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Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy [email protected] - 9782

ComercialPaulo [email protected]

Redação Érica BarrosThaís Façanha [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Bravos Comunicaçã[email protected]

InternetDarcy Jú[email protected]

Circulação e Assinatura Christiane Galusni(19) 3241 9292 [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expediente editORiALProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

estão matando, literalmente, a galinha dos ovos de ouro

Tem gente que não percebeu, mas a avicultura é a verdadeira galinha dos ovos de ouro do Brasil – econômica ou social-mente falando.

Geração de divisas, por exemplo: em 2008, para alcançar a mesma receita cam-bial da carne de frango, foi preciso expor-tar volume três vezes maior de petróleo, quatro vezes mais soja em grão ou, ainda, trinta (!) vezes mais minério de ferro.

Internamente, a avicultura possibilitou, no último quarto de século, que os brasi-leiros mais do que dobrassem o consumo de carnes. Uma contribuição social que ganha ainda maior realce ao se constatar que o nível de emprego do setor no cam-po supera o de todas as montadoras de automóveis instaladas no País.

No entanto, a “intelligentzia” político-

econômica continua a ignorar o setor. Li-teralmente, mata a galinha dos ovos de ouro. Porque os antolhos não lhes permite enxergar que a carne de frango é o segun-do produto com maior potencial de evolu-ção do agronegócio brasileiro. Aliás, é o primeiro entre todos os alimentos, pois potencial de expansão maior no agrone-gócio só o do álcool de cana, o etanol.

Detalhe: não é a avicultura quem diz isso, mas um órgão do governo federal, a Assessoria de Gestão Estratégica do Mi-nistério da Agricultura, cujas projeções para os próximos 10 anos são matéria des-ta edição.

Senão a matéria, as projeções da AGE/MAPA precisam ser urgentemente avalia-das pela “intelligentizia”. Antes que a “ga-linha” morra de vez.

EventoA cobertura do VII Congresso de Ovos da APA

Perspectivas A carne de frango e o potencial de evolução da agropecuária brasileira

Produção Animal | Avicultura 3

Eventos ................................................................ 04Notícias Curtas .................................................... 07Postura em Foco ................................................. 17AviGuia ............................................................... 34Associações ......................................................... 36Portfólio Aviguia ................................................ 48Classificados ........................................................ 49 ESTATÍSTICAS E PREÇOSProdução e mercado em resumo .......................................... 38

Alojamento de matrizes de corte ......................................... 39

Produção de pintos de corte ................................................ 40

Produção de carne de frango ................................................41

Exportação de carne de frango............................................ 42

Disponibilidade interna de carne de frango ....................... 43

Alojamento de matrizes de postura .................................... 44

Alojamento de pintainhas comerciais de postura .............. 45

Desempenho do frango vivo no mês de março .................. 46

Desempenho do ovo no mês de março ................................47

Sumário

18

Ponto FinalO Programa Nacional de Abate Humanitário(STEPS)

Ciência AvícolaAnálise da vocalização

de pintinhos é nova forma para avaliar

bem-estar

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Eventos

4 Produção Animal | Avicultura4 Produção Animal | Avicultura

2009

Abril

2 a 5 de abril Fenafrango - Feira Nacional do FrangoLocal: Parque da Efrica , Passo Fundo, RSRealização: Sindicato Rural e ACISAContato: (54) 3311-1300Informações: www.fenafrango.com.br

27 a 29 de abril AveSui Regiões 2009Local: São Paulo SPRealização: Gessulli AgribusinessContato: (11) 2118-3133Informações: www.avesui.com

Maio

11 de maio Curso Internacional de Produção AvícolaLocal: Raleigh, Carolina do Norte, EUARealização: Universidade Estadual da Carolina do NorteInformações: http://www.ces.ncsu.edu/depts/poulsci/interna-tional_course.htmlE-mail: [email protected]

17 a 20 de maio 25º Simpósio Internacional Alltech de Saúde e Nutrição AnimalLocal: Lexington, Kentucky, EUARealização: AlltechInformações: http://www.alltech.com/symposium E-mail: [email protected]

25 a 28 de maio 21º Congresso Brasileiro de Avicultura e Conferência APINCO de Ciência e Tecnologia AvícolasLocal: Pavilhão de Exposições do Centro de Eventos FIERGS, Porto AlegreRealização: UBA, ABEF e FACTAE-mail: [email protected] / [email protected] Informações: www.uba.org.br/congresso21.html /www.facta.org.br

Junho

15 a 18 de junho Pecnordeste Local: Centro de Convenções, Fortaleza, CERealização: Sebrae/ FAEC/ SENARContato: (85) 3535-8006Informações: www.pecnordeste.com.br

Julho

17 a 19 de julho 50ª Festa do Ovo de BastosRealização: Sindicato Rural de Bastos Local: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SPContato: (14) 3478-9800

20 a 23 de julhoEncontro Anual da Poultry Science Association (PSA)Local: Raleigh, Carolina do Norte, EUARealização: Poultry Science Association Informações: www.poultryscience.org/psa09/

Agosto

19 a 21 de agostoAve Expo 2009 & III Fórum Internacional de AviculturaLocal: Mabu Thermas e Resort, Foz do Iguaçu, PRRealização: Editora AnimalworldTelefone: (19) 3709-1100Informações: www.aveexpo.com.br

Setembro

3 a 4 de setembro Simpósio Goiano de AviculturaLocal: Castro’s Park Hotel, GoiâniaRealização: Associação Goiana de Avicultura (AGA)Telefone: (62) 3203-3665

Outubro

6 a 9 de outubroXXI Congresso Latino-Americano de Avicultura e Avi-mundo 2009Local: Centro de Exposições PABEXPO, Havana, CubaRealização: ALA e Associação Cubana de Produtores Aví-colas (SOCPA)Informações: www.avicultura2009.com E-mail: [email protected]

21 a 23 de outubro8º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e NutriçãoLocal: Balneário Camboriú, SCRealização: ACAV (Associação Catarinense de Avicultura)E-mail: [email protected]

27 a 28 de outubroFórum Nacional da AviculturaLocal: BrasíliaRealização: UBA e ABEFE-mail: [email protected]

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Eventos

6 Produção Animal | Avicultura

O 21º Congresso Brasileiro de Avicultura acontece entre os

dias 25 e 28 de maio, no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS. O evento, promovido pela UBA, ABEF, FACTA e FIERGS, celebra a união inédita das principais entida-des nacionais do setor avícola, jun-tando a 27ª Conferência FACTA, tradicional evento técnico-científico brasileiro, e o Congresso Brasileiro de Avicultura, até então realizados separadamente.

Com a união, o evento terá um novo formato composto por pales-tras técnico-científicas e político-empresariais, apresentações de tra-balhos relecionados ao Prêmio Lamas e uma grande exposição comercial.

Outra novidade é o contato que está sendo feito com os principais organismos nacionais e internacionais da área para a realização de reuniões, transformando o

maior evento do setor em um gran-de encontro da avicultura mundial.

As palestras serão apresentadas simultaneamente, podendo acon-tecer em quatro diferentes auditó-rios ou ainda em um teatro.

A inscrição varia de acordo com o interessado: pesquisador, mes-trando, doutorando, pós-graduan-do, professor, pesquisador, aluno de graduação, acompanhante e congressista (os que não se enqua-drarem nas demais categorias).

O pagamento deve ser feito por boleto bancário ou cartão de crédi-to (para inscrições antecipadas, realizadas até dia 8 de maio). Caso ultrapasse a data limite a inscrição

deve ser efetuada no dia do evento. Para mais informações acesse: www.congressoavicul-

turabrasil.com.br.Segue abaixo a programação geral do evento:

21º CBA e Conferência FACTA promovem um único evento

25/05 – 2ª feira

8h- Abertura do credenciamento 9h às 17h- Apresentação oral do Prêmio Lamas´2009

14h às 17h- Mesas-redondas político setoriais 18h- Cerimônia de abertura do Congresso – Prêmio FACTA e Homenagens da UBA

19h- Abertura da Feira no Pavilhão de Exposições seguido de Coquetel

26/05 – 3ª feira

8h- Credenciamento9h às 16h- Simpósio sobre Produção de Ovos

9h às 13h30- Congresso + Conferência FACTA (palestras técnico-científicas e político-setoriais)

11h às 18h- Exposição Avícola

27/05 4ª feira

9h às 13h- Congresso + Conferência FACTA (palestras técnico científicas e político-setoriais)

11h às 18h- Exposição Avícola 19h- Festa de Confraternização

28/05 5ª feira

9h às 13h30- Congresso + Conferência FACTA (palestras técnico-científicas) 11h às 18h- Exposição Avícola

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Produção Animal | Avicultura 7

Notícias

As mais lidas no AviSite em março

A notícia mais lida no AviSite em março mostra os percentuais de utilização do poten-cial instalado pela avicultura, indicando que o setor corre o risco de enfrentar o menor nível de utilização dos últimos 10 anos. O receio de isso acontecer deve-se ao fato de que, no primeiro mês do ano, apenas 79% do potencial instalado foi utilizado.

A matéria discute os meios artificiais utilizados pela avicultura para neutralizar a sazonalidade de consumo e minimizar os problemas da “baixa temporada”. Neste ano, por exigência da crise econômica internacional, o setor fez (e mantém) a sua “entressafra do frango”, já que desde novembro de 2008 a produção de pintos de corte vem apresentando contínua redução. Mas isso precisa ser feito sempre, ainda que as perspectivas sejam as melhores possíveis, pois a queda de consumo em todo início de ano é inevitável.

O texto comenta a decisão da Pilgrim´s Pride em desativar pelo menos três das 32 plantas processadoras de frango até meados de maio.

As unidades afetadas estão localizadas em Douglas (Georgia), El Dorado (Arkansas) e Farmerville (Louisiana) e em-pregam aproximadamente 3.000 pessoas ou 7% da mão-de-obra da empresa.

A quarta notícia mais lida no AviSite comenta que. além de atuarem na sua área especí-fica, as integrações têm comercializado aves vivas (frangos e galinhas), pintos de um dia, ovos férteis para incubação e ovos férteis para consumo humano. Quer dizer: em vez de em apenas um, estão presentes em cinco diferentes segmentos. Com a agravante de que dis-põem de experiência comercial apenas na sua própria área, o que torna algumas dessas ações verdadeiro desastre.

O texto comenta o motivo pelo qual o mercado continua fraco, mesmo havendo forte redução na produção. A questão, segundo a notícia, pode ser entendida através dos “franco-atiradores”, representados pelo criador inte-grado cuja integradora reduziu a produção ou, simplesmente, fechou as por-tas. Sem outra opção, torna-se um criador independente. Mas como nunca comercializou sua produção, sai atirando a torto e a direito, ofertando o pro-duto aqui e ali.

Ociosidade da avicultura, em 2009, pode ser a maior dos últimos 10 anos

Tem gente que ainda não entendeu “o espírito da coisa”

Pilgrim´s Pride deve desativar pelo menos três de seus abatedouros

Economia faz produtor avícola enfrentar concorrentes inusitados

“Franco-atiradores” também retardam revitalização do frango

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8 Produção Animal | Avicultura

Notícias

A tabela apresentada ao lado eviden-cia de acordo com dados da Asso-

ciação Brasileira de Produtores e Expor-tadores de Frango (ABEF) a posição dos 30 principais importadores da carne de frango do Brasil em 2008, segundo o volume importado.

Adicionalmente, os dados mostram a posição desses países em relação à recei-ta cambial proporcionada – um bom indicador do tipo de produto (frango inteiro ou cortes com maior ou menor valor agregado) adquirido. Assim, por exemplo, embora tenha sido, em volu-me, o segundo maior importador da carne de frango brasileira em 2008, Hong Kong proporcionou receita que o coloca na quarta posição. Opostamente, a segunda melhor receita foi proporcio-nada pela Holanda, cujo volume impor-tado coloca o país na quinta posição.

Por fim, o quadro revela que pouco mais de um terço (11 países) dos princi-pais importadores da carne de frango do Brasil se encontram, também, entre os 30 maiores importadores dos EUA.

Exportação

Os 30 maiores compradores do frango brasileiro em 2008Dados são da ABEF, segundo o volume importado

BRASIL Os 30 maiores importadores de carne de frango em 2008

MIL TONELADAS

POS1. PAÍS VOLUME POS1. PAÍS VOLUME

1º 1 Japão • 422,2 16º 14 Iêmen 51,4

2º 4 Hong Kong • 415,3 17º 15 Omã 50,4

3º 3 Arábia Saudita 400,4 18º 18 Angola 47,3

4º 5 Venezuela 316,6 19º 24 Cuba 32,8

5º 2 Holanda 245,3 20º 19 Espanha 28,1

6º 6 Emirados Árabes • 208,4 21º 26 Romênia 26,7

7º 9 Kuwait • 163,6 22º 20 Coréia do Sul • 21,5

8º 7 Rússia • 158,9 23º 27 Congo • 21,0

9º 12 África do Sul 147,4 24º 21 Egito 20,9

10º 8 Alemanha 109,4 25º 23 Barein 19,4

11º 11 Cingapura • 75,6 26º 28 Turquia • 15,9

12º 13 Catar 64,8 27º 25 França 14,9

13º 17 Jordânia 58,5 28º 22 Canadá • 14,4

14º 16 Iraque • 56,0 29º 31 Rep. Dem. Congo 13,7

15º 10 Reino Unido 54,0 30º 32 Tadjiquistão 11,0

REPRESENTIVIDADE DOS 30 MAIORES

No volume = 3,286 milhões/t = 90% do total

Na receita = US$ 6,382 bilhões = 92% do total

Fonte: ABEF – Elaboração e análises: AVISITE (1) Os números da segunda coluna indicam a posição do país segundo a receita cambial;

(2) Os onze países assinalados (•) estão também entre os 30 maiores importadores (em volume) de carne de frango dos EUA.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério de Desen-volvimento, Indústria e Comércio, Welber Barral, realizou

reunião com a ABEF para discutir as regras que regulam os 30% das cotas no sistema “first come first served” para ex-portações destinadas à União Européia.

Na ocasião, o secretário anunciou que o sistema de proto-colo dos pedidos de embarque para o bloco se daria por meio eletrônico à partir do dia 1º de abril. Essa é uma forma de garantir acesso, em igualdade de condições, para todos os exportadores habilitados a vender para a Europa, além de dar maior transparência a todo o processo.

Exportação II

Habilitação de cotas para União Européia se dará por meio eletrônicoRegra regula os 30% das cotas no sistema “first come first served”

O Secretário de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Kroetz,

anunciou a abertura do mercado da Argélia para as exporta-ções de frango cozido. Os certificados sanitários estão dispo-níveis no ministério.

Durante o encontro, Inácio Kroetz confirmou também que foi retomado o processo para a abertura do mercado na Indonésia e comentou que o governo da Malásia manifestou a disposição de enviar uma missão ao Brasil para inspecionar frigoríficos e dar andamento ao processo de abertura desse mercado.

Exportação III

Novos mercados para a carne de frango cozido brasileiraEstá concretizada a abertura do mercado da Argélia para exportações

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Produção Animal | Avicultura 9

A Instrução Normativa nº 8, do dia 11 de março, assinada pelo Ministro da

Agricultura Reinhold Stephanes, aprova o “Método Oficial para Determinação dos Parâmetros para Avaliação do Teor Total de Água Contida em Cortes de Aves”.

Entrando em vigor no dia 12 de março, a Instrução Normativa ainda

estabelece que os métodos serão adota-dos pelos Laboratórios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agrope-cuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. A nova Instru-ção pode ser conferida na íntegra através do site da Imprensa Nacional: www.in.gov.br.

Legislação

MAPA tem novos parâmetros para água em cortes Instrução Normativa estabelece métodos em relação ao teor total da água em cortes de aves

Anexos que integram a Instrução Normativa nº 8

I - Método para determinação dos parâmetros para avaliação do teor total de água contida em cortes de aves, propriamente dito;

II - Método para determinação de umidade;

III – Método para determinação de nitrogênio total.

C itado em comunicado divulgado à imprensa no final de março pela

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Ministério da Saúde, o (sem dúvida desconhecido de boa parte da avicultura) Programa Nacional de Monitoramento da Prevalência e da Resistência Bacteriana em Frango (PRE-BAF) está sendo desenvolvido desde o início desta década, quando a ANVISA baixou a Resolução RDC 13/2001.

Pois nesses anos todos a ANVISA vem atuando, nacionalmente, em torno do PREBAF. Tanto que já concluiu a Fase

I do Programa e, inicia agora a Fase II, na qual pretende “desenvolver e im-plantar metodologias nos laboratórios de saúde pública” para respaldar os trabalhos envolvendo quatro microorga-nismos - Salmonella spp, Enterococcus sp (ambos já analisados na Fase I do PREBAF), Listeria monocytogenes e Campylobacter.

Para conhecer alguns resultados obtidos pela ANVISA na Fase I do PRE-BAF: http://www.anvisa.gov.br/alimentos/aulas/i_seminario_regulado/prebaf.pdf

Saúde Animal

ANVISA e os aspectos microbiológicos da carne Programa de monitoramento está sendo desenvolvido desde o início desta década

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10 Produção Animal | Avicultura

A través da Resolução nº 211, de 10 de março de

2009, o governo da Rússia definiu os mecanismos

para o cálculo das quotas de importa-ção de carnes que serão alocadas às empresas locais neste ano. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) a distribuição des-sas quotas está baseada na mé-dia importada

entre 2005 e 2007 e aloca pequenos

volumes para as empre-sas que, em 2008, efetu-aram importações extra-quotas.

Analistas locais obser-vam que 2009 pode ser o último ano em que a distribuição das quotas se baseia no volume impor-tado nos anos anteriores: afirmam que o governo

avalia a possibilidade de unificar os cál-culos para todos os tipos de carne e acrescentam que outros parâmetros devem ser adotados. Justifica a medida (que altera procedimentos mantidos desde 2003) a constatação de que mui-tos importadores, buscando assegurar suas quotas de importação para o ano seguinte, acabam correndo ao mercado externo e efetuando importações acima das necessidades – próprias ou do mercado.

Produtores e mercado de carne, por sua vez, acrescentam que, se vier mesmo a alterar os padrões de cálculo vigentes, o governo russo estará “matando dois coelhos numa só cajadada”: evitará, de um lado, o “rush” ao mercado externo e importações muitas vezes desnecessá-rias; e estará, do outro lado, protegendo

não só os produtores, mas também os importadores, pois as compras exagera-das deprimem os preços internos, com prejuízo de todo o mercado.

Coletados junto ao World Trade Atlas, dados do USDA indicam que no ano passado a Rússia importou perto de 1,340 milhão de toneladas de carnes avícolas (essencialmente, carne de fran-go). Desse total, cerca de 14% (169,4 mil toneladas) foram importados do Brasil, o que faz do País o segundo maior forne-cedor do mercado russo. A liderança, como se sabe, é do produto norte-ame-ricano, com 70% das importações russas.

Nos dados divulgados, o USDA tam-bém mostra o valor dessas importações, o que permite chegar ao preço médio do produto fornecido. E o que se cons-tata é que, com o valor médio de US$1.741,47/tonelada, o produto brasi-leiro foi o que alcançou melhor remune-ração, superando em 58% a média geral e em 77% o preço médio obtido pelos EUA.

Notícias

Quotas

Rússia deve alterar sistema de importação de carnes a partir de 2010País pretende mudar procedimentos mantidos desde 2003

Mercado externo

D ados do USDA indicam que pros-segue, na avicultura de corte

norte-americana, o processo de redu-ção na produção de frangos iniciado no final de 2008.

Assim, nas 11 primeiras semanas de 2008 o volume de ovos incubados para a produção de pintos de corte sofreu redução de 7%, enquanto o volume de pintos de corte alojados

apresentou queda pouco superior a 6%.

Note-se, aqui, que os dois índices deveriam ser quase similares e o volu-me de pintos alojados também deveria estar próximo dos 7%. Mas isso não vem ocorrendo porque houve melhora nos índices de eclosão, que subiram de 81,65% em 2008 para 82,49% no mesmo período de 2009.

Avicultura de corte dos EUA continua em retrocessoEm 2008, volume de ovos incubados sofreu redução de 7%

Brasil foi o 2º fornecedor de carnes avícolas da Rússia em 2008

Este pode ser o último ano em que a distribuição de

quotas se baseia no volume importado

nos anos anteriores

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Produção Animal | Avicultura 11

A constatação de presença do vírus H5N1 em uma ave silvestre abatida

por caçadores foi considerada caso absolutamente isolado pelas autorida-des sanitárias alemãs. Por isso, nenhu-ma medida especial preconizada para ocorrências do gênero foi adotada no país.

O achado, porém, não foi casual e mostra a eficiência do programa de monitoria desenvolvido na Alemanha. Assim, como parte desse programa, que envolve também as aves silvestres, amostras de sangue foram recolhidas de 35 patos e quatro gansos canadenses abatidos durante um evento de caça realizado no dia 10 de janeiro de 2009 nas proximidades do lago Starnberg, na Bavária, sul da Alemanha. Um dos patos apresentou ligeira positividade para o vírus A da Influenza e, nos testes subse-qüentes realizados no laboratório de referência do país foi confirmada a

presença da cepa H5N1 do vírus da Influenza Aviária na amostra colhida. Isso, em 6 de março de 2009.

Após essa confirmação, as autorida-des veterinárias locais desenvolveram as necessárias análises de risco, concluindo que é mínima a possibilidade de disse-minação do vírus para a avicultura co-mercial, o que dispensa a adoção das medidas de proteção e vigilância sanitá-ria recomendadas para esses casos. A decisão foi ratificada pelas autoridades do país e aprovada, inclusive, pela Co-missão Européia (CE).

No entanto, as autoridades alemãs vêm sendo duramente criticadas (inclu-sive pelos meios científicos) pelo grande lapso de tempo decorrido entre a coleta da amostra e a confirmação da infecção – quase 60 dias. Pois se à época da coleta o vírus já se encontrasse dissemi-nado, hoje toda a União Européia esta-ria dominada pela Influenza Aviária.

Influenza Aviária I

Alemanha considera caso de H5N1 em ave silvestre como “de baixo risco”Autoridades afirmam que é mínima a possibilidade de disseminação do vírus para a avicultura comercial

C erca de 15 dias depois de ter reaber-to parcialmente seu mercado à

carne de frango e demais produtos avícolas da Alemanha, o Centro de Se-gurança Alimentar (CFS) de Hong Kong anunciou a ampliação da abertura a toda a Alemanha, sem restrições.

Em outubro de 2008, logo após as autoridades sanitárias alemãs terem notificado a detecção de caso de H5N1 na região da Saxônia, o CFS declarou embargo total aos produtos avícolas alemães. No início deste mês, conside-rando que a Alemanha havia adotado todas as medidas pertinentes e o vírus havia sido controlado, o CFS reabriu parcialmente as importações, limitando o embargo apenas aos produtos avícolas

provenientes da Saxônia. Este último embargo foi suspenso na semana passa-da e, assim, estão reabertas todas as

importações de origem alemã.Em uma mesma semana, Hong Kong

suspendeu totalmente os embargos incidentes sobre dois países exportado-res – Tailândia e Alemanha.

Isso interessa ao Brasil na medida em que Hong Kong se coloca entre os prin-cipais importadores de carne de frango brasileira. Em 2009, conforme a ABEF, Hong Kong foi, em volume, o segundo principal destino da carne de frango do Brasil - 415,3 mil toneladas, 11% das exportações do ano. Já a SECEX/MDIC indica que as exportações para Hong Kong propiciaram ao País a terceira melhor receita cambial da carne de frango - US$563,5 milhões, 9,68% da receita de US$5,8 bilhões apontada pelo órgão do governo federal para as expor-tações de carne de frango in natura.

Hong Kong reabre portas a toda avicultura alemãApós Tailândia, Alemanha também tem comércio avícola liberado

Em uma mesma semana, Hong

Kong suspendeu totalmente os

embargos incidentes sobre dois países exportadores –

Tailândia e Alemanha

Influenza Aviária II

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Informe Publicitário

12 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 13

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14 Produção Animal | Avicultura

Empresas

D e acordo com informações divul-gadas pela Bloomberg News, a

Merck& Co. acertou a compra da con-corrente Schering-Plough por US$ 41,1 bilhões.

Com a operação, a Merck prevê a redução de custos de cerca de 3,5 bilhões de dólares anuais após 2011. As receitas combinadas das duas com-panhias em 2008 somaram US$ 47 bilhões.

O presidente-executivo da Merck, Richard Clark, vai comandar as compa-nhias, com os acionistas controlando

uma participação em torno de 68%.Já a Gazeta Mercantil divulgou que

a Sanofi-Aventis pode comprar a parti-

cipação da Merck na Merial, um em-preendimento voltado para a saúde

animal em conjunto com a Sanofi. “A Merial é uma companhia extre-

mamente interessante e se tivermos a oportunidade de aumentar nossa pre-sença no setor de saúde animal vamos ficar felizes”, afirmou Chris Viehbacher, principal executivo da Sanofi.

Segundo fontes da Gazeta que não quiseram ser identificadas, o executivo considerou fazer uma oferta pela Wye-th antes que a Pfizer oferecesse US$ 68 bilhões pela companhia, que tem sede em Madison, no estado de Nova Jersey.

Nova aquisição

Merck acerta compra da concorrente Schering-Plough Sanofi-Aventis pode comprar a participação da Merck na Merial

Compra aumenta ainda mais a concentração

no setor

O Valor Econômico divulgou que a Marfrig quer deixar de ser reconhe-

cida como um frigorífico e se posicionar como uma indústria de alimentos. Para aumentar a presença nos freezers do-mésticos, a empresa - que tem as marcas Bassi, Mabella, Pena Branca, Quickfood, Montana e Da Granja - investiu na quali-

dade e reestilizou a identidade visual das embalagens.

O Valor segue afirmando: Para reche-ar o portfólio, a Marfrig escolheu come-çar pela marca Da Granja, conhecida pelo Chikenitos. A companhia está lançando mais três produtos: Chicken Filet (empa-nado de peito de frango de tomate seco

e ervas finas); Linha Crunch’s (versão adulta do chikenitos ) e linha Cortes de Frango Congelados, que vem na embala-gem zip-lock. “Estas mudanças também fazem parte do projeto de rejuvenesci-mento da marca. E queremos vender produtos com valor agregado”, afirma Sérgio Mobaier, diretor de marketing.

Diversificação

Marfrig prepara mudanças e começa pelo Chikenitos da marca Da GranjaCompanhia está lançando mais três produtos à base de frango

D e acordo com informações do Para-ná On Line, a Cooperativa Agroin-

dustrial de São João (Coasul) está inves-tindo R$ 150 milhões na construção de um frigorífico de aves no município de São João, no sudoeste paranaense (foto). A unidade deve gerar mais de 1.200 empregos diretos.

Frigorífico de aves da Coasul vai gerar 1.200 empregosInvestimento é de R$ 150 milhões em nova unidade paranaense

Em construção

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Produção Animal | Avicultura 15

N a terceira semana de março, a Sadia assumiu ter iniciado negociações

com a Perdigão para uma possível nego-ciação. Segundo matéria divulgada na Gazeta Mercantil, houve um comunicado postado na Comissão de Valores Mobiliá-rios (CVM), em que a Sadia afirmou ter analisado diversas possibilidades de socie-dade com a principal concorrente, incluin-do também recentes entendimentos para analisar a viabilidade em algum tipo de associação.

Em relação à Perdigão, há fontes dizendo que a empresa nega qualquer possibilidade de negociação, enquanto outras afirmam que embora tenham discutido com a Sadia, não há nada definido.

A possível associação pode criar um gigante com faturamento bruto próximo de R$ 25 bilhões. O rumor de que a Perdi-gão poderia comprar a Sadia começou no ano passado e foi alimentado pela fragili-dade financeira da concorrente.

Sociedade

Sadia e Perdigão assumem negociaçãoAssociação pode criar gigante com faturamento bruto próximo de R$ 25 bilhões

Segundo matéria do Valor Online, a Perdigão fechou o quarto trimestre

de 2008 com receita bruta de R$ 3,576 bilhões, 57% a mais que o mesmo perío-do de 2007. O resultado líquido foi nega-tivo em R$ 20 milhões, contra R$ 98 milhões no último trimestre do ano anterior.

O site diz também que “o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amor-tização (lajida) de R$ 465 milhões, 93% maior que o do quarto trimestre de 2007, foi recorde”. Em relação ao seg-mento de carnes, as vendas cresceram 17% em volumes no mercado interno e 11% no exterior. Já a de lácteos, tiveram aumento de 322% por conta da aquisi-ção da Eleva, em setembro de 2007, como informou Leopoldo Saboya, Dire-tor de finanças e relações com investidores.

O resultado líquido da Perdigão no ano foi positivo em R$ 54,4 milhões, 83% menos que em 2007 ( R$ 321 mi-lhões). O lucro foi bem menor do que o anterior por conta do impacto do câm-bio (R$ 416 milhões) nas despesas finan-ceiras e à parcela do ágio pela compra da Eleva. Ajustado, sem considerar a amor-tização do ágio, o lucro subiria para R$ 155 milhões, segundo a Perdigão. Ajus-tes para reduzir estoques também afeta-ram o lucro, afirma o site.

Faturamento

Apesar do 4º trimestre, Perdigão lucra em 2008Receita bruta foi 57% maior que no mesmo período de 2007

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16 Produção Animal | Avicultura

Empresas

A fábrica da Sadia em Vitória de Santo Antão, inaugurada em 23 de

março, deve gerar em alguns meses 1500 empregos diretos e quatro mil indiretos, além de uma receita adicional de R$ 390 milhões por ano. A inaugura-ção contou com a presença do presi-dente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A empresa inicia a operação na cidade com a produção de mortadela e após o primeiro mês, de lingüiça, segui-da da de salsicha e de lanche apresunta-do. A unidade tem capacidade de pro-dução e embalagem de 150 mil toneladas por ano.

De acordo com informações do jornal Monitor Mercantil, entre setem-bro e outubro de 2008, durante 30 dias, o processo de montagem da fábri-ca foi desacelerado, dentro do quadro da crise internacional, retomando o ritmo normal, após esse período, por decisão do presidente da empresa, Luiz Fernando Furlan.

Esta é a primeira unidade da Sadia na região Nordeste e a primeira do setor de carnes do país a neutralizar 100% das emissões de carbono através do plantio e replantio de espécies nati-vas e matas ciliares. A fábrica terá tam-bém um sistema de aproveitamento da água da chuva usando três reservató-rios, com capacidade total de 300 mi-lhões de litros que será usada na produ-ção e depois tratada e devolvida ao rio.

A unidade tem 150 mil metros qua-drados, com 57m² de área construída. Foram necessários recursos do BNDES nos investimentos da empresa de R$ 300 milhões. O terreno foi doado pelo governo pernambucano, o qual conce-deu incentivos fiscais.

Como alternativa de capitalização, a Sadia colocou à venda o primeiro ativo

operacional: a fábrica na Rússia inaugu-rada em 2007. Após investir cerca de R$ 92 milhões na unidade, a empresa pre-tende levantar R$ 1 bilhão para ameni-zar os problemas causados pela crise financeira.

Apesar de a unidade estar à venda, quando foi revelado que a empresa havia contratado um banco para vender alguns ativos e também uma participa-ção acionária na própria companhia, a Sadia declarou que venderia apenas ativos não operacionais.

A inauguração da unidade foi o primeiro grande passo na estratégia de internacionalização da empresa, proces-sando carnes como matérias-primas do Brasil e abastecendo o McDonald´s da Rússia.

Segundo informações da Agência Estado, a Sadia estaria, no entanto, insatisfeita com o relacionamento com seu sócio russo, a distribuidora de ali-mentos Miratorg, que detém 40% do negócio.

Inauguração

Sadia inaugura fábrica em PernambucoUnidade deve gerar cerca de 1500 empregos diretos

Sadia põe à venda fábrica na Rússia inaugurada em 2007

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Produção Animal | Avicultura 17

Postura em Foco

Novas pesquisas desenvolvidas no Canadá sugerem que proteí-

nas presentes no ovo – mesmo cozi-do ou frito – podem reduzir a pres-são sanguínea o que, em última instância, significa que contribuem para a redução de doenças cardio-vasculares. Ou seja: ainda que paula-tinamente, vai sendo demonstrado que o consumo de ovos tem, na realidade, um efeito oposto à pecha que o alimento tinha até recente-mente – a de vilão do coração.

De acordo com pesquisas realiza-das por Jianping Wu e Kaustav Ma-jumder, a ação de enzimas sobre determinadas proteínas encontradas no ovo podem levar essas proteínas

a produzirem peptídeos com capaci-dade para inibir uma outra enzima, conversora da angiotensina (identifi-cada, em inglês, pela sigla ACE), substância envolvida no controle do volume de líquido extracelular e na pressão arterial.

“O resultado de nossas pesqui-sas mostra que a digestão in vitro de ovos cozidos pode gerar uma série de potentes peptídeos inibidores da ACE, o que contribuiria para a pre-venção de doenças cardiovasculares, aí inclusa a hipertensão arterial”, dizem os pesquisadores da Universi-dade de Alberta (Edmonton, no Canadá).

Os inibidores da ACE agem me-

diante a inibição da conversão da angiotensina I para a angiotensina II, esta um potente vasoconstritor, e, dessa forma, melhora a corrente sanguínea e a pressão arterial.

Outra descoberta interessante dessa pesquisa é que a proteína presente em ovos fritos tem uma ação inibidora [da ACE] maior que a da proteína presente no ovo cozido, fato que, segundo os dois cientistas, pode estar relacionado a diferenças de temperatura no cozimento e na fritura.

Mais informações: Journal of Agricultural and Food Chemistry http://pubs.acs.org/journal/jafcau?cookieSet=1

Alimento é potencial redutor da pressão sanguíneaMais uma do ovo

Ciência

A UBA divulgou em seu informa-tivo que a Agência Brasileira de

Promoção de Exportações e Investi-mentos (APEX) já tem reservado em seu orçamento R$ 2 milhões para apoiar ações de divulgação dos produtos do setor de postura nacio-nal através da participação em feiras e elaboração de materiais promocionais.

O assunto foi discutido no início de março em encontro do Presiden-te da entidade, Ariel Mendes, com o gestor de projetos da APEX, Avay Miranda.

APEX reserva R$ 2 milhões para ações de divulgação do ovo

Oportunidades para postura em 2009

Fomento

Dados da SECEX/MDIC indicam que as exportações brasileiras de

ovos em casca, que vêm aumentando desde o ano passado, permanecem em expansão. Em fevereiro passado, por exemplo, o volume embarcado pelos produtores aumentou 9,42% e alcançou 177.936 caixas.

Mas os efeitos da crise financeira mundial estão refletidos também no setor, que perdeu 14,29% de sua

receita cambial no período analisado. Ou seja: de US$5,058 milhões em fevereiro de 2008, a receita das ex-portações de ovos em casca recuou para US$4,335 milhões em fevereiro deste ano.

A queda, das mais significativas, é devida a uma redução de 21,67% no preço médio do produto. De US$31,11/caixa há um ano para US$24,36/caixa em 2009.

Em fevereiro, volume cresce 9,42%

Crescem as vendas externas de ovos em casca

Ascensão

OVOS EM CASCAResultado das exportações em fevereiro de 2008 e 2009

VOLUME (MILHARES DE CAIXAS)

PREÇO MÉDIO(US$/CAIXA)

RECEITA CAMBIAL(US$ MILHÕES)

Fonte: SECEX/MDIC – Elaboração e análises: AVISITE

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18 Produção Animal | Avicultura

Evento

N os últimos anos, a postura comer-cial brasileira vem registrando

crescimento nas vendas externas de ovos em casca. Em sintonia com esta tendência, a Associação Paulista de Avicultura (APA) aproveitou o VII Congresso de Produção, Comerciali-zação e Consumo de Ovos para prepa-rar o setor de postura para os desafios que virão com a maior participação do

Brasil no comércio internacional do produto.

As palestras abordaram temas como produção, genética, nutrição, instalações de equipamentos, manejo, sanidade, meio ambiente, mercado e comercialização.

O evento contou também com apresentações de Célio Porto, secretá-rio de Relações Internacionais do

Agronegócio, e Paula Santos de Abreu, Assessora do Núcleo de Integração para Exportação (NIEX), que apresen-taram algumas oportunidades para aumentar os embarques de ovos.

Os trabalhos científicos premiados no VII Congresso de Produção, Co-mercialização e Consumo de Ovos vão ser divulgados na próxima edição da Revista Produção Animal-Avicultura.

Nutrição de poedeiras

Ricardo Albuquerque, do Departa-mento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, lembrou conceitos já conheci-dos na área de nutrição para poedei-ras, como a importância das enzimas para uma melhor utilização dos nu-trientes da dieta e para a melhora do desempenho animal frente a dietas de pior qualidade.

O pesquisador apresentou os resul-

tados de diversos estudos realizados nos últimos anos nesta mesma área.

Nos experimentos com medidas de desempenho das poedeiras, a literatu-

ra mostra que o aumento da utilização do P fítico, pela adição de fitase, per-mite reduzir consideravelmente a su-plementação com fosfato inorgânico.

Albuquerque ressaltou ainda que na União Européia, vista como um continente exportador de tendências, a legislação já associou o uso de aditi-vos à redução da poluição ambiental e o uso de enzimas é obrigatório, já que estas têm o potencial de reduzir a ex-creção de nutrientes.

Na União Européia, a legislação já associou o uso

de aditivos à redução da poluição ambiental e o uso de enzimas é obrigatório

◄ José Roberto Bottura, coordenador do

Congresso

◄ Erico Pozzer, presidente da APA

VII Congresso de Ovos da APA destacaDurante evento, produtores e empresários tiveram a oportunidade de reunir in

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Produção Animal | Avicultura 19

desafios para a exportação de ovosformações para aumentar a participação brasileira no mercado internacional

Qualidade da casca de ovo

Alternativas ao uso de antimicrobianos

Integrar para exportar

Em sua apresentação, José Henri-que Stringhini, do Departamento de

Produção Animal da Escola de Veteri-nária da Universidade Federal de Goi-

ás (UFG), destacou a importância do bem-estar das poedeiras e do forneci-

mento de carbona-to de cálcio em ní-veis adequados. De acordo com ele, a energia que a ave poderia gastar na produção de ovos é direcionada para a manutenção do bem-estar, se há al-gum desequilíbrio no ambiente.

Cerca de 95% da casca do ovo é for-mada por carbona-

to de cálcio, que deve ser fornecido à ave em níveis adequados para evitar

prejuízo ao sistema esquelético das galinhas e perdas na qualidade da casca dos ovos. Além disso, quando em excesso, o carbonato de cálcio tem efeito sobre o consumo de ração

José Henrique aconselha a utiliza-ção de até 65% de calcário pedrisco (em grânulo) nas rações durante todo o período de postura (20 a 70 sema-nas) como forma de preparar a gali-nha para o período em que há maior dificuldade para formação de uma boa casca.

Por fim, o pesquisador lembra que nada dispensa as informações relati-vas aos cuidados no processo de co-lheita, armazenamento, classificação, embalagem, transporte e comer-cialização.

Elizabeth Gonzáles, da Faculda-de de Medicina Veterinária e Zoo-tecnia da UNESP de Botucatu, afir-ma que a procura por aditivos alternativos ao uso de antibióticos promotores de crescimento (ou APCs) é atualmente o objetivo dos centros de pesquisas do mundo

todo. Na palestra, a professora dis-

cutiu os possíveis alternativos ao

uso de APCs que possibilitem uma adequada saúde intestinal, impor-tante para a produção de ovos co-merciais, como a utilização de pro-bióticos, prebióticos, simbióticos e fitogênicos. De acordo com ela, o uso destes produtos na avicultura de postura ainda é incipiente.

Lembrando que, apesar do grande crescimento observado nas vendas externas de ovos brasileiros em 2008, o Brasil ainda exporta pouco com re-lação ao que os países compram, Pau-la Santos de Abreu, Assessora do NIEX, apresentou uma sugestão para as empresas brasileiras da área que desejam exportar: a formação de con-domínios rurais e consórcios. De acordo com ela, a grande vantagem

desta forma de integrar produtores é a flexibilidade com a liberdade contra-

tual. Ao contrário das cooperativas,

as responsabilidades são estabelecidas em contrato. Um modelo societário inclui nome e objetivo do consórcio, prazo de existência, integralização do capital, contribuição para despesas, distribuição de benefícios, cláusulas de responsabilidades, formas de dis-solução, endereço e foro competente. Em tempo: o NIEX oferece assessoria jurídica para a constituição de consórcios.

Nada dispensa as informações

relativas aos cuidados no processo de coleta,

armazenamento, classificação, embalagem, transporte

e comercialização

Uso de alternativos aos APCs na avicultura de

postura ainda é incipiente

Formação de condomínios rurais e consórcios é

alternativa para entrar no mercado internacional de

ovos

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Exportação de ovos

De acordo com o secretário de Re-lações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, os principais desafios às exportações brasileiras de ovos em casca são a logística, os juros, que são

mais altos que nos países concorren-tes, subsídios, a imagem distorcida que os produtos de países subdesen-volvidos têm no exterior e atualmente a crise financeira internacional.

Porto destacou em sua apresenta-ção a importância da promoção inter-nacional, que envolve a produção e disseminação de informações, a reali-zação de eventos e a organização de

missões, e da inteligência comercial, que possibilita a prospecção de novas oportunidades e clientes e a identifi-cação do comportamento de poten-ciais compradores. De acordo com o

secretário, em 2008, foram re-alizadas missões comerciais (envolvendo todos os segmen-tos do agronegócio) para Ar-gélia, Egito, Irã, Polônia, Ucrâ-nia, Rússia, Cingapura, Hong Kong e China. Para 2009, já existem missões agendadas e que podem contar com a par-ticipação da cadeia de postu-ra, como as que seguem para Cazaquistão, Uzbequistão, Se-negal, Nigéria, Angola e Na-

míbia, entre outros. As viagens são or-ganizadas em parceria com a Agência de Promoção de Exportações e Inves-timentos (APEX) que tem recursos para a promoção internacional do agronegócio. Célio Porto lembra que a postura comercial brasileira poderia pleitear e participar de um projeto em conjunto com a APEX para a promo-ção do setor no exterior.

Postura comercial brasileira poderia

pleitear e participar de projeto em conjunto com a APEX para a

promoção do setor no exterior

20 Produção Animal | Avicultura

Evento

Ovos Brasil coloca ações em prática

Claudia de San Juan, consultora da MKT-STAT, divulgou as últimas ações do projeto da Ovos Brasil. Após a finalização da pesquisa qualitativa que concluiu que há excesso de infor-mações controversas no que se refere ao ovo, a entidade agora trabalha nas ações de valorização do ovo para di-vulgação de seus benefícios nos pon-tos de venda com foco no consumi-dor. Em conjunto com uma agência, foi desenvolvido um vídeo com dura-ção de dois minutos para divulgação em monitores acoplados em “totens” montados em supermercados de sete capitais. A primeira fase deste projeto já foi iniciada e segue até maio de 2009. Nestes mesmos “totens”, são

oferecidos folders com informações nutricionais sobre o alimento. Com o slogan “Ovos só faz bem”, o material é voltado para diferentes consumido-res como atletas, idosos e gestantes e foi elaborado com a assessoria da nu-

tricionista Lúcia Endriukaite. Os “totens” também serão envia-

dos para as associações estaduais de avicultura.

Supermercados das capitais brasileiras receberam

“totens” para divulgação de informações

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22 Produção Animal | Avicultura

ciência Avícola

A partir do conceito de que a me-dida de conforto térmico para

animais pode ser estimada pela inter-pretação da amplitude e da freqüên-cia da vocalização em condições tro-picais de alojamento, a Professora Irenilza de Alencar Nääs, da Faculda-de de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, conduziu um estudo com o objetivo de identificar e medir a correlação entre o ambiente térmico e a vocalização durante a fase de aquecimento de pintos. Desta forma, seria possível avaliar o nível de bem-estar térmico baseado na medição da amplitude e freqüência de ruídos.

Inicialmente foi realizado um ex-perimento em câmara climática, para se estabelecer padrões de comporta-mento a partir de limites de tempera-tura ambiental. Foram alojados 45 pintos em um box de 2,3 m2. Uma câmera de vídeo foi colocada a 2,0 m

acima das aves e a captura das ima-gens foi registrada em um computa-dor. A partir dos padrões determina-dos no primeiro experimento, foi feita uma avaliação desses resultados em uma granja comercial com densi-dade de aves semelhante, de maneira a possibilitar uma validação. Foram medidas continuamente a tempera-tura ambiental e a amplitude e freqü-ência de ruídos do grupo de pintos alojados durante a fase de aqueci-mento em ambos os experimentos.

Houve uma correlação entre um padrão de comportamento de agru-pamento e a vocalização, medida não somente pela amplitude do ruído do grupo, mas também pelo espectro da sua freqüência. Na etapa de validação observou-se que, mantida a inércia térmica pelo uso adequado de corti-nas, as aves vocalizam menos, coinci-dentemente com a baixa variação sú-

bita de temperatura. Os dados obtidos com o registro

da vocalização de pintos na fase de aquecimento geraram uma extensa base de dados. Um software desen-volvido pela equipe de trabalho, que está sendo patenteado, analisa quan-tas vezes a vocalização fora de padrão ocorreu. Em outras palavras, o pro-grama denuncia em tempo real quan-do há um problema com o lote aloja-do. Já existem granjas comercias utilizando essa tecnologia.

O software analisa quatro itens: fome, medo, frustração e dor, além de gravar, analisar, calcular a intensi-dade no padrão da normalidade e dar o diagnóstico.

Para um profissional que audita

Análise da vocalização de pintinhos é nova forma para avaliar bem-estar térmico Software desenvolvido pela equipe da pesquisadora Irenilza de Alencar Nääs com base na expressão natural das aves analisa frustrações e dá diagnóstico

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Produção Animal | Avicultura 23

uma granja, por exemplo, os diagnós-ticos do software ao longo de um mês podem ser suficientes para dizer se o lote tem bons níveis de bem-estar.

A pesquisadora Irenilza explica que o conhecimento alcançado com o estudo é suficiente para a obtenção de um diagnóstico preciso para pintos em fase de aquecimento. Ela comple-ta: “Já os frangos, nas últimas sema-nas antes do abate, possuem um re-pertório mais amplo e por isso, a

vocalização não é suficiente para defi-nir nível de bem-estar térmico para estas aves. Então, resolvemos estender a pesquisa”.

Atualmente, o grupo multidisci-plinar trabalha no desenvolvimento de uma metodologia para reconhecer padrões de comportamento de matri-zes pesadas, sob distintas condições de temperatura e alojamento, através

da análise de imagens, já que as aves seguem um padrão de agrupamento de acordo com o que estão sentindo. A partir disso, um novo software pode cruzar a vocalização com as imagens e possibilitar um diagnóstico mais com-pleto. Em um segundo momento, a base de conhecimento vai ser estendi-da para toda a cadeia avícola.

Este software é inédito e os resulta-dos desta segunda pesquisa ainda não foram divulgados, o que deve ocorrer dentro de um ano. Os experimentos já foram realizados em câmara climáti-ca. Para o monitoramento, foram ins-taladas câmeras de vídeo padrão RGB, as mesmas utilizadas em vigilância de edifícios. Atualmente, os experimen-tos estão sendo realizados no campo.

“Basta um vídeo, uma câmara e um software para um monitoramento completo e em tempo real, inclusive com diagnóstico”, completa a pesqui-sadora Irenilza.

Veja nas próximas páginas a ínte-gra do estudo conduzido pela Profes-sora Irenilza de Alencar Nääs.

Professora Irenilza explica o funcionamento do software desenvolvido

Para um profissional que audita uma granja, por exemplo, os diagnósticos do software ao longo de um mês podem ser suficientes para dizer se o lote tem bons níveis de bem-estar

Exemplo do comportamento de abrir asas de matrizes pesadas referente ao estudo ainda inédito

Nova Pesquisa

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24 Produção Animal | Avicultura

ciência Avícola

Análise de ruído para avaliação do conforto térmico de pintinhos

O negócio avícola brasileiro represen-ta 2% do Produto Interno Bruto

(PIB) brasileiro e tem crescido por volta de 10% ao ano nas últimas três décadas, além de empregar em torno de dois mi-lhões de trabalhadores (Mendes & Sal-

danha, 2004). Os dados sobre conforto térmico para frangos jovens mostram que o excesso ou a falta de calor durante as três primeiras semanas de vida podem resultar na perda de até 12% do peso da ave, afetando variáveis fisiológicas, como batidas de coração e pressão arterial (Vest, 1997; Hel et al., 1992; Macari et al., 1994; Dozier & Donald, 2001; Mora-es et al., 2002).

A avaliação do bem-estar animal tem sido largamente considerada e algumas das medidas propostas para medi-la são a saúde física, o comportamento e o nível de dor do animal (Moberg, 1985; Barnett & Hemsworth, 1990; Dawkins, 1990; Broom & Johnson, 1993; Borell, 1995).

A literatura existente sobre a vocali-zação animal defende que esta pode ser uma ferramenta útil para a avaliação do conforto animal, já que é uma tecnolo-gia precisa, objetiva e não invasiva (Jur-gens, 1979; Weary & Fraser, 1995; Schrader & Todt, 1998; Mulligan et al., 2002).

Aproximadamente 30 sons distintos já foram registrados entre o extensivo repertório de frangos e galinhas jovens e não jovens (Collias & Joos, 1953; Guhl, 1968; Wood-Gush, 1971; Mills & Wood-Gush, 1983; Zimmerman & Koene, 1998). A metodologia inclui tecnologia distinta para gravação de ruídos, no en-tanto, os dados disponíveis partem fre-qüentemente de padrões específicos fa-zendo comparações entre eles bastante difíceis (Marx et al., 2001). Quando comparando galinhas submetidas à frus-tração alimentar, Zimmerman & Koene (1998) descobriram que diferentes raças de poedeiras vocalizam de formas dife-rentes durante exposição ao stress, e o barulho emitido era proporcional ao so-frimento, alcançando duração superior a quatro segundos. Marx et al. (2001) conseguiram detectar a vocalização da frustração ao isolar frangos jovens em uma câmara anecóica, usada para ate-nuar sons e energia eletromagnética.

Esta pesquisa buscou identificar e medir a correlação entre o ambiente tér-mico e a vocalização durante a fase de aquecimento para pintos e avaliar o ní-vel de conforto térmico baseado na me-dição da amplitude e freqüência de ruídos.

A experiência foi executada em duas fases: primeiro um experimento piloto (A) foi feito em uma câmara com tempe-ratura controlada para monitorar e regis-trar a vocalização de pintos em condições ambientais conhecidas, morno (29-24°C) e frio (23-15,62°C). No segundo experi-mento (B) os resultados do primeiro fo-ram validados através do monitoramento e gravação dos mesmos dados em uma granja comercial.

Executado dentro de uma câmara com temperatura controlada em Campi-nas, SP, com 45 pintos Cobb. Os animais tinham 14 dias de vida e foram alojados em uma caixa de 1,9 × 1,2 m2 com a pre-sença de comedouro e bebedouro ma-nuais na fase inicial. Os dados foram re-gistrados depois que as aves estavam familiarizadas com o novo ambiente por dois dias consecutivos.

Um microfone cardióide posicionado a 0,2m acima das aves e conectado a um computador foi usado para registrar digi-talmente e continuamente os ruídos emi-tidos. Simultaneamente e posicionado na mesma altura, um registrador de dados HOBO® definiu continuamente a tempe-ratura do ar. Uma câmera de vídeo Top Cam®, instalada 2m acima da caixa e também conectada a um computador, registrou quadros de imagens durante o experimento.

A análise da temperatura do lote foi

Autores: Daniella Jorge de Moura1, Irenilza de Alencar Nääs1, Elaine Cangussu de Souza Alves2, Thayla Morandi Ridolfi de Carvalho2, Marcos Martinez do Vale3, Karla Andrea Oliveira de Lima3

1-Unicamp/Feagri - Departamento de Construções Rurais e Ambiência 2- Unicamp/Feagri - Graduanda em Engenharia Agrícola 3- Unicamp/Feagri - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola

Introdução

Pesquisa avaliou a correlação entre o ambiente térmico e a vocalização durante a fase de aquecimento para pintos e também o nível de conforto térmico base-ado na medição da amplitude e freqüência de ruídos

Experimento em campo na sede da Feagri em Campinas, SP

Materiais e Métodos

Experimento A

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Produção Animal | Avicultura 25

dividida em três categorias: aves separa-das, parcialmente separadas e agrupadas.

Os dados do padrão de vocalização foram classificados em três categorias: nenhum, pouco e freqüente. Para analisar o espec-tro de freqüência do ruído, duas etapas de filtro foram necessárias usando os softwa-res Cool Edit® e Audacity®.

Realizado em uma granja comercial de frangos, localizada em Rio Claro, SP, com ventos predominantes Sudoeste. A densi-dade aproximada utilizada foi a mesma no Experimento A, criando 75 pintos dentro de um ambiente fechado equivalente a 3m2 dentro no galpão. Os bebedouros

eram do tipo nipple e os comedouros, au-tomáticos. Já o aquecedor usava gás como combustível. A vocalização foi registrada usando um microfone de cardióide, posi-

cionado acima das aves e os ruídos eram capturados digitalmente a cada minuto e os dados armazenados em um computa-dor. A temperatura foi medida com o re-gistrador de dados HOBO®, colocado 0,2m acima dos animais. Os dados foram gravados continuamente durante dois dias.

A análise estatística dos dados de am-bas as experiências foram feitas usando o método Fisher e processadas com o sof-tware SAS (1992).

As análises da associação da tempera-tura, do nível de agrupamento e da voca-lização dos pintos foram feitas pelo méto-do Fisher. Este método estatístico específico é recomendado quando a quantia de dados é relativamente peque-na, tendo sido muito usado na literatura em condições semelhantes (Beecher et al., 2000 e Wollerman & Wiley, 2001).

O método Fisher mostrou uma grande associação entre a temperatura e o grau de agregação (tabela 1) para o experimen-to A (p < 0.001), em concordância com Vest (1997), Macari (1996) e Moraes et al. (2002).

Com referência à porcentagem de agrupamento e a intensidade da vocaliza-ção, houve uma correlação alta (p < 0.001) entre ambas as variáveis. As aves vocaliza-

vam menos quando estavam separadas e em conforto térmico do que quando ex-postas a temperaturas mais frias. Isso pode indicar que a vocalização é uma for-ma de chamar atenção para uma situação agressiva específica, como apontado por Marx et al. (2001).

A partir do tempo de exposição para os extremos de temperatura foi possível identificar dois níveis de amplitude de vo-calização relacionados ao conforto térmi-co e ao stress térmico. Os níveis de ampli-tude para estas condições (conforto e stress) evidenciaram um padrão similar quando comparado entre eles na mesma condição.

O tamanho do espectro da freqüência do ruído foi classificado através da obser-vação de todos os dados registrados e da classificação dos mesmos como pequeno (500 – 2700 Hz), médio (2700 – 3600 Hz) e grande (> 3600 Hz). O valor atribuído a cada variação foi encontrado ao extrair o menor valor do maior registro usando o software Audacity®. As figuras 2 e 3 exi-bem a análise de freqüência para estas respostas de vocalização para conforto térmico e stress térmico, respectivamente.

Imagens de câmera de vídeo usada para registrar dados do comportamento de pintos na câmara

Experimento B

A partir do tempo de exposição para os extremos de temperatura foi possível identificar dois níveis de amplitude de vocalização relacionados ao conforto térmico e ao stress térmico

Resultados e Discussão

Tabela 1 - Relação entre o nível de aglomeração do lote e a temperatura exposta dentro da câmara climática controlada

Variação deTemperatura

Nível de aglomeração do lote

Agrupado Parcialmente Separado Separado

ºC -------------------------%-----------------------

17 - 23 0 70 30

24 - 29 0 0 100

Figura 2 - Espectro da freqüência do ruído durante o conforto térmico

Figura 3 - Espectro da freqüência de ruído durante stress térmico

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26 Produção Animal | Avicultura

ciência Avícola

Ao analisar a freqüência, fica claro que o stress térmico pode ser detectado mais fa-cilmente por sua forma, como sugerido por Mills & Wood-Gush (1983) and Marx et al. (2001).

Analisando os dados do padrão de agrupamento do lote das aves e o espec-tro da freqüência do ruído usando o mé-todo Fisher, uma correlação estatística (p=0,02) foi encontrada entre as variáveis (tabela 2). O aumento do agrupamento das aves está diretamente relacionado ao aumento da freqüência de vocalização. Houve uma queda na amplitude do ruído quando as temperaturas estavam sob conforto com uma conseqüente diminui-

ção na variação dentro das amplitudes re-gistradas. Por outro lado, quando o agru-pamento do lote de aves se difundia, havia um aumento na variação da amplitude de ruído.

Os dados mostrados na tabela 3 foram aplicados no experimento B. Os dados da temperatura ambiente registrados na

granja comercial dentro da célula das aves apresentaram uma variação de 24.98 a 30.20ºC ± 1.3ºC durante 148 horas con-secutivas (figura 4), mantendo uma cons-tância relativa e mais próxima à tempera-tura mais baixa da manhã e à temperatura mais alta da tarde. Os limites de tempera-tura no alojamento estavam dentro do “li-mite morno”, como mencionado na tabela 1.

Para induzir uma redução na tempera-tura, a fonte de calor foi desligada. Entre-tanto, isso ainda não foi suficiente para induzir a um impacto suficiente no com-portamento da vocalização, apesar de vá-rios autores estabelecerem que mudanças

repentinas na temperatura do ambiente possam levar a mudanças no padrão da vocalização (guhl, 1968; Wood-Gush, 1971; Mills & Wood-Gush, 1983; Zimmer-man et al., 2000). A variação na tempera-tura ambiente não aconteceu de forma repentina já que células protetoras manti-veram a isolação térmica, aumentado a inércia da temperatura do galpão evitando perdas repentinas de calor, e conseqüen-temente um ambiente mais frio.

Dados da pressão do som (dB) e freqü-ência fundamental (Hz) foram aplicados no software Audacity®. A análise do es-pectro é apresentada na figura 5.

As variáveis relacionadas ao ruído fo-ram praticamente constantes durante a experiência na granja, variando apenas no nível de 3%. O registro da extensão da vo-

calização foi classificado como estável para todas as amostragens de ruído. Mesmo aplicando filtro não foi possível achar uma correlação entre a vocalização dos pintos e a leve mudança na variação da temperatu-ra ambiente.

Uma observação visual mostrou que os pintos também mantiveram um padrão normal de distribuição, aumentando as descobertas nas experiências realizadas dentro de um ambiente controlado, a vo-calização normalmente ocorre quando há uma mudança de calor desequilibrada, causando stress em decorrência do calor.

Nessa maneira inovadora de avaliar o conforto térmico de pintos, correlacio-nando a temperatura do ambiente com o comportamento e a vocalização, foi des-coberto que quando as aves são expostas a um conforto térmico, elas têm a ten-dência de vocalizar menos e se manter mais afastadas uma das outras. Confor-me a temperatura cai, a vocalização au-menta até que haja uma aglomeração completa do lote, quando os pintos se es-quentam, e, portanto, reduzem a perda de calor. Neste padrão, a freqüência da vocalização é estabilizada num equivalen-te de exposição ao conforto térmico. A experiência de validação na granja mos-trou que a leve mudança na temperatura ambiente não induziu uma mudança sig-nificativa na vocalização, devido à grande inércia térmica do ambiente em que as aves são criadas.

Figura 4- Temperatura ambiente registra distribuição das aves ao longo

do dia em uma granja de frangos durante o período de aquecimento

Figura 5- Espectro da freqüência da vocalização e a pressão do som na

granja

Tabela 2 – Resultados do teste Fisher em relação à incidência do espectro da freqüência e padrão de agrupamento do lote

Variação do espectro da freqüencia

500-2700 2700-3600 >3600

Comportamento Agrupamento do lote

Agrupado 12 24 65

Parcialmente Separado 28 43 29

Separado 42 30 28

Aves vocalizam menos quando estão em conforto térmico. Quando a temperatu-ra cai, a vocalização aumenta até que haja uma aglomeração completa do lote

Conclusão

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Produção Animal | Avicultura 27

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28 Produção Animal | Avicultura

Perspectivas

Carne de FrangoO produto com o segundo maior potencial de evolução da agropecuária brasileira

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Produção Animal | Avicultura 29

AGROPECUÁRIA BRASILEIRA Projeções de produção dos principais produtos

Classificação segundo o índice de crescimento previsto 2007/2008 a 2018/2019

PRODUTO 2007/2008 2018/2019 VARIAÇÃO

Etanol bilhões l 21,5 58,8 173,5%

Carne de frango mil t 11.129,7 17.443,2 56,7%

Carne bovina mil t 10.382,2 15.512,1 49,4%

Trigo mil t 5.413,9 7.885,9 45,7%

Açúcar mil t 32.783,0 47.338,7 44,4%

Carne suína mil t 3.107,0 4.252,3 36,9%

Óleo de soja mil t 6.156,0 8.405,2 36,5%

Soja mil t 60.072,4 80.914,2 34,7%

Leite milhões l 27.398,7 36.879,1 34,6%

Farelo de soja mil t 24.948,0 33.439,4 34,0%

Milho mil t 58.586,1 73.249,0 25,0%

Mandioca mil t 26.050,1 32.230,4 23,7%

Feijão mil t 3.544,7 4.318,1 21,8%

Batata inglesa mil t 3.614,8 4.111,4 13,7%

Arroz mil t 12.111,7 13.468,4 11,2%

Laranja mil t 18.605,0 20.492,2 10,1%

Algodão mil t 1.564,0 1.569,5 0,3%Fonte: AGE/MAPA 2008 – Elaboração e análises: Produção Animal – Avicultura

Como é costume dizer nas brincadeiras com crianças, ganha um doce quem souber dizer – sem nenhuma indi-cação prévia – qual é o produto que, depois do elogiado e prestigiado etanol, tem o maior potencial de evolução dentro da agropecuária brasileira. Bem... como a “dica” já foi dada no título, só resta confirmar: sim, a carne de frango.

Mas o alto potencial de expansão da carne de frango não se resume apenas ao volume produzido. Estende-se também a um fator-chave para o País: a exporta-ção. E, pelas previsões (que não são apenas de órgãos brasileiros, são, também, de reconhecidas instituições internacionais), o Brasil que em 2008 respondeu por 44% do comércio mundial de carnes avícolas, dentro de uma década será o responsável por uma parcela muito mais significativa do comércio mundial.

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30 Produção Animal | Avicultura

Perspectivas

D ivulgada recentemente, a quarta versão do trabalho “Projeções do

Agronegócio” – atualizado anualmen-te e agora abrangendo o período 2008/09 a 2018/19 – tem como obje-tivo, como diz a responsável pela ta-refa, a Assessoria de Gestão Estratégi-ca (AGE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) “proporcionar uma visão prospectiva do setor agropecuário” e, assim, tor-na-se base para o planejamento estra-tégico do próprio MAPA.

Não são projeções emanadas ex-clusivamente de estudos internos, pois em sua elaboração foram consul-tados trabalhos de organizações bra-sileiras e internacionais. Entre elas a AGE/MAPA destaca a Food and Agri-cuture Organization of the United Nations (FAO), Food and Agricultural Policy Research Institute (FAPRI), In-ternational Food Policy Research Ins-titute (IFPRI), Organization for Eco-nomic Co-Operation and Develop- ment (OECD), United Nations (ONU), United States Department of Agricul-ture (USDA), Confederação da Agri-

cultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacio-nais (ICONE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Compa-nhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Embrapa Gado de Leite, Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e União da Indústria de Cana de Açú-car (UNICA).

Pois foi com base nos estudos e projeções dessas instituições que a AGE/MAPA apontou que a carne de frango apresenta o segundo maior potencial de evolução da agropecuá-ria brasileira na próxima década. As-sim, o maior índice de expansão é previsto para o etanol, cuja produção nos próximos 10 anos deve experi-mentar incremento de 173,5%. Na se-quência vem a carne de frango, cuja produção deve sofrer incremento de 56,7%. E isso significa passar de uma produção pouco superior a 11 mi-lhões de toneladas (volume registrado em 2008) para algo próximo dos 17,5

mihões de toneladas.Nesse quadro, a carne de frango

permanecerá como a principal carne produzida no Brasil, mantendo-se à frente e distanciando-se da carne bo-vina, para a qual é previsto um au-mento inferior a 50%.

Carne de frango: à frente e distanciando-se das demais carnes

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Produção Animal | Avicultura 31

Tendências de produção das três carnesMILHÕES DE TONELADAS

ANO

CARNE BOVINA CARNE SUÍNA CARNE DE FRANGO

PROJEÇÃO

LIMITES

PROJEÇÃO

LIMITES

PROJEÇÃO

LIMITES

Inferior Superior Inferior Superior Inferior Superior

2008 10,38 3,11 11,13

2009 10,99 10,00 11,97 3,21 2,64 3,79 11,52 10,72 12,32

2010 11,44 10,38 12,51 3,32 2,69 3,94 12,11 11,24 12,98

2011 11,89 10,73 13,05 3,42 2,74 4,10 12,70 11,76 13,65

2012 12,35 11,08 13,61 3,53 2,78 4,27 13,30 12,27 14,32

2013 12,80 11,42 14,17 3,63 2,82 4,43 13,89 12,77 15,01

2014 13,25 11,76 14,75 3,73 2,86 4,61 14,48 13,26 15,70

2015 13,70 12,09 15,32 3,84 2,89 4,78 15,07 13,76 16,39

2016 14,16 12,41 15,90 3,94 2,92 4,96 15,67 14,25 17,09

2017 14,61 12,73 16,48 4,04 2,95 5,14 16,26 14,73 17,78

2018 15,06 13,05 17,07 4,15 2,97 5,32 16,85 15,22 18,48

2019 15,51 13,37 17,65 4,25 3,00 5,51 17,44 15,70 19,19

R evistas anualmente, as atuais projeções da AGE/MAPA apon-

tam que a produção brasileira de carne de frango deve aumentar bem mais de 50% nos próximos 10 anos,

o que significa chegar a 2019 com um volume da ordem de 17,44 mi-lhões de toneladas. No limite infe-rior (que se poderia chamar também de “na pior das hipóteses”) essa ex-

pansão seria de pouco mais de 40%. Mas no limite superior - o mais pro-vável frente às potencialidades da avicultura brasileira – a expansão pode ser superior a 70%.

Tendências da produção brasileira de carnes

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32 Produção Animal | Avicultura

Perspectivas

Tendências da exportação das três carnesMILHÕES DE TONELADAS

ANO

CARNE BOVINA CARNE SUÍNA CARNE DE FRANGO

PROJEÇÃO

LIMITES

PROJEÇÃO

LIMITES

PROJEÇÃO

LIMITES

Inferior Superior Inferior Superior Inferior Superior

2008 2,40 0,63 3,62

2009 2,50 2,25 2,75 0,69 0,52 0,85 3,80 3,27 4,34

2010 2,60 2,21 2,99 0,73 0,55 0,91 4,08 3,50 4,67

2011 2,69 2,12 3,26 0,77 0,58 0,96 4,36 3,73 5,00

2012 2,79 2,05 3,52 0,82 0,61 1,02 4,64 3,95 5,33

2013 2,88 1,97 3,78 0,86 0,63 1,09 4,92 4,17 5,68

2014 2,96 1,90 4,03 0,90 0,65 1,15 5,20 4,39 6,02

2015 3,05 1,84 4,27 0,94 0,68 1,21 5,48 4,60 6,37

2016 3,14 1,78 4,50 0,99 0,70 1,27 5,76 4,81 6,72

2017 3,22 1,73 4,72 1,03 0,72 1,34 6,04 5,02 7,07

2018 3,31 1,68 4,94 1,07 0,74 1,40 6,32 5,23 7,42

2019 3,39 1,64 5,15 1,11 0,76 1,47 6,60 5,43 7,77

N o limite inferior, as exportações brasileiras de carne de frango

podem registrar expansão de 50% e chegar, dentro de 10 anos, aos 5,43 milhões de toneladas. Esse é, no en-

tanto, um cenário pouco provável. Tanto que na projeção normal as vendas externas do produto devem aumentar 82%. Mas o histórico das exportações brasileiras sugere que

até mesmo esse índice será superado.

O limite superior projetado pela AGE/MAPA é de uma expansão de, praticamente, 115%.

Evolução das exportações brasileiras de carnes

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Produção Animal | Avicultura 33

Tendências de consumo interno das três carnesMILHÕES DE TONELADAS

ANO

CARNE BOVINA CARNE SUÍNA CARNE DE FRANGO

PROJEÇÃO

LIMITES

PROJEÇÃO

LIMITES

PROJEÇÃO

LIMITES

Inferior Superior Inferior Superior Inferior Superior

2008 8,01 2,48 7,51

2009 8,21 7,62 8,79 2,53 2,15 2,90 7,74 7,33 8,15

2010 8,41 7,56 9,26 2,57 2,09 3,05 7,96 7,38 8,54

2011 8,61 7,55 9,67 2,62 2,06 3,18 8,19 7,48 8,90

2012 8,81 7,58 10,05 2,67 2,04 3,30 8,41 7,59 9,23

2013 9,01 7,62 10,41 2,72 2,02 3,42 8,63 7,72 9,55

2014 9,22 7,68 10,75 2,77 2,01 3,52 8,86 7,85 9,86

2015 9,42 7,75 11,08 2,82 2,01 3,63 9,08 8,00 10,17

2016 9,62 7,84 11,40 2,87 2,01 3,73 9,31 8,15 10,47

2017 9,82 7,93 11,72 2,92 2,01 3,82 9,53 8,30 10,76

2018 10,02 8,02 12,03 2,97 2,01 3,92 9,76 8,46 11,05

2019 10,23 8,12 12,33 3,01 2,02 4,01 9,98 8,62 11,34

E m 2019 a carne de frango deve continuar como a segunda carne

mais consumida pelos brasileiros. Mas numa distância bem menor que a atu-al em relação à carne bovina, pois, pe-

las projeções da AGE/MAPA, é a que tem maior potencial de expansão en-tre as três. Assim, para incremento de 21% no consumo de carne suína e de 28% no de carne bovina, é previsto

aumento de 33% para a carne de fran-go. Note-se que, no limite superior (expansão de 3,75% ao ano), o consu-mo interno corresponderá, pratica-mente, à produção total atual.

O consumo de carnes no Brasil

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34 Produção Animal | Avicultura

A Adisseo, uma das líderes no mercado de enzimas para

rações, está lançando uma bolsa de pesquisa que apoiará pesquisas com foco no avanço do uso de enzimas na nutrição animal. A bolsa Rovabio® Rese arch Grant, no valor de US$ 280.000,00, pre-miará de três a cinco projetos de

pesquisa na área de enzimas, com duração de um a dois anos. As inscrições devem ser enviadas até 15 de maio de 2009.

O Rovabio® Research Grant está disponível para cientistas de universidades e institutos de pes-quisa de todo o mundo que condu-zem ciência básica ou aplicada.

Os formulários de inscrição devem ser recebidos pela Adisseo até 15 de maio de 2009. A seleção dos projetos será realizada pelo comitê cientifico entre maio e julho deste ano e os premiados serão anunciados em agosto.

Mais informações: www.adis-seo.com/RovabioResearchGrant

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Adisseo apóia pesquisas sobre uso de enzimas na nutrição animalEmpresa lança bolsa de pesquisa inovadora no valor de US$ 280.000,00 que premiará de três a cinco projetos da área

Incentivo

A Aviagen do Brasil contratou mais um colaborador: João Heron

Ribeiro. Médico Veterinário, formado pela Universidade da Região da Cam-panha, em Bagé-RS, atua no seg-mento avícola desde 1992 na área de produção, sanidade e comercializa-ção de pintos de um dia. Também tem experiência na produção e inte-gração de matrizes, até o produto final no abatedouro.

O profissional vai atuar como assistente técnico em matrizes de corte da linhagem Ross, na Região Sul do Brasil, especificamente nos estados de Santa Catarina e Paraná.

N o dia 13 de fevereiro a DES-FAR LABORATÓRIOS LTDA foi mais uma vez agraciada com o prêmio “Top Excelência Empresarial”. A empresa foi

premiada pelo trabalho desenvolvido através da divisão DES-VET Produtos Veterinários.

O evento apresentado pelo jornalista Alex Ribeiro foi realizado no Hotel Estamplaza Ibirapuera e reuniu cerca de 50 empresas dos mais diversos seg-mentos. “Essas repetidas premiações demonstram o reconhecimento e a per-cepção do mercado empresarial nas nossas melhorias contínuas”, comenta Adilson Cleriomen, Coordenador interno de vendas da DES-VET, presente ao evento.

Aviagen tem novo colaboradorJoão Heron Ribeiro é médico veterinário e atua no segmento agrícola desde 1992

Contratação

DES-FAR recebe Prêmio Qualidade Brasil pela quarta vez consecutivaEmpresa é premiada pelo trabalho desenvolvido através da divisão de produtos veterinários

Qualidade

Adilson Cleriomen, Coordenador interno de vendas da DES-VET, recebe a premiação

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Produção Animal | Avicultura 35

A Unidade de Negócios de Aves da Pfizer participou como apoiadora

do X Simpósio Brasil Sul de Avicultura (Chapecó, SC, de 31 de março a 02 de abril) e promoveu a palestra Altera-ções Intestinais em Frango de Corte, que abordou diferentes aspectos de enterites em frango de corte, com o

professor Mohamed Hafez Ahmed, da Universidade de Berlim.

Durante o evento, os visitantes puderam também conhecer melhor o Plano Sanitário Integrado Pfizer para avicultura, programa que orienta os produtores sobre o uso estratégico de insumos da linha avícola. Trata-se de

uma ferramenta que auxilia o produ-tor a entender com mais clareza o ciclo das doenças que afetam a cria-ção de aves, bem como a maneira de controlá-las com eficiência e segurança.

Mais informações: http://www.pfizer.com.br/

AviGuia: produtos, serviços e empresas

X Simpósio Brasil Sul de Avicultura I

Pfizer promove palestra sobre alterações intestinaisEmpresa também apresentou programa que orienta produtores sobre uso estratégico de insumos

A Fort Dodge Saúde Animal mar-cou presença no Simpósio Brasil

Sul de Avicultura com a apresentação de um painel técnico para orientar e atualizar os participantes sobre alguns dos principais fatores infecciosos que podem comprometer o desempenho produtivo em frangos de corte. Entre as enfermidades discutidas estão a doença de Marek, a Reovirose e a

doença de Gumboro. Segundo Alber-to Bernardino, gerente técnico da empresa, “muitos lotes de aves com mau desempenho podem estar afeta-das por enfermidades subclínicas e imunossupressoras nem sempre diag-nosticadas pelo técnico de campo”.

Além de Bernardino, o evento contou ainda com a palestra do vete-rinário Ludio Gomes, assistente técni-

co da Fort Dodge, que abordou os benefícios da proteção passiva relacio-nada ao desempenho no frango de corte.

A Fort Dodge também esclareceu dúvidas técnicas dos produtores que passaram pelo estande da empresa no evento.

Mais informações: www.fortdodge.com.br.

X Simpósio Brasil Sul de Avicultura II

Fort Dodge: painel sobre refugagem Empresa discute um dos principais problemas sanitários em frangos de corte

A queda na produtividade e na qualidade dos ovos está entre os

maiores prejuízos econômicos acarre-tados à avicultura pela Micoplasmose Aviária, doença cujo controle poderá ser maximizado com a nova vacina que a Merial apresentou ao mercado avícola: a Mycovax MS-H.

O produto, uma vacina viva de-senvolvida para a proteção das aves contra o Mycoplasma synoviae (Cepa MS-H), irá somar forças com a Myco-vax TS-11, já comercializada no mer-cado e voltada ao controle do Mico-plasma gallysepticum (Cepa TS-11), para prevenir a incidência da Mico-

plasmose Aviária. Lançada pela Merial Saúde Ani-

mal, essa nova e eficaz ferramenta foi apresentada pela primeira vez aos avicultores durante o VII Congresso de Produção e Comércio de Ovos, promovido pela Associação Paulista de Avicultura (APA).

O lançamento foi promovido pelo médico veterinário Chris Morrow, criador da vacina.

Os estudos sobre Mycovax MS-H apontaram redução na taxa de mor-talidade das aves, melhor conversão alimentar, aumento do número de ovos/ave/alojada e redução na inci-

dência de problemas na qualidade das cascas dos ovos.

Entre os resultados alcançados pela vacina, destaca-se o benefício de sete ovos adicionais por ave, a antecipação em torno de cinco dias da produção, pico de produção 1,5% mais elevado e volume de massa de ovo na 57ª semana 795 gramas maior.

Saúde Animal

Merial reforça linha de vacinas contra a Micoplasmose AviáriaQueda na produtividade e na qualidade dos ovos está entre os maiores prejuízos econômicos causados pela doença

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36 Produção Animal | Avicultura

Associações

A pesar da crise econômica mun-dial que fechou as portas para a

exportação de diversos produtos brasileiros, a avicultura paranaense está com planos otimistas para 2009, visando ampliar negócios em mercados já consolidados e conquis-tar novos centros consumidores. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria dos Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, dois países se tornaram foco de negociações para o frango do estado: a China, que abriu as portas para a importação do frango brasileiro recentemente, e Cuba.

Com o objetivo de facilitar o processo de habilitação das empre-sas paranaenses para esses dois mercados através do estímulo dos contratos de negociação, o Sindiavi-

par está realizando um trabalho em parceria com o Ministério da Agricul-tura e a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Fran-go (Abef). A parceria pretende con-seguir uma habilitação conjunta de todas as empresas que já atuam no mercado internacional para vender para esses dois países. “Nossa esti-

mativa é de que até a metade deste ano o processo já esteja concluído, primeiramente com Cuba e na seqü-ência com a China”, revela Domin-gos Martins.

U m grupo de 20 avicultores de Marechal Floriano e Domingos

Martins, ES, assinou, no início do mês de março, com a empresa Viva

Consultoria Ambiental, um contrato de prestação de serviços para elabo-ração de projetos de licenciamento

ambiental e registros de instalações avícolas. A Associação dos Aviculto-res do Estado do Espírito Santo (AVES) foi quem coordenou a cota-ção de preços e a elaboração dos contratos.

Em alguns casos, houve redução de cerca de 50% no valor dos servi-ços que serão executados em 27 propriedades da região. Segundo o secretário executivo da AVES, Nélio Hand, no final de 2008 foi realizada uma “tomada de preços” com a participação de quatro empresas especializadas.

A vencedora, que apresentou o menor valor, foi contratada para executar os trabalhos em proprieda-des avícolas da região. “Diversos produtores nos procuraram no últi-mo ano com o interesse de realiza-rem os registros. Reunimos um gru-po de produtores interessados e

conseguimos uma boa redução desses valores”, explicou o executivo.

O registro das instalações avíco-las é uma exigência no Ministério da Agricultura (MAPA), por meio da Instrução Normativa Nº 56. Já o licenciamento ambiental em proprie-dades avícolas é exigido pelas Instru-ções Normativas N.º 01 e 02 do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).

A previsão é de que os projetos de licenciamentos e de registros das 27 propriedades sejam protocolados nos órgãos pertinentes em no máxi-mo um ano.

Segundo o executivo da AVES, mais avicultores já se mostraram interessados para realizar uma nova cotação de preços. “Acredito que nos próximos meses reuniremos mais avicultores”, informou Nélio Hand.

Espírito Santo

AVES coordena projetos de licenciamento ambiental e registros de instalações avícolas

China e Cuba são os focos das negociações

paranaenses em parceria com o MAPA e a ABEF

Paraná

Sindiavipar pretende ampliar negócios e conquistar novos centros consumidores

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Produção Animal | Avicultura 37

A Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avi-mig) fechou um convênio com o Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (Senar) de Minas Gerais com o objetivo de aprimorar a mão-de-obra da avicultura e evitar perdas na linha de abate.

Com este acordo, serão ensinados métodos impor-tantes do setor de aves aos instrutores responsáveis de cada granja, os quais, posteriormente, ensinarão aos respectivos trabalhadores. “Cada granja tem seu ins-trutor. Nós iremos orientar cada um deles através de um bom conhecedor da parte prática da avicultura que irá ensinar as boas práticas de criação de frango e

poedeira. Assim os instrutores poderão ir para o cam-po e dar aulas de acordo com a metodologia do Se-nar”, afirma a superintendente da Avimig, Marília Mar-tha Ferreira.

Segundo ela, o convênio pretende formar profissio-nais nas áreas rurais, já que a mão-de-obra avícola é muito complexa. “Às vezes as pessoas trabalham em granjas sem saber direito como funciona. É necessário muito tempo de aprendizado, pois vários tópicos são importantes. Por exemplo, a parte de apanha dos frangos é um dos temas propostos no curso”.

Higienização, preparação de galpão, manejo de equipamentos, relógio de luz, cortinas, aquecedores e preocupação com o bem-estar animal são alguns dos temas que serão abordados no curso. “Vamos pegar a prioridade de cada empresa. Se uma empresa pedir o tema vacinação porque o grupo deles não está bom nisso, ensinaremos esse tema. A avicultura está ficando cada vez mais tecnificada, então precisa ter sempre uma educação continuada nessa área”, afirma.

Os cursos devem acontecer ainda no primeiro se-mestre na região de Divinópolis e são gratuitos. Próxi-mo à data de início, a Avimig irá informar aos associa-dos interessados período do curso que irá beneficiar cerca de 200 trabalhadores..

Para finalizar, Marília elogia o convênio firmado com o Senar. “Nós vamos complementar uma parceria muito boa nesse sentido”, conclui.

Para mais informações, entrar em contato com o SENAR através do telefone: (31) 3074-3074 / (31) 3074-3072 ou pelo site www.senar.org.br.

Os cursos devem acontecer ainda no primeiro semestre na região

de Divinópolis

Minas Gerais

Para aprimorar mão-de-obra avícola, Avimig firma convênio com Senar

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Produção e mercado em resumoNo primeiro trimestre, setor de postura passa praticamente incólume pela crise, enquanto avicultura de corte permanece em dificuldade

P oderia ter sido melhor. Mas a concorrência vinda do setor de corte (ovos férteis disponibiliza-

dos como ovos de consumo) fez com que os preços do ovo ao longo do tri-mestre permanecessem sempre aquém dos valores registrados no mesmo tri-mestre de 2008 – período em que, por sinal, foram registradas as melhores médias do ano que passou. Mesmo as-sim, o recuo de quase 9% no preço mé-dio do trimestre não foi traumático, so-bretudo se considerado o estado de penúria da economia mundial. Sob esse aspecto, aliás, o setor de postura pode se considerar absolutamente vitorioso, posto que em relação ao trimestre final de 2008 (habitualmente, o melhor do ano para o setor), o produto encerrou o primeiro quarto do ano com valoriza-ção de 9,33%.

Já o frango vivo, opostamente ao ovo, encerrou o primeiro trimestre de 2009 registrando um ganho médio de quase 25% em relação à média dos três primeiros meses de 2008, além de ob-ter valorização de 3,41% sobre o último

trimestre do ano passado – o que, pare-ce, é fato inédito no setor. Esses ga-nhos, porém, não refletem a realidade do setor que, internamente, até agora não obteve nenhum benefício mais pal-pável da redução iniciada no final de 2008. Ou seja: devido ao menor fluxo das exportações – que, no primeiro bi-mestre de 2009, recuaram 5,19% em comparação ao mesmo bimestre de 2008 – e, ainda, à existência de esto-ques remanescentes do ano passado o mercado permaneceu indefinido e, sem dúvida, oneroso para o segmento, que no momento opera com alto nível de ociosidade, mais um fator de elevação dos custos de produção.

E o que esperar à frente?Habitualmente, passada a Quares-

ma, o mercado do ovo se enfraquece. Mas, com certeza, não desta vez, por-que o setor, graças a um melhor con-trole no alojamento de poedeiras, per-manece com a oferta equilibrada. A ponto de causar inveja na avicultura de corte, hoje penalizada por também ter exorbitado no alojamento de reprodu-

toras. Quanto ao frango, só resta aguar-dar que saia dessa situação “encruada” e adquira um ritmo compatível com a oferta atual, já mais adequada à restrita demanda interna e externa.

É fundamental, no entanto, que a reação de mercado, quando ocorrer, seja encarada na sua real acepção: como efeito, apenas, da redução da produção. Ou seja: não é porque o mercado melhorou que se vai aumen-tar novamente a produção. Pois se isso ocorrer, vai ocasionar uma crise maior que a atual.

Inicialmente, o Grupo de Acompa-nhamento das Tendências do Mercado do Frango da UBA (mais conhecido, in-ternamente, como CIA – Central de In-formações Avícolas) entendia que seria suficiente uma contenção da produção apenas no primeiro trimestre do ano. Mais recentemente, concluiu que o processo precisa ser mantido, eventual-mente por todo o primeiro semestre. A meta, portanto, permanece inalterada: o ideal é produzir 400 milhões de pin-tos de corte mensais.

38 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

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Produção Animal | Avicultura 39

matrizes de corteAlojamento mensal em 24 meses

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

MAR 3,674 3,944 7,34%

ABR 3,444 3,953 14,78%

MAI 3,863 4,012 3,84%

JUN 3,358 4,037 20,22%

JUL 3,601 4,409 22,46%

AGO 3,527 4,348 23,28%

SET 3,347 3,866 15,52%

OUT 3,945 3,915 -0,77%

NOV 3,858 3,965 2,76%

DEZ 3,766 3,999 6,18%

JAN 4,265 3,560 -16,53%

FEV 3,852 3,496 -9,23%

Em 2 meses 8,117 7,056 -13,06%

Em 12 meses 44,500 47,504 6,75%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

P reconizado para a produção de pin-tos de corte, o índice de redução de

20% já alcança o alojamento de matri-zes de corte. O volume alojado em feve-reiro passado, por exemplo, não só foi o menor dos últimos 17 meses, como também corresponde a uma redução de 20,70% sobre o maior volume já alo-jado pelo setor – 4,409 milhões de ma-trizes de corte em julho de 2008.

Conforme a UBA, no segundo mês do ano foram alojadas no País 3,496 mi-lhões de matrizes de corte, 913 mil ca-beças a menos que em julho do ano passado. Esse volume correspondeu a reduções de 9,23% sobre fevereiro de 2008 e de 1,8% sobre janeiro de 2009. Considerando-se, porém, que fevereiro tem três dias a menos, o volume desse mês acabou sendo 8,72% maior.

De toda forma, o volume de matri-zes de corte acumulado no primeiro bi-mestre de 2009, da ordem de 7,056 mi-lhões de cabeças, se encontra 13,06% abaixo dos 8,117 milhões de cabeças do mesmo bimestre de 2008. Por sinal, na época, a revista Produção Animal – Avi-cultura observou que, projetado para a totalidade do ano, aquele volume indi-cava alojamento anual da ordem de 48,7 milhões de matrizes, possibilidade que muitos consideraram “exagerada e irreal”. Pois não fosse a crise, esse volu-me talvez tivesse sido superado, já que o alojamento de 2008 cresceu 14,32% e chegou aos 48,564 milhões de cabeças.

Agora os números retornam a valo-res mais adequados: Projetado para a totalidade do ano, o acumulado no pri-meiro bimestre sinaliza alojamento da ordem de 42,336 milhões de matrizes.

Essa projeção talvez se encontre aquém das vindouras necessidades do mercado, pois se encontra abaixo até mesmo do que foi alojado em 2007. De toda forma, é o recomendável para o presente momento de mercado, que solicita uma redução de “choque” para, futuramente, retornar à normalidade.

alojamento de matrizes de corteo menor dos últimos 17 meses, volume de fevereiro recua 20%

em relação ao recorde

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40 Produção Animal | Avicultura

Produção de pintos de cortecom prosseguimento do ajuste, volume produzido recua ao menor nível dos últimos 24 meses

PiNtos de corteProdução brasileira em 24 meses

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

MAR 423,375 441,119 4,19%

ABR 414,306 429,048 3,56%

MAI 433,547 455,492 5,06%

JUN 418,857 437,041 4,34%

JUL 434,635 476,081 9,54%

AGO 444,830 484,328 8,88%

SET 424,434 485,261 14,33%

OUT 463,378 496,165 7,08%

NOV 431,508 431,662 0,04%

DEZ 451,775 443,854 -1,75%

JAN 460,687 417,755 -9,32%

FEV 427,892 406,918 -4,90%

Em 2 meses 888,579 824,673 -7,19%

Em 12 meses 5229,225 5404,725 3,36%

Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Em fevereiro (dados da APINCO) a produção brasileira de pintos de

corte ficou em 406,9 milhões de cabe-ças, correspondendo a quedas de 4,90% e 2,58% sobre, respectivamen-te, fevereiro de 2008 e janeiro de 2009. Foi o menor volume nominal dos últi-mos 24 meses, ficando apenas 4,12% além dos 390,8 milhões de cabeças re-gistrados em fevereiro de 2007.

Mas a redução observada é apenas nominal. Pois, em termos reais – isto é, segundo o número de dias do mês – o volume produzido foi o maior do qua-drimestre encerrado em fevereiro/09. Ou seja, recuou apenas em compara-ção a outubro de 2008. Assim, enquan-to em valores nominais a redução (em relação a outubro/08) é de, pratica-mente, 18% (dois pontos percentuais a menos que o recomendado pelas lide-ranças do setor desde o final de 2008), em valores reais não chega a 10%.

É interessante observar, neste caso, que a produção de janeiro/09 (417,7 milhões em 31 dias) foi quase 16% me-nor que a de outubro de 2008 (496,2 milhões também em 31 dias). Ou seja: o setor se encontrava no bom caminho, em direção à meta de redução de 20%. Mas tudo indica que a valorização do frango em janeiro estimulou equivoca-damente o setor, que voltou a incubar mais. Tanto que, comparativamente a janeiro, a produção-dia de fevereiro foi quase 8% maior.

Com os 406,9 milhões de fevereiro/09, a produção brasileira de pintos de corte do primeiro bimestre somou 824,7 milhões de cabeças, que-da de 7,19% sobre o mesmo período de 2008. Detalhe: o plantel de matrizes em produção permitia produzir, pelas projeções da APINCO, nada menos do que 1,010 bilhão de pintos de corte nesse bimestre – uma capacidade 14% maior que o produzido no mesmo perí-odo de 2008. Quer dizer: com a crise, o setor utilizou apenas 81% do potencial instalado.

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Produção Animal | Avicultura 41

Produção de carne de frangoPela primeira vez em 24 meses, volume inferior a 800 mil toneladas

carNe de FraNGoProdução brasileira em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

MAR 843,720 926,478 9,81%

ABR 835,294 879,984 5,35%

MAI 859,688 872,144 1,45%

JUN 851,567 861,759 1,20%

JUL 872,616 897,014 2,80%

AGO 871,782 923,774 5,96%

SET 866,903 926,548 6,88%

OUT 891,434 990,463 11,11%

NOV 887,928 998,586 12,46%

DEZ 945,515 975,672 3,19%

JAN 914,036 889,681 -2,66%

FEV 866,302 780,499 -9,90%

Em 2 meses 1.780,338 1.670,180 -6,19%

Em 12 meses 10.506,785 10.922,602 3,96%

Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Baseada na produção anterior de pintos de corte e, ainda, no volume

de carne de frango exportado no mês, a APINCO estimou que foram produzi-das no Brasil em fevereiro passado per-to de 780,5 mil toneladas de carne de frango, volume cerca de 10% inferior ao registrado no mesmo mês de 2008. Em relação ao mês anterior, janeiro de 2009, a queda ultrapassou os 12%.

Para ambos os casos, entretanto, é preciso considerar que este último feve-reiro foi um mês mais curto. E não só em relação a janeiro, mas também a fe-vereiro de 2008 (29 dias). Portanto, em ambos os casos, os índices reais de re-dução são ligeiramente menores que os indicados. De cerca de 3% em rela-ção a janeiro; e de pouco mais de 6% em relação ao bissexto fevereiro de 2008. De toda forma, essa é a primeira vez nos últimos 24 meses que o volume produzido fica aquém das 800 mil toneladas.

Com os dois recuos sucessivos re-gistrados no período, o primeiro bimes-tre do ano foi fechado com uma redu-ção de 6,19% sobre o mesmo bimestre de 2008, o volume produzindo recuan-do de 1,780 milhão de toneladas no ano passado para 1,670 milhão de to-neladas neste ano.

Naturalmente, o resultado alcança-do não serve de referência para absolu-tamente nada. Mas supondo-se que fosse mantido no decorrer do ano, pro-porcionaria uma produção total da or-dem de 10,020 milhões de toneladas de carne de frango, um milhão de tone-ladas a menos (uma queda de 9%) que o registrado no ano passado (11,032 milhões de toneladas).

Por ora, no entanto, o volume acu-mulado nos últimos 12 meses continua apresentando evolução positiva, visto que entre março de 2008 e fevereiro de 2009 produziram-se 10,923 milhões de toneladas, 3,96% a mais que o regis-trado nos 12 meses imediatamente anteriores.

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42 Produção Animal | Avicultura

exportação de carne de frangocom crise, embarques do primeiro bimestre de 2009 recuam 5%

carNe de FraNGoExportação brasileira em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. % ANUAL

MAR 303,568 313,233 3,18%

ABR 264,028 270,022 2,27%

MAI 275,195 361,415 31,33%

JUN 259,319 330,125 27,30%

JUL 284,002 339,360 19,49%

AGO 304,735 322,698 5,89%

SET 242,126 323,949 33,79%

OUT 313,372 315,632 0,72%

NOV 298,903 235,061 -21,36%

DEZ 299,929 266,598 -11,11%

JAN 274,897 274,781 -0,04%

FEV 292,538 263,222 -10,02%

Em 2 meses 567,435 538,003 -5,19%

Em 12 meses 3.412,612 3.616,096 5,96%

Fonte: ABEF - Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Dados da SECEX/MDIC indicam que em fevereiro passado foram

exportadas pelo Brasil 263.222 tone-ladas de carne de frango, volume 10,02% inferior ao registrado em fe-vereiro de 2008. Comparativamente ao mês anterior, janeiro de 2009, quando as exportações somaram 274,8 mil toneladas, a redução foi de 4,21%.

Com esse resultado, o volume embarcado no primeiro bimestre de 2009 somou 538.003 toneladas, fi-cando 5,19% aquém das 567.435 to-neladas do bimestre inicial de 2008. Considerado extremamente modera-do frente às dimensões da crise inter-nacional, esse resultado foi bem ab-sorvido pelo setor exportador, especialmente por corresponder a uma quase reversão do ocorrido no bimestre anterior (novembro/dezem-bro de 2008), período em que os em-barques recuaram 16,23% em rela-ção ao mesmo bimestre do ano anterior. Sob esse aspecto, aliás, os embarques do primeiro bimestre de 2009 acabaram ficando 7,24% acima dos alcançados no bimestre final de 2008.

Mesmo sendo, por ora, uma es-cassa referência, o volume total em-barcado no bimestre corresponde a embarques totais, em 2009, da or-dem de 3,230 milhões de toneladas, 11% a menos que o exportado em 2008. Mas os exportadores continu-am confiando numa vindoura retoma-da das importações e, assim, mantêm a perspectiva de crescimento de 5%, o que deve redundar embarques to-tais, neste ano, de pouco mais de 3,8 milhões de toneladas.

Por ora, em 12 meses, as exporta-ções brasileiras de carne de frango somam 3,616 milhões de toneladas, encontrando-se quase 6% acima dos 3,412 milhões de toneladas exporta-dos entre março de 2007 e fevereiro de 2008.

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Produção Animal | Avicultura 43

disponibilidade interna de carne de frangoVolume de fevereiro decresce no ano e em doze meses

carNe de FraNGoProdução brasileira em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

MAR 540,152 613,245 13,53%

ABR 571,266 609,962 6,77%

MAI 584,493 510,729 -12,62%

JUN 592,248 531,634 -10,23%

JUL 588,614 557,654 -5,26%

AGO 567,047 601,076 6,00%

SET 624,757 602,599 -3,55%

OUT 578,062 674,830 16,74%

NOV 589,025 763,525 29,63%

DEZ 645,586 709,074 9,83%

JAN 639,139 614,900 -3,79%

FEV 573,764 517,277 -9,84%

Em 2 meses 1.212,903 1.132,177 -6,66%

Em 12 meses 7.094,153 7.306,505 2,99%

Fontes dos dados básicos: APINCO e ABEF - Elaboração e análises: AVISITE

C omo, para fevereiro passado, a APINCO apontou produção total de

780.499 toneladas de carne de frango e a ABEF indicou que as exportações do produto ficaram em 263.222 toneladas, o saldo corresponde a uma disponibili-dade interna de 517.277 toneladas - 9,84% a menos que o registrado um antes, em fevereiro de 2008; e 15,88% a menos que no mês anterior, janeiro de 2009.

Esses índices, entretanto, refletem apenas as variações nominais, pois, con-siderada a oferta diária, o volume do úl-timo fevereiro ficou menos de 7% abai-xo daquele registrado em fevereiro de 2008 (29 dias) ou, mesmo, em janeiro de 2009 (31 dias).

Completado o primeiro bimestre do ano, o volume total disponibilizado in-ternamente soma 1,132 milhão de tone-ladas e se encontra 6,66% abaixo do registrado no mesmo período de 2008. É cedo para isso, mas projetado para a totalidade do ano, esse acumulado indi-ca oferta total de quase 6,8 milhões de toneladas, 8% a menos que o registrado em 2008.

Mas, até aqui, a oferta interna de carne de frango anualizada apresenta resultado positivo. Entre março de 2008 e fevereiro de 2009 o volume total dis-ponível ficou em 7,306 milhões de tone-ladas, aumentando 2,99% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, março de 2007 a fevereiro de 2008.

Completado o primeiro bimestre

do ano, volume total disponibilizado

internamente soma 1,132 milhão de

toneladas

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44 Produção Animal | Avicultura

alojamento de matrizes de posturaagora são três os estados com matrizes no ano; mas alojamentopermanece baixo

matrizes de PostUraAlojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)

MILHARES DE CABEÇAS

MÊSMATRIZES DE POSTURA % OVO BRANCO

2007/2008 2008/20092007/2008 2008/2009 VAR. %

MAR 100,664 47,021 -53,29% 64,12% 62,69%

ABR 23,304 42,813 83,72% 56,66% 69,68%

MAI 83,167 83,202 0,04% 74,63% 81,46%

JUN 95,915 104,611 9,07% 63,49% 68,73%

JUL 53,253 58,108 9,12% 64,66% 69,68%

AGO 63,392 45,253 -28,61% 85,02% 31,33%

SET 67,212 32,233 -52,04% 43,68% 61,20%

OUT 24,339 78,722 223,44% 55,63% 69,35%

NOV 40,126 47,700 18,88% 91,92% 66,04%

DEZ 50,503 44,380 -12,12% 80,03% 71,16%

JAN 92,858 16,736 -81,98% 56,45% 87,23%

FEV 98,130 29,311 -70,13% 85,95% 81,24%

Em 2 meses

190,988 46,047 -75,89% 71,61% 83,41%

Em 12 meses

792,863 630,090 -20,53% 68,86% 68,16%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

E m janeiro de 2009, apenas dois estados – São Paulo e Minas Ge-

rais – efetuaram alojamento de ma-trizes de postura, fazendo com que os números do mês fossem um dos mais baixos dos últimos 10 anos. Pois em fevereiro passado não foi muito diferente, já que somente mais um estado – Rondônia – juntou-se a São Paulo e Minas.

No mês, os três alojaram, em conjunto, 29.311 matrizes de postu-ra, volume que representou aumento de 75% sobre o mês anterior, janeiro de 2009, mas significou redução de 70% sobre o mesmo mês do ano passado, fevereiro de 2008. Desse total, 81,24% (ou 23.811 cabeças) corresponderam a matrizes de linha-gens produtoras de ovos brancos, to-das alojadas em São Paulo (29,82%) e Minas Gerais (70,18%). Já as linha-gens voltadas à produção de ovos vermelhos (5.500 cabeças, 18,77% do total) foram alojadas em São Pau-lo (72,73%) e Rondônia (27,27%).

Como resultado dos baixos aloja-mentos efetuados em janeiro e feve-reiro, o volume total acumulado no primeiro bimestre de 2009 soma apenas 46.047 matrizes de postura, praticamente um quarto (24,11%) do que foi alojado no mesmo período de 2008. Se mantido no restante do exercício, esse alojamento redunda-ria num volume anual de 276.282 matrizes – um resultado pouco supe-rior ao registrado no trimestre maio/julho de 2008 (245.921 cabeças), mas equivalente a 35% do que foi alojado nos 12 meses do ano passado.

Por ora, no entanto, o alojamen-to de matrizes de postura acumulado em um período de 12 meses soma 630.090 cabeças e apresenta recuo de 20,53% em relação ao volume alojado nos 12 meses imediatamente anteriores.

Estatísticas e Preços

Page 45: 28 - AviSite · As unidades afetadas estão localizadas em Douglas (Georgia), El Dorado (Arkansas) e Farmerville (Louisiana) e em-pregam aproximadamente 3.000 pessoas ou 7% da mão-de-obra

Produção Animal | Avicultura 45

alojamento de pintainhas de posturasetor segue indiferente à crise e volume alojado mantém o ritmo normal

PiNtaiNHas comerciais de PostUraAlojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊSPINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

2007/2008 2008/20092007/2008 2008/2009 VAR. %

MAR 5,028 5,122 1,88% 73,73% 72,51%

ABR 4,980 5,127 2,94% 73,53% 71,79%

MAI 4,960 4,788 -3,47% 74,17% 73,83%

JUN 5,142 4,955 -3,63% 74,39% 72,25%

JUL 5,078 5,237 3,14% 74,30% 72,35%

AGO 5,091 4,895 -3,85% 74,48% 73,25%

SET 5,074 5,135 1,22% 72,28% 74,34%

OUT 5,166 5,015 -2,92% 73,26% 72,88%

NOV 5,105 4,811 -5,77% 73,80% 73,22%

DEZ 5,017 5,083 1,31% 75,79% 74,79%

JAN 4,897 4,990 1,90% 75,11% 74,87%

FEV 5,048 4,790 -5,11% 73,17% 75,92%

Em 2 meses

9,944 9,780 -1,66% 74,12% 75,38%

Em 12 meses

60,585 59,947 -1,05% 74,00% 73,49%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Nos dois anos decorridos desde que o setor produtor de ovos decidiu,

em conjunto, manter um plantel estável de pintainhas de postura, o alojamento no setor tem permanecido em torno dos 60 milhões de cabeças, pouco mais, pouco menos, sem grandes variações anuais. Já nesse mesmo período, o aloja-mento de matrizes de corte, por exem-plo, registrou aumento de 26%, volume considerado exagerado até mesmo para condições normais de mercado.

Não é por menos que, nestes últimos meses, o setor de postura vem sendo ci-tado inúmeras vezes como exemplo que o setor de corte deveria seguir. Pois en-quanto toda a avicultura de corte se de-bate para vencer a combinação, sempre trágica, “alta capacidade de produção versus demanda em recessão”, o setor de postura, no que diz respeito às futuras poedeiras, segue indiferente à crise e mantém o ritmo normal de alojamento.

Em fevereiro passado, por exemplo, o volume alojado foi o segundo mais bai-xo dos últimos 24 meses, ficando em 4,790 milhões de cabeças. Mas o núme-ro registrado ficou apenas 5,11% e 4,00% abaixo dos registrados, respecti-vamente, em fevereiro de 2008 e em ja-neiro de 2009, além de situar-se 4,32% abaixo da média alojada entre janeiro e dezembro de 2008. Ou seja: estabilidade desse naipe é de fazer inveja. E é digna de ser imitada.

O fato é que o volume alojado no primeiro bimestre de 2009, da ordem de 9,780 milhões de pintainhas de postura, se encontra apenas 1,66% aquém do al-cançado no mesmo bimestre de 2008, projetando para 2009 um volume anual da ordem de 58,7 milhões de cabeças, 2% a menos que o alojado nos 12 meses de 2008.

Não é muito diferente, por sua vez, o volume alojado nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2009: 59,9 milhões de pintainhas de postura, 1,05% a menos que nos 12 meses imediatamente anteriores.

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46 Produção Animal | Avicultura

FraNGo ViVoEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/kg

MÊS MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

MAR/2008 1,24 -20,00% -10,14%

ABR/2008 1,33 -2,20% 7,26%

MAI/2008 1,61 34,17% 21,05%

JUN/2008 1,78 27,14% 10,55%

JUL/2008 1,89 12,50% 6,18%

AGO/2008 1,94 5,43% 2,64%

SET/2008 1,85 10,12% -4,64%

OUT/2008 1,63 1,87% -11,89%

NOV/2008 1,74 12,25% 6,75%

DEZ/2008 1,62 -1,82% -6,90%

JAN/2009 1,68 10,52% 3,70%

FEV/2009 1,80 30,43% 7,14%

MAR/2009 1,68 35,48% -6,66%

médias anuais entre 2000 e 2009

ANO R$/KG VAR. % ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57% 2005 1,35 -8,72%

2001 0,97 6,47% 2006 1,16 -14,70%

2002 1,13 16,49% 2007 1,55 33,62%

2003 1,45 28,31% 2008 1,63 5,16%

2004 1,49 2,75% 2009* 1,72 5,52 %Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

* Até 31 de março de 2009

O frango vivo comercializado no in-terior paulista encerrou o primei-

ro trimestre do ano como começou: cotado a R$1,60/kg, o que significa que nos primeiros 90 dias de 2009 o ganho obtido pelo produto foi igual a zero.

Mas não é bem assim: em uma das raras ocorrências do gênero, o frango vivo valorizou-se em janeiro, permane-ceu com os preços estáveis em fevereiro e só em março é que passou a registrar as primeiras perdas do ano, o que fez com que retornasse aos valores de ja-neiro. Tudo computado leva a uma co-tação média de R$1,72/kg no trimestre inicial, o que corresponde a uma varia-ção nominal de quase 25% sobre o mesmo período de 2008.

Aparentemente pela primeira vez na história do setor, os preços do 1º tri-mestre de 2009 foram superiores ao do trimestre anterior. Neste caso, é lógico que os preços do final do ano passado foram ruins, pois foi quando se desen-cadeou a crise da economia mundial. Mas seria lógico que esses preços per-manecessem em queda, o que não ocorreu.

Na média dos últimos 11 anos (1998/2008) as cotações do frango vivo nos meses de janeiro, fevereiro e março corresponderam, respectivamente, a 91,7%, 96,3% e 86,6% do preço mé-dio de dezembro do ano anterior, isto é, decresceram em relação ao último mês do ano. Pois neste ano o frango vivo obteve em janeiro e março preços mé-dios que foram quase 4% superiores aos de dezembro, enquanto em feverei-ro esse incremento foi de 11,1%.

Infelizmente, esses resultados não refletem a realidade econômica do se-tor, que continua a operar onerosamen-te na medida em que vem sendo obri-gado a manter um alto nível de ociosidade da capacidade instalada.

No entanto, essa ociosidade precisa ser mantida, sob pena de agravarem-se ainda mais as dificuldades.

Estatísticas e Preços

desempenho do frango vivo no 1º trimestre de 2009superação (inédita) dos preços do trimestre final de 2008 não reflete a realidade econômica do setor

FraNGo ViVo - Preços Históricos e Preço eFetiVo em 2008

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2008): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2009: (R$/KG, granja, interior paulista)

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Produção Animal | Avicultura 47

Sem ter atingido os níveis de preço do mesmo trimestre do ano passa-

do, o ovo encerrou o primeiro trimes-tre de 2009 com as melhores cotações já registradas neste ano (em março, média de R$46,94/caixa no atacado paulista) e uma valorização de mais de 18% em relação a dezembro/08, teori-camente o melhor mês do ano para a comercialização do produto.

Poderia ter sido melhor não fossem os problemas econômicos mundiais que, afetando sobretudo a avicultura de corte, fizeram com que o setor de postura enfrentasse uma forte concor-rência dos ovos férteis. Mesmo assim, pode-se dizer que a atividade vem pas-sando incólume pela crise, visto que seus preços, neste primeiro trimestre, apresentam um desempenho que pode ser considerado acima do normal.

Na média dos últimos 11 anos (1998/2008) os preços do ovo em ja-neiro, fevereiro e março de cada ano corresponderam, respectivamente, a 87,6%, 108,1% e 112,2% do preço alcançado em dezembro do ano ante-rior. Neste 2009, em plena crise, a re-gra se manteve, mas com resultados superiores à média. Ou seja: em janei-ro, efetivamente, o preço foi inferior ao de dezembro. Mas a queda foi me-nor (redução de 5,8% contra a média de 12,4% nos últimos 11 anos). Já em fevereiro e março os ganhos em rela-ção a dezembro foram superiores aos observados na média histórica citada.

Porém, antes que alguém, a partir desses resultados, diga que o ovo é um produto imune às crises, é importante deixar claro que nada do que vem ocorrendo no setor está acontecendo por acaso. Há um bom tempo a ativi-dade vem mantendo um rigoroso con-trole na renovação do plantel de poe-deiras visando à obtenção de um maior equilíbrio entre oferta e demanda. Quer dizer: atirou no que viu; mas acertou no que não viu; aliás, no que ninguém previa. E agora se dá bem.

oVo BraNco eXtra evolução de preços no atacado paulista – r$/caixa de 30 dúzias

MÊS MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

MAR/2008 50,30 22,14% -0,81%

ABR/2008 39,63 4,76% -21,21%

MAI/2008 44,60 19,86% 12,54%

JUN/2008 45,82 5,19% 2,73%

JUL/2008 47,50 12,74% 3,67%

AGO/2008 45,98 6,09% -3,20%

SET/2008 43,25 12,57% -5,93%

OUT/2008 37,92 1,69% -12,32%

NOV/2008 39,36 5,78% 3,80%

DEZ/2008 39,69 -12,38% 0,84%

JAN/2009 37,40 -3,33% -5,76%

FEV/2009 43,54 -14,14% 16,41%

MAR/2009 46,94 -6,68% 7,80%

médias anuais entre 2000 e 2009

ANO R$/CXA VAR. % ANO R$/CXA VAR. %

2000 23,12 16,89% 2005 33,48 -2,87%

2001 24,07 4,11% 2006 27,48 -17,92%

2002 27,88 15,83% 2007 39,42 43,45%

2003 39,67 42,29% 2008 43,62 10,65%

2004 34,47 -13,11% 2009* 42,61 -2,31%Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

* Até 31 de março de 2009

desempenho do ovo no 1º trimestre de 2009setor atirou no que viu: a adequação da oferta. acertou no que

ninguém sequer imaginava: a crise econômica. e agora se dá bem

oVo eXtra BraNco - Preços Históricos e Preço eFetiVo em 2008

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2008): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2009: (R$/caixa, no atacado paulista)

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48 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 49

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50 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

50 Produção Animal | Avicultura

ASociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a UBA, a

ABEF e a ABIPECS lançaram no segundo dia de abril, em Brasília, o Programa Nacional de Aba-te Humanitário (STEPS).

O STEPS visa melhorar o manejo pré-abate e o abate dos animais através de um programa de treinamento que leva em consideração as novas diretrizes comerciais e legislativas, nacionais e internacionais, relativas ao bem-estar dos ani-mais de produção.

Este é um momento muito favorável no Brasil para iniciar a implanta-ção de programas que priorizem o bem-estar dos animais de produ-ção. E é a primeira vez que temos a união de go-vernos, associações que representam o setor de animais de produção e a WSPA, objetivando a construção de um pro-grama brasileiro de trei-namento adaptado à nos-sa realidade.

Temos certeza que o programa STEPS vai be-neficiar não só as condições dos animais no aba-te, como também toda a cadeia de produção, in-cluindo produtores, agroindústrias, redes de mercados e governos. Padrões mais elevados de bem-estar no manejo dos animais também re-presentam menos perdas e mais abertura de mer-cados, além de ir ao encontro das novas diretri-zes comerciais de bem-estar animal.

O programa tem como objetivo a capacitação de inspetores médicos veterinários de frigoríficos federais, estaduais e municipais que participam diretamente da cadeia produtiva da carne, incen-tivando-os a adotar os métodos de abate huma-nitário na rotina dos frigoríficos e transmitir as

informações através dos funcionários que traba-lham nos procedimentos de rotina com os animais.

O primeiro grupo de fiscais (federais, estadu-ais e municipais) que serão treinados é de Santa Catarina. Em maio de 2009, a equipe da WSPA inicia o treinamento desse grupo com o auxílio de vasto material audiovisual e impresso adapta-dos à realidade brasileira. Bovinos, aves e suínos serão as espécies abordadas nos treinamentos,

que posteriormente serão ministra-dos aos fiscais dos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná e de São Paulo.

A construção do programa con-tou com a consultoria da Animal-i (www.animal-i.com), que orientou a equipe da WSPA. Entre os princi-pais pontos a serem abordados no material dos treinamentos estão:

►Área de descanso - Local que aloja as aves que chegam às agroin-dústrias e devem ser providos de ventiladores, exaustores e sombra para minimizar o estresse térmico. A monitoria da temperatura e da umidade dentro das caixas de trans-porte das aves deve ser freqüente;

► Condição física e abate emer-gencial - Assegurar que todas as aves cheguem ao frigorífico em boas con-

dições físicas, sem lesões ou fraturas que com-prometam seu bem-estar. A equipe da operação de pendura deve ser treinada para identificar aves que não estejam aptas a prosseguir para o abate normal, separando-as para o procedimento de abate emergencial realizado por funcionário capacitado;

► Métodos de insensibilização - Destacar a importância de promover a inconsciência ime-diata, a fim de evitar o sofrimento desnecessário nas aves. Para garantir seu bem-estar no momen-to do abate é importante regular os parâmetros elétricos conforme a necessidade do lote de aves e avaliar os sinais da insensibilização efetiva.

Programa Nacional de Abate Humanitário, da WSPA, deve beneficiar as condições dos animais no abate e toda a cadeia de produção

Charli Ludtke é Gerente de Produção Animal da WSPA Brasil e Coordenadora do Programa Nacional de Abate Humanitário

Material utilizado na capacitação de fiscais agropecuários. Objetivo é incentivá-los a adotar os métodos de abate humanitário na rotina dos frigoríficos

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Produção Animal | Avicultura 51

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+

+

+

+

=O MELHOR

RETORNO

Resistência

de Pernas

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52 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final