2016 3 tri liÇÃo 11 - profecias da consumaÇÃo da histÓria

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TEXTO DO DIA

"Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos

novos céus e nova terra, em que habita a justiça."

(2 Pe 3.13)

SÍNTESE

Deus sempre esteve no controle de tudo. O fim da

história será a prova disso.

TEXTO BÍBLICO Isaías 24.4-6

4 A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.

5 Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.

6 Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão.

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

• A lição desta semana fala sobre as consequências das falhas do ser humano, que se condenam a si mesmo pelo que faz.

• Isaias 24-27 é reconhecido pelos biblistas como um texto posterior e apocalíptico (trata do tempo do fim apocalíptico).

• Julgamentos dos maus e salvação e promessas de livramento para o povo de Deus.

• Texto original aplica-se a Israel, mas a releitura cristã no NT aponta para a salvação por meio de Cristo, o Messias.

I - O JULGAMENTO E A SALVAÇÃO

1. Como será o julgamento

• A palavra julgamento no grego (krinein) quer dizer separar (Mt 13.24-30): bem Vs mal.

• Outro livro considerado apocalíptico do Antigo Testamento, Daniel, fala sobre o Juízo dos fim dos tempos (Dn 12.1-3).

• Neste julgamento, os injustos são condenados e os justos e oprimidos são resgatados por Deus.

2. O destino dos maus

• Doutrina assembleiana: no Juízo Final acontecerá a ressurreição dos maus de todos os tempos; os salvos já terão ressuscitado e estarão com Cristo (Is 26.19; Ap 20.4).

• Ninguém escapará da desolação e julgamento que sobrevirá: ricos, pobres, sacerdotes, leigos (Is 24.2) e reis (Is 24.21).

• Deus destruirá todo o mal bem como todos os grandes poderes e impérios mundiais, representados pelo leviatã, pela serpente sinuosa e pelo dragão (Is 27.1).

• Aqueles que forem julgados como maus serão separados definitivamente de Deus, a fonte da vida.

3. O destino dos bons

• Os justificados por Cristo serão levados para o Reino eterno (Mateus 25.34).

• O Reino de Deus será um eterno desfrutar de alegrias, delícias e bem-estar, na presença de todos os salvos de todos os tempos.

• A glória e majestade de Deus será presença constante (Ap 21.23).

PENSE

O julgamento será uma realidade concreta

para a humanidade.

PONTO IMPORTANTE

Esse período de julgamento se refere ao Juízo

Final, na consumação de todas as coisas.

II - CRISTO, O CENTRO DA HISTÓRIA

1. O início da história humana

• A história da humanidade pode ser revelada na criação, Queda, redenção em Cristo e final dos tempos com Cristo.

• Biblicamente, Jesus permeia a história humana com sua presença.

• Rejeição de Israel e o cumprimento da aliança no remanescente (a semente, o tronco restante), que se concentra em Cristo na sua morte, tornou-se precursor de um grande povo único e salvo.

2. A redenção da história humana

• Toda a história da salvação está contida num único evento: a intervenção de Cristo na história por meio da cruz.

• Entre a cruz de Cristo e a consumação final da história dá-se a tensão e hostilidade entre a instalação de seu Reino na terra "já agora" e no "ainda não" do Reino que está por vir.

• A batalha decisiva e vitoriosa já foi travada na cruz do Calvário.

3. Ele é para todo sempre

• Ele é antes do início, foi crucificado ontem, reina agora de forma invisível e voltará no fim dos séculos para estabelecer seu Reino eterno, onde a justiça e a paz reinarão perpetuamente.

• Enquanto o fim dos tempos é um tempo caótico e terrível para os injustos, para os salvos será o estabelecimento de um novo tempo de paz, prosperidade e justiça permanente.

PENSE

Se Cristo é o centro da história, Ele precisa

ser o centro de nossas histórias pessoais.

PONTO IMPORTANTE

Para a fé cristã, Jesus Cristo é o verbo que

origina a história, se encarna na história para

redimir a história e no final Ele há de encerrar

a história. Cristo é o centro e o fim da

história.

III - O FIM DA HISTÓRIA

1. A consumação

• Quando se fala em consumação da história, fala-se do seu fim.

• Os textos apocalípticos falam da esperança no novo céu e nova terra, pois as injustiças atuais não representam o mundo que Deus fez para o ser humano.

• O Reino de Deus se concretizará em plenitude somente no fim dos tempos, quando se instaurará um novo reino sob o domínio direto de Deus.

2. A história humana terá fim, mas a de Deus não

• Deus está acima da história.

• Ele é a-histórico, pois é eterno.

• Seu Reino se estabelece na história humana, por isso tem início, mas nunca terá fim.

3. A Nova Jerusalém é o início da nova história humana

• O Reino de Deus é sinônimo da Nova Jerusalém.

• Lugar que Deus preparou para os salvos em Cristo, para passarem com Ele por toda a eternidade, na casa do Pai (Jo 14.1-4), desfrutando eternamente de seu amor.

PENSE

A melhor coisa na restauração final da

história não será o Novo Céu e a Nova Terra,

mas sim a presença eterna e sublime de

Deus.

PONTO IMPORTANTE

Deus está acima da história, Ele é um ser a-

histórico, pois é eterno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta lição nos aprendemos que:

1. Isaias 24 a 27 é um texto apocalíptico.

2. O termo “fim dos tempos” designa um julgamento de condenação para os ímpios e de salvação definitiva para os justificados.

3. Após o fim dos tempos se estabelece um reino eterno sob o reinado direto de Deus.

Subsídios bibliográficos

"Estudiosos bíblicos discutem se esses capítulos (24.1-27.13) contêm profecias ou se eles apresentam um teor apocalíptico. Às vezes é difícil distinguir entre os dois. A profecia geralmente prediz um futuro definido. Informações apocalípticas dirigem a mente de forma mais abstrata e simbólica em direção ao futuro, em contraste com o presente. Como o material apocalíptico é geralmente repleto de visões, figuras simbólicas e nomes, ele pode ser compreendido mais corretamente como uma expressão de fé do autor e sua filosofia da história. O estudante dos textos apocalípticos deve aprender a não interpretar literalmente todo simbolismo que encontra.

[...] Alguns dos temas apocalípticos com os quais Isaías trabalha são: o julgamento de Deus por causa do pecado e dos pecadores; tribulações como guerra, fome e pestilência; convulsões geológicas; desordens astronômicas; guerra moral no reino espiritual; o triunfo final do programa divino; o banquete escatológico em honra à vitória divina; a alienação da morte; a ressurreição dos justos; a dor aguda de uma nova era" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 4: Isaías e Daniel. 2ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 79-80)

"O Reino e a Vinda do Filho do Homem (Lc 17.20-30)

O Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a vinda do Reino de Deus, incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas registra dois dos maiores discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc 17. 20-37). O Reino, o governo de Deus, é uma realidade presente. A vida e ministério de Jesus declaram de modo veemente e novo a presença do reinado régio de Deus. Mas a vinda desse Reino também é um acontecimento futuro. Jesus se refere a ambos os lados do reinado soberano de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21, em resposta a uma pergunta feita pelos fariseus, Ele explica a natureza futura do Reino. Depois, nos versículos 22 a 37, Ele explica aos discípulos a futura vinda do Reino.

Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando Deus vai estabelecer o seu Reino na terra. Não há que duvidar que eles ficaram impressionados com os dons proféticos de Jesus, então agora eles desejam saber o momento quando Deus começará a exercer seu governo sobre a humanidade. Eles querem um horário e presumem que sinais visíveis precederão a vinda do Reino. Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem 'Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!' Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes a pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6,7)" (Comentário Bíblico Pentecostal. 4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p. 432).

Referências

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Comentário Bíblico Beacon. Vol 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

CROATTO, J. S. Isaías. Vol I: 1-39. O profeta da justiça e da fidelidade. Petrópolis: Vozes, 1989.

FEINBERG, Charles L. Os profetas menores. São Paulo: Vida, 1988.

LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS. Isaias: eis-me aqui, envia-me a mim. 3º Trim, Edição Professor, Rio de Janeiro, 2016.

REFERÊNCIAS

MERRILL, H. Eugene. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

NAKANOSE, Shigeyuki; PEDRO, Enilda de Paula. Como ler o Primeiro Isaías (Is 1-39). São Paulo: Paulus, 2002.

RENDTORFF, Rolf. Antigo Testamento: uma introdução. Santo André-SP: Academia Cristã, 2009.

SCHOKEL, Alonso Luís; SICRE. José Luís. Os profetas. São Paulo: Paulus, 2004.

SICRE, José Luís. Profetismo em Israel. Petrópolis: Vozes, 1996.

SILVA, Airton José. A voz necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998.

Pr. Natalino das Neves

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