bike magazine 208

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Acompanha-nos no MENSAL julho 2014 PVP continente 3,95€ Fomos à Alemanha e aos Estados Unidos da América testar as novidades da Cannondale e da GT Descobre porque é fundamental possuí-la no BTT NOVIDADES MUNDIAIS FLEXIBILIDADE Exclusivo ESCOLA BIKE UM DIA COM... André Moreira Atleta de XCO e ciclocrosse 208 FOCUS SAM 2.0 A 27,5 predileta para o Enduro GIANT Trance 27,5 1 SILVERBACK Signo Tecnica Testes 27,5" OU 29". QUAL ESCOLHER? BIKE TEAM Maratona MK Makinas Rota do Bacalhau POWER Madeira foi invadida por riders internacionais 5 601753 001303 00208 CONVERSÃO DA TRANSMISSÃO Aprende a mudar para a desmultiplicação da moda: 1x10 MECÂNICA 1 www.bikemagazine.pt

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Revista mensal especializada em BTT com incontestável liderança no sector. Aborda as novidades que vão desde os acessórios até aos testes a bicicletas e componentes.

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Acompanha-nos no

MENSAL

julho

2014

PVP c

ontin

ente 3,

95€

Fomos à Alemanha e aos Estados Unidos da América testar as novidades da Cannondale e da GT

Descobre porque é fundamental possuí-la no BTT

NOVIDADES MUNDIAIS

FLEXIBILIDADE

Exclusivo

ESCOLA BIKE

UM DIA COM... André MoreiraAtleta de XCO e ciclocrosse

Nº208

FOCUSSAM 2.0

A 27,5 predileta para o Enduro

GIANT Trance 27,5 1SILVERBACK Signo Tecnica

Testes27,5" OU 29".QUAL ESCOLHER?

BIKE TEAMMaratona MK Makinas

Rota do Bacalhau

POWERMadeira foi invadida por

riders internacionais

5 6 0 1 7 5 3 0 0 1 3 0 3

ISBN 5601753001303

00208

CONVERSÃO DA TRANSMISSÃO Aprende a mudar para a desmultiplicação da moda: 1x10

MECÂNICA

1 www.bikemagazine.pt

07/201422

Cannondale 2015

APRESENTAÇÃO

C om os circuitos de XC a serem cada vez mais técnicos, a nova rígida da Cannondale tinha de favorecer a capacidade de descer. Segundo a marca, nem só com poupança de gramas se ganha corridas, e se estas

são muitas vezes conquistadas nas subidas, podem também ser perdidas quando a gravidade até ajuda.

Como fórmula para a vitória, a Cannondale F-Si aposta na agilidade, tração e estabilidade, recorrendo à integração para bater a concorrência nestes campos.

Quadro, suspensão, avanço, pedaleiro e espigão do selim foram pensados para trabalhar em conjunto e funcionar melhor que a soma de peças de diferentes marcas.

Ao utilizar componentes da casa, a Cannondale pôde jogar com a geometria de maneira mais eficaz. A escora traseira tem apenas 429 mm de comprimento mas mantém espaço para pneus largos e a direção tem uns descontraídos 69,5 º, medida pouco comum em quadros deste tipo. Para compensar este valor, o eixo

dianteiro foi avançado (a nova Lefty tem um offset de 55 mm), reduzindo assim o “trail”. O trail é a distância entre os pontos onde duas linhas imaginárias – uma vertical que passa pelo eixo da roda e outra que segue a direção e suspensão – tocam no solo. Quanto menor for o “trail”, mais viva se torna a dianteira, mas como a direção da F-Si é mais lançada, esta vivacidade não se traduz em instabilidade.

Os possuidores de bicicletas Cannondale queixavam-se muitas vezes da frente elevada, que a marca corrigiu este ano ao reduzir a altura da coluna de direção. Uma das soluções mais interessantes da F-Si está na

[texto] Pedro Pires [imagem] Ale di Lullo, M. Maasewerd

EM 2009 ASSISTIMOS AO LANÇAMENTO DA PRIMEIRA GERAÇÃO DA FLASH. CINCO ANOS VOLVIDOS, EIS QUE NASCE A F-SI, UMA MONTRA DE TECNOLOGIA E INTEGRAÇÃO QUE ENCHE A CANNONDALE DE ORGULHO E OS BETETISTAS DE ALEGRIA.

INTEGRAR PARA VENCER

roda traseira. A transmissão foi movida 6 mm para o lado direito, o que obrigou a um enraiamento simétrico na roda (em geral, entre o lado direito e o esquerdo da roda, os comprimentos e tensões dos raios atrás são diferentes). Isto potencia a rigidez sem mudar o comportamento da transmissão, porque a aranha do pedaleiro foi ajustada para compensar os 6mm de diferença. O espigão SAVE é agora 50g mais leve e 20 % mais flexível, oferecendo um maior conforto durante as jornadas longas em cima do selim. O carbono utilizado serve-se da tecnologia Ballistec e pretende oferecer resistência à fadiga,

aos impactos e à propagação de fissuras. Não sendo o peso pluma o principal objetivo da Cannondale para este quadro, os 1022 g no tamanho L não deixam de ser muito bons, principalmente quando integrados num conjunto de componentes específicos que tornam o kit quadro/espigão/pedaleiro/avanço/suspensão num dos mais leves do mercado.

Neste quadro, a Cannondale optou por utilizar um aperto rápido na traseira, por acreditar que um eixo passante não traz mais-valias relevantes em termos de rigidez e dificulta a tarefa de remover e colocar a roda, principalmente em competição.

23bikemagazine

Cannondale F-Si TeamRodas Enve, transmissão SRAM XX1, travões SRAM XX, pneus Schwalbe Rocket Ron e suspensão Lefty Carbon XLR 2.0 equipam o modelo com que rolámos na Alemanha

O NOVO XC[texto] Pedro Pires [imagem] Dane Cronin - GT

NEM TODOS QUEREM UMA BICICLETA DE XC PARA COMPETIR AO MAIS ALTO NÍVEL. COM A HELION, A GT APROXIMOU-SE MAIS DAS EXIGÊNCIAS DOS PRATICANTES QUE PEDEM CONFORTO E DIVERSÃO A DESCER.

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APRESENTAÇÃO

GT 2015

Por todo o mundo, os Trail Centers são polo de atração para betetistas que querem desfrutar

de trilhos criados para BTT com exigência técnica mas que possam ser vencidos a bordo de uma bicicleta leve e com pouco curso. Muitos relevês, pequenos saltos e declives pouco pronunciados são o pão nosso de cada dia nestes locais, mas quem os usa também gosta de puxar pelo cabedal em distâncias longas e trilhos mais agressivos.

A pensar na maior parte dos betetistas de lazer, que deixam a licra a favor de um vestuário mais descontraído, a GT criou a Helion, uma bicicleta de roda 27,5 com 110 mm de curso e uma geometria mais vocacionada para a diversão que as rivais de puro XC. A GT considera que a medida 27,5 é mais abrangente e pode adequar-se mais aos estreantes na modalidade, para além de possibilitar a montagem de modelos mais leves e de servir atletas de estaturas mais baixas, tal como as senhoras.

Avanço de 80 mm e guiador com

740 mm (para se cortar à vontade do freguês, caso seja preciso) em todos os modelos da gama Helion, completam o ramalhete, numa bicicleta que pode atacar duros trilhos alpinos e ainda aparecer em provas de XCM e XCO sem vergonha.

Baseado no sistema Angle Optimized Suspension, introduzido o ano passado com as Force e Sensor, o quadro tem 69,5º de ângulo de direção, um top tube de 606 mm, uma altura do pedaleiro ao solo de 325 mm e uma distância entre eixos de 1090 mm no tamanho M.

Graças ao Path Link, uma generosa peça de alumínio que integra o eixo pedaleiro e que se move de forma independente do quadro e das escoras, as forças de pedalada, travagem e amortecimento são isoladas, proporcionando assim eficácia e sensibilidade. A Helion faz-se valer do eixo expansível Locker a unir as escoras ao quadro e ao Path Link, o que simplifica a manutenção e construção ao usar menos partes e se torna mais rígido. Existem três modelos de carbono e quatro de alumínio, pesando os quadros sem amortecedor 2241 g e 2825 g, respetivamente.

Curso de XC, condução de Enduro

O betetista médio ia ficar deliciado com os trilhos que encontrámos à volta de Park City, no Utah. Começámos com uma longa subida em singletrack, onde a Helion mostrou a sua fibra: boa resposta da traseira mesmo com o amortecedor a trabalhar em pleno, posição confortável e agilidade em curvas apertadas tornaram um pouco mais suportável uma medonha subida dos 2000 aos 2500 m. Não é por ter ângulos descontraídos e um avanço curto que perde pressão na dianteira e não fica longe de uma pura bike de XC a trepar.

Beneficia de acelerações superiores a uma 29er, privilegiando uma condução atreita a bunnyhops por cima de pedras e raízes e apresenta uma distribuição de peso bastante centrada, muito útil quando se tem de levantar as rodas do chão.

A traseira lê o terreno com rigor mas sem se tornar desobediente à força imposta nos pedais. Curva atrás de curva ia dando aos cranques para tentar alcançar ou deixar para trás jornalistas rivais, tarefa difícil, porque

O NOVO XC

27bikemagazine

A Helion Carbon Team vem equipada com Fox F32 CTD Kashima, XTR e rodas ZTR No Tubes Crest

VENTURA

07/201468

O ESPÍRITO DO IMAGINATIVO FIDALGO SEGUE LUTANDO CONTRA GIGANTES IMAGINÁRIOS...

[texto] David Cachón - davidcachon.com [imagem] Ismael Ibáñez

69bikemagazine

DOM QUIXOTE DO SÉCULO

07/201472

CULTURA DE TRILHOS“NAS ÚLTIMAS SEMANAS, O TEMPO NA NOSSA REGIÃO ERA SEMPRE O MESMO: NEVE, GRANIZO E ÀS VEZES, COM SORTE, TEMPERATURAS ACIMA DE ZERO. SE NÃO TE QUERES RENDER AO INVERNO, O QUE PODES FAZER? PEDALAR COM ESSE TEMPO? VIAJAR PARA OUTRO SÍTIO OU DESCOBRIR UM DESPORTO ALTERNATIVO?”

[texto] Constantin Fiene [imagem] Hoshi Yoshida

Uma aventura com a bikulture

VENTURA: MADEIRA

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Por mais que gostemos de pedalar na lama, a decisão foi fácil. Quando chegámos à Madeira, o sol já se punha e começava a chover.Depois de uma breve inspeção às nossas caixas das bicicletas, feita por um funcionário do aeroporto, recebemos as calorosas boas vindas de Jérémy, da Bikulture - www.bikulture.com - que ia ser um dos nosso guias. Carregando algumas das nossas malas, Jérémy levou-nos ao parque de estacionamento, onde conhecemos o outro guia, o Joselino. Sempre bem-disposto, apareceu a buzinar e a falar ao telefone ao mesmo tempo. A estrada para o Jardim do Mar, onde ficaríamos nos dias seguintes, tem inúmeros túneis e assim que os deixámos para trás, a paisagem presenteou-nos com o oceano. Mas em vez de seguirmos a linha costeira, encaminhámo-nos