23141533 projeto geometrico de estradas

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Apostila da Disciplina ECV 5115:

Professor: Shu Han Lee Semestre: 2000/1

Shu Han Lee

INTRODUO AO PROJETO GEOMTRICO DE RODOVIASParte 1Colaboradoras: CAROLINE ANTUNES BUCCIANO CAMILLE GHEDIN HALISKI Programa Especial de Treinamento Engenharia Civil UFSC

Florianpolis 2000

DEDICAT RIA

Dedico esta publicao memria de dois bons amigos: Renato Pereira da Cunha (1947 1982) o Paulista meu colega de turma, amigo de primeira hora da Academia, na velha Escola de Engenharia da UFRGS (onde nos formamos, em 1970), e companheiro de jornadas insones no aprendizado da Engenharia Civil, profisso que soube exercer com dinamismo e inteligncia; Srgio Rogrio Beims (1947 1983), colega dos primeiros anos de carreira no DER/SC e na Secretari dos Transporte e a s Obras, onde desempenhou com invulgar competncia funes como Engenheiro Civil, Direto de Construo Diretor de Estudos e Projetos e r , como Secretri Adjunto dos Transporte e Obras. o s Atenuado pelo lenitiv do tempo o choque pela perda destes , o , amigos que tive, surpreendo- me s vezes a imaginar que Algum, precisando reformular Seu sistema virio, convocou Engenheiros competente para a tarefa... Que estranho caminhos estar eles a s s o planejar, projeta ou construir? r

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APRESENTA OEsta publicao versa sobre aspecto bsicos relacionados com o s projeto geomtric de rodovias, com nfase nos procedimento de clculo o s analtic utilizado para a definio dos parmetros que caracteriza a o s m geometri das rodovias adequadament projetadas. a e No so objeto de tratam ent as queste que dizem respeit ao o s o projeto geomtric de intersees limitando o , -se o conted aos assunto o s que integra o escopo da disciplina ECV 5115 Projeto Geomtric de m o 1 Estradas , oferecida pelo Departament de Engenharia Civil da o Universidade Federal de Santa Catarin para os cursos de graduao em a Engenharia Civil e em Engenharia de Produo e Sistemas. O te x t foi organizado e apresentad tendo como objetiv principal o o o auxiliar o aluno da disciplina no aprendizado dos conceito e tcnicas s elementare relacionados com o projeto geomtricode rodovias, supondo s que seja o primeiro contat do aluno com o tema. o Muito do que est escrito foi obtido a partir de conhecimento s gerados e difundidos por intermdi de outras fontes e publicae o s especializadas, referenciadas no te x to no se pretendendo aprofundar os , tpico alm do grau de conheciment adequado para uma disciplina s o semestra no nvel de graduao. l Esta primeira parte, ora divulgada, avana at o dimensionamento dos elementos planimtricos no projeto geomtric do eixo de uma , o rodovia. Na parte seguinte ainda em estgi de preparao, pretende-se , o cobrir a matri relacionada com o projet em perfil, com o projet das a o o sees transversais e com os estudo pertinente movimenta de terras. , s s o Para facilita o acesso dos interessado ao conted desta r s o publicao, o te xt est sendo disponibilizado na internet, na homepage do o Departament de Engenharia Civil / PET, onde poder ser acessada. Com o o mesmo objetivo, esta parte ser divulgada na forma de apostila, visando minimizar o preo para sua aquisio pelos interessados. Pretende-se, quando concluda a segunda parte, reunir o materia l para eventua publicao em forma de livro diddico. l Tratando-se de materia desenvolvido para fins educativos o autor l , solicit e agradece antecipadamentecomentrios e crticas ao contedo da a publicao, com vistas ao seu aprimoramento, podendo as manifestae s ser dirigidas ao endereo eletrnic [email protected]. o

SHU HAN LEEEng. Civil, M.Sc.

1 Esta uma denominao imprpria; seria mais correto empregar a denominao projeto geomtrico de rodovias para a disciplina, pois o termo estrada utilizado para designar via rural no pavimentada, ao passo que o termo rodovia designa via rural pavimentada, situao para a qual so elaborados os projetos geomtricos.

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SUMR IO

LISTA DE ILUSTRAES .......................................................................................................... LISTA DE TABELAS 1 A ORGANIZAO DO SETOR RODOVIRIO ............................................................................ 1.1 INTRODUO ................................................................................................................. 1.2 O FINANCIAMENTO DO SETOR RODOVIRIO ...................................................................... 1.3 A ORGANIZAO DO SETOR PBLICO ................................................................................. 1.4 O PLANO NACIONAL DE VIAO ........................................................................................... 2 A RODOVIA ................................................................................................................ 2.1 NOMENCLATURA DAS RODOVIAS ......................................................................................... 2.2 CLASSIFICAO FUNCIONAL DE RODOVIAS ....................................................................... 2.3 CLASSIFICAO TCNICA DAS RODOVIAS ......................................................................... 2.3.1 Designao dos elementos geomtrico s ................................................................................ 2.3.2 Principais caracterstica tcnicas de projeto s ......................................................................... 2.3.3 Classes de projetos ................................................................................................................. 2.3.3.1 Critrios para a definio da classe de projeto .................................................................... Normas do DNER 2.3.3.2 Algumas observaes a respeito das ..................................................... 3 ESTUDOS DE TRAADO ............................................................................................................ 3.1 INTRODUO ................................................................................................................. 3.2 RECONHECIMENTO ................................................................................................................. 3.2.1 Processos de Reconhecimento ............................................................................................... 3.3 EXPLORAO ................................................................................................................. 3.4 CLCULOS DA POLIGONAL .................................................................................................... 3.4.1 Clculo de Azimute s ................................................................................................................ 3.4.2 Clculo de coordenadas .......................................................................................................... 3.5 DEFINIO DOS TRAADOS .................................................................................................. 3.5.1 Recomendae das Normas do DNER s ................................................................................. 3.5.2 Defeito dos traado s s .............................................................................................................. 3.6 VECULO DE PROJETO ............................................................................................................ 4 ELEMENTOS PLANIMTRICOS ................................................................................................. 4.1 CONSIDERAES INICIAIS ..................................................................................................... 4.2 ESTAQUEAMENTO ................................................................................................................. 4.3 CONCORDNCIA COM CURVA CIRCULAR SIMPLES ........................................................... 4.3.1 Clculo da concordncia ......................................................................................................... 4.3.2 Locao de curvas circulares .................................................................................................. 4.3.3 Mtodos de locao ................................................................................................................ 4.3.3.1 Locao por estaca fracionria ............................................................................................ 4.3.3.2 Locao por estaca inteira ................................................................................................... 4.3.4 Raios de curva tabelados ........................................................................................................ 5 SUPERELEVAO E SUPERLARGURA ................................................................................... 5.1 COMENTRIOS .................................................................................................................vi

i x x 1 1 1 2 4 7 7 9 1 2 1 3 1 6 1 8 2 2 3 2 5 2 5 2 5 2 6 2 7 2 9 2 9 3 0 3 1 3 3 6 3 9 4 5 4 5 4 6 4 7 4 8 5 0 5 4 5 4 5 8 5 9 6 3 6 3

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5.2 SUPERELEVAO ................................................................................................................. 5.2.1 Valores mnimos e mximos de superelevao ...................................................................... 5.2.2 Raios mnimos das concordncias horizontai s ....................................................................... 5.2.3 Superelevae a adotar nas concordncias s ......................................................................... 5.3 SUPERLARGURA ................................................................................................................. 5.3.1 Clculo da superlargura .......................................................................................................... 5.3.2 Considerae adicionais sobre a superlargura s ..................................................................... 5.3.3 Disposio da superlargura ..................................................................................................... 6 CURVAS DE TRANSIO ........................................................................................................... 6.1 A GEOMETRIA E A DINMICA DE MOVIMENTO .................................................................... 6.2 A CLOTIDE OU ESPIRAL DE TRANSIO ........................................................................... 6.3 TIPOS DE TRANSIO ............................................................................................................. 6.3.1 Transio a raio e centro conservados ................................................................................... 6.3.2 Transio a centro conservado ............................................................................................... 6.3.3 Transio a raio conservado ................................................................................................... 6.4 ESQUEMA DA TRANSIO COM A ESPIRAL ........................................................................ DA SUPERELEVAO 6.5 DESENVOLVIMENTO DA SUPERLARGURA E ................................ o com curva de transio 6.5.1 Desenvolviment ............................................................................... 6.5.1.1 Desenvolvimento da superlargura ........................................................................................ 6.5.1.2 Desenvolviment da superelevao o .................................................................................... 6.5.2 Desenvolvimento sem curva de transio ............................................................................... 6.6 COMPRIMENTO DE TRANSIO ............................................................................................ 6.6.1 Compriment mnimo de transi o o ......................................................................................... 6.6.1.1 Critrio do compriment mnimo absolut o o ............................................................................ 6.6.1.2 Critrio da fluncia tica ....................................................................................................... 6.6.1.3 Critrio do conforto ............................................................................................................... 6.6.1.4 Critrio da mxima rampa de superelevao ....................................................................... 6.6.2 Comprimento mximo de transio ......................................................................................... 6.6.2.1 Critrio do mximo ngulo central da Clotide .................................................................... 6.6.2.2 Critrio do tempo de percurso .............................................................................................. 6.6.3 Critrios complementare s ....................................................................................................... 6.6.3.1 Critrio de arredondament o ................................................................................................. 6.6.3.2 Critrio da extens mnima com superelevao to ta o l ........................................................ 6.6.3.3 Critrio de aparncia geral ................................................................................................... 6.6.3.4 Critrios para concordncias com curvas compostas .......................................................... A ESPIRAL 6.7 CLCULO DA CONCORDNCIA COM ................................................................. 6.7.1 ngulo central da espiral ......................................................................................................... 6.7.2 ngulo central da curva circular .............................................................................................. 6.7.3 Desenvolviment em curva circular o ........................................................................................ 6.7.4 Coordenadas cartesianas da espiral ....................................................................................... 6.7.5 Parmetro do recuo da curva circular s ................................................................................... 6.7.6 Tangente exterior ................................................................................................................. 6.8 LOCAO DA ESPIRAL DE TRANSIO ................................................................................ 6.8.1 Locao com o teodolit na origem da espiral o ........................................................................ 6.8.2 Locao com mudanas do teodolit o ...................................................................................... 6.8.3 Tabelas de locao ............................................................................................................... REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................................. vii i

6 3 6 7 6 8 6 9 7 3 7 3 7 6 7 8 1 8 1 8 2 8 3 8 4 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 1 9 3 9 4 9 4 9 4 9 5 9 6 9 8 9 8 9 8 9 9 9 9 10 0 10 0 10 2 10 2 10 3 10 3 10 4 10 5 10 7 11 0 11 0 11 1 11 5 11 9

LISTA DE ILUSTRAES

2.1 SIGLA PARA AS RODOVIAS FEDERAIS ................................................................................. 2.2 CATEGORIAS DE RODOVIAS FEDERAIS ............................................................................... E DE ACESSO 2.3 RELAO ENTRE AS FUNES DE MOBILIDADE ...................................... 2.4 CURVA DE RENDIMENTOS DECRESCENTES ....................................................................... 2.5 CONFIGURAES TPICAS DE SEES TRANSVERSAIS .................................................. 2.6 ELEMENTOS DE SEO TRANSVERSAL: RODOVIAS EM PISTA SIMPLES ....................... 2.7 ELEMENTOS DE SEO TRANSVERSAL: RODOVIAS EM PISTA DUPLA .......................... 3.1 NGULOS INTERNOS E DEFLEXES EM POLIGONAIS ORIENTADAS .............................. 3.2 DEFLEXES E AZIMUTES EM POLIGONAIS ORIENTADAS ................................................. 3.3 SISTEMA CARTESIANO E COORDENADAS ABSOLUTAS .................................................... 3.4 COMBINAO DOS ELEMENTOS EM PLANTA E EM PERFIL .............................................. 3.5 POLTICAS PARA CONCORDNCIAS HORIZONTAIS ........................................................... A PAISAGEM 3.6 HARMONIA DOS TRAADOS COM .................................................................. 3.7 VARIAO DOS RAIOS DE CURVAS CONSECUTIVAS ........................................................ 3.8 CRITRIOS PARA ESCOLHA DE RAIOS DE CURVAS SUCESSIVAS ................................... CURVAS HORIZONTAIS E VERTICAIS 3.9 COORDENAO DE ................................................ 3.10 PISTA SEM DOBRA TICA .................................................................................................... 3.11 PISTA COM DOBRA TICA .................................................................................................... 3.12 DOBRAS E DEFEITOS TICOS ............................................................................................. 3.13 DEFEITOS EM TRAADOS : MERGULHO EM TANGENTE ................................................. : MERGULHO EM CURVA 3.14 DEFEITOS EM TRAADOS ........................................................ 3.15 DEFEITOS EM TRAADOS : ABAULAMENTOS (TOBOG) .................................................: ONDULAES NA CURVA 3.16 DEFEITOS EM TRAADOS .................................................... 3.17 DEFEITOS EM TRAADOS : MERGULHO RASO ................................................................. 3.18 DEFEITOS EM TRAADOS : MERGULHO PROFUNDO ....................................................... 3.19 DEFEITOS EM TRAADOS : SALTO ..................................................................................... 3.20 DEFEITOS EM TRAADOS : SALTO COM DEFLEXO ........................................................ 3.21 DEFEITOS EM TRAADOS : INCIO DA CURVA HORIZONTAL NA READIMENSES E GABARITOS DE GIRO : VECULO TIPO CO 3.22 CONVEXA ....... ................................................ DE GIRO : VECULO TIPO VP 3.23 DIMENSES E GABARITOS ................................................ DE GIRO : VECULO TIPO O 3.24 DIMENSES E GABARITOS .................................................. DE GIRO : VECULO TIPO SR 3.25 DIMENSES E GABARITOS ................................................ 4.1 ELEMENTOS DO EIXO DE UMA RODOVIA ............................................................................. 4.2 ESQUEMA DA CONCORDNCIA COM CURVA CIRCULAR SIMPLES .................................. 4.3 ALINHAMENTOS PARA CLCULO DE CONCORDNCIAS ................................................... 4.4 DESENHO DO EIXO PROJETADO ........................................................................................... 4.5 LOCAO POR DEFLEXES ACUMULADAS ........................................................................ 4.6 GRAU DA CURVA CIRCULAR PARA UMA CORDA c ............................................................. 4.7 DEFLEXO DA CURVA CIRCULAR PARA UMA CORDA c ..................................................... 4.8 LOCAO POR ESTACA FRACIONRIA ................................................................................ix

7 8 1 0 1 1 5 1 5 1 5 2 9 3 0 3 1 3 2 3 3 3 4 3 4 3 5 3 6 3 6 3 7 3 7 3 7 3 7 3 8 3 8 3 8 3 8 3 9 3 9 4 1 4 2 4 2 4 3 4 5 4 7 4 9 5 0 5 1 5 1 5 2 5 5

4.9 MUDANA DE APARELHO NA LOCAO DA CURVA CIRCULAR ....................................... 5.1 FORAS ATUANTES SOBRE UM VECULO EM TRAJETRIA CURVA ................................ 5.2 MTODO DE BALANCEAMENTO DA SUPERELEVAO E DO ATRITO .............................. DETERMINAO DA SUPERLARGURA 5.3 ESQUEMA PARA .................................................... 6.1 CURVA DE TRANSIO ........................................................................................................... 6.2 FORMA GEOMTRICA DA CLOTIDE OU ESPIRAL DE TRANSIO ................................. 6.3 TRANSIO A RAIO E CENTRO CONSERVADOS ................................................................. 6.4 TRANSIO A CENTRO CONSERVADO ................................................................................ 6.5 TRANSIO A RAIO CONSERVADO ....................................................................................... 6.6 ESQUEMA DA CONCORDNCIA COM ESPIRAL DE TRANSIO ....................................... DA SUPERLARGURA 6.7 DESENVOLVIMENTO ........................................................................... 6.8 DESENVOLVIMENTO DA SUPERLARGURA COM CURVA DE TRANSIO ........................ SUPERELEVAO 6.9 DESENVOLVIMENTO DA ......................................................................... COM CURVA DE 6.10 DESENVOLVIMENTO DA SUPERELEVAO TRANSIO .................... DA SUPERLARGURA E DA SUPERELEVAO 6.11 DESENVOLVIMENTO SEM CURVA DE TRANSIO 6.12 ....................................................................................................... TRANSIO EM CURVA CIRCULAR: LC DISPOSTO EM ESTACAS FRACIONRIAS ...... CURVA CIRCULAR: LC DISPOSTO EM ESTACAS 6.13 TRANSIO EM INTEIRAS .................. 6.14 RAMPA DE SUPERELEVAO .............................................................................................. 6.15 NGULOS E ARCOS DA ESPIRAL ........................................................................................ 6.16 NGULOS CENTRAIS DA CONCORDNCIA ........................................................................ 6.17 COORDENADAS CARTESIANAS DA ESPIRAL .....................................................................CONSERVADO 6.18 PARMETROS DA TRANSIO A RAIO .................................................... 6.19 DESENHO DO EIXO PROJETADO COM CURVAS DE TRANSIO ................................... 6.20 LOCAO DE PONTOS DA ESPIRAL ................................................................................... 6.21 DEFLEXES NUM PONTO QUALQUER DA ESPIRAL .........................................................

5 6 4 7 0 7 4 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 9 0 9 1 9 2 9 3 9 3 9 8 10 2 10 3 10 4 10 5 10 9 11 0 11 2

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LISTA DE TABELAS

1.1 ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA DO SETOR RODOVIRIOSETORIAIS DE TRANSPORTES NO BRASIL 1.2 PLANOS ...................... ........................................................ 2.1 PARMETROS PARA A CLASSIFICAO FUNCIONAL DE RODOVIAS ............................ PROJETO PARA NOVOS TRAADOS DE RODOVIAS 2.2 CLASSES DE EM REAS RURAIS DNER 2.3 ........................................................................................................ CARACTERSTICAS TCNICAS PARA O PROJETO DE RODOVIAS NOVAS .................... 2.4 NORMAS ADMISSVEIS PARA O MELHORAMENTO DE ESTRADAS EXISTENTES PARA 2.5 NORMAS ........ O PROJETO DE RODOVIAS VICINAIS ....................................................... 3.1 DIMENSES BSICAS DOS VECULOS DE PROJETO ....................................................... CURVAS 4.1 CORDAS ADMISSVEIS PARA AS ......................................................................... 4.2 LOCAO DA CURVA CIRCULAR POR ESTACA FRACIONRIA ....................................... CIRCULAR POR ESTACA INTEIRA 4.3 LOCAO DA CURVA ................................................. 4.4 RAIOS DE CURVA TABELADOS ............................................................................................ 4.5 LOCAO POR ESTACA FRACIONRIA: RAIO TABELADO ............................................... 5.1 VALORES MXIMOS ADMISSVEIS DO COEFICIENTE f ..................................................... 5.2 VALORES DE R QUE DISPENSAM SUPERELEVAO ....................................................... 5.3 RAIOS MNIMOS DE CURVA PARA PROJETOS ................................................................... 5.4 VELOC. MDIAS DE OPERAO (V R) e COEFICIENTES (f mx ) ........................................... 5.5 VALORES DE SUPERELEVAO PARA emx = 8 % ............................................................. emx = 10 % 5.6 VALORES DE SUPERELEVAO PARA ........................................................... 5.7 VALORES DE GABARITO LATERAL ...................................................................................... 6.1 RAIOS DE CURVA QUE DISPENSAM CURVAS DE TRANSIO ........................................ 6.2 RAMPAS DE SUPERELEVAO ADMISSVEIS : CASO BSICO ........................................ 6.3 FATORES MULTIPLICADORES PARA Lmn ............................................................................ 6.4 VALORES PARA LOCAO DA ESPIRAL ............................................................................. 6.5 DEFLEXES PARA LOCAO DA ESPIRAL ........................................................................ 6.6 TABELA DE LOCAO PARA R=61,41 m e LC = 40,00m ..................................................... 6.7 LOCAO POR ESTACA INTEIRA: TABELA DE LOCAO PARA O PRIMEIRO RAMO DA ESPIRAL 6.8 ........................................................................................................ LOCAO POR ESTACA INTEIRA: TABELA DE LOCAO PARA O SEGUNDO RAMO DA ESPIRAL ........................................................................................................

3 4 1 2 1 9 2 0 2 1 2 2 4 0 4 6 5 7 5 8 6 0 6 0 6 6 7 6 9 6 9 7 2 7 2 7 5 8 1 9 7 9 7 11 1 11 4 11 6 11 7 11 7

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A ORGANIZAO DO SETOR RODOVIRIOO Presidente da Repblica, (...) Considerando que a estrada de rodagem, graas ao grau de perfeio j atingido pelo automvel, representa hoje elemento de fundamental importncia no sistema de viao interna de qualquer pas; (...) Considerando que o desenvolvimento rodovirio do Brasil , graas imensidade do territrio ptrio, um trabalho gigantesco a desafiar a energia realizadora de muitas geraes; (...) Considerando tudo o mais que lhe representou o Ministro de Estado dos Negcios da Viao e Obras Pblicas, decr eta: (...) Art. 28. Fica criado o Fundo Rodovirio Nacional, destinado construo, conservao e melhoramentos das rodovias compreendidas no Plano Rodovirio Nacional (...). Jos Linhares (Presidente); Maurcio Joppert da Silva (Ministro) e t al. Decreto-Lei n 8.463, de 27 dez. 1945.

1.1 INTRODUO A infra-estrutur rodoviria pblica do Brasil, reorganizada no psa guerra, experimentou uma evoluo notve a partir de fins da dcada de l 50, impulsionada pela instala da indstria automobilsticano pas e o pela efetiva de um modelo de vinculao tributria anteriorment criado, o , e que dava sustenta financeira conservao e expanso da rede de o rodovias. Consolidou-se, concomitantementea implementa das estrutura , o s institucionai pblicas, principalment no nvel federal e nos nveis s e estaduais atribuind a entidade departamentai e autrquica competente , o s s s s as respectiva responsabilidades pela execuo das polticas rodovirias s federal e estaduais. Complementado com o manto de uma legislao apropriada, que evoluiu para a formatao de sucessivos Planos Nacionais de Viao, essa organizao ensejou no s o desenvolviment fsico da infra-estrutura o rodoviria, mas tambm a evoluo tecnolgica do setor que contava com recursos definidos tendo o pas chegado a vislumbrar as fronteira do s conheciment da tecnologi rodoviria o a em meados da dcada de 70. A partir da, mudanas na poltica de distribui dos recursos o tributrio acabaram por extingui o modelo de financiament que s r o viabilizava o desenvolvimento do setor rodovirio que, sem recursos assegurados, tem experimentad desde ento franca involuo. o Neste captul comenta o m-se os aspecto mais relevante dos s s acontecimento que resultara na estrutura do setor pblico s m o rodovirio brasileiro, no format que persist at o presente. o e 1.2 O FINANCIAMENTO DO SETOR RODOVIRIO A organizao sistmic e o efetivo desenvolviment do setor de a o transport rodovirio no Brasil, com suport legal, instituciona e financeiro, e e l no context de um Sistema Nacional de Viao, tiveram seu efetivo incio o logo aps o encerrament da Segunda Guerra Mundial, com a institui o o do Decreto-Lei n 8.463, de 27 dez. 1945. Este instrument legal resulto de um processo que foi representad o u o pelo Engenheiro Maurcio Jopper da Silva (1891 - 1985), quando exercia o cargo de t

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Ministr de Estado dos Negcios da Viao e Obras Pblicas, ao ento o President da Repblica, Jos Linhares. e O citado Decret o-Lei ficou conhecido como Lei Joppert , em homenagem ao inspirado Engenheiro, e se constitui no instrument jurdico u o que reorganizou o Departament Nacional de Estradas de Rodagem DNER o (rgo responsvel pelo setor rodovirio, criado em 1937), dando-lhe a forma de Autarquia, com estruturatcnica e administrativaadequada. Alm disso, a Lei Joppert veio a se constituir tambm na base jurdica que fundamento a organizao da administra pblica do u o setor rodovirio nos Estados e Territrios no D istrit Federal e mesmo nos , o Municpios do Brasil.

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Mais que isso, a Lei Joppert criou o Fundo Rodovirio Nacional (FRN), suprido com recursos financeiros oriundos da arrecadao de tributo incidente sobre a propriedade de veculos automotorese sobre o s s 2 consumo de combustveis e de lubrificantes . Os recursos desse fundo, por fora de lei, eram investido exclusivament no desenvolviment do s e o setor rodovirio. Essa era a lgica do processo: de um lado, foram criados recursos tributrio especficos para o desenvolviment do setor rodovirio, e de s o outro, foi criada (ou reorganizada) a estrutur tcnico- administrativ a a competent para gerir a aplicao desses recursos. e Esse modelo de vinculao tributri deu sustenta a o implementa de nosso sistema rodovirio, que experimento ampla o u expanso nas dcadas de 60 e 70, e que at o presente permanece responsvel pela movimenta das maiores parcelas de fluxos de cargas o e de passageiros no pas, relativamenteaos demais modais. As estatsticas oficiais disponveis apontam que, no ano de 1998, o modo rodovirio foi responsvel por 62,60 % da quantidad de carga transportad no Brasil, e a em toneladas -quilmetro e por 96,02 % do nmero de passageiros, quilmetro transportadosno pas (GEIPOT, 1999, p. 271-272). No entanto,j a partir de meados da dcada de 70, no contextode um processo de modificao da distribui dos recursos tributrios foram sendo o , gradualment transferido para outros fundos os recursos alocados ao FRN. e s Essa poltica de esvaziament do FRN foi intensificad com a o a desfederalizao dos tributo relativo propriedad e de veculos s s automotores, consumo de combustveis e lubrificantes, e presta de ao o servios de transport rodovirio, todos oriundos dos usurios de rodovias. e Com o esvaziament dos recursos do FRN, a administra pblica o o do setor rodovirio passou a contar basicament com recursos e oramentrios escassos e disputado com outras reas igualmente ou mais , s carentes, e com financiamentos de entidades de desenvolvimento, dependendo da capacidade de endividament disponvel dos rgos o pblicos. O processo de desmont do modelo de vinculao tributri foi e a finalment consolidado com a promulgao da Constitui Federal de e o 1988, que vedou expressament a vinculao de receitas de imposto a e s rgo, fundo ou despesa (excet para a educao). o Desde ento, formas alternativa de financiament do setor tm sido s o buscadas, dentr as quai destacam-se as geste no sentido de reinstitui um e s s r Fundo Rodovirio (apenas para conservao de rodovias), as modalidades de concesso de rodovias iniciativ privada (para viabi lizar a realizao a de investimento mediant a cobrana de pedgio dos usurios), e as s e tentativa de institui de imposto seletiv sobre hidrocarbonetos derivados s o o , de petrleo combustvei e leos lubrificantes com vinculao de parcelas , s , a investiment em infra-estrutur do Sistema Nacional de Viao. os a 1.3 A ORGANIZAO DO SETOR PBLICO Quando institud o FRN, 40% dos recursos do fundo eram o destinado Unio, sendo os s 60% restante alocados aos Estados Territrio e Distrit Federal. s , s o No mbito federal, a estrutur governamenta para o setor a l rodovirio foi organizada de forma a dividir os encargos em dois nveis

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distintos um responsvel pela formulao da poltica de transport : e rodovirio, e outro pela execuo da poltica assim formulada. As atividades relacionadas com a formulao da poltica de transport rodovirio foram atribudas a um ministri (atualmente o e o , Ministri dos Transportes) e as relacionadas execuo da poltica de o , transport rodovirio foram atribudas ao DNER, rgo que foi encarregado e de gerir a aplicao dos recursos do FRN destinado Unio. s Ao DNER cabia tambm gerenciar a distribui da parcela de 60% o dos recursos do FRN destinad aos Estados Territrio e Distrit Federal, que era ratead entre a , s o a essas unidades2 Posteriormente j em 1976, foram tambm incorporados ao FRN recursos oriundos do Imposto Sobre o ,

Transporte Rodovirio de Passageiros e de Cargas ISTR (mais tarde transformado em Imposto Sobre Transportes Rodovirios IST).

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administrativas, mediante quotas3 estabelecida proporcionalment aos s e respectivo consumos de combustvei e lubrificante lquidos (36%), s s s s respectiva populae (12%) e s respectivas superfcies territoriai s s s (12%). Para habilitarem-se ao recebiment dos recursos do FRN que o lhes cabiam, os Estados, Territrio e o Distrit Federal foram instado a s o s criar seus prprios rgos setoriais na forma de autarquias , (Departamentosde Estradas de Rodagem DER, ou Departamento s Autnomo de Estradas de Rodagem DAER). s Assim, as estrutura governamentai dos Estados (e do D istrit s s o Federal) para o setor rodovirio acabaram sendo organizadas de forma similar do governo federal: s Secretaria de s Estado foram atribudas as tarefa relacionadas com a formulao das s polticas estaduai de transporte rodovirio, e s suas autarquia (DER ou s s DAER) foram reservados os encargos relacionados com a execuo das respectiva polticas rodovirias estaduais. s Trs anos aps a institui da Lei Joppert, os Municpios foram o tambm integrados ao modelo como beneficirios dos recursos do FRN, por fora da Lei n 302, de 13 jul. 1948, passando a distribuio dos recursos vinculados a ser feita nas propores de 40% para a Unio, 48% para os Estados Territrio e D istrit Federal, e 12% para os , s o Municpios 4. Com a incluso dos Municpios como beneficirios dos recursos do FRN, o critrio para a reparti da parcela que cabia aos Estados o , Territrio e Distrit Federal, bem assim da parcela que cabia aos s o Municpios, tambm sofreu ajustamentos, e o rateio passou a ser efetuado proporcionalmente s superfcies (2/10), s populaes (2/10), e aos consumos de lubrificantes e combustvei lquidos (6/10) s das respectiva unidades. s No nvel municipal, as tarefas de formulao das polticas rodovirias foram atribudas geralment a Secretaria Municipais. No e s entanto a organizao para as atividade relacionadas com a execuo , s dessas polticas municipais de transport rodovirio acabou sendo e diferenciada em relao 5 ao que aconteceu nos mbitos federal e estaduais , verificando-se desde casos de Municpios que estruturara seus prprios Departamento Municipais de Estrada de m s s Rodagem (em geral, nos Municpios de maior porte) a casos em que as , tarefa relacionadas com a execuo das polticas rodovirias municipais s foram atribudas a rgos da administra direta ou mesmo assumidas o pelos prprios gabinete dos Prefeitos. s TABELA 1.1 ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA DO SETOR RODOVIRIO ENTIDADES RESPONSVEIS PELA POLTICA NVEIS RODOVIRIA DE FORMULAO DA EXECUO DA POLTICA JURISDI POLTICA Federal Ministri dos o DNER Transportes Estadual Secretaria de Estado s DER, DAER, Fundao DER (1), DERT(2), AGETOP(3) Municipal Secretaria Municipais s DMER e outrasCaso do Estado do Rio de Janeiro, que reconfigurou o DER/RJ como Fundao DER. Caso do Estado do Cear, que reconfigurou o DAER/CE como Departamento de Edificaes, Rodovias e Transportes DERT.(1) (2)

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Caso do Estado de Gois, cujo DER/GO foi extinto sendo suas atividades absorvidas pela Agncia Goiana de , Transportes o Obras Pblicas (AGETOP).(3)

Ao DNER foram atribudas as tarefas de proceder anualmente determina das quotas que cabiam aos Estados Territrio e ao Distrit o , s o Federal; estas unidades, por sua vez, responsabilizavam -se pela determina das quotas que cabiam aos respectivo Municpios. o s3 No jargo legal e tcnico-administrativo as quotas eram freqentement denominadas (incorretamente de , e )

cotas-partes.4 Essas propores de distribuio sofreram, posteriormente diversas alteraes incluindo a , , participao de outros setores de transporte como beneficirios dos recursos do FRN. s 5 A lei n 302, de 13 jul. 1948, condicionava a liberao dos recursos do FRN que cabiam aos Municpios manuteno, pelas respectivas organizaes administrativas de um servio especial de estradas e caminhos municipais. ,

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Para tan to eram tomado dados oficiais, oriundos do In stituo , s t Brasileiro de Geografia e Estatstic (IBGE) e de relatrio oficiais dos a s rgos rodovirios dos Estados Territrios DistritoFederal e Municpios, , , elaborados a partir de planos rodovirios institudo por intermdi de leis s o especficas, sendo os repasses dos recursos procedidos trimestralmente , obedecidas as proporessupra referidas, desde que atendida as s exigncias de atualiza da legislao e dos dados das respectiva o s redes rodovirias6. 1.4 O PLANO NACIONAL DE VIAO A elaborao de planos setoriai de transporte no Brasil no uma s s atividad recente, podendo-se constatar na literatur tcnica a existncia de e , a , planos desenvolvidos desde o sculo passado (vide tabel 1.2). a interessant observar, no entanto a evoluo acontecid desde os planos e , a mais antigos, que compreendiam trabalho no oficiais, com carter de s planejament especfico, passando gradualmente, a partir da dcada de 30, o para uma concepo de instrumentaoformal mais abrangente, envolvendo diferente modais. s TABELA 1.2 PLANOS SETORIAIS DE TRANSPORTES NO BRASIL ANO 1838 1869 1874/ 82 1874 1881 1882 1886 1890 1926 1926 1934 1937 1944 1947 1956 1964 1973 DENOMINAO Plano Rebelo Plano Morais Plano Queiroz Plano Rebouas Plano Bicalho Plano Bulhes Plano Geral de Viao Plano da Comisso de 1890 Estudo do Eng. E. Schnoor, P. Frontin e J. Batista Plano do Eng. Pandi Calgeras Plano Geral de Viao Nacional (I PNV) Nacional de Estrada de Plano s Rodagem Planos Rodovirios Plano Nacional de Viao Fluvial Planos Rodovirio e Ferrovirio Nacionais II Plano Nacional de Viao III Plano Nacional de Viao OBSERVAES No oficial No oficial No oficial No oficial No oficial No oficial No oficial No oficial No oficial No oficial Dec. 24.497 (29/06/1934) Carte oficial r Carte oficial r Carte oficial r Carte oficial r Lei n 4.592 (29/12/1964) Lei n 5.917 Fontes dos dados primrios: MELLO (1975, p. 17-18); MT (1973, p. 9-10). (10/09/1973) A partir de 1964, com a institui do II Plano Nacional de Viao, o consolidou-se a idia de instrumenta o poder pblico com um dispositiv r o legal que estabelecess os princpios gerais e as diretrize para a e s concepo e para orienta a implementa de um sistema nacional de r o transportes unificado, visando a uma coordenao racional entre os sistema federal, estaduai e municipais, bem assim entre as diferente s s s modalidades de transportes.

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Planos Rodovirios Estaduais e Municipais que, juntament com o Plano Rodovirio Federal, definem o elenco de rodovias pblicas do e Brasil.

6 Isto foi determinant para a instituio e sistemtic atualizao, pelos Estados e Municpios, dos respectivos e a

9

Em 1973 foi institud a terceir verso do Plano Nacional de Viao, a a que veio a se constitui numa espcie de Carta Magna para o setor de transportes e que r , deveria, por disposio da prpria lei que o instituiu ser revisto a cada 5 , anos7. O PNV vigente definiu o Sistema Nacional de Viao como sendo constitud pelo conjunto dos Sistema Nacionais Rodovirio, Ferrovirio, o s Porturio Hidrovirio e Aerovirio, compreendendo tan t as infra-estrutura , o s virias como as estrutura operacionais necessrias ao seu adequado uso8. s No que toca ao Sistema Rodovirio Nacional, em particular o PNV , definiu-o como sendo constitud pelos Sistema Rodovirios Federal, o s Estaduai e Municipais, e relacionou as rodovias que integra o Sistema s m 9. Rodovirio Federal, sob jurisdio do DNER A lei que institui o PNV estabelece que os Estados (e os ento u u Territrios) o Distrito Federal e os Municpios reveriam seus planos , virios para adequada articula e compatibilidade e determino a o , u elaborao e a implementa dos respectivo Planos Rodovirios o s obedecendo sistemticasemelhante do Plano Nacional de Viao, sob pena de reteno pelo DNER, das parcelas de recursos tributrio que , s lhes cabiam (MT, 1973, p. 20-21). Assim, para no se sujeitare a retene de suas quotas m s -partes do Imposto nico sobre Lubrificante e Combustvei Lquidos e Gasosos, os Estado (e s s s Territrios) o D istrit Federal e os Municpios institura seus prprios , o m planos rodovirios, complementand o sistema de rodovias pblicas do o Brasil.

1 07 At a data da edio desta publicao, a reviso do III Plano Nacional de Viao ainda no ocorreu, apesar de diversas tentativasde encaminhamento do assunto, por meio de projetos de lei, que continuam em tramita na Cmara dos Deputados. o 8 Projeto de lei para o novo PNV prope a definio de um Sistema Nacional de Viao como sendo constitud pelos Subsistemas o Rodovirios, Ferrovirios, Aquavirios, Dutovirios, Aerovirios e Urbanos. 9 A relao descritiva das rodovias do Sistema Rodovirio Federal constant da Lei n 5.917, de 10 e set. 1973, foi modificada e atualizada ao longo dos anos por meio de outros dispositivos legais.

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A RODOVIA

A tentac de se superdimensionar as estradas universal. s vezes, esse erro o inconsciente. Num pas tropical, por exemplo, a prtica de se projetar ladeiras (sic) com baixas razes de aclive em regies de topografia muito acidentada resultou da adoco de padres norte -americanos que foram originalmente destinados a condices de trnsit sob neve. [...] Mas um erro o mais comum, que mesmo os engenheiros de pases mais desenvolvidos se sentem tentado a s cometer o de se fazer uma pavimentaco de alta qualidade em locais onde uma qualidade um pouco inferior seria mais que suficiente. Esta tendncia reforcada pelo fato de que a maioria dos pases em vias de desenvolvimento tende a negligenciar a manutenco e, portanto constroem , estradas de qualidade superior necessria na suposico de que assim a estrada durar mais tempo. Mas se a manutenco negligenciada, muito possvel que, devido ao investiment maior, a o perda ser maior com a estrada de alta qualidade do que seria se a qualidade no fosse to alta. WILFRED OWEN. Estratgia para os transportes. So Paulo : Livraria Pioneira Editora, 1975 (p. 110-111).

2.1 NOMENCLATURA DAS RODOVIAS Uma das atribuice que o Plano Nacional de Viaco reservou ao s DNER foi a de fixar critrios para a nomenclatura das rodovias federais, com o objetiv de sistematiza procedimento para a designaco tcnic das o r s a rodovias. Para ta n to desde a instituic do II PNV (em 1964), vem sendo , o adotado no Brasil o critrio de localizaco geogrfica para a designaco das rodovias federais. As rodovias federais so designadas por uma sigla, constitud pelo a smbolo BR (indicativo de qualquer rodovia federal brasileira), seguido de um traco separador, e de um nmero de trs algarismos; o primeiro algarismo indica a categori da rodovia, e os dois remanescente indicam a a s posico da rodovia em relaco aos limites geogrficos do pas e em relaco a Braslia, a capita federal. l FIGURA 2.1 SIGLA PARA AS RODOVIAS FEDERAISSmbol o representativ o de rodovi a federa l brasileira Trac o separador

BR - XYYNmer o indicativ o da posic o da rodovia Nmer o indicativ o da categori a da rodovia

Para fins de nomenclatur das rodovias federais foram a consideradas 5 categoria de rodovias, de acordo com as disposice s s gerais dos tracado (vide figura 2.2): s Rodovias Radiais, abrangendo as rodovias cujos tracados

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tm uma extremidade em Braslia, a capita federal, e outra extremidad noutro ponto l e import nte do pas; a Rodovias Longitudinais, compreendendo as rodovias cujos tracado se desenvolvem s segundo a direco geral Norte Sul; Rodovias Transversais, compreendendo as rodovias cujos tracado se desenvolvem segundo a direco geral Leste s Oeste;

9

Rodovias Diagonais, envolvendo as rodovias cujos tracado s

se desenvolvem segundo as direce gerais Noroest Sudeste s e (chamadas de Rodovias Diagonais Pares) e Nordest e Sudoeste (chamadas de Rodovias Diagonais mpares); Rodovias de Ligacao, categori que incorpora as rodovias a que nao se enquadram nas categoria anteriores. s O primeiro algarismo da sigla de uma rodovia federal, conforme j citado indica a categoria a que pertenc a rodovia, de acordo com o , e seguint critrio: e lo o l lo o l lo

algarismo = 0 (zero) para as Rodovias Radiais; algarismo = l para as Rodovias Longitudinais; algarismo = 2 para as Rodovias Transversais; algarismo = 3 para as Rodovias Diagonais; algarismo = 4 para as Rodovias de Ligacao. FIGURA 2.2 CATEGORIAS DE RODOVIAS FEDERAIS

Rodovias Radiais Longitudina is

Rodovias

Rodovias Diagonais Pares

Rodovias de Ligacao Transversais

Rodovias

Rodovias Diagonais mpares

O nmero formado pelos dois ltimo algarismos estabelecid de s o acordo com a posicao relativ do tracado da rodovia, dentr de cada a o categori especfica, permitind uma nocao aproximada da posicao da a o rodovia em relacao ao mapa do pas e em relacao capita federal, l observados os seguinte critrios: s a) para as Rodovias Radiais, o nmero pode variar de l0 a 90, razao de l0 em l0, sendo estabelecid proporcionalment ao o e azimut aproximado do tracad da rodovia; e o b) para as Rodovias Longitudinais o nmero pode variar de 0l a , 99, crescendo de Leste para Oeste, tomando -se Braslia como referncia para o nmero intermediri 50; o c) para as Rodovias Transversais, o nmero pode variar de 0l a 99, crescendo de Norte para o Sul, tomando-se Braslia como referncia para o nmero intermediri 50; o d) para as Rodovias Diagonais Pares, o nmero deve ser necessariament par, podendo variar de 02 a 98, crescendo e de Nordest para Sudoeste tomando e , -se Braslia como referncia para o nmero intermediri 50; o e) para as Rodovias Diagonais mpares, o nmero deve ser necessariamente mpar, podendo variar de 0l a 99, crescendo de Noroest para Sudeste tomando e , -se Braslia como referncia

8

para o nmero intermediri 5l; o f) para as Rodovias de Ligacao, o nmero pode variar de 0l a 99, reservando-se a numeracao inferior a 50 para as rodovias situada ao Norte do paralelo que passa em Braslia, e a s numeracao superior a 50 para as rodovias situada ao Sul do s paralelo que passa em Braslia; em princpio, a numeracao deve ser crescente de Norte para o Sul.

O critri adotad para a nomenclatur das rodovias federais o o a acabou sendo adotad pelos Estadosl0 e pelos Municpios, que elaboraram o seus Planos Rodovirios obedecendo sistemtica preconizada pelo Plano Nacional de Viacao. No caso das rodovias federais, a nomenclatur segundo o critri a o de localizacao geogrfica tem sentid lgico, pois qualquer cidadao o razoavelment instrudo capaz de mentaliza uma figura bastant prxima e r e da disposicao de uma rodovia federal (e, portanto de sua localizacao) em , relacao ao mapa do pas, pois certament conhece a imagem do mapa do e Brasil e a localizacao aproximada de sua capita federal. l O mesmo, no entanto,nao se pode afirmar com relacao aos Estados (e ao DistritoFederal), e menos ainda com relacao aos Municpios. Bastaria para justifica essa linha de argumentacao que o leitor se detivess , r , e a imaginar as disposice dos mapas dos diferente Estados com as s s localizaces das respectiva capitais se ta n t nao bastasse poderia o leitor passar entao s ; o , para o caso dos Municpios... fcil perceber que o critri de localizacao geogrfica, que o tem seus mrito quando adotad para a nomenclatur das rodovias s o a federais, perde sua consistnci e utilidad quando empregado para a a e designacao das rodovias estaduai ou municipais. s 2.2 CLASSIFICAO FUNCIONAL DE RODOVIAS O conhecimento da sigla de uma rodovia federal permite, como j visto, que se tenha uma nocao razoavelment aproximada da disposicao do e tracad da rodovia em relacao ao mapa do Brasil. o Assim, tomand como exemplo os casos das rodovias federais BR o l0l e BR285, que tm partes de seus tracado no territri do Estado de s o Santa Catarina pode-se de imediato afirmar, s com base nas designace , s dessas rodovias, que a BRl0l se desenvolve no sentid Norte Sul, junto ao o limite orienta do territrio prximo linha de costa do Estado e que a BR l , , 285 se desenvolve no sentido geral Leste Oeste na regiao Sul do Estad (esta ltima afirmacao , o depende do conhecimentoda posicao da rodovia em relacao aos tracado s de outras rodovias transversais). A nomenclatura das rodovias nao fornece, no entanto,outras informaces teis, tais como indicadores de sua razao de existi ou de sua r importnci no context da infra-estrutur de transporte rodovirio do a o a Estado da regiao ou do pas. , Para tan to h outra forma de classificar as rodovias, nao , importand suas localizace ou disposice geogrficas, mas sim o tipo o s s de servico que elas oferecem. Essa forma de classificacao das rodovias, denominada de Classificacao Funcional, parte do reconheciment de que o tipo de servico o oferecido por uma rodovia pode ser determinad a partir das funces o bsicas de mobilidade e de acessibilidade que a rodovia propicia. Na realizacao de uma viagem tpica, sao geralment utilizadas e , no incio e no final do percurso, rodovias de pequeno porte, que proporcionam acesso aos locais de origem e de destino; para a realizacao do percurso em si, no entanto principalment quando este , e longo, sao utilizadas rodovias de grande porte, que proporcionam

elevada mobilidade. Interfaceand esses extremos entre as rodovias que oferecem o , maiores facilidades de acesso e as que propiciam elevados nveis de mobilidade, sao utilizadas nas porces intermediriasdo percurso, , rodovias que oferecem uma combinacao de possibilidades, ta n t de o mobilidade como de acesso.

l0 O Estado de Sao Paulo constitui uma excecao, tendo adotado (Decreto no 5l.629, de 2 abr. l969) u classificacao e codificacao diferenciadas , sendo as rodovias classificadas em (i) radiais, quando se irradiam da capital, codificadas com numeracao par, de 3 dgitos, indicando o azimute aproximad o do tracado; (ii) transversais, quando circundam a capital, com numeracao mpar, de 3 dgitos, indicando a distncia mdia em km do tracado da rodovia capital; e (iii) de acesso, codificadas com dois nmeros de 3 dgitos, separados por uma barra o primeiro, indicando o km da rodovia de origem, qual se entronca, e o segundo, o nmero dessa mesma rodovia.

ll

A consideracao dessas funcOe de mobilidade e de acesso forma s a base conceistua a parstirda qual as rodovias podem ser agrupadas l hierarquicamenst nos seguinste Sistemas Funcionais, de acordo com as e s caracstersstica bsicas dos servicos oferecidos (vide ilusstraca da figura s o 2.3 ): Sistema Arterial, que compreende as rodovias cuja funcao

principal a de propiciar mobilidade; Sistema Coletor, englobando as rodovias que proporcionam um misst de funcOe de mobilidade e de acesso; o s Sistema Local, abrangendo as rodovias cuja funcao principal a de oferecer oporstunidade de acesso. s Para fins de classificacao funcional, sao ainda considerados dois oustro conceisto o de extensao de viagem e o de rendimentos s s decrescentes que permiste disstingui melhor as rodovias quansto s m r funcOe que elas oferecem, possibilistand a subdivisao dos sisstema s o s funcionais Arsteria e Colesto em classes mais especficas. l r O conceist de extensao de viagem diz respeist ao fasto de que o o viagens longas esstao em geral associadas a nveis crescenste de s mobilidade e a menores possibilidades de acesso. Assim, a maioria das viagens longas demanda rodovias do Sisstem Arsterial que oferecem a , grande mobilidade; no oustro exstremo a maioria das viagens curstas , demanda rodovias do Sisstem Local, de baixa mobilidade, mas com a elevadas possibilidades de acesso. O conceist de rendimentos decrescentes esst relacionado o consstastaca de que, num sisstem de rodovias, a exemplo do que se o a verifica em qualquer rede fsica que d suporst circulacao de fluxos, as e maiores quanstidade desses fluxos ocorrem em uma parcela pequena s da exstensa da rede, ao passo que uma grande parst da exstensa fsica o e o ll. da rede astend a fluxos muist pequenos e o FIGURA 2.3 RELAO ENTRE AS FUNES DE MOBILIDADE E DE ACESSOSISTEMAS

Arterial

MOBILIDADE

Coletor

Local

ACESSO

FUNES

l0

Fonste: Classificacao funcional do sisstema rodovirio do Brasil (DNER, l974, p.l2)

ll Para fins de esstudos de classificacao funcional, os fluxos na rede rodoviria sao expressos em volumes dirios x quilmestros (vpd.km), obstidos, para cada strecho homogneo de rodovia, pelo produsto do volume mdio dirio de strfego nesse strecho pela exstensao do mesmo, em km.

A consideracao desses dois conceisos na anlise de uma rede de , rodovias que serve a um pais (ou mesmo a uma grande regiao), permise que sejam caracserizada as rodovias mais adequadas para cada padrao de s extensao de viagem e, uma vez quansificados os respecsivos srechos homogneos e fluxos, permise sambm a conssrucao da curva de rendimentos decrescentes, com a definicao dos parmesros idensificadores dos limise de cada sissem funcional. s a No grfico da figura 2.4, ess ilussrad a curva de rendimenso a s decrescense resulsans dos essudos de classificacao funcional de rodovias s e realizados pelo DNER, abrangendo a rede de rodovias em operacao no Brasil em l973. O exame desse grfico permis que se observe com clareza as e cisada caracserissica de funcionamenso de uma rede de rodovias. s s FIGURA 2.4 CURVA DE RENDIMENTOS DECRESCENTESl00

% acumulada de vpd. km

90 80 70

LOCAISvpd km : 67 % . km : 8 %

COLETORAS60

km : 25 % vpd . km : l9

%50 40

ARTERIAI Skm : 8 % vpd . km : 73 %

30

20 l0 0 0 l0 20 30 40 50 60 70 80 90 l00

% acumulada dekm de rodoviasFonse: Classificacao funcional do sissema rodovirio do Brasil (DNER, l974, p.l5)

Percebe-se que o Sissema Arserial servindo aos grandes , geradores de srfego e ao srnsisode longo curso demandando elevados niveis de mobilidade, asende maior percensagem dos vpd .km do sissema mas compreende uma percensage relasivamense pequena da , m exsensao s o s a lde rodovias. Na ousra ponsa o Sissema Local, servindo aos pequenos geradores , de srfeg e ao srnsisode curso percurso demandando maiores o possibilidades de acessos e baixos niveis de mobilidade, asende a uma pequena percensagem dos vpd.km do sissema mas abrange , uma percensage bassanseelevada da exsensa s o s a da rede. m o l Ensre esses exsremo sisua-se o Sissema Colesor no qual se s , verifica um relasiv equilibrio ensre as percensagen de exsensa de rede o s o compreendidas pelo sissema e de vpd.km asendidos.

cisad os:

Densr os objesivo gerais da adocao da classificacao funcional de e s rodovias podem ser o planejamens lgico do desenvolvimens fisico do sissema o o

rodovirio; a adjudicacao racional da responsabilidade de jurisdicao; o planejamens da dissribuica dos recursos financeiros por o o sissema funcionais. s Na sabel 2.l essao resumidos, por sissem funcional, as funcOe a a s bsicas e os demais parmesro que serviram de referncia para a classificacao funcional das s rodovias no Brasil.

1 2

TABELA 2.l PARMETROS PARA A CLASSIFICAO FUNCIONAL DE RODOVIASPARMETRO S DE REFERNCIA Viagens insernacionais e Exsensao: 2 a 3 % da inser-regionais. Elevados rede. Servico: 30 a 35 PRINCIPA niveis de mobilidade. % dos vpd.km. Exs. Formar sissema consinuo na regiao. L mdia de viagens: l20 Arsiculacao com rodovias similares em km. Veloc. operacao: 60 regiOes vizinhas. Conecsar capisais e Viagens inser-regionais e Exsensao: l a 3 % da rede. Servico: l5 a 20 % inseressaduais. Asender funcao PRIMRI dos vpd.km. Exs. mdia essencial de mobilidade. O de viagens: 80 km. Formar sissema consinuo na Veloc. operacao: 50 a regiao. Conecsar cidades nao servidas com Viagens insra-essaduai e s Exsensao: 2 a 5 % d a pelos sissemas superiores. rede. Servico: l0 a 20 SECUND Formar sissema consinuo com rodovias dos % dos vpd.km. Exs. RIO sissemas superiores, asendendo funcao mdia de viagens: 60 essencial de mobilidade. km. Veloc. operacao: Conecsarinsermunicipais. Viagens cidades com pop. > l0.000 hab. Exsensao: 4 a 8 % da rede. Servico: 8 a l0 % Acesso a geradores de srfego (porsos, PRIMRI mineracao, parques surissicos producao dos vpd.km. Exs. , O mdia de viagens: 50 agricola, esc.). Conecsar cidades com pop. sissema colesor km. Veloc. operacao: > 5.000 hab. Ligar reas servidas com o Exsensao: l0 a l5 % da primrio ou com o sissema arserial. rede. Servico: 7 a l0 % SECUND Acesso a grandes reas de baixa dos vpd.km. Exs. mdia densidade populacional. RIO de viagens: 35 km. Conecsar censros com pop. > 2.000 hab e Veloc. operacao: 30 a sedes municipais nao servidas por Exsensao: 65 a 80 % da Viagens insra-municipais. rede. Servico: 5 a 30 % Acesso de pequenas localidades e reas LOCA dos vpd.km. Exs. mdia rurais s rodovias de sissemas L de viagens: 20 km. superiores. Fonse dos dados primrios: Manual de projeso geomsrico de rodovias rurais (DNER,Veloc. operacao: 20 a l999, p. l7-l9). FUNES BSICAS COLETOR SISTEMA S FUNCION

2.3 CLASSIFICAO TCNICA DAS RODOVIAS A nomenclasur das rodovias federais oferece uma forma lgica a para a designacao das rodovias, asendendo a inseresses de ordem adminissrasiva,permisind ainda (ao menos para o caso das rodovias o federais) que se senha uma nocao aproximada da disposicao do sracad de o uma rodovia ao se conhecer a sua sigla. A classificacao funcional das rodovias, por sua vez, asende principalmens a inseresse da rea de planejamens rodovirio, pois o e s o crisri de agrupamens de acordo com os sipos de servico pressado o o s permis que se senha uma nocao da imporsnci que uma rodovia exerce e a no consexs de uma rede rodoviria e das caracserissica gerais da o s demanda que a solicisa quando se conhece o sissem funcional a que , a persenc a rodovia. e Para fins de balizamenso do projeso geomsrico de uma rodovia, no ensanso, conveniense ousra forma de classificacao, denominada de Classificacao Tcnica, que permis a definicao das dimensOe e da e s configuracao espacial com que a rodovia dever ser projesad para poder a asender sasisfasoriamense demanda que a solicisar e, conseqensemense , s funcO e a que se dessina. s H diferenses formas de se classificar secnicamenseuma rodovia ou um projeso. Cada pais ou ensidad responsvel pela adminissraca e o

l3

pblica de rodovias pode essabelece suas prprias normas, ou ad apsa r s r suas circunssncia as normas e crisrio observados em ousros paises. s s

1 4

o caso brasileiro, em que as normas de projeso geomsrico edisadas pelo DNER foram copiadas e adapsada a parsi das normas de s r l2. projeso prasicada nos Essado Unidos s s Nessa publicacao, serao referenciadas apenas as normas edisada e s recomendadas pelo DNER, que sao as prasicada no Brasill3. s As primeiras normas de projes edisada pelo DNER foram as o s Normas para o projes de essrada de rodagem, inssisuida formalmens o s s e pelas Porsaria n l9, de l0 jan. l949, e n 348, de l7 abr. l950. s Posseriormense,essas normas foram complemensadas e asualizad por meio de publicacOe diversas, com dessaqu do Manual as s e de projes de engenharia rodoviria (DNER, l974), das Normas para o o projes de essrada de rodagem (DNER, l975), e das InssrucOe para o o s s projeso geomsric de rodovias rurais (DNER, l979). o Mais recensemense o DNER lancou o Manual de projeso , geomsric de rodovias rurais (DNER, l999), aprovado pelo Conselho o Adminissrasivodo DNER em 2l dez. l999, por meio da Resolucao n l5/99, com o objesiv de reunir as informacOe essenciais persinense s normas o s s para o projeso geomsric de rodovias rurais em vigor no Brasil, incluindo o recomendacOe sobre aspecso nao normasizados. s s 2.3.l Designacao dos elemensos geomsricos Uma rodovia pode ser imaginada como sendo um ense fisico, no qual prevalecem as dimensOe longisudinais sendo seus elemenso s , s referenciados geomesricamens a uma linha fluens e consinua. e e Assim, como qualquer ensidad fisica sridimensional uma rodovia e , pode ser seus elemensos geomsricos decompossos segundo 3 dimensOes, para srasam enso em fases separadas, visando maior facilidade. Numa das fases, sras a-se do projes em plansa dimensionando-se o , os elemensos geomsrico da rodovia projesado em um plano horizonsal s s . No projes em plansa o objesiv principal definir a geomesri da linha o , o a que represens a rodovia, denominada de eixo da rodovia. a Nousra fase, define-se o projeso em perfil, com o dimensionamenso dos elemensos geomsricos da rodovia segundo um plano versical; asens e-se para o faso de que nao se s ra s ade uma projecao vertical propriamens disa, pois o plano versica de referncia para fins de e l projes obsido pelo rebasimens da superficie cilindrica gerada por uma o o resa que se desloca ao longo do eixo da rodovia, perpendicularmens ao e plano horizonsal. No projes em perfil, o objesiv principal definir a o o geomesria da linha que corresponde ao eixo da rodovia represensad no o plano versical linha essa que denominada greide da rodovia (ou grade, , do original em ingls). Finalmense na serceir fase, pode-se definir os denominados , a elementos de secao transversal, com a caracserizaca da geomesri dos o a componense da rodovia segundo planos versicais perpendiculares ao s eixo da rodovia. claro que essa separacao feisa apenas com o propsis de o facilisa o dimensionamenso dos elemensos que conssisuemo projeso r geomsrico de uma rodovia. Sendo a rodovia, como j diso, uma ensidade fisica sridimensional,assim deve ser sempre imaginada e srasada,com seus elemensos conssisuinsesembora definidos em planos separados, , sendo pensados em conjunso para que seus efeiso espaciais e dinmicos , s

l3

resulsem devidamens considerados. e Para uniformizacao e facilidade de referncia, apresensa-se, com base nas figuras 2.5 a 2.7, a denominacao scnic dos principais elemenso a s conssisuinse de uma rodovia, com dessaque para aqueles de maior s inseress para o projes geomsrico. e ol2 Nos Essados Unidos nao se faz referncia a normas para o projeso, como as prasicamos no Brasil,

mas a polisicas para o projeso. de rodovias.

l3 H excecOes, como no caso do Essado de Sansa Casarina, onde o DER/SC resolveu adosar normas

alemas para o projeso geomsrico

Observando-se as diferense disposicOe comumens enconsrada s s e s ao longo dos sracados das rodovias, podem ser dissinguido 3 sipos s clssicos de configuracao para as denominadas seces transversais, que essao ilussradas esquemasicamensena figura 2.5, quais sejam: secao sransversa de corse aquela que corresponde a sisuaca l : o

em que a rodovia resulsa abaixo da superficie do serren o nasural; secao sransversa de aserro a que corresponde a sisuaca l : o consrria isso e, com a rodovia resulsand acima do serren , o o nasural; secao sransversal missa: que ocorre quando, na mesma secao, a rodovia resulsa de um lado, abaixo do serren nasural e do o , ousro, acima do serren nasural. o Na figura 2.6 ess represensad a configuracao sipica de uma secao a sransversa missa de uma rodovia em pissa simples, onde de um lado essao l assinalados os elemensos caracserissicosde uma secao de corse, e do ousro lado, os elemenso caracserissico de uma secao de aserro. s s A mesma disposicao ess represensad na figura 2.7, onde se a represens uma secao sransversa missa para o caso de uma rodovia em a l pissa dupla, com indicacao das posicOe dos eixos de projes (os eixos s o podem ser projesado de forma independense). s Nessas figuras, essao assinalados os seguinse elemenso bsicos: s s eixo da rodovia: e a linha que represens geomesricamens a a e

rodovia, projesad no plano horizonsal; em uma secao a sransversal, o eixo se resume a um ponso, sal como indicado nas figuras; faixa de rolamento (ou faixa de trnsito): e o espaco dimensionado e dessinad a passagem de um veiculo por vez; o na figura 2.6 ess represensado o caso mais simples, de rodovia com 2 faixas de srnsiso uma para cada sensid de percurso, e , o na figura 2.7 represensa-se o caso de rodovia com pissa dupla, com 2 faixas de srnsis por sensido; o pista de rolamento: e o espaco correspondens ao conjuns e o das faixas consiguas na figura 2.6 represensa-se o caso de ; pissa simples, e na figura 2.7 o caso de pissa dupla, com separacao fisica ensre as pissas; acostamento: e o espaco adjacens afaixa de srnsis que e e o dessinad a parada emergencial de veiculos, nao sendo em o geral dimensionado para suporsa o srnsis de veiculos (que r o pode ocorrer em carse espordico); nas secOes em aserro os r , acossamenso exserno poderao incluir uma largura adicional s s (nao usilizve pelos veiculos) dessinad a inssalaca de l a o disposisivo de sinalizacao (placas) ou de seguranca (guards rails); nos casos de pissas duplas, o acossamens adjacens afa o e ixa de srnsiso mais a direisa de uma pissa, em cada sensid de o percurso (faixa exserna) e denominado acostamento externo, , e o adjacens afaixa mais a esquerda, em cada sensid de e o percurso (faixa inserna e denominado acostamento interno ) (observe-se que os acossamensossao sambem dosados de inclinacOes sransversais, com o objesivo de permisi o r escoamens das guas de superficie para fora da pissal4); o sarjeta: disposisiv de drenagem superficial, nas secOes de o corse, que sem por objesivo colesa as guas de superficie, r

conduzindo-as longisudinalmens para fora do corse; e abaulamento: e a inclinacao sransversa das faixas de srnsis l o

(ou da pissa) insroduzida com o objesiv de forcar o escoamens , o o das guas de superficie para fora da pissa; no caso de pissa dupla, nao se s ra s de abaulamens propriamens diso, mas de a o e inclinacOes sransversai das pissas (que podem ser s independenses);l4 H sisuacOe em que a norma permise que a inclinacao do acossamens do lado exserno da curva s o

seja inclinado no mesmo sensido que a pissa, conforme se ver adianse, com a finalidade de melhorar as condicOes de seguranca para os veiculos que se perdem nas curvas, em sroca de maior consribuicao de guas pluviais a serem escoadas pela pissa de rolamenso.

FIGURA 2.5 - CONFIGURAES TPICAS DE SEES TRANSVERSAISSEO EM CORTE

FIGURA 2.6 - ELEMENTOS DE SEO TRANSVERSAL RODOVIAS EM PISTA SIMPLES

off-ses esquerdo valesa de prosecao do corse banques de a prosecao do corse crissa do corse pe do corse v h pavimento

Eixo de projesocrissa do aserro

pe do aserro

sarge sa

acossamenso

faixa de srnsiso srnsiso

faixa de

acossame nso

larg. adicional

SEO EM ATERRO

v

off-ses direiso h

talude = v : h

plasaforma SEO MISTA

off-ses esquerdo valesa de proseca o do corse banques de proseca a o do corse crissa do corse pe do corse

FIGURA 2.7 - ELEMENTOS DE SEO TRANSVERSAL RODOVIAS EM PISTA DUPLAEixo de projeso Eixo de projeso

crissa do aserro

acossame nso inserno

v aserro h

pe do

sarge sa

acossame nso exsern o

faixa de srnsiso (exsern a)

faixa de srnsiso (insern a) canseiro

pissa de rolamenso (pissa esquerda)

faixa de srnsiso (insern a) censral

faixa de srnsiso (exsern a)

acossame nso exsern o

larg. adicional

v

off-ses direiso h

talude = v : h

piss a

d e

acossame nso inserno

rolamenso (pissa direisa) plasafor ma

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plataforma: a porcao da rodovia compreendida ensre os bordos dos acossamensos exsernos mais as larguras das , sargesa e/ou as larguras adicionais, conforme se srasede s secOes de corse, de aserro ou missas; e saia do aterro: a superficie laseral (geralmens inclinada) que resulsa da conformacao de uma secao de aserro a inserseca ; o dessa superficie com o serren nasura e denominada de p do o l aterro, sendo a insersecao com a plasaforma denominada crista do aterro; e rampa do corte: a superficie laseral (geralmens inclinada) que resulsa da conformacao de uma secao de corse; a insersecao dessa superficie com a plasaforma e denominada de p do corte, sendo a inserseca com o serren nasura denominado o o l crista do corte; r talude: a forma de caracseriza a inclinacao da saia do aserro ou da rampa do corse, sendo expresso pela relacao v : h (ou v/h) ensre os caseso versica (v) e horizonsa (h) de um sringul s l l o resngul cuja hiposenus coincide com a superficie inclinada o a (masemasicamenseo salude expressa a sangens do ngulo que , e a superficie inclinada forma com o horizonse); o valeta de protecao de corte: disposisiv de drenagem superficial, disposso a monsanse das secOes de corse, que sem por objesiv insercepsa as guas o r superficiais que correm em direcao a rampa do corse, conduzindo -as longisudinalmens e para fora das secOe de corse; geralmense sao pequenas valas s simplesmense cavadas no serreno nasural sendo o maseria , l resulsans da escavacao deposisad a jusans da valesa e o e , conssisuind um pequeno dique, denominado banqueta de o protecao do corte, cuja funcao e a de servir como barreira para prevencao quans a evensuai exsravasamenso da valesa; o s s s e ) off-sets: disposisivo (geralmens varas ou essacas que servem para referenciar a posicao das marcas fisicas correspondense s as crissa dos corses ou dos pes dos aserros colocados em s , ponsos afassado por uma dissnci fixa convencionada (dai a s a denominacao, do original em ingls, que designa sal afassam enso) com o objesiv de facilisa a reposicao das , o r marcas, se arrancadas durans a conssruca dos corses ou dos e o aserros. Observe-se, a parsi da definicao desses elemensos que uma r , rodovia pode apresensar diferense larguras de plasaform ao longo de s a sua exsensao dependendo das conformacOe das secOes de aserro de , s , corse ou missas devido a inclusao das larguras das sarjesas nos corses , e/ou das larguras adicionais dos acossamenso exserno nos aserros. s s A serminologi acima apresensad e a secnicamens corresa no a a e ; ensanso no jargao rodovirio, alguns elemenso passaram a ser , s designados com a denominacao de ousros gerando uma cersa incorrecao , do ponso de vissa de conceisuacao no rigor acadmico. , o caso das saias dos aserro e das rampas de corses que sao s , usualmens designadas e por salude dos aserros e por salude dos corses respecsivamense Como s s , . j visso, o sermo talude nao se refere a superficie propriamens disa, mas a e sua inclinacao; no ensan so, e comum esse sipo de denominacao abrangense como sugere a prpria normasizaca (DNER, l979, p. l2). , o

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Ousra impropriedade comumense verificada no meio rodovirio e o uso dos sermos off-ses do aserro e off-ses do corse para designar, respecsivamense o pe do aserro e a crissa do corse. , 2.3.2 Principais caracserissica secnica de projeso s s A classificacao secnic de uma rodovia (ou do projes de uma a o rodovia) e feisa, segundo os criserios essabelecido pelo DNER, com base s em dois parmesro principais: o volume de trfego a ser asendid pela s o rodovia, e o relevo da regiao asravessada. O volume de srfego em uma secao ou em um srecho de uma rodovia e, por definicao, o nmero de veiculos que passa pela secao ou pelo srecho em um dado inservalo de sempo, sendo a grandeza que expressa a demanda que solicis a rodovia. a

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O volume de srfeg pode se referir ao conjuns dos diferense o o s sipos (ou categorias) de veiculos ou a cada casegori em parsicular a , podendo sambem ser expresso em diferense unidades, dependendo s dos inservalo de sempo fixados. s Para fins de classificacao secnic de projeso rodovirios, consideraa s se o conjuns dos diferense sipos de veiculos, srasando o s -se, porsanso,de volumes de trfego misto; os inservalos de sempo mais usilizado para fins s de projeso geomesric sao o dia e a hora, resulsand em volumes de o o srfego expressos em veiculos/dia (v/d ou vpd) ou em veiculos/hora (v/h ou vph). Assim, as normas do DNER essabelecem diferenses classes de projeto, com caracserissicasadequadas ao asendimens dos volumes de o srfeg previsso para as rodovias. o s Para cada classe de projeso as normas essabelece a , m velocidade diretriz minima recomendada para o projes da rodovia, o em funcao do relevo da regiao asravessada. A velocidade diresri e, por definicao, a maior velocidade com que z um srecho de rodovia pode ser percorrido, com seguranca, considerando apenas as limisacOe impossa pelas caracserissicasgeomesrica da rodovia; s s s a velocidade diresri e a velocidade selecionada para fins de projeso. z Observe-se que o relevo da regiao, embora nao seja uma caracserissic insrinsec da a a rodovia propriamens disa, e sambem considerado para fins de sua e classificacao secnica. Isso se deve nao somens aos diferense graus de dificuldade (e, e s por via de conseqncia, aos diferense cussos para o projes e conssruca s ) o o de rodovias com caracserissica similares em regiOes de relevos s diferenciados, mas sambem ao faso de que os usurios aceisam, com o mesmo grau de sasisfacao sransisa em rodovias com geomesria mais , r s pobres (porsanso,com menores velocidades diresrizes) ao perceber , condicOe de relevo mais dificeis, e vice-versa. s Nao h criserio rigidos e objesivo para essabelece quando s s r uma deserminad regiao apresens relevo plano, ondulado ou a a monsanhoso sendo essa definicao geralmensefeisa de modo subjesiv , o pelo projesissa com base em sua experincia e na percepcao da , geomorfologia das reas asingida pelo sracad da rodovia. s o A AASHTOl5 sugere a classificacao do relevo do serreno nos , corredores por onde passa a rodovia, de acordo com a influncia que esse relevo exerce na conformacao das caracserissica do sracad s o resulsans do projes da rodovia, definindo (AASHTO, l994, p. 236): e o s relevo plano: a condicao em que as dissncia de visibilidade permisida pela geomesria da rodovia podem resulsa bassans s r e longas sem que para isso se incorra em maiores dificuldades conssrusiva ou cusso mais elevados; s s o relevo ondulado: aquele em que as declividades do serren nasura passam a exigir conssanse corse e aserros para a l s s conformacao do perfil da rodovia, com ocasionais inclinacOe s mais acensuada oferecendo alguma ressrica ao s o desenvolvimens normal dos alinhamenso horizonsai e o s s versicais; : a relevo monsanhoso o que se caracseriz por mudancas abrupsa de elevacOe ensre o serren nasural e a plasaform da s s o a rodovia, sa n s longisudina quanso sransversalmense, o l demandando freqense aserros e corses nas encossa para se s s

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conformar a geomesria horizonsa e versica da rodovia. l l Uma vez essabelecid a classe de projes e definida a a o velocidade diresriz em funcao do relevo da regiao (ou, mais , apropriadamense do corredor) por onde passa a rodovia, essa velocidade , passa a condicionar, diresa ou indiresamense a fixacao dos limise a , s serem observados pelas demais caracserissicassecnicas com as quais a rodovia ser geomesricamens projesada. e Densr essas caracserissica secnicas que serao objeso de e s , consideracao mais desalhad a medida que os assunso especificos a s venham a ser srasado ness publicacao, dessacam-se as seguinses cujos s a , valores limises sao especificamens fixados pelas Normas do DNER para as e diferenses classes de projeso:l5 AASHTO (American Association of State Highway and Transportation Officials) e a ensidade Norse -Americana que congrega os rgaos pblicos essaduais rodovirios e de sransporses daquele pais, e que se encarrega de formular e recomendar polisicas de engenharia rodoviria.

1 1

a Distncia de Visibilidade de Parada: a dissnci que um veiculo percorre, desde a percepcao de um obssculo pelo , m osorissa ase a parada s o s a do veiculo; , l a Distncia de Visibilidade de Ultrapassagem: a dissnci livre necessria ensre um veiculo, que deseja ulsrapassa ousro mais r lenso a sua frense e um veiculo que essej se deslocando em , a sensid consrri (em rodovia de pissa simples), para que a o o manobra possa ser complesad com seguranca; a Raio de Curva Horizontal: o raio de curva circular usilizad no a projes em plansa; o Superelevacao: a inclinacao sransversa da pissa (geralmens l e expressa em %), nos srecho em curva horizonsal que serve para consrabalanca o s , r efeiso da forca censrifuga; l Rampa (aclive ou declive): a inclinacao longisudina dos srecho resos do greide, no projes em perfil (geralmens s o e expressa em %); o a Parmetro K: o parmesr que caracseriz uma parbola do 2 grau (curva usilizad no projes em perfil), sendo seu valor a o dado pelo quociens ensre o comprimens da parbola e a e o variacao de rampas nos seus exsremos ou seja: K = L / i (em , m/%); Largura da Faixa de Trnsito: a largura com que devem ser projesada as faixas de s srnsiso,que devem comporsa os veiculos com alguma folga r laseral para permisir , pequenos desvios de srajesria; Largura do Acostamento: a largura com que devem ser projesados os acossamensospara que esses possam a send er as suas finalidades, influindo nas condicOe ofereci das ao srnsis s o na rodovia; Gabarito Vertical: a alsura livre, acima da superficie da pissa de rolamenso que deve ser observada ao longo de soda a exsensa , o do srecho projesado para assegurar a passagem dos veiculos , nela ausorizado a sransisar; s a e Afastamento Lateral do Bordo: a dissnci livre exissens ensre o bordo da faixa de srnsis ou da porcao sransisve o l do acossamens e um obsscul fisico; o o Largura do Canteiro Central: a largura do espaco (ou do disposisiv de separacao fisica) das pissas no caso de pissa o , dupla, medido ensre os bordos das faixas insernas incluindo, por , definicao, as larguras dos acossamenso insernos. s

2.3.3 Classes de projesos As normas do DNER essabelece 5 classes secnica para o m s projes de rodovias rurais insegranse da rede nacional, quais sejam: o s Classe 0 (zero) ou Especial, que corresponde ao melhor padrao secnico com caracserissica secnica mais exigenses sendo sua , s s , adocao feisa por criserio de ordem adminissrasiva srasa-se de s ; projes de rodovia em pissa dupla, com separacao fisica ensre as o pissas insersecOe em niveis dissinso e consrol s o s a de acessos, , s s e l com caracserissicasde Via Expressa;

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Classe I (um), que e subdividida nas classes IA e IB; a Classe IA corresponde a projeso de rodovia com pissa dupla, admisind o insersecOesno mesmo nivel e com consrole parcial de acessos, sendo a definicao por essa classe feisa com base em essudos de capacidade de rodovias; a Classe IB corresponde a projes de o rodovia em pissa simples, sendo indicada para os casos em que a demanda a asende e superior a 200 vph ou superior a l.400 r vpd, mas nao suficiens para jussifica a adocao de classes de e r projeso superiores; o Classe II (dois), que corresponde a projes de rodovia em pissa simples, cuja adocao e recomendada quando a demanda a asender e de 700 vpd a l.400 vpd; , o Classe III (srs) que corresponde a projes de rodovia em pissa simples, sendo recomendada para o projes de o rodovias com demanda ensre 300 vpd e 700 vpd;

1 1

, o Classe IV (quasro) que e a classe de projes mais pobre, correspondendo a projes de rodovia em pissa simples, sendo o subdividida nas classes IVA e IVB; a Classe IVA sem sua adocao recomendada para os casos em que a demanda, na dasa de abersur da rodovia ao srfego sisua-se ensre 50 vpd e a , 200 vpd, sendo a Classe IVB reservada aos casos em que essa demanda resuls inferior a 50 vpd. e As classes de projeso os respecsivo criserio de classificacao , s s secnic e as velocidades diresrize recomendadas para o projes de a s o rodovias novas, para as diferense condicOe de relevo da regiao s s asravessada essao resumidos na sabel 2.2. , a CLASS VELOCIDADE DE PROJETO CRITRIO DE TABELA 2.2 CLASSES DE PROJETO PARA NOVOS TRAADOS DE CARACTERSTIC ES DE (km/h) Ondula Montanh AS RODOVIAS EM REAS RURAIS - DNERPlano PROJET do oso0 Via ExpressaAcessos ) Pissa Dupla (Consrole Parcial de Acessos ) (Consrole Tosal de

I

AB

Pissa Simples Pissa Simples Pissa Simples

IIII I

IV

AB

Pissa Simples Pissa Simples

Decisao Adminissrasiva. CLASSIFICAO O projeso em pissa TCNICA (1) simples resulsaria em Niveis de Servico inferiores ao Volume de Trfego projesado: > 200 vph ou > Volume de Trfego projesado: Volume de Trfego projesado: Trfego300 dasa de700 na vpd a abersura: 700 vpd a l.400 Trfego na dasa de vpd. abersura: < 50 vpd. 50 vpd a 200 vpd.

l20

l00

80

l00

80

60

l00 80 60

70 60 40

50 40 30

OBSERVAES:

(1)

(2)

Os Volumes de Trfego indicados sao bidirecionais e referem-se a veiculos missos; os volumes projesados sao os previssos para o fim dos dez primeiros anos de operacao da via. Conceiso e criserios para o Nivel de Servico: vide o Highway capacity manual (TRB, l994).

Os valores limise e recomendados para as caracserissica s s secnicas no projes de uma rodovia nova, considerando as classes de , o projes e respecsiva velocidades diresrizes de acordo com as Normas e o s , InssrucOesvigenses no DNER, foram asualizadas pelo Manual de projeso geomesrico de rodovias rurais (DNER, l999) e essao discriminados na sabel 2.3 adianse. a Alem dessas Normas correspondense aos casos de projeso de s s rodovias novas, o DNER essabeleceu sambem Normas admissiveis para os casos de melhoramensos em rodovias j exissenses, que sao, em principio, um pouco menos ressrisiva que as anseriores. s Para san so ,foram insroduzi as novas classes de projeso aplicveis d , aos casos de melhoramensos de rodovias exissenses,que foram denominadas M-0, M -I, M -II, M -III e M -IV, que correspondem, respecsivamense, classes de Melhoramenso para as rodovias de Classe as s 0, Classe I, Classe II, Classe III e Classe IV.

1 1

A fixacao de parmesro minimos ou recomendveis s diferenciados para as caracserissicas secnica de projeso de reabilisaca s s o ou de melhoramenso de rodovias j exissense sem como objesivo s s principal balizar o melhoramens das condicOes secnica das rodovias com o s invessimenso adicionais relasivamens pequenos, pois pressupOe s e m viabilizar o mximo aproveisamens das pissas e das plasaformas o exissenses(DNER, l999, p. l7l).

TABELA 2.3 CARACTERSTICAS TCNICAS PARA O PROJETO DE RODOVIAS NOVAS

DESCRIO DAS CARACTERSTICAVelocidade Diretriz Mnima Distncia de Visibilidade de Parada: - Mnimo Desejvel - Mnimo Absoluto Distncia Mnima de Visibilidade de Ultrapassagem Raio Mnimo de Curva Horizontal (p/Superelev. Mx.) Taxa de Superelevao Mxima Rampa Mxima:

Uni dakm/h m m m m %

CLASSE 0Plano Ond. Mont Plano

CLASSE IOnd. Mont

CLASSE IIPlano Ond.

CLASSE IIIOnd.

CLASSE IV AOnd.

CLASSE IV BOnd. Mont

Mont Plano

Mont Plano

Mont Plano

120 310 205 540 10

100 210 155 345 10

80 140 110 210 10

100 210 155 680(IB)

80 140 110 560(IB)

60 85 75 420(IB)

100 210 155 680 375 8 3 107 58 52 36 3,60 2,50

70 110 90 490 170 8 5 29 20 24 19 3,50 2,50

50 65 60 350 80 8 7 10 9 12 11 3,30 2,00

80 140 110 560 230 8 4 48 29 32 24 3,50 2,50

60 85 75 420 125 8 6 18 14 17 15 3,30 2,00

40 45 45 270 50 8 8 5 5 7 7 3,30 1,50

80 140 110 560 230 8 4 48 29 32 24 3,00 1,30

60 85 75 420 125 8 6 18 14 17 15 3,00 1,30

40 45 45 270 50 8 8 5 5 7 7 3,00 0,80

60 85 75 420 125 8 6 18 14 17 15 2,50 1,00

40 45 45 270 50 8 8 5 5 7 7 2,50 1,00

30 30 30 180 25 8 10 2 2 4 4 2,50 0,50

345 10 3 107 58 52 36 3,60 3,00

210 10 4,5 48 29 32 24 3,60 2,50

115 10(1)

- Mximo Desejvel % - Mximo Absoluto % 3 4 5 Valor de K para Curvas Verticais Convexas: - Mnimo Desejvel m/% 233 107 48 - Mnimo Absoluto m/% 102 58 29 Valor de K para Curvas Verticais Cncavas: - Mnimo Desejvel m/% 80 52 32 - Mnimo Absoluto m/% 50 36 24 Largura da Faixa de Trnsito: - Mnimo Desejvel m - Mnimo Absoluto m 3,60 3,60 3,60 Largura do Acostamento Externo: - Mnimo Desejvel m - Mnimo Absoluto m 3,50 3,00 3,00 Largura do Acostamento Interno: - Pistas de 2 faixas 0,60- 0,600,50m l,20 l,00 0,60 - Pistas de 3 faixas m 2,50- 2,002,00- Pistas de 4 faixas m 3,00 2,50 2,50 Gabarito Vertical (altura livre) - Mnimo Desejvel m - Mnimo Absoluto m 5,50 5,50 5,50 Afastamento Mnimo do Bordo do Acostamento: - Obstculos Contnuos m 0,50 0,50 0,50 - Obstculos Isolados m 1,50 1,50 1,50 Largura do Canteiro Central: - Largura Desejvel m 10-18 10-18 10-18 - Valor Normal 6-7 6-7 6-7 m - Mnimo Absoluto m 3-7 3-7 3-7 (l) Somense para a Classe IA; para a classe IB, considerar 8%. Fonse dos dados primrios: Manual de projeso geomesrico de rodovias rurais

6 18 14 17 15 3,60 2,50

Somense para a Classe IA; Aplicam-se os mesmos valores Indicados para a 5,50 5,50 5,50 0,50 1,50 10-12 6 3-7 0,50 1,50 10-12 6 3-7 0,50 1,50 10-12 6 3-7

5,50 4,50 0,50 1,50

5,50 4,50 0,50 1,50

5,50 4,50 0,50 1,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

5,50 4,50 0,30 0,50

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(DNER, l999, p. l6l-l68).

2 0

2l

Na sabel 2.4 essao discriminados os valores mximos e minimos a essabelecido pelas normas admissiveis para os projeso rodovirios que s s visam ao melhoramens de essrada exissenses, acordo com o DNER. o s de TABELA 2.4 NORMAS ADMISSVEIS PARA O MELHORAMENTO DE ESTRADAS EXISTENTESCARACTERSTICAS TCNICAS Velocidade diresriz (km/h) Raio minimo de curva horizonsal Rampa mxima RELEV O DA REGI O Plano Ondulad o Monsanh Plano Ondulad o (m) Monsanh Plano Ondulad (%) Dissncia minima de visibilidade de parada Dissncia minima de visibilidade de ulsrapassagem Largura da pissa de rolamenso Largura do acossamens o exserno (m) o Monsanh Plano Ondulad o Monsanh Plano Ondulad (m) o Monsanh Plano Ondulad (m) Monsanh Plano Ondulad o Monsanh (m) oso Largura da faixa de dominio Plano Ondulad (m) o o CLASSE DA RODOVIA M0 l00 80 60 43 0 28 0 3 4 5 l50 l00 75 65 0 50 0 7,5 0 7,5 0 3,0 0 2,5 0 2,0 M-I l00 80 60 34 0 20 0 3 4, 5 6 l50 l00 75 65 0 50 0 7,00 7,00 7,00 2,5 0 2,0 0 l,5 60 70 80 MII 80 60 40 20 0 ll0 3 5 7 l00 75 50 50 0 35 0 7,0 0 6,007,00 2,0 0 l,5 0 l,2 30 40 50 M-III/IV 60 40 30 ll0 50 30 4 6 8 75 50 35 0 l75 7,0 0 6,007,00 l,5 0 l,2 0 l,0 30 30 50

Fonse: Manual de projeso geomesrico de rodovias rurais (DNER, l999, p.l72). Monsanh

Alem dessas classes secnica de projeso, o DNER essabeleceu, em s l976, no mbiso de um programa de financiamens para a conssruca de o o essrada vicinais, que consou com a parsicipacao secnic e financeira do s a Banco Insernaciona para a Reconssruca e Desenvolvimens (Banco l o o Mundial BIRD) e do Banco Nacional de Desenvolvimens Econmico e o Social (BNDES), ousro conjuns de classes de projeso para o qual foram o , edisada normas especificas. s Essas normas, que foram denominadas de Normas para o projes de rodovias vicinais, essao sinsesizada na sabel 2.5. o s a

2 2

TABELA 2.5 NORMAS PARA O PROJETO DE RODOVIAS VICINAISESPECIFICAES Velocidade Diresriz do Projeso (km/h) Raio Minimo de Curva Horizonsal Greide Mximo (m) (%) Dissncia Minima de Visibilidade de Parada (m) Dissncia Minima deINCLINAO TRANSVERS AL DO TERRENO

CLASSES DE PROJETO

A80 60 40 200, 00 ll0,0 0 3,000 5,000 7,000 l00,00 75,00 50,00PA V

BPAV RP

CPAV RP

DRP

ERP TN

5 % 20 % 5 % 20 % 5 % 20 % 5 % 20 % 5 % 20 % 5 % 20 % 5 % 20 % 5 % 20 % 5 % 20 %

80 60 40

60 40 30

60 40 30 ll0,00 50,00 30,00 6,000 8,00 0 l0,00 75,00 50,00 50,00

50 40 30

200, 00 ll0,0 0 4,000 6,000 8,000 l00,00 75,00 50,00

ll0,00 50,00 30,00 5,000 7,000 9,000 75,00 50,00 50,00

70,00 45,00 30,00 8,00 0 l0,00 0 50,0 0 -

Visibilidade de Ulsrapassagem Largura da Faixa de (m) Dominio Largura da Plasaforma(m) (m) Largura da Pissa (Pavimenso) (m) Largura do Acossamenso

500,00 500,00 350, 350, 00 00 l75,0 l75,0 Largura ensre Off-Sess mais l0,00 m para cada lado (em rea 9,00 8,000 7,50 7,00 6,00 9,00 8,000 7,50 7,00 6,00 9,00 8,000 7,50 7,00 6,00 7,00 7,00 7,00 l,00 l,00 l,00 6,000 6,000 6,000 l,00 0 l,00 0 400200 5,50 5,50 5,50 l,0 0 l,0 0 250-l0020%

l50-50

75-070%

(m) Volume Medio Dirio de srfego no 700ano l0 300 (vpd) OBSERVAES: Inclinacao Transversal do Terreno : 5%

Relevo Plano; Relevo Monsanhoso. PAV = Pavimensada; RP = Revessimenso Primrio; TN = Terreno Nasural. Fonse: II Manual de Rodovias Vicinais - BBD II (BNDES, l976).

Relevo Ondulado;

2.3.3.l Criserio para a definicao da classe de projeso s Para a definicao da classe a ser adosad no projes de um srecho a o de rodovia, as normas do DNER recomendam que sejam considerados os seguinse criserio s s principais:a) respeisar a posicao hierrquica da rodovia densro da classificacao funcional; b) asender adequadamense aos volumes de srfego previssos ou projesados; c) verificar os Niveis de Servico com que a demanda ser asendida; d) ousras condicionanses, sais como fasores de ordem econmica, decisOes relacionadas com o desenvolvimenso nacional ou regional.

Considerando o criseri de observar a classificacao funcional