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Data 26 s 30/10/2012 Ano I Número 73

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Clipping Tráfico e Abusos de Drogas Eletrônico

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Data26 s 30/10/2012

AnoI

Número73

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Correio Braziliense - on line - 26/10/2012

A droga da droga. O que fazer?

Autor(es): Frei Betto

Escritor, é autor do romance sobre drogas O

vencedor (Ática), entre outros livrosO tráfico de drogas no mundo movimenta, por ano, US$ 400 bi-lhões. Há cálculos que dobram o valor. Os dados são do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.

O consumo mata, a cada ano, 200 mil pessoas.O Brasil é, hoje, o segundo maior consumidor de cocaína, atrás apenas dos EUA. Dados de 2010 in-dicam que 0,6% da população brasileira (27 milhões de pessoas) já consumiu o pó derivado da folha de coca. Entre 2004 e 2010, foram apreendidas, no país, 27 toneladas de cocaína.Um debate se impõe: como lidar com a questão? O número de usuários e dependentes aumenta, o tráfico dissemina a violên-cia, as medidas repressivas não surtem efeito.

O Reino Unido deve mudar sua política em re-lação às drogas que, a cada ano, levam às prisões 42 mil pessoas e, ao cemitério, 2 mil, sem contar as 160 mil advertências por uso de maconha, a mais consumida. O gasto anual é de 3 bilhões de libras (R$ 9,8 bilhões).A proposta dos especialistas ingle-ses que analisaram a questão durante os últimos seis anos é não considerar crime o consumo de pequenas quantidades, e sim delito civil.

O usuário seria multado, obrigado a compare-cer a reuniões sobre o uso de drogas e, em caso de dependência, encaminhado a tratamento.No Brasil, já conta com mais de 120 mil assinaturas o ante-projeto à mudança da Lei nº 11.343/2006, proposta pela Comissão Brasileira sobre Drogas e Democra-cia que, com o Viva Rio, apoia a campanha Lei de drogas: é preciso mudar.O anteprojeto diferencia usuário e traficante.

O usuário seria advertido, prestaria serviços à comunidade e, caso necessário, encaminhado a pro-gramas de reeducação. O traficante, obviamente, continuaria penalizado.A Comissão Global de Polí-ticas sobre Drogas, da ONU, presidida pelo ex-pre-sidente Fernando Henrique Cardoso, enfatiza o fra-casso das políticas de combate ao tráfico e defende a descriminalização do consumo.O consumo cresce muito mais rápido que todas as medidas tomadas para coibi-lo.

Entre 2009 e 2011, foram identificadas, nos países da União Europeia, 114 novas drogas psicoa-tivas, cujo comércio é facilitado pela internet.A pro-

posta dos peritos ingleses é descriminalizar o culti-vo doméstico de maconha para uso pessoal. O que reduziria o tráfico operado pelo crime organizado.

Porém, continuariam criminalizados o con-sumo de cocaína e heroína.Portugal aboliu, desde 2001, todas as penas criminais para a posse de dro-gas. Já os traficantes e produtores, mesmo domésti-cos, continuam penalizados. Os usuários flagrados com grande quantidade são encaminhados a trata-mento.Nos EUA, os estados de Oregon, Colorado e Washington decidem, em novembro, se legalizam a maconha.

No Uruguai, que descriminaliza o consumo e criminaliza o comércio, o governo quer estatizar a maconha, ou seja, controlar a produção e a venda no país. Os 75 mil usuários teriam direito a 40 gramas mensais.Na Guatemala, o presidente Molina, para inibir o tráfico, defende a legalização das drogas, com restrições às substâncias mais nocivas. Seria a mesma tolerância já adotada, na maioria dos países, em relação a bebidas alcoólicas.

Encontrar a solução adequada não é fácil. Li-dei vários anos com dependentes químicos e sei o quanto é inútil manter, no Brasil, a atual legislação proibitiva e repressiva. Ela só favorece o narcotrá-fico e os policiais corruptos.A descriminalização do consumo me parece uma medida humanitária. Todo dependente químico é um doente e precisa ser tra-tado como tal.

Mas como evitar que o consumo não anabolize a assombrosa fortuna dos traficantes? Ainda que se mantenha a proibição das drogas pesadas, em geral caras, como estancar a disseminação do crack, mais barato e tão devastador?Há uma questão de fundo que merece ser aprofundada por todos os interessa-dos no problema: por que uma pessoa usa drogas?

O que a motiva a buscar uma alteração de seu estado normal de consciência? Por que ela experi-menta sensação de felicidade apenas sob efeito de drogas?A droga é um falso sucedâneo para quem carrega um buraco no peito. Esse buraco resulta do desamor e das frustrações frequentes numa so-ciedade tão egocêntrica e competitiva.Uma cultura que se gaba de ter fechado o horizonte às utopias, a “outros mundos possíveis”, às ideologias libertá-rias, ao sonho de que, “daqui pra frente, tudo pode ser diferente”, encurrala, sobretudo os jovens, em ambições muito mesquinhas: riqueza, fama e bele-za.Como diz Jesus, “onde está seu tesouro, aí está seu coração” (Mateus, 6, 21). Muitos que não têm a sorte de ver seu sonho tornado real sabem como fazê-lo virtual... E ainda que disso não tenham consciência, estão gritando a plenos pulmões ter ao menos uma certeza: a de que a felicidade reside na subjetividade.

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MINAS GERAIS 3GERAL

Para a mudança, governador leva em conta a trajetória do novo secretário Eros Biondini

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VANGUARDA

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Estado adere à ação do Governo federal em benefício de catadores

Política sobre drogas ficará com a Secretaria de Esportes e da Juventude

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FORMAÇÃO -

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A COMPETIÇÃO -

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Minas conquista 4º lugar nas Paralimpíadas Escolares

Vôlei sentado foi uma das modalidades em que Minas subiu ao pódio

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“Atualmente, “ pegamal” ser contra a liberação da

maconha”

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