc.

• Ciência Hoje das Crianças: <http://chc.org.br/> (acesso em: 4 out. 2018).

Este site apresenta inúmeras matérias relacionadas ao tema Ciências em linguagem apropriada

para crianças. Indicado para produzir atividades de investigação, leitura e pesquisa.

• IBciência – Canal de Divulgação Científica da Biblioteca do Instituto de Biociências da USP: <www.sibi.usp.br/noticias/ibciencia-canal-divulgacao-cientifica-biblioteca-ibusp/> (acesso em: 4 out. 2018).

O site traz diversos vídeos para divulgar atividades científicas e acadêmicas do Instituto de

Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

• Ministério da Saúde: <http://portalms.saude.gov.br> (acesso em: 4 out. 2018).

O site do Ministério da Saúde também apresenta muitas informações a respeito de saúde,

higiene e prevenção, mas não é muito simples encontrar informações específicas nele. O mais usual é

utilizar os termos “Ministério da Saúde” + “termo de interesse para pesquisa” para encontrar diversos

conteúdos interessantes. Se pesquisar pelos termos “Ministério da Saúde + criança”, por exemplo, é

possível encontrar diversos PDFs de divulgação e de campanhas a respeito de saúde das crianças,

aleitamento materno, etc.

7. Projeto integrador

Para onde vai nosso lixo?

Tema Destinação e tratamento de resíduos sólidos urbanos.

Problema central enfrentado A falta de conhecimento a respeito da quantidade, diversidade dos resíduos sólidos urbanos, bem como os destinos e as formas de tratamento aplicados a eles.

Produto final Maquetes dos diferentes destinos e formas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos.

Justificativa

Nossa sociedade consumista gera diariamente grande quantidade de resíduos sólidos, que, se

não forem reaproveitados ou reciclados, passam a ser chamados de lixo, principalmente nos

ambientes urbanos, onde concentram-se grande quantidade de pessoas. Políticas públicas de coleta e

destino de resíduos sólidos são fundamentais para a saúde pública – por prevenir a transmissão de

doenças por meio de vetores animais, que se desenvolvem em meio a esses resíduos (como baratas,

ratos, mosquitos, etc.) – e para o meio ambiente – pois a decomposição desses resíduos, se não ocorrer

de maneira controlada, pode produzir compostos tóxicos que poluem o ambiente, contaminando o

solo e os corpos de água. Logo, políticas públicas relacionadas ao controle dos resíduos sólidos

promovem os bons indicadores ambientais e de saúde. No entanto, ações individuais que diminuem a

produção desses resíduos, apesar de fundamentais, não recebem a devida atenção da sociedade.

Quando retiramos de nossos locais de moradia e trabalho os resíduos sólidos que produzimos,

geralmente a preocupação é livrarmo-nos de algo que pode trazer incômodos, como mau cheiro, e

problemas à saúde, por exemplo, transmissão de doenças por animais atraídos pelos restos de comida.

Muitas pessoas, incluindo provavelmente parte da turma e seus familiares, não se preocupa em saber

para onde vai o lixo que produzimos e que problemas ele pode causar se não for destinado e coletado

adequadamente.

Dados de 2016 (ABRELPE, 2017) mostram que apenas 40% dos municípios brasileiros destinam

seus resíduos sólidos urbanos a aterros sanitários, enquanto os outros 60% encaminham tais resíduos

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

para aterros controlados (32% do total de municípios) e lixões (28% do total de municípios). Boa parte

desses resíduos poderia ter outros destinos, como usinas de compostagem e de reciclagem. É

fundamental que os estudantes conheçam e compreendam tal situação, a fim de atuar como agentes

multiplicadores desses conhecimentos, mobilizando as pessoas com quem convivem para,

coletivamente, serem modificadores dessa realidade. Assim, o presente projeto visa favorecer o

desenvolvimento de diversas habilidades e competências pelos estudantes a partir de uma questão-

problema concreta: Para onde vai nosso lixo?

Competências gerais desenvolvidas

• 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

• 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

• 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

• 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

• 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

• 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

• 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Objetivos

• Investigar a produção de resíduos a partir de atividades cotidianas da própria rotina.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

• Produzir uma história em quadrinhos a fim de retratar a relação entre produção de resíduos sólidos nas atividades cotidianas das pessoas e o modo de vida da sociedade.

• Utilizar a política dos Rs, a fim de refletir sobre atividades que produzem resíduos, e ações que podem ser adotadas a fim de diminuir esse impacto.

• Refletir sobre a importância dos serviços municipais de coleta de resíduos sólidos.

• Investigar sobre o serviço de coleta e destino de resíduos sólidos do município.

• Produzir uma matéria jornalística que sintetize informações e conhecimentos sobre o percurso dos resíduos sólidos urbanos em seu município.

• Pesquisar as diferenças entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário, e conhecer o funcionamento de cada um deles.

• Construir maquetes dos diferentes tipos de destinos e formas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos.

Habilidades em foco

Componente curricular

Objeto de conhecimento Habilidade

Ciências Programas e indicadores de saúde pública

(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.

Ciências Programas e indicadores de saúde pública

(EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida.

Língua Portuguesa

Estratégias de produção: planejamento de textos informativos

(EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos).

Língua Portuguesa

Textualização, tendo em vista suas condições de produção, as características do gênero em questão, o estabelecimento de coesão, adequação à norma-padrão e o uso adequado de ferramentas de edição

(EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância dos fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os recursos de mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e imagem.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Duração

Cerca de dois meses, dependendo do tempo de preparação e desenvolvimento das atividades

no decorrer das semanas.

Material necessário

• Papel sulfite

• Objetos diversos, preferencialmente recicláveis, para construção das maquetes (por exemplo, latas, copos e garrafas plásticas, embalagens de papelão, papéis usados, etc.)

• Lápis de cor

• Canetas hidrográficas

Perfil do professor coordenador do projeto

O coordenador do projeto deverá, não só possuir os conhecimentos específicos sobre resíduos

sólidos urbanos e suas formas de tratamento e disposição, mas também ter habilidades para conduzir

o projeto de modo a ter flexibilidade e pró-atividade para resolver eventuais problemas e capacidade

de propiciar um ambiente de trabalho colaborativo, mediando os conflitos que podem surgir. Deve ser

capaz de atribuir responsabilidades aos colegas e estudantes e cobrar-lhes pelo cumprimento delas.

Assim como os outros membros da equipe pedagógica do projeto, o coordenador deve atuar como

um tutor dos grupos, incentivando a autonomia dos estudantes ao longo do desenvolvimento do

projeto.

Deverá organizar, junto à turma e aos professores que participam do projeto, as atividades

desenvolvidas dentro e fora do espaço escolar, bem como o cronograma de desenvolvimento de tais

atividades, considerando os objetivos estabelecidos.

Desenvolvimento

Etapa 1 – Por que produzimos tanto lixo?

A motivação inicial para o projeto é os estudantes perceberem a quantidade e a diversidade

de resíduos que eles e seus familiares produzem diariamente. Para tanto, sugerimos que, durante uma

semana, cada estudante registre as atividades que realizou desde que acordou até a hora de dormir,

indicando os recursos que usou em cada uma delas, bem como os tipos e as quantidades de resíduos

sólidos gerados. Veja a seguir uma sugestão de como eles poderão organizar os dados a serem

registrados.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Atividades Recursos consumidos Resíduos sólidos gerados

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

Domingo

Completado o registro semanal, cada estudante deve elaborar um relatório da atividade com

os resultados e as conclusões. O relatório deve ser apresentado oralmente – de maneira rápida, não

mais que dois minutos por estudante, para que a atividade não fique cansativa – e, após as

apresentações, os professores envolvidos com o projeto devem solicitar à turma que tente encontrar

aspectos em comum nos relatos e nos relatórios dos estudantes, tais como principais tipos de resíduos

sólidos gerados, por exemplo: restos de comida e embalagens plásticas, e atividades que geram maior

quantidade e diversidade de resíduos (como as refeições).

A partir dessas análises, o professor deverá perguntar aos estudantes: Por que produzimos

tanto lixo? Em seguida, eles deverão escrever, individualmente, em uma tira de papel, uma hipótese

para responder a essa questão. Todas as tiras devem ser expostas para que todos possam lê-las e, após

a leitura, os professores devem conduzir um debate em que os estudantes exponham e defendam suas

hipóteses. Como complemento ao debate, os professores devem apresentar dados e argumentos,

mostrando que a quantidade de produção de resíduos sólidos urbanos per capita foi aumentando

significativamente ao longo do tempo, bem como evidenciando que tal produção é bem diferente

entre os países e é reflexo dos diferentes graus de desenvolvimento econômico. Veja a seguir alguns

links que apresentam informações que podem ser utilizadas nesse momento.

• <www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/121009_relatorio_residuos_solidos_urbanos.pdf>;

• <www.scielo.br/pdf/esa/v17n2/a06v17n2>;

• <www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/residuos-solidos/mundo-rumo-a-4-bilhoes-de-toneladas-por-ano>;

• <www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/residuos-solidos/mundo-rumo-a-4-bilhoes-de-toneladas-por-ano/como-alguns-paises-tratam-seus-residuos>.

Acesso em: 4 out. 2018.

Assim, espera-se que os estudantes comecem a compreender que a produção excessiva de

resíduos sólidos está relacionada a um modo de vida consumista e não sustentável, baseado em um

modelo econômico que gera exclusão social e degradação ambiental.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Como atividade de fechamento desta etapa, os estudantes, organizados em grupos, devem

produzir uma história em quadrinhos que busque retratar a relação local entre produção de resíduos

sólidos nas atividades cotidianas das pessoas e o modo de vida atual de nossa sociedade.

Etapa 2 – Tudo o que está no lixo é lixo?

Essa questão deve ser o ponto de partida para que os estudantes comecem a refletir sobre o

significado da palavra lixo e a se questionar sobre o desperdício de recursos naturais e sobre os

impactos negativos associados aos resíduos sólidos urbanos. Com base na tabela sobre consumo de

recursos e resíduos gerados em suas atividades cotidianas (atividade da 1ª etapa do projeto), cada

estudante deve pesquisar sobre o que poderia ser feito, em termos de “Política dos Rs” (alguns Rs

estão citados no Livro do Estudante). Para mais informações, acesse o link:

<www.mma.gov.br/informma/item/9410> (acesso em: 4 out. 2018).

Deve-se estimular os estudantes, além de aproveitar os conhecimentos que já têm sobre o

assunto, a buscar fontes diversas de informação, desde relatos de pessoas próximas até a consulta em

material bibliográfico mais específico. Caso haja disponibilidade de equipamentos com acesso à

internet na escola e/ou em suas residências, os estudantes devem ser incentivados a utilizá-la na

pesquisa. Os professores que integram o projeto devem dar as orientações acerca da escolha de fontes

confiáveis, bem como sobre métodos para seleção e organização de dados e informações.

A síntese da pesquisa deve ser apresentada na forma de uma nova tabela, a qual, além das

três colunas preenchidas na etapa anterior (relativas aos itens "Atividade", "Recursos consumidos" e

"Resíduos sólidos gerados"), deverá conter uma 4ª coluna com o título "Alternativas existentes". Nesta

coluna, devem ser descritas, a partir da pesquisa feita, ações que poderiam ser adotadas de acordo

com a política dos Rs.

Etapa 3 – Cadê o lixo que estava aqui?

Para esta nova etapa do projeto, sugerimos que os estudantes inicialmente reflitam e

exponham sua opinião a respeito da seguinte pergunta: O que aconteceria se os coletores de resíduos

sólidos urbanos da nossa cidade entrassem em greve? A construção de cenários futuros possíveis

devido a esse acontecimento, além de mobilizar diversas habilidades e competências dos estudantes,

permite vislumbrar alguns impactos negativos que a falta de coleta e disposição inadequada dos

resíduos sólidos urbanos podem provocar, além de valorizar o papel fundamental dos coletores, os

quais geralmente são discriminados socialmente.

Para verificar a possível validade de suas previsões, os estudantes devem pesquisar notícias

em jornais e revistas (impresssos e/ou digitais) sobre o que aconteceu em cidades em que houve greve

dos trabalhadores do serviço de coleta de resíduos sólidos.

A atividade anterior busca evidenciar que os resíduos sólidos que produzimos são

encaminhados para outro(s) local(is). Para qual local são levados os resíduos sólidos que você gera?

Essa é a pergunta que os estudantes devem investigar a seguir. Para tanto, os professores envolvidos

no projeto podem convidar um representante do órgão da Prefeitura ou da empresa responsável pela

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

coleta dos resíduos sólidos urbanos no município para uma palestra, solicitando a ele que explique não

só para onde tais resíduos são encaminhados, mas também apresente dados sobre quantidade,

composição, quanto o município gasta para coletá-los e tratá-los, entre outras informações.

Recomenda-se que os estudantes elaborem previamente e de forma coletiva um roteiro de perguntas

a serem feitas ao palestrante. Se não for possível viabilizar a palestra, pode ser solicitado aos

estudantes que entrem em contato com a Prefeitura e/ou levantem tais informações nos meios de

comunicação locais e com pessoas da comunidade que tenham conhecimentos sobre o tema.

Caso haja condições técnicas e financeiras, propomos que esta etapa seja finalizada com uma

visita monitorada ao local aonde os resíduos sólidos urbanos do município são destinados. Nessa

mesma saída de campo, podem ser acrescentandos outros locais a serem visitados, tais como

cooperativa de coletores de materiais recicláveis, depósitos irregulares de resíduos sólidos e locais

onde antigamente os resíduos coletados eram depositados. Os estudantes devem fazer registros

escritos sobre as informações obtidas e, se possível, também fotográficos, os quais servirão de base

para o relatório que deverão elaborar.

Mesmo que não seja possível realizar o trabalho de campo sugerido, em sala de aula os

estudantes devem registrar, em um mapa do município, onde ficam esses locais para onde os resíduos

sólidos são ou eram encaminhados. A seguir, indicamos dois links do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE) que apresentam mapas de municípios brasileiros que podem ser utilizados como

referência.

• <https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/mapas-municipais.html>;

• <www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/cartas-e-mapas/mapas-municipais.html>.

Acesso em: 4 out. 2018.

Se na escola houver computador com acesso à internet, os professores devem orientar os

estudantes a fazerem tal atividade usando sites ou programas que permita visualizar o mapa do

município e/ou imagens de satélite. Se não dispuser de computadores ou outros equipamentos digitais

com acesso à internet, essa pesquisa também pode ser realizada em bibliotecas públicas.

Para finalizar esta etapa, os estudantes, divididos em grupos, devem produzir uma matéria

jornalística voltada à comunidade do entorno da escola, sintetizando as informações e conhecimentos

adquiridos sobre o percurso dos resíduos sólidos urbanos em sua cidade, considerando tudo o que foi

estudado até aqui (pesquisa a respeito dos resultados de uma greve de coletores de lixo, informações

do serviço de coleta de lixo na cidade, bem como os locais para os quais o lixo é destinado). É

importante que o professor de Língua Portuguesa trabalhe a estrutura de uma matéria jornalística,

bem como suas características – título ou manchete, lide, organização dos fatos noticiados de acordo

com a estrutura do texto ou importância dos fatos, redação em 3ª pessoa, mídia utilizada para veicular

a notícia, etc. – e seus objetivos – informar um fato, esclarecer informações e dados, relevância da

notícia para o público-alvo, etc. – para desenvolver essa atividade de maneira adequada.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Caso haja recursos, os textos produzidos poderão ser copiados ou impressos e distribuídos à

comunidade. Se houver disponibilidade de equipamento com acesso à internet na escola e/ou na

residência dos estudantes, tanto a produção como a divulgação dos textos podem ser feitas usando

tais recursos, o que propiciaria o desenvolvimento de habilidades específicas e também evitaria o

gasto de papel, mantendo assim coerência com o que está sendo discutido no projeto.

Etapa 4 – Para onde deveriam ir os resíduos sólidos urbanos?

Para esta etapa, os estudantes devem inicialmente compreender as diferenças entre lixão,

aterro controlado e aterro sanitário, e conhecer o funcionamento de cada um deles. A pesquisa em

livros didáticos e em outras fontes de informação (impressas e/ou digitais) deve ser sintetizada em

uma tabela comparando os impactos causados por essas três formas de destinação dos resíduos

sólidos urbanos (ver tabela abaixo).

A seguir, propomos um modelo de tabela comparativa dos impactos ambientais causados por

lixão, aterro controlado e aterro sanitário.

Identificação do impacto ambiental

Atributos do impacto

Caráter Ordem Magnitude Duração Escala Reversibilidade

LX AC AS LX AC AS LX AC AS LX AC AS LX AC AS LX AC AS

Meio antrópico

Tráfego de máquinas pesadas

Incômodo à população próxima

Geração de emprego e renda

Danos à saúde da população próxima

Meio físico

Poluição do solo

Poluição do ar

Poluição de corpos d’água superficiais

Poluição de corpos d’água

subsuperficiais

Meio biológico

Danos à flora do entorno

Danos à fauna do entorno

Danos à comunidade

aquática

Legenda: LX = lixão; AC = aterro controlado; AS = aterro sanitário.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Antes de iniciar a atividade, recomendamos que o professor leia o artigo de Oliveira &

Medeiros (2007), disponível em: <www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/59> (acesso em: 4 out.

2018), para poder explicar aos estudantes o significado de cada atributo e, assim, orientá-los

adequadamente no preenchimento da tabela.

Assim, com base no artigo, a tabela deve ser preenchida utilizando os seguintes símbolos

propostos por Oliveira & Medeiros (2007) para descrever os atributos de cada impacto previsto:

• Caráter: + (positivo), – (negativo) ou ? (indefinido);

• Ordem: D (direto) ou I (indireto);

• Magnitude: 1 (fraco), 2 (moderado) ou 3 (forte);

• Duração: C (curta), M (média) ou E (extensa);

• Escala: L (local) ou R (regional);

• Reversibilidade: (reversível) ou (irreversível).

A realização da atividade deve ser feita com os estudantes organizados em grupos pequenos,

favorecendo a troca de experiências entre eles e estimulando o trabalho coletivo. Após o

preenchimento da tabela, cada grupo deve apresentar aos demais o que fizeram e argumentar por

que escolheram o valor/símbolo para cada atributo relacionado a um impacto previsto nas três formas

de destinação dos resíduos sólidos urbanos analisadas. Considerando que, dependendo do impacto e

respectivo atributo, deverá haver convergências e divergências entre os grupos, a discussão sobre os

possíveis motivos de isso ter acontecido deve ser feita a fim de que os estudantes consigam defender

seus pontos de vista, compreender os de outros grupos e, eventualmente, modificá-los se

concordarem com os argumentos dos colegas.

A partir da pesquisa e do preenchimento da tabela desta etapa, espera-se que os estudantes

concluam que o aterro sanitário é o destino mais adequado para os resíduos sólidos urbanos. Sendo

assim, aliando os conhecimentos adquiridos na etapa anterior do projeto, poderão saber se os resíduos

de seu munícipio estão sendo destinados para o tipo de tratamento mais apropriado.

Etapa 5 – Construção e exposição de maquetes dos diferentes destinos e formas de tratamento dos

resíduos sólidos urbanos

Para finalizar o projeto, os estudantes devem se organizar em grupos (não necessariamente

nos mesmos grupos da etapa anterior). Cada grupo ficará responsável pela construção de uma

maquete de:

• Lixão;

• Aterro controlado;

• Aterro sanitário;

• Cooperativa de separação de materiais recicláveis;

• Usina de compostagem; ou

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

• Central de reciclagem de entulho.

Idealmente, cada uma dessas estruturas deve ficar sob responsabilidade de ao menos um

grupo, garantindo que todas estejam representadas em maquetes (portanto, deve haver no mínimo

seis grupos por turma). Definidos os grupos, cada um deve fazer inicialmente uma pesquisa mais

detalhada sobre o tipo de estrutura escolhida. Novamente devem ser reforçadas aos estudantes as

orientações dos professores sobre como proceder uma pesquisa em fontes confiáveis e como

organizar os dados e informações coletadas. O uso da internet, caso esteja disponível na escola e/ou

na residência dos estudantes, deve ser estimulado como um dos meios para realizar a pesquisa. É

importante orientar os estudantes que, além de dados e informações escritas, devem buscar por

imagens esquemáticas e plantas da estrutura que vão representar na maquete. Entre esses últimos

exemplos (esquemas e plantas), o grupo deve selecionar o que vão utilizar como base para a

construção da maquete, ou então criarem um novo esquema, unindo detalhes complementares entre

duas ou mais imagens que considerarem mais adequadas.

O passo seguinte é o planejamento do grupo sobre como será feita a construção da maquete,

no qual se deve definir as atividades, a divisão das responsabilidades entre os integrantes do grupos,

a seleção do material a ser usado na maquete, entre outros. Os professores participantes do projeto

devem estimular os estudantes a utilizar material reciclável na contrução da maquete, assim como

orientá-los sobre as questões de escala de representação, proporcionalidades de tamanhos entre os

componentes da maquete e elaboração de legendas.

É importante orientar os estudantes com relação aos cuidados que devem tomar ao

manipularem material reciclável ou sucata e com relação aos equipamentos que podem utilizar para

o desenvolvimento das maquetes. Também é preciso salientar que devem evitar manipular latas

metálicas, pois as tampas podem cortar, bem como evitar outros objetos metálicos ou de vidro, que

podem oferecer risco. O professor ainda deve enfatizar que eles não devem utilizar equipamentos

perfurantes, cortantes ou que apresentem temperaturas muito altas – como pistola de cola quente.

Para isso devem contar com o auxílio e a supervisão de um adulto responsável. Além disso, os materiais

utilizados devem ser devidamente coletados e higienizados pelo professor ou por adultos responsáveis

para evitar riscos de segurança e de contaminação.

Para complementar o trabalho em sala de aula, pode-se solicitar que os estudantes se

organizem de maneira que cada um faça um dos componentes da maquete em sua residência e levem-

nos prontos à escola, para serem colocados na maquete. Caso haja possibilidade, pode-se também

disponibilizar o espaço escolar no contraturno, para que os grupos façam a construção das maquetes.

Finalizada a construção, deve-se organizar, na escola, uma exposição aberta à comunidade na

qual sejam apresentadas não apenas as maquetes, mas também as outras atividades desenvolvidas ao

longo do projeto: a tabela para investigação das atividades que consomem recursos e geram resíduos,

os relatórios de pesquisa, a história em quadrinhos e a matéria jornalística. Durante a exposição, os

estudantes devem ficar disponíveis para apresentar o trabalho ao público e esclarecer dúvidas sobre

como fizeram todas as atividades e o que aprenderam com ela.

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Proposta de avaliação das aprendizagens

A avaliação processual das aprendizagens durante o projeto deve ser feita por duas

abordagens complementares: avaliação pelos professores e autoavaliação pelos estudantes. Ambas

devem ser realizadas por meio de instrumentos diversos.

Cada uma das atividades propostas no projeto (pesquisas bibliográficas, elaboração de

relatórios, produção de história em quadrinhos, entre outras) está relacionada ao desenvolvimento de

habilidades e competências específicas das diferentes componentes curriculares envolvidas. Sendo

assim, os professores podem organizar uma matriz estabelecendo essas relações e os respectivos

indicadores para avaliar o nível de desenvolvimento alcançado pelos estudantes.

A autoavaliação deve contemplar tanto instrumentos de avaliação individual como do trabalho

em grupo. A elaboração de relatos pessoais e coletivos nas diferentes etapas do projeto, assim como

a aplicação de questionários, devem ser usados para tal fim.

O acompanhamento dos trabalhos dos estudantes pelos professores deve ser feito de modo

sistemático e constante. Se possível, é importante organizar algumas reuniões da equipe pedagógica

ao longo do projeto para que cada integrante compartilhe com os colegas suas experiências e

percepções, além de servirem como um espaço de planejamento e tomada de decisões coletiva.

Para saber mais – aprofundamento para o professor

ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.

Disponível em: <https://belasites.com.br/clientes/abrelpe/site/> (acesso em: 5 out.

2018).

BRASIL. Lei 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Disponível em:

<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm> (acesso em:

5 out. 2018).

CEMPRE. Compromisso empresarial para a reciclagem. Disponível em:

<http://cempre.org.br> (acesso em: 5 out. 2018).

GIMENES, E.; HISING, E. Aterros sanitários, aterros controlados e lixões: entenda o

destino do lixo no Paraná. Disponível em:

<https://cetesb.sp.gov.br/biogas/2017/08/01/aterros-sanitarios-aterros-controlados-

e-lixoes-entenda-o-destino-do-lixo-no-parana/> (acesso em: 5 out. 2018).

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lixo: um grave problema no mundo moderno.

Disponível em: <www.mma.gov.br/estruturas/secex_consumo/_arquivos/8%20-

%20mcs_lixo.pdf> (acesso em: 5 out. 2018).

OLIVEIRA, F.F.G.; MEDEIROS, W.D.A. Bases teórico-conceituais de métodos para

avaliação de impactos ambientais em EIA/RIMA. Mercator – Revista de Geografia da

Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

3º bimestre – Plano de desenvolvimento

UFC, n. 11, 2007. p. 79-92. Disponível em:

<www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/59> (acesso em: 5 out. 2018).