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    DIREITO

    ADMINISTRATIVOPROFESSOR ALESSANDRO

    PINAGE

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    APOSTILA DIREITO ADMINISTRATIVO

    Perfil Facebook: Prof. Alessandro PinageFacebook: Alessandro PinageTwitter: @alepinageE-mail: [email protected]

    AULA 1

    DIVISO DOS PODERES

    PODERES FUNO TPICA FUNO ATPICA

    PODERLEGISLATIVO

    Criar as leis, inovar naordem jurdica

    Quando julga oPresidente da Repblica

    PODEREXECUTIVO

    Administrar / tornarconcreto os comandos da

    leiQuando edita MP

    PODER

    JUDICIRIO

    Julgar, dizer o direito /

    resolver conflitos deinteresses.

    Quando cria o Regimento

    Interno do Tribunal

    Organizao Poltico-administrativa da RepblicaFederativa do Brasil.

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    RepblicaFederativa do

    BrasilPoder Legistativo Poder Executivo Poder Judicirio

    UNIO

    Congresso Nacional(Cmara dos

    Deputados + SenadoFederal)

    Presidente daRepblica

    TribunaisSuperiores + TRF+ Justia Federal

    ESTADOSAssembliaLegislativa

    (Ex: Alerj)

    Governador de

    Estado

    Tribunal de Justiae Juzes de Direito

    (TJ do Est. RJ)

    MUNICPIOS Cmara Municipal Prefeitura---*

    DISTRITOFEDERAL

    Cmara DistritalGovernador

    Distrital

    Tribunal de Justiae Juzes de Direito

    do DF.

    * - os Tribunais de Justia e os Juzes de Direito de cada Estado-membro absorvem a competncia nombito municipal, dos municpios que pertencem ao respectivo Estado.

    DIREITO ADMINISTRATIVO1. Conceito

    De acordo com esse critrio, o Direito Administrativo constitui o ramo do direito querege a Administrao Pblica como forma de atividade; define suas pessoas administrativas,organizao e agentes; regula, enfim, os seus direitos e obrigaes, umas com as outras e comos particulares, por ocasio do desempenho da atividade administrativa.

    ***** ADMINISTRAO PBLICA *****

    A expresso Administrao Pblicapode assumir sentidos diversos, conforme ocontexto em que esteja inserida.

    - Em sentido SUBJETIVO / ORGNICO / FORMAL:

    - Em sentido OBJETIVO / MATERIAL / FUNCIONAL:

    Neste sentido, do ponto de vista material, a administrao pblica corresponde funo administrativa, que abarca as seguintes atividades finalsticas: fomento, polciaadministrativa, servio pblicoe interveno. A seguir, breves explicaes:

    I fomento: refere-se atividade administrativa de incentivo iniciativa privada deutilidade ou interesse pblico. Tais como: Subvenes (auxlios financeiros), ofinanciamento, os favores fiscais e determinadas desapropriaes.

    II polcia administrativa: abrange as atividades administrativas restritivas aoexerccio de direitos individuais, tendo em vista o interesse de toda coletividade ou do Estado.

    III servio pblico: diz respeito s atividades executadas direta ou indiretamentepela Administrao Pblica e sob regime predominantemente de direito pblico, em

    atendimento s necessidades coletivas.IV interveno: entendida como sendo a regulamentao e fiscalizao da

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    atividade econmica de natureza privada.

    Porm, no s. s vezes, a lei opta pela execuo indireta da atividadeadministrativa, transferindo-a a pessoas jurdicas com personalidade de direito pblico ou

    privado, que compem a chamada Administrao Indireta do Estado.Desse modo, pode-se definir Administrao Pblica, em sentido subjetivo, como o

    conjunto de rgos e de pessoas jurdicas aos quais a lei atribui o exerccio da funoadministrativa do Estado.

    Ainda no tocante a Administrao Pblica, subjetivamente considerada, vide o art. 4do Decreto-lei n 200/1967:

    Art. 4 A Administrao Federal compreende:I - A Administrao Direta, que se constitui dos servios (melhor interpretao

    para essa palavra servios de RGOS) integrados na estrutura administrativa daPresidncia da Repblica e dos Ministrios.

    II - A Administrao Indireta, que compreende as seguintes categorias deentidades, dotadas de personalidade jurdica prpria:

    a) Autarquias;b) Empresas Pblicas;c) Sociedades de Economia Mista.

    d) fundaes pblicas.(Includo pela Lei n 7.596, de 1987)Dessa maneira, pode-se afirmar que um conceito vlido para a funo administrativa

    o que a define como:A funo que o Estado, ou aquele que lhe faa s vezes, exerce atravs de uma

    estrutura e regimes hierrquicos e que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelofato de ser desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente,infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder Judicirio.

    Por MARIA SYLVIA ZANELL A DI PIETRO

    Definio de direito administrativo como:Partindo para um conceito descritivo, que abrange a Administrao Pblica em sentido objetivo e subjetivo, definimos o direito administrativo como o ramo do direitopblico que tem por objeto os rgos, agentes e pessoas jurdicas administrativas queintegram a Administrao Pblica, a atividade jurdica no contenciosa que exerce e os bensde que se utiliza para a consecuo de seus fins, de natureza pblica.

    *** ADMINISTRAO DIRETA E INDIRETAA Administrao Diretacorresponde atuao direta pelo prprio Estado por suas

    entidades estatais: Unio, Estados-Membros, Municpios e Distrito Federal.

    ATENO: Pra quem vai fazer o CAP (Marinha) considera a assertiva seguinte:A Unio dotada de soberania, ao passo que os Estados-membros, Municpios e

    Distrito Federal so dotados de autonomia poltica, administrativa e financeira.A Administrao Indireta integrada por pessoas jurdicas de direito pblico ou

    privado, criadas ou institudas a partir de lei especfica: autarquias, fundaes, empresaspblicas e sociedades de economia mista, como tambm associaes e consrcios pblicos.

    OBS: H, ainda, as chamadas entidades privadas que concorrem com o Estado para arealizao de atividades de interesse social. So as chamadas paraestatais: servios sociaisautnomos, entidades de apoio, organizaes sociais e organizaes da sociedade civil. As

    paraestatais no integram a Administrao Indireta, so institudas por vontade da iniciativaprivada e atuam em comunho com a Administrao ou com ela estabelecem alguma espcie

    de vnculo jurdico.ex.: os servios sociais autnomos (SESC, SESI, SENAI), de contrato de gesto

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1
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    (como para as organizaes sociais) ou de parceria (como no caso das organizaes dasociedade civil de interesse pblico).

    Administrao CENTRALIZADA / DESCONCENTRADA /DESCENTRALIZADA

    - D-se o nome de centralizadapara a atividade exercida diretamente pela entidadeestatal;

    - desconcentrada,sempre que a competncia para o exerccio da atividade repartida,dividida ou espalhada por diversos rgos (ministrios, secretarias e outros rgosdespersonalizados) que integram a mesma pessoa jurdica.

    - descentralizada, quando a atividade administrativa deferida a outras entidadesdotadas de personalidade jurdica, seja por outorga (lei), seja por delegao (contrato ou ato).

    QUESTES DE ADMINISTRATIVO AULA 1 - 2016 -

    1 (TRT 6 Regio / FCC / TCNICO ADMINISTRATIVO 2012) Pode-se, sem retender

    esgotar o conceito, definir o princpio da eficincia como princpio(A) constitucional que rege a Administrao Pblica, do qual se retira especificamente apresuno absoluta de legalidade de seus atos.(B) infralegal dirigido Administrao Pblica para que ela seja gerida de modo impessoal etransparente, dando publicidade a todos os seus atos.(C) infralegal que positivou a supremacia do interesse pblico, permitindo que a deciso daAdministrao sempre se sobreponha ao interesse do particular.(D) constitucional que se presta a exigir a atuao da Administrao Pblica condizente com amoralidade, na medida em que esta no encontra guarida expressa no texto constitucional.(E) constitucional dirigido Administrao Pblica para que seja organizada e dirigida demodo a alcanar os melhores resultados no desempenho de suas funes.

    2(TRT 20 Regio / FCC / TCNICO ADMINISTRATIVO 2011) O servio pblico no passvel de interrupo ou suspenso afetando o direito de seus usurios, pela prpriaimportncia que ele se apresenta, devendo ser colocado disposio do usurio comqualidade e regularidade, assim como com eficincia e oportunidade. Trata-se do princpiofundamental dos servios pblicos denominado(A) impessoalidade.(B) mutabilidade.(C) continuidade.(D) igualdade.(E) universalidade.

    3 (MPE SE / FCC / TCNICO ADMINISTRATIVO 2013) Os princpios bsicos daAdministrao pblica podem ser expressos ou implcitos, sendo estes reconhecidos a partirda interpretao da doutrina e jurisprudncia, impondo determinados padres e balizas paraatuao da Administrao pblica. Dentre eles, est o princpio da indisponibilidade dointeresse pblico que(A) prevalece sobre os demais princpios implcitos e explcitos, mitigando o prprio princpioda legalidade, na medida em quefaculta ao Gestor Pblico, at mesmo por ato administrativo, afastar a aplicao de lei que oautorize a transigir, por ofensa indisponibilidade do interesse pblico.(B) determina que os interesses privados no possam se sobrepor ao interesse pblico,

    inviabilizando que as matrias de contedo patrimonial, sob litgio durante a execuo de umcontrato de concesso de servio pblico, sejam submetidas e decididas por mecanismos

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    privados para resoluo de disputas.(C) impede a celebrao de termos de ajustamento de conduta com a Administrao pblica,

    j que exclui a possibilidade de negociao de seu contedo entre os partcipes, sob pena deofensa legalidade.(D) uma das facetas do princpio da licitao, ao lado do princpio expresso daimpessoalidade, evitando privilgios e favorecimentos direcionados queles que possam noexecutar o objeto da contratao satisfatoriamente.(E) fundamenta o sacrifcio ao exerccio de competncias atribudas por lei Administrao

    pblica, como a instalao de infraestrutura rodoviria sobre rea irregularmente ocupada pormovimento de sem-teto.

    (Tcnico Suporte Administrativo / SERPRO / CESPE / 2013) No que se refere administrao pblica direta e indireta, julgue os itens a seguir.4 De acordo com o princpio da moralidade, os atos e as atividades da administrao pblicadevem estar de acordo com a lei e com preceitos morais.

    (Tcnico Administrativo / ANATEL / CESPE / 2012) Julgue os itens que se seguem,relativos aos princpios e poderes da administrao pblica.5 O princpio da segurana jurdica resguarda a estabilidade das relaes no mbito da

    administrao; um de seus reflexos a vedao aplicao retroativa de nova interpretaode norma em processo administrativo.

    (Administrador / FUB / CESPE / 2015) Julgue os itens subsecutivos, de acordo com osprincpios que compem o direito administrativo brasileiro.6 A ao administrativa tendente a beneficiar ou a prejudicar determinada pessoa viola o

    princpio da isonomia.7 O agente pblico s poder agir quando houver lei que autorize a prtica de determinadoato.8 Os atos administrativos se aperfeioam pela publicidade, sendo possvel, em alguns casos,que sejam praticados sob sigilo.

    (Auditor / FUB / CESPE / 2015) No que concerne ao regime jurdico-administrativo, julgueos itens subsequentes.9 A proteo da confiana, desdobramento do princpio da segurana jurdica, impede aadministrao de adotar posturas manifestadamente contraditrias, ou seja, externando

    posicionamento em determinado sentido, para, em seguida, ignor-lo, frustrando a expectativados cidados de boa-f.10 O princpio da segurana jurdica no se sobrepe ao da legalidade, devendo os atosadministrativos praticados em violao lei, em todo caso, ser anulados, a qualquer tempo.11 A motivao do ato administrativo deve ser contempornea deciso e emanar daautoridade responsvel pela deciso administrativa.

    12 A presuno de legitimidade ou de veracidade de determinado ato administrativo produz ainverso do nus da prova, ou seja, a atuao da administrao presumidamente fundada emfatos verdadeiros e em observncia lei, at prova em contrrio.

    13 - (PROCURADOR PGE/AL FCC/2008) O regime jurdico administrativo possuipeculiaridades, dentre as quais podem ser destacados alguns princpios fundamentais que otipificam. Em relao a estes, pode-se afirmar que o princpio da(A) supremacia do interesse pblico informa as atividades da administrao pblica, tendoevoludo para somente ser aplicado aos atos discricionrios.(B) supremacia do interesse pblico informa as atividades da administrao pblica e pode seraplicado para excepcionar o princpio da legalidade estrita, a fim de melhor representar a

    tutela do interesse comum.(C) legalidade estrita significa que a administrao pblica deve observar o contedo das

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    normas impostas exclusivamente por meio de leis formais.(D) indisponibilidade do interesse pblico destina-se a restringir a edio de atosdiscricionrios, que s podem ser realizados com expressa autorizao legislativa.(E) indisponibilidade do interesse pblico destina-se a restringir a atuao da administrao

    pblica, que deve agir nas hipteses e limites constitucionais e legais.

    14(MPE SE / FCC / TCNICO ADMINISTRATIVO 2013) O princpio da continuidade doservio pblico aplicado aos contratos de concesso regidos pela Lei Federal no 8.987/95impede(A) o reconhecimento de algumas prerrogativas para a Administrao pblica, como aretomada do servio concedido por interesse pblico, conhecida como encampao, quando semostrar necessrio que o poder concedente assuma a execuo do servio.(B) a recomposio do equilbrio econmico-financeiro do contrato diante de superveninciasimprevistas que afetem a sua execuo.(C) a estipulao de prazo para o cumprimento das obrigaes assumidas contratualmente.(D) a aplicao do princpio da exceo do contrato no cumprido, pelo qual o concessionrio

    poderia deixar de cumprir obrigao contratual quando houvesse inadimplemento do contratopelo Poder Concedente.(E) a mutabilidade de clusulas regulamentares previstas nos contratos de concesso para

    tornar o servio atualizado, mediante a renovao da frota de nibus periodicamente, porexemplo.

    (Analista de Administrao Pblica / TC DF / 2014 / CESPE) Acerca do regime jurdicoadministrativo, julgue os prximos itens.15 - Os atos administrativos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciriosubmetem-se ao regime jurdico administrativo.16 - Em razo do princpio da legalidade, a administrao pblica est impedida de tomardecises fundamentadas nos costumes.17 - O princpio da supremacia do interesse pblico sobre o interesse privado um dos pilaresdo regime jurdico administrativo e autoriza a administrao pblica a impor,

    mesmo sem previso no ordenamento jurdico, restries aos direitos dos particulares em casode conflito com os interesses de toda a coletividade.

    AULA 2 e AULA 3

    REGIME JURDICO ADMINISTRATIVOConjunto de PRERROGATIVAS e SUJEIES a que est sujeita a Administrao

    Pblica e que no se encontram nas relaes entre os particulares.O conjunto das prerrogativas e restries a que est sujeita a Administrao e que no

    se encontram nas relaes entre particulares constitui o regime jurdico administrativo.

    IPRINCPIO DA LEGALIDADENa relao administrativa, a vontade da Administrao Pblica a que decorre da lei.

    Segundo o princpio da legalidade, a Administrao Pblica s pode fazer o que a lei permite.

    IIPRINCPIO DA IMPESSOALIDADE

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    Este princpio deve ser observado tanto em relao aos administrados, como prpriaAdministrao.

    Quanto aos administrados este princpio est relacionado com a finalidade pblica,que deve nortear toda a atividade administrativa. A Administrao no pode atuar com vistasa prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que sempre o interesse pblicoque tem que nortear o seu comportamento.

    Ex: art. 100 da CRFB. Quando trata dos precatrios judiciais

    Quanto Administrao Pblica os atos e provimentos administrativos soimputveis, no ao funcionrio que pratica, mas ao rgo ou pessoa jurdica (entidade)administrativa da Administrao Pblica, de sorte que ele o autor.

    EX: art. 37, 1 da CRFB.

    IIIPRINCPIO DA MORALIDADENem tudo que legal, honesto. A imoralidade administrativa surgiu e se

    desenvolveu ligada ideia de desvio de poder, pois se entende que a a Administrao Pblicase utiliza de meios lcitos para atingir finalidades irregulares. A imoralidade estaria nainteno do agente.

    O legislador constitucional, sensibilizado com a moralidade, traz algumas aplicaesprticas, a seguir:- Art. 5, LXXIII (ao popular);- Art. 37, 4, e 85, V, (atos de improbidade administrativa)A Lei 9.784/99 prev o princpio da moralidade no art. 2, caput, como um dos

    princpios a que se obriga a Administrao Pblica; e, no pargrafo nico, inciso IV, exigeNos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de: atuao segundo padres ticos deprobidade, decoro e boa-f;, com referncia evidente aos principais aspectos da moralidadeadministrativa.

    IVPRINCPIO DA PUBLICIDADEO quarto princpio constitucional de previso expressa o da publicidade. Por este, a

    Administrao Pblica deve tornar pblicos seus atos, na forma prevista na norma. Sendoassim, os atos praticados pela Administrao devem ser divulgados, publicados, ressalvadasas hipteses de sigilo previstas em lei. para que haja transparncia.

    Em sntese: ainda que a publicidade (no a publicao) seja um princpio para os atosda Administrao Pblica, no se reveste de carter absoluto, encontrando excees no

    prprio texto da CF/1988.

    VPRINCPIO DA EFICINCIAO princpio da eficincia o mais moderno princpio da funo administrativa,

    exigindo resultados positivos para o servio pblico e satisfatrio atendimento dasnecessidades da comunidade e de seus membros.

    O dever de eficincia corresponde ao dever de boa administrao, j consagradoentre ns desde a Reforma Administrativa Federal em 1967 (Decreto Lei 200).

    O princpio da eficincia dever ser considerado em dupla acepo:

    Nota: Mesmo os comportamentos ofensivos da moral comumimplicam ofensa ao princpio damoralidade administrativa.

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    VIPRINCPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PBLICOEsse princpio chamado tambm de princpio da finalidade pblica, presente tanto

    no momento da elaborao da lei como no momento da sua execuo em concreto pelaAdministrao Pblica. Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa emtoda a sua atuao, ensina a autora Maria Sylvia Zanella.

    Como expresso desta supremacia, a Administrao, por representar o interessepblico, tem a possibilidade, nos termos da lei, de constituir terceiros em obrigaes medianteatos unilaterais. Tais atos so imperativos como quaisquer atos do Estado.

    VIIPRINCPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PBLICOOs poderesatribudos Administrao tm o carter de poder-dever; so poderes que

    ela no pode deixar de exercer, sob pena de responder pela omisso. Assim, a autoridade nopode renunciar ao exerccio das competncias que lhe so outorgadas por lei. Os bens einteresses pblicos no pertencem Administrao nem a seus agentes. Cabe-lhes apenasgeri-los, conserv-los e por eles velar em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dosdireitos e interesses pblicos. Enfim, a Administrao no tem liberdade para dispor dos bense interesses pblicos, isso porque age na defesa alheia.

    VIIIPRINCPIO DA PRESUNO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADEA presuno de verdade, que diz respeito certeza dos fatos; de outro lado, a

    presuno da legalidade, pois, se a Administrao Pblica se submete lei, presume-se, atprova em contrrio, que todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observnciadas normas legais pertinentes.

    IXPRINCPIO DA ESPECIALIDADEO princpio da especialidade ligado idia de descentralizao administrativa, de

    eficincia. Assim, o Estado, ao criar pessoas jurdicas pblicas administrativas (Autarquias,

    por exemplo), como forma de descentralizar a prestao de servios pblicos, faz isso com afinalidade de especializao de funo.

    Da, diz-se que o princpio da especialidade decorre do princpio da legalidade e daindisponibilidade do interesse pblico. Sendo assim, a lei que cria a entidade estabelece com

    preciso as finalidades que lhe incumbe atender, de tal modo que no cabe aos seusadministradores afastar-se dos objetivos definidos na lei; isto precisamente pelo fato de noterem a livre disponibilidade dos interesses pblicos.

    a ideia de descentralizao administrativa, prevista no art. 37, XIX e XX da CRFB:XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresapblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimocaso, definir as reas de sua atuao; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidadesmencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada;

    O princpio da eficincia pode ser considerado em relao ao modo de atuao doagente pblico, do qual se espera o melhor desempenho possvel de suas atribuies, para lograros melhores resultados.

    - Em relao ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administrao Pblica,tambm com o mesmo objetivo de alcanar os melhores resultados na prestao do servio

    pblico.

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    XPRINCPIO DO CONTROLE OU TUTELAPara assegurar que as entidades da Administrao Pblica Indireta observem o

    princpio da especialidade, elaborou-se outro princpio: o do controle ou tutela, emconsonncia com o qual a Administrao Pblica direta fiscaliza as atividades dos referidosentes, com o objetivo de garantir a observncia de suas finalidades institucionais.

    XIPRINCPIO DO AUTOTUTELAA Administrao tem a prerrogativa de REVER seus prprios atos, retirando os atos

    inconvenientes e inoportunos por revogao e os ilegais por anulao (anulao e revogaode atos administrativos tema que analisaremos na aula de atos administrativos).

    Enquanto pela tutela a Administrao exerce controle sobre outra pessoa jurdica porela mesma instituda, pela autotutela o controle se exerce sobre os prprios atos, com a

    possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos,independentemente de recurso ao Poder Judicirio.

    XIIPRINCPIO DA HIERARQUIAEm consonncia com o princpio da hierarquia, os rgos da Administrao so

    estruturados de tal forma que se cria uma relao de coordenao e subordinao entre uns eoutros, cada qual com atribuies definidas na lei.

    XIIIPRINCPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIO PBLICOPor esse princpio, entende-se que o servio pblico, sendo a forma pela qual o Estado

    desempenha funes essenciais ou necessrias coletividade, ininterrupto, no se admitindoa paralisao dos servios pblicos. A consequncia lgica desse ensinamento o de que no

    podem os servios pblicos ser interrompidos, devendo, ao contrrio, ter normal continuidade.Algumas consequncias prticas advindas do princpio, em tela, podem ser destacadas:- A proibio de greve nos servios pblicos, que hoje est consideravelmente

    abrandada, pois a atual CRFB, no art. 37, inciso VII, determina que o direito de greve ser

    exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica. Cabe lembrar que o STFdecidiu pela aplicao da Lei de greve dos trabalhadores da iniciativa privada, enquanto no criada a lei que cuida sobre a greve dos servidores.

    - Institutos como a suplncia, a delegao e a substituio para preencher as funespblicas temporariamente vagas.

    - A impossibilidade de quem contrata com a Administrao de invocar a exceo docontrato no cumprido (exceptio non adimpleti contractus), nos contratos que tenham porobjeto a execuo de servio pblico. Nesse caso, o Estado pode ficar at 90 dias sem pagar ea empresa contratada ainda assim tem o dever de manter a execuo dos servios, regidos pelaLei 8.666/1993.

    - Na hiptese de resciso do contrato administrativo, a administrao pblica detm a

    prerrogativa de, nos casos de servios essenciais, ocupar provisoriamente bens mveis,imveis, pessoal e servios vinculados ao objeto do contrato.

    - Com o mesmo objetivo, a possibilidade de encampao da concesso de serviopblico.

    Ressalto a que a continuidade no est expressa na Constituio Federal, mas

    existe uma lei que a 8.987/95 (Lei de servio pblico), em que o art. 6 trata do servio

    adequado.SERVIO ADEQUADO aquele que oferece isso daqui abaixo:

    Art. 6o Toda concesso ou permisso pressupe a prestao de servio adequado aopleno atendimento dos usurios, conforme estabelecido nesta Lei, nas normaspertinentes e no respectivo contrato.

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    1oServio adequado o que satisfaz as condies de regularidade, continuidade,eficincia, segurana, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao e modicidadedas tarifas.

    XIVPRINCPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADEOBS: o princpio da razoabilidade, sob a feio de proporcionalidade entre meios e

    fins, est contido explicitamente no art. 2, pargrafo nico, da Lei n 9.784/99Nos processosadministrativos sero observados, entre outros, os critrios de: adequao entre meios e fins, vedada a imposio deobrigaes, restries e sanes em medida superior quelas estritamente necessrias ao atendimento do interesse

    pblico;

    XVPRINCPIO DA MOTIVAO

    O princpio da motivao exige que a Administrao Pblica indique os fundamentosde fato e de direito de suas decises. A sua obrigatoriedade se justifica em qualquer tipo deato, porque se trata de formalidade necessria para permitir o controle de legalidade dos atosadministrativos.

    Na Lei n 9.784/99 o princpio da motivao previsto conforme abaixo:Art. 2oA Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da

    legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampladefesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.

    Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, oscritrios de:

    ...VII - indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a deciso;

    Art. 50. Os atos administrativos devero ser motivados, com indicao dos fatos edos fundamentos jurdicos, quando:

    I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanes;III - decidam processos administrativos de concurso ou seleo pblica;IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatrio;V - decidam recursos administrativos;VI - decorram de reexame de ofcio;VII - deixem de aplicar jurisprudncia firmada sobre a questo ou discrepem de

    pareceres, laudos, propostas e relatrios oficiais;VIII - importem anulao, revogao, suspenso ou convalidao de ato

    administrativo. 1oA motivao deve ser explcita, clara e congruente, podendo consistir em

    declarao de concordncia com fundamentos de anteriores pareceres, informaes, decisesou propostas, que, neste caso, sero parte integrante do ato.

    XVISEGURANA JURDICA, PROTEO CONFIANA E BOA-F

    a) Segurana JurdicaPrevisto no art. 2 da Lei n 9.784/99. O objetivo do princpio da segurana jurdica

    de proibir a aplicao retroativa de nova interpretao de lei no mbito da AdministraoPblica, conforme o pargrafo nico do art. 2, XIII, da lei 9.784/99.

    Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os

    critrios de:XIII - interpretao da norma administrativa da forma que melhor garanta o

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    atendimento do fim pblico a que se dirige, vedada aplicao retroativa de novainterpretao.

    b) Proteo ConfianaEste princpio corresponde ao aspecto subjetivo da segurana jurdica.O princpio da proteo confiana leva em conta a boa-f do cidado, que acredita e

    espera que os atos praticados pelo Poder Pblico sejam lcitos e, nessa qualidade, seromantidos e respeitados pela prpria Administrao e por terceiros.

    c) Boa-fEst previsto no art. 2, pargrafo nico, IV da lei 9.784/99.Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os

    critrios de:IV - atuao segundo padres ticos de probidade, decoro e boa-f;

    No s a Administrao tem que observar a boa-f, como tambm administrado,conforme o art. 4, II, da Lei 9.784/99, que insere entre os deveres do administrado perante aAdministrao o de proceder com lealdade, urbanidade e boa-f.

    FOLHA DE EXERCCIOS 2

    QUESTES DE ADMINISTRATIVO - 2016 -

    1 - (TCNICO JUDICIRIO TRF 5 REGIO FCC/2008) Os princpiosinformativos do Direito Administrativo

    (A) ficam restritos queles expressamente previstos na Constituio Federal.(B) consistem no conjunto de proposies que embasa um sistema e lhe garante a

    validade.(C) ficam restritos queles expressamente previstos na Constituio Federal e nasConstituies Estaduais.

    (D) so normas previstas em regulamentos da Presidncia da Repblica sobre tica naAdministrao Pblica.

    (E) so regras estabelecidas na legislao para as quais esto previstas sanes denatureza administrativa.

    2 - (FCC/2014 TCE/PI AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO) Oordenamento jurdico ptrio agasalha regimes jurdicos de natureza distinta. A Administrao

    pblica

    a) obrigatoriamente submete-se a regime jurdico de direito pblico em matriacontratual.

    b) submete-se a regime jurdico de direito pblico, podendo, por ato prprio, denatureza regulamentar, optar por regime diverso, em razo do princpio da eficincia e dagesto administrativa responsvel, e adequado planejamento.

    c) pode submeter-se a regime jurdico de direito privado ou a regime jurdico dedireito pblico, conforme disposto pela Constituio Federal ou pela lei.

    d) quando emprega modelos privatsticos, integral sua submisso ao direito privado.

    3 - (IBFC / TRE-AM / ANALISTA JUDICIRIO / 2014 ) Com relao ao Princpioda Supremacia do interesse pblico sobre o interesse privado, assinale a

    alternativa INCORRETAa) Pode ser invocado, inclusive ao arrepio do Direito posto, j que inerente ao convvio

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    social.b) No se radica em dispositivo algum da Constituio Federal, ainda que inmeros

    aludam ou impliquem manifestaes concretas dele, como, os princpios da funo social dapropriedade ou do meio ambiente.

    c) princpio geral de Direito inerente a qualquer sociedade, sendo sua prpriacondio de existncia.

    d) Permite Administrao a possibilidade de, nos termos da lei, de constituirterceiros em obrigaes mediante atos unilaterais.

    4 - (IBFC / SEPLAG-MG / / 2013 ) O interesse pblico, sendo qualificado como prp rio dacoletividade, no se encontra livre disposio de quem quer que seja, por inapropriveis. Ao

    prprio rgo administrativo que o representa incumbe apenas guard-lo e realiz-lo. O textorefere-se ao:

    a) Princpio da Legalidadeb) Princpio da Eficincia.c) Princpio da Indisponibilidade do Interesse Pblico.d) Princpio da Impessoalidade

    5 - (IBFC / MPE-SP / ANALISTA DE PROMOTORIA II / 2013 ) O princpio da

    especialidade decorre dos princpios da:a) Legalidade e da impessoalidade.b) Publicidade e da eficincia.c) Moralidade e da publicidade.d) Isonomia e da impessoalidade.e) Legalidade e da indisponibilidade do interesse pblico.

    6 - (IBFC / MPE-SP / ANALISTA DE PROMOTORIA II / 2013 ) Joo, servidor pblicoestadual lotado em unidade administrativa localizada no Municpio de Atraspolis, pediu asua transferncia para outra unidade, situada no Municpio onde reside. O seu pleito foiindeferido pela autoridade competente, sob o fundamento de que a sua movimentao no

    interessa ao servio pblico. Nesse caso, foi predominante o princpio:a) Da motivao.b) Da razoabilidade.c) Da moralidade.d) Da supremacia do interesse pblico.e) Da autotutela.

    (Analista Administrativo / TJ SE / 2014 / CESPE) No que se refere aos princpios queregem a administrao pblica, julgue os seguintes itens.

    7 - Em consonncia com os princpios constitucionais da impessoalidade e damoralidade, o STF, por meio da Smula Vinculante n. 13, considerou proibida a prtica de

    nepotismo na administrao pblica, inclusive a efetuada mediante designaes recprocasnepotismo cruzado.

    (Analista Processual Regulao Educao / MEC / 2014 / CESPE) Os princpios daadministrao pblica esto previstos, de forma expressa ou implcita, na CF e, ainda, em leisordinrias. Esses princpios, que consistem em parmetros valorativos orientadores dasatividades do Estado, so de observncia obrigatria na administrao direta e indireta dequaisquer dos poderes da Unio, dos estados, do DF e dos municpios. Acerca desses

    princpios e da organizao administrativa do Estado, julgue os itens a seguir.8 Os princpios do contraditrio e da ampla defesa aplicam-se tanto aos litigantes em

    processo judicial quanto aos em processo administrativo.

    (Analista Atuarial MPU / 2015 / CESPE) Julgue o item a seguir, referente s

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    autarquias federais.9 A criao de autarquia uma forma de descentralizao por meio da qual se

    transfere determinado servio pblico para outra pessoa jurdica integrante do aparelhoestatal.

    (Tcnico Suporte Administrativo / SERPRO / CESPE / 2013) No que se refere administrao pblica direta e indireta, julgue os itens a seguir.

    10 Pessoas jurdicas que integram a administrao indireta federal so criadas ouautorizadas por lei especfica e possuem patrimnio e personalidade prprios.

    11 As sociedades de economia mista e as empresas pblicas sujeitam-se ao regimejurdico prprio das empresas privadas, inclusive no que diz respeito a obrigaes trabalhistase tributrias, assim como desenvolvem atividades administrativas atpicas e acompanham o

    plano geral do governo, sob superviso ministerial.

    12 Os estados-membros, os municpios e o Distrito Federal so pessoas jurdicas dedireito pblico que integram a estrutura constitucional do Estado, sendo dotados de soberaniae autonomia poltica, administrativa e financeira.

    (Analista de Administrao Pblica / TC DF / 2014 / CESPE) Acerca do regimejurdico administrativo, julgue os prximos itens.

    13 - Em razo do princpio da legalidade, a administrao pblica est impedida detomar decises fundamentadas nos costumes.

    FOLHA DE EXERCCIOS 3

    QUESTES DE ADMINISTRATIVO - 2016 -

    1(ANALISTA JUDICIRIO / TRE TO / 2013 / FCC) A repartio de funes entre os vrios rgos de umamesma pessoa jurdica da Administrao Pblica conceito dea) desconcentrao

    b) descentralizaoc) descentralizao por serviosd) delegao de competnciae) desmembramento

    2(Executivo Pblico / Casa Civil / Pref. So Paulo / 2014 / FCC) A descentralizao por meio de delegao efetivada quando o Estado(A) realiza a transferncia temporria da titularidade do servio ao rgo responsvel.(B) delega competncias, no mbito de sua prpria estrutura, a fim de tornar mais gil e eficiente a prestao dos

    servios.(C) cria uma entidade e a ela transfere, mediante previso em lei, determinado servio pblico.(D) exerce o servio pblico que est previsto no ato como atribuio prpria sua.(E) transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execuo do servio.

    3(ANALISTA JUDICIRIO / TRE-TO / 2011/ FCC) Os rgos pblicos(A) confundem-se com as pessoas fsicas, porque congregam funes que estas vo exercer.(B) so singulares quando constitudos por um nico centro de atribuies, sem subdivises internas, comoocorre com as sees integradas em rgos maiores.(C) no so parte integrante da estrutura da Administrao Pblica.(D) no tm personalidade jurdica prpria.(E) so compostos quando constitudos por vrios agentes, sendo exemplo, o Tribunal de Impostos e Taxas.

    4 - (MPE SE / 2013 / FCC / Analista Direito) O Estado de Sergipe pretende instituir pessoa jurdica e a elaatribuir a titularidade e a execuo de um determinado servio pblico, que de sua exclusiva titularidade.

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    Pretende, ainda, atribuir referida pessoa personalidade jurdica de natureza pblica, com igual capacidade edotada de todos os privilgios e prerrogativas suas. Para tanto, dever(A) instituir sociedade de economia mista, obtendo, para tanto, a competente autorizao legislativa.(B) instituir empresa pblica, obtendo, para tanto, a competente autorizao legislativa.(C) criar autarquia estadual, por meio de lei especfica.(D) criar autarquia estadual, mediante decreto de competncia do Chefe do Executivo estadual, conformeautoriza o Art. 84, VI, a, da CF.(E) criar autarquia estadual, empresa pblica ou sociedade de economia mista, desde que o faa por meio de leiespecfica.5 - (FCC - 2013 - MP - MA - Tcnico Ministerial - Administrativo) Na atuao administrativa, no basta alegalidade formal, restrita; preciso tambm a observncia de princpios ticos, de lealdade, de boa-f. Aassertiva em questo refere- se ao princpio daa) motivao.

    b) eficincia.c) moralidade.d) proporcionalidade.e) supremacia do interesse pblico.

    6 - (FCC/2014PREF. RECIFE/PE PROCURADOR) No que diz respeito ao regime jurdico administrativo,considere as seguintes afirmaes:I. H, neste tipo de regime, traos de autoridade, de supremacia da Administrao, sendo possvel, inclusive, quenele se restrinja o exerccio de liberdades individuais.II. As chamadas prerrogativas pblicas, para que sejam vlidas, devem vir respaldadas em princpios

    constitucionais explcitos na Constituio Federal.III. Via de regra, tambm integram o regime jurdico administrativo de um municpio as leis, os decretos, osregulamentos e as portarias do Estado em que ele se localiza.IV. tendncia da maioria da doutrina administrativista contempornea no mais falar em restries ousujeies como trao caracterstico do regime jurdico administrativo, em razo dessas expresses poderemlevar falsa concluso de que as atividades da Administrao que visam a beneficiar a coletividade podem estarsujeitas a limites.Est correto o que se afirmar APENAS ema) IV.

    b) Ic) I e III.d) II e IV.e) I, II e III.

    7 - (FCC - 2013 - MP - MA - Tcnico Ministerial - Administrativo) No processo administrativo, assim como nosprocessos judiciais, tambm vigoram normas sobre impedimento e suspeio das autoridades, de modo que, casotais hipteses ocorram, elas devem ser reconhecidas proporcionando que as decises administrativas sejam

    proferidas de forma imparcial. Trata-se da observncia ao princpio daa) eficincia.

    b) publicidade.c) impessoalidade.d) razoabilidade.e) motivao.

    8 - (TRE RS / 2010 / FCC / Analista Administrativo) A publicidade, como um dos princpios bsicos daAdministrao,

    a) deve ser observada em todo e qualquer ato administrativo, sem exceo.b) elemento formativo do ato.c) a divulgao oficial do ato para conhecimento pblico e incio de seus efeitos externos.d) obrigatria apenas para os rgos da Administrao direta, sendo facultativa para as entidades daAdministrao indireta.e) tambm pode ser usada para a promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos, salvo no perodoeleitoral.

    (Tcnico judicirio / TER BA / CESPE / 2010) Acerca da organizao administrativa e dos conceitos relativos administrao direta e indireta, julgue os itens que se seguem.9 As agncias reguladoras so entidades que compem a administrao indireta e, por isso, so classificadascomo entidades do terceiro setor.10 A criao de uma autarquia para executar determinado servio pblico representa uma descentralizao dasatividades estatais. Essa criao somente se promove por meio da edio de lei especfica para esse fim.

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    (Tcnico Suporte Administrativo / SERPRO / CESPE / 2013) Julgue os itens seguintes, relativos organizaoda administrao pblica.11 As entidades paraestatais esto sujeitas realizao de licitao para a contratao de obras, servios ecompras.12 As autarquias agem por delegao do ente pblico que as instituiu.13 Os atos lesivos ao patrimnio autrquico so passveis de anulao por ao popular.14 As autarquias no gozam das mesmas prerrogativas processuais outorgadas fazenda pblica.

    AULA 4

    ATOS ADMINISTRATIVOS

    FATOS DA ADMINISTRAO

    Em sentido AMPLO, fatos jurdicos so todos os eventos que sejam relevantes e queproduzam uma consequncia jurdica, que independem do homem ou que dele dependemapenas indiretamente.

    Fato Administrativofato descrito na norma que produz efeitos no campo do DireitoAdministrativo.

    Ex: Morte de funcionrio pblico que produz a vacncia do cargo.Fato da Administrao:

    ATOS DA ADMINISTRAOPodemos afirmar que atos jurdicos so definidos como uma manifestao da vontade

    humana que importam em consequncia jurdicas.Entretanto, todo ato praticado no exerccio da funo administrativa ato da

    Administrao. Tem sentido mais amplo do que a expresso ato administrativo.a) Atos de Direito Privadodoao, permuta, compra e venda, comodato, locao

    etc.b) Atos materiais da Administraono contm manifestao de vontade, mas que

    envolvem apenas execuo, como a demolio de uma casa, a apreenso de mercadoria,varrer o piso, a realizao de um servio.

    c) Atos de conhecimento, opinio, juzo ou valorno expressam tambmmanifestao de vontade e que no podem produzir efeitos jurdicos. Certides, atestados,

    pareceres, votos.

    d) Atos polticosos que esto sujeitos ao regime jurdico-constitucional. Ex: sanodo Presidente da Repblica.

    e) Contratosf) Atos normativosdecretos, portarias, resolues, regimentos, de efeitos gerais e

    abstratos.g) Atos administrativos propriamente ditos.

    CONCEITO

    Hely Lopes Meirelesconceituamanifestao unilateral de vontade da AdministraoPblica que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,

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    declarar, extinguir, modificar e transferir direitos ou impor obrigaes a si ou a seusadministrados.

    CONCEITO - Ato administrativo a ddeeccllaarraaooddeevvoonnttaaddeeddooEEssttaaddoooouuddeeqquueemmoorreepprreesseennttee, que produz efeitosjjuurrddiiccoossiimmeeddiiaattooss, com observncia da lei, sob rreeggiimmee

    jjuurrddiiccooddeeddiirreeiittooppbblliiccooeessuujjeeiittaa--sseeaaccoonnttrroolleeppeellooPPooddeerrJJuuddiicciirriioo..I) O ATO ADMINISTRATIVO UMA DECLARAO: por este trecho, o ato

    administrativo pode ser visto como uma exteriorizao de vontade advinda de algum, queser o agente pblico a quem a ordem jurdica (normas) entrega a competncia para a prtica.

    OBS: o silncio no ato, fato, porm, pode produzir efeitos no DireitoAdministrativo, constituindo-se fato administrativo. Como exemplo de efeitos jurdicosdecorrentes da omisso podemos citar a decadncia, a prescrio, a precluso.

    II) O ATO ADMINISTRATIVO PRODUZ EFEITOS IMEDIATOS: a atribuio deefeitos imediatos estabelece uma distino geral entre o ato administrativo e a lei, dado queesta, em razo de suas caractersticas de generalidade e abstrao, no se presta, regra geral, a

    gerar efeitos imediatos. Por consequncia, pelo conceito da Maria Sylvia Di Pietro (conceitorestrito de ato administrativo) no se enquadrariam no conceito de ato administrativo, porexemplo, os atos normativos (como decretos e regulamentos), os quais, em seu contedo,assemelham-se lei.

    III) O ATO ADMINISTRATIVO GERADO SOB REGIME JURDICO DEDIREITO PBLICO: a submisso do ato administrativo a regime jurdico administrativo (dedireito pblico) evidencia que a Administrao, ao produzir atos administrativos, apresenta-secom as prerrogativas e as restries prprias do poder pblico. Por esse motivo, no seencaixam na definio de ato administrativo os produzidos sob o direito privado.

    IV) Sujeita-se lei.

    V) O ATO ADMINISTRATIVO PODE SER QUESTIONADO JUDICIALMENTE:O ato administrativo, embora manifestao da vontade Estatal, no poderia deixar de estarsubmetido, quando necessrio, ao controle pelo Poder Judicirio, regra consagrada peloEstado de Direito, aquilo que a doutrina costuma chamar de princpio da inafastabilidade datutela jurisdicional (inc. XXXV do art. 5 da CF/1988).

    ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

    o que distingue o ato administrativo do ato jurdico de direito privado, em que ele sesubmete a um regime jurdico administrativo ou a um regimento jurdico de direito pblico.

    Atributos so caractersticas do ato administrativo. So prerrogativas que o atoadministrativo goza.

    IPRESUNO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE:Presuno de legitimidade - conformidade do ato com a lei. A palavra presuno

    indica que conta em favor do Estado a qualidade dos atos administrativos terem sidoproduzidos em conformidade com o Direito (presuno de legitimidade), eis que em todasua vida funcional, o administrador fica preso ao cumprimento estrito da lei, ou seja, ao

    princpio da legalidade (art. 37, caput, da CF/88).Presuno de veracidade - diz respeito aos fatos. Presumem-se verdadeiros os fatos

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    alegados pela Administrao Pblica. Logo, os fatos alegados pela Administrao para aprtica do ato tambm so presumidos verdadeiros (presuno de veracidade).

    Assim, ocorre com relao s certides, atestados, declaraes e etc, todos dotados def pblica. So presunes relativas, de validade.

    ObsEfeitos da Presuno de Veracidade:- enquanto no for decretada a invalidade do ato administrativo, ele produzir efeitos

    da mesma forma que o ato vlido. COMO VIVEMOS EM UM ESTADO DE DIREITO,UMA DAS CONSEQUNCIAS DISSO QUE TODOS OS ATOS DO ESTADO SOPRESUMIDOS LEGTIMOS, OU SEJA, EM CONFORMIDADE COM A ORDEMJURDICA.

    - O Poder Judicirio no pode apreciar ex officio(isto , por sua livre iniciativa) avalidade do ato. S a pedido da pessoa interessada que o Poder Judicirio pode decretar anulidade do ato.

    - INVERSO DO NUS DA PROVA, que s ocorre em relao presuno deveracidade, por ser matria de fato. Em relao presuno de legitimidade, no se fala eminverso do nus da prova por no existir matria a ser provada, mas h a inverso do nus deagir, em que a parte interessada que dever arguir ao juiz a ilegalidade do ato.

    IIIMPERATIVIDADE:O ato administrativo se impe a terceiros, independentemente de sua concordncia. o chamadoppooddeerreexxttrroovveerrssoo(poder pblico tem a prerrogativa de, por meio de atos

    unilaterais, impor obrigaes a terceiros).A imperatividade s existe nos atos administrativosque impem obrigaes. Quando se trata de ato que confere direitos solicitados peloadministrado (licena, autorizao, permisso, admisso) ou atos enunciativos (certido,atestado, parecer), este atributo no existe.P. ex., se um servidor solicita uma certido portempo de servio, o Estado tem a prerrogativa de negar? Se o Estado tem o desejo de contrataruma nova frota de veculos, poderia forar uma concessionria ao fornecimento? A resposta,

    para ambos os casos, que no. Da porque conclumos que atos enunciativos (certides,atestados e outros) e atos negociais (autorizao, permisso e outros), no so dotados de

    imperatividade, porque funcionam como uma restrio para o Estado e no prerrogativa.Poder extroversopoder que permite a Administrao Pblica editar atos que voalm da sua esfera jurdica, ou seja, que interferem na esfera jurdica de outras pessoas,constituindo-as, unilateralmente, em obrigaes. Importante perceber que os atosadministrativos so to potentes, to fortes, a ponto de seus efeitos serem sentidos por

    particulares. Enfim, o poder que extravasao mbito interno administrativo.

    IIIAUTOEXECUTORIEDADE:A autoexecutoriedade a prerrogativa de que certos atos administrativos sejam

    executados imediata e diretamente pela prpria Administrao, independentemente de ordemou autorizao judicial. O ato administrativo pode ser posto em execuo pela Administrao

    Pblica sem necessidade de interveno do Poder Judicirio.ex.: estudantes da UNB que se mantm instalados em determinado bem pblico de uso

    especial (reitoria da Faculdade). Ser possvel a expulso do grupo, sem a interveno doJudicirio.

    Assim como ocorre com o atributo da imperatividade, a autoexecutoriedade no existeem todos os atos administrativos. Conforme a doutrina majoritria, s h autoexecutoriedadequando:

    a) EXPRESSAMENTE PREVISTA EM LEI;b) tratar-se de MEDIDA URGENTE que, acaso no adotada de imediato, pode

    ocasionar prejuzo maior para o interesse pblico.

    Este atributo se desdobra em dois sub-atributos: EXIGIBILIDADE eEXECUTORIEDADE.

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    Exigibilidadedecises executrias da Administrao que cria obrigao para oparticular sem necessitar ir preliminarmente juzo.

    Meio coercitivomeios indiretos de coero (multa por exemplo)

    Executoriedadepermite Administrao Pblica executar diretamente a suadeciso, inclusive pelo uso da fora, se necessrio.

    Meio coercitivomeios diretos de coero (uso da fora)

    Embora se diga que a deciso executria dispensa a Administrao de irpreliminarmente a juzo, esta circunstncia no afasta o controle judicial a posteriori,provocada pela pessoa que se sentiu lesada pelo ato administrativoresponsabilidadeobjetiva do Estado art. 37, 6 da CRFB.

    IVTIPICIDADE:Em razo de tal atributo, o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas

    previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Por este atributo afasta-se a possibilidade de produzir atos administrativos unilaterais inominados, especialmente emconseqncia direta do princpio da legalidade: para cada finalidade pretendida pela

    Administrao existe um ato definido em lei.Duas consequncias podem ser apontadas em razo do princpio da tipicidade:I) Impede que a Administrao produza atos unilaterais e coercitivos, sem expressa

    previso legal, representando verdadeira garantia ao administrado;II) Impede a prtica de atos totalmente discricionrios, porque a previso legal define

    os contornos em que a discricionariedade poder ser exercida.

    ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

    So os requisitos dos atos administrativos. So o conjunto de cinco elementos bsicosconstitutivos da manifestao da vontade da Administrao.

    CO-FI-FOR-M-OB S-O-FO-FI-MCOmpetncia (Sujeito Competente) Sujeito competenteFInalidade ObjetoFORma FOrmaMotivo FInalidadeOBjeto Motivo

    O art. 2 da lei 4.717/65 (Lei de Ao Popular).Esta lei, ao indicar os atos nulos,menciona os cinco elementos dos atos administrativos.

    Art. 2 So nulos os atos lesivos ao patrimnio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos

    casos de:a) incompetncia;b) vcio de forma;c) ilegalidade do objeto;d) inexistncia dos motivos;e) desvio de finalidade.O ato que deixe de atender um dos elementos (ou requisitos de formao) ser NULO.

    ISUJEITO COMPETENTE ou COMPETNCIA:Conjunto delimitado de atribuies de determinado rgo ou agente fixado pela lei. o conjunto de atribuies das pessoas jurdicas, rgos e agentes, fixadas pela Lei

    (direito positivo).Exemplo: art. 84, VI, a da CRFB Compete privativamente ao Presidente da Repblica: ...

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    dispor, mediante decreto, sobre: a) organizao e funcionamento da administrao federal, quando

    no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos;Quem organiza tem que definir competncias. Ento, no mbito federal, as

    competncias podero ser definidas por decreto.

    Pode-se dizer que haver incompetncia (vcio do ato administrativo), no caso em quehaja sido infringida a competncia definida em lei. Logo, o ato emanado de agenteincompetente ou realizado alm dos limites de sua competncia invlido, por faltar-lhelegitimidade.

    A competncia, para o Direito Administrativo, deve ser entendida como a quem tem opoder de produzir o ato, ou seja, um SUJEITO, UM ALGUM que responsvel pela prticado ato. Assim, como dizem, no competente quem quer, ou quem sabe fazer, mas sim quema norma determinar que .

    Regras de competncia:1 - decorre sempre da lei. No pode o prprio rgo estabelecer sua competncia.

    2 - inderrogvel, pois conferida em benefcio do interesse pblico. Art. 11 da Lei9.784/99

    Art. 11. A competncia irrenuncivel e se exerce pelos rgos administrativos a que foi atribudacomo prpria, salvo os casos de delegao e avocao legalmente admitidos.

    3 - pode ser objeto de delegao ou de avocao. Desde que no se trate decompetncia conferida a determinado rgo ou agente, com exclusividade, pela lei. Logo, oexerccio da competncia pode ser delegado (atribuda a outrem) ou avocado (ato de trazer

    para si competncia de quem lhe subordinado).DELEGAO - Ateno: a regra a possibilidade de delegao, a exceo a

    impossibilidade. Vide art. 12 da Lei 9.784/99:

    Art . 12. Um rgo admi nis trativ o e seu tit ular p odero, se no h ou ver im ped imentolegal, delegar p arte da su a com petnc ia a outr os rgos ou t itu lares, aind a que estes

    no lh e sejam hierarquic amente sub ordin ados, q uando for con veniente, em razo d ecir cu ns tnc ias d e nd ol e tcn ica, soc ial, eco nmic a, jurdi ca ou ter rit or ial.

    LEI 9.784/09 - RJ

    Art . 11. Um rgo adm ini strati vo e seu ti tul ar po dero, se no hou ver im ped imentolegal, delegar parte d e sua comp etnc ia a ou tros rgos o u titu lares, quando fo rco nv enient e, em razo de c ircu ns tnc ias de n atureza tcn ica, so cial, ec onmi ca,

    ju rdica ou ter r i to r ial .

    Hipteses em que vedada a delegao, conforme o art. 13 da Lei 9.784/99:Ia edio de atos de carter normativo;IIa deciso de recurso administrativo; (sob pena de se extinguir instncia recursal) eIIIas matrias de competncia exclusiva do rgo ou autoridade (sob pena de

    implicar infringncia, violao lei que reservou matria competncia de determinadorgo ou autoridade).

    Ar t. 13. No po dem ser ob jeto de del egao:

    I - a edio de ato s d e carter n ormati vo ;

    II - a deciso d e recurs os admin istrat ivos ;

    III - as m atrias de c om petnc ia excl us iva do rgo o u au to rid ade.

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    Art . 11 - RJ

    2 No p odem ser o bj eto de d eleg ao as m atrias d e compe tnc ia ex cl us iv a dorgo ou au tor idad e.

    Avocao de competncia: ato administrativo em que determinado rgo ou agentepuxa para si parcela de competncia do outro rgo ou agente a ele subordinado.

    Como regra geral decorre da hierarquia, desde que no se trate de competncia

    exclusiva do subordinado, s a admitindo temporariamente e por motivos relevantesdevidamente justificados. Para o subordinado que teve sua competncia avocada, a avocaoaparece como uma capitis dimunitio. Art. 15 da Lei 9.784/99

    Art . 15. Ser perm itid a, em carter excep cio nal e po r mo tiv os rel evant es devi dam enteju s tif icad os, a av ocao tem porria de competncia at r ibuda a rgo hier ar qu icam en teinferior.

    Obs: Critrios para distribuio de competncia:1Em razo da matria: a distribuio segundo o assunto que o pertinente:

    sade, educao, transportes etc. A competncia se distribui, por exemplo, entre osMinistrios conforme a matria.2Em razo do territrio: distribui-se por zonas de atuao. Por exemplo, a

    competncia das delegacias policiais que adstringem o mbito de sua atuao a determinadacircunscrio (localidade). Ex.: limite geogrfico das competncias de uma delegacia de

    polcia.3Em razo do grau hierrquico: as atribuies so conferidas segundo o maior ou

    menor grau de complexidade e responsabilidade.4Em razo do tempo: determinadas atribuies tm que ser exercidas em perodos

    determinados, como ocorre quando a lei fixa prazo para prtica de certos atos ou proibiesde certos atos em perodos definidos em lei, como de nomear ou exonerar servidores em

    perodo eleitoralart. 73 da lei 9.504/97.Art. 73. So proibidas aos agentes pblicos, servidores ou no, as seguintes condutas tendentes a afetar a

    igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens

    ou por outros meios dificultar ou impedir o exerccio funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerarservidor pblico, na circunscrio do pleito, nos trs meses que o antecedem e at a posse dos eleitos, sob pena de

    nulidade de pleno direito...

    5Em razo do fracionamento: a competncia pode ser distribuda por rgosdiversos, quando se trata de procedimento ou de atos complexos, com a participao de vriosrgos ou agentes.

    IIFINALIDADE:

    So os resultados que a Administrao quer alcanar com a prtica do ato. So osobjetivos de interesse pblico perseguidos pela Administrao Pblica. o fim pretendido

    pela Administrao. o efeito jurdico mediato.Ex: Sabe aquela licena-gestante, a qual a servidora pblica tem direito, a partir do

    nono ms de gravidez? Qual seria o interesse pblico a ser atingido? proteo da infncia, dalactncia, preservao da espcie humana e outros.

    A finalidade tem dois aspectos:- em sentido amplo (aspecto geral)a finalidade corresponde consecuo de um

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    resultado de interesse pblico. O ato administrativo tem que ter finalidade pblica.- em sentido restrito (aspecto especfico)a finalidade o resultado especfico que

    cada ato deve produzir, conforme definido na lei. Cada ato ter uma finalidade prpria, umresultado especfico.

    Ex: Demisso X remoo ex officioIlegalidade por Desvio de poder.Ex2: desapropriao

    IIIFORMA:

    o meio de exteriorizao do ato administrativo. o modo de apresentao do atoadministrativo. Como ele aparece, como se apresenta.

    Em regra, a forma a escrita.Existem casos em que a lei prev a forma simblica, por exemplo, sinalizao de

    trnsito. Mas esses comandos decorrem da LEI.IMPORTANTE! Em regra, quando o legislador exige a forma escrita, ele se contenta

    com esta. Mas h momentos em que o legislador no se contenta com que o ato seja apenasescrito. Ele exige que o ato seja escrito de uma especial maneira. Tem de ser escrito por umaforma ESPECFICA. Quando o legislador faz isso, atribui forma SOLENIDADE (forma

    essencial).Forma essencial ou forma solene: a especfica forma de exteriorizao do atoatribuda por lei. Ex.: art. 6 do DL 3.3365/41 (Lei de Desapropriao).

    Art. 6o A declarao de utilidade pblica far-se- por decreto do Presidente da Repblica,Governador, Interventor ou Prefeito.

    s o exame de cada caso concreto que permite concluir se a forma ou noessencial; ter essa qualidade necessariamente quando for estabelecida como garantia derespeito aos direitos individuais.

    No art. 22 da Lei 9.784/99, foi consagrado, como regra, o informalismo do atoadministrativo ao determinar que os atos do processo no dependem de forma determinada.

    Art. 22, caput e 1 da lei 9.784/99.Art. 22. Os atos do processo administrativo no dependem de forma determinada seno quando a lei

    expressamente a exigir. 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernculo, com a data e o local de sua

    realizao e a assinatura da autoridade responsvel.

    IVMOTIVO:

    Fato que impe ou enseja a prtica de um ato. o pressuposto de fato e de direito queserve de fundamento ao ato administrativo.

    A ausncia de motivo ou a indicao de motivo falso invalidam o ato administrativo.Cuidado: no se confundem motivo e motivao do ato. Motivao a exposio dos

    motivos, ou seja, a demonstrao, por escrito, de que os pressupostos de fato realmenteexistiram.

    O art. 2, pargrafo nico, VII e art. 50, da Lei 9.784/99 prev a observncia damotivao.

    Art. 2o A Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidade,motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica,interesse pblico e eficincia.

    Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de:VII - indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a deciso;

    Ex.: no ato de punio do funcionrio, o motivo a infrao que ele praticou; Notombamento, o valor cultural do bem; na licena para construir, o conjunto de requisitos

    comprovados pelo proprietrio; na exonerao do funcionrio estvel, o pedido por eleformulado.

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    Obs: TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES.Por essa teoria, a validade do ato se vincula aos motivos indicados como seu

    fundamento.Quando a Administrao motiva o ato, mesmo que a lei no exija a motivao, ele s

    ser vlido se os motivos forem verdadeiros.

    Ex: exonerao ad nutum(quando a lei no define o motivo), por falta de verba. Se aAdministrao praticar esse ato alegando que o fez por falta de verba e depois nomear outrofuncionrio para a mesma vaga, o ato ser nulo por vcio quanto ao motivo.

    Ex2: ato de permisso de uso. Numa hiptese de revogao de um ato de permissode uso, sob alegao de que a mesma se tornou incompatvel com a destinao do bem

    pblico objeto de permisso. Se a Administrao, a seguir, permitir o uso do mesmo bem aterceira pessoa, ficar demonstrado que o ato de revogao foi ilegal por vcio quanto aomotivo.

    VOBJETO: (ou Contedo)

    ou contedo do ato. o efeito jurdico imediato que o ato produz.

    Esse efeito imediato quando nasce, extingue-se ou transforma-se um determinadodireito. Para identificar-se esse elemento, basta verificar o que o ato enuncia, prescreve,dispe.

    Ex: O exemplo que vimos no elemento Finalidade, que o caso da licena-gestante: retirar a servidora do contato com o trabalho por 120 dias consecutivos, a partir daconcesso da licena.

    Enquanto a finalidade o resultado mediato, o objeto do ato seu resultado imediato!Como no direito privado, o objeto deve ser lcito (conforme lei), possvel (realizvel

    no mundo dos fatos e do direito), certo (definido quanto ao destinatrio e aos efeitos) e moral.

    O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental.Natural: efeito que o ato produz, conforme definido na lei.Acidental: efeito jurdico que produz em decorrncia de certas clusulas.Termoindica o dia que inicia a eficcia do ato.Modo (encargo) um nus imposto ao destinatrio do ato.Condiosubordina o efeito do ato a evento futuro e incerto. Suspensiva ou

    resolutiva.

    DISCRICIONARIEDADE E VINCULAO

    Poder vinculadodiante do poder vinculado o indivduo tem um direito subjetivo.

    Poder discricionrioa lei por vezes deixa margem de liberdade de deciso em casoconcreto, pela administrao.

    Adoo de uma ou outra soluo feita segundo critrios de convenincia,oportunidade, justia e equidade.

    A Administrao, para editar o ato, vai analisar convenincia e oportunidade, que so anlisesque integram o chamado mrito administrativo.

    Em apertada sntese:

    Conveninciabenefcio, utilidade ou, ao menos, no prejuzo.

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    Oportunidademelhor momento, momento adequado.

    OBS: mbito de aplicao da discricionariedade:Sujeito Competenteo ato sempre vinculado.Formao ato sempre vinculado.Finalidadeem sentido amplo discricionria

    - em sentido estrito vinculadoMotivo

    Objeto (contedo)

    1LEGALIDADE E MRITO ADMINISTRATIVO:Ato vinculadotodos os elementos vem definidos em lei.

    OBS: Limites de discricionariedade e Controle pelo Poder JudicirioAtos vinculadospodeAtos discricionriosO controle judicial possvel, mas ter que respeitar a

    discricionariedade administrativa nos limites em que ela assegurada AdministraoPblica pela lei.

    O Poder Judicirio aprecia aspectos da legalidade, e verifica se a Administrao no

    ultrapassou os limites da discricionariedade.

    2 Teorias = Desvio de Poder e Teoria dos Motivos Determinantes.

    Desvio de PoderQuando a autoridade usa do poder discricionrio para atingir fimdiferente daquele que a lei fixou, isto , para desviar-se dos fins de interesse pblico definidosem lei.

    Teoria dos Motivos Determinantes - a validade do ato est adstrita aos motivosindicados como seu fundamento e sua prtica, de maneira que se inexistentes ou falsos osmotivos, o ato ser nulo. Assim, mesmo se a lei no exigir a motivao, caso a Administrao

    a faa, estar vinculada aos motivos expostos.

    FOLHA DE EXERCCIOS 4

    QUESTES DE ADMINISTRATIVO - 2016 -

    1 - (Analista Judicirio / 2014 / IBFC / TRE-AM) Com relao aos atos da Administrao e aos atosadministrativos, assinale a alternativa CORRETA:a) So conceitos sinnimos, j que sujeitos ao mesmo regime jurdico.

    b) No podem ser considerados atos administrativos os atos exercidos no uso de prerrogativas publicas,portanto, de autoridade, sob regncia do Direito Publico.c) So atos administrativos os atos polticos ou de governo.d) H atos que no so praticados pela Administrao Pblica, mas que devem ser includos entre os atosadministrativos, por exemplo, aqueles relativos a vida funcional dos servidores do Poder Judicirio.

    2 - (Tcnico Judicirio rea administrativa / 2014 / IBFC / TRE-AM) Com relao ao ato administrativo,assinale a alternativa CORRETA:a) praticado, apenas, pelas autoridades do Poder Executivo.

    b) A competncia, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto so requisitos necessrios formao do atoadministrativo.c) A presuno de legitimidade do ato administrativo no isenta o administrador de comprovar a sua validade esua conformidade com a lei.

    d) Atos administrativos vinculados so aqueles que o administrador pode praticar com liberdade de escolha deseu contedo, de seu destinatrio e de sua convenincia.

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    3 - (Direito / 2013 / IBFC / SEPLAG-MG) o atributo do ato administrativo que autoriza sua imediataexecuo, ainda que arguido de vcios ou defeitos que possam levar a sua invalidade. O texto refere-se aoatributo da:a) Autoexecutoriedade.

    b) Imperatividade.c) Eficincia.d) Presuno de legitimidade.

    (Tcnico Administrativo / ANS / 2013 / CESPE) Com relao aos atos administrativos, julgue os itens que seseguem.

    4 - Os atos administrativos so sempre atos jurdicos e manifestaes unilaterais de vontade.5 - Ao celebrar com um particular um contrato de abertura de conta corrente, a Caixa Econmica Federal praticaum ato administrativo.

    (Tcnico Suporte Administrativo / SERPRO / CESPE / 2013) No que diz respeito a atos administrativos, julgueos itens seguintes.6 O Poder Judicirio pode apreciar a validade do ato ainda que inexista pedido expresso da pessoa interessada.7 A autoexecutoriedade um atributo presente em todos os atos administrativos.8 Define-se o requisito denominado motivao como o poder legal conferido ao agente pblico para odesempenho especfico das atribuies de seu cargo.

    (Administrador / FUB / CESPE / 2015) Julgue os itens subsequentes, no que se refere a atos administrativos.

    9 Um ato administrativo editado pela administrao pblica no requer provas de sua validade, visto que apresuno de legitimidade inerente a esse ato.10 Competncia, finalidade, forma, motivo e objeto so requisitos fundamentais do ato administrativo, sem osquais este se torna nulo.

    (Administrador / FUB / CESPE / 2015) A respeito dos atos administrativos, julgue os prximos itens.11 Quanto ao aspecto subjetivo, o sujeito poder ser tanto a pessoa jurdica de direito pblico, quanto o agente

    pblico que efetivamente execute o ato administrativo.

    (Analista Atuarial MPU / 2015 / CESPE) Acerca dos atos administrativos, julgue os itens subsequentes.12 Tanto os atos administrativos constitutivos quanto os negociais e os enunciativos tm o atributo da

    imperatividade.

    13 (RS / FCC / TCNICO ADMINISTRATIVO 2013) Pelo atributo da autoexecutoriedade, a administraopblica, no regular exerccio de seu poder de polcia,(A) edita atos normativos de limitaes genricas aos direitos individuais dos administrados, indistintamente.(B) edita atos normativos estabelecendo atos materiais concretos passveis de serem aplicados preventiva erepressivamente.(C) impe limitaes ao exerccio dos direitos individuais em benefcio do interesse pblico, podendo seexpressar por meio de medidas gerais ou especficas.(D) exerce margem de apreciao quanto a determinados elementos do ato, tornando discricionria a atuao de

    polcia em alguns casos.(E) pode executar, por seus prprios meios, suas decises, prescindindo de autorizao judicial.

    14 (MPE SE / FCC / TCNICO ADMINISTRATIVO / 2013) O poder extroverso do ato administrativo,tambm conhecido como atributo da imperatividade, gera a(A) presuno de legalidade ao ato administrativo, at prova em sentido contrrio.(B) vinculao do contedo do ato administrativo a terceiros, independentemente de concordncia.(C) capacidade de exigir o cumprimento do contedo obrigacional do ato administrativo independentemente deinterveno do Poder Judicirio.(D) necessidade de correspondncia do ato administrativo aos figurinos legais existentes poca de suaelaborao.(E) afastabilidade de apreciao do ato administrativo pelo Poder Judicirio, em funo do poder de imprio daAdministrao Pblica.

    15 (MPE SE / FCC / TCNICO ADMINISTRATIVO / 2013) Diante de auto de infrao que autuadeterminado restaurante e aplica-lhe a penalidade de interdio sanitria, os agentes pblicos responsveis

    resolvem, concomitantemente ao ato, lacrar o imvel mediante a construo de um pequeno muro que garanta ainviolabilidade do estabelecimento enquanto perdurar a pena, sem que, para tanto, tenham a autorizao do

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    Poder Judicirio. Quanto aos atributos do ato administrativo, a atitude adotada pelos agentes em reforo autuao administrativa evidencia a(A) imperatividade, que obriga a terceiros acatar as decises da autoridade administrativa.(B) ilegalidade, na medida que o muro obrigao de fazer a ser constituda por deciso judicial.(C) autoexecutoriedade, que busca a salvaguarda do interesse pblico almejado pelo ato administrativo.(D) presuno de veracidade, pois mostra que o ato encontra-se consoante s posturas municipais.(E) vinculao, pois os agentes poderiam optar pela lacrao do imvel com fitas adesivas ao invs de erguer ummuro de conteno.

    AULA 5

    CLASSIFICAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

    IQuanto aos Destinatrios:a) Atos Gerais

    Atos gerais so os de contedo genrico e abstrato, ou seja, so os que tm contedode lei. Atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situao. So os atosnormativos (decreto normativo, regulamentos, portarias, resolues, circulares etc).

    b) Atos IndividuaisAtos individuais so os de contedo concreto, ou seja, incidem sobre fatos, situaes

    especficas. Ex.: licena para construir, autorizao de uso, nomeao para cargo pblico etc.So os que produzem efeitos jurdicos no caso concreto.Ex: nomeao, demisso, licena, autorizao etc.

    IIQuanto ao Alcance:Ato interno aquele que alcana a prpria estrutura administrativa. A prpria

    estrutura da Administrao Pblica.

    Ato Externo - aquele que alcana alm da prpria estrutura da AdministraoPblica, ou seja, alcana o administrado.

    IIIQuanto Prerrogativa:a) Ato de Imprio:Ato de imprio aquele em que a Administrao se utiliza de supremacia.

    b) Ato de Gesto:E ato de gesto ato em que a Administrao no se utiliza de supremacia.

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    Obs. 1: A Maria Di Pietro considera a classificao quanto prerrogativa:a) Atos administrativos regidos pelo Direito Pblico;

    b) Atos de Direito Privado.

    Obs. 2: Hely Lopes Meirelles traz uma 3 classificao:c) Atos de expediente.Ato de expediente aquele que integra a rotina interna da Administrao Pblica. So

    atos do cotidiano administrativo. So atos praticados no dia a dia rotineiro da Administrao.Ex.: Tratamento que um setor de protocolo d quando tramita ali um requerimento.

    IVQuanto Formao da Vontade:a) Atos Simples.Decorrem da declarao de vontade de um nico rgo. Ex: nomeao de funcionrio

    pblico.

    b) Atos ComplexosSo os que resultam da manifestao de vontade de dois ou mais rgos, cuja vontade

    se funde para formar um ato nico. Aqui h identidade de contedo e de fins. O ato complexo aquele que conjuga a manifestao de mais de uma vontade em prol de um objetivo deinteresse comum.

    Ex: decreto que assinado pelo Chefe do Executivo e referendado pelo Ministro deEstado.

    Ex.2:nomeao de desembargadores pelo quinto constitucional.

    c) Atos Compostos

    o que resulta da manifestao de dois ou mais rgos, em que a vontade de um instrumental (ato acessrio) em relao a de outro, que edita o ato principal. Este ato acessriopode ser dito como pressupostoou complementardo ato principal.

    Ex: nomeao do Procurador Geral da Repblica, que depende da prvia aprovao doSenado (art. 128, 1, CRFB).

    VQuanto a Eficcia do ato:a) Ato Vlido.Ato vlido aquele que est em conformidade com a lei, pois preenche todos os

    requisitos para a sua eficcia.

    b) Ato Nulo.Ato nulo aquele que possui um vcio.

    Teoria das Nulidadesa) teoria monistaato nulo.

    b) teoria dualista:

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    Ato nulovcio insanvelAto anulvelvcio sanvel

    c) Ato Inexistente.Ato inexistente O ato inexistente nem chega a se configurar como um ato

    administrativo.Ex.: O ato do usurpador de funo.

    VIQuanto Exequibilidade:Exiquibilidade a capacidade do ato de produzir seus efeitos jurdicos. Quanto

    exeqibilidade os atos podem ser:a) Perfeito aquele que est em condies de produzir efeitos jurdicos porque j completou todo

    o seu ciclo de formao.Obs: Perfeio Validade - perfeio se refere s etapas de formao do ato para que

    produza efeitos. (ato motivado, reduzido a escrito, assinado e publicado por exemplo)

    A validade diz respeito conformidade do ato com a lei.

    b) ImperfeitoAto que noest apto a produzir os efeitos jurdicos, porque no completou seu ciclo

    de formao. (ex: falta de publicao, ou homologao, ou aprovao, desde que exigidas porlei).

    Obs.: o prazo de prescrio, administrativa ou judicial, no comea a correr enquantoo ato no se torna perfeito

    c) Pendente o que est sujeito condio ou termo para produzir efeitos.

    d) Consumado o que j exauriu seus efeitos. Ele se torna definitivo, no podendo ser impugnado,

    quer na via administrativa, quer na via judicial. Cuidado pode gerar responsabilidadeadministrativa ou penal se for ato ilcito. Tambm pode gerar responsabilidade civil doEstado, se causar dano terceiro, conforme o art. 37, 6, CF

    VIIQuanto aos Efeitos:

    a) Ato Constitutivo aquele pelo qual a Administrao cria, modifica ou extingue direito ou situao do

    administrado. Ex: permisso, autorizao, dispensa, aplicao de penalidade.

    b) Ato DeclaratrioA Administrao apenas reconhece um direito que j existia antes do ato. Ex.: licena,

    homologao, iseno, anulao.

    c) Ato Enunciativo

    So meros atos administrativos

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    A Administrao apenas atesta ou reconhece determinada situao de fato ou dedireito. Ou seja, encerram conhecimento, opinio...

    Ex: certides, atestados, pareceres.Aqui a Administrao no manifesta vontade produtora de efeitos jurdicos.

    ATOS ADMINISTRATIVOS EM ESPCIE

    Espcie segundo Hely Lopes Meirelles.

    --AAttoossNNoorrmmaattiivvooss

    --AAttoossOOrrddiinnaattrriiooss

    --AAttoossNNeeggoocciiaaiiss

    --AAttoossEEnnuunncciiaattiivvooss--AAttoossPPuunniittiivvooss

    A maioria da doutrina segue essa diviso.

    :::Espcies quanto ao contedo e forma.

    * Quanto ao CONTEDO:

    Negociais : autorizaolicenapermisso - admissoControle : Aprovao e homologaoEnunciativo : visto e parecer

    IAutorizao:

    ato administrativo unilateral, discricionrio, precrio, na qual a administraofaculta ao particular:1uso de bem pblico (autorizao de uso)Ato unilateral, discricionrio, pelo qual o Poder Pblico faculta ao particular o uso

    privativo de bem pblico, a ttulo precrio.

    2prestao de servio pblico (autorizao de servio pblico)Ato unilateral, discricionrio, a ttulo precrio. O Poder Pblico delega ao particular a

    explorao de servio pblico. modalidade de delegao de servio pblico, ao lado da concesso e da permisso.

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    3desempenho de atividade material ou pratica de ato, que, sem esse consentimento,seriam legalmente proibidos (autorizao como ato de polcia)

    Ex: Art. 21, VI, CRFB (material blico) // Porte de arma (Estatuto do Desarmamento)Nesse sentido, a autorizao abrange todas as hipteses em que o exerccio de

    atividade ou a prtica de ato so vedados por lei ao particular, por razes de interesse pblicoconcernentes segurana, sade, economia etc.

    Obs: Precrios so os atos negociais em que predomina o interesse do particular,porm, no geram direito adquirido ao administrado, podendo ser revogados a qualquertempo. Mais uma vez a autorizao pode ser citada. Por exemplo: um sujeito deseja colocarum circo numa praa de um municpio qualquer, que terreno pblico. Para isso, demandaautorizao do Poder Pblico, que se reserva o direito de revogar a autorizao quando bementender.

    IILicena: ato administrativo unilateral e vinculado. Tem por objeto facultar quele que

    preencha os requisitos legais para o exerccio de uma atividade. Ex: CNH e licena paraconstruir.

    Obs:AUTORIZAO LICENAAto discricionrio Ato vinculadoEnvolve interesse Envolve direito ato constitutivo ato declaratrio de direito preexistente

    A licena no precria.

    IIIPermisso:Ato administrativo unilateral, discricionrio e precrio, gratuito ou oneroso, pelo qual

    a Administrao Pblica faculta ao particular a execuo de servio pblico ou a utilizaoprivativa de bem pblico.

    Vale dizer que, pela legislao atualmente em vigor, a permisso de servio pblicoaparece ora como ato unilateral, ora como contrato.

    IVAdmisso: ato unilateral e vinculado em que a Administrao reconhece ao particular, que

    preencha os requisitos legais, o direito prestao de um servio pblico. Sendo assim, todoaquele que satisfaa os requisitos previstos em lei, tem direito de obter o benefcio.

    Ex: admisso nas escolas pblicas, nos hospitais, nos estabelecimentos de assistnciasocial.

    VAprovao:Ato administrativo unilateral e discricionrio em que a Administrao exerce o

    controle a prioriou a posteriorido ato administrativo. ato de controle. ato discricionrio, porque examinado sob os aspectos de convenincia e

    oportunidade para o interesse pblico.No controle a priori, equivale autorizao para a prtica do ato / no controle a

    posterioriequivale ao seu referendo.

    Ex.: art. 52 e 49 da CRFB.

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    VIHomologao:Ato administrativo unilateral e vinculado, em que a Administrao Pblica reconhece

    a legalidade de um ato jurdico.Obs: sempre a posteriori/ examina aspecto da legalidade.Ex: autoridade que homologa procedimento da licitao. (art. 43, VI, Lei 8.666/93)

    VIIVisto:Ato administrativo unilateral, vinculado, em que a autoridade competente atesta a

    legitimidade formal de outro ato jurdico.Aqui, no se avalia o seu contedo, pois ato deconhecimento, que so meros atos administrativos.

    Ex: visto do chefe imediato para encaminhamento de requerimento a superiorinstncia.

    VIIIParecer:Ato em que os rgos consultivos da Administrao emitem opinio sobre assuntos

    tcnicos ou jurdicos de sua competncia.O parecer pode ser facultativo, obrigatrio ou vinculante.

    a) Parecer facultativo quando fica a critrio da Administrao solicit-lo ou no.Ressalte-se que no vinculante para quem o solicitou.

    b) Parecer obrigatrio quando a lei exige como pressuposto para a prtica do atofinal. A obrigatoriedade diz respeito solicitao do parecer. No quer dizer que ele temcarter vinculante.

    Ex: Lei que exige parecer sobre todos os recursos encaminhados ao Chefe doExecutivo.

    c) Parecer vinculante vinculante quando a Administrao obrigada a solicit-lo ea acatar a sua concluso. Ex: aposentadoria por invalidez. Se a autoridade no concordar,pode pedir novo parecer.

    Obs: Parecer vinculante responsabilizao dos consultores jurdicos, desde queproferido com culpa (ou culpa grave), erro grosseiro ou m-f.

    Obs2: PARECER NORMATIVOvia de regra, o parecer no possui efeito normativoem si mesmo. Todavia, quando aprovado pela autoridade competente prevista em lei, asconcluses do parecer tornam-se obrigatrias para outros rgos ou entidades daAdministrao. CUIDADO, o despacho dessa autoridade que confere o efeito normativo ao

    parecer. Tem como objetivo garantir uniformidade de orientao na esfera administrativa.Ex: art. 40, 1, LC n 73/93 (Lei Orgnica da AGU) dos pareceres e da smula da

    AGU.

    * Quanto FORMA:

    IDecreto:Forma que se revestem os atos gerais ou individuais emanados do Chefe do Poder

    Executivo.

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    Decreto Individual: decreto de efeito concreto. Ex: o decreto de desapropriao, dedemisso, de nomeao etc. Dirige-se a pessoa ou grupo de pessoas determinadas.

    Decreto Geral: contm regras gerais e abstratas que se dirigem a todas as pessoas quese encontram na mesma situao, que se divide:

    a) regulamentar / execuoart. 84, IV, CRFB. Para dar fiel execuo lei.b) independente / autnomo art. 84, VI, CRFB. Quando disciplina matria no

    regulada em lei.

    IIResoluo e Portaria:Forma que se reveste os atos gerais ou individuais, emanados de autoridades outras

    que no os chefes do Executivo. Assim como os decretos, podem ora possuir contedoindividual (punio, concesso de frias, dispensas), ora contedo geral.

    IIICircular:Instrumento em que a autoridade usa para transmitir ordens internas uniformes a seus

    subordinados.

    IVDespacho: ato administrativo de carter decisrio, ou seja, ato administrativo que contm

    deciso das autoridades administrativas sobre assunto de interesse individual ou coletivo,submetido sua apreciao.

    Despacho Normativoaprovao, por meio de despacho, de parecer proferido porrgo tcnico, sobre assunto de interesse geral, ocasio em que se tornar obrigatrio paratoda a Administrao.

    IVAlvar:Instrumento da licena ou da autorizao para prtica de ato ou exerccio de atividadesujeitos ao poder de polcia do Estado. Alvar a forma, o revestimento do ato, j a licena ouautorizao o contedo do ato.

    EXTINO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

    * MODALIDADES DE EXTINO:

    ICumprimento de seus efeitos: o ato que se tornou consumado.Gozo de frias, ordem executada como demolio de uma casa, bem como pelo

    implemento de condio resolutiva ou termo final.

    II - Desaparecimento do sujeito ou do objeto:Morte ou incndio em palanque em show de rua.

    IIIRetirada do ato administrativo por:

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    a) Invalidao ou Anulao: a retirada do ato se d por razes de ilegalidade. odesfazimento do ato administrativo por razes de ilegalidade, com efeitos ex-tunc (efeitos

    pretritos, que retroagem).A anulao pode se dar pela prpria Administrao, caso de autotutela (smula 346 e

    473 do STF); mas tambm pode se dar pelo Poder Judicirio.

    b) Revogaoem que a retirada se d por razes de oportunidade e convenincia.

    c) cassaoretirada que se d em virtude do destinatrio do ato violar condies quedeveriam ser atendidas, a fim de continuar desfrutando da situao jurdica.

    Ex: licena para dirigir /// licena para funcionamento de hotel /// autorizao paravenda

    d) caducidade quando sobrevm norma jurdica que tornou inadmissvel a situaoantes permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente.

    Ex: caducidade de permisso para explorar circo em local que foi abrangido por novalei de zoneamento.

    e) Contraposio: quando a retirada do ato se d na edio posterior de outro ato comefeito contraposto ao ato anteriormente emitido. o caso de exonerao de servidor, que temefeitos contrapostos nomeao.

    f) Renncia quando se extinguem os efeitos do ato porque o prprio beneficirioabriu mo de uma vantagem de que desfrutava.

    ****ANULAO OU INVALIDAO

    - Efeitos ex-tunc

    A anulao vinculada ou discricionria?A Administrao Pblica tem o dever de anular os atos ilegais, conforme o princpio

    da legalidade, em regra. Poder deixar de anular quando, em circunstncias determinadas, oprejuzo da anulao puder ser maior que o da manuteno do ato ilegal.

    VCIOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:

    1VCIO NO SUJEITO (Competncia)a) Incompetncia;

    a) Incompetncia:- Excesso de Poder

    Que uma das formas de abuso de poder. Por exemplo, o crime de abuso de autoridade (Lei

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    - Usurpao de FunoA pessoa que pratica o ato e no foi legalmente investida no cargo.Constitui-se crime conforme o art. 328 do Cdigo Penal.

    - Funo de FatoPessoa que pratica o ato, estando irregularmente investida no cargo.Sua situao tem toda uma aparncia de legalidade.Seus atos so considerados vlidos, salvo m-f.

    2VCIO NO FINALIDADEDesvio de poder ou desvio de finalidade.

    Vcio n a finalidade. Ocorre quand o o agente pratica ato com fim d iverso d aqueleprevi sto explcita ou impli citam ente na regr a de com petnc ia.

    3VCIO NA FORMAQuando a lei exige uma determinada forma.

    Ocorre q uando h om isso o u o bservncia irreg ular ou inco mp leta de form alidadesindi sp ensvei s (f ormalid ades essnc ias ) ser ied ade o u exis tnc ia do ato .

    4VCIO NO MOTIVOAs razes so inexistentes ou falsas.

    Ocorre q uando a matria de fato o u d e direito em que s e fund amenta o ato mater ia lmente inexistente ou jur id icamente inadequada ao resul tado ob t ido.

    5VCIO NO OBJETOQuando o result ado do ato im portar v iolao d e lei, regulament o ou outro atonormat ivo.

    O objeto deve ser lcito, possvel (de fato e de direito. Ex.: nomeao para cargoinexistente), determinado (desapropriao no definido com preciso) e moral (Ex.: pareceremitido sob encomenda).

    ***ATOS NULOS E ANULVEIS

    Atos nulos possuem nulidade absoluta, logo o vcio no pode ser sanado.Atos anulveis possuem nulidade relativa, logo o vcio pode ser sanado.

    Convalidao: (ou saneamento)Ato administrativo pelo qual suprido o vcio existente em um ato ilegal. Tem efeitosretroativos.Obs:a) Ratificao: a convalidao em ato com vcio no sujeito.

    b) Forma: se ela no for essencial, a validade do ato pode convalidarc) Motivo e Finalidade: no possvel convalidao.

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    d) Objeto: no admite a convalidao. Mas o objeto admite CONVERSO. Converso asubstituio de um ato por outro.

    Obs: Converso diferente de Reforma.Converso atinge o ato ilegal. A reforma afeta ato vlido, isto , sem vcios.

    CONFIRMAO: a renncia ao poder de anular o ato ilegal, o ato com vcio.

    FOLHA DE EXERCCIOS 5

    QUESTES DE ADMINISTRATIVO - 2016 -

    1(Papiloscopista Policial de 3 Classe / 2014 / IBFC / PC-RJ) Assinale a alternativa incorreta acerca dos vciosde nulidade contidos nos elementos do ato administrativo:a) A incompetncia fica caracterizada quando o ato no se incluir nas atribuies legais do agente que o praticou.

    b) A ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violao de lei em sentido estrito.c) A inex