poiesis 208

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Literatura, Pensamento & Arte Ano XX- nº 208 - julho de 2013 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis www.jornalpoiesis.com.br Página 2 Encontro de Reiki em Saquarema será dia 20 Anistia de juros e multas em Araruama Página 2 Divulgação Marcelo Figueiredo Regina Mota Manifestantes ocupam as ruas na Região dos Lagos O mês de junho levou para as ruas milhares de brasi- leiros que reivindicaram melhorias em vários setores da administração pública. Saquarema e Araruama, na Região dos Lagos, também demonstraram que “o gigante acordou”. Além do problema crônico de transporte público na região, também houve mani- festações em favor de melhorias na saúde, educação e esporte. Página 3. Saquarema recebe jovens da Jornada Mundial da Juventude com variada programação cultural e religiosa Regina Mota Jovens da França, Môna- co, Canadá e Trinidad e Tobago estarão em Saqua- rema a partir do dia 15 de julho. Eles são participan- tes da Jornada Mundial da Juventude, que estará acontecendo na capital fluminense. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura preparou uma di- versificada programação, que inclui exposição na Casa de Cultura, apresen- tações culturais no Teatro Mário Lago, além da pro- cissão no Centro da cidade preparada pela Paróquia de Nossa Senhora de Na- zareth. Página 3. Curta a página do Jornal Poiésis no Facebook www.facebook.com/jornalpoiesis

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Edição de julho de 2013

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Page 1: Poiesis 208

Literatura, Pensamento & ArteAno XX- nº 208 - julho de 2013 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

www.jornalpoiesis.com.br

Página 2

Encontro de Reiki em Saquarema será dia 20

Anistia de juros e multas em AraruamaPágina 2

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do

Regina Mota

Manifestantes ocupam as ruas na Região dos Lagos

O mês de junho levou para as ruas milhares de brasi-leiros que reivindicaram melhorias em vários setores da administração pública. Saquarema e Araruama, na Região dos Lagos, também demonstraram que

“o gigante acordou”. Além do problema crônico de transporte público na região, também houve mani-festações em favor de melhorias na saúde, educação e esporte. Página 3.

Saquarema recebe jovens da Jornada Mundial da Juventudecom variada programação cultural e religiosa

Regina Mota

Jovens da França, Môna-co, Canadá e Trinidad e Tobago estarão em Saqua-rema a partir do dia 15 de julho. Eles são participan-tes da Jornada Mundial da Juventude, que estará acontecendo na capital fluminense. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura preparou uma di-versificada programação, que inclui exposição na Casa de Cultura, apresen-tações culturais no Teatro Mário Lago, além da pro-cissão no Centro da cidade preparada pela Paróquia de Nossa Senhora de Na-zareth. Página 3.

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Page 2: Poiesis 208

ECONOMIA

2 nº 208 - julho de 2013

Campanha de anistia fiscal é prorrogada

em Araruama

Em sessão realizada no dia 26 de junho, a Câma-ra Municipal de Ararua-ma aprovou o projeto de lei de autoria do poder executivo que prorroga a campanha de anistia fis-cal até 31 de julho, con-cedendo descontos de até 100% dos juros e mul-tas do do Imposto Pre-dial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e taxas municipais dos exercí-cios anteriores a 2013.

Além de ter como ob-jetivo de aumentar a ar-recadação do município, o projeto beneficia os cidadãos que tenham se tornado inadimplentes e agora podem renegociar seus tributos com mais facilidade.

“Ao pagar em dia seus

tributos, o cidadão con-tribuinte dá condições ao governo municipal para desenvolver diver-sos programas urbanos e sociais na cidade, promo-vendo o desenvolvimento e qualidade de vida da sua população”, infor-mou o prefeito Miguel Jeovani.

Os contribuintes que pagarem os impostos atrasados em até três parcelas terão 100% de anistia dos juros e mul-tas. Para ser beneficia-do por esta lei, o contri-buinte deverá formular o pedido até 31 de julho deste ano, mediante a quitação integral do tri-buto ou da primeira par-cela. Os impostos pode-rão ser divididos em até 18 parcelas.

Marcelo Figueiredo

IPTU, ISS e outras taxas municipais em atraso podem ser pagos com até 100% de juros e multas até 31 de julho

SAÚDE

III Encontro de Reikiserá dia 20 de julho

em SaquaremaO terapeuta holístico

Camilo de Lélis M. Mota coordena no dia 20 de julho, sábado, o III En-contro de Reiki do Espaço Elaboração - Terapias e Cursos, com o objetivo de promover mais interativi-dade entre os praticantes desta técnica terapêutica. Podem participar reikia-nos de qualquer nível e de qualquer linhagem. O encontro será realizado no horário de 9h às 13 ho-ras, na Travessa Sigmund Freud, nº 1, esquina com Rua James Ward de Car-valho, no Porto da Roça - entrar na rua em frente ao Mercado Gomes).

A taxa de participação é de R$ 30. As vagas são limitadas. A inscrição an-tecipada pode ser feita no próprio local do curso, ou através do telefone (22) 2653-3087, ou direta-mente no site www.rei-kiadistancia.com.br.

O evento contará com

grupo de estudo sobre tema relacionado à práti-ca do Reiki, processos te-rapêuticos e autoconheci-mento, círculo de diálogo para troca de experiências vividas pelos praticantes e para tirar dúvidas, além de atividades práticas para aplicação de Reiki entre os próprios parti-cipantes e também envio de Reiki para a cidade e o planeta. O encontro é re-alizado sob a chancela da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal (ABPT) e fornecerá certi-ficado de participação.

SERVIÇOI Encontro de Reiki do

Espaço ElaboraçãoDia 20 de julho de 2013

de 9h às 13hLocal: Elaboração Te-

rapias e Cursos - Porto da Roça

Investimento: R$ 30Inscrições antecipadas

pelo fone (22) 2653-3087Divulgação

MÚSICA

Canta Saquá acontece nos dias 26 e 27

A Prefeitura de Saquare-ma, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, realizará nos dias 26 e 27 de julho o festival de corais “Canta Saquá 2013”. O evento será rea-lizado na Praça Oscar de Macedo Soares, no Centro histórico da cidade, a par-tir das 18h.

O Canta Saquá faz par-te do calendário anual de eventos do município de Saquarema e contará com a apresentação de diversos corais que virão de várias cidades do estado.

Confira a programação:26/07 (6° feira):- CORAL ITALIANO –

Niterói.Maestro - Josias Freitas.- CORAL DO CLUBE DE

APOSENTADOS E PEN-SIONISTAS DE NITERÓI (CAPEN).

Maestro - Josias Freitas- CORAL SÃO DOMIN-

GOS DE GUSMÃO - Nite-rói

Regente - Elisabete Al-

meida- CORAL VOZES DE SA-

QUAREMA.Maestro - Moisés Santos 27/07 (Sábado):- CORAL E ECUMÊNI-

CO BOA VONTADE – Ara-ruama.

Maestro - André Luiz Fernandes.

- CORO DA COMUNI-DADE PRESBITERIANA NOVA JERUSALÉM - Ilha Do Governador.

Regente - Paulo Sergio Motta.

- CORAL AMBEP - Rio De Janeiro.

Maestro - José Mirabe-au.

- CORAL ICNV – Saqua-rema.

Maestro - Edu Lemos.- CORAL H. STRATT-

NER - Rio De Janeiro.Maestro - Gabriel Szan-

to.- CORAL ATAERJ - AS-

SOCIAÇÃO DOS TRABA-LHADORES E APOSEN-TADOS DA AMPLA.

Regência - Maestro Luiz Abreu.

Arquivo Jornal Poiésis

Page 3: Poiesis 208

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de 1ª a 8ª série

NAS RUAS

O troco dos vinte centavosCharles O. Soares

Seguindo a onda de ma-nifestações que percorreu o Brasil como um efeito dominó, Saquarema, no último dia 20, resolveu não ficar fora do mapa. Segundo a polícia militar, 2800 pessoas (um número surpreendente para uma cidade do interior e histo-ricamente conservadora) foram às ruas cobrar os seus mesmos direitos in-definidos que o restante do país reivindicava. Sim, porque arrastada pela cor-rente dos vinte centavos de aumento nas passagens, surgiu uma infinidade de causas, de bandeiras le-vantadas que confundia a mídia e os governos quan-to ao verdadeiro objetivo do movimento que ganha-va as ruas e crescia em emoção.

O objetivo em si é o que menos importa no mo-mento. É o grito contido, fermentado, há muito, pela indignação com os gover-nos e desgovernos, faltas e excessos, superfatura-mentos e mensalões... É o diagnóstico de que algo em nossa rotina política está errado. É o recado de que esse modelo apresentado não está agradando.

Estamos diante de uma situação nova. Uma gera-ção que nunca vivera nada igual, mobilizando-se de forma única e com uma ra-pidez nunca vista pelas ge-rações anteriores. É a era digital. As redes sociais, até então, ingenuamen-te encaradas como algo menor e sem importân-cia, assumindo um papel marcante na organização social. Fotos e denúncias, manifestos e palavras de ordens, expressões igual-mente criativas e desgasta-das se misturavam a posta-gens fúteis e pessoais num ritmo frenético.

No calor das emoções, vimos muitos excessos: de um lado, fruto de uma ide-ologia falida, uma polícia repressora que não con-segue se ver inserida na sociedade; de outro, ma-nifestantes mais radicais e exaltados julgados pela imprensa como vândalos e baderneiros por depreda-rem o patrimônio público sem que esse direito lhe tenha sido outorgado. Não sou, de forma alguma, a fa-vor de nenhum tipo de vio-lência, mas digo isso por-que o patrimônio público é depredado todos os dias através de licitações frau-dulentas, favores escusos

e transações indevidas... mas por pessoas que foram direta ou indiretamente autorizadas por nós a nos representar, ou seja, agir em nosso nome.

No centro dos acon-tecimentos, milhares de jovens descobrindo que podem participar ativa-mente da vida política do país. Mudando a postura da imprensa, pois a mes-ma mídia paulista que pe-dia a polícia nas ruas, no dia seguinte condenava a ação policial e legitimava o movimento. Fazendo go-vernante voltar atrás em suas decisões (“não vamos reduzir o preço das pas-sagens” / “O aumento das passagens será revogado”) e obrigando represen-tantes dos três poderes a

abandonarem seu cômodo silêncio. É possível que es-tejamos diante de um mo-mento histórico, quem sabe os livros de história, num futuro próximo, não tra-gam algum registro sobre a “revolta dos vinte centa-vos”, ou “a revolução do vi-nagre”. É esperar para ver.

Essa juventude desco-briu, enfim, que tem po-der. Poder de mudar os rumos da sociedade e rede-senhar o futuro. Resta-nos esperar para ver o que vão fazer com esse poder. Os vinte centavos foram de-volvidos... agora é aguar-dar as próximas eleições e conferir se irão saber dar o troco... se irão “destruir” a fachada desse congresso deixando de fora os vânda-los e baderneiros.

Regina Mota

Em Saquarema, o movimento foi marcado por pedidos de melhoria no transporte público

Movimento pacífico também em Araruama

Também em Ararua-ma ocorreram protestos, com concentração na Praça da Bíblia e passea-tas pelas ruas do Centro. Representantes do movi-mento na cidade chega-ram a encaminhar uma carta de reivindicações à Câmara Municipal, que foi lida em sessão plená-ria.

No setor de transpor-te, o documento reivin-dica a redução da tarifa de ônibus, realização de licitação do transporte público, linhas regula-res atendidas através de transporte complementar (vans) e meio-passe uni-versitário.

A carta de reivindica-ções também pede me-lhorias na segurança pú-blica, mais investimentos

em educação, cultura, saúde e esportes, criação do portal da transparên-cia dos gastos públicos municipais, entre outras medidas.

A Prefeitura de Araru-ama já está em processo de realização da licita-ção para os ônibus, com o edital sendo publicado em diário oficial ainda em julho. Uma audiên-cia pública já havia sido realizada para consulta junto à população. Os no-vos critérios para o setor estarão pautados no Pla-no Nacional de Mobilida-de Urbana e pretendem dar cobertura completa ao município. A expec-tativa é de que as tarifas também sejam menores, conforme estudos que já estão sendo realizados.

MÚSICA

Praça Antonio Raposo terá shows todos os finais de semana de julho

A Secretaria Municipal de Cultura de Araruama está promovendo em julho o projeto “Varanda Cul-tural”, que levará para a Praça Antônio Raposo, no Centro, apresentações mu-sicais de sexta a domingo.

Nos finais de semana, de sexta a domingo, a praça receberá uma diversidade de ritmos, do rap ao rock, passando pela surf music e pelo pop. O primeiro show acontece no dia 5 com o grupo de rap Alta Influên-cia. A banda Demission se apresenta no dia 6, e a Alt F3 no dia 7.

Para quem aprecia uma

balada, Márcio Dj coman-do o ritmo das noites ca-riocas no dia 12. A banda

Camilo Mota

A banda Zero Açúcar é uma das atrações do projeto Varanda Cultural

Sujeito a Multa se apresen-ta dia 13, e a Cheat Code no dia 14.

No final de semana se-guinte, o rock será o pro-tagonista com shows das bandas Meta (dia 18), RG (dia 19) e Yorius (dia 20).

No dia 25, acontece roda de MCs. Fechando a pro-gramação musical, a ban-da Tia Dora se apresenta no dia 26, a Zero Açúcar no dia 27, e a Tia Kátia no dia 28.

Capoeira - O proje-to também contará com apresentações de capoeira às segundas e quartas, sob a coordenação do Mestre Cavalo, trazendo variações como makulelê, jongo e samba de roda.

Já estão abertas as ins-crições para o 3º Encon-tro de Corais Costa do Sol em Arraial do Cabo, pro-movido pela SAVE – Casa da Poesia. O evento, que acontece nos dias 9, 10, 16 e 17 de agosto na Igreja Sagrado Coração de Jesus, é uma oportunidade para gerar trocas culturais que incentivem o exercício da solidariedade, da cultura da paz e da cidadania, e não tem caráter competi-tivo.

Entre os que já confir-maram participação estão

Arraial do Cabo terá encontro de corais em agostoCamilo Mota / 11-06-2011

os corais Atrás da Nota, Fraternidade Espírita Ir-mãos de Cascais (FEIC), IBGE, Itaú Viva Mais, Ofi-cina, Pio X, Municipal de Bom Jardim, Comunidade Presbiteriana Nova Jeru-salém, Monte das Olivei-ras, Som da Pessoa e Tom da Voz.

As inscrições podem ser feitas através do site www.encontrodecorais.com e na Casa da Poesia em Arraial do Cabo. Outras informa-ções podem ser obtidas através do telefone (22) 2622-7430.

RELIGIÃO

Marcelo Figueiredo

Saquarema se prepara para receber jovens da JMJ

A Jornada Mundial da Juventude – JMJ, uma realização da Igreja Ca-tólica, enviará peregrinos também para Saquarema. Famílias acolherão em suas residências os fiéis que virão de Mônaco, sul da França, Canadá e Tri-nidad e Tobago, num ato de solidariedade e frater-nidade.

Mônaco enviará dois padres, um bispo, uma freira e quarenta e quatro jovens que deverão che-gar no dia 15 de julho. Já no dia 16 chegarão sete canadenses, e no dia 17 os 12 fiéis de Trinidad e To-bago, totalizando 67 visi-tantes.

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Saquarema, através da Subsecretaria de Cultura, preparou uma programa-ção bem dinâmica para mostrar a parte cultural da cidade e a religiosa,

tendo como foco o Cí-rio de Nossa Senhora de Nazareth, considerado o mais antigo do país.

Dia 19/07 será cele-brado o Dia da Cultura Saquaremense, com ex-posição do Círio de Na-zareth na Casa de Cultura Walmir Ayala, em frente à Prefeitura Municipal. Uma síntese do que se refere à celebração, que acontece dia 8 de setem-bro, será mostrada aos turistas.

Após visitarem a Casa de Cultura, os fiéis se diri-girão ao Teatro Municipal Mario Lago, onde haverá apresentações de teatro, carnaval de Jaconé, dan-ça e capoeira da Daumas Academia e Maculelê pelo grupo Primeiro Pas-so. Para finalizar haverá uma procissão que sairá da Casa de Cultura até a Igreja de Nossa Senhora de Nazareth.

Regina Mota

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4 nº 208 - julho de 2013

LITERATURA

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

EXPEDIENTEDiagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 SAQUAREMA - RJ CEP 28990-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 9201-3349 ( (22) 8818-6164 ( (22) 9982-4039 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.br. Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

POLÍTICA

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A POESIA DE HOJE EM DIAGerson Valle

Hoje em dia há muita gente escrevendo poesia no Brasil. Talvez, aliás, não seja um fenômeno novo. Já no século XIX todo jovem sentia-se obrigado a escre-ver um soneto à namorada. Mas, se se escreve muito verso por aí, o que esta gen-te toda lê? Nas livrarias ven-dem-se pouquíssimos livros de poesia (e chega a emocio-nar saber da boa vendagem recente de Paulo Leminski). Há poucos suplementos li-terários que ainda sobrevi-vem – acaba de chegar ao fim o “Sabático” de “O Es-tado de São Paulo”, e “A Fo-lha de São Paulo” terminou há poucos anos seu “Mais”, enquanto “O Globo” man-tém um “Prosa e Verso” aos sábados cada vez com mais matérias de assuntos só in-diretamente literários... Es-creve-se, mas não se lê po-esia. Como, então, se pode escrever, se a poesia não está nos hábitos e conheci-mentos das pessoas?

A maior parte não distin-gue o significado da poesia. Acha-se que toda ideia sen-timental expressa em fra-ses trepadas em carreirinha uma em cima da outra, é poesia. Aliás, Mário de An-drade já alertara para este perigo nascido do verso li-vre do Modernismo. Disse-ra que muita gente pensaria que colocar frases em for-ma de poesia, uma vez que não se exigia mais a metri-ficação, tornava-a poeta. O que tais pessoas não se dão conta é que a poesia, dife-rentemente da prosa, não é uma descrição lógica de um pensamento, dentro das regras de gramática, mas aproxima-se mais das colo-cações subjetivas, intuídas ou de percepções pouco cla-ras, construídas em formas de expressão próprias, sen-do desprezíveis os lugares comuns piegas. E são exa-tamente tais “lugares” que frequentam os falsos versos que mais escrevem por aí. A poesia, na verdade, é mais significativa quando se cho-ca com valores óbvios repe-tidos em toda parte. É difícil uma boa poesia que repita simplesmente obviedades, como a do amor filial ou de comemorações festivas, por mais que a maior parte das pessoas pense ser esta a razão da poesia... Para tirar poesia desses temas tem-se de encontrar imagens não usuais. A metáfora, a meto-nímia e a conjugação musi-

cal das palavras são as mar-cas mais emblemáticas da poesia, de uma forma geral.

Tenho encontrado tam-bém os “continuadores” do “soneto à namorada” do século XIX, que seguem a cartilha do verso ter de ser metrificado e rimado como único parâmetro que co-nhecem para distinguir uma poesia. Tal como os que cito acima, também não são leitores de poesia, pois de-monstram desconhecer to-das as escolas que se passa-ram no século XX, fazendo a estranha divisão da História da Poesia em “tradicional” (metrificadas e rimadas) e “modernas” (todas as esco-las do século XX, que, acre-dito, variaram mais que as de vários séculos que o an-tecedeu). Apreciam apenas o parnasianismo formalista decadente brasileiro de fim do século XIX, princípio do XX. Atém-se, em geral, ao soneto como sendo tudo de mais nobre que exista em linguagem artística. Efeti-vamente, os quatorze versos como limite imposto à boa síntese (elemento indiscutí-vel da poesia, que serve até de definição da própria po-esia por um dos mais con-sagrados poetas do século XX, Ezra Pound) têm sido cultivados há uns oitocentos anos por poetas de diver-sas tendências – há quem veja até algo de cabalístico na duplicação do número 7. Porém, não basta contar as sílabas (o que qualquer colegial está apto a fazer) e colocar-lhes as rimas co-nhecidas já de todo mundo na disposição dos versos em 4-4-3-3 para que seja boa poesia. Muitos, nesta prática, como não leram nem os pré-modernistas como Rimbaud, Walt Whit-man, Mallarmé, Verhaeren, Apollinaire ou Sá Carneiro, pensam que a poesia tem por fim a escrita lógica de sintaxe impecável. Nem por curiosidade se aproxi-maram da primeira metade do século XX de um heterô-nimo de Pessoa, Álvaro de Campos (autor de uma das mais emblemáticas exposi-ções de sentimento poético de todos os tempos, “Taba-caria”), Elliot, Saint John-Perse, Lorca, Neruda... O que compõem, na verdade, é uma prosa (dentro de uma sintaxe absolutamente ra-cional) metrificada e rima-da. Não percebem sequer que a rima em poesia tem por finalidade a musicali-dade nos sons das palavras,

independendo de ser conso-ante, se em aliteração, toan-te, grupos consonantais ou repetições vocálicas... Tudo que sabem é a rima en-contrável em dicionário. É uma “poesia de dicionário”. Como lhes importa acima de tudo o significado do que es-crevem, abusam de elemen-tos pouco poéticos como conjunções e pronomes re-lativos para “explicarem”, deselegantemente, seus ver-sos, como de palavras abso-lutamente pedantes, pouco sonoras e coisas que tais. O pior é que, pela necessida-de métrica, toda percepção poética pode escorrer pelo esgoto. Assim, se se preci-sa de três sílabas e a rima para “lábios seus”, inventa-se um “ai, meu Deus” que sempre cabe tal lamentação em qualquer situação, por ser possivelmente lamentá-vel toda situação humana. Fazem questão de encerrar seus sonetos com “chave de ouro”. Mas, não percebem, por vezes, que a verdadeira “chave de ouro” é a do im-previsto, original, chocante ou reflexiva. Assim, basta para eles, por exemplo, um verso como “A morte acaba tudo que há na vida!” por ser um decassílabo perfeito e meio retumbante. Mas, que a morte acaba com a vida é tautológico! São reis da tautologia, da obviedade, do lugar comum...

Tais poetas desprezam Drummond, obviamen-te, pois Drummond é an-tirretórico por natureza e mantém uma postura meio irônica e filosófica que tais “namorados antigos” desco-nhecem. Drummond é a po-esia maior sincera e adulta, quando eles permanecem na infantilidade dos temas simplórios e são meramente formais. E com Drummond perdem a possibilidade de conhecer o caminho que lhes levaria para uma poesia mais verdadeira.

Por outro lado, esta poesia

mais verdadeira existe. Há bons poetas brasileiros no momento que prosseguem pelas diversas renovações dos últimos cem anos. Tal-vez não renovando tanto (depois de tudo que o século XX trouxe de “revoluções”, é até difícil se dizer algo novo), mas se atendo às conquistas de todos os modernismos. Muitos, por uma intuição poética, sabem se expressar não tendo uma leitura tão grande, nem procurando teorias que justifiquem suas linguagens. O poeta nato acaba por alcançar a percep-ção do que deve dizer e sua maneira. A poesia parte do interior das pessoas. Claro que quando se alia ao gosto pela leitura e reflexões sobre a correlação literária com seu tempo aparecem maio-res oportunidades de criação e originalidade (estilo pró-prio). Mas, aí também tem ocorrido um fenômeno que merece uma reflexão maior, e que já não cabe neste ar-tigo por falta de espaço: o distanciamento de muita li-nha contemporânea de uma linguagem mais acessível ao grande público. O subjeti-vismo da poesia, aumentado com o surrealismo da década de 1920, tem acarretado em muitos a pergunta: “É arte pela arte? Vale tudo? Então, por que perco meu tempo quando poderia estar usan-do-o em coisas mais palpá-veis?” São perguntas difíceis de se responder, e que mere-cem exame caso a caso. De qualquer forma, parece-me que tal “distanciamento” também seja responsável pela pouca leitura de poesia, mesmo entre poetas. E, no entanto, hoje em dia há tan-tos elementos legados pelo passado recente e distante para a composição poética! Se há, por outro lado, uma crise na comunicação, ela não é um caso isolado da poesia, mas sim de todas as artes (à exceção das mani-festações populares, e, claro,

de massa, onde se destaca a música, e aí, curiosamente, onde se encaixa a forma po-ética mais consumida, a da letra de música). Acredito que todos que escrevemos poesia devemos refletir so-bre tais questões, e procurar divulgar mais não somente o que escrevemos, mas sobre-tudo a poesia de outros e de sempre, pois é com o prazer criado pelo hábito da leitu-ra que as linguagens vão se clareando e nossas imagens saindo da estranheza do des-conhecido. Afinal, se muitos escrevem poesia é porque ela é uma necessidade inerente ao nosso espírito.

NOTA DO AUTORNa página 5 um poema

de minha autoria fora dos parâmetros clássicos de um soneto, mas cuja estrutura o comprime em 14 versos, que assim se obrigam a sin-tetizar o tipo de clima numa descrição que poderia se perder em prosa, se não li-mitada. Aliás, pessoalmen-te, eu acho que a síntese em poesia é mais direcionada aos versos e não ao poema, pois este admite formas analíticas como as epopeias, e ninguém dirá que “Os Lu-síadas” não são um poema. E até romance narrado em poesia, como o “Eugê-nio Onéguin” de Púshkin (Curiosamente com estro-fes de 14 versos, conhecidas, pelo tipo próprio de alter-nância de rima, como sone-tos Púshkin). Tenho escrito versos metrificados (inclusi-ve em sonetos), aproveitan-do qualquer instrumento que me chega na construção poética. Aqui preferi que o ritmo independesse da mé-trica, e o ritmo segue meu estilo de tendência musi-cal, talvez neo-simbolista, bem a propósito ao tratar da “Belle-époque”. Se acaso aparece algum alexandrino com dois hemistíquios, juro que foi casual (quem sabe pelo uso do cachimbo?). Re-conheço, por outro lado, que o ritmo como a sonoridade expressa podem ser pres-cindidos nas imagens puras da poesia contemporânea. Em resumo, existem mais elementos verdadeiramente poéticos na multifacetada poesia de hoje em dia (que além de todos as escolas modernistas herda milênios de poetar) do que supõe a mera regularidade “fabri-cada” academicamente por simples métrica e rima al-ternada, emparelhada ou intercalada.

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Denúncias contra Miguel Jeovani eram

improcedentes

Foi anunciada, no dia 3 de julho, a sentença do Juiz Elei-toral Rafael de Oliveira Mona-co referente ao processo 737-64.2012.6.19.0092, em que era pedida a cassação do mandato do atual prefeito de Araruama, Miguel Jeovani (PR), sob a acusação de que teria colabo-rado com compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições majoritárias de 2012. Assim como ocorrido uma se-mana antes, em que o prefeito foi inocentado em outros três processos, mais uma vez as acusações foram consideradas improcedentes.

Os advogados de defesa contestaram as denúncias, alegando inexistência de pro-vas idôneas e ausência de ele-mentos que configurassem a participação direta de Miguel Jeovani ou mesmo sua concor-dância com tais ações.

Após ouvidas as testemu-nhas, a defesa argumentou que houve fraude processual, uma vez que após as eleições pessoas desconhecidas, e em locais distintos, se apresen-taram, conjuntamente, para denunciarem as supostas ir-regularidades. Também foi salientado que duas testemu-nhas chegaram a se retratar das declarações prestadas ao Ministério Público pois teriam sido encaminhadas por pes-soas ligadas a grupo político derrotado naquela eleição. Um dos depoimentos chegou a ser confeccionado num escritório de advocacia ligado à oposição, o que retiraria qualquer credi-bilidade da denúncia.

Na sentença que absolveu Miguel Jeovani das acusações, o juiz eleitoral considera que o conjunto de provas apre-sentado não foi contundente, deixando dúvidas sobre sua fundamentação. Segundo ele, nenhuma prova foi produzida que atestasse qualquer condu-ta de Miguel Jeovani e seu vice, Anderson Moura, que pudesse abalar a normalidade das elei-ções, não havendo nenhuma comprovação de que tenha havido uso indevido do poder financeiro para obtenção de vantagem direta ou indireta no resultado do pleito eleitoral.

Em relação à captação ilícita de sufrágio (compra de votos), o juiz levou em consideração a retratação formalizada por tes-temunhas de que teriam rece-bido dinheiro para incriminar o atual prefeito. Também hou-ve constatação de grandes in-congruências no depoimento das demais testemunhas, apre-sentando distorções que fragi-lizam sua credibilidade, além de falta de verossimilhança, reunindo várias contradições.

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Suplicamos a Deus que benevola-mente conceda Sua graça a todos os homens e lhes possibilite atingir

o conhecimento d’Ele e de si próprios. Por minha vida! Quem O tiver conheci-do, haverá de alçar voo na imensidão de Seu amor e se desprender do mundo e de tudo o que nele está. Nada na terra

haverá de desviá-lo de seu curso - quanto menos aqueles que, incitados pelas vãs imaginações, dizem as coisas que Deus proibiu. (Bahá’u’lláh)

5nº 208 - julho de 2013

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SALMO DAS FORMIGUINHAS

Luis Augusto Cassas

tornai invisíveisas formiguinhasprotegei-as do sapatodo homem sem clemênciaprincipalmenteas que andam sóspor serem coletivas

Luis Augusto Cassas reside em São Luis-MA

ROMANCE “BELLE-ÉPOQUE”

Gerson Valle

Talvez nos tivéssemos vistonuma “Gymnopédie” de Erik Satiequando o limite do mundo era alisob o céu gris de Paris.

Em nosso interior procurávamospanaceias de novas janelas,sensações preciosíssimas da primaveraem meio às mãos frias de outros símbolos.

Por livros espalhados à margem do Senaatravessávamos nosso doido amormarcado por um doce atrevimento impressionista.

Não havia razão de sermos esquecidos,tendo a todo lado “boulevards” monumentais,nos abrigando, “hélas!”, em nosso aparente eterno encanto...

Gerson Valle reside em Petrópolis-RJ e é membro titular da Academia Brasileira de Poesia.

Buganville

Leonardo Barros Medeiros

Certo dia acordei disposto para roubar. Foi um galho em flor da trepadeira. A vizinha nem notou. Agora sou um ladrão de manhãs com beija-flor.

Leonardo Barros Medeiros é professor de Literatura Brasileira

sem telhas

Marcelo J. Fernandes

Como um ladrão de mimRecolho pertences váriosDespojos de outro tempoEm que não mais caibo

Cada parte celebra minha ausênciaE aprimora os vaziosNuma festa de vértices e faces;Paredes nuas dissolvem a sombra E o ar revolve odores acres

Já vivi em tantas casas Em tantos lugares Em tantos anos Em tantos cantosMas só agora saio desta

A despedida goteja, agoniza,Escorre lenta sob as portas, Desce escadas, toma frestasentre escombros, até a calçada de pedrasE qual Perseu, não olho sobre os ombros.

Antes da última volta da chave,Confiro algo que não há maisUm sentido que se perdeUma urgência se instalaEnquanto aranhas desfazem as teias,o gato se acerca,de mim se apossaTenta deter o movimento em vãoLambe a mão e a lágrima, e constato:- Nem mesmo a dor agora é nossa.

Marcelo J. Fernandes é professor universitário, membro do conselho editorial do Jornal Poiésis.

CHAMA VIVA

Giancarlo Kind Schmid

A chama tremulaComo eu, trêmuloE o fogo simulaConflito, êmulo.

Liberto, serei Levando a chamaEnquanto ouvireiA vida que clama.

Seguindo a luzGuia-me em amparoPois só me conduzO rumo ao claro.

A chama continuaTremulando, vivaAssim como euVia não cursiva.

Giancarlo Kind Schmid é tarô-terapeuta, reside em Petrópolis-RJ.

AMIGO

Ari Lins Pedrosa

Amigo é como água-marinha,é pedra preciosa presa na linha,é igual à prataque é importante na grande data.

Amigo é fruto da travessia,Ano-e-dia, enfrentando ventania.

Ari Lins Pedrosa é natural de João Pessoa-PB (1958). O poema acima foi extraído de seu livro “Ariel” (Scor-tecci, 2012)

CONCURSO DE POESIA - Estão abertas até 25 de agosto as inscrições para o concurso de poesia com o tema “Petrópo-lis e Cultura”, que será realizado no Centro Cultural Estação Nogueira. O objetivo do concurso é estimular a atividade criadora e sensibilizar a sociedade para o real valor da arte literária e da cidade de Petrópolis. A coordenação é de Dau-ra Rocha Barbosa de Resende e João Sérgio Jr. Os candidatos poderão concorrer com uma poesia e duas trovas sobre o tema, em qualquer estilo, sendo que a poesia não poderá ultrapassar 02 (duas) laudas - papel ofício em cinco vias. Os trabalhos deverão ser enviados para o endereço: Centro Cultural Estação Nogueira – Av. Leopoldina 317, Nogueira – Petrópolis/RJ, CEP: 25730-203, com título “Concurso Cida-de de Petrópolis”, assinado com pseudônimo, tendo anexo, dentro, envelope com nome, endereço, telefone e e-mail (la-crado). Enviar em anexo 05 (cinco) selos porte simples para resposta.

POESIA MARGINAL - O acadêmico Atahaul-pa Pereira Filho realizou palestra no dia 19 de junho abordando o tema “poesia mar-ginal”. No Brasil, o termo Poesia Marginal ficou mais ligado à década de 70, à chama-da Geração Mimeógrafo, formada por um grupo de poetas que, diante de um período de censura prévia, passou a imprimir seus poemas em mimeógrafos, confeccionando assim seus livros de forma artesanal. E passou a vendê-los em bares, em fila de teatros e cinemas.

ASSEMBLEIA GERAL - A ABP realiza no dia 17 de julho, às 17h30, assembleia geral para eleição dos novos acadêmi-cos titulares. Estão concorrendo às vagas os poetas Luciana Cunha, Ivone Sol, Sergio Geronimo, Mozart Carvalho, Alvaro Assis, Renata Gaspar, Paulo Roberto Cunha e Robert Shel-don.

TROVAS - Dando continuidade ao ciclo de palestras da ABP, o acadêmico titular Roberto Franciso falará sobre a trova, no dia 17 de julho, às 19 horas, na Casa Cláudio de Souza. A entrada é franca.

DESPERTAR COM POESIA - Após consulta com vários mem-bros, a diretoria da ABP optou por encerrar o Chá Poético, que vinha sendo realizado na última sexta-feira de cada mês. A última edição aconteceu no dia 28 de junho. O objetivo é concentrar os encontros mensais no evento Despertar com Poesia, projeto que teve grande aceitação, tendo sua primei-ra edição realizada no dia 9 de junho. O encontro informal conta com participações livres de declamação, números mu-sicais, conversas e debates, enquanto todos se reúnem em torno de uma mesa de café e chá, com itens fornecidos pelos próprios participantes.

Vane Oliveira

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6 nº 208 - julho de 2013

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MAMAS fará campanha de proibição de venda de bebidas alcoólicas

a menores em Saquarema

Festa de São Joãono Pantanal

3 anos do Fala Cidadão - O jornalista Arlindo Junior irá comemorar o aniversário do programa que mantém na Rádio Costa do Sol, em Araruama. Será dia 26/07 no Espaço Imperial do Sítio Ilha do Lazer Miguel Jeo-vani, com shows do cantor Ricky Vallen e da dupla ser-taneja Charles e Juliano. Pa-rabéns e sucesso, sempre!

Documento Bahá’í é entre-gue a Franciane - A prefeita de Saquarema, Franciane Motta, recebeu o livro inti-tulado Bahá’u’lláh. Trata-se de um documento feito pela Comunidade Internacional Bahá’í e que já fora entregue a inúmeros líderes governa-mentais de todo o mundo, como os presidentes dos EUA e do Brasil. É um relato sobre a história do fundador da religião.

Em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Capital do Pantanal, a festa realizada em comemoração a São João é a mais famosa em todo o Centro Oeste e reuniu esse ano cerca de quarenta mil pessoas.

O ponto culminante da festa é quando os andores com a imagem do santo descem a Ladeira Cunha e Cruz até o Porto Geral, onde banham São João na água. Ao se encontrarem na ladeira há um cumprimento, ao som de bandas que tocam um hino que acaba finalizando com ritmo de carnaval.

Esse ano a Prefeitura Municipal presenteou moradores e turistas com o show de Moraes Moreira, além das ban-das regionais e locais, com música sertaneja e chamamé.

Saquá Instrumental - O músico Thiago Perninha reuniu vários amigos para o evento que aconteceu pela primeira vez no Teatro Municipal Mario Lago, em Saquarema. Quem compareceu pôde conhecer um pouco os artistas que, por iniciativa própria e sem maiores apoios, levam felicidade às pessoas através da música. Parabéns a todos!

Sonho realizado - A can-tora Joyce Carneiro con-seguiu cantar junto com o cantor Daniel durante as festividades do aniver-sário de Saquarema esse ano. Foi a realização de um dos seus sonhos. Na ocasião ela o entregou um CD com algumas mú-sicas próprias. Serão mo-mentos que ficarão para sempre na memória.

Oliveira Cake’s - Em apenas uma tarde as irmãs Joice e Daiane demonstraram os variados pratos que confeccio-nam para festas em Saquarema e região. Tortas, bolos e doces foram servidos aos convidados. O evento Degustar 2013 também teve o apoio da amiga Alessandra Costa.

Encontro de andores - Mais de 80 andores se encontra-ram às margens do Rio Paraguai durante o banho de São João. A festa foi levada por imigrantes portugueses.

Moradores fazem festa em casa - Esse é o costume antes de sair para banhar o santo. A festeira Bianca reúne ami-gos para uma animada festa com direito a quadrilha e degustação da culinária pantaneira.

Festival de Viola de Cocho - A vice prefeita Márcia Rolon, que também é diretora-presidente da Fundação de Cultu-ra, ao lado do violeiro Agripino Soares de Magalhães. O festival também fez parte das comemorações.

O Movimento Articula-do de Mulheres e Amigas de Saquarema (MAMAS) esteve presente na reu-nião do Conselho Comu-nitário de Segurança, re-alizado no dia 03/07, na sede da OAB. Na ocasião foi anunciada a participa-ção na campanha contra a venda de bebida alcoólica a menores.

O plano de ação para a campanha inclui, princi-palmente, a informação aos comerciantes, através de panfletos e cartilhas, fornecidos pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente – DPCA/RJ. As participantes do MA-MAS deverão percorrer bares, boates, restauran-tes, quiosques e outros estabelecimentos que comercializam bebida alcoólica, onde também pretendem afixar cartazes alusivos à campanha.

São várias as preocu-pações do MAMAS, como

Regina Mota

Integrantes do MAMAS falaram sobre a campanha na reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Saquarema

pode ser notado num trecho do documento: “A Campanha é impor-tante, para que o núme-ro de adultos dependen-tes seja menor, quanto mais cedo começa o uso do álcool, mais chances de dependência o jovem terá. Crianças e jovens que fazem uso de bebidas alcoólicas estão mais pro-pensos a doenças sexu-almente transmissíveis, gravidez precoce, agres-sividade e baixo índice escolar.”

O vereador Chico Pe-res já havia apresentado na Câmara dos Vereado-res um projeto de lei re-ferente ao assunto, o que sensibilizou o movimen-to de mulheres, fazendo com que viessem a abra-çar a causa. O próximo passo será um trabalho voltado para as escolas, com a conscientização de alunos de várias faixas etárias.

Postos de Saúde são inaugurados

O mês de junho foi marca-do pelas inaugurações na área de saúde em Saquarema. Em Vilatur, a Prefeitura reabriu a Unidade de Saúde da Família que foi totalmente reforma-da, com consultórios médico, ginecológico e odontológico, recepção, salas de expurgo, curativo, vacinação, educação e saúde, copa/cozinha, reu-niões, DML, guarda de ma-terial, farmácia e banheiros para funcionários e pacientes. A unidade também recebeu nova área externa, com muro e jardinagem novos.

Também foram inaugura-das as unidades de saúde em Água Branca e Rio da Areia. Na solenidade de entrega das obras, a prefeita Fran-

ciane Motta ressaltou seu empenho em trabalhar em favor de mais investimento para a saúde durante seu se-gundo mandato, e convidou a população a ser mais par-ticipativa em reconhecer seu esforço como administrado-ra pública.

“É importante participar e ver o que acontece no mu-nicípio. Estamos vivendo momentos de crítica, de re-pensar um monte de coisas. Mais importante do que ir para a rua se manifestar, é vir acompanhar o que o mu-nicípio faz, porque mesmo a gente que faz parte do go-verno não dá conta de tanta coisa que acontece”, disse a prefeita.