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208 TABElA 328. População inicial (%) de sementes de milho tra tadas com diversas concentrações de polietileno glicol, em diferen- tes condições de estresses hídricos. CNPMS, Sete lago- as, MO,I99l. Concentração de polietileno glicol e tempo de embebição Estresse l hídrico 1 Estresse 2 hídrico 2 Sem estresse Sem tratamento 50 g!2OO ml Hj1 h de embebição 50 g!2OO ml Hp/12 h de embebição 50 g!2OO ml Hp/24 h de embebição 70 g!2OO ml Hp/l h de ernbebiçâo 70 g/200 ml HP/12 h de embebição 70 g!2OO ml H 2 0/24 h de embebição 90 g!2OO ml HP/l h de embebíção 90 g/200 ml HP/12 h de embebição 90 g!2OO ml H 2 0/24 h de embebição 94,5 88,5 91,0 91,5 91,0 91,5 91,0 83,08 88,58 86,0 84,0 89,0 90,0 90,5 84,0 88,0 91,0 92,0 90,0 93,0 80,5 74,5 76,5 78,0 82,0 75,0 73,5 77,0 80,0 75,0 IEstresse hídrico 1 = Irrigação somente seis dias após a semeadura. 2Estresse hídrico 2 = Irrigação semente doze dias após a semeadura. QUAlIDADE DA SEMEN1E DE MILHO, 1RATAMENTO COM INSETICIDA E TEMPERATURA SUBÓTIMA o plantio da cultura do milho tem sido realizado qua- se que durante todo o ano na região dos Cerrados. Devido a isso, grande parte das semeaduras têm sido feitas com tem- peraturas do solo desfavoráveis, o que tem comprometido o estabelecimento da população inicial desejada. Foi realiza- do um experimento com o objetivo de determinar o efeito do plantio de sementes de milho com diferentes níveis de qualidade fisiológica, tratadas com inseticidas sistêmicos, em temperaturas subótimas. Sementes de milho de lotes com diferentes níveis de qualidade fisiológica IQl = lote de se- mentes de alta qualidade (95% de germinação), Q2 = lote de sementes de média qualidade (80% de germinação) e Q3 = lote de sementes de baixa qualidade (76% de germina- çãoj], foram tratadas com os inseticidas Furadan e Semevin, na dose de 2 litros/IOO kg de sementes e semeadas em 10 épocas, sendo a Ia em 10.05.91, a 2 a em 24.05.91, a 3 a em 07.06.91, a 4 a em 21.06.91, a 5 a em 05.07.91, a 6 a em 19.07.91, a7 a em 02.08.91, a 8 a em 16.08.91, a ga em 30.08.91 e a 10 a em 13.09.91. Em laboratório, foi determinada a germinação das sementes, pelo teste padrão de germinação, conforme prescrevem as RAS. Em campo, foram realizados os testes de velocidade de emergência, com quatro repetições de 100 sementes, semeadas em linhas de 1,0 m. O índice de veloci- dade de emergência foi determinado pelo somatório das plãn- tulas emergidas diariamente, multiplicado pelo inverso do número de dias em cada contagem, contados a partir do dia da semeadura. Ainda no campo, foi determinada a popu- lação ínícíal, com a contagem das plântulas aos 28 dias após a semeadura. O experimento foi instalado em delinea- mento estatístico do tipo blocos ao acaso, com quatro repetições. Embora os resultados sejam apenas de um ano, pode- se observar, pelas Figuras 70 e 71, que a velocidade de emer- gência e a população inicial, de maneira geral, foram maio- res quando houve tratamento com inseticida. Esses resulta- dos foram pronunciados quando se usaram sementes de bai- xa e média qualidades, tratadas com Semevin e ocorreram baixas temperaturas no período (Figura 72). - Cievetson Sil- veira Botbe, Rsmiro VileIa de Andrade, João Tiro de Azeve- do, AntÔnÍo Carlos de Oliveira. 16 IS . 1~ -- 01 Ta i 13 --- 01 T 1 ! 12 - 0112 !- .11 11 --- o 2TO 411 10 - 0211 1" 9 -- 02T2 li 8 - 03T0 .. ,. 7 - Q3Tl 6 - 03T2 :I ~ o 2 3 ~ S 6 7 e 9 10 11 tpaalll •••••••.• FlGURA 70. Velocidade de emergência de sementes de alta (01), média (02) e baixa (03) qualidade, sem tratamento (TO), tratadas com Furadan (1'1). Semevin (TI) e seme- adas em 10 épocas. CNPMS, Sete Lagoas, MG. 1992. 100 90 -- OITO i -- 01 T 1 110 - OIT2 .. ~ 02TO 70 - Q2Tl i -o- 02T2 S - 03TO •.. 60 t. - .Q3T 1· ----'" 03T2 50 10 O 2 3 4 5 6 7 6 9 10 11 r- ••••••.• FlGURA 71. População inicial (%) obtida com sementes de alta (01), . média (02) e baixa (Q3) qualidade, sem tratamento (ra). tratadas com Furadan (TI). Semevin (f2) e semeadas em tO épocas. CNPMS, Sete Lagoas, MO, 1992.

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TABElA 328. População inicial (%) de sementes de milho tra tadas comdiversas concentrações de polietileno glicol, em diferen-tes condições de estresses hídricos. CNPMS, Sete lago-as, MO,I99l.

Concentração de polietileno glicole tempo de embebição

Estressel

hídrico 1Estresse2

hídrico 2Sem

estresse

Sem tratamento50 g!2OO ml Hj1 h de embebição50 g!2OO ml Hp/12 h de embebição50 g!2OO ml Hp/24 h de embebição70 g!2OO ml Hp/l h de ernbebiçâo70 g/200 ml HP/12 h de embebição70 g!2OO ml H20/24 h de embebição90 g!2OO ml HP/l h de embebíção90 g/200 ml HP/12 h de embebição90 g!2OO ml H20/24 h de embebição

94,588,591,091,591,091,591,0

83,0888,5886,0

84,089,090,090,584,088,091,092,090,093,0

80,574,576,578,082,075,073,577,080,075,0

IEstresse hídrico 1 = Irrigação somente seis dias após a semeadura.2Estresse hídrico 2 = Irrigação semente doze dias após a semeadura.

QUAlIDADE DA SEMEN1E DE MILHO,1RATAMENTO COM INSETICIDA E

TEMPERATURA SUBÓTIMA

o plantio da cultura do milho tem sido realizado qua-se que durante todo o ano na região dos Cerrados. Devidoa isso, grande parte das semeaduras têm sido feitas com tem-peraturas do solo desfavoráveis, o que tem comprometidoo estabelecimento da população inicial desejada. Foi realiza-do um experimento com o objetivo de determinar o efeitodo plantio de sementes de milho com diferentes níveis dequalidade fisiológica, tratadas com inseticidas sistêmicos, emtemperaturas subótimas. Sementes de milho de lotes comdiferentes níveis de qualidade fisiológica IQl = lote de se-mentes de alta qualidade (95% de germinação), Q2 = lotede sementes de média qualidade (80% de germinação) eQ3 = lote de sementes de baixa qualidade (76% de germina-çãoj], foram tratadas com os inseticidas Furadan e Semevin,na dose de 2 litros/IOO kg de sementes e semeadas em 10épocas, sendo a Ia em 10.05.91, a 2a em 24.05.91, a 3a em07.06.91, a 4a em 21.06.91, a 5a em 05.07.91, a 6a em 19.07.91,a 7a em 02.08.91, a 8a em 16.08.91, a ga em 30.08.91 e a 10a

em 13.09.91. Em laboratório, foi determinada a germinaçãodas sementes, pelo teste padrão de germinação, conformeprescrevem as RAS. Em campo, foram realizados os testesde velocidade de emergência, com quatro repetições de 100sementes, semeadas em linhas de 1,0 m. O índice de veloci-dade de emergência foi determinado pelo somatório das plãn-tulas emergidas diariamente, multiplicado pelo inverso donúmero de dias em cada contagem, contados a partir dodia da semeadura. Ainda no campo, foi determinada a popu-lação ínícíal, com a contagem das plântulas aos 28 dias

após a semeadura. O experimento foi instalado em delinea-mento estatístico do tipo blocos ao acaso, com quatro repetições.

Embora os resultados sejam apenas de um ano, pode-se observar, pelas Figuras 70 e 71, que a velocidade de emer-gência e a população inicial, de maneira geral, foram maio-res quando houve tratamento com inseticida. Esses resulta-dos foram pronunciados quando se usaram sementes de bai-xa e média qualidades, tratadas com Semevin e ocorrerambaixas temperaturas no período (Figura 72). - Cievetson Sil-veira Botbe, Rsmiro VileIa de Andrade, João Tiro de Azeve-do, AntÔnÍo Carlos de Oliveira.

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IS. 1~ -- 01 Tai 13 --- 01 T 1! 12 - 0112!-.11 11 --- o 2TO411 10 -02111" 9 -- 02T2

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o 2 3 ~ S 6 7 e 9 10 11tpaalll •••••••.•

FlGURA 70. Velocidade de emergência de sementes de alta (01),média (02) e baixa (03) qualidade, sem tratamento(TO), tratadas com Furadan (1'1). Semevin (TI) e seme-adas em 10 épocas. CNPMS, Sete Lagoas, MG. 1992.

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90 -- OITO

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FlGURA 71. População inicial (%) obtida com sementes de alta (01),. média (02) e baixa (Q3) qualidade, sem tratamento (ra).

tratadas com Furadan (TI). Semevin (f2) e semeadasem tO épocas. CNPMS, Sete Lagoas, MO, 1992.

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Épocas de semelÓJra

FIGURA 72 'Iemperatura média do solo de dez dias posteriores a dezépocas de semeadura, a 5 em de profundidade, às !O, 12e 24 horas. CNPMS, Sete Lagoas, MG, 1992

DEBULHA MECÂNICA,TRATAMENTO DE SEMENTES E SEMEADURA

DE MILHO EM DIVERSAS ÉPOCAS

o processo de debulha mecânica de milho, normal-mente provoca danos às sementes, os quais dependendo davelocidade de rotação do cilindro debulhador e da umidadedas sementes, podem ser altamente prejudiciais à qualidadefisiológica das mesmas. Este trabalho foi realizado com o ob-jetivo de verificar a influência do tratamento de sementesdebulhadas com inseticidas sístêmicos, sob diferentes veloci-dades de rotação do cilindro debulhador. Utilizou-se a debu-lhadora Nogueira, Modelo BC-80. Foram utilizadas semen-tes da cultivar BR 201 (HS-Fêmea), colhidas e despalhadasmanualmente e debulhadas sob 400 rpm, 500 rpm, 600 rpme 700 rpm do cilindro debulhador. A seguir, as sementes fo-ram tratadas com Furadan e Semevin, na dose de 2 V100kg de sementes e semeadas em 14.05.91, 16.08.91 e 15.11.9l.No campo, foi determinada a velocidade de emergência, comquatro repetições de 100 sementes, se meadas em linhas de1,0 m. O índice de velocidade de emergência foi determina-do pelo somatório das plântulas emergidas diariamente, mu~-tiplicado pelo número de dias em cada contagem, a parnrdo dia da semeadura. Foi determinada ainda a populaçãoinicial, com a contagem das plântulas aos 28 dias após a se-meadura. O experimento foi instalado em delineamento esta-tístico do tipo blocos ao acaso, com quatro repetições,

Observando os resultados expressos na 'Iabela 329, ve-rifica-se que a velocidade de emergência das sementes foimenor na semeadura realizada em 16.08.91, ocorrendo ape-nas pequenas diferenças entre os tratamentos. De forma ge-ral, observa-se uma ligeira tendência de queda na velocida-de de emergência e população inicial ocorrida nas últimas

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épocas de semeadura e com as debulhas realizadas com ~smais altas rotações do cilindro debulhador. - Cleverson Sil-veiru Botb«, Rumiro Vilela de Andradc, João Tito de Azeve-do, Antônio Car/os de Oliveira.

'L\BELA 329. População inicial e velocidade de emergência de semen-tes (%) debulhadas manual e mecanicamente, com di-ferentes velocidades de rotação (rpm) do cilindro debu-lhador, tratadas com inseticida e semeadas em diversasépocas. CNPMS, Sete Lagoas, MG, 1991.

Sementes debulhadas Época de semeaduramanual e mecanicamente 14.05.91 16.08.91 ·15.11.91

com c sem inseticida Pop. Veloc. Pop. Veloc. Pop. Veloc.inL emerg. inL emerg. ini. emerg.

Manual - s/tr<llamcnto 90,3 12,6 87,0 9,08 82,3 14,9Manual - c/Furadan 82,3 11,4 86,0 9,08 84.5 14,HManual - c/Scmevin 91,5 12,4 86,0 8,58 84,8 14.1

400 rpm I-s/tr<ilamento 88,3 11,9 84,5 7,78 83,8 15,3400 rpm-c/l-uradan 89,0 12,2 87,0 8.98 87,8 14,8400 rpm-c/Sernevin 87,5 11,4 88,3 8,88 H7,H 14,6

500 rpm-s/tratamento 85,5 11,7 86,S 9,08 82,3 15,1500 rpm-c/l-uradan 87,3 12,3 84,0 8,48 85,8 14,0500 rpm-c/Sernevin 87,8 11,5 86,0 8,58 86,0 14,2

600 rpm-s/tratamcnto 85,0 11,6 84,5 8,58 80,8 14,8600 rpm-c/l-uradan 84,8 1l,Q 84,3 8,68 84,3 14,1600 rpm-c/Sernevin 84,3 11,2 83,0 8, 18 82,8 14,3

700 rpm-s/tratamento 81,5 11,2 83,3 8,48 83,5 14,7700 rpm-c/Furadan 80,8 11,2 79,5 7,98 78,5 13,0700 rpm-c/Semevín 82,8 11,3 79,3 7,78 84,5 14,1

rpm' - Rotações por minuto.

PREVISÃO DA QUAlIDADE FISIOLÓGICADE SEMENTES DE SORGO(Sorghum bicotor (L.) Moench)

Um lote de sementes é considerado apto para co-mercialízação somente depois de ter sido testado em labora-tório oficial e apresentado porcentagem de germinação e ín-dice de pureza dentro de padrões mínimos estabelecidos porlei, após as operações de colheita, secagem e processamen-to. No caso de o lote ser condenado por baixa qualidade fi-siológica, há grandes prejuízos para o produtor, dado o altocusto das diversas práticas adicionais já realizadas, específi-cas da produção de sementes. A previsão da qualidade fisio-lógica da semente ainda no campo permitirá ao produtor,com bastante antecedência, tomar decisões como: determi-nar o tipo de colheita a ser realizada, tipo de embalagem,tipo de armazenagem e destinar a lavoura para semente ougrão. Este trabalho tem como objetivo fornecer ao produtorde sementes condições de tomar decisões, com base em ummodelo de simulação matemática, sobre o destino das lavou-ras ainda no campo.

A qualidade fisiológica das sementes foi determinada