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aqui Camboriú é notícia Linha Popular Ano V nº 250 R$ 1,00 Jornal Camboriú, 10 de janeiro de 2014 | www.linhapopular.com.br Feito pra você não resistir Rua Oscar Vieira, 1142 - Cedro | Camboriú CRC 7743/O-2 [email protected] | Rua Santo Antônio, 201 | São Franciso de Assis | Camboriú www.conadicontabil.com.br Rua Mª da Glória Pereira, 149 - Sl.2 | 3365.4699 Rua Guaraparim, 147, Taboleiro | 3264.8004 Aluga Compra Vende Rua Cel. Benjamim Vieira, 10 (em cima da Promenac) Responsável Técnico: Jeferson Sandri 47 3365.0023 DENTISTAS Consultório Popular CRO-SC 9654, SC-CL 1442 A PIZZA MAIS GOSTOSA DA CIDADE www.mestredapizza.com Rua Joaquim Nunes, 368, Centro - Próximo à Assembleia de Deus Gustavo Zonta/LP Perfil: Conheça a professora Zemilda do Carmo Pág. 17 Caso das vacinas: Sindicância aguarda pareceres de especilistas Pág. 16 Saúde Representantes de entidades indicam investimentos para 2014 Pág. 7 Cidade Com 5,8% de reajuste, IPTU começa a ser entregue em Camboriú Pág. 5 Política No dia 8/jan começou a Colônia de Férias do Espaço Criança! Trânsito na região central muda na quarta-feira Pág. 9 Cidade Stock/LP Página 11 O problema, constante na cidade, foi ainda maior durante as festas de fim de ano e provocou a revolta dos moradores. Saiba quais são os planos do Poder Público para resolver a situação A falta de água tem solução?

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Edição 250 do jornal Linha Popular de Camboriú/SC.

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Page 1: 250

aqui Camboriú é notíciaLinha PopularAno V

nº 250R$ 1,00

Jornal

Camboriú, 10 de janeiro de 2014 | www.linhapopular.com.br

Feito pra

você nãoresistir

Rua Oscar Vieira, 1142 - Cedro | Camboriú

CRC 7743/O-2

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AlugaCompraVende

Rua Cel. Benjamim Vieira, 10 (em cima da Promenac)Responsável Técnico: Jeferson Sandri

47 3365.0023

DENTISTASConsultório Popular

CRO-SC 9654, SC-CL 1442

A PIZZA MAIS GOSTOSA DA CIDADE

www.mestredapizza.com

Rua Joaquim Nunes,368, Centro - Próximoà Assembleia de Deus

Gu

stavo Zonta/L

P

Perfil:Conheça a professora Zemilda do Carmo Pág. 17

Caso das vacinas: Sindicância aguarda pareceres de especilistas Pág. 16

Saúde

Representantes de entidades indicam investimentos para 2014Pág. 7

Cidade

Com 5,8% de reajuste, IPTU começa a ser entregue em CamboriúPág. 5

Política

No dia 8/jan começou a Colôniade Férias do Espaço Criança!

Trânsito na região central muda na quarta-feiraPág. 9

Cidade

Stoc

k/LP Página 11

O problema, constante na cidade, foi ainda maior durante as festas de fim de ano e provocou a revolta dos moradores. Saiba quais são os planos do Poder Público para resolver a situação

A falta de água tem solução?

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 20142

nossa opinião

O verão chegou novamente trazendo problemas no abastecimento de água em

Camboriú. O caos é o mesmo há anos e pelo que parece, estamos longe de encontrar uma solução palpável e que livre a população deste sério problema no verão de 2015. Por conta deste problema, o tema “água” está cada dia mais na pauta da imprensa e das pesso-as. Pela falta ou pelo excesso, que castiga com enchentes, a comuni-dade tem ficado atenta aos fatos e, com razão, vem aumentando a co-brança para que os responsáveis ajam de forma definitiva buscan-do resolver o assunto.

Porém, no final de 2013, um episódio lamentável também foi estopim para que a água virasse tema de debates nos jornais, nas redes sociais, nas ruas. Um pedido do Comi-tê do Rio Cam-boriú para que a Prefeitura de Camboriú re-servasse R$ 100 mil para inves-timentos no rio foi negado pela Câmara de Ve-readores. O re-curso é pequeno e poderia finan-ciar ações de reserva de água indicadas pelo Comitê ou pela própria Funda-ção do Meio Ambiente de Cambo-riú, mas a oportunidade passou e não foi aproveitada pelos nossos representantes no Governo.

Passado este fato e depois de sofrermos mais uma vez com a

Falta água, falta consciência

Charge do Leandro

Encontrou algum erro? A equipe do Linha Popular não localizou nenhum erro na edição da semana passada. Trabalhamos para evitar que eles ocorram, mas se lo-calizar alguma informação equivocada ou erro gramatical nesta edição, entre em contato conosco para que possamos fazer a correção. Envie um e-mail com nome e telefone para [email protected].

escassez de água, o que ouvimos das autoridades locais é que a única solução para o problema é a construção de uma estação de tratamento de água exclusivamen-te para Camboriú, um investimen-to de R$ 80 milhões que a cidade não terá condições de executar tão cedo.

Intriga pensar que nos últimos 10 anos – só para sermos atuais – Camboriú consumiu milhões e milhões de litros de água prove-nientes do rio Camboriú. Em troca, a cidade não fez sequer um único investimento em reservatórios ou programas que garantissem a saú-de do nosso único manancial hídri-cos. Enquanto esta realidade de ex-ploração seguir, não haverá milhão capaz de sanar a falta de água.

Além da falta de consciência ambiental dos nossos gover-nantes, que ainda são pou-co sensíveis aos problemas liga-dos à natureza, falta também ação de todos nós. Enquanto a cidade gri-tava a falta de água nas redes sociais, pesso-as não deixa-ram de lavar seus carros e calçadas com lava jatos que c o n s o m e m

muito mais água que baldes, por exemplo. Fato é que se todos não se envolverem com o problema, a solução seguirá distante, enquanto a escassez estará cada vez mais próxima e longa.

OPINIÃO

www.linhapopular.com.br Impresso na Gráfica Rio SulUma publicação da empresa

Este jornal integra o CCJ - Cadastro Catarinense de Jornais e é afiliado à Associação dos Jornais do Interior

de Santa Catarina - Adjori/SC

Fernando Assanti Administrativo e colunista de política *[email protected] *[email protected]

Naiza Comel Editora e repórter de política *[email protected]*[email protected]

Gustavo Zonta Repórter de esportes, fotógrafo e diagramador *[email protected]*[email protected]

Stefani Ceolla Repórter de cidade e segurança *[email protected] *[email protected]

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Leandro Francisca*[email protected]

Diário da redação Os bastidores da produção do LP. *[email protected]

Por conta deste

problema, o tema

“água” está cada dia

mais na pauta da

imprensa e das pessoas

“Ano novo, hora de planejar, de

colocar metas no papel, cer-to? É, mais ou menos. Passei

a nossa semana de férias pensan-do em retomar as atividades com o necessário planejamento anual. Estamos há tempos conversando por aqui sobre a nossa vontade de fazer mais cadernos especiais, com assuntos diferentes, que na edição normal acabamos não conseguin-do. Mas ainda não foi esta semana.

Começamos o ano mais descan-sados, mas as tarefas do dia a dia es-tão aí. Aquela matéria que demora mais do que você tinha estimado, a fonte que não atende o telefone na-quele dia. Então, o planejamento foi adiado. Só adiado, prometo para os colegas. Hehehe.

Um texto do Observatório de Imprensa, de Celso Nucci, explica bem esta necessidade: “Planejar também é saber que a qualidade do jornalismo entregue ao cidadão

usuário tem que ser checada e afe-rida periodicamente, pois desvios, voluntários ou não, podem causar danos irreversíveis à qualidade editorial e perda de leitores ou de audiência”.

E este planejamento será feito de olho na nossa missão, visão e valores. Como ainda não tivemos oportunidade de dividi-las com nos-sos leitores, acredito que esta é uma boa hora:

Missão: Informar a população de Cam-

boriú com ética e responsabilidade

Visão: Ser uma empresa sustentável,

referência em jornalismo local

Valores: - Independência editorialO Linha Popular considera fun-

damental que demandas comerciais não tenham influência no conteúdo editorial.

- Compromisso com o leitor A maior responsabilidade do

Linha Popular é para com os lei-tores. Entendemos que a continui-dade do jornal e seu crescimento só são possíveis com o foco neste cliente.

- Compromisso social e comu-nitário

O Jornal Linha Popular tem compromisso com a comunidade de Camboriú, por isso, está atento às suas necessidades. Além disso, busca apoiar projetos sociais e no-ticiar ações de entidades.

- Igualdade Nossa equipe se opõe a qual-

quer tipo de preconceito – social, religioso ou político.

- Desenvolvimento profissional O Linha Popular entende que

os profissionais contratados são parceiros no projeto e indispen-sáveis para que a empresa atinja seus objetivos.

Naiza Comel - Jornalista, editora do Linha Popular

Nossa missão e nossos valores

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 3

sua opiniãoArtigo. Falta d’água no litoral

As festas de final de ano mostraram novamente a fragilidade no litoral de

Santa Catarina para o turismo em massa, ou seja, uma estru-tura precária voltada para o lucro máximo e rápido. Neste contexto, nos voltamos para nosso bem mais precioso, a água. Esse elemento, essencial à vida, é insubstituível e requer do poder público uma atenção muito maior do que a dispen-sada atualmente, tanto a nível municipal quanto estadual.

Municípios que criaram suas próprias empresas de sa-neamento têm a oportunidade de dar passos mais largos para minimizar esse problema, pois tem autonomia em estabelecer ações locais direcionadas a re-serva de água bruta, aumen-to da disponibilidade hídrica, conservação e recuperação dos mananciais e educação am-biental voltada para a redução do consumo. Balneário Cambo-riú e Camboriú tem na Bacia Hidrográfica do rio Camboriú seu grande manancial, tendo ambos o dever de conduzir

ações para o aumento da qua-lidade e quantidade de água na bacia.

A Emasa, juntamente com parceiros como o Comitê Cam-boriú, tem desenvolvido o Projeto Produtor de Água nas zonas altas da bacia. Ele tem como objetivo preservar as nas-centes e as margens do rio, pois sabemos que cada R$ 1 inves-tido na conservação das zonas altas resulta na economia de R$ 3 no tratamento de água. Ao mesmo tempo, no final do ano passado, a Câmara de Vereado-res de Camboriú votou contra um projeto que direcionava 1% da arrecadação da Sesb para a conservação do rio Camboriú, fato na contramão aos anseios da comunidade. Além disso, o município dragou o rio Peque-no, destruindo o leito e as mar-gens, sem nenhuma análise de impacto ambiental.

Assim, é o momento dos dois municípios apresentarem seus projetos para a conserva-ção da Bacia do Camboriú, pois respeitar o ambiente é respei-tar cada morador. O Comitê da

Bacia Hidrográfica do Rio Cam-boriú está à disposição para apoiar qualquer iniciativa dos municípios, sendo que já apre-sentou para ambos proposta de ações para os próximos 5 anos, que incluem projetos de edu-cação ambiental, expansão do Produtor de Água, construção de um parque inundável para reserva de água bruta e redu-ção de impacto de enchentes, entre outros.

Agora é hora dos governan-tes mostrarem qual o nível de preocupação com a água dos municípios e sua principal fon-te de renda, o turismo. Ou seja, preservar o ambiente dá lucro, basta querer.

Paulo Ricardo Schwingel - Dou-tor em Ciência Naturais – Pro-fessor da Univali e Vice-presi-dente do Comitê Camboriú

OPINIÃO

Espaço para cartas, artigos, crônicas e textos de leitores. Quer ver o seu texto publicado aqui? Envie para o email [email protected].

na rede As interações dos leitores com o jornal na internet vêm parar nas páginas do LP.

“Aproveitem a mudança e projetem para ser mão única a rua Presidente Costa e Silva sentido Areias e a rua Padre André Aneza sentido Areias e supermercado Koch. Cam-boriú cresceu, é hora de mudanças. Temos que adaptar o município à realidade, não podemos ser reféns de capri-cho de A e B. Alterar faz parte de toda cidade que planeja seu futuro, tendo em vista que o fluxo de veículos triplicou nos últimos anos, e esse é o caminho.”

Josias Pereira, sobre as mudanças no trânsito que começam na quarta-feira

“O resultado de uma parceria com uma administração municipal, que entendeu bem seu principal papel na segurança pública”.

Marcello Martinez Hipólito, comandante do 12° Batalhão da Polícia Militar, sobre a capa da última edição de 2013 do Linha Popular, que registrou a redução do número de homicídios

memória As imagens antigas que contam a história da cidade.

A foto é do ano de 1974 e foi feita no Auto Posto da Praça, no canto da Praça das Figueiras. Quem conta é o fotógrafo Ivan Silva, que enviou a imagem. Ele identifica na foto: Paulo Afonso Rebelo, o Paulinho, Leo-nél Macilio Pereira, Iron Silva, Ivan Silva, Selmo Machado, José Ganan-cini, o Zequinha, e Edson Pinheiro.

Novas placas foram instaladas no interior de Camboriú. No cruzamento entre as localidades do Braço e Maca-cos, uma placa foi colocada informando os motoristas sobre a localização. Segundo o diretor do Departamen-to Municipal de Trânsito – Demutran, Jair Grings, a instalação das placas foi uma solicitação dos empresários do setor turístico durante a edição do Fala Camboriú realizada na localidade dos Macacos.

imagem da semanaStefani Ceolla/LP

Luzia Coppi Mathias, prefeita, sobre suas férias

“Amigos, dois motivos me levaram a sair de férias: pri-meiro dar oportunidade ao meu vice e grande parceiro; segundo foi o cansaço que tomou conta, afinal são nove anos de dedicação exclusiva ao nosso município, seja como assessora ou agora prefeita. Aguardem meu retor-no, muitas novidades”.

Participe! Envie sua foto antiga de Camboriú, com identificação do local e/ou pessoas para [email protected], com seu nome e telefone.

Ivan Silva/Arquivo/LP

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 20144

FÉRIASA expectativa de ver o Governo Luzia Coppi deslanchar se-gue na boca dos correligionários do PSDB. 2014 será melhor, todos têm certeza. Para nós, cidadãos desligados do partida-rismo, vale esperar até depois do Carnaval porque agora a prefeita está de férias, a secretária de Saúde está de férias, os funcionários da Educação também, e do Esporte, e a Câmara de Vereadores idem.

ÁGUAAcompanhei pelas redes sociais a enxurrada de reclamações sobre a falta de água em Camboriú e fiquei pensando em como eu agiria se tivesse o poder de mudar a realidade da água aqui. Para mim, o jeito mais barato e eficaz é consorcian-do a gestão da água com a Emasa, que já mantém estrutura necessária para captação e tratamento. Extinguindo-se a Sesb, passamos a pagar a água para a Emasa, que terá ainda mais capacidade de investimentos em melhorias na distribuição e reserva de água tratada. Em troca, Camboriú ganha a gestão compartilhada da autarquia, colocando gente de confiança lá dentro. Parece utópico? Mas isso é realidade em diversas ci-dades, onde o saneamento e a água são geridos por consór-cios intermunicipais. O que precisa para realizar? Maturidade política para perder a soberania (as decisões terão que ser to-madas em conjunto) e vontade de resolver o problema sem investimentos milionários de dinheiro público.

OUTRO ASSESSORQuando voltar de férias, no dia 20, a Câmara de Vereadores vai estudar a viabilidade econômica de aprovar a contratação de mais um assessor para cada um dos vereadores de Camboriú. Atualmente são 15 contratados, se houver viabilidade, serão 30 os funcionários pagos por nós para servir exclusivamente aos edis. Se comparado a outras câmaras, os vereadores de Camboriú têm pouquíssimas mordomias. Em Itajaí, por exem-plo, cada eleito tem direito a seis assessores. Porém, é impor-tante que toda a comunidade esteja ciente que novos funcio-nários deverão ser contratados com o intuito de melhorar o trabalho dos vereadores. Portanto, a cobrança pode ser ainda maior sobre quem você ajudou a eleger.

MEIO AMBIENTEConversei com a presidente da Fundação de Meio Ambiente de Camboriú, Carla Krug, sobre a situação da pasta em 2014. Carla deixou oficialmente a Defesa Civil (onde segue como interina) e assumiu a Fucam no final de 2013 sob declarações da prefeita de que ela ficaria na presidência apenas por um período, já que a fundação foi negociada com o PV, partido que deu base elei-toral para Luzia. Segundo Carla, ela continua à frente de todas as funções até acabarem as férias da prefeita. Porém, Carla não esconde o desejo de permanecer à frente da fundação. Carla é boa no que faz e parece sempre comprometida com as causas que encabeça, mas o fato é que com ou sem acordo com o PV, Luzia precisa definir se ela ficará na Fucam ou voltará para a Defesa Civil. As duas pastas são muito importantes e precisam de equipe para funcionar bem. Acumulando as funções, Carla terá que se desdobrar e acabará deixando a desejar aqui ou lá.

ENTERROCaio Bernardes, irmão do prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, faleceu em um acidente de trânsito na noite de segunda-feira, dia 6, na BR-470, em Navegantes. Na tarde de terça-feira, ele foi velado na Central de Luto de Camboriú, cidade de origem da família. O velório foi prestigiado por tu-canos da elite, como o senador Paulo Bauer. Caio foi sepul-tado no cemitério central de Camboriú, onde também está enterrado seu pai, Acácio Bernardes Filho. Caio morava em Blumenau e tinha 37 anos.

Zé Branco é prefeito em exercício até fevereiro Líderes de bairros querem entregar reivindicações a ele e falam em manifestações

O vice-prefeito de Cambo-riú, José Rodrigues Perei-ra, o Zé Branco, estará a

frente dos trabalhos da Prefei-tura até o dia 1º de fevereiro. Ele assumiu, no dia 1º, como prefeito em exercício, já que Luzia Coppi Mathias está em férias.

Esta é a terceira vez que Zé Branco assume o cargo. Ele aponta que dará continuidade aos projetos já iniciados no ano passado, como a mudança do trânsito em vias importantes. Comenta ainda que este mês vão iniciar as pavimentações de algumas ruas da cidade.

Mas o ano começou com pro-blemas. Já nos primeiros dias, o prefeito em exercício recebeu muitas reclamações sobre a falta de água e coleta de lixo. Zé Branco aponta que a coleta teve problemas em virtude da demanda e de falta de profis-sionais pela empresa responsá-vel, mas o serviço já está sendo normalizado.

Sobre a falta de água, Zé Branco entende que este é um desafio para a cidade. Diz que medidas emergenciais já foram tomadas para minimizar os problemas. Aponta que a falta de luz prejudicou a destinação de água para alguns locais e que motores foram danificados pela grande demanda.

POLÍTICA

BastidoresPor Fernando Assanti

[email protected]@FernandoAssantifacebook.com/fernandoassanti

Representantes de Associações de Moradores, líderes comunitários e outras pessoas de diversos bairros da cidade estão organizando um movimento para entregar reivindicações para o prefeito em exercício. De acordo com Jaime Angel, do bairro Santa Regina, as principais são exatamente resoluções quanto aos problemas com a coleta de lixo e a água. “Queremos nos reunir para conversar”, aponta. O grupo fala da possibilidade de realizar manifestações na cidade caso os pedidos não sejam ouvidos. Sobre o pedido de reunião, Zé Branco diz que tem muitos compromissos nestes primeiros dias de trabalho, mas que vai se reunir com os representantes assim que for possível. “Isso vai depender da agenda, mas acredito que dará para conversar”, conclui.

Representantes de bairros querem reunião

Naiza Comel/LP

Prefeito. Zé Branco iniciou trabalho com problemas na coleta de lixo e falta de água na cidade

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014

Câmara devolve R$ 90 mil para Prefeitura

A Câmara de Vereadores devol-veu cerca de R$ 90 mil para a Pre-feitura. O valor é referente ao que sobrou do orçamento da Casa em 2013. O valor repassado pela Pre-feitura para a Câmara no ano foi de aproximadamente R$ 2.700.000. Estes valores são utilizados para manter toda a estrutura e também para investimentos. O presidente da Câmara, Márcio Aquiles da Silva, o Márcio do Kido (PSC), explica que há alguns anos a Câmara não devol-via um valor significativo. A sobra ocorreu na folha de pagamento e na compra de materiais em um valor menor do que era estimado.

5POLÍTICA

Naiza Comel/LP

Carnês do IPTU serão entregues a partir de quarta-feira Índice de correção dos valores é de 5,8%. Carnês estarão disponíveis pela internet no final do mês

Os carnês do IPTU 2014 come-çam a ser distribuídos pela Prefeitura de Camboriú na

quarta-feira, dia 15. Terrenos que possuem casas construídas recebe-rão o carnê no endereço. Devem ir até a Secretaria de Finanças os pro-prietários de terrenos baldios.

A correção nos valores é de 5,8%. De acordo com o secretário de Finan-ças, Sérgio Venâncio, o índice é o do IPCA do período. O IPCA está rela-cionado à inflação registrada no ano passado. Os proprietários podem ter descontos para pagamentos à vista. Até 14 de fevereiro, o IPTU pode ser pago com 15% de desconto. Até 14 de março, com 10% de desconto.

Os carnês também são entregues com a possibilidade de parcelamen-

to. Ela varia de acordo com o valor total, mas vai de três a 10 parcelas. “Nos anos anteriores, a maior parte foi paga com os descontos”, explica o secretário Venâncio.

O valor dos lançamentos chega a R$ 14 milhões. São 28.260 unida-des, que geraram 24.664 carnês. Mais de 18 mil destes serão entre-gues nos endereços, porque têm casas, sobrados ou apartamentos construídos. Cerca de 6 mil carnês devem ser retirados na Secretaria, porque não possuem construções.

AUMENTO DE 1.900 UNIDADES EM UM ANO A Secretaria de Finanças regis-

trou um aumento de 1.902 unida-des de 2013 para este ano. Segundo Crescimento nos

gastos com pessoal Dados do Tribunal de Contas

de Santa Catarina mostram que há um crescimento constante nas despesas com pessoal da Prefei-tura de Camboriú. Os dados de 2013 ainda não estão finaliza-dos. Mas em 2012 foram gastos R$ 54.310.641,21. O valor foi 19% maior que em 2011, quando a Pre-feitura destinou em salários e be-nefícios R$ 43.949.561,92.

+POLÍTICA

Entrega. Cerca de 6 mil carnês, referentes a terrenos baldios, devem ser retirados na Secretaria

A Secretaria de Finanças está finalizando o sistema que vai permitir a retirada do carnê do IPTU pela internet. Ele deve estar disponível no fim do mês. “Estamos trabalhando bastante na questão de segurança do acesso”, explica o secretário. O sistema estará disponível no site da Prefeitura (www.camboriu.sc.gov.br). Para acessar, será preciso informar o número da inscrição imobiliária e CPF (no caso de pessoa física) ou CNPJ (no caso de empresa).

Carnês poderão ser retirados pela internet no fim do mês

Venâncio, isso se deve principal-mente a empreendimentos maio-res que passam a receber o IPTU este ano, como condomínio no Rio Pequeno e o Reserva Camboriú. No ano passado, a Prefeitura arreca-

dou R$ 6 milhões com o IPTU. O se-cretário aponta, entretanto, que um valor bem maior entrou nos cofres públicos devido ao Programa de Pa-gamento Incentivado, realizado no final do ano.

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 20146 CIDADE

Até o fim de janeiro, deve ser concluída a drenagem e pavimentação da rua

Imbuia, no bairro Taboleiro. É o que promete o secretário de Obras Jakson Genésio da Rosa, o Jakinho. A obra começou em setembro e a previsão inicial era de que fosse concluída antes do recesso de fim de ano, até o fim de dezembro. Isso não ocorreu devido ao atraso na entrega na tubulação. Nesta semana, segun-do Jakinho, com todos os tubos colocados, iniciou a instalação do calçamento.

A rua Imbuia, no bairro Tabo-leiro, fica na entrada de Cambo-riú e é bastante movimentada. A via ainda tem problemas estru-turais, como falta de calçadas, e segundo a população, tem muito trânsito de caminhões.

Elisabet Valero Moreira mora na rua Imbuia e chama a atenção para a necessidade de pavimen-tação. “Esta rua é a primeira na entrada principal das cidades de Camboriú e Balneário Camboriú. Serve de entrada e saída para empresas que causam grande impacto na vizinhança”, afirma.

Ela explica que é grande o movi-mento de caminhões no local e que por passarem por uma rua sem estrutura, acabam causando problemas nas casas.

Quando a obra de drenagem e pavimentação iniciou, o se-cretário de Obras analisou que a infraestrutura adequada era importante para o trânsito no local. “É uma parceria com a co-munidade, estamos fazendo todo o trabalho de drenagem, tubu-lação e pavimentação. Isso irá melhorar o fluxo de veículos que passa no local e a comunidade só tem a ganhar com mais essa obra”, afirmou Jakinho.

Ele explica que a demora na chegada da tubulação chegou a deixar os trabalhos interrompi-dos no local. Depois da drenagem feita, foram construídas bocas de lobo e só agora começa a pavi-mentação. “Precisamos esperar que a tubulação estivesse pronta para aí começar a calçar. Agora a obra está andando e até o fim de janeiro deve estar pronta”, afir-ma. Segundo Jakinho, depois da conclusão desta rua outras vias da cidade serão contempladas.

Pavimentação da rua Imbuia deve ser concluída até o fim de janeiroObra de drenagem e pavimentação iniciou no fim do mês de setembro. Agora começa a instalação do calçamento

Gustavo Zonta/LP

Obra. Quase quatro meses depois de iniciar, calçamento começa a ser instalado no local

Uma nova CARA.A mesma RESPONSABILIDADE.

Mais moderno. Mais bonito. Mais dinâmico.

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 7

Ações da Assistência Social em 2013

Uma série de cursos de capa-citação foram oferecidos no ano passado pela Secretaria de Assis-tência Social. Através de 13 cursos do Pronatec, 185 alunos recebe-ram capacitação e 19 turmas es-tão em andamento. O curso de gestante oferecido pelo Centro de Referência da Assistência Social - Cras formou 41 alunas e outros 94 profissionais concluíram o curso de corte e costura, além da esco-la de panificação que entregou o certificado a 12 alunos. O Projo-vem atendeu 46 adolescentes em ações de Esporte, Cultura, Lazer e Arte. A legislação social municipal foi atualizada em conformidade com a legislação nacional corres-pondente. O Bolsa Família aten-deu 1.600 pessoas em Camboriú no ano passado. A Secretaria tam-bém firmou uma parceria com a Polícia Militar no Programa Cam-boriú Mais Segura.

CIDADE

O balanço da Defesa Civil aponta a dragagem e desasso-reamento dos rios como uma das ações importantes desen-volvidas pela coordenadoria no ano passado. Foi iniciada a construção de 80 apartamen-tos através do programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Eco-nômica Federal, para famílias já cadastradas. A cidade passou a contar com Sistema Monito-ramento da Bacia do Rio Cam-boriú, auxiliando o trabalho da Defesa Civil, que pode acompa-nhar em tempo real a evolução dos volumes de chuva e níveis de rios, planejando suas ações preventivas contra cheias e es-tiagens. Em 2013 foram mais de 2.000 pessoas atendidas com kits de roupas e mantimentos no município, além de liberação do FGTS para outras 1.500 que tiveram suas residências atingi-das pela enchente. 186 famílias foram cadastradas no programa de habitação e outras 238 tive-ram o cadastro atualizado.

Projetos e números da Defesa Civil

+CIDADEOs investimentos essenciais para a cidade em 2014Representantes de entidades apresentam quais os projetos que consideram importantes para Camboriú

Que investimentos são es-senciais para que Cambo-riú melhore em 2014? Que

áreas merecem mais atenção este ano? Para tentar responder estas perguntas, a equipe do Linha Po-pular procurou representantes de cinco entidades que atuam na ci-dade para saber suas opiniões. Ou-

vimos Eriberto Rocha, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Toni Fausto Frainer, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Silvio Matias, presidente do Sindi-cato dos Trabalhadores Rurais e Nelson de Oliveira, presidente da Associação Empresarial de Balne-ário Camboriú e Camboriú.

“A população de Camboriú está crescendo muito e os inves-timentos não têm acompanha-do este crescimento”, aponta o presidente da CDL, Eriberto. Entre as prioridades apontadas pelos representantes, muitas envolvem a infraestrutura. A falta de água e as quedas de luz

aparecem como problemas que devem ter uma solução urgen-te. Há indicações comuns ainda sobre melhorias nos acessos da cidade e de estrutura das ruas da área urbana e do interior. Co-nheça os investimentos prioritá-rios de acordo com cada um dos entrevistados:

Resolver a falta de água: “A cidade precisa de reservatórios e de um tratamento de água aqui. É preciso fazer investimen-tos para que este problema pare de se repetir”.

Aumentar a energia: “As que-das de luz prejudicam muito a ci-dade. Muitos lojistas têm investi-do na climatização dos ambientes, mas não há estrutura suficiente.

Os comerciantes têm enfrentado muitos problemas com isso”.

Melhorias em ruas e calçadas: “As ruas e calçadas estão feias, precisam de melhorias. É preciso também melhorar a questão de placas, de sinalização”.

Acessos da cidade: “É preciso melhorar o acesso, principalmen-te com relação à avenida Santa Catarina. Há outras possibilida-

des, mas este é o local que as pes-soas mais utilizam. Se não houver melhorias, daqui a pouco vai com-plicar ainda mais”.

Investimentos no hospital: “A saúde é algo muito impor-tante para a cidade e sem uma estrutura adequada no hospital, fica difícil para a população. Fi-car sem a maternidade é muito complicado”.

Eriberto Rocha, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL

Saneamento básico: “In-vestimentos nesta área são muito importantes. É questão de qualidade de vida, de saú-de, de proteção do rio. Sei que a Prefeitura buscou recursos, mas é importante investir nis-so logo”.

Mobilidade urbana: “A ci-

dade precisa de melhorias na área de mobilidade. É preciso pensar em corredores de ôni-bus, em ciclovias. Também em alternativas para a entrada e a saída da cidade, com destaque para cargas pesadas da área industrial e das pedreiras”.

Qualificação e aumento de

salário dos servidores: “A am-pliação de bolsas de estudo ou a realização de cursos para servidores, como de seguran-ça do trabalho. Para os servi-dores, é importante que ocor-ra um aumento real de salário, fora do reajuste. O Sindicato vai buscar isso este ano”.

Toni Fausto Frainer, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Camboriú

Melhoria e mais acessos para a cidade: “A população e os comerciantes de Camboriú são muito prejudicados pela ques-tão do acesso da cidade, que já apresenta problemas inclusive fora de horário de pico. A dupli-cação da avenida Santa Catarina é importante. Mas mesmo que aconteça agora é preciso pensar em outros acessos, melhorar o do bairro São Francisco de Assis e pavimentar as ligações entre a cidade com Itapema e Brusque”.

Resolver a falta de água:

“Este é um problema grave, pre-judica toda a cidade. Ela afeta o desenvolvimento e inibe novos investimentos. O empresário acaba não investindo ou inves-tindo menos por causa desta situação”.

Investimentos em energia: “A demanda por energia elétrica em Camboriú tem aumentado muito com o crescimento imobi-liário e a abertura de novos con-domínios. Mas este crescimento está ocorrendo sem que haja um investimento na rede. Assim,

ocorrem muitas quedas de luz e que não tem explicações. Estas quedas são um gargalo para o desenvolvimento de Camboriú”.

Vagas em creches: “Esta tam-bém é uma situação que precisa ser resolvida com urgência e que afeta o empresário, mas princi-palmente as famílias de Cam-boriú. Ter mais de mil crianças aguardando por uma vaga é um dado preocupante. Os trabalha-dores precisam ter onde deixar os filhos e saiber que estarão em segurança e bem cuidados”.

Nelson de Oliveira, presidente da Associação Empresarial – Acibalc

Melhorias nas estradas rurais: “De imediato, este é um investimento muito im-portante para os agricultores para o escoamento da pro-dução. A estrada tem muitos problemas e alguns pequenos agricultores precisam de me-lhorias nos acessos às pro-

priedades. Ficam praticamen-te isolados em alguns locais”.

Comunicação no interior: “Sei que a Prefeitura buscou recursos para telefonia e in-ternet, mas isso precisa ser resolvido logo. Os proble-mas de comunicação geram muitos transtornos para os

agricultores. Um exemplo é a dificuldade que têm com as empresas que adquirem seus produtos e para resol-ver questões bancárias, por exemplo. Muitos têm que vir até o Sindicato para poder entrar em contato para resol-ver alguma questão”.

Silvio Matias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camboriú Em 2013, a Secretaria de Edu-cação inaugurou o Centro de Edu-cação Infantil João de Souza Arru-da, no Monte Alegre, e o Centro de Educação Infantil Eurípedes Paula da Silva, também no Mon-te Alegre, foi reformado e agora conta com 4 novas salas. O CEI do bairro Rio Pequeno já está em fase de finalização e terá capaci-dade para atender 120 crianças de zero a três anos.

Obras na Educação no ano passado

Foto: João de Souza/Divulgação/LP

Arquivo pessoal/LP

Arquivo/LP

Arquivo/LP

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 20148 CIDADE

Chuva forte causa transtornos para moradores em vários pontos da cidadeTemporais entre as festas de fim de ano e os primeiros dias de 2014 resultaram em problemas principalmente na área rural

Nos últimos dias de 2013 e na primeira semana do novo ano, fortes tempo-

rais atingiram a região. Em Cam-boriú, eles resultaram em pontos isolados de alagamentos e danos na área rural. A chuva forte da-nificou estradas e o trabalho de recuperação já iniciou. A previsão é de que a situação das principais vias do interior esteja normaliza-da dentro de duas semanas.

Uma das áreas da cidade que mais sofreu com as fortes chuvas foi a localidade dos Caetés, no in-terior. No local, lama formada pela água das chuvas desceu pelo mor-ro e desaguou no salão da igreja, que foi tomado pelo barro. A lama ficou acumulada nos banheiros, em parte do salão e nos fundos do terreno. “Descia como uma cacho-eira por aqui, chegou a desviar e a lama escorreu pela escadaria da igreja”, apontou Flavio Geraldo, se-cretário da igreja.

Ele foi criado na localidade, onde mora seu pai, e descreve as causas do problema. “Antes tinha uma ca-lha no morro. A água da chuva pas-sava por ela e desembocava no rio. Não ocorria esse tipo de problema”,

diz. A situação, segundo ele, piorou depois da enchente de 2008, quando deslizamentos ocorreram na região e a calha foi destruída. “Depois a Prefeitura alargou as estradas da área rural, incluindo o morro, e tudo piorou”, afirma.

Ele e outros moradores da co-munidade apontam que depois des-ta obra, tubos foram colocadas na descida do morro, também com o

objetivo de levar as águas até o rio. No entanto, a tubulação não supor-tou o volume de chuvas e sem ma-nutenção, acabou obstruída.

“No início de dezembro, dias an-tes da festa da igreja, deu uma chuva forte e o problema começou. A água não desceu pela tubulação, invadiu o terreno e chegou no salão”, expli-ca Flavio. A Prefeitura foi chamada e os reparos nos tubos começaram

Fotos: Gustavo Zonta/LP

a ser feitos em um trecho do morro. Foi quando vieram os novos tempo-rais. “Mexeram em uma parte, mas outra estava obstruída. Quando a lama veio, passou por cima e inva-diu tudo”, relata Flavio.

Ele se casaria naquela igreja no dia 28 de dezembro, mas acabou transferindo o local da cerimônia por medo dos transtornos. “Todo mundo fica inseguro. Não é só a igre-

ja que é prejudicada, tem casas por perto. Sempre que chove as pessoas ficam com medo”, afirma.

Flavio e os moradores dos Caetés cobram que uma medida seja toma-da para evitar estragos maiores. Ele aponta ainda áreas que correm o risco de deslizar na beira da estrada.

SOLUÇÃOO secretário de Obras, Jakson

Genésio da Rosa, o Jakinho, explica que a tubulação foi colocada nas margens da estrada para evitar que água que desce pelo morro acabasse atingindo o cemitério, que fica nos fundos da igreja. Ele reconhece, no entanto, que a tubulação ficou obs-truída e precisa de reparos. “Come-çou a ser mexido, mas faltou acabar. Nós vamos voltar a trabalhar e resol-ver aquele problema”, afirma.

Jakinho ainda explica que todas as estradas da área rural da cida-de apresentaram danos depois das chuvas fortes. “Durante as festas de fim de ano estávamos somente com uma equipe de plantão, então o tra-balho mais intenso começa agora. As máquinas já estão no interior. Em duas semanas deve estar tudo normalizado”, diz.

Interior. Na localidade dos Caetés, tubulação está obstruída e lama invade o salão da igreja

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A região central da cidade também sofreu com a chuva forte. A rua José Bernardes Passos ficou alagada nos dias 29 de dezembro e 3 de janeiro. Segundo Tatiane Dores, que mora no local, o problema é comum. “Os moradores estão indignados com isso há anos”, afirma.

Ela relata que no ano passado, a Prefeitura chegou a mexer na tubulação. A obra, porém, não resolveu o problema. Na segunda-feira, dia 6, Tatiane foi até a Prefeitura falar com o prefeito em exercício, José Rodrigues Pereira, o Zé Branco. Ele se comprometeu a falar com secretários e dar uma resposta aos moradores.

O secretário de Obras, Jakson Genésio da Rosa, o Jakinho, explica que uma nova tubulação deve ser instalada no local pela Secretaria de Saneamento Básico. Não há prazo para que isso aconteça.

Centro teve pontos de alagamento

Cheias. Rua José Bernardes Passos ficou alagada nos dias 29 de dezembro e 3 de janeiro

Tatiane Dores/Divulgação/LP

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 9CIDADE

+CIDADE

A Polícia Civil de Camboriú também recebeu reforço du-rante a Operação Veraneio. A delegada regional Magali Nu-nes Ignácio não revela quantos novos profissionais vieram para a cidade, mas afirma que eles estão atuando nas delegacias do centro e do Monte Alegre. Neste fim de semana, devem começar operações na cidade para combater principalmen-te o tráfico de drogas. Outras ações serão feitas durante o verão, mas as datas não serão divulgadas previamente.

Polícia Civil recebe reforço

Mudanças no trânsito da cidade começam na quarta-feira

O sentido do trânsito em três vias de Camboriú sofrerá al-terações a partir de quarta-

feira, dia 15. A rua José Francisco Bernardes será mão única sentido centro-interior, até a rótula da rua Porto Velho, na entrada do Distrito Industrial. Já a rua Minas Gerais passará a ser sentido único, no limite entre as ruas Jesuíno Anas-tácio Pereira e São Paulo. E a rua Pedro H. Amorim, localizada ao lado do supermercado Schmit, no centro, voltará a ser mão dupla.

De acordo com o diretor do De-partamento de Trânsito, Jair Grin-gs, a sinalização está sendo insta-lada nas vias e será finalizada até terça-feira, 14. Os semáforos, loca-lizados nas esquinas das ruas José Francisco Bernardes com a Pedro H. Amorim, São Paulo com a Minas Gerais e Coronel Benjamin Vieira com a Siqueira Campos, passarão a funcionar a partir de quarta-fei-ra. Durante toda a extensão da José Francisco Bernardes só será permi-tido estacionar do lado direito.

“Esses mecanismos possibilitam organizar melhor o trânsito, melho-rando o fluxo de veículos e dando mais segurança aos pedestres. As

Alterações ocorrerão na região central e pretendem organizar o movimento nos horários de pico

mudanças foram planejadas tendo como base o sistema binário, que é uma tendência da mobilidade ur-bana”, explica Grings.

Ele afirma que Camboriú já tem mais de 41 mil veículos e que o pedido de mudanças partiu prin-cipalmente dos pedestres, que têm dificuldades para atravessar as ruas mais movimentadas. Grings ainda afirma que os comerciantes foram comunicados das alterações. Durante a próxima semana, a Pre-feitura contará com auxílio da Polí-cia Militar nas ruas para organizar o fluxo e orientar a comunidade. Nos primeiros dias, ninguém será

O trajeto da Praiana também muda com as alterações do trânsito na região central. A linha Camboriú/Itajaí que passa pelo bairro Areias seguirá da seguinte forma: o trajeto vai começar na rua Jesuíno Anastácio Pereira, em frente ao ginásio da escola Clotilde Ramos Chaves, e segue até a rua Minas Gerais. De lá, vai cruzar a rua São Paulo, que vai ter semáforo, e entrar na Pedro Honório Amorim, a rua do mercado Schmit. Então a Praiana vai cruzar a José Francisco Bernardes e chegar à Presidente Costa e Silva. Dali para frente, o trajeto continua o mesmo.

Como fica o transporte coletivo

multado. O Demutran também vai colocar faixas informando as mu-danças nas ruas atingidas.

O prefeito em exercício, José Ro-drigues Pereira, o Zé Branco, avalia que esta é uma importante ação. “Quando se trata de mobilidade ur-bana, os projetos são sempre desa-fiadores, pois afetam diretamente a rotina das pessoas. Assim como já mudamos o trânsito no Monte Alegre e o resultado foi positivo, iremos agora realizar mudanças pontuais no centro e Areias que, sem dúvidas, irão otimizar o fluxo nos horários de pico”, comenta.Alterações. Sinaleiras foram instaladas

em diferentes pontos

Gustavo Zonta/LP

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 201410

MORDIDA DE CRIANÇA ACABA EM INDENIZAÇÃO

Alô, alô, galera, voltei... falando pra nossa terrinha, algumas questões de direito. Hoje em dia qualquer “quebra de regras” acaba em indenização. Um “faz lín-gua” pro outro, pronto: indenização! Um mostra o dedo médio pro outro: indenização! Uma criança morde a ou-tra: indenização!

Bom, dependendo de como se dá a mordida, nada mais justo que o caso acabe mesmo nos tribunais. Os pais de uma criança que morde outra podem sim res-ponder por pesada indenização, já que são seus respon-sáveis legais. Mas os casos mais comuns de mordidas de crianças que acabam na Justiça, são aqueles praticados quando a vítima está sob os cuidados de alguma insti-tuição.

Tanto é assim que no mês passado um centro de edu-cação infantil mineiro foi condenado a indenizar um me-nino de dois anos, representado por sua mãe, em R$ 18 mil, por danos morais. A criança foi mordida por um coleguinha quando frequentava a escolinha (maternal). Na decisão a juíza substituta da comarca de Contagem, em Minas Gerais, que proferiu a sentença, destacou ser inequívoca a ocorrência do dano moral, em virtude da ofensa física causada dentro da sua escola.

Ao chegar ao estabelecimento de educação infantil, a mãe recebeu o filho com várias mordidas pelo corpo. A instituição de ensino se defendeu alegando que prestou toda a assistência necessária à criança e aos seus fami-liares, bem como ser comum crianças nessa idade mor-derem umas às outras, e que no dia dos fatos a criança vítima e a criança agressora dormiam em camas distin-tas e ao chegar ao local a professora flagrou o ataque e já tomou a providência de separá-las e prestar socorro.

A escola também reclamou no processo que a mãe da vítima deu caráter sensacionalista ao episódio, que os seus prepostos não agiram com culpa e que os fatos não configuram danos morais. Mas na decisão a julga-dora destacou que não se pode admitir que crianças tão pequenas sejam colocadas para dormir sozinhas em uma sala da escola, sem qualquer vigilância direta, sujeita a riscos de toda espécie.

A juíza considerou também que a responsabilidade pelo ocorrido foi única e exclusiva da escola, que permi-tiu de forma negligente e irresponsável que duas crian-ças de tenra idade permanecessem dormindo sozinhas numa sala.

Fica então registrado o alerta para que tanto os pais quanto as instituições de ensino fiquem atentos para que fatos como este citado não se repitam, causando dissabores a todos os envolvidos.

Para encerrar aviso que estou alugando uma sala co-mercial com 55,04 m2, no segundo piso (em cima da Pro-menac Motos, em frente à Igreja Matriz), na Rua Cel. Benjamin Vieira, 10, e uma casa de dois pavimentos (disponível no início de fevereiro/2014), com 120,54 m2, com 03 quartos (uma suíte), 02 banheiros e 01 lavabo, sala, cozinha, churrasqueira/lavanderia, área de varal e garagem. Livre de enchentes, na Rua Paulo Faquetti, 385, ambas no centro, Camboriú/SC. (Fone: 9977-0415). Fiz o meu merchã!

Por agora é isso porque eu vou ver o time que o Fla-mengo tá montando. Fui!

Aberto processo seletivo na área da saúdeOs candidatos devem ter mais de 18 anos. Inscrições vão até o dia 31 de janeiro

CIDADE

Hélio MarcosBenvenutti

[email protected]/heliomarcosbenvenutti

A Secretaria de Saúde de Camboriú abriu processo seletivo para contrata-

ção de profissionais de diversas áreas em caráter temporário. As inscrições seguem até o dia 31 de janeiro e devem ser feitas no setor de Recursos Humanos da Secretaria, situada na rua Porto Alegre, 698, centro, junto à Policlínica Municipal. O aten-dimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min.

Os candidatos devem ter mais de 18 anos e estar em dia com as obrigações eleitorais e militares. No ato da inscrição, deverá ser apresentada a foto-cópia dos seguintes documen-tos: Carteira de Identidade, CPF, Título de Eleitor, comprovante de escolaridade exigido para o cargo, além de duas fotos 3x4 atuais e currículo documenta-do com comprovação de títulos. Para o cargo de agente comuni-tário de saúde também é exigi-do comprovante de residência e os candidatos a motorista socor-rista devem levar consigo a Car-

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teira Nacional de Habilitação. A seleção será realizada em três fases: entrevista coletiva, prova escrita e análise de currículo. O resultado será publicado no site da Prefeitura dia 21 de feverei-ro, após as 17h.

VAGAS DISPONÍVEIS

Agente comunitário de saúde: Possuir diploma de en-sino fundamental completo e residir em Camboriú.

Auxiliar de consultório dentário: Possuir diploma de ensino médio completo.

Auxiliar de serviços ge-rais: Possuir comprovante de escolaridade que confirme alfa-betização.

Médico: Possuir o diploma do curso superior de medicina e registro de classe regulariza-do, bem como ter conhecimento nas especialidades de pediatria, ginecologia, obstetrícia e clíni-ca médica.

Recepcionista: Possuir di-ploma de ensino médio comple-to.

Técnico em enfermagem: Possuir o certificado do curso de Técnico de Enfermagem com-pleto e habilitação legal para o exercício da profissão, com o re-gistro no Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina.

Farmacêutico Gerente e Farmacêutico Co-Responsável: Nível superior em Farmácia e experiência de um ano na exe-cução dos serviços de entrega de medicamentos e correlatos de acordo com as normas de assis-tência e atenção farmacêutica.

Auxiliar de Gestão: Nível fundamental completo com ex-periência mínima de seis meses na execução dos serviços de dis-tribuição de medicamentos aos consumidores, atendimento e auxílio na organização de esto-ques em unidade de farmácia.

Assistente de Gestão: Nível médio completo com experiên-cia mínima de um ano na execu-ção dos serviços de gestão admi-nistrativa interna em unidade de farmácia.

Motorista Socorrista: Ensi-no Médio completo, carteira de motorista com categoria D, expe-riência mínima de dois anos no cargo de motorista em urgência e emergência, curso de socorris-ta com carga horária mínima de 30 horas e curso de Condutor de Veículo de Emergência.

Prefeitura de Camboriú/Divulgação/LP

Secretaria. As inscrições devem ser feitas no setor de Recursos Humanos da Secretaria, situada na rua Porto Alegre, 698, centro, junto à Policlínica Municipal

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 11CIDADE

+CIDADEAbertas inscrições para ACT

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo para a contratação de membros do quadro de vagas da Secretaria Municipal de Educação Admi-tidos em Caráter Temporário – ACT para o ano letivo de 2014. As vagas são para auxiliar de serviços gerais, merendeira, ser-vente, orientador, supervisor, professor, monitor, intérprete, fonoaudiólogo e psicólogo. As inscrições estão abertas até o dia 15 de janeiro. As taxas vão de R$ 11 a R$ 33. Para partici-par, você deve fazer a inscrição através do endereço eletrônico www.clicksolucoesinteligentes.com.br. Para as pessoas sem acesso à internet, a Secretaria de Educação disponibiliza com-putadores com acesso à rede na Biblioteca Municipal, que fica na rua Maria da Glória Pereira, 158, centro de Camboriú. A bi-blioteca funciona das 8h à 12h e 13h30min às 17h30min.

IFC Camboriú abre inscrições para o Proeja em Agroindústria

O Instituto Federal Catarinen-se – IFC campus Camboriú está com as inscrições abertas até o dia 24 de janeiro para o Programa Nacional de Integração da Educa-ção Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos - Proeja. Ao todo serão ofertadas 40 vagas para a forma-ção em ensino médio com qualifi-cação profissional em Agroindús-tria no primeiro semestre de 2014. O curso é noturno e tem duração de dois anos. Para realizar a ins-crição, é necessário comparecer à coordenação de Ensino Técnico do IFC Camboriú, nas segundas-feiras das 13h às 19h e de terça à sexta das 8h às 14h.

As atividades da Prefeitura fo-ram suspensas no dia 23 de dezembro e retomadas em 6

de janeiro devido ao recesso de fim de ano. No entanto, apesar do fecha-mento das secretarias e do paço mu-nicipal, serviços considerados essen-ciais, como a coleta de lixo, deveriam ser mantidos no período. Moradores reclamam, porém, que isso não acon-teceu como deveria. Em muitas ruas da cidade, o lixo ainda está acumula-do em frente às residências.

Carlinhos Freitas, morador de Camboriú, reclamou do problema. “O lixo toma conta das ruas, isso é uma vergonha. Tentei ligar na Pre-feitura para reclamar, mas ninguém atendeu”, denunciou. O problema, segundo a população, foi pior entre o Natal e o Ano Novo.

No bairro Santa Regina, os mora-dores planejam fazer um abaixo-as-sinado cobrando da Prefeitura uma

Moradores reclamam de problemas no serviço de coleta de lixoSegundo a população, entre as festas de fim de ano o lixo se acumulou pela cidade

A falta de água em Camboriú é um problema que tem solução?Constante na cidade, escassez foi ainda maior durante o fim de ano e provocou a revolta dos moradores

Na casa de Lilian Cunha as festas de fim de ano foram prejudicadas por um pro-

blema que não é novidade, mas dessa vez foi ainda pior: a falta de água. Ela mora no bairro Cedro, re-cebeu visitas, mas ficou cinco dias sem abastecimento. Para aumentar a revolta, entrou em contato com a Secretaria de Saneamento Básico – Sesb pelos telefones de plantão, mas ninguém atendeu. “A situação ultrapassou todos os limites”, disse, indignada. E não foi só na casa de Lilian que o problema aconteceu.

Em todos os bairros da cidade, a falta de água foi constante nos úl-timos dias de 2013. E a revolta da população foi tanta que provocou atos de vandalismo. Na noite de 28 de dezembro, o telefone de plantão da Sesb recebeu uma chamada de uma pessoa que não quis se identi-ficar questionando quando voltaria o abastecimento de água na cidade, interrompido para o conserto de uma bomba na Estação de Trata-mento de Água – ETA, em Balneário Camboriú. O funcionário respondeu que não havia previsão de horário para a conclusão do serviço. Então a pessoa do outro lado da linha o ame-açou, dizendo que se a água não vol-tasse imediatamente a ser fornecida, a sede da Sesb seria “arrebentada”.

Passava das 19h50min quando o barulho de estilhaços anunciava que uma das portas da secretaria havia sido quebrada. De acordo com testemunhas, um veículo deu marcha a ré, destruiu um dos vi-dros e fugiu. A Polícia Militar este-ve no local e um boletim de ocor-rência foi registrado, mas nenhum suspeito foi localizado.

Na mesma noite, outro bole-tim de ocorrência foi feito, após funcionários da Sanecon, empre-sa responsável pela manutenção e operação do sistema de água em Camboriú, terem sofrido ameaças de que a sede seria incendiada caso o abastecimento de água não fosse normalizado.

Segundo o secretário de Sane-amento Básico, Janir Francisco de Miranda, o conserto na bomba foi feito, mas o problema continuou durante toda a semana seguinte. A situação na rede só foi normali-zada no domingo, dia 5 de janeiro. “Mas no dia seguinte, tivemos pro-blemas em uma adutora e voltou a faltar água”, relata Miranda. A segunda-feira, dia 6, foi mais um dia de torneiras secas em Cam-boriú. A manutenção iniciou por volta das 14h e só foi concluída às 21h, quando o abastecimento foi retomado.

e deve levar o abaixo-assinado até o prefeito em exercício, José Rodrigues Pereira, o Zé Branco.

O secretário de Saneamento Bá-sico de Camboriú, Janir Francisco de Miranda, reconhece que houve pro-blema na coleta de lixo durante as festas de fim de ano. “A coleta acon-teceu, não parou, mas foi muito lixo. O que acontece é que demora mais para ser retirado das ruas e o traba-lho acaba saindo do cronograma”, explica.

Segundo Miranda, em todos os meses do ano é coletada em média 1,5 tonelada de lixo na cidade. “Em de-zembro, por causa das festas de fim de ano, chega a 2 toneladas”, afirma. Para tentar solucionar o problema, a em-presa responsável pelo recolhimento do lixo nas ruas de Camboriú contou com um caminhão extra. De acordo com Miranda, a situação está sendo normalizada nos próximos dias.

resposta para este e outros contratem-pos ocorridos no fim do ano, como a

falta de água. Segundo Jaime Angel, a comunidade está se mobilizando

Lixo. Sacos com dejetos se acumulam em frente às casas no Santa Regina

Stefani Ceolla/LP

CAUSAS“Entre o Natal e o Ano Novo, o

problema foi na bomba que fica na ETA”, explica Miranda. Além disso, ele afirma que o consumo foi muito alto neste período, o que piorou a situação. Miranda ainda explica que a tubula-ção e as adutoras são antigas, por isso os rompimentos quando aumenta a pressão de água. “Aumenta muito o consumo e o sistema não comporta”, diz o secretário, que defende que este

não é um problema exclusivo de Cam-boriú. “Faltou água em todas as cida-des da região”, justifica.

Para ele, a solução é a Emasa au-mentar a vazão de água para Cam-boriú. Para a prefeita Luzia Coppi Mathias, a saída é a cidade ter sua própria ETA. Ela estima que para isso, sejam necessários investimentos na ordem de R$ 80 milhões e garante que buscará recursos.

COMO RESOLVERO presidente do Comitê de Geren-

ciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, Ênio Faqueti, discorda das soluções apontadas tanto pela prefeita quanto pelo secretário. Para ele, são necessários sim investimentos do poder público, mas a situação pre-cisa ser trabalhada de forma conjunta entre Balneário e Camboriú. “É mais viável que os municípios façam um consórcio com gestão compartilhada do sistema de abastecimento”, opina.

Para ele, o ideal seria que as duas cidades se unissem e investissem na ampliação da rede da Emasa, que abastece os dois municípios. Além disso, reservatórios de água bruta e tratada diminuiriam a escassez. “Não adianta fazer ETA se o manancial que oferece recurso é o mesmo. É preciso fazer a reserva desta água”, afirma.

A longo prazo, Ênio acredita que deveria ser feita a interligação de toda a malha hídrica da região. “Se faltasse água em Camboriú e tivesse em Itajaí, por exemplo, a cidade vizinha pode-ria mandar água para cá”, explica. A saída apontada por ele, de todas as formas, é a união das cidades em bus-ca da solução para o problema.

Caminhão do Peixe no mês de janeiro

A Prefeitura de Camboriú, através da Secretaria de Desen-volvimento e Assistência Social, divulga as datas e locais onde o Caminhão do Peixe irá atender a população durante o mês de ja-neiro. O atendimento é realizado das 7h30min às 12h, vendendo pescados a preço acessível para a comunidade. Hoje, sexta, dia 10, o caminhão está na Praça das Figueiras, no centro. No dia 18, atende na rua Guaraparim, bairro Taboleiro. No dia 24, o caminhão fica na rua Monte Agulhas Negras, perto da Farmácia do Lauro, no Monte Alegre. Já no dia 29, o ve-ículo estará na rua Santo Amaro, bairro São Francisco de Assis, em frente ao posto de saúde.

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 201412

Foto: Estúdio Fotográfico Marciane/LP

socialKarinaElisa [email protected]@Kasocialfacebook.com/karinaschwederdelima

Camboriú teve um super casamento no dia 28 de

dezembro. Foram três apaixonados casais que receberam as bênçãos

para sua união. O casa-mento foi de Elizia Packir

Geraldo e Flávio Geral-do, Fabrícia Geraldo da

Silva e Rogério da Silva, e Débora Cristina da Silva

Scheneider e Clemen-te Arthur Scheneider

Junior. A Igreja Matriz ficou cheia, assim como

a praça em frente à igreja. O festão, para 650 convidados, foi realizado

no Salão Paroquial até quase de manhã.

Às 5 e meia, foi servido um café colonial.

CASAMENTO TRIPLO

Naiza Comel - InterinaFotos: Arquivo pessoal/Divulgação/LP

Linda foto de uma conquista. Os alunos que concluíram os cursos de Técnico em Hospedagem e Técnico em Informática do IFC Camboriú. Muito sucesso na caminhada de todos!

CONQUISTA

A família Stefenn tem mais um motivo para comemorar o ano que se inicia. Jane Ste-fenn está gravidíssima! O pa-pai Felipe e a maninha Júlia estão só sorrisos. A madri-nha Maria Fernanda Stefenn também é só alegria!

HERDEIRO

Gustavo Franco/Divulgação/LP

Quem está de aniversário hoje é a bela Adna Maely. Seu marido, Calebe Moreno, deixa desejo de muitas felicidades e realizações. “Ela é dedicada em tudo que faz, a cada dia me surpreende. Te amo”, diz ele.

PARABÉNS!

Naiza Com

el/LP

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014

Atenção para a segurança de crianças em parques aquáticos

13CIDADE

Dança e outrasexpressões culturais

O Espaço Criança valoriza o acesso dos alunos a todas as formas de expressão

cultural. Dança, música e teatro são exemplos de atividades que a escola

propicia para ajudar no desenvolvimento educacional. Por isso, ao longo do ano,

nossos alunos são estimulados a desenvolver novas habilidades e participar

de eventos por todo o estado.

+CIDADE

Com mais de 200 vagas para contratação imediata, a FG Em-preendimentos fará um mutirão de entrevistas amanhã, sábado, dia 11. A equipe de Desenvolvi-mento Humano e Organizacio-nal montará um esquema de atendimento especial na obra Millennium, localizada na ave-nida Atlântica, 2.690, esquina com a rua 2.300, em Balneário Camboriú. As entrevistas serão das 8h às 11h. Estarão disponí-veis vagas de armador, auxiliar de limpeza, carpinteiro, pe-dreiro, pintor, meio oficial, au-xiliar de eletricista e servente. A contratação é para todas as obras da FG. Os candidatos in-teressados devem levar Cartei-ra de Trabalho, CPF, RG e usar calçado fechado por questões de segurança. Entre os vários benefícios oferecidos pela cons-trutora, está o transporte gra-tuito para colaboradores que residem em Itajaí, Navegantes, Itapema e Porto Belo. Mais informações pelos telefones 3361-1000 e 9690-0201 ou pelo e-mail [email protected].

Construtora tem mais de 200 vagas abertas

Em Camboriú, nenhuma lei determina que guarda-vidas atuem nos parque aquáticos.

Mesmo assim, a legislação esta-belece que responsáveis técnicos garantam a segurança dos fre-quentadores dos locais. No verão, o movimento nestes estabelecimentos instalados no interior da cidade au-menta muito, assim como o risco de acidentes. Por isso, atitudes devem ser tomadas para garantir a segu-rança principalmente das crianças.

Em 2012, uma menina de 7 anos morreu após cair em uma piscina no Paraíso da Pesca, que fica na lo-calidade dos Macacos, interior da ci-dade. Ela estava com os padrinhos, que a teriam deixado na área das piscinas enquanto arrumavam o chalé em que ficariam hospedados. Com a menina estava o filho do ca-sal, de 5 anos de idade. Ela teria en-trado na piscina para adultos sem ser vista e se afogou.

Desde então, medidas foram to-madas para aumentar a segurança das crianças que frequentam o lo-cal. Enizete Ogg Pereira, proprietá-ria do Paraíso da Pesca, conta que nas piscinas para adultos, as crian-ças só entram com os pais e são

orientadas a usar boias. “Temos três piscinas só para as crianças”, ainda explica.

Além disso, nas sextas, sábados e domingos, três profissionais atu-am na área das piscinas, fazendo a segurança dos frequentadores do parque. “Um fica na entrada e dois nos tobogãs”, afirma Enizete.

Segundo lei municipal, isso não é obrigatório. A determinação é que

Gustavo Zonta/LP

A ONG Criança Segura, que atua em 23 países, incluindo o Brasil, tem um guia de orientações para evitar acidentes com crianças. Confira algumas:

- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 metro que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos; - É orientado que os parques aquáticos contem sempre com guarda-vidas, apesar de não ser obrigatório por lei. Em algumas cidades, essa medida já foi adotada;

- Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência (Samu: 192 e Corpo de Bombeiros: 193).

Fonte: http://criancasegura.org.br

Orientações

Em 2012, uma menina morreu ao cair em uma piscina em Camboriú. ONG tem um guia de orientações

os estabelecimentos e entidades de lazer e recreação que possuírem piscinas tenham um responsável técnico, legalmente habilitado.

Para Enizete, os pais também estão mais atentos e buscando es-tar sempre próximos dos filhos em contato com a água. “Geralmente, os pais que entram nas piscinas já fazem isso para cuidar das crian-ças”, avalia.

Segurança. Nos fins de semana, profissionais atuam nas piscinas do Paraíso da Pesca

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 201414 CIDADE

O vereador Antonio Portella Ribeira, o Toninho Portella, é o autor de uma lei que pro-

íbe a prática de empinar pipas no perímetro urbano de Camboriú. Ela foi aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada em no-vembro do ano passado, quando deveria entrar em vigor. No entan-to, a lei ainda não é cumprida.

O texto prevê que a Prefeitura terá que definir que departamen-to ou secretaria será responsável pela fiscalização. Isso ainda não foi feito. O secretário de Adminis-tração, Márcio da Rosa, explicou através da assessoria de imprensa da Prefeitura que a lei ainda não foi regulamentada. O setor jurí-dico está analisando o texto e os responsáveis pela fiscalização se-rão definidos até o mês de março. Por enquanto, a prática, apesar de proibida, pode continuar a aconte-cer em Camboriú.

O QUE DIZ A LEIFica proibida a prática de em-

pinar pipas em vias públicas em locais que estejam a menos de 200 metros de qualquer ponto de fia-ção aérea das redes de transmissão telefônica e de energia elétrica. A lei ainda prevê a proibição no mu-nicípio do uso de linhas com subs-tâncias ou elementos cortantes, co-

nhecidos como cerol ou similares. Isso, até então, só era proibido por lei estadual.

O projeto do vereador ainda diz que a Prefeitura determinará a qual departamento ou secretaria compe-te zelar pelo cumprimento desta lei, a aplicação das penalidades nela constantes, bem como a apreensão de pipas, linhas de cerol e materiais utilizados em sua confecção. A lei também proíbe os estabelecimen-tos comerciais localizados no mu-nicípio de vender, expor ou manter em estoque o cerol.

As multas variam de cinco a dez Unidades Financeiras Munici-pais – UFM – o equivalente hoje de R$ 125 para quem empinar pipa a R$ 250 para quem for flagrado com cerol. Em caso de reincidência, o valor da multa pode ser dobrado. Se o infrator for menor, a penalida-de será aplicada aos responsáveis.

POR QUE PROIBIR?De acordo com o vereador Toni-

nho Portella, “as pipas são hoje uma grande bronca da comunidade”. “Além dos acidentes com cerol, tem atingido a fiação elétrica e causado quedas de luz”, comentou quando apresentou o projeto. O vereador es-clarece: “Não quero proibir as crian-ças de brincarem com pipa, só quero que isso seja feito com segurança”.

No ano passado, em agosto, Rosa Reis Santos estava de moto com a filha indo para Balneário Camboriú quando na avenida San-ta Catarina, perto da entrada do bairro Taboleiro, foi atingida por uma linha com cerol. “Foi coisa rápida. Quando eu vi ela já esta-va toda ensanguentada. Cortou o rosto em três lugares, quase que ela perde a visão”, contou Raquel Santos, filha de Rosa. Raquel fez um apelo sobre o problema: “Eles precisam saber do perigo, saber que isso é uma arma. Se minha mãe perdesse a vida, quem seria o responsável?”

Conselho Tutelar e Polícia Mi-litar já atuavam na fiscalização do uso do cerol. Quem flagrar crian-ças usando o cerol pode denunciar ao Conselho pelo 3365-5251. No entanto, não compete a eles a fisca-lização do cumprimento da lei que proíbe as pipas em áreas urbanas.

Lei municipal que proíbe pipas nas ruas da cidade ainda não é cumpridaEm vigor desde o mês de novembro, a lei ainda não foi regulamentada e Prefeitura não definiu quem fará a fiscalização

Quem passa pelo bairro San-ta Regina percebe que a construção do Parque Li-

near começa a ganhar forma. Já é possível ver o resultado da obra de paisagismo e da escavação do lago que faz parte do empreen-dimento. Mas muito ainda falta para que a obra, iniciada em 2012, fique pronta. A estimativa da Se-cretaria de Saneamento Básico é de que o Parque Linear seja con-cluído em um ano.

Segundo o secretário Janir Francisco de Miranda, a aprova-ção da mudança do projeto da barragem e a autorização para mexer na área em que fica o sam-baqui, e já foi danificada pela obra, atrasam o andamento. “A mudança no projeto da barragem ainda não foi aprovada, então es-tamos adiantando o restante para ficar só a barragem para o final”, explica.

É essa parte que gera a maio-ria dos problemas relacionados à execução da obra. Quando o Par-que Linear começou a ser cons-truído, engenheiros perceberam

A Prefeitura depende ainda da autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan para mexer na área em que ficava um sambaqui e era protegido pela entidade. Quando a obra começou, parte do sambaqui foi destruída e o Iphan embargou aquele local. “É uma área grande ao redor do samba-qui que a gente precisa de autori-zação para mexer”, diz Miranda.

Orçada em R$ 9 milhões, a construção do Parque Linear fi-cou completamente parada du-rante metade do ano passado. O empreendimento vai funcionar como ponto de armazenamento de água em época de seca e dará mais tempo para que a comuni-dade seja avisada em períodos de cheias.

A construção começou no iní-cio de 2012. A primeira fase da obra compreendeu a supressão da mata nativa para dar origem ao empreendimento. Já foram fei-tas também galerias no entorno. A previsão inicial era de que a obra fosse entregue em 18 meses.

Construção do Parque Linear deve ser concluída no prazo de um anoPrincipal empecilho é a demora na aprovação do projeto da barragem que faz parte do empreendimento

Parque Linear. Obra está na etapa de paisagismo e escavação do lago

Gustavo Zonta/LP

problemas no solo e foi neces-sária uma alteração no projeto. Com isso, toda a documentação precisou ser mudada e apresenta-

da novamente à Caixa Econômica Federal, e depende de aprovação para a liberação dos recursos. Miranda não fala em datas, mas

acredita que até o fim da etapa de paisagismo e escavação do lago, o projeto modificado da barragem já estará aprovado.

Cuidados que devem ser tomados ao empinar pipas

- Não use linhas com fio de cobre ou cerol. Só as de algodão são seguras.- Não solte pipas perto de fios ou antenas para evitar choques elétricos.- Não retire pipas presas em fios ou árvores. O risco de choque e acidente é grande.- Procure locais abertos, como parques, praças ou campos de futebol.- Preste atenção a motos e bicicletas. A linha é perigosa para os condutores.- Não empine papagaios em lajes ou telhados, para evitar quedas fatais.

Gustavo Zonta/Arquivo/LP

Proibido. Segundo lei, fica proibida a prática de empinar pipas em locais que estejam a menos de 200 metros de qualquer ponto de fiação

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 15SEGURANÇA

+SEGURANÇAMais de 350 pessoas são roubadas durante show em casa noturnaO furto em massa ocorreu na Green Valley. Segundo a PM, quadrilha de batedores de carteira atuava no local

A atração da noite de 3 de janeiro era o DJ interna-cional David Guetta. A es-

timativa é de que mais de 15 mil pessoas lotavam a Green Valley, que fica no bairro Rio Pequeno em Camboriú. Naquela madru-gada, 350 registraram boletins de ocorrência denunciando que haviam sido furtadas no local. O roubo em massa foi cometido, se-gundo a polícia, por uma quadri-lha especializada. Três pessoas foram presas.

De acordo com a Polícia Mili-tar, a casa noturna, considerada a melhor do mundo, estava lota-da. Todos os crimes ocorreram no interior da Green Valley e nenhum deles foi praticado com uso de violência. Seguranças particulares faziam o monitora-mento da casa, além de policiais civis que faziam uma operação de combate às drogas. A PM fazia a segurança do lado de fora.

Foram estes policiais civis que identificaram três suspeitos dos furtos. Um deles foi flagrado com 20 celulares. O trio, que não era da região, está preso desde a data do crime e deve responder ao processo na cadeia.

Segundo a delegada regio-nal, Magali Nunes Ignácio, uma reunião foi feita e os proprie-tários orientados a aumentar a segurança no local em dias de

Divulgação/LPde carteira especializada que atuou ali”, completou Magali.

Os suspeitos serão indicia-dos por furto qualificado. A pena vai de 3 a 8 anos. Além disso, é possível que sejam acu-sados de associação criminosa, quando há pelo menos a parti-cipação de três pessoas. A pena para isso vai de 1 a 3 anos.

Na página da Green Valley no Faceboook, a casa relata que havia 300 seguranças tra-balhando na festa na noite em que os furtos ocorreram, e a casa regula o número de segu-ranças de acordo com o núme-ro de pessoas que estarão no local.

Lotada. Estimativa da polícia é de que havia mais de 15 mil pessoas no local

Nova delegaciaA construção da nova delega-

cia de Camboriú estará entre as diretrizes da Secretaria de Estado de Segurança Pública em 2014. Nesta semana, a delegada regio-nal, Magali Nunes Ignácio, teve uma reunião na capital em que apresentou as principais neces-sidades da região. Mais uma vez, ela cobrou a execução da obra. O projeto da nova delegacia havia sido aprovado em 2012, mas pre-cisou ser revisto para que fosse ampliado. A ideia inicial era cons-truir uma delegacia nos moldes da do Monte Alegre, mas já seria pequena. A intenção agora é que o novo prédio possa abrigar tam-bém a delegacia da mulher e do adolescente. Esta obra ainda não tem data para ser executada.

Vanessa Stieven HöeflingOAB/SC 21129

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Joalheria é assaltada no centro da cidadeCrime foi cometido por homens em indulto de Natal

Na sexta-feira, dia 3, a SB Alianças foi roubada. Dois homens invadi-ram a relojoaria, que fica junto ao

hotel Arco do Sol, na rua Coronel Benja-min Vieira, no centro da cidade. Segundo a Polícia Militar, as vítimas foram tranca-das no banheiro. O local tem câmeras de vigilância e eles acabaram sendo presos na rua Capitão Ernesto Nunes, no Cedro. As joias foram recuperadas. Gabriel Telles e Marlon Cabral são presidiários e haviam sido liberados durante o indulto de Natal.

MOCHILA COM PRODUTOS ROUBADOSPor volta das 20h30min de quarta-

feira, dia 8, a Polícia Militar foi acionada

por moradores que informaram que na rua Santo Amaro, bairro São Francisco de Assis, o Barranco, teria uma grande movimentação de pessoas em um ter-reno baldio. No local, ninguém foi en-contrado. Feita revista pelo terreno foi localizada pelos policiais uma mochila contendo diversos objetos em seu inte-rior. Ela estava escondida embaixo de uma caixa d’água. Os objetos eram: um notebook, dois carregadores de bateria, uma máquina fotográfica, duas baterias, um controle de DVD, nove cabos de aces-sórios, um Ipad, uma bolsa preta, um estojo e uma chave de fenda. Os objetos foram encaminhados à delegacia.

Roubo. Produtos roubados na joalheria foram recuperados pela polícia

PM/Divulgação/LP

grande público. “Demos várias orientações e também vamos atuar para evitar este tipo de crime”, disse a delegada. “É uma quadrilha de batedores

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 201416 SAÚDE

Com o calor, o risco de ter uma intoxicação alimentar aumenta. Ela é causada pela ingestão de um alimento contaminado. Essa con-taminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conser-vação e/ou armazenamento dos alimentos. A diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Raquel Bitten-court, recomenda alguns cuidados para quem for comer fora de casa. O local deverá apresentar o Alva-rá Sanitário em algum lugar visí-vel. Os profissionais que servem a comida devem estar com toucas protegendo os cabelos e roupas limpas. Deve-se prestar atenção também à higiene e temperatura do local onde é servida a refeição. Comidas frias, como maionese, devem estar em lugares frescos e por um curto período de tempo. Denúncias em Camboriú devem ser feitas na Vigilância Sanitária, pelo telefone 3365 2141.

Risco de intoxicação alimentar

Casos de dengue no estado

+SAÚDE

As chances de proliferação do mosquito da dengue aumentam durante o verão devido às chuvas e temperaturas elevadas. O estado registrou um aumento significativo no número de focos do Aedes ae-gypti em 2013, principalmente na região Oeste. Em 2013, Santa Cata-rina deixou de ser o único estado brasileiro sem circulação do vírus da dengue. Foram notificados ca-sos em Chapecó e em Itapema, em que as pessoas se infectaram no próprio município. Antes, todos os casos vinham de outros estados. É de 2010 o último registro em Cam-boriú de foco do mosquito trans-missor da dengue. Entre os cuida-dos indicados pelos profissionais, está evitar que a água de chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas, copos.

Caso das vacinas será concluído após pareceres de especialistasSindicância já ouviu 15 pessoas e resultado deve sair em algumas semanas

A sindicância que apura pos-síveis irregularidades na vacinação de crianças em

Camboriú já ouviu 15 pessoas e caminha para seu final. É o que explica a diretora de Vigilância Epidemiológica de Camboriú, Fa-bíola Rigo da Cruz. A Secretaria havia afirmado que ela seria en-cerrada no fim do ano. Mas Fabí-ola diz que a equipe aguarda dois pareceres que serão muito impor-tantes para o resultado da Sindi-cância: de uma imunologista e da Secretaria de Estado da Saúde. “A partir destes dois pareces, pode-remos dar uma resposta embasa-da para a população”, defende a diretora.

Foram ouvidas as três pesso-as que fizeram denúncias contra a técnica de enfermagem, a pro-fissional denunciada, testemu-nhas da sua atuação no setor de vacinação e a secretária de Saú-de. Todos os relatos, inclusive os exames realizados em algumas crianças, foram encaminhados esta semana para a Secretaria de Estado da Saúde. Fabíola e a equi-pe da Sindicância querem saber se as declarações e documentos reunidos são suficientes para o encerramento do processo ou se é preciso buscar outros dados.

O principal ponto a ser escla-recido é com relação aos exames. Alguns não detectaram a presen-ça da vacina, apesar de as crian-ças terem as doses como recebi-das na carteirinha de vacinação. Em novembro, o Linha Popular conversou com profissionais so-bre esta questão. Tanto a pro-fessora de pediatria da Univali, Viviane Faria da Silva, quanto o bioquímico Ângelo Tadeu Noldin foram enfáticos em dizer que não há nenhum exame que poderia dar a certeza de vacinação.

Segundo Fabíola, tanto para o Estado quanto para a imunolo-gista os questionamentos são no

sentido de saber até que ponto os exames devem ser levados em consideração. “Alguns exames mostraram reagentes, outros não. O que queremos é ter um embasamento de que forma eles podem ser usados neste caso”, de-talha.

A diretora diz que a Secretaria de Saúde em Camboriú vai seguir as indicações da Secretaria de Es-tado da Saúde. “Se nos indicarem a necessidade de realização de exames em outras crianças, é o que vamos fazer. Assim como se a indicação for para a revacina-ção”, completa.

O fechamento da Sindicância e a divulgação de outras informa-ções do que foi apurado depende agora desta resposta do Estado. Fabíola acredita que ela deve chegar ao município em algumas semanas.

PROFISSIONAL CONTINUA AFASTADA A técnica de enfermagem que

foi acusada de não dar as vacinas continua afastada das atividades profissionais por problemas psi-cológicos. “A pressão foi muito grande para todos nós, princi-palmente para ela. Pessoas a per-seguiram, foi bem complicado”, analisa a diretora. A técnica nega as acusações. Ela atuava há cerca de oito anos no setor e era contra-tada através de processo seletivo.

Sxc.hu/Divulgação/LP

Vacinas. Todos os relatos, inclusive os exames realizados em algumas crianças, foram encaminhados esta semana para a Secretaria de Estado da Saúde

Relembre o caso

No dia 22 de outubro, o vereador Carlos Alexandre Martins, o Xande (SDD), declarou em tribuna que exames feitos em seu filho, de um ano e três meses, indicaram a ausência da vacinação. A Secretaria de Saúde explicou então que havia outras duas denúncias de que as vacinas não estavam sendo aplicadas, que haviam sido feitas através da Ouvidoria da Prefeitura. No início de novembro, o Conselho Tutelar apresentou denúncias ao Ministério Público sobre o assunto e a Secretaria de Saúde anunciou a abertura da Sindicância. A OAB também se pronunciou sobre o caso, afirmando que iria acompanhar as investigações.

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014

Eu acho que a fé é importante. As pessoas precisam acreditar em algo

17PERFIL

Concluiu a faculdade pouco antes de Lucas nascer, emendou pós-graduação e mestrado. Foi concur-sada em Balneário, é efetiva em Camboriú, foi professora e coorde-nadora de creche e hoje está de li-cença por um motivo justo: em me-ados do ano passado, conquistou uma bolsa para fazer doutorado.

Agora, de férias, aproveita para curtir o filho, o marido e a casa em que mora, que guarda características que trouxe do in-terior. “Tem que ter um espaço verde, as árvores, as plantas”, opina. A natureza é mais uma das paixões de Zemilda.

Nas unidades de ensino em que trabalhou, por exemplo, Zemilda procurou aplicar práticas susten-táveis, como hortas que usam adu-bo produzido na própria escola. “Eu acredito que para ensinar as crianças a cuidarem do meio am-biente a gente não tem que dizer o que elas têm que fazer, a gente tem que mostrar, dar o exemplo”, afirma.

E isso ela faz também em casa. “Muito antes de se falar em coleta seletiva, há cerca de dez anos, eu já separava o lixo em casa e entre-gava para uma empresa de recicla-gem o que podia ser reaproveita-do”, conta. Além disso, ela criou em casa uma cisterna para reser-var água da chuva, que usa em atividades como lavar o carro, por exemplo. A falta de preocupação com a natureza é uma das poucas coisas que tiram Zemilda do sério. “Eu vejo uma árvore sendo corta-da e fico mal, me entristece”, diz.

A outra coisa capaz de tirar a educadora do sério é a injustiça. “Não posso ver uma criança, um idoso ser maltratado. Aí eu me meto mesmo, me envolvo, tomo uma atitude”, conta.

Aos 7 anos de idade, Zemilda do Carmo Weber do Nasci-mento dos Santos começou

a trabalhar na roça, com os pais e os sete irmãos, na cidade de Pi-nhalzinho, oeste de Santa Catari-na. A menina pobre, que teve uma infância difícil, lembra da mãe im-provisando para garantir que os fi-lhos não passassem fome. Lembra do pai alcoólatra, dos problemas causados pela doença, e de encon-trar na escola seu único refúgio. Mais que o alimento que faltava em casa, era na escola que Zemil-da encontrava pessoas em quem podia confiar, com as quais podia dividir seu sofrimento: suas pro-fessoras. Viu ali, também, a opor-tunidade de aprender, de entrar em um mundo diferente do seu e esquecer os problemas que tinha em casa, mesmo que por poucas horas. Foi tudo isso que fez com que se apaixonasse pela educação e a visse como uma verdadeira for-ma de mudar o mundo.

“Eu sempre fui muito acolhi-da pelas minhas professoras, pela minha escola”, explica Zemilda, hoje com 38 anos. Ela não conse-gue falar da infância sem chorar. “Me emociono ao falar sobre isso porque foram tempos muitos difí-ceis”, diz a mulher de fala calma. Ainda adolescente, decidiu que não seria condenada àquela rea-lidade. Uma irmã já morava no li-toral e foi assim que Zemilda veio parar na região.

“Meu primeiro emprego foi como empregada doméstica da família de um médico em Itajaí”, conta. Depois disso morou na casa de uma idosa, de quem cuidava, e também trabalhou como balconis-ta no comércio de Balneário Cam-boriú. Nunca esqueceu, porém, o amor pela educação. “Eu sabia que

Zemilda acredita no poder da educação para mudar o mundo por um motivo simples: ela mudou o seu. Foi na escola, na infância, que encontrou força para superar as dificuldades. Hoje, se dedica a aprofundar os estudos sobre a área e cumprir seu papel social

“Quero continuar acreditando que a educação pode mudar a realidade”

queria ser educadora. Não sabia como faria isso dar certo, mas iria acontecer”, ela diz.

Para fazer acontecer, cursou faculdade de pedagogia. Foi nesta época que conheceu Mario. “Na-moramos por três anos, depois ca-samos”, conta. A história dos dois é curiosa. Era Natal e a família de Zemilda não estava na região. Uma amiga com quem ela trabalhava a convidou para comemorar a data na casa de familiares em Cambo-riú. “A gente estava esperando ôni-bus para vir para cá quando o Ma-rio passou de carro e nos deu uma carona”, revela. Ele havia confun-dido a amiga de Zemilda com uma prima, o que causou o encontro. Os dois trocaram telefone e ele ligou. Da união que começou por acaso, numa noite de Natal, nasceu Lucas, hoje com 10 anos.

A mãe, coruja, só lamenta não ter tanto tempo para o filho como gostaria. É que Zemilda não para.

que estudou. “Alguns dizem que eu não vou voltar para sala de aula depois do doutorado. Eu não vejo problema nisso. Gostaria muito de aplicar nas creches aquilo que eu pesquiso, de ter incentivo para isso”, afirma.

Mas não sabe o que vai aconte-cer quando mais essa etapa de estu-dos acabar. “Eu nunca sonhei muito. Quando a gente tem que trabalhar desde cedo e passa por dificuldades, a gente se preocupa com aquele dia, com aquele momento, em vencer aquela etapa”, explica. Ela completa: “E foi assim que eu fui fazendo, uma coisa por vez, conforme as oportuni-dades apareciam”.

Os sonhos são modestos, a sim-plicidade e humildade aparentes. Mas para Zemilda, as pequenas conquistas diárias são a motivação que precisa para seguir em frente. “Não tenho grandes sonhos, gran-des ambições. O que para mim é grande, para outras pessoas pode ser pequeno”, avalia. “Eu quero poder criar bem meu filho, trans-formar ele num homem com os mesmos valores que com todas as dificuldades, eu recebi da minha mãe. Quero continuar acreditando que a educação pode mudar a rea-lidade. Quero que o meio ambiente seja respeitado, que as pessoas se preocupem com isso”, diz a educa-dora. E com a voz calma, pausada, contida, ela finaliza: “Não é nada material, nada grandioso, mas é o que importa para mim”.

Fotos: Gustavo Zonta/LP

O senso de justiça veio da edu-cação que recebeu e da religiosi-dade. Zemilda sempre foi ligada à Igreja Católica. Na infância, acompanhou a mãe participando de projetos sociais oferecidos pela igreja e levou esta ligação adiante. “Eu mantenho esse hábito de rezar antes de dormir, rezar ao acordar, rezar antes das refeições. Tenho um altar em casa, sou muito ape-gada a isso”, conta. Ela e o marido também participam ativamente do Movimento de Irmãos da igreja ca-tólica de Camboriú e se envolvem em todas as atividades propostas. “Eu acho que a fé é importante, independentemente da religião. As pessoas precisam acreditar em algo”, opina.

É através desta participação que faz o bem, se envolve em boas ações e com os problemas da co-munidade. Alguns ela viu de perto durante sua atuação em unidades de ensino. “São muitos os casos de crianças em situação de vulnera-bilidade, com problemas em casa, na família. É difícil não se envol-ver, são situações que me deixam triste”, comenta, ao recordar casos que vivenciou.

E é por acreditar que o suporte da escola pode mudar estas reali-dades, como mudou a dela, que Ze-milda é apaixonada pela educação infantil. Todas as suas pesquisas foram voltadas a esta área e hoje ela também dá palestras e orienta professores a como aplicar aquilo

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 201418 ESTADO

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A notícia que você lê aqui, mais de 800 mil pessoas também leem. Esta página circula em 52 jornais.

GLAUCO JOSÉ CÔRTE

“Avanços na infraestrutura podem salvar o PIB de 2014”Presidente da Fiesc fez um resumo do comportamento da indústria de Santa Catarina em 2013, comparando com o mesmo período de 2012 e com a média do desempenho nacional. Arriscou, também, projeções para este ano

A exemplo de anos anteriores, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina apre-sentou, em meados de dezembro, o desempenho da indústria catari-nense com base em diversos indi-cadores contabilizados no período de janeiro a outubro. “Percebemos uma melhora, ainda que modesta, mas uma melhora nos índices re-lativos a 2013”, reconheceu Côrte.

Segundo ele, em 2013, o de-sempenho do setor industrial foi bastante influenciado por veículos automotores e peças. “Como o segmento de automóveis foi bem e nós somos um fornecedor de peças e componentes para o se-tor automobilístico, tivemos cresci-mento de quase 15% nas vendas de todos os componentes utiliza-dos na fabricação de automóveis”.

Em termos de venda, disse Côr-te, “os produtos de metal também foram muito bem (+ 19,7%). Esses segmentos tinham tido um com-portamento negativo em 2012 e se recuperaram. Naquele ano, os segmentos que foram bem foram da chamada linha branca, em fun-ção dos incentivos de redução do IPI. Sempre que o governo reduz algum tributo, a tendência é cres-cer a venda desse produto”.

ProduçãoO presidente da Fiesc observou

que “em 2012, de janeiro a outu-bro, nós tínhamos tido uma queda de quase 3%. Já em 2013, temos um crescimento de 2,1%, um pou-quinho acima da média brasileira, que foi de 1,6% no período”.

Vendas“Nós não fomos tão bem em

2013 quanto em 2012, visto que o setor industrial começou o ano com um estoque de produtos aca-bados muito grande esperando um período melhor do que real-mente foi. Ainda assim, nós cres-cemos 2% em vendas, de janeiro a outubro de 2013, mas bem abaixo da média nacional (4,6%).

ComparativosGlauco Côrte comparou o

crescimento do Brasil (1,6%) e de Santa Catarina (2,1%) com o

dos principais estados brasileiros. “Despontam o crescimento na pro-dução industrial, do Rio Grande do Sul (6,4%) e do Paraná (5%), que foram fortemente influenciados por uma safra de grãos excepcional. E safra estimula a expansão de ou-tros setores”, assinalou.

Os melhoresOs dados apresentados indi-

cam que alguns segmentos da indústria catarinense tiveram bom desempenho em produção (Meta-lurgia Básica; Vestuário; Celulose e Papel; Veículos Automotores e Autopeças; Alimentos e Madeira), enquanto que outros tiveram um desempenho melhor nas vendas (Veículos Automotores/autopeças; Informática, eletrônicos e ópticos; Produtos de metal; Móveis; Mine-rais não metálicos; Vestuário; Ce-lulose e Papel; e Madeira).

Recuos O setor têxtil, que tem grande

importância na economia de SC, recuou na produção e nas ven-das. “O setor de alimentos, que é o primeiro, não teve um bom de-sempenho em termos de vendas em 2013, sobretudo em função da não recuperação do preço, tanto no país como no mercado inter-nacional. Também tiveram queda nas vendas: Plásticos; Máquinas e materiais elétricos; e Metalurgia Básica”, revelou Côrte.

DestaquesO presidente da Fiesc chamou

atenção para o crescimento da indústria de transformação. “Cres-cemos quase 6% - um ponto per-centual acima do que já tínhamos crescido em 2012, e dois pontos percentuais acima da média brasi-leira (3,9%). Também em relação à construção civil, crescemos 8,6%, e mais do que a média brasileira (6,7%) no período janeiro-outubro”.

EmpregoUm dado muito positivo foi o

crescimento do nível de emprego em Santa Catarina. “Nós cresce-mos acima de 2012 e acima da média brasileira”, festejou Côr-te. De janeiro a outubro, foram 100.435 vagas abertas no Estado, sendo 38.682 na indústria, contra 31.691 em 2012. “Santa Catarina foi o segundo Estado brasileiro que mais criou empregos na in-dústria de transformação no perío-do de janeiro a outubro. Só perde-mos para São Paulo, que abriu 96 mil vagas. Quando nós somamos a indústria de transformação com a indústria da construção civil, e com a indústria extrativa, mineral, nós chegamos a quase 48.500 va-gas, significando, portanto, que o

segmento industrial criou no Esta-do 48% do total das vagas gera-das nesses dez primeiros meses do ano”, ressaltou.

ExportaçõesO presidente da Fiesc disse que

o desempenho do Brasil e de San-ta Catarina continua muito abaixo do potencial do país. “O Brasil praticamente não cresceu em 2013 no comércio internacional, e em 2012 nós já tínhamos caído 1,4%”. Para ele, isso é resultado da crescente perda de competitivi-dade que a indústria brasileira está tendo, entre outras razões, pelo alto custo da produção no Brasil. “Embora o dólar tenha melhorado um pouquinho a competitividade no exterior, ainda assim nós te-mos dificuldades”. Outra questão, segundo Côrte, é a contração das economias mais desenvolvidas, cujo processo de recuperação está se iniciando, mas ao longo de 2013 foi muito tímido.

Os líderesDos US$ 8,2 bilhões em vendas

externas registrados de janeiro a outubro, dez setores têm grande peso. São eles: Frango (US$ 2 bi-lhões), seguida do Fumo (US$ 802 milhões); Motores/geradores elé-tricos (R$ 549 milhões); Soja (US$ 481 milhões); Suínos (US$ 401 milhões); Blocos de cilindros (US$ 378 milhões); Motocompressores (US$ 367 milhões); Móveis (143 milhões); Portas (US$ 120 milhões) e Madeira (US$ 98 milhões).

No entanto, o presidente da Fiesc disse que desses dez princi-pais produtos da pauta de expor-tação catarinense, apenas a soja teve um crescimento muito gran-de, principalmente em função das importações da China. “Além da soja, nós tivemos crescimento em exportação de madeiras, portas, e um pequeno crescimento em mo-tores e geradores elétricos. Os ou-

tros seis produtos tiveram queda nesse período”, afirmou.

Mercados - Os principais mer-cados para SC são, pela ordem: EUA, China, Países Baixos, Argen-tina, Japão, Reino Unido, Rússia, Bélgica e Alemanha, “Nós con-seguimos crescer na exportação para a China, em função, sobretu-do, da exportação de soja; para o Japão, pois o país asiático tam-bém iniciou um processo de re-cuperação, e para o Reino Unido. Nos demais países, Santa Catarina teve queda, sendo a maior para a Argentina (quase 14%)”, revelou.

Importações“Houve um crescimento de

1,7% apenas, bem abaixo da mé-dia nacional (7,6%) e, nesse caso, se deve sobretudo ao fim da cha-mada guerra fiscal – das restrições aos incentivos às importações”, disse Côrte, lembrando que os principais produtos da pauta de importação não são produtos aca-bados e sim insumos, matérias--primas, polímeros, fios, ladrilhos de cerâmica.

Fornecedores - Do total de US$ 13,6 bilhões importados no período de janeiro a outubro, a China respondeu por quase um terço, seguida por Chile, Argentina e EUA.

ProjeçõesEm termos de PIB, o presidente

da Fiesc ressaltou que a projeção das instituições financeiras priva-das é de fechar 2013 com cresci-mento de 2,3%, e de 2% em 2014. “Eu sou um pouco mais otimista porque nós não vamos ter gran-des mudanças em relação ao que foi 2013 e, talvez, o que pode dar uma grande diferença e igualar ou superar um pouco o PIB do ano passado é o sucesso do Governo Federal em relação aos investi-mentos, sobretudo, em infraestru-tura”, estimou.

Freios no crescimentoPara Glauco Côrte, o que tem

causado ou inibido um crescimen-to maior da economia é a infraes-trutura deficitária. “Nós não temos condições de crescer muito mais, senão vamos ter gargalos em to-das as nossas atividades. As es-tradas já estão congestionadas, os aeroportos, os portos – todos estão congestionados; então, o que nós precisamos é investir em infraes-trutura. É o que dá retorno rápido e sustentabilidade ao crescimento”.

ConcessõesO presidente da Fiesc elogiou o

programa de concessões à inicia-tiva privada, tanto no setor aéreo quanto rodoviário, desencadeado pelo Governo Federal no último trimestre de 2013. Disse que esse programa é bastante ambicioso e que prevê concessões também no setor de ferrovias, que é extrema-mente necessário ao país. “Aí, sim, teremos condições de crescer nos próximos anos um pouco mais. A minha expectativa é de que nós possamos repetir o crescimento de 2013 e até crescermos um pou-co mais se, de fato, esse programa de investimento deslanchar”.

CenáriosCôrte disse que poderemos ter

uma recuperação na balança co-mercial, em função da retomada dos Estados Unidos, que iniciam um processo lento, mas consis-tente de crescimento. Acrescen-tou que o Japão está mostrando um bom nível de recuperação e a própria Europa já dá sinais de me-lhoras na sua economia. “Então, esses fatos é que podem permitir um crescimento mais acentuado ou pelo menos igual ao de 2013. A China deve continuar com cres-cimento em torno de 7%, e isso também é favorável à economia catarinense”, concluiu.

Côrte: “Investimentos do Governo Federal podem melhorar a economia neste ano. Mas a infraestrutura deficitária é um problema grave.”

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 19VARIEDADES

Encontro de Terno de Reis atrai recorde de públicoNona edição do evento encerrou as atividades do Natal Luz em Camboriú

Seis de janeiro, Dia de Reis, encontrou uma Camboriú de tempo nublado. Durante todo

o dia, a ameaça de chuva anun-ciava que o tradicional Encontro de Terno de Reis poderia ser can-celado e os grupos teriam de es-perar mais um ano para mostrar aos camboriuenses o que tinham ensaiado. Mas, à medida que o dia escurecia, o tempo decidiu cooperar e a Praça das Figueiras se transformou no palco das atra-ções da noite.

Um palco simples, assim como os versos que encantaram a pla-teia. As cadeiras dispostas em toda a extensão da praça de árvores centenárias foram ocupadas rapi-damente. Então as apresentações começaram, enquanto alguns gru-pos corriam para fazer a inscrição e afinar os instrumentos.

A 9ª edição do Encontro de Terno de Reis de Camboriú teve recorde de público. Os amantes da tradição estavam lá, chegaram cedo e ouviram atentos aos versos e à particularidade das batidas de cada grupo. São os primeiros a pu-xar as palmas. Há também aque-les que vão assistir aos parentes ou amigos cantarem, outros nu-trem admiração por um grupo específico e vibram quando ele é anunciado. Alguns só participam para ver o que é, afinal, essa atra-ção que, a cada ano, ganha mais força na cidade.

O casal José Luiz da Cruz, 61 anos, e Benilde de Borba Cruz, 59 anos, foi para casa levando 14 CDs de diversos grupos. “De novembro a fevereiro no meu carro só toca Terno de Reis”, justifica José. A paixão vem desde criança, quan-do os grupos percorriam as casas de Camboriú durante toda a ma-drugada, levando aos conhecidos músicas que falavam do nascimen-to do menino Jesus. “Esse é o ver-

Encontro. Grupos tradicionais e novos conjuntos dividiram espaço no palco da Praça das Figueiras

dadeiro espírito do Natal. Foi uma noite maravilhosa, é uma tradição que não pode morrer”, avalia.

Um dos destaques do encontro foi o Terno de Reis de Taquaras, que há anos se apresenta em Cam-boriú. No entanto, a programação também abriu espaço para as novas gerações. O grupo da Fun-dação de Cultura, formado há 15 dias, se apresentou no evento. O nervosismo da primeira apresen-tação em público foi amenizado por uma plateia acolhedora que bateu palmas e cantou junto. “Foi surpreendente o público partici-pante, que superlotou a praça. Foi uma noite em que os grupos tradi-cionais dividiram espaço com no-vos conjuntos. Isso é importante para que a tradição seja mantida”, avalia o presidente da Fundação de Cultura, Milton Antonio da Silva. “Este ano iremos trabalhar ainda mais no resgate da cultura

em nosso município”, completa.O Encontro ainda contou com

a apresentação do grupo Divina Inspiração, famoso por improvi-sar versos que falam da cidade de Camboriú e das pessoas que ali estão. “É um dom de Deus você improvisar um verso conforme o que está acontecendo ao seu lado, é algo que vem de berço, deve es-tar no sangue das pessoas”, expli-ca o mestre de reis Delani Leoni Romani. Ao falar do município, ele também é rápido na resposta. “É sempre um prazer estar aqui, nos apresentamos desde a primeira edição. A tradição da fé católica e evangélica é muito forte na cidade e só podemos agradecer pela sim-patia e acolhimento”. A aprovação das pessoas pode ser constatada em cada sorriso e aplauso. E mui-tas delas já têm um compromisso agendado para o próximo dia 6 de janeiro.

Fotos: Prefeitura de Camboriú/Divulgação/LP

Recorde. A nona edição do encontro atraiu um grande público à praça

Toda a pessoa que sentir necessidade de contar os seus negócios íntimos, sem interesse para ninguém, deve primeiro indagar do passageiro escolhido para uma tal confidência, se ele é assaz cristão e resignado. No caso afirmativo, perguntar -se -lhe- á se prefere a narração ou uma descarga de pontapés. Sendo provável que ele prefira os pontapés, a pessoa deve imediatamente pespega los. No caso aliás extraordinário e quase absurdo, de que o passageiro prefira a narração, o proponente deve fazê-lo minuciosamen-te, carregando muito nas circunstâncias mais triviais, repe-tindo os ditos, pisando e repisando as coisas, de modo que o paciente jure aos seus deuses não cair em outra.

Machado de Assis, um dos mais importantes escritores brasi-leiros, é amplamente conhecido por seus romances e contos. Neste livro, porém, outra faceta de sua escrita é apresentada aos leitores: trata-se de uma coletânea de crônicas, publicadas em jornais e revistas do Rio de Janeiro entre 1859 e 1900. Com sua notória genialidade, Machado de Assis aborda assuntos cotidianos – entre eles, a necessidade de boas maneiras para os usuários de transporte coletivo (“ocorreu- me compor umas certas regras para uso dos que frequentam bondes”). São cin-quenta textos, selecionados e apresentadas pelo professor e crítico de literatura John Gledson.

POR QUE LERPara compor esta obra, Gledson selecionou crônicas do perío-do de maturidade de Machado de Assis. As narrativas tratam de temas diversos; de leituras bem humoradas da vida na an-tiga capital do país, a questões políticas importantes, como a abolição da escravatura, a Proclamação da República e a Guer-ra de Canudos. Ainda que se refiram ao cotidiano percebido por Machado de Assis no final do século XIX, todas as crônicas possuem notas de apresentação com informações sobre o con-texto histórico em que foram escritas, além de datas e veículos de publicação.

CURIOSIDADEO escritor de Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas publicava em jornais e revistas quase sempre sob pseu-dônimo. Além disso, mesmo após se tornar um escritor consa-grado, a publicação de crônicas continuou sendo uma parcela importante da renda de Machado de Assis.

ONDE ENCONTRARO livro pode ser adquirido no site da editora Companhia das Le-tras, no endereço eletrônico www.companhiadasletras.com.br. Lá, você pode comprar o livro físico, que custa R$ 27,50, ou pode optar pelo e-book, que é mais barato: R$ 19. No site, também é possível ler um trecho da obra.

Envie comentários, críticas e sugestões para o [email protected] ou através do twitter @silviamendes

[email protected]@silviamendes facebook.com/silviamidia

Estanteda Sílviapor Sílvia Mendes jornalista

Crônicas Escolhidas

Penguin & Cia.das Letras (2013)

336 páginasR$ 27,50

Divulgação/LP

Machado de Assis

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014VARIEDADES20

Ofício de delícias

Chef paulo roberto faria

Com as temperaturas nas alturas, ninguém quer ficar colado no fogão e muito me-nos comer comidas pesadas e gordurosas. A pedida é comer muita salada, frutas

e pratos leves e de fácil di-gestão. Nada melhor que um bom risoto, muito fácil de fazer com ingredientes fáceis de encontrar e que tem um resultado ótimo.

O risoto de funghi secchi, aquele cogumelo pretinho que se vende nos mercados, é um dos mais conhecidos e apreciados pelos amantes de uma boa comida. Tem

um sabor acentuado e um perfume delicioso. A grande vantagem do risoto é que é um prato rápido que você não precisa ficar horas pre-parando.

facebook.com/[email protected]@uol.com.br www.oficiodedelicias.com.br

Risoto de funghi secchi e calabresaIngredientes:2 xícaras de chá de arroz arbóreo50 gramas de funghi secchi4 colheres de sopa de azeite de oliva1 colher de sopa de manteiga1 litro de caldo de galinha50 gramas de queijo parmesão ralado1 cebola média2 dentes de alho½ xícara de chá de vinho branco seco150 gramas de linguiça calabresaSal a gosto1 colher de chá de páprica picanteCheiro verde a gosto

Modo de fazer: Escalde a linguiça em água fervendo, corte em cubinhos e reserve. Lave bem o funghi e colo-que de molho em 2 copos de água fervendo por meia hora. Escorra o funghi e reserve a água que ficou de molho. Corte a cebola em cubinhos e refogue com o alho no azeite de oliva junta-mente com meia colher de manteiga. Acrescen-te o funghi bem picadinho e a linguiça e deixe refogar uns minutos. Em uma panela pequena, coloque em fogo baixo o caldo de galinha e o caldo do funghi e mantenha bem quente. De-pois de bem refogado, junte o arroz e mexa mui-to bem. Acrescente o vinho branco seco e mexa bem. Assim que evaporar metade do vinho, vá acrescentando o caldo quente de galinha uma concha por vez, mexendo de vez em quando e cuidando para não grudar no fundo da panela. Assim que o arroz estiver quase macio, junte o queijo ralado e confira o sal. Junte a pimenta e o cheiro verde, coloque meia concha de caldo de galinha, mexa bem e coloque um pano de prato sobre a panela. Tampe e desligue o fogo. Deixe descansar 10 minutos, abra a panela e mexa su-avemente e adicione mais queijo ralado se ne-cessário. Sirva bem quente.

Fotos: Paulo R

oberto Faria/L

P

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 21VARIEDADES

para animar o fim de semanaUp! [email protected]

@jaison31facebook.com/jaisongardini

por Jaison Gardini

Gusttavo Lima e você!Hoje, em Itajaí, quem anima a noite é Gusttavo Lima. O show rola no Centro de Eventos Marejada.

Cama - Mesa - BanhoCortinas - Confecções

Enxovais de Bêbe - Tapetes

47 3366-6434

Rua Monte Agulhas Negras, 303 - Sala 4

Par no sertanejo Mário e Carla

curtiram umas das festas de

final de ano do Maria´s,

o show de Fernando e

Sorocaba.

É o amor... Zezé Di Camargo & Luciano, que se consagraram com a música “É o Amor”, entre outros super sucessos, vão animar a noite de hoje no Maria’s Show e Eventos.

Craque Quem preferiu passar o Réveillon no litoral catarinense foi o craque Neymar que mais uma vez curtiu a festa no Green Valley!

Música eletrônica A música eletrônica também não pode faltar no findi. E amanhã, sábado, no Green Valley, animação fica por conta do Dj Chuckie (HOL).

Fotos: Divulgação/LP

Night e Cia/Divulgação/LP

Night e Cia/Divulgação/LP

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 201422

Em Cima da Linhapor Gustavo Zonta

ESPORTE

POSSÍVEL COMANDANTEO ano já começou para os diretores do Camboriú Futebol Clube. Na próxima semana, iniciam as peneiras para a for-mação das equipes de base do clube que disputarão o Cata-rinense e que, mais tarde, formarão a base da equipe pro-fissional que vai disputar a Segunda Divisão do Estadual a partir de julho. E os times de base já tem um comandante definido: Rony de Aguilar. O ex-lateral direito que vestiu a camisa do Camboriú FC, e também de outras equipes como a Chapeconense, será o treinador das categorias de base. O ex-jogador já vinha fazendo parte da comissão técnica do time e, dependendo de seu desempenho no primeiro se-mestre, pode até ser efetivado como comandante principal do Tricolor na Série B do Catarinão.

LISTA DE JOGADORES Se já existe um possível comandante no banco de reservas, ainda é cedo para falar nos nomes dos jogadores que forma-rão a equipe do Cambura em 2014. Muitos nomes já foram oferecidos para a diretoria e o clube também está avaliando outros atletas que interessam, porém muitos deles devem atuar neste primeiro semestre em outros clubes e será preci-so aguardar alguns meses para iniciar os contatos para con-tratações. Certo é que o Tricolor vai tentar repetir a fórmula que funcionou no acesso em 2011. Aproveitar ao máximo os garotos que surgirem nas categorias de base para formar uma boa base para o Catarinense 2014. Vamos torcer para que o sucesso se repita!

ESCOLINHAS DE ESPORTES A Prefeitura de Camboriú retornou ao seu funcionamento normal esta semana, porém a Fundação Municipal de Espor-tes ainda deve levar mais um tempo para retomar suas ativi-dades normais. Como a entidade depende dos funcionários cedidos pela Secretaria de Educação, as atividades esportivas desenvolvidas pela FME começam praticamente junto com o retorno dos profissionais contratados pela educação, no fi-nal de janeiro, começo de fevereiro. Segundo o presidente da FME, Altamir Montibeller, a expectativa para o início dos trabalhos neste ano é muito grande e diversos projetos estão sendo planejados para 2014. Semana que vem, falaremos mais sobre os planos da FME para este ano na cidade.

ESTRELAS DO KART EM SCNeste final de semana, o Kartódromo Internacional Beto Carrero, em Penha, será palco de um dos principais eventos da categoria no mundo, o Desafio Internacional das Estre-las. A prova chega a sua nona edição acompanhado de ou-tros dois eventos: o Kart dos Artistas e o Arena Supermoto. São esperadas mais de 10 mil pessoas e a participação de mais de 70 pilotos. Entre os pilotos que confirmaram pre-sença estarão na pista o anfitrião Felipe Massa e os pilotos Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Augusto Farfus, Feli-pe Nasr, Pietro Fittipaldi, Cacá Bueno e Thiago Camilo. Já no Kart dos Artistas estarão presentes nomes como Caio Castro, Marcos Pasquim, Luigi Baricelli, Rodrigo Andrade, Fábio Villa Verde, Regiane Cesnique, Rafael Cardoso, Emí-lio Orciollo Netto, Aimée Madureira e Marcos Breda. Os ingressos para o evento vão de R$ 15 (meia-entrada) a R$ 280 (Torcida Vip Premium) e podem ser adquiridos no Kar-tódromo do Beto Carrero, nas Concessionárias Tonicenter (Itajaí, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras e Penha) ou no site blueticket.com.br. Quem não puder ia até lá, pode assistir a competição ao vivo pela televisão. O evento terá transmissão da Sportv e da Rede Globo.

Assista o programa de segunda a sexta, a partir das 18h na TV Litoral Panorama.

Canal 11 - Balneário Camboriú e CamboriúCanal 15 cabo - Balneário Camboriú

[email protected] - (47) 9977-1842www.pcnacidade.com.br

[email protected]@gugazontafacebook.com/gustavo.p.zonta

Árbitro de atletismo acompanha São SilvestreProfessor Neudir Paulo das Neves foi convidado para ver a corrida de perto

Este ano, Camboriú teve um representante na maratona de São Silvestre, a mais tra-

dicional prova de corrida de rua do país. Porém, ele não foi lá para correr. O professor de educação física Neudir Paulo das Neves é ár-bitro de atletismo e foi convidado para acompanhar a 89ª edição da prova. A corrida tem um percurso de 15km e acontece anualmente no último dia do ano, 31 de dezem-bro, na cidade de São Paulo.

Para acompanhar a corrida de perto, Neudir fez contato com o delegado técnico da São Silvestre, Ubiratan Martins Junior, e com o ábitro aferidor do percurso, Ro-dolfo Eicher. Deles, o professor camboriuense recebeu o convite especial para ver como é organi-zada a prova, acompanhar o tra-balho dos árbitros e também o desempenho dos atletas.

Com trânsito livre nos basti-dores, Neudir, que é árbitro Ní-vel C de atletismo, participou do Congresso Técnico da corrida, fez algumas aferições apenas de for-ma extraoficial e teve uma moto à disposição para acompanhar o pe-lotão de elite de corredores. “A ex-periência de estar do lado destes corredores foi muito gratificante. Deu vontade de voltar a correr”, conta o professor.

Neudir foi corredor durante muitos anos e participou da São Silvestre como atleta em cinco oportunidades. Seu melhor de-sempenho foi em 2007, quando chegou em 999º colocado entre os 2480 participantes. “Não posso competir agora porque estou com o tendão de aquiles lesionado e

Fotos: Arquivo pessoal/LP

Convite. Árbitro de atletismo, Neudir recebeu convite especial para ver a prova

precisaria fazer uma cirurgia para voltar a correr”, conta Neudir.

Mas esta também não é a in-teção do professor de educação física do colégio municipal Mar-lene Pereira Zuchi. Neudir quer

mesmo é fazer parte da equipe de árbitros que irá aferir a São Sil-vestre deste ano, 2014. Para isso, ele precisa subir de categoria e chegar ao Nível B de arbitragem. “Vou entrar com o pedido para fazer a mudança de nível e passa-rei por uma avaliação. Se passar, ficarei aguardando a solicitação para participar da prova de ma-neira oficial, através da Federação Catarinense de Atletismo”, explica Neudir, que atua como árbitro de atletismo desde 2006.

Subindo para o Nível B, Neudir poderá fazer aferiação de provas em todo o país e até na América do Sul. Hoje, ele já perdeu as contas de quantas provas de pista e de rua aferiu em competições pelo estado de Santa Catarina.

Prova. Camboriuense viu de perto a largada das atletas da elite feminina Catarinenses na prova

Os representantes de Santa Catarina mais bem colocados na classificação geral da São Silvestre deste ano foram Laurindo Nunes Neto, de Caçador, 28º lugar entre 22.000 homens, e Simone Ponte Ferraz, de Jaraguá do Sul, 36ª colocada entre 5.500 mulheres.

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 2014 23

Garoto da Kadiz é observado por clubes

O atleta das escolinhas da Kadiz Igor Schlemper, de ape-nas 8 anos, tem sido um dos grandes destaques da equipe camboriuense. Depois de bri-lhar com a camisa da Kadiz em diversas competições estaduais, Igor agora está sendo observado por dois grandes clubes do fu-tebol brasileiro: o Flamengo e o Atlético Paranaense. No final do ano passado, Igor participou de seletivas nos dois clubes e pas-sou nas duas. Com estes resulta-dos, Igor passou a ser um atleta monitorado pelas categorias de base do Flamengo e, em breve, deve receber um convite para vi-sitar o Centro de Treinamento do Atlético Paranense, em Curitiba. No encerramento das atividades da Kadiz em 2013, o jogador re-cebeu uma camisa do Flamengo das mãos de Julio Pera, da Peri-nha Esportes, que representa o clube, ao lado do treinador Altair Kadiz (foto).

ESPORTE

+ESPORTE

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Sábado das 15h às 18h

Paulo Baier de volta ao Criciúma

O experiente meia Paulo Baier, que brilhou no ano passado com a camisa do Atlético Paranaense, foi apresentado esta semana pelo Cri-ciúma. A contratação foi anunciada no final do ano passado e o joga-dor, de 39 anos, vestirá a camisa do clube catarinense pela terceira vez na carreira. Baier pretende estar pronto para jogar já na estreia do Tigre no Catarinão, no dia 26 con-tra o Joinville fora de casa.

Camboriú FC vai iniciar testes para formar as equipes de basePeneiras do Tricolor começam na semana que vem e formarão os elencos para o Catarinense 2014

Com tradição em conquistar títulos e revelar atletas em suas categorias de base, o

Camboriú FC dá mais um passo na busca por jovens talentos a partir da próxima semana. Nos dias 15, 16, 22 e 23 de janeiro, o Tricolor realiza testes para atle-tas nascidos entre 1996 e 2002. As peneiras serão gratuitas e acontecerão no campo do Insti-tuto Federal Catarinense, no cen-tro de Camboriú.

Nos dias 15 e 22, quartas-feiras, os testes serão para os garotos nascidos em 1999, 2000, 2001 e 2002. Já nos dias 16 e 23, quintas-feiras, entrarão em campo os meninos nascido em 1996, 1997 e 1998. Para partici-par, os interessados devem com-parecer ao campo do IFC na data dos testes, às 8h30min, portando carteira de identidade, atestado médico e a ficha de inscrição devidamente preenchida (dis-ponível no site do clube - cam-boriufc.wordpress.com), além de material completo de treino. Os garotos serão avaliados pela comissão técnica das categorias de base do Camboriú. Os apro-vados serão chamados a compor o elenco tricolor.

Em 2014, o Camboriú FC dis-putará o Campeonato Catarinen-se nas categorias infantil, juvenil e júnior, além de outras compe-tições pelo estado e pelo país. Quem deve comendar as equipes de base do Tricolor é um ex-joga-dor que brilhou com a camisa do clube: o lateral direito Rony de

Oportunidade. Garotos que forem selecionados para a base poderão ter uma chance na equipe principal do Tricolor

Gustavo Zonta/Arquivo/LP

Aguilar, que também teve uma grande passagem pela Chapeco-ense. Rony mora na cidade e tem feito parte da equipe técnica do clube. Agora, ele terá uma chan-ce de mostrar seu trabalho como treinador.

Segundo o diretor da catego-ria de base do Cambura, Sérgio Olinger, dependendo de seu de-sempenho na base o ex-jogador pode até ser o treinador do time

profissional da Segunda Divisão do Catarinense, no segundo se-mestre deste ano.

Além da possibilidade de aproveitar o técnico, Sérgio ex-plica que a intenção do clube é repetir a receita de sucesso de 2011, quando o Camboriú subiu para a Primeira Divisão do Cata-rinense. “Faremos uma boa sele-ção de jogadores neste primeiro semestre e vamos aproveitar o

máximo de atletas possível para a equipe principal. Foi assim que chegamos à elite”, afirma Sérgio.

O Tricolor é hexa-campeão Catarinense da segunda divisão na categoria júnior e já revelou nomes como Roberson, hoje atle-ta do Grêmio, Rodolfo Testoni, hoje no Juventude e Luiz Renan, que atualmente disputa a Copa São Paulo como titular na lateral direita do Avaí.

Motódromo Lua Cheia sedia provas do Troféu Amigo do Velocross Prova que envolve diversas categorias acontece neste sábado e domingo, dias 11 e 12

Omotódromo Lua Cheia, no bairro Rio do Meio, em Cam-boriú, vai ser o palco da moto-

velocidade neste final de semana. As provas em diversas categorias acon-tecem neste sábado e domingo, dias 11 e 12, pelo Troféu Amigo do Velo-cross. Diversos pilotos camboriuen-ses devem participar da competição.

Para acompanhar as provas, é preciso adquirir um ingresso no valor de R$ 10 e levar mais 2kg de alimentos não perecíveis. Os pilotos participantes irão disputar provas nas categorias: 55cc, 65cc, 85cc, 150cc, 250cc, Estreante, Stre-et 150cc, Street 150cc Livre, 230cc Pró, 300cc Nacional e Força Livre, VX3 Nacional e Especial, VX2 Espe-cial, VX1 Especial, Trilheiro Nacio-nal e Especial Trilheiro.

Alvacir Pereira Teodoro, um dos organizadores do evento, acredita que mais de 3 mil pesso-as devem acompanhar as provas.

“Teremos toda estrutura de praça de alimentação, área de camping e segurança”, explica Alvacir.

Além do Troféu Amigo do Velo-cross, no mês de fevereiro, nos dias 1 e 2, o Motódromo Lua Cheia irá sediar a abertura da Copa Grande Florianópolis, que deve contar com a participação de pilotos de todo o estado em várias categorias.

Pilotos. Representantes de Camboriú devem participar em várias categorias

Racecross/Divulgação/LP

Arquivo pessoal/LP

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JORNAL LINHA POPULAR - Camboriú, 10 de janeiro de 201424 CIDADE

Festa de Finalde Ano

A grande confraternização de fim de ano do Espaço Criança reuniu milhares de pessoas no Salão Paroquial do centro de Camboriú. A festa, que já é tradicional na escola, contou com apresentações artísticas dos alunos e

muita diversão.

Grupo Socioeducacional Latarte ainda precisa de ajuda para concluir reformaPrincipal necessidade é a construção do novo telhado. Expectativa é de que reforma seja concluída em três meses

Em fevereiro do ano passado, a Vigilância Sanitária fez uma visita à sede do grupo

sociocultural e educacional La-tarte, no distrito do Monte Alegre, e notificou a direção do local. Fo-ram exigidas amplas reformas na casa para atender normas de se-gurança. O primeiro prazo dado foi de 180 dias, mas sem condi-ções de concluir a reforma, os responsáveis pediram a prorroga-ção. O novo prazo vence no mês de janeiro, mas a obra ainda não está concluída. Como o grupo de-pende de doações, os reparos são feitos conforme a ajuda chega.

A principal necessidade hoje, segundo a coordenadora do La-tarte, Rose Maria Figueiredo, é a construção do novo telhado. “É caro e ainda não conseguimos doações para essa etapa”, explica.

Muito já foi feito para ade-quar a casa às exigências da vi-gilância. As salas foram pintadas, tiveram o piso trocado, janelas foram abertas e novos banheiros construídos. A casa em que vivia uma família que mora no local foi reconstruída em outra área do terreno. Foram feitas ainda salas

Gustavo Zonta/LP

para a diretoria e o refeitório re-cebeu pintura, assim como a sala de música.

“Basicamente falta o telhado,

O LATARTEFundando em 2006, o projeto

tem como objetivo desenvolver a prática socioeducativa atra-vés da arte. Com aulas teóricas e práticas de música, cursos de artesanato e estética, além de ati-vidades no contraturno escolar, o projeto contribui para o processo de construção de cidadania dos jovens atendidos. Atualmente, 132 crianças fazem parte do pro-jeto. “Incentivamos as crianças a ir bem na escola e temos resulta-do. Em 2012, somente seis repro-varam. Em 2013, foram só duas”, conta.

Além das aulas de reforço, a entidade ainda estimula os estu-dantes através da entrega de ma-teriais escolares. Para isso, tam-bém precisa de doações.

COMO AJUDARDoações podem ser deposita-

das na agência 1707-08, conta cor-rente 14667-6, no Banco do Brasil. Quem puder ajudar de outras for-mas pode entrar em contato pelo telefone 96016272. Para conhecer melhor o projeto, acesse: http://www.latarte.com.br/

Em obras. Reforma na sede da entidade iniciou depois de notificação da Vigilância, em fevereiro do ano passado

a cozinha e a parte externa”, diz Rose. Somente o telhado deve cus-tar em torno de R$ 12 mil. “São custos altos e nós dependemos de

doações”, afirma a coordenadora. A expectativa de Rose é conseguir prorrogar o prazo para entrega da obra em mais três meses.