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Técnico Judiciário – Área Administrativa Direito Administrativo Apostila Complementar Prof. Luís Gustavo

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Técnico Judiciário – Área Administrativa Direito Administrativo

Apostila Complementar

Prof. Luís Gustavo

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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – LEI 8.429/92.

Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92)

Preliminarmente, cumpre-nos ressaltar que a palavra improbidade tem sua origem na expressão latina improbitate, e, segundo José Náufel, “ato de improbidade é todo aquele contrário às normas da moral, à lei e aos bons costumes; aquele que denota falta de honradez e de retidão no modo de proceder”.

Portanto, em todas as situações analisadas nesse capítulo, expostas na Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992, é fundamental que a conduta ilícita do administrador público esteja impregnada pela má-fé ou pela desonestidade, no trato da coisa pública.

Pela primeira vez, em 1988, a expressão “improbidade administrativa” ganhou status constitucional, visto que a Constituição Federal inseriu-a nos seus artigos 15, V (um caso de suspensão dos direitos políticos) e 37, § 4º (consequências da prática do ato de improbidade).

O estudo do Texto Constitucional, em seu art. 37, § 4º, é de fundamental importância, possuindo um alto índice de cobrança pelas diversas bancas examinadoras. De acordo com esse dispositivo, além das sanções penais cabíveis, os atos de improbidade acarretam:

• perda da função pública;

• suspensão dos direitos políticos (e não a sua perda!);

• ressarcimento ao erário (cofres públicos);

• indisponibilidade dos bens.

Podemos acrescentar, ainda, que, segundo o art. 85, V, do nosso Texto Constitucional, constituem crime de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra a probidade da Administração.

Segundo Marino Pazzaglini Filho, “a improbidade administrativa, sinônimo jurídico de corrupção e malversação administrativas, exprime o exercício da função pública com desconsideração aos princípios constitucionais expressos e implícitos que regem a Adminstração Pública”.

Em outra passagem, conceitua: “Diante do exposto, é possível conceituar improbidade administrativa do agente público: toda conduta ilegal (corrupta, nociva ou inepta) do agente público, dolosa ou culposa, no exercício (ainda que transitório ou sem remuneração) de função, cargo, mandato ou empregado público, com ou sem participação (auxílio, favorecimento ou

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indução) de terceiro, que ofende os princípios constitucionais (expressos e implícitos) que regem a Administração Pública”.

De forma sucinta, concluímos que a improbidade administrativa é o desrespeito ao princípio da probidade administrativa, que deve reger a conduta do administrador, de modo que ele aja dentro de uma conduta ética, com honestidade e decência, zelando pelo interesse público.

Assim, a Lei nº 8.429/92, atualizada pela Medida Provisória nº 2.225-45/01 e pela Lei nº 11.107/05, regulou os atos de improbidade, praticados pelo administrador, da seguinte forma:

• atos que importam enriquecimento ilícito do agente público (art. 9º);

• atos que causam prejuízo ao erário, ou seja, aos cofres públicos (art. 10);

• atos que atentam contra os princípios da Administração Pública (art. 11).

Além disso, também foi detalhado o procedimento administrativo e judicial a ser adotado (art. 14) e as penalidades civis, políticas e administrativas a serem aplicadas (art. 12).

2. Sujeito Passivo do Ato de Improbidade (art. 1º)

Neste tópico, dispomos as entidades e órgãos que podem ser sujeitos passivos de um ato de improbidade. A principal característica é que todos exercem atividades públicas ou privadas de interesse coletivo e, consequentemente, têm como uma de suas atribuições a gestão de verba pública, destinada pelo Governo para a realização de tais atividades.

Sucintamente, podemos resumir os sujeitos passivos dos atos de improbidade da seguinte forma (Lei nº 8.429/92, art. 1º):

• órgãos e entidades integrantes da estrutura da Administração Pública Direta (Entidades Políticas – União, Estados, Municípios e Distrito Federal);

• entidades integrantes da Administração Indireta (Entidades Administrativas - autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista);

• empresas incorporadas ao patrimônio público;

• entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual;

• entidades que compõem o denominado “Terceiro Setor”, ou seja, entidades paraestatais: pessoas jurídicas de Direito Privado, que atuam ao lado do Estado, para desempenhar atividades de interesse público, sem fins lucrativos, que, para isso, recebem uma certa proteção estatal, por meio de benefícios, subvenções e incentivos fiscais ou creditícios (serviços sociais autônomos, organizações sociais e organizações da sociedade civil de interesse público), limitando-se, nesses casos, a sanção patrimonial ao prejuízo sofrido pelos cofres públicos.

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3. Sujeito Ativo do Ato de Improbidade Administrativa (art. 2º e 3º)

Para fins do disposto nessa lei, a conceituação de agente público é bem abrangente e comumente utilizada pelos diversos autores. Engloba todo aquele que tenha algum vínculo com o serviço público, ainda que seja uma ligação temporária e sem remuneração. Tradicionalmente os agentes públicos são subdivididos em categorias, de acordo com as suas características comuns (vide agentes públicos).

Sujeito Ativo do Ato de Improbidade Administrativa ⇒ Agente Público

É importante ressaltarmos que mesmo aquele que não seja agente público, mas que induza ou concorra para a prática do ato ou dele se beneficie, sob qualquer forma, ainda que indiretamente, será considerado sujeito ativo do ato de improbidade.

4. Princípios Expressos na Lei de Improbidade Administrativa (art. 4º)

A Lei de Improbidade Administrativa reza que todo agente público é obrigado a observar os princípios explícitos, da Administração Pública, na Constituição Federal, em seu art. 37. Sendo assim, sempre deverão ser observados os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (vide princípios do Direito Administrativo).

CUIDADO!Cabe ressaltar que o princípio da eficiência foi introduzido no Texto Constitucional através da Emenda Constitucional 19, de 1998, ou seja, posteriormente à edição da Lei nº 8.429/92, sendo assim, também deverá ser observado na conduta de qualquer agente público.

Além dos princípios explícitos na Constituição Federal, também deverão ser adotados pelos agentes públicos, em sua conduta, os princípios implícitos, com a mesma relevância. Assim, o próprio princípio da probidade administrativa, logicamente, deverá ser observado.

5. Ressarcimento do Dano (art. 5º)

Pela leitura do art. 5º da Lei nº 8.429/92, percebemos que, para que fique configurada a obrigação de reparar integralmente a lesão que causou ao patrimônio público, do agente público ou terceiro causador do dano, será necessária a comprovação de dolo ou culpa. Assim, fica caracterizada a adoção da responsabilidade civil subjetiva.

Sendo assim, não haverá reparação civil se ficar caracterizado ato de improbidade administrativa lesivo ao erário, sem culpa ou dolo do agente. Observamos, ainda, que a conduta do agente poderá ser omissiva ou comissiva.

O ressarcimento ao erário será sempre integral e é essencial a ocorrência de dano real, não cabendo o dano presumido ou moral.

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6. Perdimento dos Bens (art. 6º)

A perda dos bens ou dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio do agente público ou de terceiro beneficiário já é uma das sanções previstas no art. 12, I, no caso de ato de improbidade que importe enriquecimento ilícito (art. 9º).

Pouco importará se houve ou não ato lesivo ao erário, ou seja, ainda que não ocorra efetiva lesão ao erário, poderá haver o perdimento dos bens.

7. Indisponibilidade dos Bens (art. 7º)

Poderá a autoridade administrativa, responsável pelos procedimentos investigatórios, requerer ao Ministério Público a indisponibilidade dos bens do indiciado, com o fim de assegurar o ressarcimento integral de uma futura execução forçada, caso seja condenado.

8. Responsabilidade dos Sucessores (art. 8º)

A responsabilidade dos sucessores daqueles que causarem lesão ao patrimônio público ou que se enriquecerem ilicitamente, é limitada ao valor da herança recebida.

É bom lembrar que a responsabilidade dos sucessores tem fulcro na nossa Constituição Federal, em seu art. 5º:

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

9. Dos Atos de Improbidade Administrativa

9.1 Que Importam Enriquecimento Ilícito (art. 9º)

Constitui a modalidade mais grave de improbidade administrativa. Consequentemente, as penalidades aplicáveis, de acordo com o art. 12, I, são as de grau mais elevado.

Alguns tópicos devem ficar caracterizados para que haja a sua tipificação:

• A vantagem percebida pelo agente público deve ser patrimonial, ainda que não cause dano ao erário ou ao patrimônio público, como no caso de comissões ou gratificações percebidas indevidamente.

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• A vantagem deve originar-se da conduta desonesta do agente público, no exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades do art. 1º. O enriquecimento ilícito deve ser fruto de sua conduta funcional desonesta.

• A conduta suscetível de acarretar o enriquecimento ilícito do agente deverá ser dolosa, não se admitindo a forma culposa em nenhuma de suas modalidades.

• Deve existir nexo causal entre o enriquecimento ilícito e o desempenho da atividade pública do agente.

• Em tal modalidade, o beneficiário será o próprio agente público que praticou o ato ímprobo.

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I – receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

II – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

VI – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII – adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

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IX – perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

X – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

XII – usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei.

Por fim, percebemos que a lista do art. 9º não é uma lista taxativa, devido à expressão “notadamente” utilizada em sua redação. Assim, a lei em questão apenas enumera alguns dos casos que poderão ocorrer.

9.2 Que Importam Prejuízo ao Erário (art. 10)

O conceito de erário está incluso no conceito de Patrimônio Público. Seu conceito engloba os recursos financeiros do Estado, ou seja, os cofres públicos propriamente ditos.

Constitui ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erário toda conduta ilegal do agente público, omissiva ou comissiva, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei.

Do seu conceito, percebemos que devem estar presentes:

• Ação ou omissão ilegal do agente público, no exercício de suas atribuições. Não há que se falar em tal modalidade de improbidade administrativa se o agente público agiu secundum legem, mesmo que tenha incorrido em erro de interpretação da norma ou má conduta administrativa, desde que não seja caracterizada a sua má-fé.

• Ocorrência de dano econômico real, não cabendo dano presumido ou moral.

• Dolo ou culpa na conduta ilegal do agente público, caracterizando, assim, a responsabilidade subjetiva do agente causador do dano.

• Deve haver nexo causal entre a lesão ao erário e o desempenho ilegal da atividade pública do agente.

• Tal ato de improbidade visa o benefício de terceiros.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I – facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

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II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

III – doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV – permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V – permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII – conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII – frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

IX – ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

X – agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;

XI – liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII – permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII – permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.

XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XVII – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

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XVIII – celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XIX – frustrar a licitude de processo seletivo para celebração de parcerias da administração pública com entidades privadas ou dispensá-lo indevidamente;

XX – agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;

XXI – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.

Por fim, percebemos que a lista do art. 10 não é uma lista taxativa, devido à expressão “notadamente” utilizada em sua redação. Assim, a lei em questão apenas enumera alguns dos casos que poderão ocorrer.

Uma forma de diferenciarmos as situações enumeradas no art. 9º (atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito), das situações previstas no art. 10 (atos de improbidade que acarretam lesão ao erário) é que, nas primeiras, o beneficiário do ato de improbidade administrativa é o próprio agente público que o praticou, enquanto, nas segundas, o benefício é de terceiros.

9.3 Que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública (art. 11)

Preliminarmente, devemos perceber que todos os atos de improbidade administrativa irão envolver desrespeito a um ou mais princípios do Direito Administrativo. Inevitavelmente, quando o agente público pratica um ato de improbidade estará ferindo os princípios da probidade administrativa e da moralidade.

Sendo assim, o entendimento doutrinário é que o art. 11 da Lei nº 8.429/92 possui caráter residual ou secundário, ou seja, o agente público que praticar ato de improbidade administrativa só será enquadrado por transgressão aos princípios que regem a atividade administrativa se não se enquadrarem nas duas categorias citadas anteriormente.

Na prática do ato de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública, teremos os seguintes traços comuns:

• Conduta do agente pública denotativa de má-fé, desonestidade.

• Ação ou omissão dolosa do agente público, violadora dos princípios da Administração Pública.

• Além de desrespeito a princípio constitucional, não poderá acarretar lesão ao erário (art. 10) ou enriquecimento ilícito do agente público (art. 9º).

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Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da admi-nistração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparciali-dade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV – negar publicidade aos atos oficiais;

V – frustrar a licitude de concurso público;

VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII – revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mer-cadoria, bem ou serviço.

VIII – descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.

IX – deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação.

Na verdade, a melhor forma para enquadramos determinado ato em uma das três hipóteses seria por exclusão. Sendo assim, devemos começar analisando se o ato em questão acarretou, de alguma forma, a percepção de vantagens indevidas. Após, numa segunda análise, observamos se o ato causou dano ao erário. Se, finalmente, também não ocorreu nenhum dano à Administração Pública, resta o enquadramento final como atentatório aos princípios da Administração Pública.

4.10 Penalidades (art. 12)

As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa não excluem outras sanções penais, civis e administrativas, previstas na legislação específica.

Não há previsão na Lei nº 8.429/92 de nenhuma medida punitiva de natureza penal. Aliás, o próprio texto constitucional impõe medidas de natureza civil (ressarcimento ao erário e indisponibilidade dos bens), política (suspensão dos direitos políticos) e político-administrativa (perda da função pública), sem excluir, contudo, a ação penal cabível.

É importante ressaltar que quase sempre as condutas tipificadoras da improbidade administrativa são também enquadradas como crime no Código Penal.

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Algumas penalidades são aplicáveis, sem graduação, nas três hipóteses previstas na lei (arts. 9º, 10 e 11):

a) perda da função pública;

b) ressarcimento integral do dano;

c) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio

Ressaltamos que a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Quanto à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressaltamos que a perda recairá apenas sobre os bens e valores obtidos indevidamente pelo agente público condenado, ou seja, não afetará os bens que integravam seu patrimônio antes da prática do ato de improbidade. Na verdade, o agente público ímprobo não sofrerá uma sanção patrimonial, visto o caráter meramente indenizatório de tal punição.

Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

ATOS DE IMPROBIDADE

ADMINISTRATIVA QUE IMPORTEM

Previsão legal

Suspensão dos direitos

políticosMulta civil

Proibição contratar com o Poder Público e de receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,

direta ou indiretamente

Enriquecimento Ilícito Art. 9º 8 a 10 anos

Até 3 vezes o valor do acréscimo

patrimonial

10 anos

Lesão ao erário Art. 10 5 a 8 anosAté duas

vezes o valor do dano

5 anos

Desrespeito aos Princípios da

Administração Pública

Art. 11 3 a 5 anos

Até 100 vezes o valor da

remuneração do agente

público

3 anos

Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

Cabe ressaltar, ainda, que o art. 21 da Lei de Improbidade afirma que a aplicação das penalidades independe:

I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento;

II – da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

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4.11 Declaração de Bens (art. 13)

A Lei de Improbidade Administrativa condiciona a posse e o exercício do agente público à apresentação de declaração dos bens que compõem o seu patrimônio privado, além de sua atualização anual e no momento em que deixar de exercer mandato, cargo, emprego ou função pública.

Tal exigência é mais completa do que a constante na Lei nº 8.112/90, em seu art. 13, aplicável ao servidor público federal, estatutário, da Administração Direta, autárquica e fundacional, que menciona:

§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações ou quaisquer bens ou valores patrimoniais localizados no País ou no exterior, pertencentes ao patrimônio do servidor e, quando for o caso, do cônjuge, companheiro, filhos ou outras pessoas que vivam sob sua dependência econômica.

Estará sujeito à pena de demissão, a bem do serviço público, o servidor que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar com informações falsas. Logicamente, para aplicação de tal penalidade, é imprescindível que haja a apuração mediante processo administrativo disciplinar, em que seja assegurado o contraditório e a ampla defesa.

4.12 Procedimento Administrativo e Judicial (art. 14 ao 18)

Dentro do Capítulo intitulado “Do Procedimento Administrativo e Judicial”, encontraremos a possibilidade de qualquer pessoa representar à autoridade competente para que seja instaurada investigação visando apurar ato de improbidade administrativa.

Segundo Maria Sylvia Di Pietro, “Trata-se de direito de natureza constitucional, que poderia ser exercido mesmo que não previsto nessa lei, já que assegurado pelo artigo 5º, inciso XXXIV, a, da Constituição”.

Tal representação deverá conter algumas formalidades, tais como: ser formulada por escrito, assinada e conter a qualificação do representante. Também informará sobre o fato e sua autoria, além de indicar as provas de que tenha conhecimento o denunciante. Se tais exigências não forem cumpridas, a autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, o que não impedirá a representação ao Ministério Público.

Em se tratando de servidor público federal, atendidos os requisitos da representação, deverá ser iniciada a apuração dos fatos, conforme o estabelecido nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112/90. Cabe ressaltar que se tratando de processo administrativo, cada ente da federação deverá seguir o disposto em seus estatutos.

Após a instauração do processo administrativo, a Comissão responsável pela apuração dos fatos dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas, da existência de procedimento administrativo para apurar a prática do ato de improbidade.

O Ministério Público e o Tribunal de Contas poderão, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

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A ação principal, que terá rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da medida cautelar.

Ressaltamos que a Lei de Improbidade estabelece que, quando o Ministério Público não for parte, obrigatoriamente, atuará como fiscal da lei, sob pena de nulidade do processo.

O entendimento doutrinário é que a ação judicial de improbidade administrativa possui natureza de ação civil pública, sendo-lhe aplicável, no que couber, a Lei nº 7.347/95, que regulamenta o tema.

A Lei nº 8.429/92 prevê algumas medidas acautelatórias, tais como: indisponibilidade dos bens, sequestro dos bens, investigação, exame e bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função.

4.13 Disposições Penais da Lei de Improbidade Administrativa (art. 19)

Constitui crime, sujeito à pena de detenção de seis a dez meses e multa a representação de ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o souber inocente, sem prejuízo da ação de indenização por danos materiais, morais ou à imagem que forem provocados.

CUIDADO!Não há previsão de sanção penal, na Lei nº 8.429/92, para o agente ímprobo (autor do ato de improbidade administrativa). A sanção prevista no art. 19 estabelece sanção penal para quem representa ato de improbidade administrativa, sabendo que o suposto autor é do ato é inocente.

4.14 Prescrição (art. 23)

Podemos, de forma sucinta, definir prazo prescricional como sendo aquele de que dispõe a Administração Pública, para punir o agente que cometeu uma infração. Assim, prescrição é a perda do direito de punir, da Administração, pelo decurso do prazo prescricional. As ações civis de improbidade administrativa possuem três prazos de prescrição.

Será de cinco anos o prazo prescricional para ações a serem ajuizadas contra agentes públicos que exerçam mandato, cargo em comissão ou função de confiança, contados a partir do término do mandato ou do vínculo funcional.

Já o prazo prescricional para aqueles agentes públicos que exerçam cargo efetivo ou emprego público, é o estabelecido em lei específica, para as faltas puníveis com demissão a bem do serviço público. Segundo a Lei nº 8.112/90, aplicável no âmbito do serviço público federal, esse prazo também será de cinco anos.

Por fim, a Lei nº 13.019/2014 inclui o prazo prescricional de até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei de Improbidade.

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1. (FCC – SABESP – Advogado – 2014)

Em janeiro de 2005, José, vereador de de-terminado Município, praticou ato de im-probidade administrativa, previsto na Lei nº 8.429/92. Em dezembro de 2008, deu-se o término do exercício do mandato de José e, em janeiro de 2012, o Ministério Público ajuizou a respectiva ação de improbidade administrativa. A propósito dos fatos narra-dos, a ação ajuizada pelo Ministério Público

a) não é cabível, vez que José não é con-siderado sujeito ativo de improbidade administrativa.

b) está prescrita, pois deveria ser ajuizada até janeiro de 2010.

c) está prescrita, pois deveria ser ajuizada até janeiro de 2011.

d) não está prescrita, pois poderá ser ajui-zada até dezembro de 2015.

e) não está prescrita, pois poderia ser ajui-zada até dezembro de 2013.

2. (FCC – METRO SP – Advogado – 2014)

Marilis, Prefeita de um Município Paulis-ta, foi processada e condenada por impro-bidade administrativa, haja vista ter sido comprovada a prática de ato ímprobo que importou em enriquecimento ilícito. A pro-pósito do aludido ato de improbidade, é IN-CORRETO afirmar que

a) não admite conduta culposa.b) admite a medida de indisponibilidade

de bens.c) tem as sanções mais severas previstas

na Lei de Improbidade Administrativa.d) pode gerar, dentre outras consequên-

cias, a perda da função pública.e) o sucessor não está sujeito às comina-

ções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, independentemente do limite do valor da herança.

3. (FCC – TRT 19 – Analista Judiciário – 2014)

Antônio, agente público, foi processado e condenado por improbidade administrati-va. De acordo com a sentença condenatória, Antônio frustrou a licitude de importante concurso público que ocorreu em Maceió. Nos termos da Lei nº 8.429/92, NÃO cons-titui sanção passível de ser aplicada a Antô-nio em razão do ato ímprobo cometido:

a) Ressarcimento integral do dano, se houver.

b) Suspensão dos direitos políticos por sete anos.

c) Perda da função pública.d) Proibição de contratar com o Poder Pú-

blico ou receber benefícios ou incenti-vos fiscais ou creditícios pelo prazo de três anos.

e) Pagamento de multa civil de até cem ve-zes o valor da remuneração de Antônio.

4. (FCC – TRF 3 – Analista Judiciário – 2014)

No curso de determinada ação de improbi-dade administrativa, após o encerramento da fase instrutória, o juiz do processo cha-mou o feito para analisar atentamente os próximos trâmites processuais e concluiu pela inadequação da ação de improbida-de. Nesse caso e de acordo com a Lei nº 8.429/92,

a) poderá optar por extinguir ou não o processo, com ou sem julgamento de mérito.

b) não é mais possível a extinção do pro-cesso.

c) extinguirá o processo com julgamento de mérito.

d) inexiste fase instrutória nas ações de improbidade administrativa.

e) extinguirá o processo sem julgamento de mérito.

Questões FCC

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5. (FCC – TRT 16 – Analista Administrativo – 2014)

Maurício é servidor público do Governo do Maranhão, atuando em cargo diretivo em determinada secretaria e, no exercício re-gular de suas funções, recebeu dinheiro em espécie de uma empresa para omitir ato de ofício a que estava obrigado. Neste caso, Maurício cometeu ato de improbidade ad-ministrativa e estará sujeito, dentre outras sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, à suspensão dos direitos po-líticos de

a) oito a dez anos, e ao pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial.

b) cinco a oito anos, e ao pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial.

c) três a cinco anos, e ao pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial.

d) oito a dez anos, e ao pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do acréscimo patrimonial.

e) cinco a oito anos, e ao pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do acréscimo patrimonial.

6. (FCC – TRT 19 – Analista Administrativo – 2014)

Francisco, servidor público federal, está sendo processado em ação de improbida-de administrativa. Segundo o Ministério Público, autor da demanda, Francisco te-ria ordenado a realização de despesas não autorizadas em lei. Para que Francisco seja condenado pela Justiça, deve ficar provado que sua conduta foi

a) necessariamente dolosa, não sendo ne-cessária a prova de eventual dano ao erário.

b) necessariamente culposa, não sendo necessária a prova de eventual dano ao erário.

c) necessariamente dolosa e causadora de dano ao erário.

d) dolosa ou culposa, não sendo necessá-ria a prova de eventual dano ao erário.

e) dolosa ou culposa e causadora de pre-juízo ao erário.

7. (FCC – TRT 19 – Analista Administrativo – 2014)

Emerson, agente público, está respondendo a uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público. Segundo a petição inicial da ação, Emerson teria deixa-do de prestar contas quando estava obriga-do a fazer.

Em razão disso, o Ministério Público reque-reu a indisponibilidade de seus bens, o que foi indeferido pelo juiz sob o fundamento de que o ato ímprobo em questão não cau-sou prejuízo ao erário ou mesmo enrique-cimento ilícito. A propósito do tema e nos termos da Lei nº 8.429/92,

a) não está correta a decisão do juiz, pois o ato ímprobo em questão comporta o pedido de indisponibilidade de bens, não importando se inexistiu prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito.

b) pela descrição da conduta, sequer exis-te ato ímprobo, logo, o juiz deveria ter rejeitado de plano a petição inicial.

c) não está correta a decisão do juiz, pois a indisponibilidade de bens é cabível para qualquer ato ímprobo e em qual-quer circunstância, sempre visando o interesse público.

d) está correta a decisão do juiz, pois não é cabível, na hipótese narrada, a medi-da de indisponibilidade de bens.

e) pela descrição do enunciado, foi prati-cada conduta expressamente prevista na lei como ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito; logo, o juiz de-veria ter deferido a indisponibilidade de bens.

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TRE-PR – Direito Administrativo – Prof. Luís Gustavo

8. (FCC – TRT 16 – Analista Judiciário – 2014)

Beltrano, agente público, foi processado por improbidade administrativa, haja vista ter praticado ato ímprobo que atenta contra os princípios da Administração pública. Em sua defesa, alega que agiu sem qualquer inten-ção de praticar o ato ímprobo, isto é, com conduta meramente culposa, razão pela qual pleiteou a improcedência da demanda. A tese de defesa de Beltrano, caso efetiva-mente comprovada,

a) constitui causa de agravamento das sanções previstas na Lei de Improbida-de.

b) não afasta o ato ímprobo.c) constitui causa de redução das sanções

previstas na Lei de Improbidade.d) afasta o ato ímprobo.e) afasta única e exclusivamente a aplica-

ção da sanção de suspensão dos direi-tos políticos.

9. (FCC – TRT 16 – Oficial de Justiça – 2014)

Renato é diretor de uma empresa de pe-queno porte situada no Estado do Mara-nhão, que ao longo dos anos vem pratican-do diversas irregularidades, dentre elas, a sonegação de tributo estadual (ICMS). Após receber, em sua empresa, a visita dos fiscais Patrício e Joaquim, e diante da ameaça imi-nente de receber sanções administrativas e penais, Renato, ciente da inocência de Patrício e Joaquim, e para tentar se isentar da fiscalização, resolve denunciá-los ao Mi-nistério Público, acusando-os da prática de ato de improbidade. Nos termos da Lei nº 8.429/92, Renato

a) cometeu crime previsto na Lei de Im-probidade Administrativa punido com detenção de seis a dez meses e multa, e estará sujeito a indenizar os denuncia-dos pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

b) cometeu crime previsto na Lei de Im-probidade Administrativa punido com reclusão de um a três anos e multa, e

estará sujeito a indenizar os denuncia-dos pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

c) não cometeu crime previsto na Lei de Improbidade Administrativa, pois não acusou os denunciados da prática de crime, mas sim de ato de improbidade administrativa, e estará sujeito, apenas, a indenizar os denunciados pelos da-nos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

d) cometeu crime previsto na Lei de Im-probidade Administrativa punido com detenção de três a seis meses e multa, e estará sujeito a indenizar os denuncia-dos pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

e) cometeu crime previsto na Lei de Im-probidade Administrativa punido com detenção de um a dois anos e multa, e estará sujeito a indenizar os denuncia-dos pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

10. (FCC – TRT 16 – Oficial de Justiça – 2014)

Justino praticou ato de improbidade admi-nistrativa que atentou contra os princípios da Administração pública. Marcio praticou ato de improbidade administrativa que im-portou em enriquecimento ilícito. Tonico praticou ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário. Nos termos da Lei nº 8.429/92, o Ministério Público, ao propor as respectivas ações de improbida-de, poderá requerer a medida de indisponi-bilidade de bens contra:

a) Marcio e Tonico, apenas.b) Justino, Marcio e Tonico.c) Tonico, apenas.d) Marcio, apenas.e) Marcio e Justino, apenas.

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11. (FCC – TRT 19 – Oficial de Justiça – 2014)

Valentina, servidora pública, foi processa-da por improbidade administrativa, tendo em vista que celebrou contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária. Ao final do processo, Valentina foi condenada, dentre outras san-ções, à suspensão dos direitos políticos por dez anos. A pena aplicada

a) está correta.b) é superior à prevista em lei para a espé-

cie de ato ímprobo praticado.c) é inferior à prevista em lei para a espé-

cie de ato ímprobo praticado.d) está incorreta, haja vista que a conduta

em questão não caracteriza ato ímpro-bo.

e) está incorreta, pois o ato ímprobo pra-ticado por Valentina não comporta tal espécie de sanção.

12. (FCC – ALEPE – Consultor Legislativo Admi-nistração – 2014)

Considere as afirmativas abaixo.

I – Nos termos da Lei nº 8.429/92, para que seja configurado ato de improbidade admi-nistrativa é necessário ter havido prejuízo financeiro ao erário público.

II – Caso o agente já tenha sofrido condena-ção por crime de peculato, não caberá san-ção por improbidade administrativa para o mesmo fato para o qual já atribuída sanção penal.

III – As modalidades de atos de improbidade administrativa expressamente previstas na Lei nº 8.429/92 constituem rol meramente exemplificativo.

IV – De acordo com a Lei nº 8.429/92, é possível haver atos de improbidade admi-nistrativa comissivos, omissivos, dolosos ou culposos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) II.c) I e II.d) II e III.e) III e IV

13. (FCC – ALEPE – Consultor Legislativo Direi-to – 2014)

Uma empresa privada da qual o Estado participa como acionista minoritário, ten-do concorrido com 20% do patrimônio da referida empresa quando de sua criação, foi lesada por ato de seus administradores, consistente na aplicação de grande soma de recursos financeiros em empreendimento sabidamente deficitário. Compõem o Con-selho de Administração e o Conselho Fis-cal da referida empresa, tanto particulares como agentes públicos, estes últimos repre-sentando o Estado como acionista minoritá-rio. O prejuízo causado à empresa pela con-duta dos administradores

a) poderá, em tese, caracterizar impro-bidade administrativa, limitando-se a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

b) não é passível de subsunção às disposi-ções da Lei de Improbidade Administra-tiva, que somente se aplica no caso de empresas em relação às quais o Poder Público detenha participação majoritá-ria.

c) estará sujeito ao enquadramento na Lei de Improbidade Administrativa exclusi-vamente no que diz respeito à conduta de agentes públicos.

d) somente será passível de caracterização como ato de improbidade administrati-va se caracterizada conduta dolosa dos administradores.

e) poderá, em tese, caracterizar impro-bidade administrativa, desde que ca-racterizado enriquecimento ilícito dos administradores e dano ao patrimônio público.

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TRE-PR – Direito Administrativo – Prof. Luís Gustavo

14. (FCC – TRT-12ª Região – Oficial de Justiça Avaliador – 2013)

O Prefeito de determinado Município utili-zou-se de veículo e motorista pertencentes à Prefeitura para transportá-lo até sua casa de veraneio situada no litoral do Estado de Santa Catarina. Em razão do exposto, foi condenado por ato de improbidade admi-nistrativa. Nos termos da Lei nº 8.429/92, o ato em questão

a) não é ímprobo, haja vista a legalidade da conduta do Prefeito, merecendo ser reformada a condenação.

b) caracteriza-se como ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito.

c) caracteriza-se como ato ímprobo causa-dor de prejuízo ao erário.

d) não é ímprobo, pois o Prefeito não é agente público, isto é, não é sujeito ati-vo de improbidade administrativa.

e) caracteriza-se como ato ímprobo aten-tatório aos princípios da Administração Pública.

15. (FCC – TRT-18ª Região – Oficial de Justiça Avaliador – 2013)

Determinado funcionário de uma concessio-nária de serviço público valeu-se de sua po-sição e do auxílio de servidor público para se locupletar ilicitamente de numerário transfe-rido pelo poder concedente. Considerando que a conduta praticada possa ser enquadra-da na Lei nº 8.429/92, o funcionário

a) não poderá ser responsabilizado, por-que a tipificação de improbidade é res-trita a sujeitos ativos que sejam agentes públicos.

b) poderá ser responsabilizado, tendo em vista que a lei de improbidade admite que o terceiro, não servidor público, seja considerado sujeito ativo.

c) poderá ser responsabilizado pessoal-mente somente se o ente público lesa-do for o poder concedente do serviço público desenvolvido pela concessioná-ria.

d) não poderá ser responsabilizado, porque o contrato que constitui o vínculo jurídi-co entre poder concedente e concessio-nária não está expressamente previsto na lei de improbidade administrativa.

e) poderá ser responsabilizado, desde que o seu vínculo com a concessionária de serviço público seja de natureza defini-tiva e que seu cargo seja dotado de po-der de decisão.

16. (FCC – Procurador de Campinas – 2016)

Nas palavras de MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO “... também é possível falar em le-galidade em sentido amplo, para abranger não só a obediência à lei, mas também a ob-servância dos princípios e valores que estão na base do ordenamento jurídico” (Direito administrativo, São Paulo: Atlas, 28ª edição, p. 971), tanto que a legislação vigente tipi-fica “... qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições” como

a) ato de improbidade, salvo se houver apenamento específico na esfera admi-nistrativa para as mesmas condutas e seu agente for servidor público, pois o vínculo funcional prefere à responsabi-lização na esfera civil.

b) ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração pública, além do rol constante da respectiva lei, cabendo a demonstração de dolo para configuração da conduta.

c) ato de improbidade, em qualquer de suas modalidades, exigida a demonstra-ção de dolo em todas as condutas, pres-cindindo, no entanto, da demonstração de prejuízo ao erário.

d) ato de improbidade, desde que cause prejuízo ao erário, tendo em vista que não se trata de conduta específica, mas sim de tipo aberto.

e) ato de improbidade, desde que aliado àquelas condutas haja o enriquecimen-to ilícito por parte de seu agente, o que prescinde da configuração de dolo.

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17. (FCC – TRT-1 – Juiz do Trabalho – 2016)

Em relação aos atos de improbidade admi-nistrativa praticados por agentes públicos ou terceiros, bem como os deveres daque-les, na forma da Lei n° 8.429/1992, é corre-to afirmar:

a) Ressalvados os objetos e utensílios de uso doméstico, anualmente, o agente público deve apresentar declaração dos bens e valores que compõem seu patri-mônio, de cônjuge ou companheiro, de ascendentes e descendentes em 1°grau e de outras pessoas que vivam sob a de-pendência econômica do agente.

b) Os sucessores do agente público que causar lesão dolosa ao erário da União serão sempre responsáveis pelo ressar-cimento integral do prejuízo causado.

c) Considera-se ato de improbidade admi-nistrativa aquele praticado pelo agente público que, por qualquer forma, incor-pora indevidamente ao seu patrimônio bens pertencentes à Fundação Pública.

d) O agente público que recebe promessa de vantagem econômica para que tole-re a exploração ou prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando ou de usura comete ato de improbidade administrativa.

e) Presume-se a prática de ato de impro-bidade administrativa o agente público que, até 180 dias após o término do exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, adquire, para si ou para outrem, bens de qualquer nature-za que seja desproporcional à evolução de seu patrimônio ou renda.

18. (FCC – TRT-14 – Técnico Judiciário – 2016)

Considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de determinado Município de Rondônia foi processado por improbidade administrativa juntamente com a empresa YX e seu responsável Josberto. No curso da ação, restou comprovado que o procedi-mento licitatório foi forjado, de modo a ser contratada a empresa YX, gerando prejuízos aos cofres públicos, além de enriquecimen-to ilícito aos envolvidos. Em sua defesa, Jos-berto, proprietário da empresa, sustentou ser parte ilegítima, por ser particular e não estar sujeito às disposições da Lei de Impro-bidade Administrativa. A tese de Josberto está

a) incorreta, pois responde por todas as sanções previstas na Lei para os agentes públicos.

b) correta, pois não está sujeito às disposi-ções da Lei de Improbidade.

c) incorreta, pois responde às sanções previstas na Lei de Improbidade, de acordo com o que é cabível aplicar aos particulares.

d) incorreta, pois responde por todas as sanções, exceto ressarcimento ao erá-rio que deverá ser pleiteado através de ação própria.

e) incorreta, pois responderá por uma úni-ca sanção prevista na Lei de Improbida-de, qual seja, a suspensão dos direitos políticos.

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TRE-PR – Direito Administrativo – Prof. Luís Gustavo

19. (FCC – TRT-23 – Técnico Judiciário – 2016)

Rubens, Diretor de uma autarquia, de âm-bito federal, doou à escola particular alguns bens pertencentes à autarquia, como cadei-ras e mesas, sem observância das formali-dades legais e regulamentares aplicáveis à espécie, gerando prejuízo ao erário. Em ra-zão disso, foi processado e condenado por improbidade administrativa. Dentre as san-ções impostas, está o pagamento de multa civil de até

a) três vezes o valor do dano.b) duas vezes o valor do dano.c) cinco vezes o valor do dano.d) uma vez o valor do dano.e) cem vezes o valor da remuneração per-

cebida por Rubens.

20. (FCC – TRT-23 – Analista Judiciário – 2016)

Dentre as condutas prescritas como atos de improbidade na Lei n° 8.429/1992, aquela que admite conduta apenas culposa, pres-cindindo de demonstração de dolo, é a des-crita no dispositivo que

a) trata dos atos de improbidade que cau-sam prejuízo ao erário, tal como permi-tir que sejam realizadas despesas sem a devida autorização na legislação.

b) elenca as hipóteses de atos que aten-tam contra os princípios da Administra-ção pública, dada a gravidade do não atendimento das balizas de atuação das funções executivas.

c) trata dos atos que importam enriqueci-mento ilícito, mas que demandam pro-va do efetivo prejuízo causado ao erá-rio, cuja gravidade já justifica a sanção.

d) elenca as hipóteses que causam preju-ízo ao erário, desde que restem com-provados os danos causados ao erário e a violação dos princípios básicos que informam a atuação da Administração.

e) implica recebimento para o autor da conduta de benefícios financeiros, pois fica presumido o prejuízo ao erário e a violação aos princípios administrativos, incidindo em todas as modalidades de ato de improbidade.

Gabarito: 1. E 2. E 3. B 4. E 5. A 6. E 7. D 8. D 9. A 10. A 11. B 12. E 13. A 14. B 15. B 16. B  17. C 18. C 19. B 20. A