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22/05/2015 1 Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida 1 Curso de Arquitetura e Urbanismo Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1 AULA | 09 A ordem e a composição da forma arquitetônica Sensação de movimento. Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida 2 Curso de Arquitetura e Urbanismo Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1 PERCEPÇÃO VISUAL Nós estudamos a percepção visual para compreendermos: Por que algumas formas agradam e outras não? Que fatores são determinantes para a legibilidade do que vemos e como usar estes fatores de maneira a conseguir uma comunicação satisfatória do que queremos transmitir? teoria da percepção que possibilitou a compreensão da maneira como se ordenam ou se estruturam, no nosso cérebro, as formas que percebemos. Estas perguntas começaram a ser respondidas de forma mais objetiva nos estudos realizados por uma escola alemã de psicologia experimental, em 1910 - Escola da Gestalt. Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida 3 Curso de Arquitetura e Urbanismo Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1 Fatores de Coerência formal ou de composição (REIS, 2002:17) Existem evidências sobre a necessidade de ordem para o ser humano, a qual está associada ao funcionamento orgânico adequado nos níveis fisiológicos e psicológicos. A percepção de ordem na composição da forma arquitetônica, que implica percepção de unidade e de uma estrutura na organização dos elementos compositivos, provoca uma reação satisfatória ao estimulo e é condição para uma percepção apropriada da forma. Segundo Ching (2005): “A ordem se refere não apenas à regularidade geométrica, mas sim uma condição em que cada parte de um todo está apropriadamente disposta com referência a outras partes e ao seu propósito, de modo a produzir um arranjo harmonioso” (CHING, 2005, p.320). Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida 4 Curso de Arquitetura e Urbanismo Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1 Fatores de Coerência formal ou de composição (REIS, 2002:17) A forma arquitetônica necessita ser inteligível aos sentidos e possuir, em si mesma, um tipo de ordem que possa ser compreendida dentro dos parâmetros biológicos da percepção humana. Embora o processo total de percepção da composição da forma arquitetônica envolva também um processo de aprendizado de conceitos, e seja direcionado por aspectos da personalidade, da experiência prévia e da cultura o próprio processo fisiológico de organização perceptiva é autônomo e independente de tais influências. No processo de percepção visual, o olho seleciona e combina elementos, procura a forma mais simples e tenta integrar os vários elementos do campo visual em unidades reduzidas. Portanto, os princípios formais ou de composição seriam válidos em diferentes contextos culturais e temporais, com evidencias da psicologia da Gestalt, baseados na percepção visual estruturada nas características neurológicas dos indivíduos. Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida 5 Curso de Arquitetura e Urbanismo Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1 Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida 6 Curso de Arquitetura e Urbanismo Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1

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AULA | 09

A ordem e a composição da forma arquitetônica

Sensação de movimento.

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Curso de Arquitetura e Urbanismo ● Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo ● Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1

PERCEPÇÃO VISUAL Nós estudamos a percepção visual para compreendermos:

• Por que algumas formas agradam e outras não?

• Que fatores são determinantes para a legibilidade do que vemos e como usar estes fatores de maneira a conseguir uma comunicação satisfatória do

que queremos transmitir?

teoria da percepção que possibilitou a

compreensão da maneira como se

ordenam ou se estruturam, no nosso

cérebro, as formas que percebemos.

Estas perguntas começaram a ser respondidas de forma mais objetiva nos

estudos realizados por uma escola alemã de psicologia experimental, em 1910 - Escola da Gestalt.

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Fatores de Coerência formal ou de composição (REIS, 2002:17)

Existem evidências sobre a necessidade de ordem para o ser humano, a qual

está associada ao funcionamento orgânico adequado nos níveis fisiológicos e

psicológicos.

A percepção de ordem na composição da forma arquitetônica, que implica percepção de unidade e de uma estrutura na organização dos elementos

compositivos, provoca uma reação satisfatória ao estimulo e é condição para uma percepção apropriada da forma.

Segundo Ching (2005):

“A ordem se refere não apenas à regularidade geométrica, mas sim uma

condição em que cada parte de um todo está apropriadamente disposta com

referência a outras partes e ao seu propósito, de modo a produzir um arranjo

harmonioso” (CHING, 2005, p.320).

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Fatores de Coerência formal ou de composição (REIS, 2002:17)

A forma arquitetônica necessita ser inteligível aos sentidos e possuir, em si mesma, um tipo de ordem que possa ser compreendida dentro dos

parâmetros biológicos da percepção humana.

Embora o processo total de percepção da composição da forma arquitetônica envolva também um processo de aprendizado de conceitos, e

seja direcionado por aspectos da personalidade, da experiência prévia e da cultura – o próprio processo fisiológico de organização perceptiva é

autônomo e independente de tais influências.

No processo de percepção visual,

o olho seleciona e combina

elementos, procura a forma mais

simples e tenta integrar os vários

elementos do campo visual em

unidades reduzidas.

Portanto, os princípios formais ou de composição seriam válidos em

diferentes contextos culturais e temporais, com evidencias da

psicologia da Gestalt, baseados na

percepção visual estruturada nas

características neurológicas dos indivíduos.

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Em nosso estudo, os conceitos relativos à composição da forma arquitetônica são definidos com base nos trabalhos de Ching (2005), Reis (2002) e nas leis

da Gestalt.

Princípios de ordem (Ching, 2005):

Eixo

Simetria

Hierarquia

Dado

Ritmo / Repetição

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Fatores de Unificação dos Elementos (REIS, 2002:21)

Estes fatores unificam os elementos arquitetônicos em grupos e caracterizam grupamentos por proximidade, similaridade, fundo comum

e dado.

As razoes pelas quais os grupamentos são percebidos explicam-se através da psicologia da Gestalt, que formulou princípios de organização perceptiva

baseados em estudos empíricos e neurofisiológicos.

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Grupamento por proximidade (REIS, 2002:23)

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Grupamento por proximidade (REIS, 2002:23)

Objetiva formar grupos de elementos arquitetônicos [ex.

janelas] de acordo com o efeito visual desejado na fachada e no

volume.

Casa de Rembrandt, em Amesterdam

http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Rembrandt. Acessado em 27nov.2013

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Grupamento por similaridade (REIS, 2002:25)

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Grupamento por similaridade (REIS, 2002:25)

Podem ocorrer devido a semelhança de

cor, textura, forma geométrica, tamanho.

Objetiva formar grupos de elementos

arquitetônicos [ex. janelas] de acordo com o efeito visual desejado na fachada

e no volume.

Implicações funcionais e formais.

Sobrado Mar de Espanha

http://www.asminasgerais.com.br/Zona%20da

%20Mata/Biblioteca/Paisagem/Fazendas%20A

ntigas/1113001006%20Sobrado%20Mar%20E

spanha.JPG. Acessado 27 nov. 2013

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Grupamento por fundo comum (REIS, 2002:29)

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Grupamento por fundo comum (REIS, 2002:29)

Os fundos ou campos são definidos por diferentes cores

e/ou texturas num mesmo plano.

O que está incluído num fundo é diferenciado do que está fora de

tal fundo, mesmo que os

elementos dentro do fundo sejam

heterogêneos.

Haverá uma compartimentação da fachada em dois ou mais

fundos.

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Grupamento por Dado (CHING, 2005)

Uma reta, um plano ou volume que, por sua continuidade e regularidade, servem para reunir,

medir e organizar o padrão de formas e espaços.

Uma reta pode atravessar ou formar uma aresta comum para o padrão, observe

que não se refere a uma composição simétrica,

enquanto uma malha de retas pode formar um campo neutro e unificador para o

padrão.

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Dado (CHING, 2005:346)

Um plano pode reunir o padrão de elementos abaixo dele

ou servir como um pano de fundo abrangente para os elementos e emoldurá-los em seu campo.

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Dado (CHING, 2005:346)

Um plano pode reunir o padrão de elementos abaixo dele

ou servir como um pano de fundo abrangente para os

elementos e emoldurá-los em seu campo.

Arcadas unificam as fachadas dos edifícios

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Dado (CHING, 2005:346)

Um volume pode acolher

o padrão de elementos dentro de suas fronteiras ou

organizá-los ao longo do seu perímetro.

Pavilhão americano da exposição de Montreal, 1967

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Fatores Determinantes da Regularidade

na relação entre Elementos (REIS, 2002:35)

Estes fatores determinam o tipo de relação quanto à regularidade entre os

elementos arquitetônicos e são categorizados como: ritmo, continuidade e

hierarquia .

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RITMO / REPETIÇAO

Um movimento unificador caracterizado por uma repetição ou alternação

padronizadas de elementos ou motivos formais na mesma forma ou em uma forma modificada (CHING, 2005:321).

Objetiva a formação de uma direção através da repetição alternada de dois

ou mais elementos arquitetônicos diferentes [ex. uma coluna e uma abertura], conferindo um certo dinamismo à fachada e volume (REIS, 2002:39).

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RITMO

Constante, regular ou uniforme – 2 ou mais elementos são repetidos de modo constante.

Partenon, Atenas, sec. V a.C. Disponível em:

<http://1.bp.blogspot.com/_JcAUz9s_p8g/TAggsfydzhI/AAAAAAAAOjA/1zggd5Oi

S-4/s1600/partenon_perspectiva.jpg >.Acesso em: 02 dez. 2012.

Planta Partenon,

Atenas, sec. V a.C.

Disponível em: <

http://www.xtec.cat/~jarri

mad/grecia/partenon%20

planta.png >.Acesso em:

02 dez. 2012.

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RITMO

Irregular – 2 ou mais elementos são repetidos com alteração de alguma de suas características tais como forma, tamanho, orientação ou distancia.

Sede Mondadori Disponível em:

http://www.rappresentazione.it/?p

age_id=5737. Acesso em: 27

nov.2013.

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RITMO

Em crescimento ou gradação – quando a alteração acontece através do aumento ou diminuição gradual de alguma característica formal ou quando

existe uma progressão ascendente ou descendente do ritmo irregular.

Ópera de Sidney Disponível em:

http://www.pasaporteblog.com/category/

oceania/Acesso em: 27 nov. 2013

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Chrysler Building, Nova York, William Van Alen, 1928.

Disponível em:

<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7

6/Chrysler_Building_by_David_Shankbone_Retouched.jpg/

250px-

Chrysler_Building_by_David_Shankbone_Retouched.jpg>.

Acesso em: 02 dez. 2012.

RITMO

Em crescimento ou gradação

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Continuidade

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HIERARQUIA

Acentuação de um determinado elemento em comparação aos demais.

Objetiva tornar mais importante ou enfatizar na fachada e no volume algum

elemento arquitetônico [ex. porta] através de suas características formais (REIS,

2002:42).

A articulação da importância ou do significado de uma forma ou espaço através de

sua cor/textura, seu tamanho, formato ou localização, relativamente a outras formas

e espaços da organização (Ching, 2005:321).

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TIPOS DE HIERARQUIA

A hierarquia pode ser de três tipos diferentes:

pelo TAMANHO por FORMATO por LOCALIZAÇÃO

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HIERARQUIA

Em uma composição arquitetônica pode haver mais do que um único

elemento dominante. Pontos secundários de ênfase, que têm

menor valor de atenção do que o

foco principal, criam acentos visuais.

Assim como pode haver mais de um

princípio de ordem.

Basílica de São Pedro

Relação planta/corte

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Fatores relacionados ao Equilibrio na relação entre

Elementos (REIS, 2002:67)

Estes fatores tratam da relação de equilíbrio entre elementos arquitetônicos

e são categorizados com eixos, simetrias, balanço assimétrico, peso na

composição e relações proporcionais.

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Reta estabelecida por dois pontos no espaço, em relação à qual é possível

dispor formas e espaços de maneira regular [simétrica ou equilibrada] ou

irregular [assimétrica].

EIXO

Condição retilínea, portanto, tem qualidade de comprimento e direção, induzindo

movimento e promovendo vistas ao longo de sua trajetória.

A noção de eixo pode ser reforçada ao se definirem bordas ao longo de seu

comprimento, tais bordas podem ser simplesmente retas no plano do solo ou

planos verticais que definem um espaço linear coincidente com o eixo.

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EIXO Nem sempre é visível, podendo ser imaginário.

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SIMETRIA

Distribuição e disposição equilibradas de formas e espaços equivalentes

em lados opostos de uma linha ou plano divisores, ou em relação a um centro ou eixo (Ching, 2005:321).

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TIPOS DE SIMETRIA

Há dois tipos fundamentais:

Simetria BILATERAL Simetria RADIAL

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Simetria BILATERAL

Estúdio de Frank Lloyd Wright, Oak park, Illionois, 1889. Disponível em: <https://lh6.googleusercontent.com/-

24UOmjqDV88/Tej9iwCy10I/AAAAAAAAJHY/ynWHY0yVPuw/Frank%252520Lloyd%252520Wright%252520Casa%252

520y%252520estudio.%2525201888.jpg >.Acesso em: 02 dez. 2012.

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Simetria RADIAL

Villa Capra (Rotonda) - Andrea Palladio, Vicenza,

1566-69. Disponível em: <http://www.italian-

architecture.info/VI/VI-003.htm>.Acesso em: 02 jun.

2011.

Planta da Villa Capra (Rotonda) - Andrea Palladio.

Disponível em:

<http://content.answcdn.com/main/content/img/oxford/Oxfor

d_Architecture/0198606788.palladio-andrea.1.jpg >.Acesso

em: 02 jun. 2011.

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BALANÇO ASSIMÉTRICO

Refere-se a uma composição dinâmica e equilibrada. As relações entre os

diferentes pesos na composição e, especificamente a relação horizontal e vertical, parecem ser fundamentais no balanço assimétrico de uma

composição. (REIS, 2002:73).

Equilíbrio simétrico

Equilíbrio assimétrico

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BALANÇO ASSIMÉTRICO

Objetiva estruturar a composição dos elementos arquitetônicos na fachada

e no volume de maneira mais dinâmica (REIS, 2002:73).

Castelo de Chennonceaux.

Disponível em:

http://www.flickr.com/photos/plinio

daniel/8610986750/

Acesso em: 27 nov.2013

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Referência bibliográfica

CHING, Francis D. K. Princípios de ordem. In: Arquitetura: forma, espaço e ordem. [4. tiragem]. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.319-373.

GOMES FILHO, João. Leis da Gestal. In: ______. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. 7.ed. São Paulo: Escrituras, 2006. p.27-

37. ISBN.: 85-86303-57-7.

REIS, Antonio T. Repertório, análise e síntese: uma introdução ao projeto arquitetônico. Porto Alegre: Ed. Da UFRGS, 2002.