2.a. zabala - como trabalhar os conteúdos procedimentais em sala de aula

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6 SuMARIO

Analise e dassifica~ao das can~oes .................................................... 6 I lmita~ao de sons .................. ... .. ................. ........ ..... .......................... 65 Combma~ao cognitiva/criativa de sons e silencios ......................... 69 Interpreta~ao de danc;as ............... .. .... .. ........ ..... .. .......................... 72 Cria<;ao mel6dica ......... .. .................................................................. . 74

4 Educa(;ao J\rtfstica: Aries Plasticas .......................................................... . Dolors Dilme, Miss tin Forrellmt. l<osa Gmtacos, Mcmtscrrnl 0/h>er

Dominio do gesto ............................................................................... . A representac;ao simb6l1ca ................................................................. . As tecnicas ............................................................................................ . Recriac;oes . . .. . ....................................................................................... . Observa~ao ........................................................................................... . Mem6da visual ............ : ....................................................................... .

5 Educat;ao Ftsica ............................... ............................................................ . ]aume Bantuta, Marta Carranza

Flexibilidade ...................................................................................... . Orienta~ao no espa~o ......................................................................... . Lan~amento ......................................................................................... .. Subir ..................................................................................................... .. Expressao de emo~oes e sentimcntos ............................................... . G1ros ........... ..... .. .............. .. ....................................................... ..

6 Lfngua ........................................................................................................ . Artur NoKuernf .t • .

Caligrafia .............................................................................................. . Apresenta~ao dos lrabalho~ :set·~t~s ............................................... .. Busca de uma palavra no d1ctonano ......................................... ...... .. Compreensao leitora ......................................................................... .. Induc;ao/aplicac;ao de regrac; ortograficas ..................................... .. Escrita de um texto {a rcdac;ao) ........................................................ .

7 Matcmalica ..................................................................... ............................ . Pep Perez Ballonga Elabora~ao de urn plano para resolver urn problema relacionado com operac;oes ...... .. .................. .. ............................. .. Algoritmo da soma................. .. .. ...................... .. . ........................ . Reconhecimenlo e uso dos atributos dos elemento!j de urn a cole~ao ......................................................................................... .. Coniecc;ao de graficos ............... ............................. ............................ .. Estin1ativa ............................................................................................. . LeHura de conteudos matematicos .................................................. ..

79

82 87 92 97

100 lll3

107

109 11 5 I 19 124 129 133

141

l44 147 lSI 15-1 157 I hi

165

168 172

176 I Rll !R::l 187

Introdu~ao A11to11i Znbala

0 "SABER FAZER" COMO CONTEUDO DE APRENDIZAGEM

A escola que teve por objetivo a forma~ao integral dos alunos sentiu a ncccssidade de abarcar todas as capacidades da pessoa. Para alcan~ar tais fins foi nt'ce<;sario trabalhar na aprendizagem de uma serie de conteudos de difercntes y caracterisllcas. Assim, no ensino, foram objeto de aprendizagem conhecimentos diver:;os (names dos paises dos varios continentes, acontecimentos his t6ricos de !J1Y m<~ior importancia, modelos interprelalivos do mundo natural,etc.),habilidades, · tecnkm; e estrategias {ler, escrever, calcular, medir, descrever, analisar, etc.) c , (IY' prelenJeu-se que o aluno adquirisse alguns comportamentos determinados (so­liduriedade, toler5ncia, respeilo pela natureza, etc.).

A esse conjunto de aprendizagens que responde a pergunta "o que se deve t>nstnar?" denominamos co11tctldos de nprt!!rdizagem, na lerminologia que vem scndo ulilizada ultimamenle. A exprcssao inclui tudo o que e objeto de aprendi-7agt>m em uma proposta educacional. De certa maneira, a defini~ao contradiz a linguagem comum cinprcgada hoje pela maioria dos proressores, que associa cont.g(w com conhecimentQ ou saber, de modo que di7emos que uma materia eSta repleta de conteudos quando ha muitos conhecimcntos a serc:rn memoriza­d(l'i . AssLm, pois, se consideramos como conteudos de aprcndizagem nao apenas aquilo que e preciso conhecer ou saber, mas, alem disso, ludo o que tambem e ubjeto de aprcndizagem na escola, deparamo-nos com conteudos de aprendiza­~cm de natureza muito diversa: nomes, habilidades, acontecimentos, comporta­mcnlo, etc.

Rea li7ar um~ ta refa educat~va o rna is ~onscienlemente p~ssfvel requer que j.., dispnnhamoc; de ~n«trumentos mtyrpretatlvos que nos perOJitam coryhecer os ~, r-. ~.., ~ 9-_.:.-f ~~~ "'1- }-- . .-.€.......,..{ ,._ t ... _. r "v , ,

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que nos pode ajudar ncsta tarcfa e a analise dos diferente~ conteudos de acun.hl com determinadas caracteristicas comuns. Existem muitas maneira!> de classi It c., t' os conteudos de aprcnd izagem (Bloom, Tyler, Merrill, entre outros) I! catld unM nos oferece urna forma de en tender melhor a sua natureza e, portanto, idcias que nos podem ajudar a comprcender meHlor o modo como sao aprendidu:. e como podem ser ensinados.

Uma das formas de classificar os conteudos de aprendtzagem c a que M. D. Merrill (1983) utiliza, recolhida por Cesar Coli (1986) e adotada pelos curriculos oficiais, a qual estabelece uma d istribut~ao em tres grandes grupos: os conteudu-. conceituais, os procedimentais e os atitudinais. Aparentemente essa classilica~atl, e simples. No en tanto, de uma grande for~a pedag6gica, ja que difereneta clara­mente os conteudos de aprendiz.agem segun do o uso que deles se dew faLer I Assim, haverc1 conteudos que e preciso "saber" (conceitunis), conteudos que e (\ preciso "saber fazer" (JJrocedimclllflis) c contcudos que admitem "ser" (at itudmrris)

E evidente que em cad a um desses agrupamentos tambem podemos disttn gu1r caracterfsticas diferenciais. No grupo dos con teudos conceiluais, podcmos distinguir alguns conleudos complexos, como saber o nome de uma pessoa ou a data de urn aconlecimento, ou outros muito mals complexes, como conhecer o processo digestive ou as causas da transforma~ao da materia. No grupo dns conteudos atitudinais, potlemos encontrar diferenc;as notaveis entre o que scrin cumprimento de uma regra ou nonna ea interiorizac;aoea assun~ao de uma pauta geral de comportamento, como pode ser a solidariedade. No grupo dos contcttdo.s procedimenta!S, as difcren~as tambem sao enonnes, de modo q ue podemos distinguir ac;t>es muito simples, como abrir uma porta, ou a~6cs, "saber fMer", extremamente complexas, como cscrever ou deduzir.

0 objetivo deste livro e cenlrar a atenc;ao naqueles conteudos de aprentliza -~ gem ligados ao "saber fazer", o u seja, aos chamados coutetldos J'rocetlirwmtms. Pretendemos fazer uma rev isao de d istintas propostas pra ticas sabre como poJem ser tratados didaticamente esses conteudos. Mas, em primeiro Iugar, devemos examinar o que se entende por procedimental e os diferentes tipos de conteudo que esse termo abrange. Tsso nos pcrmite organizar uma forma de classifica~ao de cada um deles, segundo suas caracteristicas especificas, c estabelecer referencia~ gerais de interven~ao pedag6gtca. A seguir, no corpo do livro, dtversos a utorcs, especialistas em areas curriculares, apresentam um desenvolvimenlo did.Hico dt:> 42 procedimentos dedi ferentcs tipos.

"'=. Mas antes seria conveniente deixar clara que, pelo fa to de que analisamos especificamente determ inados tiposdeconleudos e exam in amos como sao apren­didos, com a finalidade de estabelecer referencias ou cri lerios para a elabura~ao de propostasdeensino/aprendizagem, n!9significa de maneira alguma qucpropo­nhamos - entre outras razoes, porque seria impassive!- estratt~gias d ida tic,\S ou atividades de ensino nas quais se considcre que os ~onteudos procedimt.mt.lis silo aprendidosoupodemseraprendidosdeumamaneirasignificativa,desvincttlaclo-; dos conteudos conceituais e atiludinais. Ha duas razoes fundamenlais t]UC no., impedem de estabelecer propostas comparltmentadas por ltpo de contettdos

~

Uma, I.} lit! tem rela~ao com a signifidincia tins aprendizagcns: se queremos que o que se aprcnJ e tenha senttc.lo para o aprendiL, deve estar bem rclacionado com todos os cnmponentes que intervcm e que o tomam compreensivcl e funcional: Assim, u Juminio de uma tecnica ou de urn algoritmo nao podera ser utilizado convenicntemente caso se destunhe\a o porque de scu uso, ou seja, se nao esta associ ado aos seus componcn tes concci t ua tS Nao serve de nada a habilidade para o cilkulo, pur cxemplo, a de samar, sc nao see capaz de usa-Ja como meio para wsolver sttuac;oes de soma (conccitualizac;ao da soma) Igualmente, estes dais ~.:nnteLidos, con tcudo proccdimental soma econtcudo conceitual soma, seraoinc11s ou menus potentcs uu serao alcan,ados pclo nprendiz de urn determirtado modo, ~\!gundn n ma reo abtudinal no qual foram aprendidos. A oulra razao e dada por uma constata\=ao: quando aprendemos qualquer cotsa, csta sempre tern compo­ncntes conceituai::., procediml.!ntais c atitud 1 nais Puderemos cstar mais ou menos conscientes d isso, ou seu ensino serci ou nao mtencional, mas, de qualquer forma, no memento de aprender cstamos ultlt7ando ou rcforc;ando simultaneamente conteudos de natureza concettual, procedimcntal .e alitud inal lsso, clara, sempre que i\S aprcndtzagcns nao SeJam puramenlC mecanicas . ...

Nas unid a des programa ticas ou diu a ticas e nas scqi.iencias de a tividades sao trabalhados, refon;ados e, porlanto, aprendidos, ao mesmn tempo, con teudos de Jiicrenle natureza Conheccr a especificidade de S\Ja aprcndizagem segundo sua lipologia deve no::; perrnltir, em situo\OCS complcxas de ensino/aprendizagcm, examina.r as caractcrfsttcas das dislintas altvidatlcs que com poem tais processos e a incidcncia que cad a uma dclas tem na aprendizagem dos distinlos conteudos que sao trabalhados

0 QUE ENTENDEMOS POR CONTEUDOS PROCEDIMENTAlS

\Ia Uma rapida observac;ao nos conteudos conceituais nos revelara que, sob tal I' &t, denomma~ao, encontramos con l«!udos com caracteristicas diferenciais nota vetS, 1\~ d~ m_od~ que estes podem_ser classifi~ados ao mesmo tempo, e e assim que sao

eO' OIStributdo~ noMnrco Cumculn)o, em Ires grandes subgrupos: OS fatos,osconceitos 1 e .us .sistemas CC.l~ceituai::o ou prmciptos Os contcudos atitudinais Lambem se \!1 dtstnbuem em trcs grande:. subgrupos· os valor~ as_nru-mas e as atitudes. Por

nutro lado, para oS\ conlcudos pmccd1mentais nao se oferece nenhum 'l.. subagrupnmento l:.ssa fa Ita fez com quchojccm~o haja muitoconsensoeque di ferentesautoressitucm fora dessa categoria conteuuosquecomportamac;6esou "saber Jazer" (espeCial mente os de ltpo mnis complexo). Em nossa opiniao, como jd dissemos, a classifica,ao dos conleudos de aprendizagem nesses grandes grupos tern uma grande potencialidade pedag6gica. 0 fa to de se poder distingui­los de urn moJo basl<tnlt! simples c, ao mcsmo tempo, com suficicnte singularida­de, e nao pcla forma tradicional de distribuic;ao dos contcudos - segundo pertcn­\clm .1 disciplinas ou a matcrias-, mas em urn cnfoque que pnoriza a visao global da pe::;soa em relac:;ao ao que e.Jaz t snbe, pcrmtte analisar como se aprende e como

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se deve ensinar utilizando alguns instrumentos generalizavcis, o que a~1tonu1 estender esse conhecimento mab geral a analise e ao tralamcnto d1dahco dos conteudos de todas as areas e disciplinas.

Um estudo minudoso sabre como se aprendem os conlclidos, sejam elcs conceituais, procedimentais ou atitudinais, permite que nos demos conla de que exislem elementos comuns para cada uma das tres lipologias. Aprendemos de forma clistinta 0 quesabemos, oquesabenws fazer eo que nos fazagir c.lc un:' moun ou deoulro. 0 fa to de nos lermos fixado nessa distribuit;ao e em sua aprenctizagem indica-nos que exislern certas d i ( cren~as, mas tambem, e isso eo rna h, i m P?rtu n tt!. queM certas semelhan~as. Essas d.Ccren~as e semelhant;~s sao o que, ma1s tnr~~: podem permitir tirar conclusoes que podercmos gencrahz~~ pa~a touas a~ a.rcas de ensino, de modo que, com urn mesmo instrumento de analise, e possiVel UllCHH

propostas que sejam apticaveis, em scus aspectos mais gerais, as d1daticas espe-cilicas.

Aceita a capacidade interpretaliva de uma distribuJt;ao dos conteudos segundo o seu uso (saber, saber fazer, scr), enfocaremos como devemos.uefinir aqueles conteudos que incluiremos na categoria do saber [azer, quer d1~er, os conteudos procedimentais (note-se que nao dlzemos proccctimentos). Parbremos da defini~ao de Cesar Coll no Mnrco Cumculnr {1986, p. 46~: .

"Urn procedimento- tambem chamado de regra, tecru.ca, metodo, dcstreza, ~ habilidade-e urn con junto de at;oes ordenadas e com uma fmahdadc, quer dt7er, dirigidas para a realiza~o de urn objetivo". . _

Nessa definic;ao, utiliza-:.c o termo proceduueulo por extensao, em uma referenda a todos os conteudos procedimentais. Para resolver alguns mal-~~e~­didos, introduziremos algumas pcquenas mudant;as, de modo que a dchmt;ao poderia ficar assim: . . . .

"Um conteudo procedimental-que mclm, entre outras co1sas, as regras, as MO'licas osmetodos, asdestTezasou habilidades, asestratcgias,os procedimentos ~ - e um ~onjunto de ac;oes ordenadas e com ftnalidade, qucr dizer, tlirigidas a realizat;ao de um objetivo". .

Aexpressao "conteudos procedimentais" inclui todos aquel~s conteudos_dc aprendizagem que se enquadram na defini~o de ser um conJunto de ac;oes ordenadas e dirigidas para urn fim. Do mesmo modo que ~uanuo falamo~ de conteudos conceituais fazemos referenda nao apenas a conccttos, mas tam bern a {atos e a prindpios, ou quando falamos de conteudos at.itudin~is nos.referimos tam bern a valores e normas, ao falar de conteudos procedJmentms aludtmos a um conjunto de "saber fazer" - tecnicas, habilid~des, destr~zas, e~t~alcgias -, qu~ apresentam caracterfsticas comuns, mas tambem n:at;os dtfcren~a~s. Algo s:mc­lhante a um conjunto formado por distintos subconJunlos, com h":1tcs que ~ao ~e encontram perfeitarnente delimitados e que, de qualqucr forma, sao pcrmeave1s. Poderlamos dizer que todo metoda ou estraregia e urn conteudo proce~im~ntal, mas nem todos OS conteudos procedimentais saO mctOdOS OU estrategtas, J8 que tambem o sao as tecnicas, as regras e as destrezas.

1 t 1

Os trac;os distintivos ue um conteudo procedimental, rcmetendo-nos a formulat;ao que Valls ( llJ90, p 'i6) faz:

- l~cf~rem-se a um curso de ac;ao, urn caminho, urn processo, uma scqi.icncia, umn opcrac;ao ou luna seric de operac;ocs.

- Deve h<~vcr uma ordem dctermmada que os presida (o curso de a~ao, o ptoccsso, etc.), de modo que algumas coisas sucedam as onlras de <Korda com critcrios deterrninados

- A mtcnc;an c obtcr um resultado uu chegar com exito a uma meta

Se aceitamos essa mancira de en tender os conteudos procedimentais, pode­nms incluir nt.>s~c cunjunto de contcudos o que Monereo (L991), Moreno (198lJ) c Puzo {1990) entenucm por cslrateg:i.as.de aprend.izagcm; F. Hemcirldez (1989) e F X. Hem,'indezeC. rrepat (1991) porprocedimentos, Ashman eConway (1990) por estrategias cognitlvas ou o que, na tradi~ao inglcsa, se entende por skills e por IIIL'IIInl skills.

Cada um se refcrc a um t~po ctiferente de contc~ub, mas tern em comum o fato de serem a~oes dirigidas a um.-QP~elivo e que podemos situar, scm duvida nenhuma, na categona do '~ber fazer), ou seja, nos contcudos procedimentais, embora accitando que as difcnrn~as sao grandes o bastante para constitufrem subgrupos claramcnte tliferenciauos.

DIFERENCIA<;:AO DOS OIVERSOS TIPOS DE CONTEUDOS PROCEDffi..1ENTA IS: PARAMETROS PARA SUA CLASSIFICA<;:AO

Diferenciar os diversos tipos de conte(tdo segundo sua natureza nao e urn trabalho academicista, mas algo oportuno na medidu em que nos pcrmite inferir como sao aprendklos c, consequentementc, orienta-nos sobre o modo de ensin<i­los. Valls (1990), em uma cuidadosa revisao, adenttfica uma serie de conteudos procedimentms e as caradcrislicas atribuidas a eles por diversos autores. As di£eren~as entre uns e outrossao sutis e tlependem, freqi.icntemente, dosuistintos ~nfoques auotauns; ao mesmo tempo, e clificil encontrar urn consenso quanto ao sigmficado de cada urn dos termos.

Nan e ubjetivo dc~te livro ir mais alem na defini~ao do que se deve en tender pur tecnica, metodo, habilidadc, estrategia, ou qualquer dos oulros tipos de conteudos procedimcnlais Por outro I ado, achamns, sim, que seria convementc inlrodLtLir ccrtos para metros que nos ajudassem a situar os diferentes conleudos procedimentais ern rela~ao a algumas das caracterfsticas que os definem. lsso permitira a profunda r-nos na pccuhandadc dcsscs conteudos c, ao mesmo tempo, relativizar o acrcscimo de um dctermmado contcudo procedimental a um Lermo ou a outro. Vercmos que muitas vczes nao ha limites estritos que permitam dilcrcnc•ar claramentl' entre o que e uma tecnica, urn metodo, urn algoritmo ou uma uestreza Com urn ubjetivo fundamentalmentc csclarecedor, ao mesmo

~ 1

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tempo que relaUvizador, buscarcmos comparar conteudos procedimentais, situ­ando-osem distintos graus ou pontos de particulares para metros ou coordenadas.

Se nOS detemos naqueJas COISaS que e preciso "saber fazcr": Jcr, desenhM, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar, saltar, tnfcrir, perfurar, etc.,

11 veremos que podemos sihla-las em diferentes lugares de tres linhas conlinu~. Por urn lado, podemos estabclccer o conti111111nt moior/cogmtlvo, que daria

conta damedida em que urn conlcudo procedimental mostra uma vertenlto mais inclinada para capacidades moloras ou, no p6lo oposto da mesma Linha, uma vertente decididamente cogniliva (Figura 1). Deve ficar claro qui.! se lrala de urn conlfmmm e que, efetivamcnte, podemos encontrar um mesmo conteudo procedimental no qual as vertentes motora c cognitiva en coni ra m-l.C presentes ao mesmo tempo. Dos conteudos cttados, podcriamos situar em difcrcntcs lugares dessa linha continua sal tar, recortar, perfurar, mais pr6ximo do extrcmo motor, e inferir, ler, lraduzir, mais pr6x1mo do cognitivo.

Motor Cogmllvo

4----r--~---,------------r---r---~---~

Sallar Perfurar Recortar lnferir Ler Traduzlr

Figura 1

Urn segundo eixo estaria determinado pelo llllmero dt! nroes que inll!rvem na 2... cxecut;ao de urn conteudo procedimentaJ (Figura 2). Assim, teremos certos nm­teudos procedimentais compostos por poucas ac;oes e outros por mulliplas ac;oes. Saltar, perfurar, algum tipo de calculo ou de traduc;ao, podcriam se situar pr6ximos do extremo de poucas a-;ocs e, por outro lado, ler, dcsenhar, observar, etc., mais pr6ximos daq uele de mu i tas a<;oes. 0 colltilwlmiJJOIIcns nroes-nlltilas a roes temsido muito utilizado para determinar a posslveldificuldade de wn conteudo procedimentaL

Poucas ar;oes

~

Perfurar Calcular Traduz1r

Figura2

Mullas ar;oes

~

Observar Ler Desenhar

Oterceiroparfunetroseriaaquclequetivessepresenteograudepredeterminay]o da ordem das sequencias, ou seJa, o contimwm nlgorifmo/lteurfsl ico (Figura 3), no t]Ual se encontrariam mais pr6ximos do exlrcmo algoritmo aqueles contetidos nos quais a ordem das a<;fies e sempre a mesma - ou e mais normatizada. No ext remo contrano estariam aqueles conteudos procedimentais em que as a~6es a :.erem realizadas e o pr6prio modo de orgaruza-las depend em, em cad a caso, Jas caracterisl icas da

situac;ao na qL~al devem.s~r aplicados, como as estratcgias de leitura ou a maioria das es.traleg~as cogntiJvas de aprendizagcm Esses tiltimos conteudos procet.hmentat:. se Cc:lrac_terizam, entre outras coisas, pelo fato de que implicam tomar numerosas dec1soes c, portanto, um elevado grau de dir~ao e controlc (pensamento l!stralegico)

Algorltmo

~

Abotoar

Rgura3

Algontmo da soma

Procurar uma palavra no d1c1onimo

Heuristlco

~

Class1ffcar Ler Estrategias de aprendizagem

. Qualquer conteu~t~ procedimental pode s1tuar-sc em algum Iugar Jesses 1

Ires COIIIIIIItlllll, mns e dJftcJI estabelecer o limite t!nlrc uns conteudos tr . A 1 t • 1. 1 • .. e ou os. o

co ocar as res m 1as que formam os eixos em urn diagrama em tre"s d' ~ · d 1• • 1mensoes

Vl?n~mos que a . e .'mt,toc;.~o c~mphca-se ai~da mais. A leitura dessas figuras unde vemos a. lot.allza<;c.~o de tllversos conleudos- lorna manifesto que as tenia­ltv as de dch.mtta\aO c, portanto, de defini\aO dos diversos conteudos pr~ced1mentaJs aprcsentam um carater notavclmente relativo Apesar disso, e le' ando em conta l~ue nos movemos em classificac;oes bastantc indefinidas, e ub~olutam~nt~ pertmc~~e avanc;ar na caractenza\aO e na diferencia~ao entre metodns, Lecmcas, habthdades e t!Strategias, porquc 1sso nos pennite tambem .:wanc;ar para um lratamenlo educacional adequado c cspecifico.

Contudo, o que gost<~rfomos de transmillr e a inutilidade das discussoe · que,. v~lta.das para uma melhur compreensao do fa to educacional, centram-sc n~ pert1nenc1a ou m'io de um termo Otl outro em relac;ao a um delerminado conteudo procedJmentaJ quando 0 ncccssario para ajudar OS aJunos a aprcnde-Jo e il_Profundar-s~ ~a pccullaridadc de cad a urn ddes Por !:!Sse motivo fazemos neste llvro tm1a rev1sao de .J2 conteuuos prol:euimentais de difercnte hpologia c para cada uma das d1versas areas, buscando que em cada uma delas apare\arn conteudos ~~ natureza diferentc. Buscou-se que cada urn livesse suficiente rcpres~nta LJVJdade ~ rclevancia educativa e que abrangcsse urn amplo Jequc, dos ma1s SLmpl_es aos ":'~IS complexos, alguns com componen tes claramente motorcs, nulros mats cognJtJvos, alguns com estrutura algorflmica, outros de car.:Hcr fundamenta lmenle hcurfstico. De gualqucr modo, devcmos mencionar uma falla: o fat? de leraprcse~tadoesscs contcudos por areas fazcom queosconteLidos mais gerrus, que abarcanam todas as areas, nao lenham sido tratados, embora muitos como se poderci ver, nao sao cspecifkos de uma s6 area. '

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PODE HAVER UMA Dl DA TICA ESPECfFICA DOS CONTEUDOS PROCEDIMENT AlS?

Como devem ser enslnados os conteudos procedimcntais? Em primciro Iugar, devemos nos perguntar see possrvel, observando as diferen~as entre os diversos conteudos, fazer uma proposta gencralizavel; se existc at gum dcnomana­dor com urn que perm ita construir alguns criterios didaticos para todos ~IL'S. Pclo que pudemos ver, exist em d i ferenc;as su ficientes para que o gra u de general izac;ao mova-se em termos bastante indefu1idos. Mas, mesmo assim, os trac;os comuns si1o suficientementc caracteristicos para fazer uma primeira aproximac;ao geral sabre as considera~oes a serem levadas em conta na hora de estabelecer determi­nadas propostas de ensino/aprendizagem. Sem duvida, sera necessarin um trabalho posterior muito mais especifico e ajustado as caracteristicas concrctas de cada um dos diferentes tipos de conteudos procedimentais, tanto em relac;ao as diferen~s tipol6gicas quanta a sua inserc;ao discipliner.

Levando em conta o que dissemos, na hora de estabelecer se~tiencias J.e ensino/aprendizngem para osconteudos procedimenlais, poderiamos fazer uma

• serie de considerac;ocs, todas elas estreitamente relacionadas, mas que se referem, em geral, ao que implica aprender um conteudo deste tipo eo que, conseqi.iente­mente, envolve o seu ensino.

A APRENDIZAGEM DOS CONTEUDOS PROCEDIMENTAJS

0 que implica aprender um conteudo procedimenlal provem de seu canHcr de "saber fazer":

a) RealizafilO de nflJes Se prestamos atenc;ao na definic;ao, vemos que os conteudos procedimentais

sao conjrmtos denfl5es orrle11ncins e com ftunlufndt!. Como se aprende a realizar a~o\!s? A resposta parece 6bvia: fazendo-as. Falar, aprende-se fa lando; caminhar, cami­nhando; desenhar, desenhando; observar, observando (clara que aprendcmo~:> porque temos model as, porque nos sao oferecidas as a judas adequadas, porq lll!

nos vemos obrigados a utilizar o aprend ido t!m mwtiplos contextos, etc.). A pcstlr da obviedade da resposta, em uma escola onde tradicionalmente as propo~tas de ensino foram exposilivas, tal afirmac;ao nao se sustenta lloje, ainda e normal encontrar textos escolares que partem do principia de que memorizando os diferentes passos de, por exemplo, uma pesquisa cienHfica, sercmos capa7cs de realizar pesquisas, ou que pelo fato de conhecer as regras sinl;Hicas sabercmos escrever ou £alar. Nao faz muito, um eminente lingi.iista afirmava que nos, us cidadaos deste pafs, nao sabfamos falar e culpava o ensino par essa situa~au. Pob bem,esselingilista foi eeumdosautoresde textomais utilizados. Com seus livros numerosas gera~oes de alunos "aprenderam" a falar, com textos em que quase nunca aparecem atividades de expressao oral. Seus textos sao bans tratados, mas

apcncls tratados de Lingllastica. De suas propostas decorre que, para utilizar a lingua, e suficaente "saber" lfngua .

Assam, pOls, podcmos tirar uma primeira condusao que, embora 6bvia, e I nl•ccssr)ria: os cunlelklos procedimentais sao aprendidos rcalizando as ac;oes que \ os cunformam. 1

b) E.wrcilar-se

Mas, como tambem confirma nossa experiencaa, nao basta realizar alguma veL. <~s a\6~s que con formam um contcu<.lo procedimental E necessaria que estas I se1am suf1caentes para que cada aluno chegue a domina-las, o que envoJve cxcrcitar as di ferentes a~oes ou passos desscs conteudos de aprendizagem tan las VCLCS quantas SCJil preciso. Tal afirmac;ao, tambem aparentcmente 6bvia, nao 0 e tanto quando observamos o desenvolvimento de muitas propostas de ensino, sobretudo as q u_e se rdcrem aos con teudos procedimen ta is mais complexes, como as estrategias. E facil encontrar, na tradic;ao escolar, urn trabalho persistente de .~lguns tipos dt! contetados, geralmente mats mecanizaveis e, pelo contrano, um trabalho superficial de outros conlcudos mais diffceistiL~ominar .

Essa consciencin tla necessidade de se exercitar nos permite, uo mesmo tempo, apreaar os diferentcs rilmos de aprendizagem e, portanto, a necessidade dccslahelecertlifcrentes lipose numcro de atividades, conformeascaracteristicas fl diferenciaas dos meninos c as meninas, assim como dos conteudos que devcm aprcnder.

c) Reflexiio solm• a propria nlividnde Como tambem sabcmos, nao basta repetir um exerdcio, sem mais nem

me no:., para chegar a rca liza-lo com comE_c~. Para poder melhorar e necessa­rio podcr rcfletir sobrc o modo como estamos realizando o exerdcio e sabre quais as condH;6es idcais de scu usa Dito com outras palavras, e imprescindivcl conhcccr as chavcs do conteudo para que sua utiliza~ao scja otimizada. Assim, par,l progredirem nossa compelencia nacscrita,nao basta escrcver muito,embora csla se1a uma condic;an imprcscindfvel; tcr um instnuncnto de analise c rcflexao - a morfossintaxe - ajutlar-nos-a muilo a mclhorar nossas capaddades como escntnrcs, semprc c quando sabemos, qner di.zer, semprc e quando tivermos .1prentlido c1 utilizar taas rccursos no pr6pno processo de escrila .

F.ssa con~idera~an nos permitc valonzar, par um !ado, os conhecimentos le6ricosenvol\'idos implicados nocontcudo procedimentalque deveseraprendi­do e, por outro, a ncccssLtladc de que esscs conhccimentos estejam em func;ao do uso, ou scja, de sua funcionalidade. Nao e sufidente conheccr o marco te6rico, o nivcl de renexao, mas, sim, queessa reflexaoseja feila sabre a pr6pria atua~ao. Os exercicit)S requerem um suporte reflexivo adequado que nos permite analasar nossos atos ~' conseqticntemente, melhora-los Isso qucr dizer- ter um conheci­mcntn sagruncativo dos conteudos conccituais, assoc1ados ao contetado proccdimental que se exercita ou se aplica.

\x

\

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d) AplicnfifO em conlexlos diferellciados Aquilo que aprendemos sera mais util, ou scja, mais potentc, na rnt'Sm<l

medida em que possamos utiliza-lo em situa~oes ncm semprc pn.!' is1ve1s Eo;s,, necessidade torna imprescindivel que os exercicios sejam o mais numcro~ns posslveis e se realizem em contcxtos distintos, de modo que as aprendizagens possam ser utilizadas sempre que rcquendas. Tal aftrma,ao, tambem baslantc evidente, nao e f6rmula comum em muilas propostas de cnsino Muilas VC/CS

observa-se a aprendizagem de algumas eslrah~gias ou ttknicas rea li zant!u-as mediante exerdcios exaustivos, scm variar muito o contexto de aplicac;-ao bso c freqi.iente em muitas estrategias cognitivas que sao trabalhadas insistcntemenlc utilizando urn s6 tipo de alividade ou numa area especifica. Chega-se a acrcdi tar I que, pelo fato deser aprendida em certas condi~aes, ta I habilidadc sera transfendLJ [:> a outras quase que mecanicamente. Nesses sentido, e sintomatico o discurso l•i conhecldo que considers como quase imed ia ta a lransferencia das capac1daJcs tic "raciodnio" da Matemallca: aquele que sa be raciocinar em Matcmatica sera capM de faU-lo em qualquer circunstancia.

0 ENSINO DOS CONTEUoOS PROCEDIMENTAIS

A peculiaridade da aprendizagem dos conteudos em queslao nos impflc algumas condi~oes que lratamos de mostrar:

~ e) Partir de situafiJes stgnificnl ivas e Jtmc~onais . _ . Para que o contelido possa scr aprendtdo com a mten~ao de que se1amos

capazes de utiliza-Io quando conveniente, e imprescindivel que esse conteudo tenha sentido para n6s. Devemos saber para que serve, qual c sua fun~ao, .1inda que seja para poder r ea lizar uma nova aprendizagem. Se nao conhecemos Slla

func;ao, o conteudo procedimental sera aprendido, mas nao saberemos utiliza-lo na ocasiao pr6pria.

No caso dos conteudos procedimentais, sao trabalhados, muitas ven•s, prescindindo de sua Jun~ao, insistc-se na sua aprendizagem, mas nao no rim au qual estao relacionados ... Assim, encontramos trabalhos repelitivos e, porlantn. ) esgotantes, cujo 1lnico scntido parece ser o dominio do contet'1do procedimenl.ll por si mesmo.

f) Progresso e ordem Para que a a~ao educativa seja o mais proveitosa posstvel c necessario q ue ns

atividades de ensino/aprendiLagem realizadas correspondam, quanto m.:~is mc­lhor, a uma sequencia clara, com uma ordem de atividades que atenJa a um processo graduaL Essa constdera,ao, quee vislvel nosconteudo:. maisalgori lmteos, como o calculo, onde o proccsso do m ais simples ao mais comple\o l-' umr1 constante, nao o e, entretanto, na maioria dos outros contetiJos procedimen1.11s Urn exemplo bastante evidenlc c o do ensino da observa(aO. Ilnje em diil,

Ab

encont ramos, princi~illmentc nas areas de Cicncias Socia is e Natura is, propos las d~ allv•d.tdcs Slstcmallcas de observa~o Masse ana hsamos as caracterfsticas das ati~tdad:S proposlas at> Iongo das diferentcs unidades did.lticas nas quais a observa\aU nparecc,_ nos daremos cunla de que normal mente nao correspondem a uma orJ~m de d•f•culdade dctcrminada Existem .lhvidades e excrc1cios mas nao L~ma nn.lcm progressiva que f<worc~a sua aprcndizagcm alem da st~ples repel•c;-ao.

g) Apn::.elllll(iio th modelos Fstreitamcnte ligadn a cons1dera~ao anterior cnconlramos a neccssidade de

apresentar, prin~eiramente, modelos de como deve ser realizatlo o conteudo de aprendiL<~gcm Modclos em que sc possa vcr todo o processo, que apresentcm uma v1sao complela das t..ltslm~as fases ou a~oes que os compoem, para passar, p_ostcn_ormentc, ~c a complex•tlade do conteut!o assim o cxigir, ao rrabaUw SlStcmaltco das d1ferentcs a(oes que o compoem.

T~1s modelo!:. nao deverao ser realizados apcnas no inkto do Lrabalho de aprendtzagem, mas, sempre gue convcnha, em difere~tels silua\oes c contextos.

h) Prti/u:n orit•11tadn e IIJudas dt• diferenles grnus 0 progrcsso~a ordc~ nasseqi.ienciasdecnsino/aprcndizagem, no casodos

contcudos. proccd1mentrus, ser~o dctermlnados, na rnaioria das vczes, pelas caractensUcas das aJudas oferecdas ao Iongo da aplica~o do conteudo. Assim, em mllllos casos, a estrategia mais apropriada sera <l de, ap6s tcr apresentado 0 modelo, proporc10nar ajutlas ao Iongo das difcrentes a~oes, para ir retirando-as progressivamente. Agora, a Unica maneira de decidir o tipo de a1uda a proporcio­na_r e a oporlunidade de manter, modificar ou reltrar, cons1ste em observar e on en la r ~s aJ ~nos em _urn processo de prcHica diri&_ida, na qua 1 poderao, de forma progrcss1va, •r assumHldo o controle, a dirc(ao e a rcsponsabilitlade na cxecw;ao em questi'io.

i) 0 tm/m/11() lllrleflt'lllit•lltt:

f;strellamcnlc ligado ao que comcntavamos no ponto anterior, o ensino de contcuJos prnccdimenlais implica que os aprendizcs tenham a oportumdade de lcvar a cal~o realin..;o:s indepcndL•ntes, em que possam mostrar su~compctene~a \\ ~ no domfnw d~ l"Onleudn c1prentlido. 0 trabalho independent<:> c, porum )ado, a meta pcr~egllldcl pel a prcitica oncntada e, por outro lado, assume sua vcrdadeira complc~1dc1de qu,mdo sea plica a contcxtos d1ferencindos (ver ponto d)

A GUISA 01: CONCLUS,\0

Brevemen.tc, <1 rctlex.1o sobrc- os contcudos proccdimentais permite tomar ma111fPst.'1 a vant'dildc de conteudns que pot.lemos incluir nessa categoria , assim como o tato de qut• tem ccrlas caractcrfsticas comuns deri\'adas de sua natureza

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de "saber fazer". Vimos que devemos aprender a fazer muitas co1sas c que na escola devemos ensinar a faze-las. E v1mos tambem que aprende-las e cns1na-las requer considerar a natureza especHica dos conteudos procedlmentais, que com­portam uma certa forma de en tender a interven~ao educaliva, pel a qual prchmde­mos favorecer e ajudar o processo de aprendizagem dos alunos.

A caracterfstica de "saber fazer" nao se assemelha a "fazer porquc sim"; o fa to de nos referirmos a real1znriiC1 cle tl,oes e de exerc1cms de reflexiio solm: 11 pniprin ntividadeedenplicarlloemco11textosdifc!rcllctndostornaclaroocaniterncccssari.1men-te significativo e funcionaJ que deve tcr a contribui~ao desses tipos de conteudo. Esse carater contempla o eosino dos conteudos cooceiluais. Do mesmo modo, J ':saber fazer" nao se assemelha a "pralicismo" nem a algo a que sc c.:hcgam .l

espontaneamente os conteudos oao-cnsinados e aprcnJidos em si luac;oes ' educativas nas quais se ajuda a ver o se11tido do que se realiza, nas quais os professoresmostramcomose deve fazereondeajudamde mnlleiradit,ersa os alunos para que cheguem a dominar os conteudos de forma i11depeude11/e.

Tais aspectos gerais nao querem ocultar as ctifcrent;as esscnciais entre o:. diferentes tipos de conteudos procedimentais. Porlnnto, tal como dizinmos no inicio destas considerat;oes didalicas, deve-se eo tender que havera contcudus que terao aplica~oes quantitativamente diferenciadas. Assim, por exemplo, para aqueles que tenham urn cooteudo mais algorftmico, o que se disse sabre a aprendizagem das fases e sua graduat;ao sera muito mais pertinente do que para aqueles conteudos mais heuristicos. Quando o comporlamento conceitual do conteudo procedimental for basi co, a reflexao sobre o processo que se segue ::;era muito mais importante, etc. Essas diferent;as e a necessidade de considera-la::; no tratamento didatico tornar-se-ao mais claras na segunda parte do livro, onJe se expOem. propostas de desenvolv1mento de 42 conteudos procedimentais do Ensino Fundamental•.

• N. de T. As propostas apresentadas pclos aulor~ abrangem o ensino prim.inu du ~•~•~·m,l educacional espanhol. que tem SCI!> anus de dura~ao Optaml>!. por tralluzlt c:nmP E.nsmt• Fundamental (oito a nos). uma vez quE! as propostas apresenladas tambcm podl.!m loer l~ llll.t:.ld,l:. al!&n da 6' s~rlc.

REFEJtENClAS BIULIOGRA.FlCAS

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MONFRFO, C. (cnmp.) ( li.JIJ I) E11S£'1inr 11 pt•11snr n trnvt!s rl~ll'rtrrfculrlltl escolor. Barcelon,l: Casals

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--(1992): "Eis procediments" In: MAURi. T et nl.: Els co11fillguts escolars. El tractnme11t en el curriw/rmr. Barcelona Gra6/ICE de Ia Ull (MIE, Materials Curriculars 2.)

Page 9: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

4 Educa~ao Artistica: Artes Plasticas

OS CONT LUOOS PROCEDlMENl A IS NA AREA OA EOUCA<;:AO VISUAL E I'LASTICA

Mullos cJucaJorcs, ntl \.tltnpo da cdm:c:u;ao pl.1s tica, 'iram-sc lentadus a translormar pnKedhnenlos no tinJCll llbjctivu de c;eu cnsino.

J\ssim, tralMlham o dcscnho, n pinlura, a gravura ou a nrgiln, dcJiL.1ndo-"e mais ao dl'c;en vnl\ imcntn dn tctnicil do que il rellc'<au. cmlu<mto noc; cxpl icam que a quCIIiJaJt• del pruJu<;.in e l)Ul'Slau da inspirn\ilO, do bom AllSLO (lll dr1 "l'll"ibili­d.HI<.•-. du cx~..•~.-utor Em ~otl';l''ti.icnLi,,, as prudw.;l>t•s csh.'l'l'llliJ'aJ '"· de ~..unho aululll<lli\.U, seriam 1l rcsullndn da inca paddade do alun0, c nCidCI tcriam Cl n.~r com u ' llll' c u LOtno d.1s cun tnbuil;m•s du professor.

Par.l nus, us conleuJus pruceJimenlais n.ao podem .st•r tran:;fom1ados no eixo principal Jt, cnstnu .Hlfslku. lnlercssn-no-. que csses conlt!uJo~ se dcscrwol­' Cllll l'l11 (unc;-.io de ubjctivus gcmis, que impliqucm l1 rorma~,an da fnculdnde dl> p<·ns.~r cm ludt>.ll)Ui llll)llf:' pcJc ,, inlcr&?r..eta~ao e a recnac;ao d.1 n.>c1 Lidildc. lso:;p no., 1cvarn a lJLW oc: contt•uduo:; pruccJimcntaio:; assuci.1dns n 16tnil'ns ou Cl hnhilad.ldl·s pJ.lslllCI~ le nhilnl (l rtnalidadc ultimu de ravorccer Uffi<l expre .. sao/prodUI;a<' lllcliS scgura e v a rind,, Lcmbremos urn a cila<;ao de Brunner - llacio 111111 teo rill de Ia iu~/Jttccitiu I l'am 1111111 ltWitl da iuslrllrtio/. Barcelona, 11 ispano-Amcricana, 1972) -que ajudil a csclurl;'ccr o que comcnlanws:

"J\ utili7a~ao que u homcm fn7 Je scu inlelcclo dependc de sua capaddade pnra dec;t•n' ulvcr e usar utcnstlioc;, instrumentos ou tt.knicns que pussibilitarmn l''<)Hl''iS.11 l' illnpliar ~uns frll"ttldalk.,"

\2Ul' \ .1lur, portaulo, damos i'\l\S conleudos proccJinwntilis na cJuca,iln , i'ilt.lle pla .. n~.·,,?

\

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A artc cxiste cnquanln repn:~cnla~o;.w 1\ ubr.t de Mll'l' u produlu d.l .H,ao Je plasmar uma tdcm

A possibiltdade de rcprcc;cntar e cond tcinnad.l tanto pclu conhcurncnto Je certos concetlos, teoriac;, hic;t(Jria, etc., del 1111dorf's da 1dcia, ~omo pclu dominio de certos procedimentoc;, condictOnanlec; da qualidadc da ohlil .

Essa tnler-rcla~ao penc;amcntn-habilidade I prClCC'd lllll'llLO prutl utu e conhe­cida desde anll~amente, e a encnntramoc; bcm dc(mida na c;t.•qucnua ch1ssica aristohHtCa

EIDOS ; TEKNE ----1~~ POIETIKE A<;ao ldeta Tecn•ca/

procnrJimento -~ PAODUTO

Ubra de arte

0 <ll'e nne; tnlt.•tcssn focnl izar aqut eo fatu de que o pmduln, nu u rcs lldtado, dependc, em ultima instanua, Jo exercicto de alguuws hnbiltdndcs, dn domfnio de algunc:: proced unentoc;; mas o significado de um pn"~d uto noc; remele a idcia 4ue represcnta, a ubra e a imagcm Ull pad ran da idcta lJlll' l) ell lic;L.l/arh.•c;5o quer

plasmar 0 valur da iJcia e tell tJlle inclu-.i\'l' wndtctona a t>-.<:ulha da tl'Lilica Mas as

kleiasem wla~ao ao fazer.a il~iiu.dt.•pcnuem do wau dt>domlnw l.lu-. pruc:euimen­tus. fan to c as!'.im que o apcrfci~o.mwntn Jas hal:li lidlldc'i ,\umcnt.l us ,1mhilus de escolha de ec;trlltcgtas, c maic;. a ideia s6 pndc che~ar ,, cxistir, a scr plasmada, pur meiu da ltabiltd.llh•

I m cnnse>qw~•nriil, nwdt"--SC ova lor Ul' u nw obra, •' \';J I tdadt• Jc tlln lr<lb.l lho, em (un~ao Ju dum iniu doc; pruo•dimcntos empn'H<HJu., n.1 tollul'lt/ill,•lll d a tc.Jcia.

Ac;c;im, pnis,c pcrda uC' tl•mpu faiMJoc; pn>et•Jimcntnc; na Pduc<H;an ;ultstica; como Jissemuc;, Sl'nt prcKcdtmcnt(ls nJo cxic;tc a puc;<;tbiltJade Jt• 1 cptcscntM, a obra nao pode existtr, a arte nao tem razau dl' c;cr.

OS CONTEUDOS PROCEUIMENT AIS MAIS S IGN lfiCAl iVOS

lnteressa-nos J~slac01 r attucles conteudo'i prucctl i menta'" ma '" gerais, pur­que esUio na base de qualqucr prm:etlimenlo mai.., esped!tu) e porqutt lt•mos a convic~ao de que no trabalho de rcpresenlat;ao de um.t idcia nunccll'nwn tram us urn unico procedimcnto, mas uma concentrac;au de pnKessos di rercntcs, <'lnlcrio­res c posleriores aquclc que em um dctcm1inado inslanlc nos inlct(;'SSa trabalhar de um modo mai~=; especifico

Enfim, queremos Jcc;Lntar, uma vcz milts, quc nossn cumpromi!->~u como professores, constste, suhrctuJu, l'm conlribuir para th~~L'Il\<tlh l'r uma atitude reflexiva em nossoc; alunoc;, ilJIIdar n.1 aquio;i\<in Jn hjh•ln dl' pt•no.: •r .1nll's de fazer.

Como cuntcudu~ pmLcdinwntais mats gerais, pudenamos destacar Ires:

- A o/l~wn•arn!l, tanto a dirct<t quanto a tndircta (ha o exemplos de ambos nas paginac; St.'Hllinles). cnlcndcmoc; que a observa«;ao e um processo complextl que pl'rmitl' exen:er fun~c)es muito variadas, entre as quais destacariamos. a sl'lc~.h.l, tanto de tcrmus como de pontos de vista (acostunmr-sca olhar a rartirdt> di(crentcs iingulos urn mesmo ubjelo uu silua\i'lu, aprelianJu suas formas e matizes diversos) ea de ancilisc. cum tudo o trabnlhu - st.•mpn• l.1burioso- de dcscob"rir rc~ulnridades que nus pcrmil.lllll'"'''lwlctcr rcl.t\(lC", cumpamr, dilssificar.

Eslc:ts ftm~ucs csl;i{l na lMsc do pcnsamcnlonbslralo,c encccssano que c;cjam lral>alhndas por lod.:tS .1S i.lrl'llS, (' <1 pl,\slic.:a e Ulllll das mnis pdvilcgiadac; 11t'SSl'

campo. - 1\ l'.\pl'rilllt'llillftill 0 fa to de cxpcrimcntar e incrente a loda alivid;h.le

arl[sticn. Scm cxperimenl<1c;.tu, a ubra singular nao exist ira, nos encon h·arfamus frentca rcpt•ti~t;es mec<lnicasou mimeticasdoque ja conhe­damos. A patlir da experimentac;ao c possivel transgredir os limiles, itw<~ntar, en lim, nuvus <.:oJigos, no\'as formas.

A experimcnt.tt;.io b.1seiil-se na obscrvac;ao. Apenas a partir do l JUC j.i \ conhecemos (da analise de rc~ul.tridadcs, da comprovac;ao de relar;oes, etc.). estamosem condic;i'indt• formular hipotcsc-., Je imaginar: como c:eria se ... ? A parttr das hipotcscs, poc.lcmos pnwar, comprn\ 111 c tr ~cledonando tanto os aspellos hknicus como oc; lcmaltt:o~. par.t lt:•nntnM furmalizanc.lll a ideia imaginada

- 1\ 'I'J'"''I'IIIIIpitl ptldt• ubl•dt•n•r a tnllddt's difcrentes· poJe ser dl'"Criti­~· narrilliva tllll''J'rco;si\ a; a cc;culha do tipn de representa~ao dt:pen­de du tJUl' inl<.>rcsc;Cl trabalhar t•m cnJa momento ou da necessidade expressiva de cad a sujcilo. Devemos levar t•m conta que a ida de influl decisi\ am(;'lllt• na., possibilidades deescoU1a do tipode representar;5o. Mas, l'Orno di1famns antes, o produto final depende do grau de duminio da ferramenta (do procedimento) e da bagagem, tanto v1sual como de cunlcudu de quem rcprcscnto.

Finalmcnle, deve-sc csclarccer que dificilmente os procedimentos basic~,,. pudcm c:cr considcrados privativus de umo area espcdfica; seu verdadciro valor esta em scr p.1lrimvn1n Jos Jifercnlcs saheres. Por isso, qualquer ensino t:luc gucira ctmlribuir para tlt>scnvulver atitudcs rerlexivas, incidlndo na constrt11,ilu do pcnsamcnto abstr.1tu, dcvc lcr t.•ste ilspectu prescnte.

ra lar de cJuc.lc;ilu illll'gr<~ l, ~klhaJ, ni'iU significa que todos deV,lnlOS tfilb,l­Jhilr tllll 11\l'SillU ll'lnc1 {lHJllt.>, ,\c; \ l'/C~, l; ptlS!'i\'eJ e lleCCSSario), ffiCIS, principalnll'll­te, qut.> lOU liS ntiS, pru(co;.;ures dl' lllllcl ,in'cl e.;pecifica. ucvemos buscaru dc~el\\ tll­Villll'llln Ut:' un1.1 SL;ric Ul' fun\Ol'S qttt' t:..lrilt:ll'rin•m o pcnsaotentu.

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82 A.,,, .. I /. r..' ,,

DOMJNIO DO G[5'J 0

Na hura de ucc,cnhar, t''>Cll lplr till pinlar, c imp rl" .. <.:ind ivcl fazcr u gcslo que move a fe rramcnta para que n ~ri1f1.1 'll' m.rtcnalr/t' ... non• o ~upnrlc A alividade grMrca c proJtl/iua pcloo, rnm rrlll'llloo, do bra~o 1.:111 rr l,,~,w.lcH.urpo; Jcpendendo da c..l1re~ao ern <Jll'' ..,,. produ/,11 '""1' mo\ imt ntn l')('llll,l·<>l' uma y,r<~fia uu outra. J\c;c;lm, c:.,(' 11 br.1r.o OIO\ 1 .,,, 'rn c,1:n litlo 111ln/rtnl.d '>lohn· ,, colu11.1 H?rlebral, <;ur~lriiu ~rafr,,., ""' .r·nliJr, dur:l\rt•t• IJUI!rd.l-dlrt'll.l; ..,,. o brac,n rnu\·e-se no rn<";mo .,r•n tu..l" d,, c • duna \ t·rll'hril l, <. uq.;Jrao ~mf1,,., l'm o.,r•nl1do acimil-abaixo­fH i_rnn, .,,. I) br<lt,O 1.1/ um ITHI\ lln t·nlu dt• roliJ\~0 <,ub~t • oil uhlll<l \ l'rlt'llf.1 I, o.,urgirao g r<lfi<O<i em ' '"Jl" .t l 1\ twnhin,tt,.tu ,. ,, l'VIlhl t,clll th .,..,, . ..,In·., llltiVilllL'nlu!-. Jao as po~~ibiliJndco, d a y,rafi,r Jno., :mgulo...,, t'rll/l'"• n•t:mgulo-., qttcldr.rdoo.,, cit:

Leva nc..l~ 1 l!ll t cun l<t. alern do mate;, lfll~ ,, rt•ptt'"l'nl.tt,iio pl.istk.l pode ser adaplada cl dllcrenlco, formnloc, c lam,mhno;, LtllllJ'Il'l'lldt•·.,t'tJlll' o..., mm imcntos de\ am ampli?r ·sc uu d imuwir segundo nust,<l 'ont.1dc As.,tm, Lemus .:1 Jl(lSSibiU­dad~ d':_ muvrmcnlos amploc; l JUC t•m oln.•m louo u curpo, tendo tumo punlo de ;~pow nau npcnac; <1 col una vcrtcb1 a l, nltlc; tambem <l pch 1., L' inclus i,·c, o<:a lci1nhar c O!> ~cdos do pc (molncaJadc ampl.l) Ou, ~ntau, u., mu,·•mcnloc; pudcm ser reduzados, fa7enJo oc; m aic; <.urtus, prt:Lbno,t•conlrol.ldu.;, apotanJu-u~.; no umbra uu mdusJ\'C no pulsu l' nos dedu., da miiu (molt1ud.1dl• I ina}.

0 ge_c;lu,_na ~lUra da repre-.cnla-,.iu plastlcc:r, pudl' "L'r <.'.,ponl,'lm•u ou cuntro­l<lJu. Q pr~ lnl!J fU ~ r1ul_o J,l Cmotivtdoldc l' do letnpl'l ol llll'llllll', olJ'C~tll de SC basear nn casualJdadc, 1 111J~hca uma .mn Ji.,c prevta Jo q1w lJucre11111.., rt•prcM.•nlo r e, portanlo, Ul'\'~' lt•r c,1dn aka nt;.ldu 1 Jlllt•nnri/,tdu 11 'llll' "<' dc~l.'j ,1 p l<l<;lllar. 0 '>f'gllndo ha .. C•I.t • ... C llol pro•\ lsifHJidoHl!•, '>lllgt' l 'lltjl l,ltllfl olllotli.,,liTl!IO, dl'[ldi11l1Cnte lllllol rornt.t 111 1 IIIII l .,l<•ntot J 1 n Jill .f lllol\_<111 1111 lr it,t,

1\ .lli \•id .u lr• }~r:lfio •I '•nnp•.rt,o 'l''·•tr) ,,..,,, ., 111., f1111tl,trrwnl, 11., 1111 duminio w·., ~~ ~·' ·

- C oniH·l "?ll'" to<' domln iu do Jlll.lf' l io 1 "' po - u ... aspeclo., po-.lu rais-e Ja p1 C'>sao, <.ilrct,clu l' ll <lJl'lo J o gcsto.

- C.unhcl.imcnto c dttmllllll d.,~ fcrranwnltto; ~· dns m.lll'ri,lio.;, dl• s uas quaHdadcs e uliliJ.tdc'>.

• Conhcetmentu e dumi111u d ,, liny,ua gem pJ.,.,til'.ll' vi-;ua l, l'"J'l'd,11mcn­le Jc "Cll cuJ tgu

· Cm~h~cuncnl~) ~ dominio c~p.lcial a parlil d.lt- 'l'rlenleo, topuli1gicas, projCttV.1 l' melrl lc1

lmportt'iucia de sua apre~ttfizogem

A impurl.~nci,l do con I role\ 1"11 n11 llllrt'l'\'idt •flll' d w.rn It • ,,., t>li1 P·" dut•nc;mn fund_a~~ntal.Jil tJUC 0'> a lttnoo; l''ilcH t, plt•t·is,tllll'l 1 It•, It un.rnc lc 1 cnn-.c ll'lll lcl d l• .,uas posstbah~a_des muloras e de5t!lbtllldon., n •t 11 rc;o~ t' ,,.,l . .,l r.ll(•gi,1o; ll l'U'""·' 1 ;,1 ~ 1,,1 r,1 seu domm10.

Na formac;ao tr,,Jilional, d.J-se muilr~ enfa~e ll molricidade fina, principal­mente m:t pratica dn escrila e nu dcsenho lEk nico, csquccendo-s7 comp~etamente da motricidadc nmpln. 1\ pr.Hicn e a ~'pcritnentac;au pnr meto da hnguagem plastica e" is unl pussibililarn, n.1 •'Prl'l~di7a~em l:•, crinnc;a, um tralamcnlo i~ua­litario das duas verlcnles moturas, ,,ss11n como nao d esprez.a o gesto esponlaneo frcnlc no conlrui.,J,,

Oulrvilspcdo mUlto interessante e quepermitcp6ros menjnose as mcninils em conlalu cum n mundo cullurnl, cum os dislinlos nrtis tns ou movimcntos, precisnmcn lc p1.1r c;cus modt"" de fn7C'r 1\ observac;no di rctn da ob_ra de artc uf~rece um lipo dL• inrorm.,c;.'lll lJlll' pc1 milt' t-<;lflbeleccr rcln<;(ks de t1pn exprcssl\'o e ernulivo, ~ll)lll' n.Hil' plll.i'>l\ c l pur mlL•amcdio de umn rcprut.lw;ao.

Gra11 e tipu til' tlJlrcudi=agem rl riicrw{ar 110 e11si11o /lltrtlmueutal

Ao tcrmitMI o ensinu fundamental, os m~ninos c as meninac; devcm scr

cnpnzcs de:

- Omwnar o gesto como base para a represcnlac;ao objetiva e subjeti\ a. - 5abl'l rcprc-.enlar. pur mcil' de formns plas ticas e visu.1is, l<1nto o

mumlu lJUC os rodeia quanlo suasem~6es, estados de animo e ideias. - Cnnhl't:l'l' ns Pl'S5tbilid.1dc" que as fcrmml'nlnc; c matcriilis oiNccem,

.,.,sim cunHl a prco:;o;Ju, llircc;ilo e lrajclo du gcsto, em niVl'l grMico, tck nkn, expressi' o e conceilual.

- DnminM u y,ec;ltl t:Oillllt' ll•mcnlo expn?~.;si,·o do prop riu co:;liln. . ConhL'~l·r c .lprt•Liil t n mundu culturnl, t'm p.uhcular as arlco; pl.,o;ti ~,, ..

C \ l"lh\IS,

Liulws gernis tla seqiieucia tie fl/II'CIItlizagem tw l ougo do eusiuo

Au lun)!.O d ,1 l'"t.:olnridade n c rianc;a tlcvc aprendcr a domi.nar o gcs lo como mcilll.JUe I he pc1 mitn rcpresenlar, la nlnnbjeliva ~uanlo sub!~tiv_ame~ll~"· Portanto, dcvcmos propur a ll\ idades que the p~rmtta prallca r e'pc:>ncnaas t.ltsllnlns fc;tas

puJem !>~r·

. All\ id.1d~s dl• l ~~tllCllliLOl!Ue fa, orec;amuconhccimenlou~ m .1 lt'rii1t<; (m.,lt~.lbiliui1dt',Ltlnc;islcncia, dureza, etc.) e das lerramenlas (c5pcc;gu­ras, grilfi,ls, lrajclos. clc.), di1 poslura llUC se deve aJotat c;cgllt1do a mt•diJ,, do suporl~ c da prccisao. pressan e Jir~ao que .:;e queira dar ,,u ~e .... to. All\ td,ldcs de lipn e:\prcssi\ 0 que nos perm item utilizar clS t1prcndi­/il)W"" du tlcm atttl•ritu·, 01pliCilndn-ns, U!>clndo a lin~uar.cm pl.io;tk~ e \'i<;tlcll (illfabclo, sinlaxc, codigo, mensagcm , etc.), pam ,, e:>~.prcssa~ J'l'SSOcl J dL' idCic)<;, l'<;l,ldOc; de animo, l'lllll<;UCS, elC.

-

Page 12: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

84 J\1\:Jt•'IJI Z \JI,\1 A

- (\ tivu.laJes Je lipu tu llu ral ~tlll' Ill,.., dcc111 ,, pu~sibi lid,1dc Jc ubscrvar a<; apn•nc.lin1gen~ do~ llcno., prinwiro t' o.,t•gundu, l:omrcH<mdt>-<lS com obrao; tk c~rlio.lct::. ret un ht•l iJu-..

Umn seqiieucin de eusiuo/nprt•lltliZtl,'<l'"'

• Nii.'e/ nprvpnndo Podcmoo., si l ua r ec;ta proposl.tt'l1l qunltJliCr t•l,tp., du t•nslm> f undilmcnlal. E

preciso apenac; lt•vn 1 em cunl<lU gr.lll de .tlfJbt•lll'ilC,cHHioo., .1lunus a tl\11!111 St' Jirige. Oconhecimcntu pl,tc;liCoc' I<;U<tl JinJn c mlti ltH.lt'"l~u,llt'lll nus..,a sout•d,,Jc. Com frequencia, cncontramus memnuc; c mcninac; tJlll' tern lonht•dmenluo.,ucnlificos e litcnirioc; adcquac.Jus para a JUac.lt•, m,h tJUC n.lo JisJ ttwm de ncnhum.1 inforlllclt;ao sobre as Linguagenc; arlislicac; 1\<;sJm, puis, le\ arcmoo., t•m cunla o nivt•l Jus alunos e variaremos ap<'nas u grau Jc exig(·ncia tjuanlo ao'> rc<,ultaJos en ~1unnlidade de c.l ificuldaJes propustajm cadq, e;en.ll io .

. ~~ ~ ~&L-. • Olljt!l i'C'os rcft:rl'ncwis

- Dominar o propno corpo - Com pro' <H que o gec;lo eo;L,i c;ubmetiJu ,, •'"Pl'llos posturais. - Ut1hzar o gcsto para Jnr expn..:c;sivluildl' ,,.., ll'prt•&;enla~w~ gr.lricas. - Obscrvarobras Je arl1slilc; que tcnh;un 11 ,tiMih;Hiu a Mil' gc~.;lu<~l Je um

moJt, explkito

• Co11tewlos CIIIICL't I IIlli!> ,. altllllilllllts ""·"at'iarla., - Cunceitu.1is

- Conhecimento e c.lommro do cod rgn pl.l'>llnt, t•specin lnwnll' o lfilc;o, a martel, u smal_ <1 inu.,,io, u torte e u ~a lp•t .ulo.

- Conhecimento c dom1nio dos elcnH.'lllos nmstrutivos da um1posic;ao: med ic.Ja, rclac;ao, proJ>ur~ao, peso, agrurMnwnlo, d i rct.;m, llHlV 1 menlo, ri lrno

- Conhecimento Ja posluril aJcttunJa ~.;egliiH.Io u gt"ito lJllt' dcst•jamos rcalll'ar.

- Conscumtizac;au de que, p lac;ticamentc lal.mdo, o gcslo imp I ka uma grafia

- 1\liludinnis - Interesse pela Imc<>llgac;au. - CuritJsid.lde peloc; 1c<>ullados obi idus, t.mto os pr6prins como us Jos

ou tros

• Coulwdmeulos previCJ; Nestecaso,Cls conhecimento ... p11;\ to<; lli lll ~.;,mIll'( l'Sc;,ui,unt•nle 1m pot t.tntcs.

E evidente que na serie no qual n t~lh ida de SC'ril rc,,IJzadil, u c_SlJLlt'm<~ cu1 pm;ll e, em maior ou menor m~dida, •' habJiidnde co Ju111f111o de .1 lgumas Lcu1icas ja devem ter sido oc;sin•iladoc; M<t " l' p1<'t· i~.;nnwntt• ,, l!:"t" do tr.lh.tlhn ~.;ohl<' t·s~e

Ctl\lll J'R \11.\1 II \R l .... CllNIIUIII."'S PRt'ICFOIMF"'TAIS I \I AUI.A 85

con leu do pruLcdimcntJIL·m l'lll!'l'•' materia que se fnvorccc a aquisit;~o ~ia consci­cncia d ac; possibi I idade!' gec;Luais na rcprc~~nta<;ao. (?n hece~ as posstbl hdades_do pr(1prio curpo. l:tmscienli7iH-sc J,, lalcrnlldade, ~la _une.grtancaa. das dua~ maos (uma faze.> n outra ajuda), da qunlid,1de e Ja pcculmndatlc decadn proce<ilmento arlislico,ctc. Pel a cxpcrimentat;Jo, ifi)llc;c forlaleccndo as habilidades, permit indo enconlrnr n.~utr<;o~ c estrnlcgins pcssuai5.

IJevemos tcr prescnte, no enlanlu, que, plaslicamenle falanJo, os trabalhos

1nnis esponlancos cum Crcgi.icncin sau muilo mais interessantes do_ ~1uc oulros muitu bem-acabndos e cuidndosos pur causa, em parte, que a habtltdade nem scmpr<.> comport<~ rcflexao. J-=retJLicntcmenle, as corret;oes, os duplos perfis, as insistcncias ou dti\idas no tra~o maliLam, Jistorccm, revelam aspectos que, se fossen"l muitu evidcnh:s, seriam simplistill>.

1\ pr<\llca arhstica implica, sempre, pensar e fazer simultaneamente. E \ cxatamcnle por isso que ela c imprcscindiVel na forma~ao obrigatoria. I

• 1\1 ivitllldt!s rlt• e11si 1111/lll'ft'lllf tzagem As atividaJcs Jescrilas a seguir constitucm uma se<Ji.iencia que pode ser

levada a pratica tratando as Juas possibilidades motoras (motricidade a"?pla e molricidatlc Cina) c tambem os dois tipos de gestu (controlaJo e espontanco). Dever au ser 111tmd uzidas nu enundado apenas c.lelcrminadas mediJas decompri­mcnlo, scpar.,~ao, etc. c Jiminuir ou aurnenlar u tamanho do forma to. Os enun­ciaJos Jas c.livcrsns ntividades dcvcrao ser bastattle abe; los para que cada aluno ou allma pnsc;a c.:ontribuir com il-.pcctos pessoais, lcr urn a margem sulicienle para interpretar criativamenle. fm nossa materia, a unifor~idade n~o deve ser a norma (lJlle seria virtudc em uutra materia), porl\ue serra urn _e~uwo~u.

~ Au finCJli7MCi1Ufl cxcrctcio, c importantcfazer uma exposu;aocontunla, para comcntar os lrabalhus, sua renlin1c;ao, como sc conseguircun os efcitus visuais reprcsentaJos, ., postura t.lue se mantcve enquanlo se realizava, as scnsac;oes ~ue nos transmilcm as diversas compusic;oes e nos darmos conta de que o« efe•tos visuajs obtidos poJcm nos cvncar aspectos do ambicnle natural.

1. frac;a -sc wna linha horizontal, vertical ou inclinada que atravesse o «uporte de um lado a oulro (csta podeser reta,curva, quebraJa ou mista). Uma \CZ lrac;ada, vao-sc fazcndooulras, paralelasa primeira, porambos

0 c; Jadoc;, ale cobrir toda a superficic. Essas linhas podem Ler diversos graus dt• JificuldaJc: podem ser cado vez mais finas ou mais grossas, rod em cstar cad a vez rna is ou menos separadas da precedente, pod em ser ('XC\.lllilUa!> a ma(l Jc um s6 lrac;o OLI com rcgua e esquadro, etc. Outra possiblliJade poJe scr muc.lar de h?cnica e de formato Se trabalhamos com 15 pis, Lemus a possi bi I iJac.le de mod ificar a in lensidade, a umentando pm~a·ssivamente a pres sao sobre n suporle, que, nesse ca!'o, pode ser de tnmnnlm retlu7ido. Pudemos prupor o .~11ndtc, e nesse caso o suporte podcni scr granJe, pc1milindo um geslo amplu e esponL3ncu. Ah~m do m:1is, podemus trnb.lllhll a tnr- ~sca las de saturac;ilu e luminoc;idade,

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86 J\II.'TONI Z\Ml.A

cnrc<> friac; tHI qul•nle.,, gamno;, l'lt Oulril possihllid,1dc pndp SN n wllns_c. Tom amos u 111 papcl OLI carlollllol culuntln t• o ro1l.1mo..,, Jandn-llw umn mec.lic.la c.lc uns 211 ll11 . l nt.w, ll•.di/,mHio.; <1 .lllvid.llk lk"uilil .1111l'riur­menle, mac;, ncstc casu. ulrili,O <.cril l''cculc1Uol om ll•<,ourac; ou lOI1l um estilctr - Jcpendendo dn •dade d.1s criar11,.t.., \ mcdiua tfllt' \amos cortanuu (1<; pe!Uclc;o..,, us gu.IHl.llllU'> urdl'll.ldc111H'flll' IJt>ptHS, us l'olnca­mos sobrc outra cartolina m;uor c d~ n1r ~.l!fert•nlc J.1 primc1ra, poucnuo ordenar as formas rccorlaJ,,., cum gr<h.lu .l~lll.'" t•sp.1ciJis ~olin•rsal'.

2. Construir uma compnsi~ilo n pMii r de, por l'"'''mplo, 20 l it~h .H• vcrlknis, 110\ e das CJlliliS Ul!\ em .,l'r longn .... '>Cis mcd ;,,., l' <jllcllrt> narla<,. 1),,., 20 linhas, 11 scr.w vcrli~.,,i., l' nO\ c lwrl/unlill'> t', ubrigilloriaml'nll'. <HI f;ver a compu'>H;Ju, de\ era han•r '>tlpt•rpn.,i<;flt'"· ( nrno not•xcr(ldn .llllcrior, podcm·sc fa.t.cr as \·anac;lx!.., lJlW convcnhilm, tanto na lccnica como no cuntct.idu. Nut..Jso do llliC o re'>llllndo g •.i l1co d.1 .1li\ idadt> st• h.1Sl'IC' no gostn e uwcc;tagac;ao pec;soa1s, buo;carcmus a rt·.11lhl~<Hl de esbu<;o" para con~idcrar d i versas c;o l tu;ll(.'~ l' fa vurc<:cr o ngor l' a C'<pl•ri nwnl.l~5o. Inclusive pode-c;e ra/cr Uln<.l t•xpno.;iy'il) cunjunla doo:; cc;buc;uc; do ).;l'llpU

an lee; de ~e (i.l/er a rcprC'>l.'lll<l<;<l<l Jl'fin ili\ tl 3. Reali/ar uma cumpos11,au a parlar do geslu esptml,'incu. Em um suporte

que niiu scja ncm bra nco ncm de lll1l<' cor muilu \'i\ ,,, \an senuu excnata­tlo!:. lra~u.., a partir de l111l lliP'>mu ~cslu I '>It• dt•Vt' .,er n1rlu t' 1 ,ipido (podem ser ponloS OU Jinha!o Lllrli.IS). 0 <lClll1llllll Jessas gr<lfias f10Ue recriar cfeilos visua is divL•rsos (grama, chuva, neve, vcn lo, etc.). ludo Jcpcn<.lc <.la di 1 cc,·au em qut• lt•nhn (TIIlll'\udo n .1I1V1dndc, assi m n mw do grau de pressao que sc de ile> an'>trumentu Podl• ·Sl' executar tambcm com muttac;oulras mct.lidas c h:Ocn~t.ls . l,c, porcxcmplo, f<17cmosoc; lm~o.ns LOm ccrac;, pud!'fnlls pa<.snr pur d 111.1 11111 pan((•l t 11111 gta.l\ Itt• tllll um •'lf"·l ~t•ln, de m<1t.lu C)UE' nc; tra~u<; flliUt•m lllll pouco mil is Vl'I,,Jus. l ambt'm podcm scr fcilos nwd i<mlt• a inti<.<1tl lltllll u 111 bun I, por excmplu) ... ubrc su pmtc mule e paS'iM pur cima 0 f1111Ct.>l, fiCilndn enlciU lllcli!-o Colnridils ilS parieS incic;atlas UOl)UC n rcsto c.J,a ..,upcrfkie.

4. Prupor umn .1l i\ it.lade a parlia do rc.,pin~o. d,l sillpic,ldura e d.1 llltHL<l E uma a ti\·iu.:H.Ic muito cxcil.mlc c c.Jc, e-st dispur dt• b.1~tante esp.-~o. ja que. du conlr ilrin.uns podt'm cllmgir os uutro!'>.

Essa alidc.lat.lc ba.,ci.l-sL' em granJc pMll' nt~ cxpcrimcnta<,ilo e na manipula<,iio dos materia is, de\ cndo-se cstimulnr .1 capacidadc para cncontra1· solw;:oes pessooi<1, scnsibtlizando tl grupu em relc:H;nu <l uma atitude de dec;coberta. Dc,·rmoc; dic;por de m111 ln malcnal, lnnln do que nos sen 1ra como supnrlc (p.lp,•i., Jc difcrl'nt~.•s lt•xtur,1s c acabt11ncnto, cartoJina, papeJao, etc.), cumu Jo que no" pcrmilt• a realiLa<;an de grafaac; (nanquim, aquarelas, gu<ad1c, llnta plac;tica l'lc ) l'odem c;cr liScldas ferramenlas muituuivcrsns, intlu'>i\ l'Ca<;uai'> (t''>PllllJil'i, prnct>is, esp.ilu las, pentes, pet.la~oc;dc papel moll•, n1rl 11,,1, L'lr ) /\ nit•<; dl•rn,li!-> n.HI,,, c p1 l'cic;n comprovar as pussibi I idudeo, duo; lll.lll·ri,,;., • · d(• 'il 1.1 mil ni plrln~o..'io, 11 gra u

l'll~hllllt\11\1 llt\R l~·l.IINTT'UL'Il~ I'RlX:lUlMI:.Nl'A!S [1\1 AUI \ 87

de cunsbtcnda d,, tinln, a qu.llllidade de ci~laa, <lS c;uportcc: previamente omcdcLidtlS ou niio. il indinac.;Ju Jo supurll.', etc. Qu<mdo livcrmos di!el(.'lllt'S prnvils dt• l'oldn l111l dus nmcciln5 que dL•vcm scr lrabnlhados, podcmus fn~cr uma cxpusi~ill> umjunla dc..>s resultados e, finilhncnle, pn1por umn nltvidadc final cm que scjam trabalhados oc; conceilos lOmpusilh os de agrupanwnlu, dispcrsfio e rilmn.

r.-.ra fmala.t.ar a scqucnLin de aprendizagcm proposta. e importante obst>rvar obras de difcrcntcc; artistas em que tcnha grande importancia o nspt•tlo gt•stual, Ul' mudu ll Ul' n criun<;il com pa rc sua ex per icncia com a d~ oulros nrlic;ti'lc; rccunhccidos. Sc for possfvel, dcvc-sc ir vera obra Qrigina l em um museu nu t''<p11SII,•1u. Sc niio, podcm ser mustradas rcproduc:;ws granJcs dus arlic; tas dtadu., uu dt? outros muilo caracteristicos, cornu Van Gogh, Pullot.k, 1\latic;c;c, Vac;ardi, 1\lunJnan, !\.Icc, etc. Alem do u>menta­rio subrt• u artisla, imiliHt•mu~ l' gesto que dec;crcve seu trac:;o. observare­rnos sua direc:;ilu, adi,•inharL•mos ~om que fcrramenta foi rcilli/adn, a exprcssivid;H.Ie que disso l'l'sulta, t'IC.

A REI'RESENTA<;Ao SIM BOLICA

A r~pr<'Sl'nlat;i1o plastica t>' isualc..onc;ic;Le em lornar C\'ldente uma coisa ou um Ia to mediante clS imagen<;.

As imagcns se concrelizam em formas, e sua combinac:;ao no espa~o- bi ou tridimcnsionnl - ofNt'Cc-nos a possibilidaJe de poder rclnciomi-las em distinlos nivcas:

- 0 dcsrrilivo: a imagcm (ou ima~ens) que representa exatamente a till I I .1 .

- 0 nMrc1livo: n imagcm (ou irnagcns) que, a partir de urn fato real uu inaagin;hio, pcrmilc·mls e'por as circunst.lncias. ~

- 0 expre,.sivo: a imagem (uu ia.nagens) que nos permile ITansmitir as opinif>cs pn'lprins.

5e falamos dnrcprcsenla~ao simboli.ca, enlramos em um tcrreno complcxo, ja que U simboJismll C lll11<1 L'Xprcssiiu n)wal <lU inlefeclual que utifiza a represenla<;a(l por anaJugia c. pnrt,mlo, para sua mtcrpretac;ao, sao neLcssanos conhecimenl<><: t'efercnciais do conlexth n que pertcnt..e.

Ao contra do dn signo ou da alcgoria, o simbolo caracleri7a-se por uma repre­scnla~ao subjell\ n d.1 rcalidadc A rcprescnta~ao simbolica nii<.l da enfase il leilura direla uo rcprt>c;Cntado (Jcnola~ao), flmdamenta-sc na prelensao de seu o:;ignificado (conulac:;ao), cxiginuu, portanlo, umn mterpretac;ao pessual do espectador.

l ·.m luu.ls ilS rep1cscntac;6es pl.ls:;llcas, "cjam figurativas ou abstratas, sempte cncontra rcmns, em maior ou rncm1r f!,rau, refcrenciais s ambolicus. Como qualquer mcnsilgL'Ill ~ pur1.1dor.1 de si~n afkndl>s l.' valt>rcs, a nprl.'ci,1c.;.il) dcpcmkrii dos rcft'rt'llcinis culllllo1io.;, li111lll do il\lltlr ('(llll~) do esr(•clatlvr.

l

Page 14: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

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lmporUiucia de sua apreudizagem

Qualquer saslema de reprcscntac:;ao (as pn l.wrus, ns imn~cns, onuancro, os sons, etc.) e urn meiu que pcrmilc torn<H puh!icns nussus llpini6cs particulares.

Se nos colocamos o falu da rcpresentac:;5u mediante us imagens a partir da perspectiva de dar a conhecer, C\ idenciar, cxplicar, etc., 11ma iJein, uma emoc;ao, um eslado de animo, um fato, clc, cstamus nos propuudu a fnvurecer a conceituali za«;ao, porque o estor~UlJUe (ucmos au c!>lruturnr a rcpresentac;5o eo que torna possivel, predsamcnlc, u conhcunwnto.

Cad a meio cJe reprc~cnlac;an uescnvnh t• nossu<> <>t'nliJus em nspcclos deter­mi.nados, permile-nos en con Lro r l:>vluc;i>t·~ c.:nrn. rt'Las, rctursos cspeci!icos, fnz-nos eslabdeccr generalidadcs, cvo1..or dt•l;rl lw<,, prm:urnr, \'t'r t.' lcmbrar nspcclos do objelo, cuisa ou (a to que descjamol:> rt!prt>Scnlar. 1\ cxagcncia nessa bust:<, cslimu­Lara a pcrcepc;ao Nos, as pcssoas, sumus im .. c~p.~tc., Jc..· imngin;:~r o 1.. luc nao podemos represcntar; so devemns cnconlrar u mcio Jc repre~enla<;ao mais adequado.

Este e 0 fato euucalivu: dar possibilidades, oferccer proposlas, facililar informa~ao, estab elecer normas, recursos, e tc., que nos permitam percursos pessoais de investigac;ao para poder conceiluar por n1eao de distinlos mcios de represcnlac;ao e, a~slm, podcr cscolher c estabcleccr o ma is convenicnte, de acordo com a situa~ao e as necc~siudJes cxpressiva.:;

Graue tipo rle apreudizagem a alcau~ar ao Iongo do eusiuo frmrl ameut al

Resumindo. vcmos tJUC a reprcscnla~tio simbolica rdcrt?-sc a aspectos subjetivos pur assuciac;5u. Nc~-. arle..., plilo.,lk;J., I' vi.,uni'>, l.ll r<'prt•<>enla<;5o concre­tiza-se em imagens c cstas, pur sua ve7., em form as Lombinadas em um c.spac;o.

Com esse sistema rcdutor, simples c esqtJcmatico, ptu..lemo~ estabclccer que a aniciac;ao na compreensao dossigni ficauo~ud ctrle nocnsino obrigalorio deveser inlroduzida a partir do conhecimento Ja~ formas e de sua s intaxc.

Ao Lerminar o ensino fundamental, a crianc;a Jeve scr capaz de:

J".v 1 , _

-Saber represcntar, em niveis Jescritivo, narralivo e expressivo. - Dislinguir entre um sagnu, LUll sfmbolo 1':' umu alcgorin. - Diferenciar objeLJ\'amcnte as mensagens comunicalivas Jas significa-

Livas. - Conheceros muvimcntosarlic;lic(.lS maac; rcpresenlativos de sua cultu-

ra.

Linlras gerais da seqiic11cin de tlfJI't' ll tliut,'<t' lll no lougo tlo eusiuo

Ao longu do ensino fundamental. u mcnino m1 a nwninn deve nJquirir a capacidadc de poder rcprcsenlar su.lh iJci,,., t• opillif)l'"• l,mtu sul>jl• li vn t:omo objctivamcnlc. lssu implicnni:

- Propor •'_Li.viJnucs a pnrt ir do tatcio (esboc:;os), para encontrar s~lu.;oes COJ~1pOSI.tiVilS lJUe deem Si~ j ficndo a represen lac;ao: simetria/ asstmelna, agru pa men to/ d ispersao, vertical/ horizontal movimen-ln/ imobil ismo, etc. '

- Expc~imentar que a situa~ao das formas no espac;o e sua relac;ao pcrmalcm n cxprcssao: primeiro, segundo e Lerceiro pianos, profundl­JaJc ue c~~,po, ponto uc vista, alto/baixo, em cima/embaixo, e tc.

- Pmpur a lav&Jades q~e permilam utilizar os conhecimenlos adquirl­dus Jl)S ponll>S nn lcnores na represenla\aO figural iva e abstrata.

- Propnr ali\ id<1desque nos pcrmitam analisarobrasde<trle simboUstas e pudc.r.aprecinr .:;eul> s ignificados por meio de aspectos denotalivos e cunol.ll t\'US l]Ue IWS fnlilileJJI Sllcl lcilura. -.......__-

Uma seqiie11cia de eusiuolapnmdizagem

• Nfl1d aprnpriado Si tua~~s e.ssa propusta a partir Ja 5" serie, embora levan do em con ta que 0

gr~~~ ~-e exagena~ nos re~ulta~os e na qu<~ntidades de dificuldades da proposta varaaaao em fun<;ao da malundaJe dos alunos.

• 0/1jl'f il•o:. rcfi'rem iais - Opcr~r rcflexiv<~mentecom os elementosqucconfiguram a ling ua gem P.l<'is!•~n ( ~<m tu os do alfabeto como os da sintaxc, a fim de utili4a-los s rg r\1 hen tivamente).

- D~sl~nHu~r o contincnlc co contctido de uma mensagem plaslica. - Dtsla~1guar l' rc presenlar objelivamenle usando o ct1digo visual e

ph1SLICU. - 1 er um planu de tr«balho. - Defender os crilerios utilizados nas pr6prias produr;oes.

• Cmtle1idos Cllllet'illlnis e ntit11di11nis nssocincfos - Cl>nceiluais

- Conhec~mcnlo e dominio do alfabelo e da sintaxe plastica e visua l. - Conheca~enlo da representac;ao plnslica como meio de comunica~ao

e exrressao. Atitudinais - Interesse e ctrriosldade pela expcrimcntnc;ao. - lntcr:~s~ e necessidade de comw1icar as opinioes pessoals. - Sensabtltdadc pelas manifesta\oes cullurais.

• Coll/lt'l'ttlll'lllrl,o: l'rt;Pioo: - Dominar dill?renlcs pwcedimenlos nrlfsticos. - Con lwn•r· L' durnini\r n rc•prescntn,au cspaciaJ em !iuas ' ' erten tcs

tup11l{)p_icil, projl•Livn c cuclidiana.

Page 15: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

90 ANIUNI ZJ\Bi\1 , \

- Estar habilua<.lu a ubservac;iitl c rcprcscntilc;<lo do nrttural. - Saber rcpre.c;entar com mt1 i11r uu mcnor ~ril ll th• k(mic idild<'. - Dislingu ir os nivcic; de rt'presentac;i1o: Jc-.uili \ o, narrnlivo c cxprcssi-

'1 VO.

- E::,lar habiluado .l r.v<:r lll11il k•illll'r1 uhjt•li\ ,, d<! <; obrilS plilc;lkiiS - Ter sen s ibilic..lade pel,, cHle uni\ l!rsa l.

• Alii.lidndes de I'IISilln/aflrl'llrfi:tl~!'l/1 As a ti vidades expos las a st·~tl i 1 t•n vol vcm ,ll~tl l ll•'" Ulllljlll•xiu.ldt•s "'' hnra

de serem pur.;ta~ em pr<.Hkn. jti lJUC imp I ilcl lt1 riJ;nr ,, ,,.., propu-.1.1s, t•xplit.H;\lc<; c esclarecimentos inJh idua li7adus durantt• ,, t'Xl'U I<,ilo l' nunt•n l.1rius t' il\ illia­c;oes ao finnlizar o trabalho. l: prt•cbo an~itar re:...ttll.ldo':> l' '-UlliiJ>cs muilo difcren tes, mati/.cs, \'Liria<,ocs c inkrpn·ta<,m•s pcssunis n 11n fr't'I.Ji.icncin muilo subjetivas.

l Para trabalhar a essenivel e nccesscino prepnmra reprcscnt<1c;ao fin n I <1 p nrlir de esboc;os e, ass 1m, iTajustanJoa represcnta<;iio dcfinitiva d<1 idcia que llucrcmos Lrans mitir. Ao amaJllrC<:cr uma tdeia pla~licnmcnlc, c ncccssario dcixar um dOc'Umenlo grafico de cad a uma dac:; po<>sf\ets "olw;occ; rcprt'c;e.nlalivas-p on lt1 de vista, primeiro plnno, profunJiJaJe dt> C<lll1P"· ci,os cumpusilivus, t• tc. - ate enconlrar a mais atlequada a nnc;c;os prnp1hitos. Pm.le scr que,, primcirn iJCia que se lcm seja a maic; contu nJt•nlc c exprcc;..,l\ a, mas rrclli.il•ntcmcnlc, c;e re.1lizaJa a representac;no sem uma re flcxau wMica. ricam \ia;ios, puuto wnslruli vo~ na furrna C no r II ndo.

1. l'roporcmos a repn_''i l'lllac;,io dl' um.u l'llH>,.lu uu t•st.II.Ju lil- .inimo (a lcgriv, tn c; lt,'7a .. lramJu ill tl;:.~de, I' ll fill in, do1 , ungu:-.Lira, rigiJ cz, rL'I<~xa­mcnlo, c lc.) a parltr Ja cur c da combi u n'-t.io du-.t•lcm~o:nlos ronstruti vos da cmnpoc;i<;an, organiz<J llos JWI,l h.un1on1 a ou pclo con lrastc, segundo o conccito que se d ec11.11 u rcprcc;c11la r. J:.s ta pruposla bascta-sc n<\_r~pre­scnla<;iio abslrala, ou ~cja, em qLtt' ~"a~<.·m n5u cs~i ~cmfiguraua por nenhum clcmenlu Lem <H icu (p<lisagcm, (i~uril humiln<l, an.Juitetura, etc.), mas, s im, c.lefinida prec isc1menle ~or elemen tos cunceil~tais: a cor 1

- gamas. contrasle~. coree;, primarias, lcn:i.i rias, etc. - , a medida, a relac;ao C a propon;ao-grandc, nlCUiO, pcqueno, Jar~O, I!Slrcilo, compri-do, curto, etc.-, t1 dirc<,:ao - em cim01. e mba h.o, hnri7(mt<1 l, vertical, inclinado, etc. - , a harmonia - c<.ju iltbri o, simclriil, on.l cm, etc.-, o contraste -111 tens1dad e, asstmeb ia, J is p crsao, clc. -, n cspru;o topologico, projelivo uu mclnco.

0 material mil ic; ndt•quado pL11'<1 I rn bil l hnr ofercce cssil p ropost<:J pudc ser a tinla fillachc, pur ca uc;n de c;un.; pus<;ibiltdndes cwm.lltms <' das analugia<t l JUC 110S o(L'I'l'tl' il ('Of , olSSi lll LOillllo\ l'ilJlll'/c1 dot 11digo pl .islico com lJlle poJemos trabalhM: mnnt·ha, sil lpk<~do,lr.u,n,nHirt·;~, e ll'- N.iu se descarta, nalura lme nle, lJUC po-.<;<llll utili;a r nu tr,ls ll-t:'nicns t' pnl(.l.'W-

)) 2. ,-

Cl1\1ll T tti\IIJ\1111\H l'S CtlNI EUIXl:> PROlTOIMFNTI\15 EM A ULA 91

meutos artistil:us. Nesses cvsos, pode ser tambem muito adequado suge­n r tccmt:'as m is tns.

Essn nllvtdade lera a dura~ande umasqualroaulasde uma hora emeia t:<1J<1 utml deJa.,. 1\ primeira sera dedicada aos esboc;os e provas. Na Sl'~llmla, I ra(<lrcmnsuesb<~uddini~ivoe iniciaremoso lrabalho. A te rce ira aula 5era dedicada por complelo a reali.::acao e ao te rmino do LrabaU1o. A qu.ut,, .wla cunsis lira na e:o¢pusic;ao cunjun la Lie toda n atividndc.

E muilo impurlante terminar r1 a ti vidadecom urn a exposic;iioconjun­ta dos r~.·sulladtlS uhtidos L' l.lt.cr dcliluma le ilurn - sem mencionar i s~o l'Xplh:it.,menlc. Cumpr~wa r· ·'l:i pt1ssibllidndcs e'prcssivns. ns difk uldn­Jcs tllll' .;urgirarn an mali n H' o tJUC se lllleria represent<H. comprovar, cnfim, que ::.e pode inlerprclM uma ubra por aproxima(ao, tJuase nunca d e umcl forma litcrn l. porquc, na hora de inlcrrretnr uma mensagcm, sao lao imporlanlcs a sensibilidade, a ideia, a habilidade, a esletica c a intcn(iio do nutor e as do especlador. Essa atividaue bascia-sc na rcpresenlac;ao d e uma iJCia: a murle, o amor, a paz, a libcrdadc, " solidaried ad e, a \'ida, a justic;a, etc. Nesse caso, a propusla c qw a iJcia Jeve ser lransmilida a partir cia (igurac;ao. 0 tcma escolhiuu para cia pude ser, ptlr exemplo, uma cirvure (obviamenle, Jeve ser urn Lema que lenha s ido b~;>m lrabalhado cm les em nl\•el d escrith·o). Primeiru, dt•vemus mencionar. entre uutras, arvores que conhec;amos Jircla ou indirel<~menle, dife.rentes silua<;oes em que possamoscn contra­l,,s, lnn to o lu~ar LJllanltl n quanlid<~Lle c ra qunlidndc, se11S proct•ssus de crt•scimt•nlo, carnctcrfsticas, etc. Pndemos mencionnr as cir vorlo's mais rcprcsl•ntiltivos de nusso pais. Pode-se pcrguntar se conhecem iln·orcs dtndns na Bihlin, em obrns litercirias, em pocmas, sc virmn o Jc~enhu de alguuw urvlli'C ~l'nea l6gica, sc sabcm de alguma arvore culluralmenle conhcad<~, sc lem conhecimentos de arvores com nome propriu, e tc. PoJemos pcrguntar c;e a lguem p la nto u alguma vez uma a rvore, se tern a lgu ma em c;eu jardim, em s ua rua, e tc. A seguir, poucmos analisar as di(crcnlcs scnsat;6es que n os transmite uma a rvore em nor , uma arvore carregada de frula , uma a rvore muito alta e frondosa, uma an •ore pt:qut!na c a~oilada pelo \'Cnto, uma arvore agarrada em um despenha­Jelro, com suas raizes it mostr·a, e tc. finalmente, proporemos um<~ das ide ia an tes ciladns a pa rli r deste e lcmen to tcma tico, traba lhanJo tambcm <l cor-v ivns econtrrastradns, gnmas, pnsh~is, etc.-, cumentandoque o gra u de iconicidade do tcma pot.lc defender do significado que sc qucira dar a representac;au. Os ma tcriais que podemos propor para essa a lividade cstiio condicionnd(J~ pel a J ificuldade que implica a rcpresenl<l~iiosimbo­lista. CPm frl'CJ liem:ir~, to is rcprcsenlnc;oesaC<Ibam mJ_!i lo amant?iri1Jas ptlr t'<l._usn da lJUantidadc de signifie<~~oes que sc quer a tribuir n e lns e por lJllCI'Crm ns Sl'f mnis (ieis a imnp,cm mental que tetnOS disso du que ~ ima~t·m lllle somus cnp<1ZC<: de malerializar. Porlanll), il L<.'cnicn pode ser difert'lllt• '>t'gltndnu gr;lll dl.'l.''pt•ril'ncin dlls nlunos. St.> !>ilO nMis t''Cpt'ri-

'

Page 16: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

entes e tern habilic.laJes .tc.ltJUtnc.l,ls, p<>dcrnus prupor tJUe csculham eles mesmos a lccntca <JU t! Jlw<. pnrl'\i'l mi'li!'; ildcctuoda, c> indusivc• o l<lmanho dosuporte. Sc nJu, poJc"·St• proptlr qut• d cscnhcm c pmlcm u Jcsenho em urn su rortc c.le lam.mho ofidu, no 11lilxl0l0.

Dedicaremos a csc;a.rli_vid.HI(• o tc•mpn '>ttficiPn ll' pnr;~ tJUC possa ser feita com rigor c reflc"<.lll. E lao imporlanlt• ~u.11d;11 tl m.ttcnal do processo (esboc;os, prova~, <lpnnta ml!n lu.<;, ma lt•rinl atw\u, c:umo fotogra fias, ilus­tra<;<1t•s, etc) como ulrabnlho dd111ili\.'o. r·stt• dt•pt•ndl•r<1 mutln de nosso nivcl de cxigenciil, da capac. iJ,,de c.ll· Ill\ t>sli~c11,;10 l' c.l .1 curius1Jac.lc dos a Juno<> Ncsc;a ali\ id<~Jc, unno n.1 .I ll terror, l' tWc. <•ss,l r iu c.on t.u cum uma a ula final para fa?cr a cxpo'>i<;ao rumume cl cl\ al iac_Jo Je todo o material.

3 l'ara fmah/.tf, e inlcrCSS<lfllC podcr ubscr\ <II ,lt) V IVU ,) ubril c.J c Jifcrcntes artislas q ue tcnhn~balhauo o s imbolic;mo. Nec;s(;' ccrsn, pnJem-se obsen :ar cJuas obras cscultorit.l!> mllllo rcprc-.~.:·tllillt\,1..,.1:/ f>c<.cmtsol, de Josep Llimona, e Lt1/vl(lltist!lrnl < ntlmtf, d~ Ju li (.,onz<i lcL. A mbas as obras o:;e encontram no Museu Jc Arle 1\loderna de U<Hcelonil. no ParliUI.! ue Ia Ciudac.lela A., duas SUJSl'lcm sllua~f)(!s c emo~6es muito dic;tintas, mas evic.lentes., incluc;ive para pcc;son., pmrcucx pcr icnlcs.I'.Ha podl•robservar as difcren<;as e a ju<>leza de seu sagnifil:adu, (• muito lnawenil'nte que os ahrnos imilem a puslura em tllll' sc £'1Kontr,, i'l figura cc;culprdn , com a m<J iur fid "' idaJc pos<;ivcl. e im.lusi vc.• podt•mn.., lc.•n tell' t•nconlra r uu tro titulo par<~ <1 ubrn

AS TECN ICAS

0 cunju nto Jt• pron·tlimcntu-. dt• utili/cll,cio doo., rn.1tcrrrw; c.' uma nrlc ou ofic10, c c;e chama tecnica

A tccnica descnvnlve h <~bi liu,H.lcs motorac., c.· <~ l~um;l'; J cc;trezac; o.;cm as quais dificiJmente pndcn<lm le' ilr-se a c.tbo a!> iJcias am munc.lo da arle.

A inven"ao e, concrctiza<;fio dt> i ma~cns men tai-. rea I i1.a m-se, puis, mediante a materia; en que chcrmamos cxp• essao pl.1stica P.Jra que esse pmct•sso acontec;a, necessa tamo~ do sistema sensorial, c1uc tcm 11111,1 fun-,.w co~mti va nu reconheci­mento e na explora~,au due; ma te ria is.

0 sistema sensorial e c;eu c.lcscrwuh rmento Sl'rao a base pil r.1 u cun heci men to da materia e sua tra nc;fom1ac;ao em elementos c;o.; pressh oc;. Ao., tccntGrs bcisic.1s que devem ser lrabal hcrua~ duran te a 3~ l' .J'' c;cril's Jl' cnsinu fundamental s5o as seguintes:

- Bidimensionais uescnho, pintura, ~tl/la:.;t•, teU1icas Je imprcssJu. -'I ridimensionais. cscullura e o.,cuc; pruccdimentos b<1srcos, modelado,

massa c.le papel, e tc - Estruturas estaticas cum dift•rl'nles llltllt•r i,lis. - Estruturas movcis.

C't'Mt' ' I K.\111\1 11·\R t'l'; CnNTEll~ P RUCfDIMt:NTAIS 8\1 At•LA 93

- Nov<~<; tccnuk,~ias. fntn~mfia, vkll'o, computador, rcpwgrafia. · - I ccntc<Js mis tas.

l mJivrlii ucia de Slttl nJJrelltfizagem

As hk nicas s5u omci\l para dcc;crwulvcr formas tle alfabetiza<;ao <~rlfsticas. Sfin 0 \ CICUIU r.~ra transmitir (l c;abcr como forma em pi rica . Purtanto, sao um elemcnto de comunica<;an e expressfm. Proporcionam a uportunidade de expres­sa r as em l><;6cs, os sen limen Ins, l 1s pen sa men t<ls ... q ucr d i7cr, de projeta r a prl.lpria pcrsun<~l idaJc.

A tctnica co mcio que faz o nexo entre u pensamentu, a mao, o instrumcnto eo material, ale que a intimidade toma forma Quantn mais se dominem a tecnica eos proccdimcntos, mais possibilidaJesoalunotera deseexpressar, ja que pod era escolhcr o caminho mais apn1priadu para filz~-lo.

E inJispensjvel um bom treinamento manual, talil e manipulative, ja que e a base e fnnte ua criac;oo. Sem essas habllidades manipulalivas, essenciais para resolver problemas Jc tipo tccnico, difidlmente algucm podera se expressar corretamcnte.

As possibilidades cxpressivas eslfio em rcla,ao c.lirela como conhecimento eo Jommio das h!cnicas, doc; elementos proprius da linguagem visual e plastica, da iconicid<lde c sensihllizm;ao p;m1 ilS manifestac;ocs culturnis artisticas.

Por mcio dccxpericncias t.• dos alhados pcssoais, os altmos irao se liberClndo pnuco a pouco das convcnc;Ot>s inutcrs e encontrarao a forma de projetar suas viSlli?S proprias <' uiadorns de um mudol1ri~inal.

As poc;sibilidadcs se ampliarao se os alunos h~m contalo com a arte, cspcci­almcnte com a do nosso tempo, ja que esse fatu U1es permitir,1 dcscobrir <1S

possibil id<1dcs ufl·n'Cidas pd<ts h~cnicas comtl meiu criati\ n e expressivo. A p<Utir das vanguardas artisllccrs, as lccJlicas sao muitu variac.las e ocupam um Iugar c.lc destaque, reforc;.1ndo os conlcudos c.la artc. Dcsde o Cubismo, onde se incorpora a milage, passandu pela Pop-Arl, a Minimal Art, os Environments, etc., ate nossos dias, os Mlistas csliveram expcrimentando e incorporando novos materiaic; a suas obras, e continuam fazcndu-o.

Grtrrt e lipo de aprewlizngem n tl lcnuptruo eusiuo fuudnmeutn l

0 aluno Jevern ser capa7 de:

- Reconhecer dJfercnles tipos de material, experimenlar, dasc;ificar c relacilmar as diJcrcnc;as que cxis tcm entre eles.

- Saber nonwar ac; fcrramcntas proprias de uma ttknica utl Je um pr<X:Cdimcntu, Conhecer SUa uliJiLa<;aO e usa-las COrTClamente.

- Ter dumlnio dil mau, conhecendo as possibilic.lades expressivas e as limilac;6es ll\11! os materia is nfcreccm.

- Saber plancjar e urganil'ar u lrClbalho, sclcciommdo os materiais ;H.iequildo!-IMI<ll'"<Pressnr uma iJcia.

Page 17: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

- Rec<mheccr a tecnica m1 mundo Jt~ .rrte e de1 imngem. V.1 lorizar e rec;pci tar <''>Sil~ nlilnifL•slilt;u('" <~rltc.;lh ,,._

Frenle au grande.' ll•tflll' Jt..•lt.•cnit:.l'- L''Ci-.h.•nlt•-.,n proft.•o.;-.ur l'"etlllwra ollJUelas que possam estar marc; ilo t~lc.ull..t.' dt.• st.•us ,,lunuo.;, de <KurJu com <1 t..•xpericncia adquiric.la em cursuc; anlcriures

Liullns gerais da seqiicucia rle n/lrt'lltliz:.ag£'111 tw lougo do cusiuo

Oc; cntcno-. para umil seqi.ient..ia"Jo dt..•\ t.•m c.;(.• b.1"t.'cll nil ordenil~au dos elementos do c;cqucncm, indo do mat!. ~cml ptH.l o mc1is l'"lwcffku, t• du mais simples para u mil iS complcxo. E!>~e!> l ritl'riu'> fie. 1m nHlli/cH.Ino.; o.;er,undu u tipo de proccdimento ou ternica, a fim dt> que exista umt~ aprt.•nui/agem significativa. Scrao programauos em fun.-;at• doc.; ubJeln·os gcrnb da .ire<~ c da et<1pa

Para ec;tabclecer uma c;cqucnctil larnbcm st.• lt.·,·nra em conla:

- 0 dt.•scm ol\ iml'nlu U<l pt•ru~p\'iltl, pur mcro Ut.' 1t1dos os sentidos, e-.pcctalmente \'rsau e talu

- 0 dnmlnio motor 0 domhHo da l~li1Ka ec.;l,1t.•strcitamente ligado ao Jc!>Cf1 \ olviml'nlo(Jculo-manual e~ f lc\ibi liJ,,de dn pu lsoedns falanges (mol riciJadc r ragmen I.) riil) Pur is so, dt'\ criin scr rei tus C'\Ndcius que prep a rem us dcdos para reilll/ll r unhl .l,<lo coordcnaJu. ~xcrcic ius 4ue aplr ttucm oo.; lllll"lCulus;, ajw.Ll'S pro~rco.;srvo:-; como o JcsciWHiv imcn­tn de rcflexns "C'nsono-m(lltll es: esti' nr,Pnroln r, a per tar, ctL. 'I cr maos h<ibcts stgnif tltl tcr mCios flcXJ\'eis, I wit .... , sc~111 as, r.iptdas, prccisas c t.ourJcnudil" l'arlir-c.;e-<i dno.; cnnhl'l inwntos ,ldljtllrrt.loc.; nn t'lnpa an­ll'l' 10 r

- 0 umlwdrnt'nlu dns m<llt•ri,lis L l'""""c. i<~l cunlwn·r as carnclcrislicas Jus Jlfl'rentec., matcri,lic.; qlll' '-L'll l ilt/illll (papC1'-,IL'fa, etc.), c1SSIIn como uc; hilbtlrJaJcs necec;.,cirrac.; p.1r.1 ..,L'll Ullltrult• Ul•sc.;t• modo, o clluno c;c capacita para uommaros prublemas c.Juc surgcm cum a manrpula~o: durt.!/a, rcsislcnti.1,ek ScrJo t'~tolhidns as lccnic.;'lS rn<lis lunJamcn­tai!> c c;imples para logo pi:l..,stlr a utrlras mais curnpl!!xas.

- A hclbilidadc mantpulati\ ,, dclS fcrr.mwntac. . rar;l uma boa l!"<l'CU,ao, e 11CCessnrio tfispor de bOtlS fcrraml'lllclS t' sahcr trlili7a-las C'Otn aulO­nornia. Devcm ser as adequados paril ~;.aJa protl'dimentn, j.) que, do conlrano, o-. alunos dcc;nnrrni'l m iliH'nnmtrar prnblcmns tecnii.:os que nao podem scr rcsul\'idnc.;, por 111ais h<lbrl idadt• manua l que tcnham.

- 0 rccunhcctmcnlu e, compnl\'<l\ci0 dn acabilmentu du tr.1balho. 0 profec;sor dev(.' cxigir ltma bua rcalizil~·h' tecnica, sC'mprc lev undo em conla <• ni\CI Oil cnan,,,, J•llfllt.' an lllll'I.H uma "l'tfti(•ncin 11l'm todos os alunos parlem Jo mcc;mn punto () nivt.•l Jl•pcndc da forrnil,,'lU que len ham recebiJu anlt•riurnlc.•ntl'

Ct'llll' I RI\11·\UIAil l"' CnNTt:UI1l~ PKtW..CDIMliNtAt!:' t:M Aut.A 95

Uma seqiieucin rle cusiuoltllll't'lltli:ngcm : a propostn dt• tmlm llw sc cc•ulmrti "'' collage

• N1l't'l ,,,,.,,,,ritld(l As ~>cries csculhidas sau a 1" c a -t·', j,i que c uma tecnica que ajuda a

comprccnsao do cspa~o mediante il estrutura~iiu t.las for mas e cores sobre o p lano. E t> que chumamos sintaxe visual.

• 0/ljt'ltl'OS nj('H'IIf/11/S

- Conscgui r um bom dom t n io pcrcepti vo-moto r e postu ra 1 do corpo em rc la<;iiu a materia liUl' scrn transft.~rmada ell manipula\.lO correta das fcrmmcnlol-1 (tcsourns, cu/1<'1') e lnstrumentm; (pinceis, e tc.), ja qul' a<; aptid6es motoras sao indispcnsaveis para qualqucr alividade desse tipu.

- Realizarcumposi.-;f>es utilizando diversos matcriais e recunhecendoas pecu liaridades de cada um dclcs para adCl]tui-los a ideia que sera realiL.ada

• Co11/t'11dos ctllltl'illlll/S t' tllllwlitwic; nsstJCtndos Os contctidos de procedimcntos nao pudem ser separados dos conccituais e

dus al1ludinais, ja LJUt? precisam um do outro para desenvolver-sc. A" ideias ou pen sa mcn tos se concreti/am mediante as tecnicas c a linguagem

plastica. Os conccitus Jc forma, cor c espa\o sempre acompanham a tlknica. A

distribuil,au Jt> furmn-. gcmnclrrca-. ou orgiinicas sobrc o plano neccssit<t de uma tlrJena~iio harmontnsa l' rilmk.l. Em conscqi.il~ncia, depende dos conceilos de mct.lida, pmpon;ao l' rl•l.l\.lu.

1\s aliludes estariiu rel<lciunauas com a emotividade reprcsentada pelas formas e torcs dns prndu,oes ar\istkas cxprcssadas nil colltr,~t·, c dl~vcrao cstM prcscnlt.•s ,, curiusidade l' a inqu re ta~ao por experimcntar usandu os matcrinis pnipnos Je \.tldc1 tecnica . Cuntcut.los relaciunados como fa to de saber a\'aliar esse materia l (papcl, cartulina, tcl.l, etc.) e lt lili7ci-lu corrctamcn te tambem estarao prcsentcs

• C.llll/tt'CtiiiL'II /(lS flll'l'IIJS

- Dcscrl\'olvimen to motor suficicnte para a manipuJa~ao Jas tesoura5 e ulensilioc; adequadus para a tccnica tla colla~e.

- ' I er trab,,ll~cldll as n~t'IC~ cspnci<~is topoltlgicns e pwjctivas. - L '\crciclCl da perccp<;iio rewnhecendo e criando form<~s, rasgando,

corlanJn, recllrlanJo e colando no papel. - Cunhccinwntu doc; t•lcmcntos visunis e plnsticos: lin has, forma, cur,

ll'xtura. Cunht.>cimcntu da ar lt.' como meio dl" connmica,i'lo e dns di\'crsas furmils l'\prt.•-.sivac;.

Page 18: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

• Allt'tdndes de t:IISIIIO/nprclldiznsem A hknica tla colln,'<t' bac;;eta-se na utilinu,i.lu ot• difNcnlt''- tipn" Je papclliso

e com textura, ac;c;im como tlc dafcrcnlec;; Aramalurac;; e poru.,tdi!tk'S, aptos pnra ser colados sobre um supurtc lilmbem de papcl o u de nulro m,tlcri.ll

Para uma boa realtzac;au, c;era neu~s<oJrio tlispor de doac; ulcnc;rl ios c.,c;;enua ts: a tesoura eo pincel. Tambcm nccec:;sataremoc; tic cula adcyut~tla p<llcl cada la po de papel

A tesoura deve ter uma lflmina arrc;>tlundada e" uutr,, l'lll punta. ()~Mus devem ser asc:;imtilrrnts pclltl poJt•f rnlruduzir 0., dt•dn.,tOilllllioli1H'11lt•, ol (rm de maneja-los com f.Ki I iJ<u.lc. Stw., J i rnt'n'>fll''> o'><..i I<~ rJu pt•lo., 11un P·' r.1 "" n lt•rwres e pelos 16 em para o c; maiure'>.

0 pincel de ccrdc1S ue\ c 51:!r t.lc 2 em de IM~U ra 1\ coin dew ~cr tlc lei U I use ou latex vinilico, ma lNi<li'> clUt'lllldUUS pur '-Ucl lmnspM(•nd.1 I' portllll' llclO m.tn­cham. Serao utili7.adassc~untloo gram<~tura ea porosid«Jc du pupcl (p<lr<l u papcl fino e poroso cunvcmu"i.l' <l coin de cciH iosP, e para a carlnlinn eo p<~pel.1o , a de latex vinflico).

As primem1s proposlas tlcvcra<l scr mutto claras, JU CJUC:', ale llue nao se domine uma t<knica, e neccc;,.nrio Jisciplina, pacienaa e extg~ncta. 1\sc;im, pois, uma ativitlade de aprenuizagcm tccnica, a" vezcs, toma forma tlc exercicio pensado para ajuJar a cunheccr as caratlcrfc;ltcas uu malenal e tlas habalidades que decorrcm de scu contrulc

I. Rasgar papel jornal (papel purusu) cum a" mil us tlblcnJu fmntt1S au .1caso: - Obscn•ac;iio dao; bnrdns do pnpcl msgudu (barb.ls) - Prcpara<;auda cola de celulose. Pfn rigua f'm um potc e<~crcstenln reo Ia

poucu a puuco ('nllllantn <;(' Viii mi'iturando r "Pt'rilr llliC lt1111C llll1a conc:;ist(mna nemusa.

- Pac;;sar cul.1 "obrt• rnanchnc;, com u pmccl, prm ur.1ndu dl•axar toda a superfictc umida. C..olar subrc papel branco uu culom.lo Observar o qu(' ncontccc trilnc;parcncia, superficies

- Manipulac,.c\u aUClJIIilda Ja., fcrramt'nt.ls, <Habamt•J1lo u11aclo IJe\ eraser cxigac.la, desdc u pri.ndpiu, uma bu.1 t''L'llH,·iiolccnka.

2. Rcalizac;Ju Je wn ll!ma. 0 papel sPn1 tl ifl!renle ,,n do cxcrcllill nnlt•rior: papcl tla C..hina ou Jc revista. l'odt"-se propur ,, rca liz.tc;iio de uma composi~ausimetrica uu assimt!trica,com ri~ur<1s gcomctrilils 13nclmtrar os valores em bra nco e prelo OLI em cor.

3. Composic;iio de urn tema realis ta (por exemplo, uma pais<~gcm cum o primeiro,o scgundocutcrcciroplano). Utiliz<~r papeis lisosecom textura.

4. Composic;ao onde o lema SC'Jil a harmonia de cor. Podcm-se im.orporar elementos da natureza, cumu folhns de plnnlas, etc

Com a llJUda do profec;sor, o al u no dcscnvolvcra a ct~paciJnde intuitiva, ma .. tamb<.•m •• d<.• rl•t~lit.l";'io, t• utallz.lf,i cllllh.h p.n-.l p aupor qucsloo" econ,.truar( om nu,·nc;; clt•mcntoc;, amp I it~nJo-t~c;; t•conc;;c ,Jtda ndo­as para tlcscnvolvcr scu pcnsamcnlo

( PMu .lttAll.\1 11.\R l~ l.t>N 1 LULX.'IS I'R<.X:l'DIMt:NTAIS EM Aut" 97

RECRIA<;OES

Entendemos pur rccriil~;;u u pmu~ssu de revisiio, explicac;ao e construc;ao de ideiils uu imagens cum form.1s no,·as c difercnlt'!-. as da primeira versao.

As rccria,ues partcm tla ubscn "'-Jo Je uma tlbra e lhe dao urn novo perfil, mediante novas lingua~cns.

Con..furme as scnsac;ocs rcccbiJas pelo artista, a obra dara mais enfase ao valor plastico ou ao tematicu Assim, pur cxemplo, pode prevalecer a textura ou ,, <"<lr uu a c;;m lC'li:ta~no dac; formas ou Jtl "'mbol ismo, etc., sobre de uma tematica rcaiLc;t,t. C..tuno c'l'ntplu, pod<.•-st• tit.u A~ 11/l'lllllas, Jc Velazquez, tluc fl,ram rccriadns pur JtVl'rMIS tlltic;tas, t•ntrc tlS tlllats se destacam Picasso, l 'Equip Cr(mica, Manulu v., ldes l' Gt•or<.' Cundu.

lmparl tincia de sua npreutlizngem

As cxperiencius de urdem motoro, La til,' isual e Hsica silo o fundamcnto da imoginac;ao. Exercita-las desenvolve a sensibi lidode da crianc;a, au men to a capa­cadade de comprcensao e reafirma as faculdades de ~flexao, a memoria, a invcn~aO,tl julgamenlo e a capacidade de relacionarcom Ludo o que isso significa desde a" perspcctivac; atuais de de,.envolvimenlo cognilivo e criativo.

A ev<liLH,."31:.l da imaginas-aul' da lOmpreen,.ao tlctcrmina na crianc;a a evolu­c;ao tle sua expressao plaslica t', portantu, dus problemas que de,·e resolver. 0 funJamenlo da imaginil<;fill e a l''Cpcril'ncia \ iv ida.

A cr ianc;a tern n<.'Ccssitlatlt• de comunicar essa experiencia, necessita e'pres­S<H-sc porquc dcst:.'j., sc idcntaficar em scu nlt'iu, u que faz. med_iante difercntes tt!cnicas e rnntcriais.

Pod e-sc diL.cr yuc esse lipu de all\ idade, na medida em que sao trabalhadas a linha, a cur, a Lextura, etc., csl.'l esttmulanduuma intelig(mcia qualitativa dirigida il cnac;ao, puis organiznr csscs elementos de forma com que scjam cxpressivos c;ignifica llUe foi tumoJa antes, uma serie de dec1s6es inteligentes. Nesse sentido, poJt>mos dizer tlue aumcnta i1 capaddade de apredar formas visual mente e criar uulras novas.

Tais aptidf>es acompanhnm a alfabeti7al)ao arlfstica, ja que a sensibi lidade exige uma ft1rma~au arlislica aJcqunda, com um<~ atilude reflexiva e aberta, para o llue e precisu criar si tua<;oes (avoraveis. /\s recriac;oes permitem invesligar processos ttknicos pMlicu lurcs, uportunizamlo realizar obras origina is, possibili ­lando a flucncia de idcias, o ferecendo p luraJidade de respostas, capacitando pilra a sintese criativa eo lalenlo. Nunca o aluno deve se sentir Jimitado, mas, pelo coni nhio, estimuladn a cxprcssar su<:~s idcias. Dn informac;ao recebida e assimila­dn pclo aluno dcrivar-sl·-ci o 1 ('Suit ado ttk nico e expressivo.

Crrw e fipo tie fiJirCIIIIiZ.t18''"' 11 alcturrnr 110 cusiuo J~tutfameu ta l

- Snbl'r nlha r, uhsC'r\.U, vcr, comprecnder, analisar, discr:imini'lr, c:;intt~ tizar· u1r, IUJ nM c t•spa,o.

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' .

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Lúcia Almeida
Highlight
Page 19: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

98 ANTONI ZABAI A

- 5er capaz t.lt• criar, irwcnl.n ~ilu.H;f>c~ nov.1s ,, ~Mrllr Jc viven<.i~.1s, com uma aliluJc renexiva l' CriliLa, rl'Criar l' lran'iforrnar illhl~CnS.

-Saber cumpree.nJcr. U()~<tnit.M .l~ rormil!>, as CIIICS C 0 cc;pilC,U, qucr t.liLer, conhecer oc; clcmcnlo.., da linguagcrn pl<i.,lrca L' vrc;unl, assim como <>ua sinlaxc

- Conheccr a!> eslruluras compn~itrvac; b.ic.icns. - Conhecer obras rcc.riadac; no munt.lo da arlt.•

Liulurs gerais tin seqiic11citr tfc npre~~tlizag,•m an /ou:;:o do e11siuo

Os passu~ <tuc dcvl•m !>Cr ..,cglllduc. no lral>.~lhu pt~dcm ..,L'r U!> ..,cguinlcs.

- hculhn do rnnlcrral ba..,rw (qlr,ldro) ldt•fllifil...lc,.iu. islu c, lom.1da de dccrsao n partir Ul'""c m.lll•ri.ll

- Analise c dccompusi-.ao dU'; l'lt.?rnento ... llliC l) inlegram: rormars,

(

hisl<,ricos, iconogrMicos, etc - Anali.,t• dos dados obtrdos A partrr daqur se cscolhc o processo

criativo, seja o uso de umn linguag~m mn-n, uma mwa urdcmH,.ao dos elementos, ou o interesse porum aspcctn em especial, l'lc

- Uma vcz obtidos Lodos os dadus c tomndn um<t tll'ci~.io, escolhe-sc o mciu para realiLar a all\ tdadP

• Expcrimenlac;ao l' rcall7nc;5u de esboc;vs. \ l'riliLcH;au c rc.lli/ac;ao da obra pcssonl

- 0 proccso;o de rl'trrac,.w 'i('glll', pors, until tr.ljdc'lri<l pcrCl'p<;flll Ja Jll1ilgcrn. compn•t•rl<;iio, lllll•rprt•L.l\,111, triclC,oHI l' t•xprl'"'iclll.

- A., rcc r in<;ut •o.; cst.Hl prulu nda nwnlt' lllU11J'tlfc1d,lo.; cHI prun•s<o< 1 ren I de p(!fl t'pl,"i10, pt'll 'irllllt'ntoc• cll,oltl.

Umn seqii€ucin de eusiuolnprputfizagcm

• Nird 11111 •'t'riado l::.sse Lipo de composic;ocs relllll'r urn cun lwcimt•nlu Ju., clcmenlo!> pl.istkos

e de sua sintaxe, clSSim como urn n•rto grolll dl' l.clJ'IiiCidadl· dl.' clb-.tra~,au. A<:ontc-cerl\, pols, a eartlr da 4' scric. -

$e 11a0 fOJCnl bern trabdlhado .. OS ObJCti\'OS nrltlll ai. l' cHllSIJLil'i, ~er<i JHfciJ cbegar a bons nivcis.

Devcrao ser oferecidus mcwc:; as uianc;a-. par., t.]llt! pu~"''m explorar e transmitir scus pcnsamentoc; satr.,latonamcnle.

• ObJCI wos ll'[Cil'llt ims - Pcrceber us ubjclivoo, "l'gundu '<tl<l c<;lrtrllrr.l t• fo1111tl, a partir da

explora¢cio '>cnsurral - Descrever rmag~?no.;. ,,n,ili 'it.' do-. ,.l,•rnenlll" ccmll'rlu<~r-. l' 'I'>Ui1io;: o

plano, 0 volume,() csp.l<;o . ., linhil. cl lcllllhl, a cur, ck

CoMo r R.\OJ\u ri\R us CoN r Eur>os PRocmiMENTArs tM A!JLI\ 99

- C<lptar a imagcm: OS C'lemcnlos ronnais e iconogrMicos. - Rt•prL'Sl'lll<lr rurrna., ~cumelrica., c urg.inicas. - Snbcr rclacionnr difcrcnles formas planasou com volume, levandoem

conta sua meJidn e proporc;ao. - Elaborar cumpllSi<;oes relacionando entre si: forma, espac;o, cor, etc. - Cri<1r ror mas realistas e abstratas, transformando as imagens subjeti-

' a., em imagens objetivas e vice-versa. - Utilinrr ns ferr.1mentns e us matcriniR corretamenle. - l l'l inicindu pmccssos de invcslr~ac;ao pt.•o;gt)ill. - Ulili/ar lccniL;'lS de dcscnho, pintura e CCIIIII~e.

• Ltlllft•rtdll~ umuitr1111~ e atlfttdmnis nssaundos Cunn•i l un is - Conceitos bcisic..os de plastica (o plano, o volume, o espac;o), assim

como os elementos visuais (linha, rorma, cor, etc.). As possibilidades combinat6rias desses c sua exprcssividade.

- Conceitos espacrais Lopologicos, projelivos e metrkos, em d uas ou lres dimensoes.

- Rcpre..c;cntac;ao Je objctos, de plantas e da figura humana. Atitudinais - Interesse pur e'perimentar c mostrar criatividade e origina lidade nas

proJuc;oes. - Aprecia<;ii\) do nmbientc artrsticn t' sensibilila<;ck1 pMn com ns mensa­

gens visuilis e scus proccdimcntus

• CoHill'< 111/c'IIIO!i Jlrh,ios - S<tber olhar, observar, perccber. - Utili1.a<;ilo da mcmt>ria visuaL - Duminio dos conceitos espaciais topol6gicos, projctivos, n~6es de

medida na representa~ao das formas em suas produc;aes. - Ulilizn~ao da linguagcm plaslica para expressar suas vivencias. - Conhecimento da organiza~ao de fom1as bi e tridimensionais em urn

csp.,c;o dt.'tcnnlnndu. - Realiz.ac;fio de pn,Juc;oes pessoais e criativas.

• 1\ I ividades tie t'llsi nu/apreml iZtl}{l!/11 0 fa tor mais importantc Je nossa era c o desenvolvimento do potencial

imaginativu da crianc;a eo cnfoque expressivo. A aproximac;iio n <lbr<t artistica (observa-la, percebe-la e analisa-la) pemlitir­

lhc-a descobrir as pussibilidadcs J<:rs fcrramentas, dos materia is, das linguagcns artfsticas. Estimulnra a busca de novas meios de criac;ao.

r.,ercicinssobrc uma obm conhecida (1\s /1/l!llilltJ~. de Vehizquez, ou qualquer uutra).

Page 20: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

100 A'>~ll>'lll L·\BAIA

Estabelecer mouific..:u;:oes tflll! rmplilJUem mudanc;as nu tempo hlstorico (pur cxemplo, a roupa, u., pcrsunagc·n~, us mm cic;, u C'ili lo, elc.).

2. Substituir os elemcnloc;, lJlll' formctrnu lt'mil prinup.tl cJ,, ubra manlendo o seu reslanlc intacto, sl•j,t bu.,c.mdo cunlr',1sll•'> uu m.ixrm.:t inlegra~ao com a intcn~ao fin,,l

3 Mudnnc;a total da lingu.tgem. C. om a iljud<t do profc.,-.w·, o .tl uno dl'.,l'll\ olvc•r ,i ,, capacidaue

in lu ilr va, mas tambcm a d(• 1(•,11 i/.ac;ilo, ~ .t~ u lrlr,r.uir p.u a pro pur ~tuesl6es c• cun<;truir usando novo., t•lt·n•t·••lw., arnpli.tndu-,•~ l' um-.ulidando-as para dcserwolvcr .,,,,, cognil,'•"'·

OUSERVA(.AO

Define-se observarcomo "ulhar ,,tl'ntamenle" t\ luila!-. .tprcnd i1-agens basei­am-se na observa~ao. As inforrnac;u<!S<JUC rccebemos pel a rcrn•p".io fi\.:am retidas emnoc;samcntc,epodemos ulih?tt l<tsdirctamenldollwr /IMc'r )ou indirelamen­le (memoria/relcnth·a). A aprem.Jvagcm bascada na ohscr\ac;iio nos pcm1i tcusar as faculdaucspcrccpli\ ao;Jc•umn fnrmil globCJI, n~o frilgmcnl.u ril nc•m dcscuntinua.

A apr!!ndvagem b;tc;eada naub<.crv.1<;<io no.; condu/ ,, unl.l rd lex.io sobre a J1t'rn'/lr;t1CI. [Sta e CUnSidt•ra (UillU urgilni.l,\~iio c;ognrti \',1 J,,._ Sl'flScH,ot''> llllf.' tmpJrca cunscienlr7ar-c;e de um objl'lu ~xtca iur cujuc; d.1Jus n:n·bl•mus mc•diantc nossa cxperienciil.

Us psicologus da Ct•sl.1 It C'>lud.l lcllll cspcciilll 111.'111l' cl l't,lflllll r.t .. ;lu Ju lilmpo pcrccpllvo (psiculogia di! lornh1), w11.,ic.lerandn il nw,,iu dl' lonna uti eslrulura como um lodo rcprcscntati\ u de rcl.1c;ocscnlrc uscslimulosc.ls rcspm.las. 0 valor de coda elcmc11 to csltl dctl•rm an<tdo pur sui1 pa rlki pa,.io no c.:onjunln e i nlc~rado nelc. SO cxisle em func;iio do pilpcl qut• represenla. lssn nus mosl ra que seria inutil analrc;arc;eparadamenlc oo; dclalhcs d<~qurlu lJUC lt•m uma unidadc natural (melo­d aa, par sa gem, figura). Nenhuma fum;au pudeserexerdda o;cm qucscJam afetadas as func;oes vizinhas, A eslrulura c global

As sensac;oes Jamais sc u&~o isoladamcntc Existc• uma tnlcrac;ao entre clas. A sensa~ao, como suporte da rmaginac;.io, pcrmtle chcgar a obscrvac;ao rcflcxiva, analisar o que se observn e, mcd iantc a cxreru~ncia pcs.,o,tl, lmns(ormar o mundo real, o muntlo da exprcssao, po1 mCHl Jilo; rmagens.

Alem da percepc;ao, esti1o n<; lcmbram;as (memoria) t' a rmilgina~ao, que permilem cxpressar formas e imagcns no campo da arlt> m r u<t llknka.

Importducia rle sua apremlizngem

A importancia do cstudo do con lcudo pnx:cdimcnt.tl "obc;t>r,·ac;5o" (unda­menta-se em que muitas aprcndrzagcns da area visuill, c p l.l.,lrtas cstilo bascadas na percep~ao/ obc:en·<~<ilo

CtlMll I R·\RAL 11AR ll'; CllNifUIX.'S l'ROU.I.llMENTAIS EM AULA 101

Net campt) da rcpre-;cntac;ao p lastka, a pt?rcep<;au da a crianc;n o primetro cunhecimcnlu d<, ambte11le. F.ssa informa<;an pussibilila a represenla<;ao, que Yai evoluin~l o a mcdidn l)tl<' a ai:mc;a muda .

A praticfl possibrlila a expcrimentac;au l' a upera li vidaJe, p otenciali7ando e cslimu landon cu a iusidndl• por ncwosochadosquc !he permitam estabelecer novas correlac;i'l~s c coml>inil<oftcs qu<" deem Iugar a compusic;oes criativas. Esse poJer combin.tll'trio pcrmitc• nnvns interrrclac;ocs ctue nos conduzem a exprcssao e a comunica<;illl.

A c:on'>l nr,.iu dt• ,,l~u novo 'il) l! poo;sl\·cl il pat tir de infomtac;oes e conheci­mentus pn?\ ius c, nc.,.,c c;cntiJu, tanto a pcrcepc;au como a obsen ac;ao sao de grande impurt.lncia .

Graue liJJU tie apret~tlizagem ao lougo do eusi11o fmulameutal

Os Lipos de aprendizagem que os alunos devem alcanc;ar ao lerminar o ensino fundnmcntal em rclac;ao n ubservn<;ao sao:

- Obs~rvarcum alent;aooespa~o imcdialo,a fimdedescobrirelenwntos uu nmjuntus de elemcnlcls Je interesse artislico especial.

- Abstrair c.Jc um c<lllJUn lo (imagmc\rio, representad o 011 rent) aqucles cnm poncnh.•s b.\~itos que dall cunteudo, personalidade e estilo a urn

tcxto plastico. . . - Dt:'lecl<tr os C'lcmentos \'isuais dominantec; que partrculanzam um

ubjctu: lonna, tcxlura, core tamanho. - Rc<tliznr de tun modo si ntctico (upontamenlos) algo obscrvadu. - Sclcdonnra::; partesdeum conjunlocm func;aode uma inlenciona lidade

detcrminnJa. - Octcctar visunlmente as varia~oes cromMka que se produzcm dentro

de um t:onjunlo, dlferenciando as causas que as provocam, e interprela­lo pcssoalmcnte

- t;clec.tunar as partesJc um conjuntocm fun~ao de urn a intencionalidade dclcrmmada, especialmenle aquclas re{erentes as artes plaslkns.

Liulurs gerais un seqiiiucin de apreurlizagem flO lougo do eusiuo

No ilem de cducn-;ao sensorial e cslrulurac;ao da imagem, devcr-se-ia observar a srguintc lrajeturia ao Iongo do cnsino flmdamental:

- Explorac;5o do ambiente. - Qbo;crva<;au direta das formos. - Explurn,Jo c;ensoria l de materiais e objctos. - Observa<;au direla a partir da v1sta c do lalu A forma, a cor, a te,tura,

a linha, a c;uperffcie, o volume. - Obscrvn<;iio da luz e de1 sumbrn

Page 21: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

- Jden t i{ica~iio uu cunlr.,.,le t•ntn• hill' sorlllH,l "''" lormas do L'"P"~n. - Experimcnl<H,<io com ;1 hr/ l.llllltlt'll•rnt•nlo dd111rdur do' u lunw - Obscn a~i1o dirt•ta de tnntun to<; dt• c•lt•nr~.·nloo., - Observ.1c;ao inJrreta dc IIIMgl'll" du ambicntt•. - [.,trutura gcometrica mll·rn,l. - Obscrva~a(l inc.lircta c.lt• cunjunto ... de tnlerco.,o.,c olrlr...IH II e'ipcci.ll .

Seqiieucin de eusiuolnpremliwgem

Na sintcsc dus g r iJrH..Ic"' blocn" de lllllll'lldoo., rt• l,lliclll,ldns Ulll1 u-. urnlcti~lus procedimenlais, nbst•n n-'iC'

- A perrep\.io' rc;ual. -A ubserva~.10 dircta l' 111drrclil de formils t' rnl<lgt•no.,

A descrr,aotlt• umt1 set]i..iimcitl dt• ensi no/nprend ingern rderir-se-;i lluniu<~­de diJatica: Estnrlur<~c;iiu da imagcm Perccpc;ilu' i!:.llil I A f1um,, Nos5ll descri..;ao refere-se a pcrccp\<'i(l \ rsual , mab c<;pl'frcr f.lt.mlcntc .w 1.1to dt• pf.l..,llhlr !>inlet il.<~­mente, mediante apontamcntoc;, algu lflll' foi obsen t~Jo.

• Nft•t•lllJ'I'I'flrllldll Esta unic.lade podt•r~<l o.,cr tlco.,cnvuh id.1 a pn rtir d,r r;·• •-w ri~.•.

• Objetivo!:> n1rn•11r IIll o;

Pnra eslru tu rar, mcd ian le oc; <1 pun til mt•n to._, Jt•\'l'llil rn ~cr ub.,l!n Jdils o" scguintcs ubjellvos diJaliw'>.

- Dcteclar a c"'lrutura rnll·rn.l dl• lllll.l t11mpu<; rt,.in - Rccunhecer a cunfigur.-u,.w )!,l'CIIlll'lrica {CO.,l(Ul'lllil Ucl'> rurm.1~). - Repn.>sentar diferenles grJU'> dt> iwnic.:id.tdt• dt• llll1Ll imagcm (s,1ber

transforma- la).

• Co11teridus co/lceillltris e alilrtdmm.,.assurindos - Conceituais

- Percep~an "J<,u<Jl da forma - Localiza,au c.la fur mil lcvilmlu em conta as no<;ocs cspncims pruJcll" as

(adiante, atnis, csquerda, dircita, acrma,cmlMi>.u) c mclncas. - Concrc9ao da forma. - Rela90CS inter·nas e exlcrni'IS geraJas rctos ubjt•lo<; - Estrulur<u;ao dil lrngu<lgcm - Comumca~•io vrsual. - Elementos de rela~au. A wmpo-.rc;ao A ~.utturll da imagcrn Sctorcs

comunrcativus. - Alituc.linais

- Seguran9a nas propriab alividades gr5fit.as. - Interesse pur cxpcrimc•ntnr

- lnlt•re-.sl' porsaber. - Aprt'll·lt;ol\1 u.1S 11Hll1ilt•sln<;(l($ ilrtistic.:as.

• Crlllllr'l illlt'/1111' /'n'i'IClS

/\u pmpor o tcn1o1 da ubscn .lt;iio. l''il<1 implrctltl c\.lminar: - ll,ibilus de o.,isll'maliz.H,ilu. - <..onhccrmenlos da cornp<H",l<;an e busca de diferen9as. - I J,ibitus de l1bscrvar ubras de nrte.

• , \ I illirltrdl's dt• t'IISi 1W/11Jirt'llri i <..ll,~t'/11 5uJ!.errmtlS u ... p.1sso" ,, St!~uir pi1m alcnnc;ar us objctivos aos quais nos

prupuscmos. - Sclt•t·ionnr: cscolhcr um objt•lu adequm.lo (simples, sem detalhes).

AnillisM: obscrvar Jelidamcnte o objelo pcrcebido. 0 segundo passo scni nna lisar Pcla observa9i'io minuciosa c.lo objeto em questao perce­be-'ie n forma, a medido," textura c a cor, assim como a locali7<l(;i'\o no espil!lU, que auxilia na poc;teriur rcpresenln\au. _ .

- Est.1bck-ccr rela,ocs: com prewar as medrd<~s cas propon;oes. V cr se ha si met ria uu nao. E ,. itlen Iemen te que na ana I ise cstabelecenms rcla<;oes de pmpnn,Jn, meJidn, si nu~tria que, tal cumu dissemos, ajuda il situm u tlbjl'lonu esp<u;o, c.:unsidernndo us ci'<os qut' os cv~figuram. .

- Cumpnrar: silu6-lu no espat;o levanc.lo em cunla os e t>..os t[liC u conir-

gur<llll. . . . - Rep• cscntar: sinteli7ar lnrrnas (~eumctn~tu) Fmalmente, P~'dena-

mn"' smtctizar ns fnrm.1s observadas e re.11i1ar a represent.l~Ju de uma

C.:lllllJ"'USI\iltl

I I a puss1bilidnJes de serem propostas atividadcs difcrentes, q ue podcriam

sc rderir a obscrva~au dirclo:

- LJcsenhar o objeto tal como sc ve a partir de oulro ponto de vista. - Repelir u modelc.l proposhl mudando-u de posir;ao. - Fazer diferentes estuc.los de s(ntese Ja forma observada. Cada uma

del asteria u ma seqliencia para chegar a um resultado qut> fizcsc;e com que OS afunOS renetisscm.

MEM6RlA VISUAL

A mem(ma e uma £aculdac.le psfquica, por mcio da qual retemos c rewrda­nws as imagens d ascoisas vic;tas (memoria visual), o~l\:idas e ~s ideias aJqu~rid~s.

At::. vczes, Jistingue-se ent re lembran~a e memorra consrderando a pnmcrra como a to d e lcmbrarea segunda como capacidade, facu lJadeou fun~i\o ~?sfquic.:a.

Sc~undo Ot•q;sun, a mcm6ria rode ser de repel~c;ao Oll r~presen tah~·a. l:ssa ultimn nns Lt>nduL ;,s image> mcn lab. Segunc.lo Pra~et, ex1ste um., c..IJfcrcn9a

Page 22: 2.A. Zabala - Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula

104 ANI!lNI ZAD ... I.A

entre percepc;ao e imagcm Ltlljthmlt• .1 JW• u•p<;an 'il'rtil u '\ ullht•ltmt.•nlo Jus objetos que resulta do conlato dirt'lo c.:om clcc;", .1 tnwgc.:•m (rc.:•prc-.t•nl,l\iill uu imaginac;ao) e "a evocac;oo dc ... ..;po.; ohjt•lP'i l'l11 '>Uil clll'>l'llli.l '' A lll1clgl'l11 llW11lal seria, pois, a interior iLac;an da ill I\ 1d.1dt· percept I\,, ljlll' dt•ri\ ,, do tonhc.:•umcnlo sens6rio-motor

Piagct cntcndc a imag<•m <.nnw 11111 in-;t nmwntu dP l nnhL•d nwnlo que .1tua nus pruccssoc; opcrab\O'>, Ul' modo tjlll' .1111bo<> ">L' mmllftt.lllll' ..,,. nunplcnwn lam no tranSCUfSO UU Ue'iCnVOJ\'IIlll'11lll I ugllili\'11, lurn,llldll Jlll"'>l\'t•l, ,1-,...,im, II C.:Oilhl'­cimentO c a ac;ao aJuc;laJa <>ohH· ,, rt•,•lid.lllt

A imagem c.:urrcspundc illllJlll! pmlt•rl.111111., ch,mMt "n ''"'JWtln ligumlJ\ o do conhecimento" lntC'rviri;un 1111J'I<II <·.,.,o, .lt(• ( hcg.11 ;, lllMgt·tn nwnl.ll ,, 1w n q"~­c;ao, a obscrva<;ao, a reJ;H,Jo, 0 Jlllg,lllH!IllO, a cl n,\Jbc L' i1 'iilllC.,l'.

Imporlilucin de S llcl tiJlremlizagelll

A mcmunn e UJll fa lor Jt.• n•nhcumentu muiln impmlantc no rrucesso dc ensino/aprcnJt7.agem, ja tllll' pcrmtlt.• u tili/ar as expl'rl<.'llU·l" .llltl•riore-.. ampli­anJo conhecrmentos e fan>rc<:cndu a informat;an rctic.J,,

Pur 111CIO de Jh Cf'ii)S pruces .... u .... (obo.,en cli,;clll, anali"l', l'l.lbur.1,.lll, l'lc.) que desenvoln~mos em difercntes ali\ ic.J,lde~ Je aprcndizagem .,au-nus ulcrccida" mulllplas informac;C>cs que ampli<~m nossos conhccimclllo'> t' ftcam n•tu.las na mente, que as acumula grac;as J nwmor1a

A CclJMcic.Jac.Je d e rctcr" d<> te(.ordar nan lt'tll um t''iiJlll'll "' p 1l'fi \adu, scmao que se podc mod i fica r por i nll'rn1l~d 111 prot <'"sn l'd uu1 t 1 vo

Grtru e tipo de apt'eudi :agcm a c;c n l call('tH' tW lougo rio £'11Sillo f rwda mcu l t1 I

() tipo de aprenJiLagem, em relat;ao cl ll\l'1110fia \ ' f<;tt.lJ, lJUI'I)S c1llll11lS Jt.'H~'m aJcanc;ar ao lcrminar U CllS1111l fundamental c·

- I embrar-se das gL?ncra l•c.J<~dcs da formil oho.,t•n ,,d a t• pnder ec;tnbe ll'LC'r rclac;oes, tanto em nivcl t•xpcnmcntallJUalltu culllfl,ll.

- Utilizar arlisticarncnlc a mem6rin c <1 rctcnliv<1 . • Oetectar as relac;oes (moJific<t~;<>cs 'isuais) entre a fo1 ma rt>al e suas

imagcns ou formas rcprl''i<.'ntaJas. • Aplicar a memoria \'I'>Ual nil r<.•presenta<,;au da<, fui111.1S ob<ot>f\ auas. · Representar os c.JJfcrcnlcs grauc; Jc ic:oniddade dt.• lllllcl im.lgcm. - Analt'ia r uma imagern rcladonandthlt.Oill cl fUIIC,tllllJlll'l.:ttmprc (I ipo

de mensagcm) · Ulili7ar a mcm(1r1.1 \ ISU.lll• ,, n•tcnlivil pat.l ~l' t.•xprl•ss.u Lum nnugina­

<iln • Moo;lrar p redt'>po...,ic,c~o pt~r.l rt.•.JII/,Ir pl.lstic.lmcnh• '1"•1kJUL'r uJcia

interessante

t"llMll I'R \II \Ill \R ,,.. (.O'III lf)ll'; PR!X.EDIMF!'>ITALS IM AULA 105

1 iufws gem i s tin S£'qiicuc:ia de apre11d i:ngem tro Iongo rio eusino

No item dt! cducnc;nn sensnrinl c t•strutum.;iio da imagem, deveria ser ubst.'n ada a scguinle lmjeluria at' lt>ngu du ensmn prima rio, no que se refere a mcm<·•ri,l ' isl1c1l·

· 1\.ll-mot i/<l~.w 'isuall' rchmtl\ a do ambicnte. - u~o d.l l))l'fllOrlil \ isualc del rcll'll l iva na obscrva~ao de formas. - A pllc.:,l<;,,n d.1 nwmonil "i"ttill na tt.•prt>st.•ntac;ao de form as obscrvndas. - 1\.h~ lllllllhl~··HI due; 1,1105 l' \:Urrentcs c1rtistiCOS universais.

U111n St'tJii€ncin tic L'llsiuoltrfJI·e,di: trgem

A Jc-;cnc,Jode umu sequencia dcensinn/npnmdizagemreferir-se-a a uniJ a­de didiltica 'Tduta~iio st•nsoria l e estrutura<;flo da imagem: forma e ambicnte".

• Ntl'L'i tll'llll'' wd11 [sltl lllllliiH.lt.• podcria ser UE:'Sel1\ (.llviLia a p.utir da s~ serie. Na smtesc dos

~rt~ndes blotu'i do" conteuJus rcladunaJus cum os procedimento._, ob~en a-se: - i\ memoria visua l e a retenti\ a. - A di,.tm(flu e a relc:u;ao entre formtlt.' inltlgcm.

• 0/ljl'l it•os n•fi•n•llt ;,;._ Na estru lu r.,\.11 1 d,, im.1gcm, dcverillm scr ubscrvadas us se~uin tes objclivos

did,ltH;tlS

- Olh.1r .1tcnlamcntc o 0bjcto visualt.' rt•ter ns formas obst•rv.ldt~s. - An.1lisnr n.o" objctos os elementos p lasliws. passando do ni\'cl ~lobal

<hll'Spt.•uftCn pari! lembrar O'> Ut.?t;~Uw-; tlUC o configuram . - l{eprc~l·ntar, ficlmcnlP "' Jp mem<lria, urn clemento ou conjunto de

dcnwnh•s cl partir dt? uma observnc;ao limitada no tempo (rclentiva) - I ransfllrmar uma Jeterminadil rcalidade fazendo usu da imaginac;~o. - Dominar n llnguagcm plcistica. - IJcscobrir manifcsta<;6cs culturais, tanto populares como os fatos

art1sticus.

• Ccmlclltftls C<IIICI'IIIttlts t' nlil11di11nis ,,sso.:mdo~ - Concei luais

- Memt•ria visual c retentiva. - Rt.•prc<>t•ntat;.1o das formas obscn•.1d.1s - 0 ambit.>nl<.• L' .1 artc.

0 mumlu cultuml c a• hslico pnl\unu. Alitudin.1is

· l' rl•dispusit.."ln para observar u - lntt•n•sst> p<'ln cu lturn.

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• Ccmllect/1/t'IIIOS prtniu.~

Q procetJimentO "mcmon.l \ ISUclJ" e Ill IIIlO uliJiLcldll 1\il l''iUlJCl, dcsdc as primeiras series. I embrcmn., de que,, cri.m<,il Jt•<;t•nh,, "u tJlll' sa be das tnisas", e 0 fa7 de memoria. fsc;a facuJdadc e imllspcns,l\ d ll<l hora dl• n.•ali.tM a nbra plaslica. Por meiu de prupu-.tas cspt~dfic,h, l~tim u l,1-~e c put em ,,,1 ih1-SC ,, memO­ria \isual Portanto, 1!\ercicio-. que deem -.upwlc a mcmt1ria silo ,1bsulutamente neccssarios. AIE~rn diss.o, de\'c-c;e tl'r dnminin Jus rc•rrJnwnlas l' ulensilios para trabalhar, de\ c-se cunheccr a lingu.1gcm plrislllcl par.1 rC'nli.r.u tiUl'lJUad.unenlc o que -.e pc•nc;a ()ll <,c im.lgin.l, dc•vt· '>l' dc)llllrt.lr Cll'"P•li,Cl de• H'Pfl'"l'lllcll,iill, l' e um bom cxcrdcio de mcmc'Jri,l v<,ltu.IM dilt'l'l'llll'' uhr;h de• .1 rlt• .

• ltlnncfmlc•., de• t'II Siiiii/11/II"L'IItfl :::rtgt'l/1 Sugct UllCI'> a lgllll'> pcl'>SO~ piH cl ,, k.tn,.u ll'i ul>JI'I i \"(,... JH uposlus·

- Sclcuonar csculher llll1c1 forma Ju,1mb1cnh.> (M\ ore) a rim de realiz;ar uma obscn a<;ao.

- Analisar: .wali.,ar as pc1rlc~ tJUe lomr<'u~m ulodo. - F.slabelcccr reli1<;6es: comprovar c15 mt'd 1das, propor<;ocs, relm;oes.

Ver c;e ha '>Jmctna ou n.lo. - Comparar· silua-la no C'>pa~o lc\ ii iH.Iu em cunlc1 os eixos que a confi­

guram. - Memurizar: relcr toduc; os ac;pl•ctc1c; dt' cunfigura<_ao do objeln (arvure

e seu ambicnle) Podcriam ser pmposlcl'> oulrus ext•rudoc;, la1s ~omu:

- Dcpois de Jcsenhar o iHnbit>ntc> tnimclit:nmenlP, dcscnhnr t lln <~mbi­cnlC.' imag1nann.

- I ·azcr u m c-.1 uJo, de lllCil1(1ri<~, l'lllli iH • ,, ,i rvwt•ll\llll'll.lll!'fOI mod,, pur

mc1u tiC.' uma s111lcse