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nº 55 - ano V novembro/2011 Ração Peletizada As vantagens e os desafios do produto para o mercado NESTA EDIÇÃO Segundo volume da Revista do Ovo Especial

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Page 1: novembro Ração Peletizada n - Avisite · produtos 26 A segurança alimentar em números Informe Técnico-empresarial 30 34 Uma realidade chamada probiótico Informe Técnico-empresarial

nº 55 - ano Vnovembro/2011

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Ração PeletizadaAs vantagens e os desafios doproduto para o mercado

NESTA EDIÇÃOSegundo volume da

Revista do Ovo

Especial

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Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

Ponto final

As pesquisas no campo da nutrição avícola

JOSÉ EDUARDO BUTOLO

54

Eventos

Painel do Leitor

Classificados

06

08

52

Notícias CurtasNorma do MTE pode prejudicar setor de carnes 10AssociaçõesSC aperfeiçoa rastreabilidade 29

Estatísticas e Preços

Produção e mercado resumoProdução de pintos de corteProdução de carne de frangoExportação de carne de frangoDisponibilidade interna de carne de frangoAlojamento de pintainhas comerciais de posturaDesempenho do frango vivo no mês de outubroDesempenho do ovo no mês de outubroMatérias-primas

42434445

46

47

48

4950

Portfólio AviGuia 53

As vantagens da ração peletizada

AviGuiaAGCO compra GSI Holdings

36

Capa / Especial Nutrição

22Vitrine de produtos

26A segurança alimentar em números

Informe Técnico-empresarial

30

34

Uma realidade chamada probiótico

Informe Técnico-empresarial

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eDITORIAL

especial Nutrição

Agradecimentos

errata

A nutrição é uma das principais ferra-

mentas aplicadas para aproveitar as po-

tencialidades dos animais de produção. E

por trás dela existe um universo de estu-

dos e pesquisas para aprimorar cada vez

mais a qualidade e a eficiência das rações.

E para destacar esta tecnologia chamada

nutrição, a Revista do AviSite preparou

uma reportagem especial sobre rações

peletizadas (página 22) e suas vantagens

para a avicultura. De acordo com Everton

Krabbe, pesquisador da Embrapa Suínos

e Aves e um dos entrevistados desta ma-

téria, a peletização originou-se por volta

de 1930, nos Estados Unidos. “Aqui no

Brasil, esta tecnologia vem sendo utiliza-

da há décadas e hoje mais de 70% das

rações destinadas a frangos de corte são

peletizadas”, revela. E o que é uma ração

peletizada? A ração peletizada nada mais

é do que a usual ração farelada submeti-

da ao processo de peletização, que envol-

ve as etapas de condicionamento (exposi-

ção ao vapor úmido e quente), seguido

de prensagem e formatação e, por fim,

resfriamento. A ração ganha formato de

peletes, com tamanhos adequados às fa-

ses de produção da aves, e agrega todos

os nutrientes necessários para o seu bom

desempenho. Segundo o Sindicato Na-

cional da Indústria de Alimentação Ani-

mal (Sindirações), a ração peletizada já

está presente em mais de 50% do plantel

de aves alojado no Brasil.

Ainda nesta edição, você encontra

um artigo especial sobre segurança ali-

mentar. Um panorama sobre a produção

e o consumo de alimentos no mundo.

Alexandre Barbosa de Brito, autor do tex-

to, diz que entre 2001 e 2012, a popula-

ção mundial cresceu menos que a produ-

ção de grãos, mas os estoques de

alimentos caíram 14,58%. “Isso ocorre

devido a um novo fenômeno: o mundo

está consumindo mais alimentos e de me-

lhor qualidade”.

Confira estas e as demais novidades

desta edição. E não se esqueça de confe-

rir também o segundo volume da Revista

do Ovo, que você está recebendo junto

com a Revista do AviSite.

Tenha uma boa leitura!

Registramos nossos agradeci-mentos aos profissionais que nos ajudaram nessa edição: João Carlos de Ângelo, Everton Luís Krabbe, Ale-xandre Barbosa de Brito, Henrique Guimarães Fernandes, Karolina Von Zuben, Airton Kunz, José Eduardo Butolo, Bauer Alvarenga, Ivan Mota Lee e Helenice Mazzuco.

O crédito da foto da página 23 da edição 53/ setembro é Giovana de Paula, assessora de imprensa da Uniquímica

4 Avicultura | Produção Animal

PublisherPaulo [email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) [email protected]

Comercial Christiane Galusni Fernanda Bronzeado [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e WL [email protected]

InternetJessica Sousa Rafael Ribeiro Vinicius [email protected]

Circulação e assinaturaCarla Fracalossi(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIeNTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

Existem peletes com diferentes tipos de diâmetros para cada fase

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Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

22 a 23 de marçoII Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos (SPARH)Descrição: Uso sustentável da água nos sistemas de pro-dução pecuáriaLocal: São Carlos, SPRealização: Embrapa Pecuária SudesteInformações: www.cppse.embrapa.br/II-simposio-em-producao-animal-recursos-hidricos-IISPARH

28 a 30 de marçoI Simpósio de Avicultura do Nordeste Local: João Pessoa, PB Realização: Universidade Federal da Paraíba Contato: (83) 3362-2300Informações: www.getaufpb.orgE-mail: [email protected]

Abril

17 a 19 de abrilXIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura e IV Poultry Fair Local: Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SC,Realização: Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet)Informações: www.nucleovet.com.br E-mail: [email protected]

Agosto

5 a 9 de agosto XXIV Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012) Local: Centro de Convenções de Salvador, Salvador, BA Realização: FACTA Contato: (19) 3243-6565E-mail: [email protected],br Informações: www.wpc2012.com

2011

Novembro

17 a 18 de novembroI Simpósio de Patologia e Produção Avícola Local: Hotel Holiday Inn, Porto Alegre, RSRealização: Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Patologia Aviária - CDPA/UFRGSContato: (51) 3308-6138Informações: www.cdpa.ufrgs.brE-mail: [email protected]

30 de novembro a 1 de dezembroI Congresso sobre aditivos na alimentação animal – Enzimas Local: Auditório do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Campinas, SPRealização: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA)Contato: (19) 3232-7518Informações: www.cbna.com.brE-mail: [email protected]

2012 Janeiro

24 a 26 de janeiroInternational Poultry ExpoLocal: Georgia World Congress Center, Atlanta, Gergia, EUARealização: U.S. Poultry & Egg Association Contato: (770) 493-9401 Informações: www.ipe11.org

27 de janeiro a 1 de fevereiro Poultry School - Classe 2012 - Atualização em qualidade, inocuidade e valor agregado no processamento avícolaLocal: Athens, Georgia, Estados UnidosRealização: Universidade Georgia e Instituto Interamericano de Cooperação para AgriculturaInformações: www.caes.uga.edu/departments/fst/WorkshopCalendar.htmlE-mail: [email protected]

Março

20 a 22 de marçoX Congresso de Produção e Comercialização de OvosLocal: Ribeirão Preto, SPRealização: Associação Paulista de Avicultura (APA)Contato: (11) 3832-1422Informações: www.congressodeovos.com.br

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8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor

A Uniquímica gostaria de destacar que também esteve presente nas reuniões com a Anvisa e o Ministério da Agricultura, que discutiu os ovos enriquecidos. Foi representada pelos profissio-nais Sonia Bazan e Ademar Katayama, que acompanharam ativamente todo o processo, desde a publicação da consulta pública nº 21, no dia 6 de abril deste ano até a reunião de conso-lidação da consulta pública, no dia 27 de julho. É importante explicar que o que aconteceu foi uma proibição do uso da expressão relativa ao termo “Ômega 3” em todas as embalagens de alimentos em geral, não especificamente aos ovos. Além disso, as empresas de produção de alimentos estão se adequando ao atual Regula-mento Técnico Mercosul sobre Informação Nu-tricional Complementar. Ele se aplica à informa-ção nutricional complementar (INC) contida nos rótulos, incluindo as marcas, dos alimentos em-balados, produzidos e comercializados no terri-tório dos Estados partes do Mercosul, ao comér-cio entre eles e as importações extrazonas, embalados na ausência dos clientes e prontos para oferta aos consumidores. Este Regulamen-to Técnico, que será publicado no Diário Oficial da União, diz respeito a alimentos em geral. Giovana de Paula, São Paulo, SP

Anvisa prepara normativa que libera ovos enriquecidos

Evento realizado entre os dias 25 e 27 de outubro, em São Paulo, SP, contou com palestras técnicas, discussões políticas e uma feira comercial.

A Anvisa solicitou no início de 2011 que o Minis-tério da Agricultura suspendesse a autorização para a rotulagem “ovos enriquecidos com Ômega 3”. O setor de ovos se reuniu e apresentou expli-cações, que foram aceitas pelo órgão. Agora, o produto está liberado (Edição 53/ setembro).

O Congresso de Avicultura em São Paulo foi muito concorrido e interessante também. Palestras técni-cas de alto nível, uma participação importante da Embrapa. Um excelente evento para todo o setor. O toque negativo foi a falta de realismo presente em praticamente todas as manifestações ocorridas no evento. Não vi nenhuma manifestação tratando da crise que está instalada no setor, pelo menos aqui na região centro-oeste do Estado de São Paulo. Temos aqui operando apenas 4 frigoríficos. Dois encontram-se em situação de grande dificuldade, atrasando o pagamento de seus parceiros em mais de um mês, sem um centavo de juros pelos atrasos.O receio de que a Associação dos Avicultores da Central Paulista (ASSOFRAN) venha a ganhar força neste processo de parceria em termos negociais, fez com que as integradoras se recusassem a acolher as contribuições.Eu sou um dos avicultores que deixou a atividade e, apesar de estar fora, não posso concordar com o clima de ufanismo que se instalou no setor, É falso! A quem pode interessar esse delírio?José Silveira Neto, Bariri, SP

Congresso Brasileiro de Avicultura tem programação diversificada

A edição de outubro da Revista do AviSite ao leitor um retrato da avicultura no âmbi-to social. Procuramos destacar a sua importância para a sobrevivência e o desenvolvi-mento de milhares de famílias, além de traduzir em números a sua grandeza para a economia do Brasil.

Participe e envie seu comentário para

[email protected]

nº 54 - ano Voutubro/2011

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A importânciaeconômicae socialda aviculturaApesar de sua grandeza, setor não tem apoio político proporcional

NESTA EDIÇÃOLançamento daRevista do Ovo

No final de setembro, a BRF anunciou a negocia-ção de ativos relacionados à operação de produ-ção e abate de suínos da Doux Frangosul, Em Caxias do Sul, RS.

Sabemos que a Doux no Brasil está com problemas já há algum tempo, e as conseqüências para os produtores e funcionários, que também são consu-midores, são muito maiores que o medo de ter a Brasil Foods, uma empressa sólida e séria, com monopólio no setor.Silvio Gonçalves de Melo, Uberlândia, MG

CADE monitora aquisições da BRF

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Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em outubro

Estudo recente sobre fósseis descobertos na provín-cia de Hebei, norte da China, aponta que a domes-

ticação das galinhas em território chinês começou há cerca de oito mil anos, antes, portanto, do que sinali-zava a arqueologia até aqui.

O achado data de seis mil anos A.C e é mais antigo que o descoberto anteriormente: galinhas domestica-das na Índia há quatro mil anos A.C. O sítio arqueoló-gico de Cishan, que remonta a 10 mil anos, foi desco-berto na década de 1970. No local, os arqueólogos encontraram vestígios dos mais antigos cultivos chine-ses – por exemplo, o de painço, conhecido também como milhete e milho-miúdo.

IBGE: abate inspecionado de frangos cresceu 8% no 1º semestre

1

No decorrer da última Feira de Anuga, na Alema-nha, importadores da UE manifestaram o desejo

de que a Comissão Europeia acabe com a quota que limita as importações de carne de frango da Tailândia e do Brasil ou, no mínimo, que amplie os volumes atualmente estipulados. Receberam o apoio dos forne-cedores tailandeses, segundo noticiou The Nation, jornal diário publicado na Tailândia, uma das partes diretamente interessada na questão. A publicação também afirma que o país deve se integrar a essas negociações com o objetivo, especial, de obter o au-mento da quota a ela proporcionada, já que o sistema vem favorecendo o Brasil. Leia mais na página 15.

Importadores europeus querem fim da quota do frango

4

3

Através de Resolução assinada pelo Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de

Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultu-ra, Luiz Carlos de Oliveira, o MAPA autoriza, no abate de aves, o emprego do sistema de lavagem de carcaças com o objetivo de remover a contami-nação por conteúdo gastrintestinal visível presente nas superfícies internas e externas das carcaças. Leia mais na página 10.

DIPOA autoriza lavagem de carcaças no abate de aves

2

Os dados divulgados pelo IBGE apontam que no segundo trimestre de 2011 foram abatidas no

Brasil em estabelecimentos sob inspeção federal, esta-dual ou municipal 1,310 bilhão de cabeças de frango, volume 0,2% superior ao do trimestre inicial do ano e 6% maior que o do mesmo período do ano passado.

Na previsão dos técnicos do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no Brasil, em 2012 a

produção brasileira de carne de frango deve manter o mesmo ritmo de expansão deste ano – 5% de incre-mento – e chegar aos 13,6 milhões de toneladas.

De acordo com o USDA, a previsão reflete a opi-nião geral do crescimento econômico brasileiro em 2012, bem como a perspectiva de manutenção em níveis elevados do consumo doméstico – comporta-mento derivado da “nova classe média brasileira”.

Brasil chega aos 13,6 milhões/t de carne de frango em 2012, prevê USDA

Galinha começou a ser domesticada na China há 8 mil anos

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10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Norma do MTE pode prejudicar setor de carnes

Associações alertam

Em documento encaminhado ao Ministro do Trabalho e Emprego

(MTE), Carlos Lupi, assinado pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), e pela União das Indústrias e Empresas de Carnes (Uniec), as entida-des que representam a indústria de processamento de carne no País estão solicitando a retirada de consulta públi-ca da Norma Regulamentadora sobre Abate e Processamento de Carnes e Derivados, disponibilizada pela portaria SIT nº 273 de 16/08/2011.

O documento foi entregue em

audiência com o ministro. “Fomos muito bem atendidos pelo Ministro que nos garantiu que nada será feito pelo Ministério do Trabalho sem que seja-mos atendidos em nossas reivindica-ções”, informa o Presidente-Executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar. Segundo ele, quando terminou o prazo da Consulta Pública, em 15 de outubro, foi criado o GTT – Grupo Técnico de Trabalho, “onde teremos os nossos representantes que defenderão as demandas dos nossos frigoríficos”, informou.

Segundo o documento entregue ao ministro, a Norma Regulamentadora tal

como está pode trazer severas conse- quências sociais e econômicas para o País tais como o fechamento de empre-sas, demissões em massa, queda ex-pressiva na produção e exportação de carne, aumento do abate irregular, além do aumento de preços, entre outras situações que origina. O documento solicita ainda o envolvimento do Ministério da Agricultura na elaboração da Norma, “visto que alguns de seus artigos interferem diretamente no am-biente e estrutura das plantas frigorífi-cas e que estas interferências devem ter o aval do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa”.

Para as entidades, a Normal Regulamentadora, ainda determina a necessidade de alteração do modelo de processo produtivo, excluindo a possibi-lidade de produção em linha e nória.

Outro ponto apontado no docu-mento, segundo ele, é o de que o setor de frigoríficos só foi incluído nas discus-sões para a elaboração da proposta a partir de junho deste ano. “A Norma trata igualmente frigoríficos de bovinos, suínos e aves, quando há especificida-des de processamento que deveriam ser bem mais discutidas, estudadas e dife-renciadas dentro dessa Norma em capí-tulos separados”, finaliza o presidente da Abrafrigo. As informações são da Assessoria de Imprensa da Abrafrigo.

Da forma como está sendo proposta, norma traz pontos sensíveis, que podem inviabilizar a gestão do negócio frigorífico

DIPOA autoriza lavagem de carcaças no abate de aves

Contaminação gastrintestinal

Através de Resolução publicada na edição de 26 de outubro do Diário

Oficial da União, assinada pelo Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura, médico veteri-nário Luiz Carlos de Oliveira, o MAPA

autoriza, no abate de aves, o emprego do sistema de lavagem de carcaças com o objetivo de remover a contaminação por conteúdo gastrintestinal visível pre-sente nas superfícies internas e externas das carcaças.

A autorização não significa abertura

automática e irrestrita de adoção do processo. De acordo com o texto publi-cado, “os estabelecimentos que almejam utilizar este sistema devem proceder a uma revalidação do plano APPCC”. Por outro lado, a autorização de uso do sistema é competência exclusiva do SIF.

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Produção Animal | Avicultura 11

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UFG inaugura aviário-escolaNa prática

AUniversidade Federal de Goiás (UFG) inaugurou no dia 19 de

outubro o Aviário-Escola da Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ). O aviário que já está em funcionamento é uma conquista da UFG. A unidade foi cons-truída com recursos da UFG, mas fun-ciona em regime de parceria com a empresa SuperFrango de Itaberaí, GO. Segundo o diretor da Escola de Veterinária, Marcos Café, o aviário vai possibilitar um avanço importante na extensão, na pesquisa e no ensino da avicultura na EVZ.

O aviário foi construído dentro dos padrões da avicultura industrial com um alto nível de tecnificação e automa-ção, tem a capacidade de criação de 23 mil frangos de corte, que são abati-dos com 42 a 45 dias de idade. De acordo com Café, a parceria com a empresa SuperFrango permite a cria-ção dos frangos de corte, sem a preo-

cupação com a compra de insumos e com a comercialização das aves, o que garante a criação de vários lotes de frangos de corte por ano. Com o aviá-rio, os estudantes dos cursos de Veterinária, Zootecnia e Agronomia têm um importante laboratório de aulas práticas. Ele também explica que

a construção da unidade representa um marco no ensino de avicultura e permite que a EVZ proporcione aos alunos acompanhar todo o ciclo de produção do frango de corte. “Essa estrutura vai dotar a escola da mais moderna de ensino da avicultura no Brasil”, ressalta Café.

Aviário vai possibilitar avanço importante no ensino da avicultura

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12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Chapecó tem piloto do Programa de Inclusão Digital

Internet no meio rural

No perímetro urbano da maioria das cidades brasileiras a internet

não é novidade. As comunidades ru-rais, porém, ainda sofrem com o eleva-do custo para implantação e manuten-ção da telefonia fixa e internet.

Pensando em ampliar a oferta destes serviços no interior dos municí-pios catarinenses, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca anun-ciou o Programa de Inclusão Digital destinado às comunidades rurais.

O objetivo do projeto é oferecer internet banda larga e telefonia fixa às comunidades rurais e, com isso, pro-mover o acesso de pequenos produto-res aos recursos da tecnologia de informação.

Segundo o secretário, João Rodrigues, o projeto integra os esfor-ços da secretaria para combater o êxodo rural. “A internet estará à dispo-sição da família. É uma forma de segu-rar o jovem no campo”, ressaltou. O investimento total do governo estadual passa dos R$ 40 milhões até o final de 2011.

A experiência terá início em Chapecó, SC, e será estendida para outros 19 municípios. Cerca de 50 mil moradores rurais serão atendidos na primeira fase do programa. As infor-mações foram divulgadas pela MB Comunicação.

Redes de fast food investem em cardápio mais saudável

Menos sal

As redes de fast food, principalmen-te o McDonald’s, estão divulgando

a redução dos teores de sal e gordura em seus lanches.

A mudança envolve a inclusão de saladas, sucos, legumes e frutas no cardápio. Bob’s e Burger King também oferecem saladas e sanduíches menos calóricos do que as opções clássicas.

Especialistas em nutrição, no entan-to, afirmam que as mudanças são tímidas.

A rede McDonald’s incluiu quatro fatias de maçã como sobremesa em seu McLanche Feliz. A batata frita do lanche infantil ganhou uma versão reduzida, com menos de cem calorias, cerca de metade do que havia na porção origi-nal. É possível substituir a batata por palitinhos de cenoura e o refrigerante por suco.

No Bob’s, os lanches mais saudáveis levam pão integral e peito de peru. No Burger King, o cliente pode optar por água de coco em vez de refrigerante.

Uma das principais mudanças no

conteúdo dos lanches é a redução da quantidade de sódio (componente do sal). O McDonald’s reduziu em 15% o sódio de seu Big Mac. Nos nuggets de frango, o corte foi de 10%.

O Bob’s afirma que está estudando reduções nessa mesma direção. Segundo o Burger King, os nuggets já tiveram o sódio reduzido.

O corte do sódio é o ponto positivo das mudanças no fast food. Consumido em excesso, o sódio aumenta o risco de hipertensão, derrame, infarto e doenças renais.

O brasileiro consome 8,2 g de sal por dia (3,3 g de sódio) em média, mas as recomendações internacionais são de um máximo de 6 g (2,4 g de sódio), só uma colher de chá.

As informações foram divulgadas pela Folha de São Paulo.

McDonald’s reduziu em 10% o sódio de seu

nuggets de frango

Autoridades de Santa Catarina na solenidade

de lançamento do Programa de Inclusão

Digital

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Produção Animal | Avicultura 13

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14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Um brasileiro na direção da IFIFFederação Internacional

Mario Sergio Cutait assumiu o comando da Federação

Internacional da Indústria de Ração Animal (IFIF, na sigla em inglês). O brasileiro, diretor do grupo M.Cassab, terá um mandato de dois anos à frente da entidade, que repre-senta as multinacionais do setor. O executivo afirma que o segmento deve fechar o ano com um fatura-mento de US$ 350 bilhões, 4% a mais que em 2010. Os países em desenvolvimento puxam a expansão

do setor, enquanto Estados Unidos e Europa enfrentam um período de estagnação. “De acordo com a FAO, o consumo mundial de alimentos vai dobrar até 2050, mas o de carnes deverá triplicar nesse período. Os asiáticos, em especial, estão consu-mindo cada vez mais carnes e produ-tos industrializados”, afirma. Segundo ele, países como a Rússia e regiões como a África Subsaariana têm muito espaço para crescer na produção de rações.

VBP da avicultura chega aos R$29 bilhões em 2011

Para CNA

Nas projeções da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o

valor bruto da produção animal brasileira em 2011 deve chegar aos R$111 bilhões, aumentan-do quase 14% em relação a 2010. Pouco mais de um quarto desse valor (R$29,031 bilhões) deve ser gerado pela avicultura (carne de frango e ovos) que, assim, deve apresentar o maior índice de aumento entre os quatro segmentos analisados - pecuária de corte, pecuária leiteira, suínos e aves.

Em relação à carne de frango, especifica-mente, a projeção da CNA prevê aumento de 2,6% no volume produzido e de 17,6% no pre-ço médio. Isso fará com que o VBP do frango supere a casa dos R$25 bilhões, um aumento de 20,5% sobre os R$20,9 bilhões de 2010.

O VBP do ovo terá evolução mais modesta, de 8,4%. Isto apesar de estar sendo previsto aumento de 8,1% no preço médio do produto. É que a CNA projeta crescimento “zero” na produção, que deve ficar em 61,617 milhões de caixas, mesmo volume de 2010.

Vale notar que, embora cite como fonte a UBABEF, o volume de produção de carne de frango e de ovos apontado pela CNA se encon-tra visivelmente aquém do estimado pela enti-dade dos avicultores. Em janeiro deste ano a UBABEF informou que em 2010 foram produzi-das no Brasil 12,230 milhões de toneladas de carne de frango e 28,851 bilhões de ovos.

Mario Sergio Cutait: Mandato de dois anos à frente da entidade

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Produção Animal | Avicultura 15

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Importadores europeus querem fim de quota

Partiu deles

No decorrer da última Feira de Anuga (Colônia, Alemanha, 8 a

12 de outubro de 2011), importado-res da União Europeia manifestaram o desejo de que a Comissão Europeia (o braço executivo da UE) acabe com a quota que limita as importações de carne de frango da Tailândia e do Brasil ou, no mínimo, que amplie os volumes atualmente estipulados. Receberam o apoio dos fornecedores tailandeses, segundo noticiou o The Nation, jornal diário publicado na Tailândia, uma das partes diretamen-te interessada na questão.

Conforme o The Nation, parceiros comerciais da empresa tailandesa Betagro no Reino Unido, Holanda, Suécia e Alemanha queixaram-se de que o único efeito observado interna-mente com a imposição das quotas foi a elevação dos custos. Lamentaram, também, a necessidade de negociar quotas com outros im-portadores para poderem atender às suas necessidades. Por fim, comenta-ram que a introdução das quotas criou um novo negócio, pois signifi-cativa parcela dos importadores ven-de parte ou mesmo a totalidade de suas quotas para empresas que ne-cessitam de maior volume do produ-to. Há referências à venda de quotas por um valor médio da ordem de €550 (cerca de R$1.330,00).

Rússia promete cortar pela metade subsídios

Para entrar na OMC

A Rússia promete cortar pela metade até 2018 os subsídios

agrícolas que mais distorcem o co-mércio, na tentativa de acertar as condições para entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) no fim do ano.

Além disso, num “draft’’ sobre compromissos russos que circulou na semana passada, só não estavam listadas as tarifas de importação para as carnes de bovinos e suínos, produtos de maior interesse do Brasil. Faltam pequenos detalhes para fechar o pacote das carnes com todos os exportadores. Mas nego-ciadores dizem que está tudo an-

dando bem. Agora é só mesmo a decisão política que será tomada para permitir a entrada da Rússia na OMC, após anos de negociações.

Na parte dos subsídios, o com-promisso de Moscou é de entrar, podendo conceder US$ 9 bilhões de ajuda para seus agricultores, mas reduzindo para US$ 4,4 bilhões em 2018. Países exportadores fizeram a Rússia aceitar limites específicos de subsídios por produtos, para assegu-rar que não haja concentração dos recursos em alguns poucos produtos agrícolas.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Países teriam se queixado: efeito da imposição das

quotas foi elevação dos custos

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16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Produção avícola europeia terá crescimento “zero” em 2011

Crise que se avoluma

Relatório datado de outu-bro e que foi divulgado

pela Comissão Europeia ob-serva que, após ter aumenta-do perto de 2,5% no ano passado, em 2011 a produção de carnes avícolas (predomi-nantemente de frango) da União Europeia deve perma-necer no mesmo nível ante-rior, podendo ter ligeiro cres-cimento (+0,6%) no ano que vem.

Como, em decorrência da crise econômica de 2008, o consumo interno tem-se man-tido praticamente estável (+0,4% em 2009, “zero” em 2010, queda de 1,8% em 2011), o bloco reduziu ligeira-mente suas importações (que-da de 1,8% em 2009 e de 8,3% em 2010) e só agora, em 2011, registra ligeiro au-mento (+1,1%) – mas sem

retornar aos volumes adquiri-dos no biênio 2008/2009.

Opostamente (e por ne-cessidade, claro) as exporta-ções só tem feito aumentar: +4,8% em 2009, +23,3% em 2010,+18,8% em 2011. Só no ano que vem devem registrar pequena redução (-1,6%). Ainda assim, 2012 pode ser fechado com exportações 51% maiores que as de 2008.

Note-se que, embora o consumo global permaneça relativamente estável, o per capita vem recuando continu-amente: -0,6% em 2009, -0,2% em 2010 e -2,0% em 2011. A Comissão Europeia prevê que em 2012 haja pe-queno crescimento (+0,6%). Mas diante da crise que se avoluma a cada dia no bloco até essa possibilidade vai se tornando remota.

Exportação de frango dos EUA segue em franca recuperação

Bons resultados nos últimos dois meses

Após aumento de mais de 28% em julho, as exportações norte-americanas de carne de

frango continuam em expansão. Em agosto pas-sado aumentaram 36% em relação ao mesmo mês do ano anterior e ficaram perto das 315 mil toneladas - aparentemente um recorde na história das exportações de carne de frango dos EUA.

Em função dos excepcionais resultados dos últimos dois meses, o volume negociado no ano (que havia fechado o primeiro semestre com redução de quase 2%) agora apresenta expansão de 6,62%.

Já o total exportado nos 12 meses encerrados em agosto de 2011 aumentou 8,59% e ficou próximo dos 3,2 milhões de toneladas. No ano passado as exportações de carne de frango dos EUA ficaram aquém dos 3,1 milhões de toneladas.

País vai sacrificar aves e ovo, entre outras medidas de contenção, para evitar que o vírus H5 se espalhe

EUAEvolução mensal das exportações

de carne de frangoMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

set 262,662 278,164 5,90%

out 275,915 305,086 10,57%

nov 240,240 301,051 25,31%

dez 259,128 280,228 8,14%

jan 208,644 209,790 0,55%

fev 200,267 233,116 16,40%

mar 257,591 251,094 -2,52%

abr 251,828 225,421 -10,49%

mai 242,904 256,800 5,72%

jun 275,899 236,420 -14,31%

Jul 235,655 303,003 28,58%

ago 231,242 314,478 36,00%

EM 8 MESES 1.904,030 2.030,122 6,62%

EM 12 MESES 2.941,975 3.194,651 8,59%

Fonte dos dados básicos: USDA / Elaboração e análises: AVISITE - OBS.: Os dados, relativos apenas à carne de frango

in natura, não incluem as patas de frango exportadas.

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Produção Animal | Avicultura 17

Número de aviários cresce 7,9% em um ano no Paraná

Bom negócio

Em função do bom momento vivido pela avicultura paranaense, o número

de aviários de frangos de corte no esta-do cresceu 7,9% nos últimos 12 meses, passando de 14.059 estabelecimentos cadastrados em outubro de 2010 para os atuais 15.177, de acordo com dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Desse total, 11.204 aviários, ou 73,8%, são mantidos por integrados; 2.242 por cooperados (14,8%); e 1.731 pelas pró-prias indústrias ou de forma independen-te (11,4%).

Agora, com a chegada da Br Frango ao Noroeste do Paraná - região que hoje concentra cerca de 42% da produção de frango no estado segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar) - a atividade deverá ganhar um novo impulso. Ao custo total de implantação de mais de R$ 100 mi-lhões, da BR Frango entrará em operação em dezembro deste ano e até 2013 deverá abater 420.000 aves/dia. A pro-dução da indústria será fomentada por aproximadamente 340 aviários – 100 próprios e 240 integrados.

“Com a modernização da agricultu-ra, atividades como a avicultura tornam-

-se uma das alternativas de diversifica-ção, principalmente para os agricultores familiares, que buscam a redução da sazonalidade e uma melhor rentabilida-de. Entretanto, é recomendável que o produtor rural que deseja entrar nesse mercado, destinando um espaço de sua propriedade para aviários, procure traba-lhar associado a uma empresa, pois facilita a manutenção, garante a venda da produção e o retorno sobre o valor investido em médio prazo”, avalia Reinaldo Morais, presidente da BR Frango.

As informações foram divulgadas pelo Jornal Umuarama Ilustrado.

Notícias/Empresas

Nova empresa deve entrar em operação ainda este ano e impulsionar ainda mais a região com 340 novos aviários

BR Frango tem custo total de implantação

estimado em mais de R$ 100 milhões e

entrará em operação em dezembro

deste ano

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18 Produção Animal | Avicultura

Notícias

“Nordeste é a melhor região para criar frango hoje”

Itabom analisa instalar unidade em Sergipe

O frigorífico Itabom estuda a possi-bilidade de implantar uma filial

em Sergipe. A empresa foi fundada em 1986, em Itapuí, interior de São

Paulo, e hoje gera mais de 1.700 empregos na região.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) está viabilizando o projeto de implantação da empresa em Sergipe. Atualmente, as unidades Itabom abatem 18.000 aves por hora, com o total controle de qualidade, aprovados e inspecionados pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal).

Segundo Pedro Polli, proprietário da Itabom, a possível escolha do Estado de Sergipe para implantar a sua empresa se deve, dentre outros fatores, aos bons incentivos que o governo oferece para as indústrias. “Antigamente o pessoal dizia que o Sul e o Sudeste eram os melhores

lugares para criar frango, hoje eu digo que o Nordeste é muito melhor. Isso porque lá tem as quatro estações do ano e aqui o clima é mais estável. Então, ao invés de ampliar o nosso frigorífico lá em São Paulo, que já tem carência de mão de obra, é melhor instalar outro. Aqui é o lugar ideal, pois encontramos o apoio que vem colaborar para a viabilização desse empreendimento”.

A notícia foi muito bem recebida por todos os presentes na reunião. O superintendente do Banco do Nordeste, assim como o presidente do Banese, garantiram apoio financeiro.

As informações foram divulgadas pela Sedetec.

Brasil Foods avança na ArgentinaAquisição

A Brasil Foods anunciou a compra de 67% do capital social da indústria

argentina de frango Avex, do grupo Miguens. Com a operação, que envolveu um desembolso equivalente a US$ 100 milhões, a empresa brasileira formou um novo grupo empresarial, a BRF Argentina, que adquiriu pelo equivalente a US$ 50 milhões o controle total do grupo Dânica, de margarinas e molhos.

O crescimento fora do Brasil era esperado depois da recente decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que obrigou o conglo-merado a se desfazer de dez fábricas, oito centros de distribuição e diversas marcas. Mas o presidente da empresa, José Antonio do Prado Fay, negou a relação direta.

“Essa expansão estava prevista em nosso planejamento estratégico. Evidentemente a decisão do Cade se ajustou a um objetivo que já estava traça-do”, afirmou Fay. O executivo afirmou que a BRF optou por manter um sócio

minoritário local porque “entrar na Argentina não é trivial”. O grupo Miguens tem investimentos em diversas áreas, como energia, papel e alimentos. São um dos acionistas da Havanna S.A, que produz o alfajor mais conhecido do país.

Fay afirmou que a nova empresa manterá as exportações atuais da Avex para a Venezuela e o Chile, mas passará a atender também a mercados hoje abas-tecidos pelo Brasil e começará a atuar no mercado interno. A capacidade de pro-dução passará de 130 mil abates por dia para 300 mil abates, em um investimento ainda não quantificado por Fay.

A nova empresa também irá absorver as atividades da Sadia Argentina, que importa hoje processados de aves, fatu-rando ao redor de US$ 40 milhões.

Após o anúncio do negócio com os argentinos, a Brasil Foods divulgou ainda que planeja novas aquisições na América Latina, como parte de sua estratégia de internacionalização, segundo da companhia.

Wilson Mello, vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, afirmou que a empresa busca oportunidades para produzir e processar nos segmentos de frangos, suínos, bovinos e leite em outros países da região.

“A América Latina está inserida em nosso plano de investimentos. A Argentina foi o primeiro passo e estamos buscando mais oportunidades”, disse Mello. Ele não detalhou em quais países a empresa está interessada.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico e pela Folha de São Paulo.

Linha de produção da Itabom em Itapuí, SP

Após adquirir empresa argentina, Brasil Foods também afirmou que

planeja novas aquisições na América Latina

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Produção Animal | Avicultura 19

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Empresas americanas buscam aquisições no Brasil

Da área de alimentos

Com os ventos desfavoráveis da economia nos Estados Unidos e

Europa, a indústria de alimentos ameri-cana se volta a países emergentes e mira especialmente o apetite e o bolso do brasileiro.

Em conversa com a Agência Estado em Minneapolis, executivos de duas gigantes do setor disseram ter estraté-gias parecidas para o Brasil: comprar ativos e acompanhar o crescimento do mercado interno, puxado pela nova classe média.

Tanto a Cargill quanto a General Mills dizem ter no Brasil equipes afia-das analisando oportunidades de aqui-sição, mas é pouco provável que come-cem pelos ativos de R$ 3 bilhões que a BRF - Brasil Foods terá de vender como contrapartida à aprovação da fusão

Sadia/Perdigão. Quando o assunto é proteína animal, as empresas brasileiras são vistas como muito competitivas nos EUA - onde também têm feito aquisições com apoio do BNDES.

“Não descartamos a possibilidade de entrar no setor de proteína (carne) no Brasil, mas as companhias brasileiras parecem muito fortes nesse setor”, diz Thomas Forsythe, vice-presidente de comunicação corporativa da General Mills, companhia mais focada em pro-

dutos como cereais e ingredientes.Mike Fernandez, vice-presidente

para assuntos corporativos da Cargill, diz que os ativos da BRF são interessan-tes, mas admite que grupos como Marfrig e JBS têm mais chances de levá-los. “A questão não é nosso inte-resse, que é grande nesse setor, mas a que preço os ativos estão disponíveis”, define.

A Cargill investe pesado em proteí-na animal nos EUA e na China, mas afastou-se do segmento no Brasil ven-dendo a Seara para o Marfrig em 2009. A empresa sofria com as barrei-ras sanitárias da Rússia à carne brasilei-ra e a Seara estava muito dependente da exportação.

As informações foram divulgadas pela Agência Estado.

Cargill e General Mills têm no Brasil equipes afiadas

analisando oportunidades,não devem começarpelos ativos da BRF

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20 Produção Animal | Avicultura

Notícias/Empresas

Cotriguaçu investe R$ 50 milhões em logística

No Paraná

A Cotriguaçu, cooperativa central que tem como sócias a C.Vale, a

Coopavel, a Copacol e a Lar, vai investir R$ 50 milhões na construção de um ponto de apoio logístico no município de Cascavel, Oeste do Paraná. O valor inclui a construção de estruturas e câmaras frias (R$ 40 milhões) e a com-pra de 60 vagões ferroviários (R$ 10 milhões). As obras devem começar em 15 dias e a inauguração está prevista para daqui a 18 meses.

Trata-se do primeiro passo das cooperativas para ampliar o transporte por meio de trens em parceria com a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste). “A Cotriguaçu tem terminal

portuário em Paranaguá e agora terá terminal ferroviário”, explicou o presi-dente da cooperativa, Dilvo Grolli, que também comanda a Coopavel. A coo-perativa ganhou a concessão de uma área de 11,5 hectares próximo ao termi-nal da Ferroeste para erguer a estrutura.

As quatro filiadas da Cotriguaçu atuam no segmento de carnes e, jun-tas, produzem 44 mil toneladas de frango por mês, sendo 20 mil toneladas para exportação. Juntas, elas abatem 1 milhão de frangos por dia, contou o executivo. Parte da produção (20%) já segue para o porto por ferrovia, mas a intenção é aumentar o volume.

“Também temos interesse em criar estrutura logística para grãos”, adian-tou Grolli, sobre os planos de construir armazéns em Cascavel no futuro, a partir de 2013.

A Ferroeste tem 248 quilômetros de ferrovia, entre Cascavel e Guarapuava, e opera com prejuízo. O governo quer aumentar o volume de transporte e investir em locomotivas. Para chegar ao porto de Paranaguá, a empresa precisa usar direito de passagem por vias da América Latina Logística (ALL) ou optar por intermodalidade, com caminhão.

Maurício Theodoro, presidente da Ferroeste, informou que até 2015 have-rá novos investimentos por parte das cooperativas, que estão sendo procura-das para ajudar a viabilizar os planos da estatal. “Estamos negociando intermo-dalidade com a Coamo”. Hoje a Ferroeste tem dez locomotivas (seis delas em operação) e 60 vagões. Ela transporta apenas 5% da capacidade da região onde está instalada. Vai transportar 1 milhão de toneladas em 2011. Theodoro quer chegar a 2 mi-lhões em 2013.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Aurora investe em novo centro de distribuição em SP

R$ 45 milhões

A Coopercentral Aurora, com sede em Chapecó, SC, irá investir R$

45 milhões para a construção de um novo centro de distribuição em Arujá, na região metropolitana de São Paulo, para melhorar o atendi-mento à região Sudeste. Atualmente, a empresa tem uma unidade de lo-gística em Guarulhos, SP, que está perto da saturação em função do crescimento das operações, informou o presidente Mário Lanznaster.

A Aurora já adquiriu um terreno de 205 mil m², no valor de R$ 9 mi-lhões, no bairro da Fazenda Velha, perímetro urbano da cidade de Arujá, para construir o novo centro de distribuição. O início das constru-ções, no entanto, ainda depende da venda da atual unidade em Guarulhos, diz o presidente.

O novo centro será formado por um conjunto escritórios, armazéns, câmaras frias, salas para treinamen-

to, setor comercial, área de seguran-ça do trabalho, enfermagem, restau-rante e vestiários, repouso de motoristas, portaria e balança, totali-zando 18.884 metros quadrados. Não haverá geração de novos empre-gos, mas a transferência dos 324 funcionários de Guarulhos, que atu-am nas áreas operacionais e de vendas.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Cooperativas querem ampliar o transporte por meio de trens

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Produção Animal | Avicultura 21

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Rede dos EUA de frango grelhado busca parceiros no País

De olho no Brasil

A rede americana de alimentação Pollo Tropical, especializada em

frango grelhado, colocou o Brasil no centro de suas prioridades. A empresa, que faturou US$ 187,3 milhões em 2010, busca parceiros para abrir as

primeiras unidades no país em 2012. Hoje são 90 pontos próprios nos Estados Unidos e 31 franquias em outros nove mercados, incluindo Venezuela e Equador. A meta para o Brasil é ter 30 restaurantes entre três e quatro anos.

Fundada em 1988, a empresa foi com-prada dez anos depois pela Carrols Corporation, que também opera os 170 restaurantes de comida mexicana Taco Cabana e é a maior franqueada da rede de lanchonetes Burger King, com 306 lojas nos Estados Unidos.O vice-presidente sênior de desenvolvi-mento internacional da Pollo Tropical, Marc Mushkin, esteve no Brasil para prospectar parceiros.

“O ideal é que sejam parceiros regio-nais, mas talvez possa ser um grupo nacional forte”, diz. A ideia é começar com dois ou três grupos. O parceiro ideal é aquele que já tem marcas de restaurantes, preferencialmente, ou de hotéis. Curitiba e Brasília devem capita-near a entrada no mercado nacional, afirma Mushkin.As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

“O ideal é que sejam parceiros regionais, mas talvez possa ser

um grupo nacional forte”,

afirma Marc Mushkin, da Pollo Tropical

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Especial Nutrição

22 Produção Animal | Avicultura

A nutrição é um dos pontos cruciais da produção avíco-la. A combinação e a quantidade de nutrientes a serem fornecidas às aves ajudam a determinar o seu nível de

produtividade, seja para carne ou para ovos. E saber o que é melhor para o desempenho dos frangos de corte e das poedei-ras, sem elevar tanto os custos da produção, é um desafio para o avicultor. Ainda bem que para isso ele pode contar com a ajuda e o conhecimento de nutricionistas especializados em alimentação para aves de produção e com a tecnologia de ponta das empresas de ração.

E entre as opções da nutrição animal que ajudam a otimi-zar os resultados da avicultura está a ração peletizada. Na verdade, trata-se da usual ração farelada submetida ao proces-so de peletização. “A peletização é um processo que envolve as etapas de condicionamento (exposição ao vapor úmido e quente), seguido de uma prensagem e formatação e, por fim, um resfriamento (redução da temperatura e umidade)”, expli-ca Everton Luís Krabbe, pesquisador da área de Produção e Nutrição de Monogástricos de Aves, da Embrapa Suínos e Aves. “O resultado deste processo é a formação de partículas na forma de cilindro, com diâmetro específico (de acordo

Especial Nutrição

Esta forma de ração pode otimizar os índices zootécnicos da produção de aves por proporcionar maior eficiência alimentar e menor desperdício na granja. Ela também auxilia na redução da carga microbiana do alimento, resultando em benefícios sanitários. Veja nesta reportagem as vantagens deste tipo de ração e os desafios do produto para o mercado

Ração peletizada

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Produção Animal | Avicultura 23

Especial Nutrição

Existem peletes com diferentes tipos de diâmetros para cada fase

com a finalidade, para aves de diferentes idades e capacidade de ingestão) que podem variar de 1 a 4 mm, em média, eventual-mente saindo desta faixa, e o comprimento variando de 0,5 a 1,5 cm”.

Segundo ele, a peletização originou-se por volta de 1930, nos Estados Unidos. “Aqui no Brasil, a peletização vem sendo utilizada há décadas e hoje mais de 70% das rações destinadas a frangos de corte são peletizadas”, revela. “A ração peletizada é van-tajosa também porque as aves têm preferência por partículas mais grosseiras, em virtude de mecanorreceptores presentes no bico, o que acaba proporcionan-do satisfação ao animal e incre-mentando o consumo”. Outro aspecto importante apontando pelo pesquisador é o fato de o fornecimento do alimento peleti-zado diminuir o desperdício e o gasto energético das aves com o processo de ingestão. Isso, de acordo com Krabbe, permite uma maior eficiência alimentar e me-nor custo de produção final da ave. “Por fim, a peletização tam-bém auxilia na redução da carga microbiana do alimento, em função da temperatura elevada, o que resulta em benefícios sanitá-rios”, resume. “Na verdade, do ponto de vista nutricional, a pe-letização apresenta vantagens e desvantagens, mas no computo geral, os benefícios são muito maiores”.

A peletização consiste na aplicação de vapor e calor ao ali-mento e, por conseguinte, subs-tâncias (nutrientes e aditivos) que apresentam perdas em fun-ção do aquecimento. “Podem ser prejudicados, por exemplo, vita-minas, probióticos, enzimas, áci-dos orgânicos e outros. Mas em contrapartida, a peletização faz

com que um importante compo-nente do alimento, o amido, sofra o processo de gelatinização, o que resulta em uma maior diges-tibilidade, favorecendo o desem-penho de aves que consomem este tipo de alimento”, descreve o pesquisador. De acordo com ele, há casos em que o alimento é peletizado e, a seguir, triturado novamente como acontece com o primeiro alimento fornecido ao frango de corte, uma vez que pintinhos não conseguem ingerir partículas grandes como é o pele-te normal. “À medida em que as aves se desenvolvem, o alimento já é fornecido totalmente como pelete”, explica.

CustosSobre o custo da ração peleti-

zada perante a farelada, o pesqui-sador diz que, se considerado o custo por tonelada na fábrica de rações, a dieta peletizada, por envolver um número maior de processos, apresenta um custo maior. “Mas se considerados os benefícios da peletização no de-sempenho de aves, a dieta peleti-

O resultado da peletização é a

formação de partículas na

forma de cilindro, com

diâmetro específico

Ração peletizada

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24 Produção Animal | Avicultura

Especial Nutrição

zada é mais eficiente economica-mente do que uma dieta farelada”, compara. “O processo de peleti-zação envolve etapas extras em relação ao processo de fabricação de alimento farelado. Além disso, ter uma linha de produção de alimento peletizado em uma fá-brica de rações demanda um in-vestimento considerável, pois uma série de condições extras são demandadas como, por exemplo, a disponibilidade de vapor. Além disso, o consumo de energia du-rante a peletização é expressivo”.

A vantagem da ração peletiza-da também está presente no as-pecto ambiental. Krabbe explica que pelo fato de a peletização re-sultar em uma maior digestibili-dade do alimento, a quantidade de nutrientes jogada no meio ambiente via excretas é menor, portanto, o potencial poluidor de aves criadas com dietas peletiza-das é menor quando comparadas com dietas fareladas. “Além dis-so, o próprio ambiente onde as aves são criadas (cama) apresenta menos nutrientes para o desen-volvimento de micro-organis-mos, o que acaba resultando em uma instalação menos contami-nada, favorecendo o bem-estar das aves”. O pesquisador da Em-brapa ainda afirma que toda ave pode consumir dietas peletiza-das, desde que a dimensão do

pelete seja compatível com o ta-manho do bico da ave (ver qua-dro). “Uma vez respeitada esta questão física, não há limitação quanto ao uso das mesmas”.

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Alimen-tação Animal (Sindirações), a ra-ção peletizada já está presente em mais de 50% do plantel de aves alojado no Brasil. Segundo informações da entidade, a ração peletizada tem suprido boa parte do plantel de frangos de corte durante as fases de crescimento e terminação. Já a ração triturada, que foi previamente peletizada, tem encontrado uso consistente e crescente. “Considerando que a quantidade de ração demandada nas fases de crescimento e termi-nação representa mais de 70% do consumo total, a apresentação peletizada pode já alimentar mais de 50% do plantel alojado no País”, atesta o Sindirações.

Tendência e inovaçãoA inovação na peletização de

rações é constante, desde os con-ceitos de engenharia na projeção de peletizadoras, passando por aditivos que permitam uma qua-lidade/durabilidade de pelete. Segundo Krabbe, outra tendência é o uso de substâncias surfactan-tes que melhoram a dinâmica do vapor na massa, favorecendo

GranulometriaEverton Luís Krabbe, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, explica qual é a granulometria ideal para os peletes na

produção das aves. Confira: “De modo geral, o alimento peletizado de aves é produzido com diâmetro de 4 a 4,5 mm. Esta dimensão atende bem a necessidade de aves na fase de crescimento e final (adulta).

Além disso, existem peletes com diferentes tipos de diâmetro. Um exemplo disso são as dietas micropeletizadas, com diâmetro 1,5 a 2 mm, desenvolvido especificamente para aves jovens e outras espécies. Em poedeiras, não é muito comum o uso de dietas peletizadas, especialmente pelo fato de o alimento ser fornecido de forma controlada, ou seja, a quantidade exata para aquela fase de vida da ave. Diferentemente de frangos de corte, onde se visa o máximo consumo e, por consequência, o máximo ganho de peso no menor intervalo de tempo possível. Além disso, para que uma linha de peletização seja economicamente interessante, é necessário que a fábrica de rações produza grandes volumes diários, o que não é o caso de instalações de poedeiras, embora existam grandes empreendimentos focados em produção de ovos no Brasil”.

As aves aproveitam mais os nutrientes nas dietas com ração peletizada

A peletização apresenta

vantagens e desvantagens,

mas no computo geral, os

benefícios são muito maiores

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Produção Animal | Avicultura 25

uma maior intensidade da gelatização do amido. “Recentemente, com o crescente uso de glicerol nas dietas, tem sido observado uma melhoria da quali-dade de peletes associado a uma maior produtivida-de das linhas de peletização. Este assunto tem sido tema de pesquisas recentes”, destaca.

Para João Carlos de Angelo, gerente de Formula-ção e Avicultura do Grupo Guabi, a grande possibi-lidade de melhora da qualidade dos peletes é a uti-lização de aglutinantes para promover a redução de finos das rações. “Os finos diminuem o desempe-nho das aves em relação às rações peletizadas ínte-gras”, aponta. “No processamento, a oportunidade é a melhora do tempo de condicionamento da ra-ção. Muitas empresas já o fazem para promover a melhora na exploração de todo o potencial nutri-cional dos ingredientes, aumentando sua digestibi-lidade e aproveitamento nutricional. Outra possibi-lidade é a intensificação da utilização de rações minipeletizadas (1,6 a 1,8 mm) na fase pré-inicial e inicial para otimização dos resultados zootécnicos e econômicos”.

De acordo com Henrique Guimarães Fernandes, diretor de Marketing e Novos Negócios da Vaccinar, o mercado está cada vez mais atento às dietas pele-tizadas, principalmente as pré-iniciais. “São dietas diferenciadas, onde utilizamos ingredientes sele-cionados de qualidade, com a finalidade de atingir-mos o máximo em desempenho para essa fase”, diz. “Devido à implementação da fase pré-inicial, muitas fábricas têm problemas de produção e logís-tica, além da dificuldade em selecionar ingredien-tes específicos (seja em volume ou qualidade) para essa fase da criação, o que tem feito crescer muito o consumo de dietas prontas peletizadas”.

Alexandre Barbosa de Brito, gerente de Formu-lação e Nutrição da Poli-Nutri Alimentos, chama a atenção das fabricantes de ração peletizada. “Quem peletiza, deve atentar-se para produzir uma dieta de forma a priorizar o máximo possível de peletes íntegros”.

Toda ave pode consumir dietas peletizadas, desde

que a dimensão do pelete seja compatível

com o tamanho do bico

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26 Produção Animal | Avicultura

Vitrine de produtos: Soluções para nutrição

A ICC é uma empresa brasileira que alia pesquisa e biotecnologia disponibilizando produtos inovadores que proporcionam melhor performance para a avicultura, suinocultura e bovinocultura a um excelente custo benefício.

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ICC Hilyses

Hylises é um produto único obtido através da seleção de cepas específicas de Saccharomyces cerevisae que são submeti-das a um processo especial de autólise e posterior hidrolise, visando disponibilizar e tornar mais digestível não somente o conteúdo intracelular (peptídeos, glutami-na ,vitaminas) como também os nucleotí-deos e nucleosídeos, provenientes da quebra do RNA. Como benefícios, tere-mos diminuição da mortalidade, desenvol-vimento mais uniforme, maior ganho de peso, menor taxa de conversão e animais mais saudáveis.

A Agroceres Multimix Nutrição Animal tem como visão ser reconhecida como a empresa de nutrição mais profissional do mercado, e está há mais de 30 anos con-tribuindo com a pecuária em todos os segmentos de nutrição nas cadeias produtivas de aves, bovinos, equinos e suínos.

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Agroceres Multimix Avestart

Avestart é uma ração desenvolvida para permitir fácil apreensão do alimento pelos pintinhos, produzida com exclusiva tecnologia de micropeletização. Pesquisas à campo e em condições expe-rimentais comprovaram me-lhor conversão alimentar, maior ganho de peso e me-lhor desempenho total dos frangos alimentados com o produto.

A Alltech é uma empresa global com 30 anos de experiência em saúde e nutrição animal. Pesquisa, inova-ção e qualidade para oferecer soluções naturais cientifica-mente comprovadas, rentáveis para o agronegócio, bené-ficas para o consumidor e seguras para o meio ambiente.

Endereço: Rua Curió, 312 – Araucária, PR – Cep: 83705-552 – Tel: (41) 3888-9200 – E-mail: [email protected] Saiba mais em: www.alltech.com/pt

Alltech

Mycosorb A Alltech apresenta o seu Mycosorb como um dos

principais produtos do seu portfólio para nutrição de aves. Trata-se de um aditivo natural para a ração, lançado em 1993, com propriedade adsorvente de micotoxinas de am-plo espectro. Composto por moléculas de glicomanos, extraídos do interior da parede da levedura, atua sobre aflatoxinas e outras micotoxinas presentes nos grãos utiliza-dos na fabricação de rações e que prejudicam a produtivi-dade na avicultura.

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Produção Animal | Avicultura 27

A Novus é líder no desenvolvi-mento e aplicação de

tecnologias em programas nutricionais para proporcionar sustentabilidade econômica e ecológica da cadeia alimen-tar. Os principais focos da empresa são redução do custo da dieta, aumento da produção da carne vendável e redu-ção de custos patogênicos.

Endereço: Alameda Jupiter, n° 750 – Distrito Industrial Ameri-can Park – Indaiatuba / SP CEP: 13347-392 – Tel: (19) 3936-8590 / 3935-6801 – E-mail: [email protected] Saiba mais em: www.novusint.com

Novus

Cibenza DP 100 Protease de nova geração que atua em diver-

sos substratos protéicos aumentando a digestibili-dade dos ingredientes, proporcionando, segundo sua aplicação, redução do custo da dieta ou au-mento do desempenho.

DP100

A Poli-Nutri tem tradição de mais de 20 anos na fabricação de premixes, núcleos e rações para suínos, aves, peixes, camarões, bovinos, equinos e caprinos. As matérias-primas são rigorosamente selecionadas e dosadas em fórmu-las que procuram atender à cons-tante evolução de todas as genéti-

cas. Nossos representantes estão presentes em todo o Brasil. Solicite uma visita.

Endereço: R. Américo Vespúcio, 99 - Osasco – SP – Cep: 06273-070 – Telefone: (11) 3601-0201 – E-mail: [email protected] mais em: www.polinutri.com.br

Poli-Nutri

Primogen A mais avançada tecnologia nutricional para os pri-

meiros 3 dias de vida do pintinho, objetivando máxima performance das genéticas atuais de frango de corte. O uso de Primogen promove maior velocidade de cresci-mento e eficiência alimentar, melhora a resistência frente aos patógenos, assegura a uniformidade do lote e ainda maximiza a vitatilidade dos pintinhos. Para isto, bastam apenas 60 g de consumo, que resultarão em desempe-nhos muito superiores às dietas convencionais.

A Sanphar Saúde Animal é uma indústria veterinária voltada ao desenvolvimento, produção, importação e ex-portação de produtos de uso veterinário e nutrição animal, que conta com cerca de 150 colaboradores, incluindo representantes comerciais espalhados pelos diversos esta-dos brasileiros e 15 distribuidores na América Latina. Possui uma ampla linha de produtos voltados, principalmente, para a suinocultura, avicultura e bovinocultura.

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Sanphar Hemicell®-HT

Hemicell®-HT é um aditi-vo enzimático natural à base de β-mananase para rações de aves e suínos, que atua degradando os β-mananos presentes no farelo de soja, que são altamente prejudi-ciais à performance dos resul-tados zootécnicos. Agora na versão Termoestável, Hemicell®-HT mantém sua atividade após condiciona-mento e peletização por 30 a 60 segundos a 88°C.

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28 Produção Animal | Avicultura

Vitrine de produtos: Soluções para nutrição

A YES é uma empresa especializada na produção de aditivos nutricionais para alimentação animal, e produz adsorventes de micotoxinas, prebióticos e complexos organo-minerais (quelatos e proteinatos). Nossos produtos têm por objetivo melhorar o desempenho e sanidade dos animais, bem como a lucratividade dos nossos clientes. Oferecemos alternativas para aumentar a sustentabilidade ambiental das atividades das empresas parceiras.

Endereço: Rua Vitoriano dos Anjos, 1081, Vila João Jorge - Campinas - SP – Cep: 13041-317 - Tel: (19) 2511-3300 - E-mail: [email protected]. Saiba mais em: www.yes.ind.br

Yes

YES-FIXO YES-FIX é um adsorvente de

micotoxinas composto por beta-glu-canos purificados, extraídos da pare-de celular da levedura Saccharomyces cerevisiae associados à bentonitas (aluminosilicatos) e ao carvão ativado vegetal. Os beta-glucanos são polissa-carídeos não digeríveis que exercem a função de adsorvente de micotoxinas, independente de sua polaridade, adsorvendo aflatoxinas, fumonisina, zearalenona entre outras. Atuam também como imunomoduladores, estimulando a proliferação de macró-fagos e atividades fagocitárias, au-mentando a resistência frente à desa-fios bacterianos, virais, fúngicos e de protozoários.

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Produção Animal | Avicultura 29

Associações

Produção Animal | Avicultura 29

Ubabef defende normativa em harmonia com interesses de indústrias e trabalhadores

Brasil

O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef),

Francisco Turra, declarou no dia 4 de outubro que as agroindústrias do setor avícola nacional estão preocupa-das com o andamento dos debates em torno da nova Norma Regulamen-tadora sobre Abate e Processamento de Carnes e Derivados, colocada em consulta pública pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com Turra, as empresas vêm investindo há anos em melhorias e reformulação de processos com o

objetivo de melhorar o bem-estar do trabalhador na linha de produção. “O trabalhador é nosso grande foco, e em prol dele temos concentrado grandes esforços para incrementar a estrutura de trabalho disponível”, explica. O presidente da Ubabef de-fende ainda que a norma que resulta-rá da consulta pública atenda aos interesses de todos os elos envolvidos no debate. “Defendemos a padroniza-ção da regulamentação de forma viável. Há dispositivos na Norma que são inaplicáveis ou alteram significati-

vamente o processo produtivo adota-do pelas Empresas. Cabe ressaltar que essa atividade é desenvolvida em outros países da mesma forma que no Brasil e não existem grandes mudan-ças pela Minuta do Ministério”, ressal-ta. “Nossa cadeia produtiva tem todo o interesse de uma norma adequada, que prime pelo bem-estar do nosso trabalhador. Por isto, não mediremos esforços para torná-la aplicável, sem inviabilizar a produção e a economia de cidades inteiras, que vivem em torno da produção animal”, destaca.

Asgav apresenta alternativas para abastecimento Rio Grande do Sul

No dia 5 de outubro, representan-tes da avicultura e suinocultura

gaúcha, realizaram um encontro na sede da Associação Gaúcha de Avicul-tura (Asgav) em Porto Alegre, RS, onde foram tratadas alternativas para o abastecimento de milho.

Estavam presentes no encontro o assessor do Ministro da Agricultura, Paulo Sérgio Nunes, da Conab, Jaira Zanuzo, avicultores e agroindústrias da suinocultura gaúcha.

Nestor Freiberger, Presidente da Asgav, ressaltou a importância da aproximação de consumidores, produ-tores e empresas que processam e comercializam grãos. “Estamos dando início a uma era de negociações, pois não podemos mais sacrificar produtor e consumidor. Precisamos juntos forta-lecer nossas economias setoriais” regis-trou.

Para Eduardo dos Santos, Diretor Executivo da Asgav, a perda de com-

petitividade do agronegócio gaúcho devido à distância geográfica é um problema que precisa ser rapidamente solucionado.

“As dificuldades de abastecimento de grãos e os custos altíssimos com logística demonstram que os setores privados juntamente com as ações dos Governos estadual e federal, buscarão cada vez mais alternativas para mudar o rumo na comercialização de grãos, em especial o milho” afirma.

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30 Produção Animal | Avicultura

Especial Nutrição

A Segurança alimentar em números

O agronegócio consiste de todo o conjunto de negó-cios que se relacionam

com a agricultura e pecuária e re-presenta grande parte do Produto Interno Bruto do Brasil. Este seg-mento alocou, em 2008/09, apro-ximadamente 38% da mão-de--obra do país e foi responsável por 42% das nossas exportações, ten-do assim uma significativa repre-sentatividade em nossa balança comercial, sendo um dos setores mais importantes da nossa econo-mia, impulsionado pela globaliza-ção dos mercados, pelo aumento das taxas demográficas mundiais e o consequente aumento da de-manda de alimentos em nível mundial.

O Brasil possui uma afinidade natural para o agronegócio em função da diversidade de seu cli-ma, chuvas regulares, energia so-lar abundante e quase 13% da água doce disponível no planeta, contando ainda com uma enorme área agriculturável, na ordem de 388 milhões de hectares, dos quais 90 milhões ainda constam inex-plorados. O Brasil será o maior produtor mundial de alimentos da próxima década, o que irá causar impactos positivos diretos em nos-sa economia, reforçando a taxa de crescimento e auferindo uma maior credibilidade frente a outras economias, o que pode ser enten-dido como um ciclo sinérgico de vantagens, contribuindo para a solidificação da economia interna do país (RUAS, et al. 2008).

Estas projeções são otimistas e com uma grande probabilidade de que as metas propostas sejam atin-gidas! Porém, a infraestrutura de produção de toda a cadeia deve ser revista para que não ocorram pro-blemas de fornecimento frente a esta demanda crescente por ali-mentos. Neste contexto, os países emergentes possuem um papel fundamental na projeção futura de produção de alimentos visando ao controle da segurança alimen-tar mundial.

Farei neste texto três perguntas que julgo de grande relevância para abordarmos o tema seguran-ça alimentar e suas implicações no mercado produtivo de carne e de grãos brasileiro. Minha intenção aqui é apenas gerar uma discussão em torno deste tema de grande re-levância na atualidade. O primei-ro questionamento é: Por que a quantidade de alimentos produzi-dos atualmente é um problema para o Brasil e para o mundo?

De acordo com a associação The World Food Summit (1996) a segurança alimentar está garanti-da quando todas as pessoas têm acesso físico, social e econômico a alimentos seguros, nutritivos e su-ficientes para satisfazer as suas ne-cessidades nutricionais e de prefe-rências alimentares, para que possam levar uma vida ativa e saudável. Para a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) a segurança alimentar, originalmente, não era atendida apenas em regiões onde

Autor: Alexandre Barbosa de Brito, Gerente de Formulação e Nutrição da Poli-Nutri Alimentos

Desafios, possibilidades e consequências na produção animal

Entre 2001 e 2012, a população mundial cresceu menos que a produção de grãos, mas os estoques de alimentos caíram 14,58%. Isso ocorre devido a um novo fenômeno: o mundo está consumindo mais alimentos e de melhor qualidade

Informe Técnico-Empresarial

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Produção Animal | Avicultura 31

se observavam problemas climáti-cos e atraso tecnológico que oca-sionavam dificuldade na produção em massa de alimentos.

Com o gigantismo populacio-nal vivido entre 1950 e 1990 (perí-odo onde a população mundial registrou um aumento de 109%), outro motivo começou a figurar com grande relevância para a sus-tentação da segurança alimentar. O problema agora não é apenas de desenvolvimento em áreas sub--aproveitadas, na verdade isso se transformou em uma necessidade. O desafio contemporâneo está na dependência de uma produção cada vez maior de alimentos para garantir as necessidades nutricio-

nais desta população crescente.A ONU publicou um trabalho

em 2010 relacionando às perspec-tivas de crescimento populacional até 2100. Neste estudo foram ava-liadas três formas de abordagem: conservadora, ponderada e pessi-mista. Na projeção conservadora, estima-se que a população mun-dial começará a cair já em 2060, onde chegaremos em nossa capa-cidade máxima, por volta de 7,9 bilhões de habitantes. Na opção pessimista, a involução populacio-nal está estimada apenas para o ano 2300, sendo que em 2060 po-deremos chegar a 11,5 bilhões de pessoas no planeta. Na opção pon-derada (Gráfico 1), projeção que

julgo mais realista, a população mundial só reduzirá após 2150, sendo que em 2060 seremos mais de 9,6 bilhões de pessoas.

Avaliando estes dados fica cla-ro que vivemos em um mundo de gente, que cada vez mais exigirá nossos recursos básicos para satis-fazer suas necessidades dietéticas.

Um ponto positivo neste cená-rio é que, como dito anteriormen-te, já estamos vivendo uma época de desaceleração no crescimento mundial. Para se ter uma idéia, a população mundial cresceu 10,9% entre 1965 e 1970, o quinquênio de maior crescimento mundial histórico. Já no último quinquê-nio (2005 a 2010) esta taxa caiu para 5,8%. Porém, de acordo com a projeção ponderada, estas taxas só vão se estabilizar entre 2060 e 2150, como descrito acima. Isso nos leva à segunda pergunta: Nos-so planeta suportará tal demanda?

No Gráfico 2 pode-se observar a evolução de 2001 a 2012 da pro-dução de grãos e da população mundial. Acredito que esta com-paração seja bastante válida, pois os cereais são fontes básicas de nutrientes para os humanos, seja por consumo direto, biotransfor-mado em produtos industrializa-dos ou via carne, já que o cresci-mento animal é, em sua maioria, impulsionado pelo consumo de cereais.

Apesar de a população neste período ter crescido menos que a produção de grãos (crescimento de 12% para população e 21% para os grãos), os estoques reduzi-ram em 14,58% (Gráfico 2). Isso ocorre devido a um novo fenôme-no mundial: a população global está consumindo mais alimentos e de melhor qualidade. Esta deman-

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32 Produção Animal | Avicultura

Especial Nutrição

da fica evidente quando compara-mos o consumo per capita de grãos, que neste período aumen-tou em 7,73% (Gráfico 3).

Ainda que os produtores te-nham obtido sucesso na já tecnifi-cada produção agrícola mundial, estamos caminhando para um ce-nário pessimista, onde figurará uma situação incômoda de não contarmos com estoques alimentí-cios para uso em eventuais dificul-dades climáticas ou para a tendên-cia de uso crescente da indústria de biocombustíveis.

De acordo com a FAO (2011) a última previsão para a produção mundial de cereais para a safra 2011/2012 (feita em Junho de 2011) é de cerca de 2.313 milhões de toneladas (3,3% superior ao do ano passado). Porém, a utilização

de cereais no mesmo período de-verá crescer 1,4%, chegando ao fi-nal de 2011 a 2.307 milhões de toneladas.

Temos aí um excedente de ape-

nas cinco milhões de toneladas entre a produção e o consumo, o que reforçaria os estoques globais em apenas 0,22%. Avaliando este montante, enquanto os estoques de trigo e arroz deverão assumir uma quantidade confortável, os estoques de outros grãos, especial-mente o milho, ficariam bastante desfavorecidos, o que dá margem a inferirmos uma dependência mundial quase que total para a quantidade produzida nas próxi-mas safras.

Isto ajuda a explicar a elevação mundial no custo alimentar, seja para ingredientes destinados à ali-mentação animal ou humana. O índice da FAO de preços dos ali-mentos, Food Price Index (FPI), é uma medida da variação mensal dos preços internacionais de uma cesta de produtos alimentares. É composto por índices de preços médios desde 1990 de cinco gru-pos de commodities (representan-do 55 cotações globais).

Nos Gráficos 4 e 5 é possível observar que a alta no FPI está di-retamente relacionada com a ele-vação do açúcar no mercado glo-bal. Porém, não podemos desprezar as outras commodities, por exemplo, o preço dos cereais, fontes oleaginosas e do complexo

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Produção Animal | Avicultura 33

carne, que é o mais alto desta série histórica da FAO, iniciada em 1990. Os preços dos primeiros cin-co meses de 2011 superam em 17% aos observados no mesmo período de 2008 (Gráfico 06), épo-ca também de inflação do merca-do alimentício devido à crise fi-nanceira americana do mercado de hipotecas. Houve uma deflação

apenas para o preço do leite. Ou seja, vivemos uma época

de preços onde quase todas as commodities estão atingindo o patamar máximo histórico, e sem sinais de recuo. De acordo com a Embrapa/CNPMS (2011), os pre-ços dos alimentos devem continu-ar elevados e voláteis em 2012, exercendo uma pressão cada vez

maior sobre os países importado-res.

Mas os países produtores tam-bém estão sendo afetados. Para o Brasil, por exemplo, o preço do milho elevou em 25,2%, compa-rando a safra 2009/2010 com a 2010/2011. Isso nos leva à última pergunta: Como os produtores de aves e suínos do Brasil podem se beneficiar, de forma sustentável, desta situação?

Entendo que a sustentabilida-de de uma empresa refere-se a uma característica ou condição de um processo que permita a sua permanência em um nível confor-tável quando ao emprego de seus recursos e o retorno financeiro da atividade.

Este é o grande desafio atual, o de produzir carne em um cenário onde o custo das matérias-primas tradicionais tem ajudado a reduzir a competitividade de nossos pro-dutos no cenário internacional e deixando-os mais caros no merca-do nacional.

BIBLIOGRAFIAEMPRAPA/CNPMS. Mercado do milho

e da soja. [http://www.cnpms.embrapa.br/noticias/noticias.php], 2011.

FAO. Food and Agriculture Organiza-tion. [http://www.fao.org/news/story/en/item/81577/icode], 2011.

FAOSTAT. Food Statistics of Food and Agriculture Organization. [http://www.fao.org/corp/statistics/en], 2011.

ONU. Population Division of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations Secretariat. World Population Prospects: The 2010 Revision, http://esa.un.org/unpd/wpp/index.htm. 2011.

RUAS, D.T.; ANTUNES, A.; MORO, M., et al. A economia e o agronegócio no Brasil e Sul do Brasil. Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 105, 2008.

WFS. World Food Summit, [http://www.fao.org/worldfoodsummit/english/index.html]. FAO, 1996.

ZANNI, A. Tendências do mercado de grãos. [http://www.agrolink.com.br/culturas/milho/noticia/tendencias-do--mercado-de-graos_122186.html], 2011.

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34 Produção Animal | Avicultura

Especial Nutrição

Informe Técnico-Empresarial

Uma realidade chamada probiótico

Há milhões de anos a mi-crobiota intestinal das aves foi selecionada de

forma lenta e gradativa. Isso aconteceu à medida que as aves passaram por grandes mudanças de habitat e hábitos alimentares, durante a evolução da espécie. A microbiota intestinal de uma ave adulta possui mais de 500 espé-cies de bactérias, sendo a maioria delas ainda desconhecidas pelo homem. Essas bactérias, quando em equilíbrio, contribuem dire-tamente na digestão dos nutrien-tes da ração, estimulam o sistema imunológico e combatem bacté-rias patogênicas.

Cada segmento intestinal possui características fisiológicas próprias como pH, nível de oxi-gênio, motilidade, etc., que resul-tam em ambientes específicos. Segundo Pedroso (2011), as inte-rações micro-organismo-micro--organismo e micro-organismo--hospedeiro contribuem para a manutenção da saúde do hospe-deiro proporcionando ganhos na conversão alimentar e no peso das aves. Entretanto, a perturba-ção da microbiota normal pode levar ao desequilíbrio microbia-no que contribui para a multipli-cação desordenada de patógenos causando perdas de desempenho e até mesmo doenças.

Com a industrialização da avicultura o contato pinto-gali-nha deixou de existir. Isso que-brou quase que por completo o repasse bacteriano da galinha

para o pinto, que em maior par-cela se dava logo após o nasci-mento, devido a precoce ingestão de fezes frescas. Desta forma, os pintinhos se tornaram aves ex-tremamente vulneráveis, donos de intestinos com pobre coloni-zação.

Os primeiros 14 dias de vida das aves têm grande importância para a colonização intestinal, já que bactérias do ambiente do in-cubatório, da ração, da água e principalmente da cama irão en-contrar um intestino vulnerável. Sendo assim, é muito importante que veterinários e técnicos aten-tem sobre a reutilização da cama de lotes que apresentaram pro-blemas entéricos, realizando a correta fermentação da mesma ou até mesmo a sua troca. Por ou-tro lado, quando o lote anterior foi saudável e teve um bom resul-tado zootécnico, a cama está co-

lonizada por bactérias desejáveis, que poderão ajudar na coloniza-ção intestinal dos pintos.

Mais de três décadas já se pas-saram a partir da descoberta da exclusão competitiva por Nurmi e Rantala (1973) e citado por Blankenship (1993), que usaram fezes frescas de aves adultas sau-dáveis para colonizar intestinos de pintos recém-nascidos e pro-teger contra Salmonella. Daí sur-giu o Conceito de Nurmi, que nada mais é do que o forneci-mento da microbiota intestinal de aves adultas saudáveis para pintos recém eclodidos resultan-do em melhor saúde intestinal.

Sabe-se que 24 horas após o consumo de um probiótico de exclusão competitiva os intesti-nos são rapidamente colonizados por bactérias de diferentes espé-cies (Figuras 1 e 2). Assim nasce-ram os probióticos de exclusão competitiva, hoje classificados como NAGF (Normal Avian Gut Flora).

Em 1989, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) iniciou a classificação dos probióticos em duas catego-rias: DFM (Direct Feed Micro-bial) e NAGF (Normal Avian Gut Flora). Os probióticos DFM s pos-suem uma ou poucas espécies de bactérias sendo a maioria consti-tuída por Bacillus ou Lactoba-cillus. Benefícios zootécnicos são atingidos através do fornecimen-to contínuo dos DFM s, pois sua(s) bactéria(s) coloniza(m)

Autores: Bauer Alvarenga, Supervisor Técnico Comercial da BioCamp, e Ivan Mota Lee, Diretor de Marketing da BioCamp

Frangos livres de Salmonella e melhor desempenho zootécnico

Sabe-se que 24 horas após o consumo de

um probiótico de exclusão competitiva

os intestinos são rapidamente

colonizados por bactérias de

diferentes espécies

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Produção Animal | Avicultura 35

basicamente o duodeno, que é de grande importância zootécnica.

Entretanto, caso haja inter-rupção no seu fornecimento, a microbiota volta a se desequili-brar interferindo de forma direta no desempenho da ave. Já os pro-bióticos NAGF s são constituídos por centenas de espécies de bac-térias, por isso também são cha-mados de colonizadores intesti-nais ou probióticos de exclusão competitiva.

Por apresentarem uma grande riqueza de famílias, gêneros e es-pécies bacterianas os probióticos NAGF s conseguem colonizar de maneira equilibrada todos os segmentos intestinais das aves, inclusive cecos. Desta forma, ao mesmo tempo em que melhoram o desempenho zootécnico tam-bém protegem contra doenças como Salmonella, Clostridium, Campylobacter e cepas patogêni-cas de Escherichia coli.

Esses dois tipos de probióticos vêm sendo utilizados por empre-sas avícolas de corte e postura, em plantéis de reprodutoras e co-merciais. A primeira demanda por probióticos se deu em plan-téis de reprodutoras visando, principalmente, ao controle de

Salmonella. Atualmente, além das questões sanitárias, benefícios zootécnicos têm chamado aten-ção dos técnicos, veterinários, gerentes e gestores. Isso é fruto da melhor saúde intestinal das aves, que convertem melhor a ra-ção consumida. Em frangos de corte, os probióticos deixaram de ser uma esperança para o futuro, para fazerem parte da realidade de empresas que enfrentam res-trições ao uso de medicamentos e têm como objetivo produzir frangos livres de Salmonella ou que visam principalmente um melhor desempenho zootécnico.

Referências

BLANKENSHIP, L. C., et al. Two--step mucosal competitive exclusion flora treatment to diminish Salmo-nellae in commercial broiler chicks. Poultry Science, 72; 1667 – 1672, 1993.

HOFACRE, C., Salmonella in poultry: Epidemiology, Regulations, Detection and Interventions. Ameri-can College of Poultry Veterinarians and Western Poultry Disease Confe-rence, 2009.

PEDROSO, A. A., Microbiota do trato digestório: Transição do em-brião ao abate. Anais Apinco 2011.

Figura 1: Microscopia eletrônica de intestino de pinto de um dia que não recebeu probiótico de exclusão competitiva Fonte: Hofacre, C., 2009

Figura 2: Microscopia eletrônica de intestino de pinto de um dia 24 horas

após receber probiótico de exclusão competitiva

Fonte: Hofacre, C., 2009

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36 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

A americana AGCO, fabricante e distribuidora mundial de equipa-

mentos agrícolas, anunciou, no dia 3 de outubro, o acordo para a compra da GSI Holdings Corp. Dessa forma, a GSI deixa de ser uma empresa da Centerbridge Partners. Segundo o comunicado, a AGCO está desembol-sando US$ 940 milhões para a com-pra da GSI. No entanto, a transação só deverá ser finalizada no final deste ano, após aprovação dos órgãos regulatórios.

A GSI é líder global na fabricação de sistemas para armazenagem de grãos e para a produção de proteí-nas, com faturamento anual acima de

US$ 700 milhões. Sua sede adminis-trativa está localizada em Assumption, no Estado americano de Illinóis, e suas vendas pelo mundo são feitas através de mais de 500 reven-dedores independentes. No Brasil, a empresa possui uma fábrica de siste-mas de grãos e proteínas no municí-pio de Marau, no Rio Grande do Sul.

“Com seus produtos e serviços de alta qualidade, marcas renomadas e conhecimento global, a GSI nos pro-porciona uma posição sólida nos segmentos de armazenagem de grãos e produção de proteínas, es-tando bem posicionada, de modo a se beneficiar dos aumentos

na demanda mundial por grãos e alimentos”, afirma o presidente da AGCO, Martin Richenhagen. O presi-dente da GSI completa: “Este é um novo capítulo para a história da GSI. Com esta combinação, criaremos um negócio mais forte para os nossos clientes e colaboradores, que nos permitirá novas oportunidades nos mercados doméstico e internacional”, revela Scott Clawson.

A AGCO recebeu apoio financeiro do Rabobank para a compra da GSI e para refinanciar as linhas de créditos já existentes. Saiba mais sobre as empresas: www.gsibrasil.ind.br e www.agco.com.br.

AGCO compra GSI Holdings

Mais produtos e serviços

No final de setembro, a Adisseo anunciou a compra de 90% da

Innov’ia, companhia especializada em ingredientes em pó e granula-dos para as indústrias alimentícia, de alimentação animal, de cosméti-cos, farmacêutica e química fina. Durante 15 anos, Adisseo e Innov’ia desenvolveram diversas parcerias na produção de aditivos para nutrição animal.

Em 2008, a Innov’ia, por meio de sua subsidiária Innocaps, implan-tou uma unidade de produção na

plataforma industrial da planta da Adisseo, em Commentry (França). “Esta aquisição insere-se perfeita-mente na nossa estratégia de cres-cimento externo, cujos principais objetivos são a melhoria contínua dos nossos produtos e serviços, assim como o acesso a novas tecno-logias. Ela fortalece a expertise em formulação de aditivos do Grupo Adisseo, e agrega valor aos nossos clientes”, salienta Jean-Marc Dublanc, Presidente da Adisseo. A Innov’ia possui um volume de negó-

cios de €16 milhões e 110 funcioná-rios.

No mesmo mês, a Adisseo pu-blicou que Rovabio® Max fornece pelo menos 1,5g de fósforo disponí-vel por kg de ração, na dose única de 500 FTU/kg, além de energia (85-105 kcal/kg em frangos de corte, dependendo do tipo de die-ta). Em dietas à base de milho e soja, a reformulação da energia pode ser aumentada em até 125 kcal/kg (em frangos). Saiba mais: www.adisseo.com.

Adisseo adquire 90% da Innov’ia

Ingredientes em pó e granulados

AGCO: Agora, além de equipamentos agrícolas, empresa atua na área de armazenagem de grãos e produção de proteínas

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Produção Animal | Avicultura 37

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

A francesa Ceva Santé Animale adqui-riu a Vetech Laboratories, uma em-

presa canadense fabricante de vacinas aviárias. Entre os produtos da Vetech estão as vacinas vivas contra coccidiose, comercializadas sob a marca Immucox.

De acordo com o Presidente Executivo da Ceva, Marc Prikazsky, esta aquisição permitirá à companhia a sua expansão no mercado de vacinas contra doenças respi-ratórias em aves, assim como agregar linhas de produtos para saúde intestinal.

Ainda segundo comunicado da Ceva, toda a produção da linha Immucox conti-nuará no Canadá e terá apoio tecnológico e de distribuição de sua unidade instalada nos Estados Unidos. Saiba mais sobre a Ceva em: www.cevabrasil.com.br.

Ceva adquire empresa canadense

Expansão

A Aviagen América Latina inaugurou, no início de

setembro, o mais novo e moder-no laboratório na cidade de Ava-ré, SP. O novo laboratório, que terá autonomia para realizar uma série de análises laboratoriais, firma-se com o importante apoio da Hygen, empresa parceira da Aviagen. Para Ivan Pupo Lauan-dos, Diretor Geral da Aviagen América Latina, “o novo labora-tório consolida ainda mais a forte parceria com a Hygen, assim como mostra um importante avanço na área de análises labo-ratoriais em pontos extremamen-te importantes para a avicultura, como pesquisa de Salmonella até mesmo em ração para aves e outros procedimentos”.

Também durante o mês de setembro, a Aviagen marcou presença no 9º Simpósio Técnico da Acav (Associação Catarinense

de Avicultura), realizado entre os dias 21 a 23 de Setembro em Balneário Camboriú, SC. A em-presa promoveu a palestra com o professor do Departamento de Ciência Avícola da Universidade do Arkansas (Estados Unidos) Keith Bramwell sobre os “Parâ-metros fisiológicos que interfe-rem na fertilidade de matrizes pesadas”.

Novo colaborador A empresa aumentou recen-

temente o seu quadro de colabo-radores, contratando o médico veterinário Thiago Antunes Ma-ciel como novo responsável técni-co em matrizes e frangos. Thiago Maciel, também com pós-gradu-ação em manejo de matrizes pesadas, atuará na região Norte e Nordeste, onde a Aviagen tem forte presença. Saiba mais: www.aviagen.com.

Aviagen inaugura laboratório

Em Avaré, SP

Nos dias 21 a 23 de setembro acon-teceu o 9º Simpósio Técnico da

Associação Catarinense de Avicultura (Acav), em Balneário Camboriú, SC. O evento apresentou palestras sobre as inovações técnicas e tecnológicas da avicultura nacional e contou com cerca de 500 pessoas de todo o Brasil. A empresa promoveu a palestra “Ambiência de matrizes”, ministrada pelo médico veterinário e assistente técnico José Luis Januário

A palestra explorou as necessidades fisiológicas das aves, ambiente para pintinhos recém-chegados, manejo de recria e produção e pontos práticos no controle ambiental para aves de alto desempenho produtivo. Mais: www.cobb.com.br.

Cobb realiza palestra

Simpósio Técnico Acav

Fachada da nova construção da Aviagen

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38 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

A Agroserrana confirma a entrega de 40 pavilhões para aviários

matriz de produção, distribuídos em 10 núcleos, para a Granja Faria, locali-zada em Fazenda Vila Nova, RS, inte-grado da Brasil Foods. Segundo a empresa, a obra abrange uma área territorial de 70.000 m² de construção e possui capacidade de produção de 158 milhões de ovos férteis por ano. Os pavilhões foram construídos em estrutura metálica fornecidos pela Agroserrana Metalúrgica que também gerenciou a obra de construção civil, como fundações, cobertura e alvena-rias. A estrutura metálica é um siste-ma construtivo pré-engenhado muito rápido, eficiente e de precisão. Outro diferencial dos pavilhões é que foi utilizada cobertura em

telha isotérmica, o que reduz a carga térmica dentro do aviário, economi-zando energia e evitando perdas. Segundo Jonatan Zillmer, Gerente de Desenvolvimento da empresa, a estru-tura metálica é um sistema pré-enge-nhado que permite uma construção rápida, eficiente e de precisão. “Outro diferencial dos pavilhões é que foi utilizada cobertura em telha isotérmi-ca, o que reduz a carga térmica den-tro do aviário, economizando energia e evitando perdas. O investimento total do complexo ultrapassa os R$ 20 milhões”, comenta o dirigente.

A empresa gaúcha também fe-chou contrato com a BRF para reno-vação e reforma de pavilhões de recria para matriz de produção no valor de aproximadamente R$ 4

milhões O prazo para a entrega dessa obra é em setembro de 2012. Saiba mais sobre a empresa: www.agroser-rana.com.br.

Agroserrana entrega 40 pavilhões a integrado

Para BRF

No dia 29 de setembro, as em-presas Yes e Biocamp reuniram

cerca de 40 convidados em um hotel em Piracicaba, SP, para apresentar as tendências e as atualidades na nutri-ção avícola. O encontro contou com

as participações de Eduardo Micotti, da Esalq/USP, de Guilherme Castro, do Instituto Biológico de São Paulo e de Paulo Lourenço, da Universidade Federal de Uberlândia, MG, que discu-

tiu a manipulação da microbiota para melhores resultados zootécni-cos e sanitários.

De acordo com Renato Della Líbera, Gerente de Vendas da Yes, um dos objetivos do evento foi o de

levar informações técnicas e atuali-zadas aos clientes das duas empre-sas, que estavam representando matrizeiros, avozeiros, abatedouros e aos profissionais de nutrição e sani-dade avícola.

Ivan Lee, Diretor de Marketing da Biocamp, acrescentou que os produtos das duas empresas se complementam. “A Biocamp e a Yes disponibilizam soluções e alternati-vas para a substituição dos antibióti-cos na alimentação das aves. São produtos da mais alta tecnologia para promover a saúde e o bom funcionamento do seu trato digesti-vo”.

Saiba mais sobre as companhias: www.yes.ind.br e www.biocamp.com.br.

Empresas discutem atualidades na nutrição

Yes e Biocamp

Pavilhões: 70.000 m² e 158 milhões de ovos férteis por ano

Equipes da Yes e da Biocamp no evento sobre nutrição avícola

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Produção Animal | Avicultura 39

Empresas discutem atualidades na nutrição

A segunda edição da série de even-tos do “Master Intestinal Quality

Program Phibro” (MIQPP) reuniu entre os dias 15 e 16 de setembro, na cidade de Curitiba, PR, nomes respeitados da pesquisa ligada ao setor avícola brasi-leiro e mundial para um debate amplo sobre os temas controle da coccidiose e qualidade no processamento de rações no ambiente da indústria e granjas.

O encontro foi promovido pela divisão de aves da Phibro no Brasil e contou com a presença de um seleto público de 50 profissionais com atua-ção junto à indústria de alimentação e produção de frangos pelo País.

O engenheiro agrônomo Antônio Klein, da Agropec, consultoria especia-lizada em processos industriais e fábri-cas de rações, forneceu esclarecimen-tos importantes sobre o papel

fundamental da formulação da ração na saúde intestinal das aves.

“A programação do Master Intestinal Quality Program da Phibro seguirá com outros dois encontros a serem realizados até outubro de 2012”, destaca Cesar Lopes, Diretor Técnico da Phibro para a América Latina que apre-sentou palestra no encontro sobre o tema “Coccidiose: implicações ambien-tais e de manejo”, e fez um breve his-tórico sobre o desenvolvimento dos anticoccidianos, a interação da cocci-diose com o meio ambiente e os habi-tuais problemas encontrados a campo, além do diagnóstico e o uso dos pro-gramas de controle anticoccidiano e sua relevância na nutrição e saúde das aves.

Mais informações: www.phibro.com.br

Phibro debate controle no processamento de rações

Coccidiose

A Fatec S/A, empresa da área de nutrição animal e medica-

mentos veterinários, completa 45 anos em 2011. E, neste mesmo ano, a empresa muda também de visual. A alteração de marca faz parte da implantação de um projeto de branding da empre-sa.

Com visual mais moderno, a nova marca transmite o conceito de dina-mismo e

interatividade. De acordo com Cicero Shimano, Diretor Presidente da Fatec Nutrição e Saúde Animal, a nova identidade adequou a mar-

ca à percepção das pessoas que se relacionam com a empresa. A nova marca Fatec reafir-ma o compromisso da empresa de “alimentar o ciclo da vida com saú-de”.

Mais informa-ções: www.fatec.com.br.

Fatec completa 45 anos e muda visual

Nova marca

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40 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

O Laboratório Biovet figura numa seleta lista de empresas que,

segundo a edição de setembro da revista Exame PME, destacam-se de maneira geral em quesitos como vendas (margens de crescimento de 15%), custos (queda de 56% da ociosidade) e finanças (diminuição de 54% das despesas). Os resultados detalhados aparecem na sexta edi-ção do estudo, feito em parceria com a consultoria Deloitte, que lista as 250 pequenas e médias empresas que mais crescem no Brasil.

Com crescimento de 27,3% entre 2008/10, e receita líquida de R$ 69,4 milhões, o Laboratório Biovet figura na posição 212 do ranking. Na re-portagem de capa que apresenta o

estudo, a revista Exame PME explica que não é só o crescimento acelera-do que marca o desempenho das empresas listadas na pesquisa. Segundo a publicação, o aumento da rentabilidade foi o principal des-taque delas, o que está relacionado

também ao melhor conhecimento dos próprios clientes. Outro traço marcante dessas organizações com alta intensidade de crescimento é o volume de investimento no longo prazo.

Contratação A empresa anuncia a contratação

de Marcelo Zuanaze para o cargo de Gerente de Negócios Internacionais. Médico Veterinário formado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marcelo atua a mais de uma década no segmento de saúde animal. E possui forte vivência em culturas corporativas internacionais. Saiba mais sobre a empresa em: www.biovet.com.br.

Biovet no ranking das empresas que mais crescem

Revista Exame

A Novus do Brasil celebrou na manhã do dia 14 de outubro, o Dia Mundial do Ovo, em escolas

públicas e particulares das cidades de Campinas, Indaiatuba e Salto, no interior de São Paulo. A em-presa, uma das organizadoras da campanha do Dia Mundial do Ovo, destacou os benefícios deste alimento, esclareceu mitos e verdades e distribuiu gibis e bonecos comemorativos entre os estudantes. Um dos organizadores do projeto e Gerente de Marketing da Novus do Brasil, David Moreno, desta-ca que a expectativa é iniciar uma educação de longo prazo para fomentar o consumo de ovo en-volvendo pais e estudantes.

Entre os funcionários, a Novus do Brasil, come-morou o Dia do Ovo com um cardápio especial com omeletes recheados, distribuiu bottons entre a equipe e usou toalhas comemorativas no restauran-te da empresa. Saiba mais sobre a Novus: www.novusint.com.br.

Novus celebra Dia Mundial do Ovo em escolas

No interior paulista

Em escolas, empresa explicou os benefícios do ovo

Zuanaze: Gerente de Negócios Internacionais

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Produção Animal | Avicultura 41

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Em comemoração ao Dia Mundial do Ovo, comemorado em 14 de

outubro, e apoiando a campanha do Instituto Ovo Brasil: “Ovos: nutrição e saúde com apenas 70 calorias” a Granja Planalto realizou atividades internas para incentivar o consumo de ovos entre seus colaboradores. Foi

oferecido café da manhã com receitas compostas por ovos nas unidades da companhia. Foram distribuídos folde-res explicativos e receitas à base de ovos e banners com informações sobre este alimento que possui inú-meras características benéficas ao ser humano.

“A cada dia as informações con-sistentes sobre os benefícios dos ovos se consolidam e são comprovadas cientificamente. Todos nós temos que reconhecer o excelente trabalho do Instituto Ovos Brasil, que vem alavan-cando o consumo de ovos. Na opor-tunidade, parabenizamos todas as associações e empresas que apóiam e divulgam as informações relevantes sobe o ovo”, afirma Gustavo Crosara, Gerente Geral de Postura da Granja Planalto.

A empresa também promoveu o Encontro Técnico de Matrizes e Frango HubbardFLEX. nas Avícola Catarinense em Lauro Muller, SC, e em Averama, localizada em Roncador, PR. Durante a ocasião, os colaborado-res foram orientados sobre as qualida-des do pacote genético destacando os aspectos de baixa mortalidade, excelente conversão alimentar, ovo fértil com ótimo peso inicial e durante todo o ciclo produtivo, persistência de eclosão e produção de um frango de corte competitivo de acordo com a realidade brasileira. Mais: www.gran-japlanalto.com.br.

Planalto organiza café da manhã

Dia Mundial do Ovo

Portal foi reformulado

Colaboradores da Granja Planalto durante café da manhã

Com um novo visual e mais interati-vidade e conteúdo, o Portal Aves e

Suínos da Bayer passou por uma nova reformulação. Entre as novidades estão um novo manual de segurança e novas receitas, além de informações sobre a linha de produtos da Bayer e publica-ções técnicas. A empresa oferece brin-des para as primeiras três mil pessoas que se cadastrarem. Se você já é ca-dastrado, pode se recadastrar e ganhar também um brinde.

Conheça: www.bayeravesesuinos.com.br.

Bayer apresenta nova versão

Portal aves e suínos

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42 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e PreçosEstatísticas e Preços

Produção de pintos de corteJULHO/2011501,880 milhões | -2,06%

Produção de carne de frangoSETEMBRO/2011 1.013,000* mil toneladas | 1,55%*

Exportação de carne de frango SETEMBRO/2011 304.591 toneladas | -9,79%

Oferta interna de carne de frango SETEMBRO/2011708.409* toneladas | 7,35%*

Alojamento de pintainhas de postura SETEMBRO/20116,935 milhões | 1,72%

Desempenho do frango vivoOUTUBRO/2011R$ 1,98 | 7,73%

Desempenho do ovoOUTUBRO/2011R$ 40,72/cxa | 10,83%

MilhoOUTUBRO/2011R$ 30,56/saca | 24,73%

Farelo de SojaOUTUBRO/2011R$ 660,00/ton | -5,17%

Produção e mercadoem resumo

Outubro foi mês estável para o

frango e de baixa para o ovo

O frango vivo comercializado no interior paulista viveu seu mais longo período de estabilidade de preços do ano em

outubro. Foram 24 dias corridos de cotação inalterada em R$2,00/kg contra, por exemplo, 22 dias a R$1,80/kg em abril deste ano.

O melhor, porém, é que na maior parte dessas pouco mais de três semanas o mercado permaneceu firme e absorveu tudo o que foi disponibilizado para venda no “spot”, apenas se tornando calmo nos últimos dias do mês. E, ao que tudo indica, não porque os níveis de produção tenham se elevado e, sim, porque o consumo retrocedeu, como acontece a cada final de mês.

De toda forma, o valor máximo alcançado e mantido em grande parte do mês parece, também, ser o limite imposto ao produto pelo mercado. É bem provável que ao frango já não seja mais permitido chegar aos R$2,15/kg, como ocorreu em agosto passado.

No que se refere ao ovo, o“efeito Primave-ra” se refletiu no preço do produto de forma implacável. A ponto de fazer com que o ovo encerrasse outubro de 2011 com a pior cota-ção dos últimos nove meses. Ou seja: abaixo dos preços do final do décimo mês, só mesmo os de janeiro. Mas talvez nem isso, pois em boa parte de outubro os preços divulgados corres-ponderam apenas a valores de referência, não à prática efetiva.

É importante destacar que, apesar da evo-lução de preços positiva alcançada em outu-bro, o ovo não acompanhou a evolução de preços de seu principal insumo, o milho, que em um ano aumentou, em média, 25%.

No décimo mês do ano, o preço do milho registrou uma leve queda. Fechou cotado a R$30,56 – valor 4,26% menor que a média de R$31,92 obtida pelo produto em setembro úl-timo. A variação anual em outubro ficou em 24,73%.

Todas as porcentagens são variações anuais * Estimativa do AviSite sujeita a correções assim que sejam divulgados os dados oficiais

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Produção Animal | Avicultura 43

Produção de pintos de corteSegundo semestre foi iniciado com a menor produção real do ano

EvOluçãO mEnSal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Agosto 482,678 514,822 6,66%

Setembro 467,938 496,915 6,19%

Outubro 503,041 513,130 2,01%

Novembro 462,635 511,532 10,57%

Dezembro 493,895 517,827 4,85%

Janeiro 472,898 499,350 5,59%

Fevereiro 448,957 473,309 5,42%

Março 510,371 526,847 3,23%

Abril 497,581 513,028 3,10%

Maio 500,989 536,043 7,00%

Junho 500,788 514,100 2,66%

Julho 512,451 501,880 -2,06%

Em 7 meses 3.444,035 3.564,557 3,50%

Em 12 meses 5.854,223 6.118,782 4,52%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Pena que a divulgação dos números re-lativos à avicultura de corte venha sen-

do retardada. Pois, se levados ao conheci-mento do setor como antigamente, os números teriam revelado, por exemplo, que em julho passado foi registrada a me-nor produção de pintos de corte de 2011. Assim, no mês seguinte, a atividade pode-ria ter disputado melhor remuneração para o frango, pois a oferta esteve bem mais ajustada do que se podia imaginar.

O fato é que um movimento compul-sório pró-readequação da produção, de-senvolvido entre o final de maio e início de junho (quando o frango obteve a pior re-muneração de 2011), só teve seus efeitos em julho, mês em que – conforme dados divulgados pela APINCO – foram produzi-dos no Brasil não mais que 501,9 milhões de pintos, volume entre 2% e 2,5% me-nor que os registrados um ano antes e um mês antes.

Neste último caso, é importante lem-brar que julho teve um dia a mais. E isso considerado, o volume produzido no mês foi, na realidade, 5,5% inferior ao de ju-nho.

Mas não só: a produção deste último julho acabou sendo quase similar à do pri-meiro mês de 2011 - 499,3 milhões em janeiro, mês iniciado por um feriado. E isso computado, o que se produziu em ju-lho correspondeu à menor produção do ano, só encontrando similar em maio de 2010. Foi, portanto, o menor volume em mais de 12 meses.

Em função do último resultado – que foge às normas habituais de produção, re-fletindo a necessidade de readequação – o volume acumulado em sete meses, da ordem de 3,564 bilhões de pintos de cor-te, ficou apenas 3,5% acima do registra-do no mesmo período de 2010.

Projetado para o restante do ano, o volume dos primeiros sete meses de 2011 sugere produção total cerca de 2% maior que a do ano passado. Por ora, porém, o acumulado em 12 meses está 4,5% aci-ma do alcançado em idêntico período an-terior.

2010

495,

9

Jul

498,

2

Ago

496,

9

Set

496,

6

Out Nov

511,

5

Dez

501,

1

Jan

483,

2

Fev

507,

1

Mar

509,

9

Abr

513,

0

Mai

518,

8

Jun

514,

1

Jul

485,

7

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMilhões de Cabeças

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44 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção de carne de frangoComportamento no primeiro semestre e recuo na produção de pintos de corte sinalizam avanço mais moderado da produção

EvOluçãO mEnSalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Outubro 957,625 1.070,510 11,79%

Novembro 979,969 1.030,498 5,16%

Dezembro 1.010,062 1.112,104 10,10%

Janeiro 1.000,611 1.088,307 8,76%

Fevereiro 870,352 950,589 9,22%

Março 966,853 1.048,702 8,47%

Abril 1.026,166 1.078,983 5,15%

Maio 1.072,142 1.121,019 4,56%

Junho 1.041,178 1.089,220 4,61%

Julho 1.067,354 1.094,724 2,56%

Agosto 1.056,971 1.074,000* 1,61%

Setembro 997,524 1.013,000* 1,55%

Em 9 meses 9.099,151 9.558,544* 5,05%

Em 12 meses 12.046,807 12.771,656* 6,02%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE* Estimativa do AviSite alterável conforme se divulguem os números relativos

à produção de pintos de corte.

Já não dispondo, com a habitualidade anterior, de dados atuais sobre a evolu-

ção da produção de carne de frango, desde sua edição passada a Revista do AviSite passou a divulgar valores estimativos da produção, por entender que a atividade precisa saber onde se encontra e para onde caminha – ainda que os números projeta-dos não correspondam 100% à realidade.

Uma vez que era fundamental dispor de uma base racional para essas estimati-vas, adotou-se como parâmetro inicial o comportamento médio do setor no quin-quênio 2006-2010 – que indicou, para o mês de agosto de 2011, produção em tor-no de 1,125 milhão de toneladas de carne de frango.

Foi feita uma ressalva, porém: o com-portamento do mercado em agosto suge-ria produção inferior à registrada nos meses de junho e julho. E essa hipótese acabou sendo confirmada no final de outubro, quando a APINCO divulgou os números relativos à produção de pintos de corte do mês de julho, parte dos quais abatida em agosto.

Assim, adotando um parâmetro no mínimo mais “contemporâneo” – o com-portamento da produção no primeiro se-mestre de 2011 – e tendo agora como no-vos referenciais a produção de pintos de corte de junho e julho chega-se – estimati-vamente – a uma produção da ordem de 1,074 milhão de toneladas em agosto, vo-lume efetivamente menor que o registrado nos dois meses anteriores e, ainda, em abril e maio.

Uma projeção mais efetiva da produ-ção de carne de frango no mês de setem-bro permanece na dependência do volume de pintos de corte produzido e alojado in-ternamente em agosto. Mas supondo-se a mesma média de produção de pintos do mês anterior e levando em consideração, ainda, que setembro é mês mais curto, de 30 dias, talvez não seja equivocado esperar para o mês volume ainda menor que o re-gistrado em agosto. Algo que correspon-derá também à menor produção diária re-gistrada nos nove primeiros meses de 2011.

2010

12,1

60

Out

12,1

60

12,2

10

Nov

12,2

10

Dez

12,3

1212

,312 12,4

00

Jan

12,4

00

12,4

80

Fev

12,4

80

12,5

62

Mar

12,5

62

12,6

15

Abr

12,6

15

12,6

64

Mai

12,6

64

12,7

12

Jun

12,7

12

12,7

39

Jul

12,7

39

12,7

56

Ago

12,7

56

Set

12,7

72

2011

Acumulado em 12 mesesMil Toneladas

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Produção Animal | Avicultura 45

Setembro é mês mais curto, de 30 dias, e, além disso, tem um feriado. Assim,

era esperado que os embarques de carne de frango do mês apresentassem redução em relação a agosto, ocasião em que o volume embarcado foi um dos maiores da história do setor.

O que não se supunha é que a redu-ção fosse tão radical. Pois, de acordo com os números da SECEX/MDIC, as exporta-ções de carne de frango de setembro fica-ram ligeiramente aquém das 305 mil tone-ladas, o que, sem dúvida, corresponde ao segundo pior resultado de 2011 (em janei-ro e fevereiro, os embarques não chega-ram às 300 mil toneladas/mês; mas feve-reiro é mês bem mais curto; por isso, na prática, o volume exportado em setembro só não é inferior ao de janeiro).

Em função desse resultado, o volume exportado nos três primeiros trimestres do ano apresenta incremento de apenas 1,64%, índice que corresponde a um volu-me total de, aproximadamente, 2,898 mi-lhões de toneladas.

Correspondendo a embarques men-sais de 322 mil toneladas, as exportações dos nove primeiros meses de 2011 proje-tam total anual da ordem de 3,864 mi-lhões de toneladas, o que significaria in-cremento de 1,15% sobre o total exportado em 2010 – perto de 3,820 mi-lhões de toneladas.

No entanto, a partir do desempenho mais recente do câmbio e com base em negociações realizadas no decorrer da Fei-ra de Anuga, realizada na Alemanha em outubro, o setor confia em que o incre-mento de 2011 possa se aproximar dos 5% como vinha sendo previsto e alcançar os 4 milhões de toneladas.

É, sem dúvida, um desafio, porquanto nos últimos 12 meses o volume embarca-do aumentou não mais do que 2,5% so-bre idêntico período anterior. Além disso, para chegar aos 4 milhões/t, o setor terá que embarcar pelo menos 367,3 mil/t mensais no último trimestre de 2011, ou seja, 14% a mais que a média dos nove meses anteriores.

Exportação de carne de frangoO terceiro menor volume em 18 meses

EvOluçãO mEnSalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Outubro 335,445 333,406 -0,61%

Novembro 268,615 319,802 19,06%

Dezembro 314,785 315,316 0,17%

Janeiro 233,324 295,398 26,60%

Fevereiro 282,471 296,585 5,00%

Março 331,941 341,055 2,75%

Abril 309,942 325,263 4,94%

Maio 322,151 338,523 5,08%

Junho 325,272 331,321 1,86%

Julho 360,526 310,874 -13,77%

Agosto 347,921 354,337 1,84%

Setembro 337,637 304,591 -9,79%

Em 9 meses 2.851,185 2.897,947 1,64%

Em 12 meses 3.770,029 3.866,471 2,56%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE

Acumulado em 12 mesesMil Toneladas

2010

3.77

0

3.76

83.

768

Set Out Nov Dez

3.81

9

3.82

03.

820 3.

882

3.88

2

3.89

63.

896

3.90

53.

905

3.92

03.

920

Jan Fev Mar Abr Mai

3.93

73.

937

3.94

33.

943

Jun Jul

3.89

33.

893

3.90

03.

900

Ago Set

3.86

6

2011

Page 46: novembro Ração Peletizada n - Avisite · produtos 26 A segurança alimentar em números Informe Técnico-empresarial 30 34 Uma realidade chamada probiótico Informe Técnico-empresarial

46 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Oferta interna de carne de frangoEm agosto e setembro, os menores níveis

dos últimos seis meses

Adotados novos parâmetros para es-timar a produção brasileira de carne

de frango têm-se, também, novos indi-cadores para a evolução da oferta inter-na do produto.

E, sob esse aspecto, a primeira indi-cação que ressalta é a de que o volume aparente disponibilizado internamente nos seis meses decorridos entre abril e setembro atingiu seus menores níveis justamente em agosto e setembro pas-sados – quando o frango obteve a me-lhor remuneração dos seis meses analisa-dos.

A despeito dessa eventual menor oferta, causa impacto a indicação de que a disponibilidade alcançada nos nove pri-meiros meses de 2011 e nos 12 meses encerrados em setembro de 2011 pode ter sido 6,6% e 7,6% superior à registra-da em idênticos períodos anteriores.

Pois neste caso é importante saber que essa expansão, se efetivamente con-firmada, já foi inteiramente absorvida, algo facilmente comprovável ao analisar--se a evolução aparente da oferta per ca-pita no período abril-setembro de 2011.

Isso está demonstrado no gráfico acima, pelo qual se verifica que o pico de oferta do período ocorreu no mês de ju-nho. E os valores registrados (anualiza-dos a partir da oferta interna mensal, di-vidida pelo número de dias do mês e distribuída por uma população da ordem de 193,3 milhões de habitantes) apon-tam que o volume disponibilizado no bi-mestre agosto-setembro retornou à mé-dia de 2010 (ao redor de 44 kg per capita), neutralizando os aumentos ante-riores.

EvOluçãO mEnSalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Outubro 622,180 737,104 18,47%

Novembro 711,354 710,696 -0,09%

Dezembro 695,278 796,786 14,60%

Janeiro 767,287 792,908 3,34%

Fevereiro 587,882 654,004 11,25%

Março 634,912 707,647 11,46%

Abril 716,224 753,720 5,24%

Maio 749,991 782,496 4,33%

Junho 715,906 757,899 5,87%

Julho 706,828 783,850 10,90%

Agosto 709,050 719,623* 1,49%

Setembro 659,887 708,409* 7,35%

Em 9 meses 6.247,967 6.660,556* 6,60%

Em 12 Meses 8.276,779 8.905,142* 7,59%

Fonte dos dados básicos: APINCO e SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE* Estimativa do AviSite alterável conforme se divulguem os números relativos à produ-

ção de pintos de corte.

2010

659,

9 713,

371

3,3

Set Out Nov Dez

710,

7 771,

1

767,

376

7,3

700,

770

0,7

684,

868

4,8 75

3,7

753,

7

757,

375

7,3

757,

975

7,9

758,

675

8,6

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

696,

469

6,4

Set

708,

4

2011

Oferta real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMil toneladasAgosto e Setembro de 2011: estimativa

Page 47: novembro Ração Peletizada n - Avisite · produtos 26 A segurança alimentar em números Informe Técnico-empresarial 30 34 Uma realidade chamada probiótico Informe Técnico-empresarial

Produção Animal | Avicultura 47

Neste ano, em apenas duas

ocasiões o volume alojado superou a casa dos 7 milhões de pintainhas de

postura

Embora próximo, o alojamento de pintainhas de postura voltou a fi-

car aquém dos 7 milhões de cabeças em setembro passado. De acordo com a UBABEF, o alojamento do mês so-mou 6,935 milhões de cabeças, as li-nhagens produtoras de ovos brancos representando quase 76% do total. Neste ano, em apenas duas ocasiões (abril e agosto) o volume alojado supe-rou a casa dos 7 milhões de pintainhas de postura.

O alojamento, como se vê, evolui de forma mais moderada. Há um ano, por exemplo, o acumulado entre janei-ro e setembro registrava incremento – então considerado “absurdo” – de cer-ca de 30%. Agora, em nove meses, o volume alojado, ainda que próximo dos 60 milhões de cabeças, se encon-tra apenas 1,5% acima do registrado em idêntico período do ano passado.

Em termos anualizados (outubro de 2010 a setembro de 2011), registra--se, ainda, evolução pouco superior a 6,5%. Mas esse índice tende a uma re-dução à medida que se aproxima o fi-nal do ano.

Assim, mantida no corrente tri-mestre a mesma média mensal alojada no terceiro trimestre, o alojamento anual de pintainhas de postura cresce-rá menos de 3% em relação a 2010. Mesmo assim, o volume alojado cons-tituirá novo recorde e será superior a 80 milhões de cabeças.

alojamento de pintainhas de posturaEvoluindo moderadamente, alojamento aumentou 1,5% até setembro

EvOluçãO mEnSal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2009/10 2010/11 VAR.% 2009/10 2010/11

Outubro 5,025 6,595 31,25% 72,91% 75,47%

Novembro 5,251 6,708 27,73% 71,03% 75,07%

Dezembro 5,181 6,131 18,35% 73,75% 72,19%

Janeiro 5,723 6,613 15,54% 76,94% 75,28%

Fevereiro 5,502 5,586 1,53% 73,30% 75,18%

Março 6,162 6,554 6,36% 78,60% 73,14%

Abril 6,448 7,134 10,64% 78,69% 72,99%

Maio 6,551 6,474 -1,17% 76,99% 73,28%

Junho 7,156 6,587 -7,96% 78,25% 76,27%

Julho 7,241 6,716 -7,25% 77,20% 76,55%

Agosto 7,193 7,115 -1,07% 76,09% 73,23%

Setembro 6,818 6,935 1,72% 77,35% 75,96%

Em 9 meses 58,794 59,714 1,56% 77,10% 74,63%

Em 12 meses 74,251 79,147 6,59% 76,16% 74,55%

Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE

2010

74,2

51

Set

74,2

51

75,8

21

Out

75,8

21

Nov

77,2

7777

,277

77,2

77

Dez

78,2

2878

,228

79,1

17

Jan

79,1

17

79,2

01

Fev

79,2

01

79,5

93

Mar

79,5

93

Abr

80,2

7980

,279

Mai

80,2

0280

,202

Jun

79,6

3279

,632

Jul

79,1

07

Set

79,1

47

79,1

07

79,1

47

Ago

79,0

30

2011

Acumulado em 12 MesesMilhões de cabeças

Page 48: novembro Ração Peletizada n - Avisite · produtos 26 A segurança alimentar em números Informe Técnico-empresarial 30 34 Uma realidade chamada probiótico Informe Técnico-empresarial

48 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Em outubro, o frango vivo comerciali-zado no interior paulista viveu seu

mais longo período de estabilidade de preços do ano: foram 24 dias corridos de cotação inalterada em R$2,00/kg con-

tra, por exemplo, 22 dias a R$1,80/kg em abril deste ano.

O melhor, porém, é que na maior parte dessas pouco mais de três sema-nas o mercado permaneceu firme e ab-

sorveu tudo o que foi disponibilizado para venda no “spot”, apenas se tornan-do calmo nos últimos dias do mês. E, ao que tudo indica, não porque os níveis de produção tenham se elevado e, sim, porque o consumo retrocedeu, como acontece a cada final de mês.

De toda forma, o valor máximo al-cançado e mantido em grande parte do mês parece, também, ser o limite impos-to ao produto pelo mercado. Assim, da mesma forma que não vem sendo per-mitido ao boi ir além dos R$100,00/arro-ba (há um ano já estava em R$110,00/kg), é bem provável que ao frango já não seja mais permitido chegar aos R$2,15/kg, como ocorreu em agosto passado.

Isto, em suma, significa que o mês de agosto pode ficar marcado como o da melhor cotação do ano para o setor. E o que aponta nessa direção é o fato de, mesmo tendo enfrentado menos instabilidade que em setembro, o fran-go vivo ter obtido valorização de apenas 0,71% em outubro, o que também faz com que sua cotação média continue menor que a de agosto.

É verdade que, contrariando as ex-pectativas, a variação anual foi bem mais significativa que a observada no mês anterior. Pois se em setembro o frango vivo valorizou-se menos de 2% em relação ao mesmo mês de 2010, em outubro essa valorização ficou próxima dos 8%. Mas se isso, visualmente, cobre a inflação (o IGP-M dos últimos 12 me-ses ficou em 7,46%), não cobre, por exemplo, os custos do principal insumo do frango, o milho, que nesse mesmo espaço de tempo ficou pelo menos 25% mais caro.

Sob esse aspecto, aliás, a constata-ção de que, nos 10 primeiros meses de 2011, o frango vivo obteve preço médio (R$1,88/kg) mais de 14% superior à mé-dia anual de 2010 (R$1,65/kg) deixa a impressão de que não houve perdas. O detalhe é que, em idêntico comparativo, o dispêndio com milho aumentou 45%.

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja,

interior paulista – R$/KgMÊS MÉDIA

R$/KGVARIAÇÃO %

ANUAL MENSAL

OUT/10 1,84 22,85% -4,67%

NOV 1,85 20,19% 0,54%

DEZ 2,08 26,52% 12,29%

JAN/11 1,96 23,80% -5,73%

FEV 2,01 23,34% 2,78%

MAR 2,03 33,48% 0,92%

ABR 1,79 26,77% -11,90%

MAI 1,60 14,56% -10,27%

JUN 1,62 19,70% 0,76%

JUL 1,77 12,69% 9,41%

AGO 2,08 28,49% 17,65%

SET 1,97 1,87% -5,55%

OUT 1,98 7,73% 0,71%

média e variação anual entre 2000 e 2011

ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57%

2001 0,97 6,47%

2002 1,13 16,49%

2003 1,45 28,31%

2004 1,49 2,75%

2005 1,35 -8,72%

2006 1,16 -14,70%

2007 1,55 33,62%

2008 1,63 5,16%

2009 1,63 0,15%

2010 1,65 0,94%

2011* 1,88 14,12%

* Média entre 03/01 e 31/10/11

Desempenho do frango vivo em outubro de 2011no mês, estabilidade e mercado firme

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

R$

1,96

R$

1,97

R$

1,97

R$

1,98

R$

1,96

R$

2,01

R$

2,01

R$

2,03

R$

1,97

R$

1,98

R$

2,08

R$

2,03

R$

1,79

R$

1,79

R$

1,60

R$

1,60

R$

1,60

R$

1,62

R$

1,97

R$

1,97

R$

2,08

R$

2,08

R$

1,62

R$

1,77

FRANGO VIVO - PREÇOS HISTÓRICOS E PREÇOEFETIVO EM 2011

PREÇO HISTÓRICO (média 1999/2009):preço em dezembro do ano anterior igual a 100PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2011: (R$/KG, granja, interior paulista)

R$ 1,30

R$ 1,20

R$ 1,40

R$ 1,50

R$ 1,60

R$ 1,70

R$ 1,80

R$ 1,90

R$ 2,00

92,8

0%

97,6

6%

88,1

8%

86,1

9%

87,1

2%

96,5

2%

98,8

5%

104,

63%

106,

13%

107,

27%

107,

47%

108,

34%

Page 49: novembro Ração Peletizada n - Avisite · produtos 26 A segurança alimentar em números Informe Técnico-empresarial 30 34 Uma realidade chamada probiótico Informe Técnico-empresarial

Produção Animal | Avicultura 49

O “efeito Primavera” se reflete no preço do ovo de forma implacável.

A ponto de fazer com que o produto en-cerrasse outubro de 2011 com a pior co-tação dos últimos nove meses. Ou seja: abaixo dos preços do final do décimo mês, só mesmo os de janeiro. Mas talvez nem isso, pois em boa parte de outubro os preços divulgados corresponderam apenas a valores de referência, não à prática efetiva.

Na ausência de dados, é impossível saber se o que ocorre se deve ao aumen-to da produção e da produtividade, à re-dução do consumo ou a ambos. A reali-dade é que o ovo continua a apresentar preços continuamente decrescentes nes-te semestre, o que fez, também, com que fechasse outubro com a segunda menor média de 2011.

Em outras palavras, a cotação média do mês que passou, além de ser quase 2% menor que a de setembro/11, apre-sentou decréscimo de mais de 15% em relação à média registrada em junho. E se levada em conta a melhor média do ano (a de abril), o decréscimo sobe para 23% - o que significa que, passados ape-nas seis meses, o produtor necessitou de um volume de ovos 30% maior para ob-ter a mesma receita anterior. Isso se falar-mos em valores nominais, sem conside-rar a inflação acumulada em meio ano.

Naturalmente, os menos atentos a esses detalhes irão ponderar que em re-lação ao mesmo mês do ano anterior o ovo continua com evolução de preços positiva – em outubro, por exemplo, de 10,83%, o que cobre tranquilamente a inflação do período, certo? Errado. Por-que superar a inflação não basta: o fun-damental é acompanhar os custos de produção. E o ovo não acompanhou se-quer a evolução de preços de seu princi-pal insumo, o milho, que em um ano au-mentou, em média, 25%.

Completados os 10 primeiros meses do ano, o ovo registra uma cotação mé-dia 18,64% superior à alcançada em 2010, o que, de certa forma, minimiza a

sensação de que esteja havendo perdas. Mas a realidade não é bem essa. Pois além dessa valorização continuar bem aquém do aumento de custos do milho (cujo preço médio, nos 10 primeiros me-

ses de 2011, ficou 45% mais elevado que a média de 2010), o valor alcançado pelo ovo no ano se encontra, nominalmente, apenas 3% acima da média obtida em 2008.

Desempenho do ovo em outubro de 2011a pior cotação dos últimos nove meses

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano (R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS)

MÊS MÉDIA R$/CX

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

OUT/10 36,74 17,21% -0,75%

NOV 36,83 18,82% 0,25%

DEZ 38,76 8,01% 5,23%

JAN/11 37,08 16,60% -4,33%

FEV 44,29 11,65% 19,45%

MAR 49,08 19,82% 10,80%

ABR 52,88 40,07% 7,74%

MAI 43,08 10,11% -18,53%

JUN 48,08 16,81% 11,61%

JUL 47,00 24,04% -2,25%

AGO 46,04 23,92% -2,05%

SET 41,52 11,97% -9,81%

OUT 40,72 10,83% -1,93%

média e variação anual entre 2000 e 2011

ANO R$/CX VAR. %

2000 23,12 16,89%

2001 24,07 4,11%

2002 27,88 15,83%

2003 39,67 42,29%

2004 34,47 -13,11%

2005 33,48 -2,87%

2006 27,48 -17,92%

2007 39,42 43,45%

2008 43,62 10,65%

2009 38,63 -11,37%

2010 37,93 -1,82%

2011* 44,97 18,64%

* Média entre 03/01 e 31/10/11

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

R$

37,0

8

R$

44,2

9R

$ 44

,29

R$

49,0

8R

$ 49

,08

R$

52,8

8R

$ 52

,88

R$

43,0

8R

$ 43

,08 R$

48,0

8R

$ 48

,08

R$

47,0

0R

$ 47

,00

R$

46,0

4R

$ 46

,04

R$

41,5

2R

$ 41

,52

R$

40,7

2

OVO EXTRA BRANCO - PREÇOS HISTÓRICOSE PREÇO EFETIVO EM 2011

PREÇO HISTÓRICO (média 1999/2009):preço em dezembro do ano anterior igual a 100PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2011: (R$/caixa, no atacado paulista)

R$ 32,00

R$ 30,00

R$ 34,00

R$ 36,00

R$ 38,00

R$ 40,00

R$ 42,00

R$ 44,00

R$ 46,00

R$ 48,00

R$ 50,00R$ 52,00

88,2

4% 108,

23%

112,

91%

101,89%

103,

18%

110,

65%

106,

81%

105,

62%

96,0

7%

95,5

3%

99,1

7%

111,

87%

Page 50: novembro Ração Peletizada n - Avisite · produtos 26 A segurança alimentar em números Informe Técnico-empresarial 30 34 Uma realidade chamada probiótico Informe Técnico-empresarial

Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasDisparidade em relação ao ano passado mantém queda

Preço do farelo de soja registra leve aumento

Fonte das informações: www.jox.com.br

O farelo de soja (FOB, interior de SP) tem novamente pequena redução em seu preço, sendo comerciali-

zado em outubro de 2011 ao preço médio de R$660/tonelada, valor 0,9% menor que o de setembro passa-do – R$666/t. Na comparação com outubro de 2010 – quando o preço médio era de R$696/t – a cotação atual registra queda de 5,17%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a pequena valorização do preço do frango vivo

e a queda do farelo de soja em outubro, foram necessá-rios 333,3kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando melhora de 1,42% no poder de compra em relação a setembro de 2011, quando foram necessários 338,0kg de frango vivo para obter uma to-nelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em

outubro de 2011 foram necessárias 19 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma to-nelada de farelo de soja. O poder de compra do avicul-tor de postura em relação ao farelo diminuiu na compa-ração com setembro de 2011: piora de 1,36%, já que em setembro cerca de 18,7 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a outubro de 2010, a melhora no poder de compra é de 21,08%, pois na-quele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 23,0 caixas de ovos.

O preço do milho registrou uma leve queda em outubro de 2011. O preço médio do insumo da saca de 60 kg, interior de

SP, fechou o mês cotado a R$30,56 – valor 4,26% menor que a média de R$31,92 pelo produto em setembro. Embora continue alta, a disparidade de preço do milho apresentou relativa queda em relação a outubro do ano passado. O valor atual é 24,73% maior, já que a média de outubro de 2010 foi de R$24,50/saca. Como em setembro de 2011, a disparidade foi de 31,74% houve uma queda de 7,01 pontos percentuais no mês.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou outubro a R$1,98/kg –

média 0,7% maior que a de setembro de 2011. A valorização do produto aumentou o poder de compra do avicultor: foram neces-sários 257,2 kg de frango vivo para se obter uma tonelada do insu-mo, considerando-se a média mensal de ambos os produtos em outubro. Este valor representa aumento do poder de compra de 4,98% em relação ao mês anterior, pois em setembro a tonelada do milho “custou” 270,0 kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dú-

zias), encerrou outubro cotado à média de R$ 34,72, redução de 2,25% sobre o mês anterior. Essa desvalorização pelo quarto mês consecutivo resultou em um aumento do poder de compra: em outubro foram necessárias 14,670 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em setembro foram necessárias 14,977 caixas/t, uma melhora de 2,10% na capacidade de compra do produtor.

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Produção Animal | Avicultura 51

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54 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

54 Produção Animal | Avicultura

As pesquisas no campo da nutrição avícola

José Eduardo Butolo

é biólogo especializado em bioquímica e doutor em ciências pela UNESP.

Milita na Avicultura desde 1963. É sócio fundador do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) e foi seu primeiro presidente.

Atualmente, desenvolve pesquisas para a JEB Agropecuária

Esse conhecimento segue um processo se-melhante a uma reação química: primeiro, um período de latência em que praticamente nada ocorre. Depois, de improviso, inicia-se a reação propriamente dita; processo que ocorre com grande rapidez e nada pode ser feito para interrompê-lo, pois é uma reação em cadeia que se estende por todo o processo.

As pesquisas, no tocante ao papel dos radi-cais livres, dos aminoácidos, das vitaminas, dos minerais, das prostaglandinas e dos ácidos graxos essenciais, podem ser descritas do mes-mo modo. Nos encontramos no começo de uma rápida reação em cadeia que se estende pelo interior de uma célula e que se difunde rapidamente de uma célula à outra. Conferên-cias, simpósios e seminários sobre esses assun-tos são tantos que é impossível participar des-ses fóruns de debates ou ler toda a bibliografia disponível sobre assuntos tão importantes para a nutrição.

E estamos frente a um problema difícil de resolver, que é a seleção de resumos, em lugar de trabalhos originais, o que nos leva sempre a um passo atrás da vanguarda da investigação na área de nutrição.

Além das pesquisas necessárias relativas à evolução da genética como um todo, e sendo o agronegócio brasileiro referência mundial, o conhecimento profundo das necessidades é indispensável para nos manter na vanguarda da cadeia produtiva, dentro das atuais exigên-cias do mercado.

Em paralelo, nos últimos anos, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento), tem nos bombardeado com Instru-ções Normativas e Portarias que são necessá-rias para atender às exigências técnicas e mercadológicas. Entre elas, podemos destacar a IN 13 de 30/11/2005, que regulamenta o uso

de aditivos, e que levou a pesquisa em nosso Centro de Treinamento e Pesquisas e em diferentes universi-dades. São pesquisas de eficácia en-volvendo segurança, biodisponibili-dade e resíduos de antimicrobianos e de aditivos nutricionais em teci-dos comestíveis (carne, leite e ovos), que são exigidos para registro de produtos junto ao Mapa.

Na sua interface temos realizado experimentos de produtividade em diferentes linhagens de aves de cor-te e de postura, além de suínos, bo-vinocultura de corte e leite, níveis

de LMR de diferentes aditivos com base na le-gislação do Codex Alimentárius, e OMS (Orga-nização Mundial da Saúde). Também desen-volvemos trabalhos nas áreas de ambiência, manejo e tecnologia da produção na indústria para atendimento das importantes especifica-ções das Instruções Normativas e das Portarias afins.

Particularmente, quanto à ambiência e zootecnia de precisão, temos realizado traba-lhos abrangendo:

- Formulações na base da energia líquida;- Proteína ideal em aves e suínos e dieta to-

tal para ruminantes;- Ingredientes alternativos protéicos, ener-

géticos, e aditivos alternativos de origem fito-terápica e agentes anticoccidianos;

- Dietas fásicas em frangos de corte;- Nutrição e meio ambiente (aditivos para

estabilização da microbiota e integridade in-testinal, diminuição da produção de amônia, alteração do pH dos dejetos a partir da altera-ção da dieta e substâncias produtoras de odo-res);

- Controle dos resíduos e contaminantes, principalmente metais pesados;

- Processamento industrial visando tama-nho de partículas das dietas e redução da con-taminação cruzada;

- Controle da qualidade na indústria de ali-mentos e na indústria dos insumos.

Para encerrarmos parcialmente um assun-to de tamanha importância, aproveitamos para informar que, no próximo ano, estare-mos disponibilizando ao público técnico o li-vro “Ingredientes e Aditivos Alternativos na Nutrição Animal”, de nossa autoria, a ser pu-blicado pelo CBNA (Colégio Brasileiro de Nu-trição Animal).

Nas últimas duas décadas, as pesquisas nas diferentes áreas da nutrição animal, e em particular a nutrição avícola, cami-

nhou a passos largos. Posso dizer com segu-rança que nenhum pesquisador que trabalhe neste setor tomou conhecimento de tudo o que foi publicado no campo da nutrição, no que se refere às vitaminas, aos macro e micros minerais, aos aminoácidos, aos ácidos graxos essenciais e aditivos (melhoradores de desem-penho e ou eficiência alimentar).

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Produção Animal | Avicultura 55

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acid-protein complex as substrate.

Analytical Biochemistry, 410, N° 2, 177-184.

PHYZYME XP - DOSAR PARA LUCRAR ECOMBATER O EFEITO FITATO

A otimização do uso de fitase com o intuito de

compensar o efeito antinutriente do fitato na

ração pode aumentar consideravelmente os

níveis energéticos e proteicos dos ingredientes da

dieta e reduzir a necessidade de adição de fosfato,

levando a substanciais economias de custo

alimentares. Nem todas as fitases são iguais na

ação de compensar o dispendioso 'efeito fitato'

na ração animal, como confirma a nova pesquisa

publicada no jornal internacional,

.

1

Analytical

Biochemistr y

MEDINDO A EFICÁCIA DA FITASECONTRA O EFEITO FITATO

Um novo ensaio , que simula as condições

de pH e temperatura (pH 3 e 37°C),

demonstrou o efeito da ligação do fitato a

proteínas, em uma solução de lisossoma ou

proteína de soja na qual se tornou turva.A adição

de fitase à solução turva, quebra essas ligações

liberando os nutrientes que estavam ligados ao

fitato. Quanto mais proteínas são liberadas, mais

clara a solução se torna.

Os resultados da aplicação deste teste a

uma série de fitases disponíveis comercialmente

mostraram que a Phyzyme XP é claramente

diferente das outras, reduzindo a turbidez da

solução de forma mais eficaz.Além disso, quanto

maior a taxa de inclusão de fitase, mais rápida as

ligações fitato-proteína são quebradas e mais

rápida é a liberação dos nutrientes ligados.

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O fitato não só é a principal forma de

armazenamento de fósforo em muitas matérias-

primas, como cereais, sementes, vegetais e

legumes, mas também é capaz de reduzir a

disponibilidade de uma variedade de nutrientes

para o animal. O fitato faz isso formando

complexos com proteínas, cálcio e outros

elementos ao longo de todo o trato digestivo - o

chamado 'efeito fitato'. Em pH ácido, na par te

superior do trato digestivo, o fitato se liga a

proteínas formando complexos insolúveis. Os

complexos fitato-proteína podem impedir a

digestão de proteínas, implicando negativamente

na digestibilidade de proteínas e aminoácidos, e

na utilização de energia. Esse efeito reduz o valor

nutricional das formulações de rações e acarreta

custos em termos de desempenho animal.

A diferença é clara

Aumento das unidades de fitato na solução

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