2019 – simulado objetivo – 8º ano – 1º...

20

Upload: others

Post on 07-Jan-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

1

LÍNGUA PORTUGUESA O texto de Luis Fernando Verissimo é base para as cinco questões a seguir.

O ASSALTO

Quando a empregada entrou no elevador, o garoto entrou atrás. Devia ter uns dezesseis, dezessete anos. Preto. Desceram no mesmo andar. A empregada com o coração batendo. O corredor estava escuro e a empregada sentiu que o garoto a seguia. Botou a chave na fechadura da porta de serviço, já em pânico. Com a porta aberta, virou-se de repente e gritou para o garoto:

- Não me bate! - Senhora? - Faça o que quiser, mas não me bate! - Não, senhora, eu... A dona da casa veio ver o que estava havendo. Viu o garoto na porta e o rosto apavorado da empregada e

recuou, até pressionar as costas contra a geladeira. - Você está armado? - Eu? Não. A empregada, que ainda não largara o pacote de compras, aconselhou a patroa, sem tirar os olhos do garoto: - É melhor não fazer nada, madame. O melhor é não gritar. - Eu não vou fazer nada, juro! – disse a patroa, quase aos prantos. – Você pode entrar. Você pode fazer o

que quiser. Não precisa usar de violência. O garoto olhou de uma mulher para a outra. Apalermado. Perguntou: - Aqui é o 712? - O que você quiser. Entre. Ninguém vai reagir. O garoto hesitou, depois deu um passo para dentro da cozinha. A empregada e a patroa recuaram ainda

mais. A patroa esgueirou-se pela parede até chegar à porta que dava para a saleta de almoço. Disse: - Eu não tenho dinheiro. Mas o meu marido deve ter. Ele está em casa. Vou chamá-lo. Ele lhe dará tudo. O

garoto também estava com os olhos arregalados. Perguntou de novo: - Este é o 712? Me disseram para pegar umas garrafas no 712. A mulher chamou, com a voz trêmula: - Henrique! O marido apareceu na porta do gabinete. Viu o rosto da mulher, o rosto da empregada e o garoto e

entendeu tudo. Chegou a hora, pensou. Sempre me indaguei como me comportaria no caso de um assalto. Chegou a hora de tirar a prova.

- O que você quer? – perguntou, dando-se conta em seguida do ridículo da pergunta. Mas sua voz estava firme. - Eu disse que você tinha dinheiro – falou a mulher. - Faço um trato com você – disse o marido para o garoto – dou tudo de valor que tenho em casa, contanto

que você não toque em ninguém. E se as crianças chegarem de repente? Pensou a mulher. Meu Deus, o que esse bandido vai fazer com as

minhas crianças? O garoto gaguejou: - Eu... eu... é aqui que tem umas garrafas para pegar? -Tenho um pouco de dinheiro. Minha mulher tem joias. Não temos cofre em casa, acredite em mim. Não

temos muita coisa. -Você quer o carro? Eu dou a chave. Errei, pensou o marido. Se sair com o carro, ele vai querer ter certeza de que ninguém chamará a polícia.

Vai levar um de nós com ele. Ou vai nos deixar todos amarrados. Ou coisa pior... - Vou pegar o dinheiro, está bem? – disse o marido. O garoto só piscava. - Não tenho arma em casa. É isso que você está pensando? Você pode vir comigo. O garoto olhou para a dona da casa e para a empregada. - Você está pensando que elas vão aproveitar para fugir, é isso? – continuou o marido. – Elas podem vir

junto conosco. Ninguém vai fazer nada. Só não queremos violência. Vamos todos para o gabinete. A patroa, a empregada e o Henrique entraram no gabinete. Depois de alguns segundos, o garoto foi atrás.

Enquanto abria a gaveta chaveada da sua mesa, o marido falava: - Não é para agradar, mas eu compreendo você. Você é uma vítima do sistema. Deve estar pensando,

“Esse burguês cheio da nota está querendo me conversar”, mas não é isso não. Sempre me senti culpado por viver bem no meio de tanta miséria. Pode perguntar para a minha mulher. Eu não vivo dizendo que o crime é um problema social? Vivo dizendo. Tome. É todo o dinheiro que tenho em casa. Não somos ricos. Somos, com alguma boa vontade, da média alta. Você tem razão. Qualquer dia também começamos a assaltar para poder comer. Tem que mudar o sistema. Tome.

O garoto pegou o dinheiro, meio sem jeito.

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

2

- Olhe, eu só vim pegar as garrafas... - Sônia, busque as suas joias. Ou melhor, vamos todos buscar as joias. Os quatro foram para a suíte do casal. O garoto atrás. No caminho, ele sussurrou para a empregada: - Aqui é o 712? - Por favor, não! – disse a empregada, encolhendo-se. Deram todas as joias para o garoto, que estava cada vez mais embaraçado. O marido falou: - Não precisa nos trancar no banheiro. Olhe o que eu vou fazer. Arrancou o fio do telefone da parede. - Você pode trancar o apartamento por fora e deixar as chaves lá embaixo. Terá tempo de fugir. Não

faremos nada. Só não queremos violência. - Aqui não é do 712? Me disseram para pegar umas garrafas. - Nós não temos mais nada, confie em mim. Também somos vítimas do sistema. Estamos do seu lado. Por

favor, vá embora! * A empregada espalhou a notícia do assalto por todo o prédio. Madame teve uma crise nervosa que durou

dias. O marido comentou que não dava mais para viver nesta cidade. Mas achava que tinha se saído bem. Não entrara em pânico. Ganhara um pouco de simpatia do bandido. Protegera o seu lar da violência. E não revelara a existência do cofre com o grosso do dinheiro [...] atrás da odalisca.

(Verissimo. L. F. Festa de criança. São Paulo: Ática, 2000, p. 59) 1. A crônica de Luis Fernando Verissimo narra um fato relativamente comum nas grandes cidades. Nesse

sentindo, o texto constrói uma crítica a) às classes altas e seus privilégios. b) à forma como os trabalhadores domésticos são tratados. c) ao desenvolvimento do trabalho informal e suas precariedades. d) ao comportamento de pessoas desconhecidas em ambientes familiares. e) ao preconceito social e racial enraizados na sociedade. GABARITO: E COMENTÁRIO: O aluno precisa inferir a partir da descrição do personagem e das demais pistas contextuais que a reação das pessoas em relação a sua presença envolve um preconceito racial e social.

Trecho da introdução da crônica:

“Quando a empregada entrou no elevador, o garoto entrou atrás. Devia ter uns dezesseis, dezessete anos. Preto. Desceram no mesmo andar. A empregada com o coração batendo.”

2. Nesse trecho, a expressão com “com o coração batendo” corresponde à ideia de que a) a empregada estava apreensiva com a presença do menino no mesmo espaço que ela. b) havia muita emoção no encontro da empregada e do menino. c) a emprega apaixonou-se pelo garoto assim que o viu no elevador. d) o menino despertou na empregada medo, porque ela ficou preocupada com o que seus patrões pensariam

da situação. e) as pessoas estavam muito entusiasmadas com a situação que estava ocorrendo. GABARITO: A COMENTÁRIO: Pelo contexto e pela maneira como a empregada reage e lida com o menino, é preciso compreender que o coração batendo corresponde a uma aflição sentida por ela ao dividir o espaço com um rapaz negro.

3. No decorrer do texto, por várias vezes, o garoto pergunta às pessoas se lá era o 712 e comenta que estava

ali para pegar umas garrafas. As pessoas não ouviam o que ele dizia porque a) estavam distraídas realizando outras tarefas. b) acreditavam que aquela situação era um mal entendido. c) acreditavam na experiência que a empregada havia passado com o menino. d) estavam agindo de maneira preconceituosa devido à aparência do garoto. e) estavam aterrorizadas com os perigos da grande cidade. GABARITO: D COMENTÁRIO: É preciso inferir da leitura e das pistas que são apresentadas ao longo da leitura do texto que, como o menino quase não fala, a única motivação para a reação das pessoas era o preconceito racial.

4. No trecho “A empregada espalhou a notícia do assalto por todo o prédio. Madame teve uma crise nervosa

que durou dias. O marido comentou que não dava mais para viver nesta cidade. Mas achava que tinha se saído bem.” a conjunção em destaque pode ser substituída, sem que ocorra perda semântica, pela conjunção

a) contudo. b) portanto. c) que.

d) logo. e) assim.

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

3

GABARITO: A COMENTÁRIO: O aluno precisa identificar e compreender que MAS é uma conjunção adversativa para, assim, ser capaz de selecionar a conjunção CONTUDO, que apresenta igualmente valor adversativo.

5. A conjunção coordenativa destacada na passagem “O marido apareceu na porta do gabinete. Viu o rosto da mulher, o rosto da empregada e o garoto e entendeu tudo.” apresenta ideia de

a) adição. b) alternância. c) oposição.

d) explicação. e) conclusão.

GABARITO: A COMENTÁRIO: É preciso compreender que, nesse contexto, a conjunção E está sendo empregada para somar, adicionar ideias dentro do período composto.

Este texto, de Drauzio Varella, é a base para as quatro próximas questões.

O vício de comer

O povo diz que os gordos são mentirosos e preguiçosos; andam pouco e comem mais do que confessam. Essa visão preconceituosa está por trás do atraso da medicina no tratamento da obesidade. Quando

alguém com excesso de peso procura ajuda médica, a única prescrição que leva para casa é a de reduzir o número de calorias ingeridas.

Existe recomendação mais fadada ao insucesso? É o mesmo que aconselhar o alcoólatra a beber com moderação. Quem consegue controlar a compulsão para comer ou beber não engorda nem fica bêbado.

A primeira descoberta relevante no campo da obesidade só aconteceu nos anos 1990, quando Coleman e Friedman relataram que certos ratos obesos eram insaciáveis, porque apresentavam um defeito genético nas células do tecido adiposo, que as tornava deficientes na produção de leptina – hormônio ligado à inibição do apetite.

Foi a demonstração inequívoca de que havia fatores hormonais envolvidos na obesidade. Logo ficou claro, entretanto, que essa visão hormonal era incompleta: 1) são raros os casos de deficiência

de leptina. 2) muitos obesos, ao contrário, produzem níveis mais altos de leptina, insulina e outros hormônios inibidores da fome, mas são pouco sensíveis a seus efeitos.

A visão atual compara a neurobiologia da obesidade à da compulsão por drogas, como cocaína ou heroína. Quando a fome aperta, hormônios liberados pelo aparelho digestivo ativam os circuitos cerebrais de

recompensa localizados no núcleo estriado. Essa área contém concentrações elevadas de endorfinas, mediadores ligados à sensação de prazer.

À medida que o estômago se distende e os alimentos progridem no trato digestivo, há liberação de hormônios que reduzem gradativamente o gosto que a refeição traz, tornando os alimentos menos atraentes. Os hormônios que estimulam ou diminuem o apetite agem por meio do ajuste fino dos prazeres à mesa.

Carboidratos e alimentos gordurosos subvertem essa ordem. São capazes de excitar sensorialmente o sistema de recompensa a ponto de deixá-lo mais resistente aos hormônios da saciedade. Esse mecanismo explica por que depois do terceiro prato de feijoada, já com o estômago prestes a explodir, encontramos espaço para a torta de chocolate.

À medida que o peso corpóreo aumenta, o organismo responde aumentando os níveis sanguíneos de leptina, insulina e outros supressores do apetite.

Como consequência, surge tolerância crescente às ações desses hormônios. Na obesidade, os circuitos de recompensa respondem mal à presença de alimentos no estômago, exigindo quantidades cada vez maiores para disparar a saciedade. Pessoas obesas precisam comer mais para experimentar a mesma sensação de plenitude acessível com quantidades menores às mais magras.

Como defende Paul Kenny, do Scripps Research Institute, da Flórida: “A obesidade não é causada por falta de força de vontade. Como nas drogas causadoras de dependência, a compulsão pela comida provoca um feedback nos centros cerebrais de recompensa: quanto mais calorias você consome, mais fome sente e maior é a dificuldade para aplacá-la”.

Essa armadilha não lembra, de fato, a que aprisiona dependentes de nicotina, cocaína, álcool ou heroína? O efeito sanfona não é comparável às recaídas dos usuários dessas drogas? Faz sentido: a evolução não criaria um sistema de recompensa para cada forma de compulsão.

Durante milhões de anos, a sobrevivência de nossos ancestrais esteve ameaçada pela escassez de alimentos. Como ativar a saciedade era preocupação secundária, a seleção natural privilegiou aqueles dotados de circuitos cerebrais mais eficientes em estimular a fome do que em suprimi-la.

Os avanços da culinária, a fartura, a disponibilidade de alimentos industrializados ricos em gorduras e carboidratos, os sucos, refrigerantes, biscoitos e salgadinhos ao alcance das crianças, a cultura de passar horas à mesa e a vida sedentária, criaram as condições ambientais para que a epidemia de obesidade se disseminasse.

Segundo o IBGE, há 52% de brasileiros com excesso de peso ou obesidade, número que nos Estados Unidos ultrapassou 70%. Em poucos anos chegaremos lá.

(Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/obesidade/o-vicio-de-comer/. Acesso em: 10/03/2018.)

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

4

6. O texto desenvolve um tema muito debatido nos dias atuais. Drauzio Varella, autor do texto, entende que a população se comporta de forma preconceituosa porque

a) sabe que os obesos são preguiçosos. b) a forma como a medicina lida com a obesidade é atrasada. c) a medicina estuda os hábitos alimentares dos obesos de forma pouco clara. d) as pessoas que têm obesidade sentem vergonha e discutem pouco esse assunto. e) sabe que a obesidade é resultado de pouco esforço e dedicação em relação a dietas. GABARITO: B COMENTÁRIO: O aluno precisa estar atento às informações presentes ao longo do texto. Uma vez que é um texto de caráter científico, essa informação está contida de forma clara e objetivo no início do texto.

7. Textos como esse, “O vício de comer”, são chamados de textos de divulgação científica. A finalidade desse tipo de texto é

a) ensinar como se faz um relatório científico. b) convencer o interlocutor do ponto de vista defendido pelo autor. c) expor um conteúdo baseado em estudos e pesquisas. d) relatar experiências pessoais. e) narrar fatos do dia a dia. GABARITO: C COMENTÁRIO: Textos de divulgação científica têm como propósito apresentar conteúdos embasados em pesquisas. O aluno deve ser capaz de inferir isso a partir da leitura do texto, uma vez que o médico apresenta diversos dados de pesquisas sobre alimentação e obesidade.

Estes são trechos extraídos do texto de Drauzio Varella, que o ajudarão a responder às questões 8 e 9:

Trecho I “Carboidratos e alimentos gordurosos subvertem essa ordem. São capazes de excitar sensorialmente o sistema de recompensa a ponto de deixá-lo mais resistente aos hormônios da saciedade.” Trecho II “Como defende Paul Kenny, do Scripps Research Institute, da Flórida: ‘A obesidade não é causada por falta de força de vontade’.”

8. No trecho I, o uso do pronome pessoal “lo”, no masculino singular, está a) correto, porque concorda em gênero e número com a locução adjetiva “de recompensa”. b) incorreto, já que não ocorre concordância em número com a expressão “sistema de recompensa”. c) correto, uma vez que concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere – sistema. d) incorreto, porque não está concordando com o advérbio “sensorialmente”. e) incorreto, uma vez que a flexão de número não está de acordo com o substantivo a que se

refere – hormônios. GABARITO: C COMENTÁRIO: É necessário que o aluno compreenda que o pronome -lo retoma para substituir o substantivo sistema, que, assim como ele, está no masculino e singular.

9. No trecho II, o que justifica a ocorrência da palavra em destaque no feminino singular é a a) concordância em gênero e número com os termos “falta” e “força”, que também se encontram no feminino. b) concordância com o substantivo “força”. c) concordância do predicativo do sujeito com o sujeito no feminino singular. d) relação que o predicativo estabelece com o adjunto adverbial. e) necessidade de concordância entre o predicativo e o termo “vontade”. GABARITO: C COMENTÁRIO: Como na frase “A obesidade é causada [...]” tem-se um sujeito feminino singular, o predicativo precisa concordar em gênero e número com ele, logo, também deve estar no feminino e singular.

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

5

As produções abaixo reproduzidas são de autoria de: I, de Ziraldo, cartunista, dramaturgo, escritor, jornalista brasileiro (1932); II, do desenhista e cartunista brasileiro Borjalo (1925-2004).

Texto I Texto II

10. A partir na análise dos elementos verbais e não verbais presentes nas charges anteriores, são construídas

críticas sobre questões ambientais, de modo que a) I e II tratam do mesmo tema e sob idêntica perspectiva, diferenciando-se entre si pelo fato de que Borjalo

produz uma anedota gráfica, enquanto Ziraldo, valendo-se da linguagem verbal, não pode ser considerado, nessa produção, artista gráfico.

b) I e II provocam o riso explorando uma única cena; em I, colabora para a construção do humor a emoção de uma das personagens, expressa por meio da linguagem verbal, mas em II, pela ausência de palavras, não se tem acesso à reação alguma da personagem, o que também produz o humor.

c) o leitor de I, para usufruir o efeito humorístico e perceber a crítica social veiculada, tem de valer-se do conhecimento prévio essencial de que há campanhas de reflorestamento em vários estados do país e que, em alguns deles, há o plantio de árvores de porte já avantajado.

d) I, para criticar com bom humor o comportamento do ser humano, desnuda situação incoerente, em que, para promover uma restauração festiva, ele produz deliberadamente uma perda; II cria o humor ao representar o fato irônico de alguém que transporta troncos ser impedido, por uma árvore, de trafegar.

e) o leitor de II, para desfrutar adequadamente da narrativa, deve reconhecer que o desenho, ao fixar uma única personagem − sem a caricatura que permitiria o reconhecimento da pessoa retratada −, num único e específico momento da sua vida, produz humor que não atinge o efeito de crítica social abrangente.

GABARITO: D Comentário: As opções A, B, C e E são incorretas, pois em A o uso de linguagem verbal não descaracteriza a arte gráfica, ao contrário, muitas vezes ela vem associada à não verbal para instaurar sentido à charge; B os textos usam cenas diferentes para estabelecer a crítica; C o desconhecimento de campanhas de reflorestamento em vários estados do país não impede a instauração de humor no leitor; E a presença de um personagem sem traços caricaturais que o identifiquem acentua o efeito da crítica, tornando-a ainda mais abrangente.

11. A frase que pode substituir corretamente a inscrição na placa apontada por Chico Bento, mantendo-se o sentido e a adequação à concordância nominal, é

a) “Postergada a caça.” b) “Proibido a caça de árvores.” c) “Não é permitida caça!” d) “Caça promulgada!” e) “É proibido caça.”

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

6

GABARITO: E COMENTÁRIO: Nessa questão, é fundamental que o aluno compreenda a mensagem da tirinha para que possa, então, criar uma nova frase com mesmo valor semântico que obedeça à norma de concordância nominal – a expressão “é proibido” é invariável quando o sujeito não é determinado por artigos ou pronomes. A tira a seguir, de Fernando Gonsales, é referente às questões 12 e 13.

12. O leão se explica usando elementos de Biologia para a) mostrar que conhece o funcionamento do corpo. b) impressionar sua presa. c) demonstrar erudição e conhecimento científico. d) justificar o fato de ser um predador. e) cativar o animal para que ele aceite ser seu alimento. GABARITO: D COMENTÁRIO: O aluno deve ser capaz de entender que a formalidade do conhecimento científico que o leão apresenta sobre o funcionamento do seu corpo dispara o humor da tira, uma vez que ele só usa desse conhecimento para justificar sua necessidade comer outros animais.

13. No último quadrinho, a expressão “então” pode ser substituída por a) “por isso”, pois exprime uma conclusão em relação à exposição anterior. b) “porém”, já que apresenta uma ideia contrária ao exposto nos demais quadrinhos. c) “porque”, justificando o fato de se alimentar de outros animais. d) “e”, na medida em que adiciona nova informação às informações anteriores. e) “entretanto”, pois opõe-se à necessidade de não conseguir fabricar os tijolinhos. GABARITO: A COMENTÁRIO: Além de interpretar as relações de sentido do texto, que combina elementos verbais e não verbais, é preciso que o aluno entenda que a conjunção POR ISSO tem valor conclusivo, assim como a conjunção ENTÃO.

O quadro de Pedro Américo, a seguir, e a crônica de Moacyr Scliar são referentes às questões 14 e 15.

Independência ou morte (1888), de Pedro Américo.

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

7

O que é, mesmo, independência? Às margens do Ipiranga, todos gritaram vivas e partiram; o carreteiro ficou intrigado com aquela cena.

AQUELE 7 DE SETEMBRO foi, para o carreteiro que aparece na famosa tela do Pedro Américo, um dia de

trabalho duro. Foi com enorme esforço que conseguiu acomodar na carreta as enormes e pesadas toras que tinha de transportar; levou horas fazendo isso.

Exausto, com dor nas costas, tudo o que queria era entregar as malditas toras, voltar para sua humilde choupana, comer alguma coisa e dormir. No caminho, porém, a surpresa; de repente, deu com um grande grupo de cavaleiros parados no alto da colina.

Não era da região, aquela gente; o carreteiro não conhecia nenhum deles. Estavam muito bem vestidos e montavam garbosos cavalos, os cavalos que o carreteiro sempre sonhara atrelar à sua carreta no lugar dos vagarosos bois.

Aquele que parecia ser o chefe estava lendo alguma coisa, uma carta, talvez, e que, pelo visto, acabara de lhe ser entregue. Ao terminar, resmungou algo, puxou a espada e gritou: "Independência ou morte!". Entusiasmados, todos gritaram vivas e arrojaram para o ar seus chapéus. Depois partiram a galope.

O carreteiro fez a entrega das toras e seguiu para casa, ainda intrigado com a cena que tinha visto. A mulher esperava-o. Solícita como sempre, e obediente à rotina, perguntou ao marido como havia sido o

seu dia. Normalmente ele rosnaria uma resposta qualquer; mas, por alguma razão, resolveu contar o que tinha visto

às margens do Ipiranga: "Era gente fina, todo o mundo a cavalo. Veio um mensageiro e entregou para o chefe deles uma carta. O homem leu, fechou a cara, depois puxou a espada e gritou: "Independência ou Morte'".

Que coisa, murmurou a mulher, impressionada: - "Independência ou morte". Você tem ideia do que ele quis dizer com isso? O carreteiro dá de ombros: - Nenhuma ideia. E olhou-a, irritado: - Escuta, mulher, quem sabe você para com essa conversa fiada e me dá alguma coisa para comer? Você é

idiota mesmo, não vê que estou morrendo de fome? Ela foi para a cozinha, preparar um prato de arroz com feijão. Mas aquela coisa de "Independência ou

morte" não lhe saía da cabeça. Suspirou: um dia descobriria o significado dessas palavras. E quem sabe, então, sua vida mudaria.

(Folha de S. Paulo, 6/9/2010. Cotidiano. Acesso em: 10/03/2019) 14. É possível concluir, com a leitura dos textos, que a mulher a) é menos marginalizada que a figura masculina, pois tem seu trabalho apenas em casa. b) é marginalizada tanto na narrativa histórica como no seio da própria família. c) e o homem, sendo humildes, são igualmente marginalizados. d) é mais independente que o homem, pois exerce seu trabalho fora de casa. e) desempenha suas tarefas independentemente do homem. GABARITO: B COMENTÁRIO: Ao observar a imagem e os acontecimentos narrados na história, o aluno precisa entender que a mulher é subjugada nas relações ali representadas.

15. A frase que apresenta a mesma relação semântica que a conjunção em destaque no trecho “Ela foi para a

cozinha, preparar um prato de arroz com feijão. Mas aquela coisa de "Independência ou morte" não lhe saía da cabeça.” é:

a) Os alunos dedicaram-se bastante ao simulado, logo terão ótimos resultados. b) Não faremos as avaliações dessa semana, porque estamos viajando. c) Eu prefiro vôlei a futebol, portanto pratico mais o primeiro esporte. d) Há responsáveis que estudam e trabalham. e) Ela tinha altas expectativas em relação aos amigos, entretanto eles a decepcionaram. GABARITO; E COMENTÁRIO: O aluno precisa identificar e compreender que MAS é uma conjunção adversativa para, assim, ser capaz de selecionar a conjunção ENTRETANTO que apresenta igualmente valor adversativo.

16. As conjunções coordenativas ligam dois termos e duas orações e estabelecem entre esses termos ou orações um tipo de relação. A relação de explicação entre as orações pode ser constatada no período:

a) Telefonei para ele e já dei o seu recado. b) Gostaria de ir à festa, todavia estou doente. c) Vamos embora, que já está tarde. d) Ora estuda piano, ora estuda flauta. e) Não estudou com disciplina, portanto provavelmente ficará reprovado. GABARITO: C COMENTÁRIO: O aluno precisa identificar e compreender que QUE, nesse contexto, é uma conjunção explicativa, podendo ser substituída, por exemplo, pela conjunção PORQUE.

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

8

17. De acordo com o que ocorre na tira, está adequado afirmar que a) a definição de vida tem um sentido literal. b) o verbo refletir permite a identificação de vida como aquilo que revela nosso interior e de poça d’água como

algo que mostra nossa aparência. c) o pensamento de Garfield, no último quadrinho, tem efeito irônico e interpreta a expressão poça d’água no

sentido figurado. d) John está reflexivo porque sua vida anda está muito ruim. e) o pensamento de Garfield demonstra que ele está muito interessado em que John está falando. GABARITO: B COMENTÁRIO: Na tira, Jon faz uma metáfora para definir a vida, comparando-a com uma poça d'água. Portanto, a definição feita é figurada, ou seja, subjetiva. Já em b, a comparação entre a vida e a poça d'água é feita justamente por isso: as duas "refletem", isto é, revelam algo. E em c, quando ele diz que a água está turva, ele faz referência a um aspecto real da água, demonstrando interpretação literal da expressão. Ao mesmo tempo, ele ofende o homem, sugerindo que a aparência deste não era tão boa quanto o reflexo na poça parecia mostrar, pois a água estaria turva, embaçada. O anúncio a seguir serve de base para as questões 18 e 19.

18. O anúncio tem por finalidade a) denunciar o consumo excessivo de bebida. b) conscientizar sobre a combinação ruim entre beber e dirigir. c) informar sobre os perigos da bebida. d) criticar as pessoas que bebem e dirigem. e) alertar sobre os perigos no trânsito.

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

9

GABARITO: B COMENTÁRIO: Por meio de uma construção subjetiva do jogo entre as imagens e o texto, o aluno precisa compreender que a tentativa é de conscientização e não de informação, uma vez que não são apresentados dados a fim de ensinar algo ao leitor. 19. As frases do anúncio estabelecem relações de sentidos entre si. As conjunções coordenativas capazes de

unir o trecho “Agora você vê. Agora não. Evite acidentes” são a) mas / porém. b) assim / ou. c) e / todavia.

d) entretanto / contudo. e) e / então.

GABARITO: E COMENTÁRIO: É necessário que aluno construa as relações de sentido entre as orações para que seja capaz de selecionar as conjunções adequadas que as conectam. Dessa forma, entre a primeira e a segunda oração a relação é de adição. Já entre a segunda e a primeira, a relação é de conclusão.

20. Na placa acima, há um problema de concordância e outro de pontuação. A frase, para seguir às regras gramaticais, deveria ser escrita da seguinte forma:

a) Para a sua saída, é necessário a validação do ticket de estacionamento, na entrada da loja, exceto sábados, domingos e feriados.

b) Para a sua saída é necessária a validação do ticket de estacionamento, na entrada da loja exceto sábados, domingos e feriados.

c) Para a sua saída, é necessário a validação do ticket de estacionamento na entrada da loja exceto sábados, domingos e feriados.

d) Para a sua saída, é necessária a validação do ticket de estacionamento, na entrada da loja, exceto sábados, domingos e feriados.

e) Para a sua saída é necessário a validação do ticket de estacionamento, na entrada da loja, exceto sábado, domingo e feriado.

GABARITO: D COMENTÁRIO: O aluno deve compreender que a expressão “é necessário” não se mantém invariável, uma vez que o substantivo vem acompanhado do artigo definido a. Além disso, deve ser capaz de identificar que os adjuntos adverbiais devem ser separados por vírgula.

LIVRO PARADIDÁTICO

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

10

21. Um dia, o alienista decidiu mandar todos os seus pacientes embora da Casa Verde porque a) ficou cansado de trabalhar com tantos doentes. b) concluiu que o lugar deles era fora da Casa, e, dos normais, dentro. c) descobriu que era um péssimo médico. d) percebeu que ele também estava louco. e) desistiu de encontrar a cura para as doenças mentais. GABARITO: B COMENTÁRIO: O alienista, depois de muita análise, percebeu que os lugares estavam trocados; os pacientes, tidos como loucos, deveriam estar fora da Casa Verde, lugar designado para pessoas loucas, e as pessoas, tidas como “normais” eram as que deveriam ocupar o “lugar” dos loucos, dentro da Casa. 22. O objetivo do doutor Simão Bacamarte ao criar a Casa Verde era a) estudar cada tipo de loucura e desenvolver um remédio para cada uma. b) tirar de circulação todos os cidadãos que ele considerava uma ameaça à cidade. c) criar fama e prestígio ao tratar de casos graves de loucura. d) convencer a todos os habitantes de que eram loucos. e) estudar os tipos de loucura e desenvolver um só remédio contra todos eles. GABARITO: E COMENTÁRIO: O doutor Bacamarte queria muito concentrar as pessoas “loucas” em um só lugar para poder cuidar delas, analisar cada caso de loucura e criar um remédio especial, por isso criou a Casa Verde. 23. O doutor Simão Bacamarte reconheceu-se louco ao se internar sozinho na Casa Verde? a) Sim, e lá permaneceu até sua morte. b) Sim, e criou uma poção para viver eternamente na Casa Verde. c) Não, ele se internou para enlouquecer. d) Sim, e lá criou o “remédio universal”. e) Não, ele se internou para pesquisar o “remédio universal”. GABARITO: C COMENTÁRIO: O doutor Simão Bacamarte, em determinado momento da história, percebe que as pessoas mais normais, na visão dele, eram os loucos de que ele cuidava, por esse motivo decide se internar para ficar louco como eles. 24. Ao final do livro de Scliar, Arturzinho consegue conquistar a) apenas o sonhado clube de jovens. b) o amor de Lúcia e o clube para jovens. c) apenas o amor de Lúcia. d) o clube de jovens e o centro cultural. e) o amor de Lúcia e o alienista, pai dela. GABARITO: B COMENTÁRIO: Depois de muito lutar e “brigar” pelos seus objetivos, Arturzinho consegue um lugar para se instalar com seus amigos e, além disso, ainda ganha o coração de Lúcia; esses eram seus maiores sonhos. 25. Jorge, o estranho morador do casarão, consegue superar sua obsessão pela memória do avô quando a) começa a interpretar o alienista no Centro Cultural b) sai do casarão e assume uma vida normal. c) abandona todas as lembranças de Simão Bacamarte. d) aceita a ajuda de um psicólogo. e) se interna num hospital psiquiátrico. GABARITO: A COMENTÁRIO: Muitas vezes as pessoas têm dificuldade em superar e lidar com a morte; com Jorge foi assim. Só venceu a questão da morte do avô quando conheceu um pouco mais de perto o alienista e seus objetivos e planos no Centro Cultural.

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

11

PRODUÇÃO DE TEXTO Abaixo, está o trecho de um conto do autor Ray Bradbury para servir como base das próximas duas perguntas.

A cidade inteira dorme Ray Bradbury

[...] “Lavinia, você não acredita no que falam do Solitário, acredita?” “Essas mulheres gostam de ver a própria língua dançando.” “Mas Hattie McDollis foi morta dois meses atrás, Roberta Ferry um mês antes, e agora Elizabeth

Ramsell desapareceu...” “Hattie McDollis era uma doida. Aposto que fugiu com algum viajante.” “Mas as outras, todas elas foram estranguladas, as línguas para fora da boca, dizem.” Elas estavam de pé na beira da ravina que corta a cidade ao meio. Atrás delas estavam as casas de luzes

acesas e música; à frente havia profundeza, umidade, vagalumes e escuridão. “Talvez não devêssemos ir ao cinema esta noite”, disse Francine. “O Solitário pode nos seguir e nos matar;

eu não gosto dessa ravina. Olhe só, olhe!” Lavinia olhou, e a ravina era um dínamo que nunca parava de funcionar, dia e noite; havia um grande

zumbido incessante, um constante zunido e murmúrio de criaturas, insetos e vida vegetal. Cheirava a estufa, vapores secretos e areia movediça. E sempre o dínamo negro zumbindo, com fagulhas, com uma forte corrente elétrica, onde pirilampos se moviam no ar.

“Não serei eu voltando por essa ravina, tarde da noite, tão tarde assim; será você, Lavinia, você descendo as escadas e atravessando a ponte, e talvez o solitário esteja ali.”

“Bobagem”, disse Lavinia Nebbs. “Será você sozinha pelo caminho, escutando seus sapatos, não eu. Você totalmente só no caminho de volta

para casa. Lavinia, não sente solidão morando naquela casa?” “Solteironas adoram morar sozinhas.” Lavinia apontou para o caminho sombreado e quente que descia

escuridão adentro. “Vamos pegar o atalho.” “Estou com medo!” “É cedo. O Solitário só sai mais tarde.” Lavinia pegou a outra pelo braço e levou-a pelo caminho tortuoso para dentro para a quentura de grilos e

sons de sapos e silêncio delicado como mosquitos. Elas roçaram a grama chamuscada de verão, carrapichos arranhando seus calcanhares expostos.

“Vamos correr!”, ofegou Francine. “Não!” Elas viraram uma curva no caminho... E lá estava. Na profunda noite murmurante, à sombra das árvores cálidas, como se tivesse se deitado ao ar livre para

apreciar às pálidas estrelas e o vento brando, as mãos de cada lado como os remos de uma delicada embarcação, jazia Elizabeth Ramsell!

Francine gritou. “Não grite!”, Lavinia estendeu as mãos para segurar Francine, que estava choramingando e engasgando.

“Pare! Pare!” A mulher estava deitada como se flutuasse ali, o rosto iluminado pela lua, os olhos arregalados e vidrados,

a língua esticada para fora da boca. “Ela está morta!”, disse Francine. “Ai, ela está morta, morta! Ela está morta!” Lavinia estava no meio de milhares de sombras quentes, com os grilos estriando e os sapos coaxando alto. “É melhor chamar a polícia”, ela disse, finalmente. [...]

26. O suspense é um artifício da composição literária ou do cinema e pode ser encontrado em qualquer gênero:

tanto nas narrativas policiais, em que é usado com mais abundância, como nas comédias, em que pode ser utilizado para causar um efeito de quebra de expectativa, que gera o riso. O suspense, também, se caracteriza

a) pela criação de cenários e contextos misteriosos e aterrorizantes, com a intenção de provocar a sensação de medo e dar sustos nos leitores.

b) como uma aceleração da ação através de informações excessivas, criando um efeito de adrenalina que prenderá a atenção dos leitores na narrativa.

c) como uma narrativa transmitida oralmente através de diversas gerações e que, por isso, se transforma em um elemento cultural importante de um determinado povo.

d) como a imitação de uma outra obra (cinematográfica ou literária) que utiliza ironia e sarcasmo, e tem como intenção de provocar o riso dos leitores.

e) como o retardamento, pausa ou prolongamento da ação com incidentes menores, com a intenção de gerar um sentimento de incerteza e tensão nos leitores.

GABARITO: E COMENTÁRIO: O suspense surge a partir do mistério, da demora em se revelar uma informação, na espera gerada sobre o resultado de algo.

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

12

27. Em A cidade inteira dorme, Lavinia Nebbs sai com duas amigas rumo ao cinema enquanto todos os moradores da cidade parecem se refugiar no conforto de seus lares, escondidos de um assassino que tem atacado aquela região, conhecido como Solitário. No trecho, é possível perceber alguns artifícios utilizados pelo autor para ajudar a gerar o suspense, como

a) o uso de diálogos, que nos ajuda a nos colocar no lugar das personagens, automaticamente nos fazendo temer pela sua segurança.

b) o elemento sobrenatural, representado pelo fantasma de Elizabeth, que esperava pelas garotas sob as árvores. c) a inquietação demonstrada por uma das personagens, enquanto a outra demonstra muita calma, criando uma

ideia de incerteza sobre o que virá a seguir. d) o fato de a história aparentemente se passar em um tempo mais antigo, longe de tecnologias que poderiam

facilmente ajudar as personagens em uma possível situação de perigo. e) o fato de a história se passar em um ambiente externo, que sempre representa um perigo mais claro e

imediato se comparado ao ambiente interno. GABARITO: C COMENTÁRIO: As duas personagens apresentam estados de espírito e ânimo opostos, criando um contraste que leva o leitor à incerteza sobre qual das duas estará realmente certa. Está tudo bem ou realmente há um perigo por perto?

28. Em uma narrativa de suspense/terror, o ambiente no qual as personagens estão situadas é um elemento essencial para que a tensão possa ser estabelecida na história, fazendo o leitor entender melhor a situação que está se desenvolvendo. No texto de Ray Bradbury, um exemplo de trecho que ajuda a criar uma ideia ameaçadora sobre o ambiente em que Lavinia e Francine estão é:

a) “Elas estavam de pé na beira da ravina que corta a cidade ao meio.” b) “Elas roçaram a grama chamuscada de verão, carrapichos arranhando seus calcanhares expostos.” c) “à sombra das árvores cálidas, como se tivesse se deitado ao ar livre para apreciar às pálidas estrelas e o

vento brando” d) “Atrás delas estavam as casas de luzes acesas e música; à frente havia profundeza, umidade, vagalumes

e escuridão.” e) “Elas viraram uma curva no caminho.” GABARITO: D COMENTÁRIO: O autor cria um contraste entre dois ambientes bem distintos, um que parece seguro e alegre e o outro com isolamento e escuridão, onde as duas mulheres estão prestes a entrar. 29. As narrativas de suspense e as narrativas policiais compartilham algumas características em comum, como o

fato de que a) não compartilham qualquer traço de similaridade, uma vez que ambas utilizam elementos bem diferentes

para a composição da narrativa. b) o suspense é um elemento importante para a construção da narrativa policial, uma vez que o mistério em

torno da investigação é o que motiva a leitura. Já a narrativa de suspense não precisa, necessariamente, apresentar um crime.

c) apesar de terem elementos em comum, as duas narrativas seguem caminhos bem distintos. A narrativa de suspense não precisa necessariamente apresentar um crime, assim como a narrativa policial também não precisa apresentar suspense.

d) são consideradas narrativas policiais aquelas que lidam com a morte de personagens. Já as narrativas de suspense lidam apenas com a tensão em torno do desconhecido, sem apresentar ameaça às personagens.

e) ambas dependem da participação de personagens que sejam vítimas ou criminosos para funcionar. GABARITO: B COMENTÁRIO: As narrativas policiais são uma ramificação das narrativas de suspense e, justamente por isso, sempre apresentam características em comum, como a tensão e o retardamento do ritmo. Já a narrativa de suspense não precisa obrigatoriamente apresentar crimes e investigações sobre estes. A seguir, há o trecho de um conto de Isaac Asimov, para responder às duas questões seguintes:

Sonhos de robô

Isaac Asimov

- Eu sonhei ontem à noite – disse LVX-1, calmamente. Susan Calvin ficou em silêncio, mas seu rosto vincado de rugas, pleno de sabedoria e de experiência, teve

um estremecimento quase imperceptível. - Ouviu isto? – perguntou Linda Rash, nervosa. – Foi o que eu lhe disse. Era bastante jovem, miúda, de cabelos escuros. Sua mão direita abria-se e fechava-se, repetidamente. A Dra. Calvin assentiu com um gesto de cabeça e disse com voz tranquila:

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

13

- Elvex, você não pode mover-se ou falar ou nos ouvir até que eu diga o seu nome novamente. Não houve resposta. O robô permaneceu sentado como se fosse uma estátua fundida numa única peça de

metal; ficaria assim até voltar a escutar o seu nome. A Dra. Calvin indagou: - Qual o código de acesso ao seu computador, Dra. Rash? Ou, pensando bem, pode a senhora mesma

fazê-lo, se lhe convém. Quero inspecionar a estrutura do cérebro positrônico. [...]

30. A partir da leitura do trecho acima de um conto de Isaac Asimov, é possível dizer que o texto pertence ao gênero a) narrativa de terror, o que fica claro pela presença ameaçadora e perigosa do robô, que representa um grande

risco para a vida das duas doutoras. b) narrativa policial, visto que as duas personagens principais estão iniciando uma investigação. c) ficção científica, por apresentar uma trama de aspecto fantástico, mas associada à ciência. d) lenda, pois busca contar uma história que supostamente aconteceu de verdade num tempo e espaço indefinidos. e) campanha social, pois busca alertar o leitor sobre o perigo que uma determinada tecnologia pode representar

para seus usuários. GABARITO: C COMENTÁRIO: O conto de Asimov apresenta um robô que sonha, como se fosse humano, enquanto é questionado por duas cientistas que tentam entender a situação. Todos esses elementos são típicos de histórias de ficção científica.

31. No texto de Asimov, é possível destacar alguns elementos fantásticos, que fogem à nossa realidade. Um deles é o

a) uso de termos complexos e certamente inventados pelo autor, como positrônicos. b) fato de haver duas tecnologias inteligentes na história, LVX-1 e Elvex. c) fato da história se passar no tempo presente, enquanto apresenta uma situação claramente futurística. d) uso do suspense, que deixa os fatos narrados ainda mais absurdos. e) fato de Elvex, um robô, estar tendo sonhos. GABARITO: E COMENTÁRIO: LVX-1 e Elvex representam a mesma coisa: um robô. E esse robô sonha, uma situação claramente fantástica.

32. O gênero ficção científica pode ser caracterizado por apresentar a) acontecimentos que parecem absurdos, mas que soam convincentes por estarem fortemente ligados à

ciência e à tecnologia. b) uma narrativa fortemente ligada à ciência, aliando-a a casos investigativos com o propósito de

solucionar crimes. c) histórias que buscam explorar os limites do universo, protagonizadas por personagens com habilidade

sobrenaturais impossíveis de serem explicadas. d) histórias fortemente ligadas à ciência, com o objetivo de criticá-la. e) histórias marcadas pela tecnologia e com elementos sobrenaturais diversos, geralmente protagonizadas

por detetives. GABARITO: A COMENTÁRIO: A ficção científica usa do fantástico para desenvolver tramas que, muitas vezes, soam surreais a princípio, mas que parecem possíveis por conta da associação com a tecnologia.

33. Alguns dos temas comuns à ficção científica, normalmente abordados em suas histórias, são a) seres de outros planetas, bruxaria, teletransporte. b) viagens no tempo, colonização de outros planetas, experimentos científicos. c) robótica, crimes complexos, viagens no espaço. d) invisibilidade, assombrações. e) criaturas desconhecidas, assassinatos misteriosos, viagens para outras galáxias. GABARITO: B COMENTÁRIO: A letra B é a única alternativa que apresenta apenas temas relacionados à ciência.

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

14

34. As narrativas policiais se tornaram famosas a partir do conto “Os assassinatos da Rua Morgue”, de Edgar Allan Poe, e, desde então, o gênero tem passado por várias mudanças e modernizações. Há três elementos clássicos desse tipo de narrativa e que são presentes nas histórias policiais até hoje. São eles:

a) o crime, o motivo e a arma do crime. b) o criminoso, o motivo e o local. c) o detetive, o criminoso e a vítima. d) um assassinato, a arma do crime e o detetive. e) as vítimas, o sobrevivente e a revelação do enigma. GABARITO: C COMENTÁRIO: As narrativas policiais todas dependem de três elementos básicos para funcionarem: o detetive, o criminoso e a vítima.

35. Uma característica importante da narrativa policial é que ela a) apresenta um crime, mas que dificilmente será desvendado, deixando sempre um final aberto para que o

leitor tire suas próprias conclusões. b) é um texto que será desenvolvido de forma bem objetiva, apresentando pouca ou nenhuma descrição dos

ambientes e personagens envolvidos na história. c) apresenta, muitas vezes, elementos sobrenaturais, de forma a ajudar na construção do clima de suspense. d) sempre apresenta um assassino entre os personagens, o qual será descoberto no final da história. e) apresenta um crime e um detetive decidido a solucioná-lo. GABARITO: E COMENTÁRIO: Toda narrativa policial apresentará um crime e alguma personagem cuja função será solucioná-lo. O objetivo da narrativa é chegar a algum tipo de resolução.

INGLÊS 36. According to the use of THERE + TO BE it is correct to say: (De acordo com o uso do THERE + TO BE é

correto dizer:)

a) There was a computer. b) There were not pairs of shoes. c) There were two pictures on the wall. d) There were an umbrella on the hanger. e) There was many purses on the shelves. GABARITO: C COMENTÁRIO: A alternativa C está usando a forma correta de da estrutura pedida usando o plural no passado. 37. In order to complete the following sentence, the correct verb TO BE form is: (Com o objetivo de completar a

frase abaixo, a forma correta do verb TO BE é:)

Julie ______ not at home last night. She traveled to Rio with her family. a) is b) am c) are

d) was e) were

GABARITO: D COMENTÁRIO: Somente a letra D apresenta a forma correta do verbo BE no passado, de acordo com a terceira pessoa do singular.

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

15

38.

Last night, 10:00 pm.

Considering the meme above, the correct sentence is: (Considerando o meme acima, a frase correta é:) a) She can run really fast b) She can’t run really fast c) She can runs really fast

d) She could run really fast e) She couldn’t run really fast

GABARITO: D COMENTÁRIO: A única resposta que se encaixa é a alternativa D, na qual se usa o modal could de forma adequada de acordo com o tom do humor da imagem e das regras gramaticais estabelecidas. 39. Consider the strip below: (Considere a tirinha abaixo:)

What does Jon want? a) To talk to Garfield b) The remote control c) To play with his pets

d) A time alone in the house e) To have dinner with Garfield

GABARITO: B COMENTÁRIO: Jon diz a Garfield que gostaria de assistir à TV e pede ao gato que o entregue o controle remoto. Dentre as opções ofertadas, a resposta B é a única possível com o contexto da tirinha. 40.

Like a river flows surely to the sea Darling so it goes Some things are meant to be Take my hand, take my whole life too For I can't help falling in love with you

The infinitive and / or gerund is correctly used in the sentence: (O infinitive / gerúndio é usado corretamente na frase:). a) Daniel stop to smoked last year. He feels great now! b) Daniel stop to smoking last year. He feels great now! c) Daniel stops to smoked last year. He feels great now! d) Daniel stopped smoking last year. He feels great now! e) Daniel stopped to smoked last year. He feels great now! GABARITO: D COMENTÁRIO: Somente a letra D apresenta a estrutura adequada para estabelecer o uso correto do gerúndio ou do infinitivo. Na questão apresentada, a questão D apresenta o verbo stop no passado, acordando com a expressão de tempo last year, e o verbo smoke no gerúndio, o que indica que a ação deixou de ser realizada no passado.

2019 - SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

16

41.

Vocabulary: Still: ainda How about: Que tal In the questions from the first and second frames, the meaning of COULD is (Nas perguntas dos primeiro e segundo quadros, o sentindo de COULD é) a) Order b) Ability c) Request d) Past ability e) Suggestion GABARITO: C COMENTÁRIO: A alternativa correta é a C, pois o could é o modal para fazer perguntas de permissão. 42.

From history and art to a 900 year-old royal castle, London has so much to offer. Windsor Castle is still a

working palace and the place Queen Elizabeth calls home. Besides royalty, London is home to some of the best museums in the world. Every year, more than 5 million people visit the British Museum, the United Kingdom's largest. The Tate Britain, originally built in 1897, houses more than 600 years worth of art.

What does Queen Elizabeth call home? a) The Big Ben b) Tate Museum c) Camdem Town d) Windsor Castle e) The London Eye GABARITO: D COMENTÁRIO: O texto indica, na frase “Windsor Castle is still a working palace and the place Queen Elizabeth calls home” que o castelo é onde a rainha faz residência. 43. The correct VERB TO BE form is: (A forma do VERBO TO BE correta é:)

Harry and Tom ______ very angry last night. They lost all of their money at the bus stop!

a) is b) am c) are d) was e) were GABARITO: E COMENTÁRIO: Somente a letra E traz a opção correta de acordo com a gramática para o verbo to be no passado, de acordo com a terceira pessoa do plural.

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 8º ANO – 1º TRIMESTRE

17

44. The correct affirmative about the pictures below is: (A afirmativa correta sobre as imagens abaixo é:)

2010

2019

a) Jason could ride a bike and can now. b) Jason could ride a bike, but can’t now. c) Jason can’t ride a bike and now he could. d) Jason couldn’t ride a bike, but now he can. e) Jason couldn’t ride a bike, but now he can’t. GABARITO: D COMENTÁRIO: Somente a letra D apresenta os modais de habilidade de acordo com o que é representado nas imagens.

Money is what you use to buy things. You can earn money from completing

household chores, getting good grades, or for your allowance! Money is very important in our world and comes in many different forms.

People have been using money for hundreds of years. Before money gave specific values for things, people simply traded items. In the United States, we use the dollar as our currency or money, but people in different parts of the world use different currencies, though some countries also use or accept our dollars.

People earn money from the jobs they work and use that money to save for the future or pay for their houses, cars, good, taxes, medical needs, and household items, among other things.” Even things such as turning the lights on, using the air conditioning or heat, and connecting to the internet cost money.

45. How can you earn money? a) Going to school b) Traveling abroad c) Buy houses and cars d) Working in a big company e) Completing household chores GABARITO: E COMENTÁRIO: A letra E emprega a opção correta de acordo com o que o texto sugere que o leitor faça para obter dinheiro.

www.upvi com.brx.

JARDIM DA PENHA

(27) 3025 9150

JARDIM CAMBURI

(27) 3317 4832

PRAIA DO CANTO

(27) 3062 4967

VILA VELHA

(27) 3325 1001