2008 cartilha de orientacao aos prefeitos municipais

Upload: lidia-lacerda

Post on 11-Oct-2015

9 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Tribunal de Contasdo Estado de So Paulo

    Cartilha de orientao aos Prefeitos Municipais

    2008

  • Tribunal de Contasdo Estado de So Paulo

    Cartilha de orientao aos Prefeitos Municipais

    2008

  • CONSELHEIROS

    EDUARDO BITTENCOURT CARVALHO

    Presidente

    EDGARD CAMARGO RODRIGUES

    Vice-Presidente

    FULVIO JULIO BIAZZI

    Corregedor

    ANTONIO ROQUE CITADINI

    CLUDIO FERRAZ DE ALVARENGA

    RENATO MARTINS COSTA

    ROBSON MARINHO

    2008

  • SupervisoSrgio Ciquera Rossi

    Secretrio-Diretor Geral

    COORDENAOPedro Issamu Tsuruda

    Diretor do Departamento de Superviso da Fiscalizao I

    Alexandre Teixeira Carsola

    Diretor do Departamento de Superviso da Fiscalizao II

    ELABORAOCarmen Slvia Costa Craveiro SDG

    Fbio Alexandre Salemme Lellis DF-10

    Srgio Teruo Nakahara DCG

    AtualizaoCelso Atilio Frigeri UR-10

    Ednia de Fatima Marques DF-10

    Eduardo Abrame UR-09

    Pedro Rogrio Clemente Palomares DF-05

    ColaboraoFlavio C. de Toledo Jr.

    Jos Roberto F. Leo

  • apresentao

    O Tribunal de Contas do Estado de So Paulo a instituio responsvel pela fi scalizao contbil, fi nanceira, orament-ria, operacional e patrimonial do Estado de So Paulo e de seus Municpios, com exceo da Capital, englobando a Administrao Direta, Indireta e fundacional.

    Em virtude disto, anualmente, o Tribunal fi scaliza, in loco, mais de 3.000 unidades estatais, gerando, conseqentemente, o corres-pondente juzo por parte dos Conselheiros que dirigem esta Casa.

    Alm desse exame anual de gesto fi nanceira, esta Corte verifi ca, em separado, atos contratuais de maior vulto, admisses de pessoal, aposentadorias e penses, repasses a entidades no-governamentais, alm de determinar, se necessrias, modifi caes em editais licitat-rios, afastando imediatamente condies desvantajosas ao Errio.

    No bastasse todo esse esforo de fi scalizao, o Tribunal de Contas do Estado de So Paulo no se esquiva de seu papel pe-daggico, objetivo permanente de todos aqueles que buscam o aperfeioamento da mquina governamental, melhorando, desta forma, a qualidade de vida da populao.

    Para essa salutar misso, o Tribunal promove, periodicamente, dezenas de encontros com agentes polticos e servidores pbli-cos, produzindo, tambm, manuais bsicos, destinados a melhor orientar os que militam na arrecadao e utilizao do dinheiro recolhido, compulsoriamente, da sociedade.

    Esta obra, a Cartilha de Orientao aos Prefeitos Municipais, enfoca justamente as principais cautelas que tais dirigentes devem ter na gesto dos recursos pblicos.

  • Vale recordar que a Constituio de 1988 ampliou, considera-

    velmente, as atribuies do Municpio e, com isso, vrios servi-

    os pblicos so, atualmente, geridos diretamente por esse nvel

    de governo, entre os quais sobressaem o Ensino Fundamental, a

    Sade e a Assistncia Social.

    Em contrapartida, mais recursos esto sendo movimentados

    pelos entes municipais, seja por meio do incremento nos repasses

    intergovernamentais (SUS, FUNDEB, convnios), seja mediante o

    esforo arrecadatrio prprio (IPTU e ISS).

    Nessa trilha de maior capacidade fi nanceira, o novo sistema

    de responsabilidade fi scal aperfeioa as regras da Lei n. 4.320, de

    1964, antepondo instrumentos mais efetivos de planejamento e

    transparncia, com a prescrio de punies severas aos que reve-

    lam imprpria conduta fazendria.

    No surpresa, portanto, que os atuais nmeros demonstram

    uma contnua reduo do dfi cit oramentrio dos municpios pau-

    listas, produzindo uma trajetria declinante da dvida local, quer a de

    curto prazo (Restos a Pagar), quer a de longo prazo (Consolidada). De

    forma anloga, tambm se observa a progressiva diminuio do gasto

    de pessoal, tal como a maior fi dedignidade das peas oramentrias.

    Naturalmente, esse ajuste fi scal no seria possvel sem o efetivo

    concurso deste Tribunal de Contas, o qual, nunca demais lembrar, j

    bem antes de editada a LRF, passou a intervir, com rigor, no descom-

    passo oramentrio e fi nanceiro das unidades locais de Governo.

    Desta forma, este Manual aborda temas ligados ao planeja-

    mento oramentrio, a procedimentos mais econmicos para as

    compras governamentais, aos principais limites e condies da Lei

    de Responsabilidade Fiscal, ao calendrio para remessa de peas

    fi nanceiras ao Tribunal e s restries fi nanceiras de ltimo ano

    de mandato, inclusive as contidas na Lei Eleitoral.

    Tenho certeza que o presente trabalho, redigido de maneira

    simples, clara e objetiva, ser fonte preciosa de consulta para os

    que dirigem a Administrao Pblica Paulista.

    Eduardo Bittencourt Carvalho

    Presidente

  • ndice

    INTRODUO ............................................................................................ 11

    1) A INSTITUIO ...................................................................................... 12

    1.1) O Tribunal de Contas do Estado no contexto da Legislao Vigente ........................................................................................... 12

    1.2) Composio e Jurisdio ............................................................. 12

    2) INTERAO COM OS JURISDICIONADOS ......................................... 13

    2.1) A Sede do TCESP e suas Regionais .............................................. 13

    2.2) As Publicaes no Dirio Ofi cial do Estado de So Paulo e as Notifi caes Pessoais ................................................................... 14

    2.3) Site prprio na Internet ................................................................ 14

    2.4) As Instrues N 02/2007, Remessa da Documentao e seus Prazos ............................................................................................ 15

    2.5) A edio de Smulas e Deliberaes........................................... 16

    2.6) A edio de Manuais Bsicos ....................................................... 16

    2.7) Os casos de Alerta ......................................................................... 17

    3) A REMESSA ELETRNICA DE DOCUMENTOS (PROJETO AUDESP) ............................................................................... 18

    4) MOTIVOS MAIS FREQENTES QUE ENSEJAM REJEIO DE CONTAS PELO TCESP ............................................................................ 20

    4.1) Motivos de Rejeio envolvendo os Limites Constitucionais ... 20

    4.2) Outras causas do Parecer Desfavorvel ...................................... 21

    5) PROGRAMAS DE TREINAMENTO DO QUADRO DE FUNCIONRIOS .................................................................................... 21

    6) ADMISSO DE NOVOS FUNCIONRIOS NOS RGOS PBLICOS .. 22

  • 7) DIAGNSTICO E PLANEJAMENTO NA PRIORIZAO DOS RECURSOS ORAMENTRIOS ............................................................ 23

    8) PLANEJAMENTO (PPA, LDO e LOA) .................................................... 24

    8.1) Planejamento Oramentrio ....................................................... 24

    8.2) Plano Plurianual (PPA) ................................................................. 24

    8.2.1) Introduo ......................................................................... 24

    8.2.2) Prazo de envio para Aprovao da Cmara .................... 24

    8.3) Lei De Diretrizes Oramentrias - LDO (Art. 4 da LRF) ........... 25

    8.3.1) Introduo ......................................................................... 25

    8.3.2) Prazo de tramitao do Projeto da LDO para a Cmara .25

    8.4) Lei Oramentria Anual - LOA (Art. 5 da LRF) ......................... 27

    8.4.1) Introduo ......................................................................... 27

    8.4.2) Prazos de tramitao do Projeto de Lei Oramentria .. 27

    9) A ADMINISTRAO DO ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL ................ 28

    10) PRECATRIOS REGISTROS E PAGAMENTOS .................................. 29

    11) BEC E PREGO (MODALIDADES ALTERNATIVAS DE AQUISIO DE BENS E SERVIOS) .......................................................................... 31

    11.1) O Que Bolsa Eletrnica de Compras - BEC .............................. 31

    11.1.1) Quem so os participantes .............................................. 31

    11.1.2) Como funciona ................................................................. 31

    11.1.3) Vantagens da BEC ............................................................. 32

    11.1.4) Resultados obtidos com a implantao .......................... 32

    11.1.5) Como a Prefeitura pode utilizar o Sistema .................... 32

    11.2) Prego Presencial. ......................................................................... 33

    11.2.1) Funcionamento ................................................................ 33

    11.2.2) Vantagens da utilizao .................................................... 33

    11.3) Prego Eletrnico .......................................................................... 33

    11.3.1) Funcionamento ................................................................ 34

    11.3.2) Vantagens da utilizao .................................................... 34

    12) REGISTRO DE PREOS ......................................................................... 35

    13) A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ............................................... 37

    13.1) Introduo..................................................................................... 37

    13.2) Atividades e Limites Impostos pela LRF na Gesto Pblica responsvel e sua Fundamentao Legal ................................... 37

    13.3) Relatrios da LRF para Municpios com populao acima de 50 Mil habitantes .......................................................... 38

    13.4) Relatrios da LRF para Municpios com populao abaixo de 50 Mil habitantes ......................................................... 43

  • 13.5) Exigncias da LRF para Municpios com populao abaixo de 50 Mil habitantes ......................................................... 45

    13.6) Exigncias da LRF para Municpios com populao acima de 50 Mil habitantes ..................................................................... 45

    14) TRANSPARNCIA DA GESTO FISCAL NA LRF .................................. 46

    15) INFRAES LRF E SUAS CONSEQNCIAS ................................... 46

    16) LEI FEDERAL DE CRIMES FISCAIS N 10.028/00 - PUNIES PELO NO-CUMPRIMENTO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ................................................................................................... 48

    17) RESTRIES FINAL DE MANDATO ..................................................... 51

    17.1) Lei de Responsabilidade Fiscal .................................................... 51

    17.2) Lei Eleitoral ................................................................................... 54

    18) TABELA DE PRAZOS PARA REMESSA E TRANSMISSO DE DOCUMENTOS AO TCE (INSTRUES CONSOLIDADAS N 02/2007 .................................................................................................. 54

    19) BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 64

    20) LEGISLAO .......................................................................................... 65

    21) SITES TEIS PARA CONSULTA ............................................................. 66

  • INTRODUO

    nobre a misso de gerir os dinheiros pblicos. Porm, a

    formalidade, limites e imposies legais tornam esta tarefa um

    grande desafi o, quando se busca, concomitantemente, os anseios

    da populao.

    Este Tribunal, sensvel diversidade e complexidade das exi-

    gncias que se apresentam ao gestor da coisa pblica, cujas aes

    devem revestir-se de efetividade e transparncia, vem aperfeioan do

    paulatinamente seu papel pedaggico, tanto por meio de encontros

    peridicos onde se debate os diversos temas que norteiam o dia-

    a-dia da administrao municipal, quanto pela elaborao de ma-

    nuais, cartilhas e guias especfi cos, alm de deliberaes pon tuais

    que visam dar soluo imediata s questes que se apresentam.

    Ressalte-se que o acesso a todo material didtico, bem como

    a todo e qualquer dispositivo que norteia a relao deste Tribunal

    com o jurisdicionado vem sendo simplifi cado a cada dia, em face

    da disponibilizao de todo o compndio de informaes em site

    prprio na Internet.

    Dessa forma, este guia se prope a orient-lo, de forma sim-

    ples e didtica, no tocante a rotinas, procedimentos, prazos e de-

    mais assuntos pertinentes relao entre o Tribunal e a Prefeitura.

    Entretanto, ressaltamos que os temas no so esgotados nos diver-

    sos itens apresentados, visto que dispomos de manuais especfi cos

  • 12 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    acerca das matrias que demandam uma abordagem mais comple-

    ta, todos disponveis na pgina do Tribunal (www.tce.sp.gov.br).

    Ressaltamos que este documento busca ser um guia do coti-

    diano para o administrador, alcanando tambm o Agente Poltico

    em incio e fi nal de mandato, poca em que h que se observar um

    rol especfi co de imposies legais.

    Desejamos que a edio desta Cartilha possa efetivamente au-

    xili-lo na conduo das rotinas que impliquem no cumprimento

    aos dispositivos pelos quais se vinculam a Administrao Pblica,

    cujo atendimento representa um dos focos das atividades de con-

    trole externo deste Tribunal.

    1. A INSTITUIO

    1.1. O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO NO CONTEXTO DA LEGISLAO VIGENTE

    O Tribunal de Contas rgo de controle externo da administra-

    o pblica, cujas atribuies esto discriminadas na Constituio

    Federal (artigos 70, 71 e 75), na Constituio Estadual (artigos 31,

    32 e 33), na Lei Complementar Estadual n 709/93 (Lei Orgnica

    do Tribunal de Contas do Estado de So Paulo) e no Regimento

    Interno deliberado por Resoluo do colegiado Pleno.

    1.2. COMPOSIO E JURISDIOO Tribunal de Contas do Estado de So Paulo compe-se de 07

    (sete) Conselheiros e o rgo responsvel pela fi scalizao cont-

    bil, fi nanceira, oramentria, operacional e patrimonial do Estado

    e de seus 644 Municpios, tendo sua sede na cidade de So Paulo

    e jurisdio em todo o territrio estadual, com exceo apenas do

    Municpio de So Paulo que tem Tribunal de Contas prprio.

    A jurisdio do TCE contempla a fi scalizao das contas dos Exe-

    cu tivos e Legislativos, Municipais e, ainda, dos demais rgos da

    Admi nistrao Direta e Indireta (Autarquias, Fundaes, Empresas

    P bli cas, Fundos e Entidades de Previdncia, Consrcios Pblicos

    Intermunicipais).

  • 13TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

    A sua composio compreende dois rgos deliberativos cole-

    giados e um singular, conforme abaixo transcrito:

    I. Tribunal Pleno;

    II. Primeira Cmara e Segunda Cmara;

    III. Conselheiro Julgador Singular.

    2. INTERAO COM OS JURISDICIONADOS

    2.1. A SEDE DO TCESP E SUAS REGIONAISO Tribunal de Contas do Estado de So Paulo, alm de sua Sede

    na Capital Paulista, desconcentrou a fi scalizao em Unidades

    Regionais no interior do Estado, sendo que atualmente conta com

    13 Unidades Regionais com Sede nas principais regies do inte-

    rior do Estado, nas cidades de Araatuba (UR-1), Bauru (UR-2),

    Campinas (UR-3), Marilia (UR-4), Presidente Prudente (UR-5),

    Ribeiro Preto (UR-6), So Jos dos Campos (UR-7), So Jos do

    Rio Preto (UR-8), Sorocaba (UR-9), Araras (UR-10), Fernandpolis

    (UR-11), Registro (UR-12) e Araraquara (UR-13).

    Desde a implantao das primeiras Regionais, ainda na dca-

    da de 80, a medida proporcionou benefcios a ambos (Tribunal e

    rgos Fiscalizados), de maneira que diminuram as distncias

    antes havidas.

    Da parte do fi scalizado, facilitou os contatos com o Tribunal e

    reduziu custos com deslocamentos menores na protocolizao de

    documentos e prestao de contas.

    O Tribunal, com a aproximao, racionalizou o exerccio da

    fi scalizao, permitindo maior presena junto ao fi scalizado.

    Estendeu aes, antes restritas Sede, como os encontros agora

    regionalizados, oportunidade em que se transmite aos agentes

    polticos e funcionrios municipais as principais questes relacio-

    nadas administrao pblica e objeto da auditoria. A medida

    ganhou forte efeito pedaggico, representando treinamento de

    pessoas, alcanando ao longo dos ltimos anos uma perceptvel

    melhora nos nmeros apresentados pelos municpios paulistas.

  • 14 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    2.2. AS PUBLICAES NO DIRIO OFICIAL DO ESTADO DE SO PAULO E AS NOTIFICAES PESSOAIS.

    Reserva-se ao Tribunal de Contas do Estado de So Paulo espao prprio no DOE (Dirio Ofi cial do Estado), no caderno do Legislativo Estadual, onde so publicados todos os atos, despachos, decises e acrdos, tanto os administrativos internos quanto os externos refe-rentes aos processos e expedientes em tramitao na Casa, decorren-tes do exerccio da fi scalizao. Importante ressaltar que a partir das datas das publicaes no DOE que se iniciam os prazos previstos para os recursos processuais constantes da Lei Orgnica do Tribunal.

    Portanto, as publicaes no Dirio Ofi cial do Estado de So Paulo so a forma ofi cial de contato entre o TCESP e os jurisdicio-nados, no obstante a ocorrncia de Notifi caes Pessoais, expe-didas a critrio do Exmo. Conselheiro Relator ou necessariamente por previso legal.

    Note-se que a legislao e os procedimentos processuais ado-tados buscam, com rigor, oferecer ao jurisdicionado oportunidade ampla de se manifestar nos feitos em tramitao, em obedincia ao princpio constitucional da ampla defesa e do contraditrio.

    2.3. SITE PRPRIO NA INTERNETO TCESP, na esteira dos avanos da tecnologia da informao,

    vem mantendo e aperfeioando um Site prprio na internet (www.tce.sp.gov.br).

    A medida tem se revelado de grande utilidade, posto que com-plementa de forma muito efi ciente todo o esforo da publicidade, proximidade e parceria com o jurisdicionado, no sentido de ofere-cer dados e informaes importantes, verdadeiras ferramentas do uso dirio da administrao pblica.

    Verifi ca-se, neste incio de 2008, a marca de mais de dois mi-lhes de acessos ao site, o que demonstra o sucesso da ao im-plementada.

    Constam da pgina: PESQUISA - informaes relativas jurisprudncia, trami-

    tao processual, decises e acrdos; SESSES - pauta das sesses envolvendo a 1 Cmara, a 2

    Cmara e o Tribunal Pleno;

  • 15TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

    A INSTITUIO - informaes sobre a Instituio, concur-sos etc;

    LEGISLAO E NORMAS - inteiro teor das Resolues, Lei Orgnica, Regimento Interno, Smulas, Instrues, Deliberaes, Legislao Estadual e Federal;

    FISCALIZAO - Manuais envolvendo os assuntos da fi s-calizao, como tambm disponibilizao de ferramentas da tecnologia da informao, representado por Sistemas e Aplicativos necessrios para transmisso de dados de for-ma eletrnica;

    PUBLICAO - link com o DOE, relao de empresas apenadas, bem como Comunicados, Revista do TCESP e Informativo do TCESP;

    CALENDRIO DE EVENTOS - calendrio com as datas dos eventos a realizar, os municpios convidados, inteiro teor de eventos j realizados e transmitidos via internet;

    ESCOLA DE CONTAS PBLICAS - eventos destinados ao pblico externo, com cursos dirigidos a Gestores Pblicos em geral, contadores, assessores jurdicos, etc., de Prefeituras, Cmaras Municipais, Autarquias, Empresas Pblicas e demais rgos jurisdicionados;

    AUDESP Projeto de Auditoria Eletrnica, contendo todos os manuais correlatos, cartilhas, Plano de Contas, Tabelas Auxiliares e Cadastrais, entre outros.

    Assim, de vital importncia ao jurisdicionado o acesso fre-qente pgina, de forma a se manter atualizado sobre as aes de fi scalizao implementadas pelo Tribunal, transformando essa rotina em mais uma ferramenta necessria no cumprimento da le-gislao vigente.

    2.4. AS INSTRUES N 02/2007, REMESSA DA DOCUMENTAO E SEUS PRAZOS

    A partir de janeiro de 2008, com a entrada em vigor das Instrues n 02/2007, iniciamos um perodo em que se aperfei-oou a entrega eletrnica de documentos, possibilitando agora, com a adoo de tecnologia da informao, a transmisso de gran-de parte dos documentos via internet, incluindo a escriturao

  • 16 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    contbil dos rgos, peas de planejamento, balancetes mensais, tabelas cadastrais, entre outros documentos de interesse.

    Mesmo permanecendo alguns documentos, ainda com previso de entrega fsica direta no balco de nossos setores de protocolo, com a transmisso eletrnica dos dados contbeis, a expectativa de que haja expressiva reduo nos deslocamentos do fi scalizados at o Tribunal, decorrendo da reduo de custos e valorizando a permanncia dos funcionrios condutores no local de trabalho, permitindo otimizar seu tempo na prestao de servios locais.

    Com relao entrega e transmisso dos documentos ao TCE, alertamos aos responsveis quanto observncia das datas-limites (Instrues Consolidadas n 02/07, vide item 18 adiante - Tabela de Prazos).

    Lembramos que a falta de entrega ou de transmisso dos docu-mentos sujeita o responsvel a multas, aplicveis pelo TCE, nos termos do artigo 104, da Lei Complementar n 709/93; e no caso de documentos da LRF, s punies previstas na Lei Federal n 10.028/00, sem prejuzo das demais responsabilidades previstas no Decreto-Lei n 201/67, que dispe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores.

    2.5. A EDIO DE SMULAS E DELIBERAESPara as matrias em que, passado certo tempo, reitera-se o enten-

    dimento dos Senhores Conselheiros, so editadas Smulas, pelas quais demonstrada jurisprudncia pacfi ca desta Casa.

    De outro modo, as matrias novas, do escopo de atuao do Tribunal de Contas, que por sua importncia reclamam posicio-namento mais clere da Casa, so discutidas e apreciadas pelo Tribunal Pleno, resultando na edio de Deliberaes.

    Ambas as edies, a partir de sua publicao, auxiliam tanto aos fi scalizados quanto auditoria, dando norte ao tratamento de mrito do assunto nos processos e expedientes futuros.

    2.6. A EDIO DE MANUAIS BSICOSComo relatado na Introduo desta Cartilha, o Tribunal de Contas

    mantm disponvel, em pgina prpria da internet uma srie de Manuais Bsicos, abarcando diversos assuntos que envolvem:

  • 17TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

    Financiamento das Aes e Servios Pblicos da Sade; Aplicao de Recursos no Ensino; Remunerao dos Agentes Polticos Municipais; Repasses Pblicos ao Terceiro Setor; Lei de Responsabilidade Fiscal; Contratos de Parcerias Pblico-Privadas; Previdncia Municipal.Oferece ainda, em mesmo elenco, uma srie de Guias e Orien-

    taes, tais como: Orientaes s Prefeituras Municipais; Orientaes s Cmaras Municipais; Orientaes s Autarquias Estaduais; Orientaes s Fundaes Estaduais; Orientaes s Sociedades de Economia Mista e Empresas

    Pblicas Municipais e Estaduais; Guia de orientao aos Membros do Conselho Municipal do

    CACS - Conselho de Acompanhamento e Controle Social; Guia de orientao aos Membros do Conselho Municipal

    de Sade; Compndio de Consultas, Deliberaes e Smulas; Contas Anuais do Governador Balano Geral do Estado.Tornou-se prtica rotineira neste Tribunal a edio de manuais,

    sempre que um novo assunto surge. Estes estudos iniciais sobre diversos temas visam nortear tanto a ao de fi scalizao quanto a prtica administrativa de responsabilidade do jurisdicionado.

    A expectativa de que haja comunho de entendimentos e pro-cedimentos, evitando-se confrontos processuais desnecessrios.

    2.7. OS CASOS DE ALERTAO Tribunal de Contas, a partir da edio da LRF, implementou

    aes de acompanhamento simultneo execuo oramentria e gesto fi scal do municpio, das quais decorrem a expedio de ALERTAS peridicos ao fi scalizado, nos casos em que se verifi cam desde inconsistncia de dados at tendncia a descumprimentos legais quando da fi nalizao do exerccio.

    A medida no pode ser confundida com punio, devendo ser encarada como mais uma ao de preveno, para se evitar erros e descumprimentos ainda no curso do exerccio.

  • 18 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    Alm dos alertas sobre assuntos da LRF e ENSINO, outros po-

    dem ser somados, mas sempre com esse propsito: o de oferecer

    ao jurisdicionado a oportunidade de correo ao que se apresenta

    tendente incorreo.

    Abaixo, alguns dos alertas comumente enviados aos rgos:

    OCORRNCIA ARTIGO DA LRFas receitas evolurem abaixo do que foi previsto, comprometendo metas fi scais da LDO e, apesar disso, a Prefeitura no contiver as despesas mediante o congelamento de dotaes e de quotas fi nanceiras.

    Art. 59, 1, I

    Prefeitura gastar com Pessoal mais do que 48,60% da RCL (90% de 54%) e 51,30% da RCL (95% de 54%). Art. 59, 1, II

    Nvel de endividamento de longo prazo atingir 108% da RCL (90% de 120%). Art. 59, 1, III

    Operaes de Crdito excederem 14,4% da RCL (90% de 16%). Art. 59, 1, III

    Saldo das garantias maior que 28,8% da RCL (90% de 32%). Isto para municpios com determinadas condies especiais. Demais municpios sujeitam-se ao limite original mais apertado, de 22%.

    Art. 59, 1, III c/c art. 9, pargrafo nico, da Resoluo

    do Senado n 3/02Resultado da execuo oramentria vir, bimestre a bimestre, apontando dfi cit nominal, razo pela qual a Prefeitura j deveria ter limitado empenhos. Art. 59, 1, I

    Custos de determinados programas superarem o que se previu na Lei de Diretrizes Oramentrias. Art. 59, 1, V

    Risco de no se concretizarem os resultados operacionais anunciados no anexo de metas e prioridades da LDO.

    Art. 59, I

    3. A REMESSA ELETRNICA DE DOCUMENTOS (PROJETO AUDESP)

    Desde o ano de 2003, o Projeto AUDESP Auditoria Eletrnica de

    Contas Pblicas vem sendo desenvolvido em conjunto com os r-

    gos municipais, as consultorias e empresas de desenvolvimento de

    softwares, passando por vrias fases, com o objetivo de buscar a me-

    lhor alternativa para o aperfeioamento da gesto governamental.

  • 19

    Com fundamento nos Princpios das Finanas Pblicas e na

    Constituio Federal, reforada pelo advento da Lei de Respon-

    sabilidade Fiscal, foram traados requisitos mnimos de orienta-

    o de conceitos e contedos das Peas de Planejamento (PPA,

    LDO e LOA).

    Quanto fase de execuo da gesto oramentria chegou-se

    a uma estrutura padronizada de informaes contbeis, cujo obje-

    tivo foi uniformizar o registro e integrao das peas de planeja-

    mento com a execuo oramentria.

    Aps um profcuo perodo de discusses, orientaes e tes-

    tes que validaram esta sistemtica de controle governamen-

    tal, o Tribunal de Contas do Estado de So Paulo, por meio das

    Instrues Consolidadas n 2/2007, tornou obrigatria a remessa

    de dados eletrnicos das peas de planejamento e escriturao

    contbil do oramento de 2008, implantando defi nitivamente o

    Projeto AUDESP.

    Os detalhes e prazos de remessa esto informados na Seo II

    das citadas Instrues, cujo ttulo foi defi nido como Gesto Fiscal,

    podendo ser consultados na pgina eletrnica deste E. Tribunal

    (www.tce.sp.gov.br) no link: Instrues n 2 - rea Municipal e no

    item 18 deste Guia.

    No que concerne ao descumprimento dos ditames das

    Instrues retro citadas vale enfatizar que se incorre nas san-

    es previstas na Lei Complementar n 709/93, bem como na Lei

    Federal n 10.028/00, alm de sujeitar o municpio s sanes ins-

    titucionais previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal, tais como:

    proibio de contrataes de operaes de crdito e suspenso

    das transferncias voluntrias.

    O Portal AUDESP (www.tce.sp.gov.br no link: Audesp) traz di-

    versas informaes importantes, tais como: plano de contas pa-

    dronizado, perguntas e respostas, o fale conosco, manual de ca-

    dastro de entidades, tabelas de escriturao contbil, sugestes

    de roteiros contbeis, roteiros para transmisso de documentos,

    o mini-manual AUDESP, manuais de orientao e modelos do PPA

    Plano Plurianual, da LDO Lei de Diretrizes Oramentrias e da

    LOA Lei Oramentria Anual, entre outros.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 20 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    4. MOTIVOS MAIS FREQENTES QUE ENSEJAM REJEIO DE CONTAS

    Das decises proferidas pelo Tribunal decorrem diversas con-

    seqncias, e entre elas a aplicao de multas pelo prprio TCESP

    e o encaminhamento dos processos aos rgos competentes

    para as medidas de sua alada, como o Legislativo Municipal e o

    Ministrio Pblico Estadual.

    Decorre tambm, como uma das principais conseqncias,

    aps o trnsito em julgado, da no-aprovao das contas, a de-

    negao de pedido de registro de candidatura, perante a Justia

    Eleitoral. A partir de recente deciso do TSE (Tribunal Superior

    Eleitoral), a rejeio das contas pelo TCESP somente poder ser

    desconsiderada, para efeito do registro, aps o exame de pedido

    impetrado na justia comum.

    Abaixo, como exemplo, alguns dos assuntos envolvendo rejei-

    o de contas:

    4.1. MOTIVOS DE REJEIO ENVOLVENDO OS LIMITES CONSTITUCIONAIS

    SADE15%

    SADE 15% dos impostos a que se refere o artigo 156 e dos recursos de que tratam

    os arts. 158 e 159, I, b e 3, todos da Constituio Federal (vide artigo 77, 1, do

    ADCT, da Constituio Federal). EDUCAO

    25% NO ENSINO BSICO(abrangendo no municpio o ensino infantil e o ensino

    fundamental)

    EDUCAO - limite constitucional: 25% dos impostos prprios e transferidos sero empenhados na Educao Bsica (art.212 da CF).

    DESPESAS COM PESSOAL

    Municpio - 60% da RCLExecutivo - 54% da RCLLegislativo - 6% da RCL

    Limite de Alerta do TCE = 90%Limite Prudencial = 95%

    DESPESAS COM PESSOALMunicpio = 60% da Receita Corrente Lquida (RCL), sendo 54% para o Executivo e 6% para

    o Legislativo.Ateno para o limite prudencial de 95%

    dos 54%, equivalente a 51,3% da RCL para o Executivo, uma vez que ultrapassado esse percentual o Poder fi ca enquadrado nas

    vedaes do pargrafo nico, do art. 22, da LRF.

  • 21

    4.2. OUTRAS CAUSAS DO PARECER DESFAVORVEL

    N DESCRIO

    01 PRECATRIOS no-pagamento do valor do mapa oramentrio, mais precatrios de baixa monta e mais 10% do saldo anterior

    02 Repasses de duodcimos a menor que o fi xado na Lei Oramentria Anual ( art. 29A, 2, inciso III, CF)

    03 Dfi cit oramentrio que eleva a dvida lquida de curto prazo

    04 Ausncia de recolhimento de encargos sociais

    05 Utilizao indevida de recursos da previdncia (municipal ou social)

    06 Descumprimento de recomendaes e determinaes do Tribunal de Contas

    07 Aumento de despesas com pessoal nos ltimos 180 dias de mandato (art. 21, pargrafo nico, LRF)

    08 Assuno de obrigao nos ltimos dois quadrimestres do mandato, sem que haja sufi ciente disponibilidade de caixa (art. 42 e pargrafo nico,

    LRF)

    09 Desvio na aplicao de multas de trnsito

    5. PROGRAMAS DE TREINAMENTO DO QUADRO DE FUNCIONRIOS

    Conforme explicitamos em itens prprios deste Guia, o cenrio

    atual da administrao pblica est cada vez mais complexo e re-

    quer esforo na profi ssionalizao de seus agentes e de suas aes

    no enfrentamento das demandas locais e/ou regionais.

    Nesse ambiente de crescente exigncia de melhores resultados

    da Administrao Pblica e da prestao dos servios pblicos,

    no mais se concebe esperar do prprio funcionrio a iniciativa

    de manter-se atualizado nas questes que envolvam a sua atuao

    dentro da estrutura Administrativa.

    Atualmente, pensar na necessidade do constante treinamento

    profi ssional do quadro de funcionrios municipais um imperati-

    vo da administrao pblica.

    Todavia, cabe ao prprio administrador esta iniciativa, incluin-

    do essa demanda entre os diagnsticos insertos no planejamento

    dos programas governamentais.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 22 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    6. ADMISSO DE NOVOS FUNCIONRIOS NOS RGOS PBLICOS

    A investidura em cargo ou emprego pblico depende de apro-

    vao prvia em concurso pblico, conforme determina o inciso

    II, do artigo 37, da Constituio Federal.

    Conforme Deliberao deste E. Tribunal, publicada no DOE de

    17/6/2004, a admisso de pessoal por prazo determinado, para

    atendimento de situao de excepcional interesse pblico, deve

    sempre ser precedida de processo seletivo, salvo nos casos de com-

    provada emergncia, que impeam sua realizao.

    Referida Deliberao determinou, ainda, que as leis muni-

    cipais devem ser ajustadas regra do inciso II, do artigo 37, da

    Constituio Federal, ou seja, regra do processo impessoal

    de escolha.

    O Administrador Pblico deve estar atento, tambm, s deter-

    minaes da LRF, no tocante a ato que provoque aumento da des-

    pesa com pessoal.

    Para que o ato que provoque o citado aumento no seja declara-

    do nulo de pleno direito, deve ser elaborada estimativa do impacto

    oramentrio-fi nanceiro no exerccio em que deva entrar em vi-

    gor e nos dois subseqentes; assim como deve ser providenciada

    declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem ade-

    quao oramentria e fi nanceira com a LOA - Lei Oramentria

    Anual, bem como compatibilidade com o PPA - Plano Plurianual e

    com a LDO - Lei de Diretrizes Oramentrias.

    Sobredito procedimento (estudo de impacto oramentrio, de-

    clarao etc), no necessrio na ocasio da Reviso Geral Anual do

    funcionalismo municipal, prevista no artigo 37, X, da Constituio

    Federal; porm, h que se ressaltar que essa reviso est sujeita

    existncia de dotao oramentria sufi ciente.

    Por fim, lembramos que caso os limites de despesas com

    pessoal sejam excedidos, a LRF veda a admisso de pessoal a

    qualquer ttulo, exceto aquela decorrente de reposio de ser-

    vidores aposentados ou falecidos das reas de educao, sade

    e segurana.

  • 23

    7. DIAGNSTICO E PLANEJAMENTO NA PRIORIZAO DOS RECURSOS ORAMENTRIOS

    Os recursos pblicos tm sua origem principalmente na co-

    brana de tributos, tendo como princpio a capacidade econmica

    individual de cada contribuinte.

    Os mesmos recursos retornam aos cidados na forma de pres-

    tao de servios, agora seguindo o principio da universalizao,

    atingindo a todos indistintamente, buscando a satisfao das ne-

    cessidades pblicas, individuais ou coletivas.

    Portanto, gastar os escassos recursos na realizao das polticas

    pblicas e no limite dos recursos fi nanceiros disponveis, passa,

    necessariamente, pelo levantamento dos diagnsticos e planeja-

    mento, sem os quais no se tem uma idia precisa das prioridades

    existentes no mbito de cada municpio.

    No mister de administrar, o ideal que se busque o trunfo do

    razovel conhecimento das necessidades locais e/ou regionais.

    O desconhecimento dessa realidade pode desviar, muitas vezes,

    o enfrentamento das questes do foco do pessoal e/ou do iminen-

    te, incorrendo-se, assim, em decises no universais, pessoais ou

    at mesmo na desaconselhvel cincia das demandas na medida

    em que vo surgindo, no dia-a-dia.

    Somente a adoo de competente planejamento pode evitar

    que tais desvios ocorram, posto que so as peas de planejamento

    que podem oferecer com preciso os dados constantes dos progra-

    mas, projetos e atividades governamentais, se bem quantifi cados

    e casados com as respectivas entradas e cronograma de desembol-

    sos fi nanceiros.

    A estrutura contbil do Projeto AUDESP, em sua concepo, teve

    tambm esta preocupao, a de oferecer ao administrador munici-

    pal uma ferramenta gerencial, na qual se possa bem planejar, exe-

    cutar e controlar, registrando todas as etapas, desde a eleio dos

    programas governamentais, para um determinado perodo at a

    sua execuo fi nal, sempre casados e integrados aos recursos dis-

    ponveis para o mesmo perodo.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 24 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    8. PLANEJAMENTO (PPA, LDO e LOA)

    8.1. PLANEJAMENTO ORAMENTRIOSo 3 as leis que defi nem, regulamentam e operacionalizam o

    planejamento:

    8.2. PLANO PLURIANUAL (PPA)

    8.2.1. INTRODUONo plano plurianual devem estar defi nidos os investimentos,

    cujo prazo de execuo ultrapassa o exerccio fi nanceiro. Nele, so previstas, para um perodo de 4 anos, as despesas de capital, ou seja, as que aumentem o patrimnio pblico ou diminuam a dvi-da de longo prazo, bem assim os gastos delas decorrentes. Para o perodo 2010-2013, dever ser feito em 2009.

    8.2.2. PRAZO DE ENVIO PARA APROVAO DA CMARA o estabelecido na Lei Orgnica do Municpio. Caso no tenha

    sido previsto, vale o prazo previsto na Constituio Federal (artigo 35, 2, do ADCT), j que a Constituio Estadual no o prev.

    - ENVIO DO PROJETO CMARA

    at 31 de agosto

    - DEVOLUO DA CMARA PARA SANO DO PREFEITO

    meados de dezembro, ou seja, at o encerramento da

    ltima sesso legislativa

    O contedo mnimo deve ser o previsto no artigo 165, 1, da CF;

    Previso para 4 anos das despesas de capital (equipamen-tos/obras, amortizao do principal de emprstimos e fi -nanciamentos);

    Previso para 4 anos de novos programas de durao con-tinuada. Ex. implantao da Guarda Municipal.

    Observaes importantes: I. Sem amparo no PPA, a expanso da atividade governa-

    mental despesa no autorizada, irregular e lesiva ao pa-trimnio pblico (art.15 c/c arts.16, II e 17, 4, da LRF);

  • 25

    II. Sem o PPA, o municpio no pode licitar obras e servios de engenharia (art. 7, 2, IV, da Lei Federal n 8666/93) ou outros gastos que exijam contratos de durao maior que um exerccio fi nanceiro (artigo 57, I, da mesma lei);

    III. Emendas ao projeto de lei oramentria s podem ser aprovadas quando estiverem compatveis com o PPA (art.166, 3, I, da CF);

    IV. Indispensvel que todos os projetos do PPA estejam quan-tifi cados fi nanceiramente e que se classifi quem conforme Portaria N 42/99, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto;

    V. Artigo 167, 1, da CF veda investimento que ultrapasse o exerccio sem prvia incluso no plano plurianual.

    8.3. LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS - LDO (ART. 4 DA LRF)

    8.3.1. INTRODUOObjetiva subsidiar a elaborao da Lei Oramentria Anual.

    8.3.2. PRAZO DE TRAMITAO DO PROJETO DA LDO PARA A CMARA o estabelecido na Lei Orgnica do Municpio. Caso no tenha

    sido previsto, vale o prazo previsto na Constituio Estadual (arti-go 39, I, do ADCT), ou seja:

    - ENVIO DO PROJETO CMARA at 30 de abril

    - DEVOLUO PELA CMARA PARA SANO DO PREFEITO

    at meados de junho

    Contedo: o contedo mnimo previsto no artigo 165, 2, da CF, qual seja:

    1) Estabelecimento de metas e prioridades para o oramento anual:

    Trata-se do anexo 1, Metas e Prioridades detalhando projetos que se realizaro no prximo oramento, apresentando metas f-sicas e custos. Obs.: em 2008 a LDO (para 2009) no apresentar Anexo de Metas e Prioridades, isto porque a LDO apreciada e

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 26 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    sancionada at junho, antes do PPA, cuja sano dar-se- em mea-

    dos de dezembro.

    Determinao das orientaes bsicas para elaborao do or-

    amento anual:

    Repartio do oramento em percentual para cada rea de atua-

    o do governo municipal: % para Sade, % para Educao etc;

    Porcentagem que o Executivo ter no oramento para abertu-

    ra de crditos suplementares por decreto, defi nir condies para

    contratao de operao de crdito por antecipao de receita.

    Indicao de modifi caes na poltica de pessoal:

    Criao e provimento de cargos e empregos pblicos, conces-

    so de vantagens funcionais e alterao no plano de cargos e sal-

    rios precisam de autorizao na LDO. nulo o ato que provoque

    aumento da despesa de pessoal sem que esteja previsto na LDO

    (art.21, I, da LRF).

    Contedos adicionais determinados pela LRF:

    I. Critrios para congelamento (contingenciamento) de

    dotaes quando a evoluo da receita comprometer os

    resultados oramentrios pretendidos (artigo 4, I, b);

    II. Ajuda fi nanceira estatal (concesso de auxlios/subven-

    es) depende agora de trplice previso legal: na LDO

    (critrios, atendimento de metas), em lei especfi ca (nome

    e montante previsto) e na lei oramentria (dotao);

    III. Condies para transferir recursos para entes da

    Administrao Indireta (cumprimento de metas por parte

    de autarquias, fundaes e empresas pblicas);

    IV. Critrios para incio de novos projetos aps atendimento

    dos que esto em andamento;

    V. Critrios para o Poder Executivo estabelecer programa-

    o fi nanceira mensal para todo o municpio, includa a

    Cmara (artigo 8, caput);

    VI. Percentual da Receita Corrente Lquida que ser retido na Lei

    Oramentria para Reserva de Contingncia (artigo 5, III);

    VII. Casos que justifi cam a contratao excepcional de horas ex-

    tras, na hiptese de o Poder Executivo ter atingido o limite

    prudencial para despesas com pessoal (51,3% da RCL);

  • 27

    VIII. Elaborao do Anexo de Metas Fiscais, que integrar o

    projeto da LDO.

    Esse anexo conter:

    previso para 3 anos da receita, despesa e estimativa de re-

    sultado nominal e primrio;

    previso trienal do estoque da dvida pblica;

    avaliao do cumprimento das metas do ano anterior;

    evoluo do patrimnio lquido;

    avaliao fi nanceira e atuarial dos fundos de previdncia

    dos servidores pblicos;

    estimativa de compensao da renncia de receitas (anis-

    tias, isenes etc.) e da margem de expanso das despesas

    obrigatrias de carter continuado.

    Observao: O Prefeito que no apresentar esse anexo poder incorrer em

    multa equivalente a 30% de seus vencimentos anuais (artigo 5, II,

    da Lei de Crimes Fiscais).

    8.4. LEI ORAMENTRIA ANUAL - LOA (ARTIGO 5 DA LRF)

    8.4.1. INTRODUODeve ser compatvel com o PPA e com a LDO.

    8.4.2. PRAZOS DE TRAMITAO DO PROJETO DE LEI ORAMENTRIASo os previstos na lei orgnica. Caso no tenham sido previs-

    tos, valem os prazos da Constituio Estadual, art. 39, II, do ADCT.

    - ENVIO DO PROJETO AO LEGISLATIVO

    at 30 de setembro

    - DEVOLUO DA CMARA PARA A PREFEITURA

    at meados de dezembro

    Contedos da LOA

    Alm do previsto no artigo 165, 5, da Constituio Federal,

    encontramos na LRF:

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 28 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    I. Anexo demonstrando compatibilidade do oramento com as propostas de resultado entre receitas/despesas e evoluo pa-trimonial. Ex.: se previsto, no Anexo de Metas Fiscais, supervit de 3%, na pea oramentria, a estimativa da receita superar em 3% a fi xao da despesa;

    II. Impacto oramentrio de toda e qualquer renncia fi scal que ainda persista na economia do municpio, no importando em que poca tenha sido concedida;

    III. Necessrio colocar no Anexo a forma de compensao das despesas obrigatrias continuadas e das novas renncias de receita.

    Observao: O Projeto de lei oramentria ser debatido em audincia p-

    blica com entidades representativas da populao, enfocando principalmente os investimentos e novos servios (par. nico, do art. 48, da LRF).

    9. A ADMINISTRAO DO ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL

    de vital importncia o reconhecimento e a exposio das d-vidas na escriturao e balanos contbeis, pois fi cam os adminis-tradores municipais sem o devido conhecimento e controle, no sendo possvel planejar com preciso nem reservar os recursos ne-cessrios para os devidos pagamentos.

    Falhas como o no reconhecimento da dvida, com ausn-cia da escriturao de dvidas com INSS e/ou Regime Prprio de Previdncia, FGTS, Precatrios, dvidas contratuais e outras no reconhecidas, alm dos aspectos negativos envolvendo a falta de transparncia da gesto pblica, descaracterizam o Balano Patrimonial e os ndices de endividamento.

    Mesmo a desatualizao da dvida, compreendendo a ausncia da apropriao da atualizao monetria e encargos moratrios, desfi -guram a demonstrao do endividamento no Balano Patrimonial.

    Aps o reconhecimento e contabilizao das dvidas muni-cipais, as mesmas integraro as peas de planejamento, espe-cialmente o projeto da Lei de Diretrizes Oramentrias, Anexo de Metas Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante

  • 29

    da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.

    Abaixo transcrevemos os limites de endividamento para os mu-nicpios e os prazos para reconduo, de acordo com as Resolues n 40 e 43, de 21/12/01 do Senado Federal:

    Dvida Consolidada Lquida: 120% da RCLOperaes de Crdito: 16% da RCLARO: 7% da RCLConcesses e Garantias: 22% ou 32% da RCL

    Reconduo da Dvida Consolidada Lquida:% extrapolado at 31/12/01: Art.3 da Resoluo 40 do Senado

    Federal% extrapolado aps 31/12/01: Art.31 da LRF

    10. PRECATRIOS Registros e Pagamentos

    Os precatrios judiciais fazem parte do rol de situaes do item anterior que contribuem para o endividamento do municpio, da a importncia de sua demonstrao nos balanos contbeis, do competente registro, planejamento e efetivos pagamentos.

    A Constituio Federal traz em seu artigo 100 e 1, a obrigato-riedade de incluso no oramento, das entidades de direito pbli-co, de verba necessria ao pagamento de seus dbitos oriundos de sentenas transitadas em julgado, constantes de precatrios judi-cirios apresentados at 1 de julho, fazendo-se o pagamento at o fi nal do exerccio seguinte, quando tero seus valores atualizados monetariamente.

    No intuito de resolver pendncias referentes a saldos de precat-rios pendentes, somadas as aes iniciais ajuizadas at 31 de dezem-bro de 1999, a EC n 30 acresceu no ADCT o artigo 78, pelo qual se permitiu parcelamento da dvida, para liquidao pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, estipulando-se prazo mximo de dez anos, a par-tir da promulgao da emenda - 13/09/2000 - para a liquidao total dos dbitos. Excetuou-se dessa medida os crditos defi nidos em lei

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 30 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    como de pequeno valor, os de natureza alimentcia, os de que trata o artigo 33 do ADCT e suas complementaes e os que j tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juzo.

    Dentre as excees, os precatrios envolvendo Dbitos de Natureza Alimentcia (art. 100, 1-A) compreendendo aqueles decorrentes de salrios, vencimentos, proventos, penses e suas complementaes, benefcios previdencirios e indenizaes por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, assim como outros devem receber o devido registro contbil e seguem o mesmo procedimento previsto para os recebidos at 1 de julho, que alm dos registros, devem ser inclusos na pea oramentria anual para pagamento at o fi nal do exerccio seguinte. A nica ressalva que estes excetuam-se da ordem cronolgica de preca-trios de outra natureza.

    Tratamento tambm com ressalva aos dbitos ou obrigaes consignados em precatrio judicirio, de pequeno valor, assim considerados aqueles que tenham valor igual ou inferior a trinta salrios-mnimos (esse valor perdurar at que se d a publicao ofi cial das respectivas leis defi nidoras no mbito de cada ente da Federao), conforme previso da Emenda Constitucional n 37, de 12/06/02, que acresceu o art. 87 e incisos no Ato das Disposies Constitucionais Transitrias. Para estes no se aplica a ordem cro-nolgica prevista no caput do art. 100, da Constituio Federal, assim tambm do parcelamento e prazo previstos no art. 78 da ADCT. Os pagamentos se daro diretamente contra apresentao do dbito, suportado por rubricas prprias j consignadas no or-amento anual.

    Condio especial tambm aos dbitos originrios de desapro-priao de imvel residencial do credor, desde que comprovadamen-te nico poca da imisso na posse ( 3, art. 78 ADCT), advindos de aes ajuizadas at 31/12/99, os quais sero liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em presta-es anuais, iguais e sucessivas, no prazo mximo de dois anos.

    Os demais que decorram de aes ajuizadas aps 31/12/99, apresentados at 1 de julho, devero ser pagos at o fi nal do exerc-cio seguinte, devidamente atualizados pela TABELA DO TRIBUNAL DE JUSTIA DEPRE DEPARTAMENTO DE PRECATRIOS.

  • 31

    11. BEC e PREGO (modalidades alternativas de aquisio de bens e servios)

    As aquisies de produtos e servios por rgos pblicos

    devem seguir as disposies da Lei Federal n 8666/93 e alte-

    raes, que institui normas para licitaes e contratos da Admi-

    nistrao Pblica.

    Alm das modalidades previstas nessa Lei, vem crescendo, em to-

    dos os entes da federao, a utilizao de dois sistemas de compras,

    que agilizam o processo e reduzem os custos: a Bolsa Eletrnica de

    Compras BEC e o PREGO (presencial e eletrnico).

    11.1. O QUE BOLSA ELETRNICA DE COMPRAS - BEC?A BEC um sistema eletrnico que permite a negociao do

    preo dos bens adquiridos pelo setor pblico e que est disposi-

    o dos municpios do Estado desde outubro de 2003.

    11.1.1. QUEM SO OS PARTICIPANTES?Empresas: so fornecedores habilitados a participar do sistema

    eletrnico, previamente cadastrados.

    Banco Nossa Caixa S/A: o agente fi nanceiro responsvel por

    manter ativas as contas dos fornecedores para concretizao dos

    pagamentos feitos pelos compradores.

    Secretaria da Fazenda: administra o sistema, gerenciando todas

    as etapas do processo de compras efetuadas eletronicamente.

    rgos da Administrao Pblica Estadual e Municpios com

    sede no Estado de So Paulo: so as entidades que atuam como

    compradores.

    11.1.2. COMO FUNCIONA?A operao simples e rpida: o comprador autoriza a oferta de

    compra de at R$ 8.000,00 e, automaticamente, enviado e-mail

    aos fornecedores cadastrados, que recebero cpia do extrato do

    edital e tero suas dvidas esclarecidas no portal BEC/SP.

    Os fornecedores fazem seus lances, vencendo o que oferta o

    menor preo. O vencedor informado e recebe o respectivo docu-

    mento de contratao.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 32 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    O processo se fi naliza defi nitivamente quando o fornecedor en-trega o bem e recebe o pagamento por intermdio do Banco Nossa Caixa S/A.

    11.1.3. VANTAGENS DA BECPara as Prefeituras: reduo dos preos dos produtos; ampliao do cadastro de fornecedores; maior competitividade; reduo do custo processual: menos despesas com teleco-

    municaes, papel, publicaes e demais custos adminis-trativos.

    Para os fornecedores : maior relacionamento com a administrao pblica; garantia de pagamento graas atuao do Banco Nossa

    Caixa S/A como agente fi nanceiro; possibilidade de concorrer em todo o Estado de So Paulo.Para a sociedade: possibilita acompanhar todas as negociaes pelo site do

    sistema, garantindo transparncia ao processo.

    11.1.4. RESULTADOS OBTIDOS COM A IMPLANTAOAtualmente, todas as unidades do Estado utilizam a BEC e des-

    de o ano de 2000, em que foi implantada, houve uma economia de 23% nas compras efetuadas.

    Desde o ms de outubro de 2004, h treinamento oferecido aos municpios do Estado de So Paulo com adeso ao sistema BEC; os primeiros municpios treinados foram: Bilac, Santa Cruz da Conceio e Tarum.

    11.1.5. COMO A PREFEITURA PODE UTILIZAR O SISTEMAOs municpios interessados devem assinar um convnio com a

    Secretaria da Fazenda, que autorizar o uso da BEC e emitir uma senha de acesso ao sistema. Tambm devero assinar um contra-to com o Banco Nossa Caixa S/A, que o agente responsvel pelo monitoramento das transaes.

    Todas as informaes sobre o sistema BEC/SP podem ser obtidas com o acesso aos sites www.bec.sp.gov.br e www.nossacaixa.com.br.

  • 33

    11.2. PREGO PRESENCIALCom regras diferenciadas, o prego presencial, institudo pela Lei

    Federal n 10.520/02, um procedimento licitatrio mais simples e rpido de aquisio de bens e servios comuns de qual quer valor.

    utilizado para compra de bens e contratao de prestao de ser vi-os de padro comum, que tm desempenho e qualidade que possam ser defi nidos em edital por meio de defi nies usuais de mercado.

    11.2.1. FUNCIONAMENTO realizado o chamamento pelos meios de divulgao; Os representantes das empresas interessadas compare-

    cem sesso pblica. Nela, formulam lances verbais, na presena dos demais concorrentes;

    declarado vencedor aquele que ofertar o menor preo; Inicia-se, pelo pregoeiro, a fase de negociao do menor

    preo, objetivando reduzi-lo; Verifi cam-se os documentos de habilitao do vencedor; Finaliza-se o procedimento com a homologao e a adju-

    dicao do objeto.

    11.2.2. VANTAGENS DA UTILIZAOAgilidade: a escolha do vencedor ocorre no mesmo dia da ses-

    so pblica Transparncia: as etapas do certame esto acessveis qual-

    quer cidado Economia: sensvel reduo dos valores contratados Desde o fi nal de 2002, quando foi criado, at outubro de 2007, o

    Governo do Estado economizou mais de 900 milhes de reais , redu-zindo em 17,70% o valor total de suas compras de bens e servios.

    De acordo com os dados fornecidos pelo site do prego, o Tribunal de Contas foi o rgo estadual que mais economizou, di-minuindo seus gastos com aquisies em 42,92%.

    Todas as informaes, inclusive sobre a capacitao de pregoei-ros, encontram-se no site www.pregao.sp.gov.br.

    11.3. PREGO ELETRNICOSistema de compras via internet, amparado pela Lei Federal

    n 10.520, de 17 de julho de 2002, precisamente em seu art. 2,

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 34 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    1 que prev a realizao de licitaes na modalidade prego, por meio da utilizao de recursos de tecnologia da informao.

    11.3.1. FUNCIONAMENTOA partir de um ambiente eletrnico (site na internet), possvel

    inserir e operacionalizar o sistema valendo-se de:a) dados facilitadores da utilizao do sistema, como: moe-

    da, unidade operacional, ramo de atividades etc;b) registro de todos os dados cadastrais dos fornecedores;c) cadastramento de produtos e servios a serem adquiridos

    e suas respectivas categorias e subcategorias;d) criao da licitao a partir de dados publicados no edi-

    tal, como data/hora de realizao, data/hora limite para recebimento de propostas, data/hora de incio da disputa, dados dos lotes, dentre vrios outros;

    e) Sala de disputa que proporciona a realizao do prego on-line e conta com a participao do pregoeiro, fornece-dores e convidados. Durante a realizao do prego os lici-tantes podem dar lances sucessivos, enviar e acompanhar mensagens com o pregoeiro e impetrar recursos. Ao fi nal o sistema gera automaticamente a ata da licitao com o detalhamento de todo o processo.

    11.3.2. VANTAGENS DA UTILIZAOCitamos abaixo exemplo do sucesso obtido pelo setor de com-

    pras do governo federal com a adoo e uso do prego eletrnico:O Governo Federal economizou R$ 1,6 bilho com o uso do

    prego eletrnico entre janeiro a outubro de 2007. O valor corres-ponde reduo de 15% obtida na contratao de R$ 9,4 bilhes por meio dessa modalidade. A economia signifi ca a diferena entre o preo mximo aceito pela Administrao por cada produto ou servio - e o que efetivamente foi contratado aps a disputa on-line entre os fornecedores;

    A participao do prego eletrnico correspondeu a 71% do valor das licitaes de bens e servios comuns que totalizaram R$ 13,3 bilhes no perodo. Em nmero de processos de compras, foram 23.505 aquisies por meio dessa modalidade 73,7% das compras.

  • 35

    O uso do prego eletrnico nas compras pblicas vem crescendo vertiginosamente. a maior participao dessa modalidade licitat-ria j registrada em todos os tempos. No perodo de janeiro a outubro dos anos de 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006, a modalidade representou 0,5%, 3,3%, 4,2%, 11,5% e 45,8%, respectivamente, do valor licitado.

    (fonte: Prego.net)Conforme se extrai de estatsticas amplamente divulgadas: Reduz custos. Em mdia, os preos das compras e contrata-

    es podem ser reduzidos entre 20% e 40%, comparando-se com os valores de mercado;

    Propicia a modernizao dos processos licitatrios; Imprime agilidade para a concluso dos processos licitatrios.

    O prazo para a realizao de uma licitao convencional pode ser maior do que 120 dias. A mesma licitao, se realizada de maneira eletrnica, pode ser concluda em 20 dias;

    Desburocratiza os procedimentos necessrios para a condu-o dos processos licitatrios;

    Amplia as oportunidades de participao, pois dispensa a pre-sena fsica dos fornecedores interessados;

    Incrementa a competitividade. Mais de 100 mil fornecedores esto habilitados para fornecer produtos e servios adminis-trao pblica, em qualquer local do Pas;

    Garante a transparncia exigida dos administradores pblicos; Combate a formao de cartis.

    12. REGISTRO DE PREOS

    Este procedimento amparado pela Lei Federal n 8666/93 em seu artigo 15, inciso II, 1 a 6, visa facilitar as contrataes freqentes de mesmo objeto de maneira que no necessitem se subme ter ao rigor de uma nova licitao toda vez que surgir a neces sidade da aquisio.

    Revelando-se mais rpidas, as contrataes originadas em registro de preos podem melhor adequar-se gesto dos recur-sos fi nanceiros.

    O sistema, por se tratar de processo de verifi cao e registro dos preos unitrios praticados no mercado, no vincula a administrao

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 36 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    contratao necessria e imediata. Todavia, caso haja interesse mani festo da administrao em se valer do registro, mantidas as con-dies previstas em ata, vincula o proponente ao necessrio contrato e a eventual recusa em cumprir os termos da obrigao assumida equivale infrao prevista no art. 81, da Lei Federal n 8.666/93.

    So condies para a realizao do registro de preos: O registro de preos ser precedido de ampla pesquisa de

    mercado (art.15, 1, Lei Federal n 8666/93 e alteraes); Os preos registrados sero publicados trimestralmen-

    te para orientao da Administrao, na imprensa ofi cial (art.15, 2, Lei Federal n 8666/93 e alteraes);

    O sistema de registro de preos ser regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condies:

    I seleo feita mediante concorrncia;II estipulao prvia do sistema de controle e atualizao

    dos preos registrados;III validade do registro no superior a um ano. (art.15, 3,

    Lei Federal n 8666/93 e alteraes). A existncia de preos registrados no obriga a Adminis-

    trao a fi rmar as contrataes que deles podero advir, fi cando-lhe facultada a utilizao de outros meios, respei-tada a legislao relativa s licitaes, sendo assegurado ao benefi cirio do registro preferncia em igualdade de con-dies (art.15, 4, Lei Federal n 8666/93 e alteraes);

    O sistema de controle originado no quadro geral de pre-os, quando possvel, dever ser informatizado (art.15, 5, Lei Federal n 8666/93 e alteraes);

    Qualquer cidado parte legtima para impugnar preo constante do quadro geral em razo de incompatibilida-de desse com o preo vigente no mercado (art.15, 6, Lei Federal n 8666/93 e alteraes).

    O sistema de registro de preos serve ainda como parmetro nas licitaes em curso, quando necessrios o confronto com os preos de mercado, conforme previso contida nos artigos 24, in-ciso VII e 43, inciso IV, todos da Lei de Licitaes e Contratos, Lei Federal n 8.666/93 e alteraes.

  • 37

    13. A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

    13.1. INTRODUOA Lei de Responsabilidade Fiscal reforou e incrementou os di-

    tames da Lei Federal n 4320/64, tendo como objetivo principal o equilbrio das fi nanas pblicas, amparado por quatro grandes pi-lares que permeiam todos os seus artigos:

    1. Planejamento - aprimorado pela criao de novas informa-es, metas, limites e condies para a renncia de receita, gera-o de despesas, despesas com pessoal, despesas da seguridade, dvidas, operaes de crdito, ARO, concesso de garantias;

    2. Transparncia - prevista pela divulgao ampla, inclusive pela internet, de relatrios de acompanhamento da gesto fi scal e realizao de audincias pblicas;

    3. Controle - aprimorado, maior transparncia e qualidade das informaes;

    4. Responsabilizao - no caso do descumprimento das regras, com a suspenso das transferncias voluntrias, garantias e con-tratao de operaes de crdito, inclusive ARO e sanes previs-tas no Cdigo Penal e na Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal n 10.028 de 19 de outubro de 2000.

    Dessa maneira, muito mais do que exigncias legais, a LRF constitui uma verdadeira ferramenta de gesto, que tem por ob-jetivo propiciar ao administrador pblico, instrumentos para con-secuo de metas, conseqentemente, a satisfao dos legtimos anseios dos muncipes.

    13.2. ATIVIDADES E LIMITES IMPOSTOS PELA LRF NA GESTO PBLICA RESPONSVEL E SUA FUNDAMENTAO LEGAL

    ATIVIDADE ONDE EST PREVISTO NA LRFElaborao do novo contedo da Lei de Diretrizes Oramentrias LDO Art. 4, inciso I.

    Preparao do Anexo de Metas e Riscos Fiscais Art. 4, 1, 2 e 3.

    Formulao do novo contedo da Lei Oramentria Anual LOA Art. 5.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 38 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    Elaborao do Anexo de compatibilidade da Lei de Oramento com as metas fi scais da LDO Art. 5, inciso I.

    Compensao renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter continuado

    Art. 5, inciso II.

    Estabelecimento da programao mensal de desembolso fi nanceiro

    Art.8.30 dias aps a publicao da Lei Oramentria, seguindo critrios da LDO, a Prefeitura estabelecer planejamento fi nanceiro, defi nindo a parte das dotaes que cada unidade oramentria poder comprometer em cada ms do exerccio.

    Contingenciamento de dotaes para se cumprir metas fi scais e reduzir o montante da dvida consolidada

    Art. 9.

    Previso criteriosa de Receitas no Planejamento Arts. 11 e 12.

    13.3. RELATRIOS DA LRF PARA MUNICPIOS COM

    POPULAO ACIMA DE 50 MIL HABITANTES

    ATIVIDADE ONDE EST PREVISTO NA LRFElaborao do novo contedo da Lei de Diretrizes Oramentrias LDO

    Art. 4, inciso I.

    Preparao do Anexo de Metas e Riscos Fiscais Art. 4, 1, 2 e 3.

    Formulao do novo contedo da Lei Oramentria Anual LOA

    Art. 5.

    Elaborao do Anexo de compatibilidade da Lei de Oramento com as metas fi scais da LDO

    Art. 5, inciso I.

    Compensao renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter continuado

    Art. 5, inciso II.

  • 39

    Estabelecimento da programao mensal de desembolso fi nanceiro

    Art.8.30 dias aps a publicao da Lei Oramentria, seguindo critrios da LDO, a Prefeitura estabelecer planejamento fi nanceiro, defi nindo a parte das dotaes que cada unidade oramentria poder comprometer em cada ms do exerccio.

    Contingenciamento de dotaes para se cumprir metas fi scais e reduzir o montante da dvida consolidada

    Art. 9.

    Previso criteriosa de Receitas no Planejamento Arts. 11 e 12.

    Defi nio de metas bimestrais de arrecadao com especifi cao de medidas de combate evaso e sonegao fi scal, valores e quantidades de aes ajuizadas para cobrana da Dvida Ativa

    Art. 13.

    Estabelecimento de pr-requisitos para a renncia de receitas

    Art. 14.

    Compensao das despesas obrigatrias de carter continuado

    Arts. 15, 16 e 17.

    Apurao dos Limites da Despesa de Pessoal

    Arts. 20, III, b, 21 e 22, a saber:a) 48,60% da RCL (90% de 54%) limite de alerta do TCE;b) 51,30% da RCL (95% de 54%) limite prudencial;c) 54% da RCL limite mximo;d) Perodo de apurao: quadrimestral.

    Ajuste de Despesa de Pessoal no caso de se ultrapassar os 54% da RCL

    Art. 23.Nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos1/3 no 1 quadrimestre.

    Proibio para aumentar despesas de pessoal no ltimo ano de mandato

    Art. 21, pargrafo nico.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 40 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    Condies para se poder receber Transferncias Voluntrias da Unio/Estado

    Art. 25, quais sejam:a) Recursos no sero utilizados para pagar

    pessoal; b) Estar em dia com o rgo concessor

    quanto ao pagamento de emprstimos, parcelamentos FGTS/INSS/PIS-PASEP e que tenham prestado contas de recursos recebidos anteriormente;

    c) Estar dentro dos limites da LRF e Resolues 40 e 43 do Senado, ou seja, no ultrapassar limites de despesa com pessoal, dvida consolidada e mobiliria, operaes de crdito inclusive ARO e inscrio em Restos a Pagar;

    d) Estar aplicando mnimos constitucionais na Sade (15% do total de impostos prprios e transferncias) e na Educao (25% da mesma base);

    e) Apresentao do relatrio de Gesto Fiscal;f) Encaminhamento das suas contas Unio.

    Condies para concesso de auxlios e subvenes

    Art. 26, ou seja:a) Sujeitar-se s condies pactuadas na LDO;b) Estar autorizada em lei especfi ca, de

    iniciativa da Prefeitura onde conste nome da Instituio e valor do repasse;

    c) Dispor de genrica autorizao oramentria ou na LOA ou nas leis que aprovem crditos adicionais.

    Apurao dos Limites da Dvida Consolidada e Mobiliria

    Arts. 30 e 31 combinado com arts. 3 e 4 da Reso luo do Senado n 40, a saber: 120% da RCL. Obs.: o mximo de 120% da RCL est suspenso entre 01/01/2003 e 30/04/2005 por determinao da Resoluo n 20/03.

    Limites para realizao de Operaes de Crdito

    Art.32, III, combinado com art. 7, da Resoluo n 43 do Senado Federal, a saber:

    a) Seu montante adicionado ao de outras operaes do exerccio no pode ultrapassar 16% da RCL;

    b) Seus encargos anuais (principal e juros) somados aos que vencem no exerccio no excedero a 11,5% da RCL.

    Limite de garantia que o Municpio pode conceder em operaes de crdito

    Art. 40 da LRF, combinado com art. 9, da Resoluo 43, do Senado, ou seja, saldo global mximo de 22% da RCL.

  • 41

    Inscrio limitada de Restos a Pagar

    Art. 42 da LRF:a) Entre maio e dezembro do ltimo ano

    de mandato, gastos compromissados e vencidos sero pagos nesse perodo;

    b) Nestes 08 meses, gastos compromissados, mas no vencidos, precisaro de caixa em 31/12;

    c) Essa disponibilidade a soma das receitas futuras previstas, deduzida dos encargos e despesas compromissados a pagar. Deve-se elaborar uma previso do fl uxo fi nanceiro at o fi nal do exerccio e confrontar recursos fi nanceiros com compromissos j assumidos;

    d) Se, ao assumir, o novo Prefeito verifi car que houve, no ano anterior, anulao indevida de empenhos sem cobertura de caixa ou transferncia indevida de Restos a Pagar, do Passivo Financeiro (curto prazo) para o Passivo Permanente (longo prazo), deve ordenar a retifi cao dos registros, neles reincluindo os gastos cancelados, a fi m de que os Balanos retratem, o mais fi elmente possvel, a situao fi nanceira-oramentria que, se no retratada, ensejar parecer desfavorvel s contas pelo TCE.

    Preservao do Patrimnio Pblico: receita de capital (Alienao de Bens Mveis e Imveis) deve ser aplicada em despesas de capital

    Art. 44 da LRF:Dinheiro arrecadado com a venda de veculos, terrenos, prdios, aes etc, no pode ser utilizado em despesas correntes, as de operao e manuteno da mquina pblica, com exceo da aplicao autorizada por lei, no regime prprio de previdncia do municpio.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 42 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    Incio de novos projetos, aps o atendimento dos que estiverem em andamento

    Art. 45 da LRF:O objetivo acabar com as paralisaes sem motivo, que costumeiramente ocorrem em poca de substituio do prefeito.Interrupo de projetos depende agora no s das providncias administrativas do art. 8, da Lei Federal n 8666/93, mas tambm de:a) autorizao legislativa;b) por ocasio da LDO, envio Cmara de

    relatrio contendo relao de projetos que no ano seguinte continuaro se desenvolvendo, relao de novos projetos e relao de projetos que, por motivo absolutamente excepcional, sofrero atraso temporrio.

    Transparncia Fiscal Arts. 48 e 49 da LRF.Elaborao das Peas Contbeis Art. 50 da LRF:

    a) Ativo Financeiro do Balano Patrimonial normalmente vem com um total de caixa e outro de bancos. Com a LRF deve-se desdobrar as contas vinculadas em Sade, Educao, convnios etc;

    b) Devem ser incorporadas aos relatrios fi nanceiros e oramentrios da Prefeitura, as receitas e despesas de autarquias, fundaes e empresas pblicas dependentes, reforando o princpio do Oramento e do Balano nico;

    c) Para se evitar duplicidade na consolidao, repasses entre Pessoas Jurdicas municipais no mais sero empenhados.

  • 43

    Envio das Contas Municipais Unio para fi ns de Consolidao Anual

    Art. 51 da LRF:a) Portaria 59/01 da Secretaria do Tesouro

    Nacional contm formulrios que padronizam informaes fi nanceiras e oramentrias do municpio;

    b) At 30 de abril, os municpios encaminharo esses formulrios a qualquer agncia da Caixa Econmica Federal, com cpia para o Governo Estadual (Secretaria da Fazenda);

    c) Se no enviarem, fi cam impedidos de celebrar operaes de crdito e receber transferncias voluntrias da Unio/Estado, com exceo das reas da Sade, Educao e Assistncia Social.

    Ajuda do Governo Federal para incrementar a arrecadao

    Art. 64 da LRF:a) Programa de Modernizao das

    Administraes Tributrias Municipais (PMAT) desenvolvido pelo BNDES;

    b) Programa Nacional de Apoio Administrao Fiscal dos Municpios Brasileiros, concebido pelo Ministrio da Fazenda (PNAFM);

    b.1) PNAFM - prazo de pagamento de 20 anos para quitar o fi nanciamento. Carncia de 04 anos com parcelas semestrais, iguais e sucessivas.

    Observao: quando o municpio busca fi nanciamento de projetos de melhoria da administrao de receitas e da gesto fi scal, o valor do fi nanciamento no entra nos limites de endividamento da Resoluo 43 do Senado Federal.

    13.4. RELATRIOS DA LRF PARA MUNICPIOS COM POPULAO ABAIXO DE 50 MIL HABITANTES

    (Obs.: que optarem expressamente pela faculdade prevista no

    artigo 63 da LRF)

    Relatrio Artigo da LRF Elaborao PublicaoRelatrio Resumido de Execuo Oramentria RREO

    Art. 52, incisos I e II, alneas a e b

    BimestralAt 30 dias do encerramento de cada bimestre

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 44 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    Anexo I do RREOResultado da Execuo Oramentria dos Poderes e rgos

    Art. 52, incisos I e II, alneas a e b

    Bimestral No h necessidade

    Anexo II do RREOResultado Resumido da Execuo Oramentria por Funo e SubFuno

    Art. 52, inciso II,alnea c

    BimestralAt 30 dias do encerramento de cada bimestre

    Demonstrativo da Receita Corrente Lquida

    Art. 2, inciso IV e art.53,inciso I

    BimestralAt 30 dias do encerramento de cada semestre

    Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdencirias

    Art. 53, inciso II e artigo 50, inciso IV

    BimestralAt 30 dias do encerramento de cada semestre

    Demonstrativo do Resultado Nominal e Primrio

    Art. 53, inciso III Bimestral

    At 30 dias do encerramento de cada semestre

    Demonstrativo dos Restos a Pagar Art. 53, inciso V Bimestral

    At 30 dias do encerramento de cada semestre

    Demonstrativo das Receitas de Operaes de Crdito e Despesas de Capital

    Art. 53, 1, inciso I e art. 38, 1

    ltimo Bimestre de cada

    exerccio

    At 30 dias do encerramento do ltimo bimestre

    Demonstrativo das Projees Atuariais do Regime Prprio de Previdncia

    Art. 53, 1, inciso II

    ltimo Bimestre de cada

    exerccio

    At 30 dias do encerramento do ltimo bimestre

    Demonstrao da Variao Patrimonial e Aplicao dos Recursos Decorrentes de Alienao de Ativos

    Art. 53, 1, inciso III

    ltimo Bimestre de cada

    exerccio

    At 30 dias do encerramento do ltimo bimestre

    Relatrio de Gesto Fiscal Arts. 54 e 55 Quadrimestral

    At 30 dias do encerramento de cada semestre

    Anexo I do RGF Demonstrativo das Despesas com Pessoal e Previdencirias

    Art. 22 e 59, 2, e

    Lei Federal 9.717/98, art. 2, 1 e 2

    Bimestral No h necessidade

  • 45

    Anexo II do RGFDemonstrativo dos Restos a Pagar 2 ltimos quadrimestres do ltimo ano de mandato

    Art. 42, caput e pargrafo

    nico

    ltimo quadrimestre do

    ltimo ano de mandato

    No h necessidade

    13.5. EXIGNCIAS DA LRF PARA MUNICPIOS COM POPULAO ABAIXO DE 50 MIL HABITANTES

    Exigncias Prazo Artigo da LRFVerifi cao dos limites de despesa com pessoal Semestral 63, I

    Verifi cao dos limites da dvida consolidada Semestral 63, I

    Divulgao do Relatrio de Gesto Fiscal Semestral 63, II, bPublicao do Relatrio Resumido da Execuo Oramentria RREO Bimestral 52

    Elaborao do Anexo de Metas Fiscais da LDO Anual 63, III

    Elaborao do Anexo de Riscos Fiscais da LDO Anual 63, III

    Elaborao do Anexo de Compatibilidade com as Metas Fiscais da LDO Anual

    63, III c/c com inciso I do art.5

    13.6. EXIGNCIAS DA LRF PARA MUNICPIOS COM POPULAO ACIMA DE 50 MIL HABITANTES

    Exigncias Prazo Artigo da LRFVerifi cao dos limites de despesa com pessoal Quadrimestral 22

    Verifi cao dos limites da dvida consolidada Quadrimestral 30, 4

    Divulgao do Relatrio de Gesto Fiscal Quadrimestral 55, 2

    Publicao do Relatrio Resumido da Execuo Oramentria RREO Bimestral 52

    Elaborao do Anexo de Metas Fiscais da LDO Anual 4, 1

    Elaborao do Anexo de Riscos Fiscais da LDO Anual 4, 3

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 46 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    Elaborao do Anexo de Compatibilidade com as Metas Fiscais da LDO

    anual 5, I

    14. TRANSPARNCIA DA GESTO FISCAL NA LRF

    ATIVIDADE Artigo da LRFRealizao de audincias pblicas para discutir instrumentos

    do ciclo oramentrio, ou seja, PPA, LDO e LOA e a divulgao desses e dos Relatrios da Execuo Oramentria e de Gesto

    Fiscal

    48 e pargrafo nico

    Realizao de audincias pblicas para debater, em fevereiro, maio e setembro, o cumprimento das metas oramentrias e

    patrimoniais 9, 4

    As contas da Prefeitura devem fi car disponveis, para fi ns de consulta e apreciao pelos cidados e instituies da

    sociedade 49

    O Ministrio da Fazenda divulgar, todo ms, relao dos municpios que tenham superado os limites das dvidas

    consolidada e mobiliria, possibilitando o acesso pblico s condies de cada um dos emprstimos contratados, bem como

    posio individualizada da dvida municipal

    31, 4

    Divulgao pela Internet dos oramentos, balanos e pareceres do TCE, sobre as contas dos gestores do dinheiro pblico. Cada municpio manter uma pgina na Internet. Os municpios que no tiverem recursos para isso podero buscar apoio da Unio

    (artigo 64 e 1 da LRF)

    48

    15. INFRAES LRF E SUAS CONSEQNCIAS

    ARTIGO DA LRF INFRAO AO DO TCE E SUAS CONSEQNCIAS4 Elaborao de Lei de

    Diretrizes Oramentrias sem os novos contedos determinados na LRF.

    LDO sem Anexo de Metas Fiscais enseja multa de 30% sobre os vencimentos anuais do Prefeito (art. 5, II, da Lei Federal n 10.028/00).

    9 No limitao de empenhos quando se avizinha dfi cit oramentrio ou comprometimento de metas fi scais.

    Emisso de ato de alerta; persistindo a omisso, o Prefeito pagar multa de 30% sobre seus vencimentos anuais (art. 5, III, da Lei Federal n 10.028/00).

  • 47

    11

    No instituio, previso e efetiva arrecadao dos impostos municipais (IPTU, ISS e ITBI).

    TCE informar ao Cadastro nico das Exigncias para Transferncias Voluntrias Destinadas a Municpios (CAUC). Enquanto vigorar a pendncia, o municpio no se benefi ciar de recursos de convnios.

    13 No formulao, quando necessrio, do plano de recuperao de receitas prprias.

    TCE poder informar ao Ministrio Pblico de crime de improbidade administrativa (art. 10, X, da Lei Federal n 8.429/92).

    14Concesso de renncia de receita, sem os rigores estabelecidos nesse artigo.

    Comunicao ao Ministrio Pblico de crime de improbidade administrativa (art. 10, X, da Lei Federal n 8.429/92).

    16 e 17 Sem as cautelas previstas nesses dois artigos, o dispndio tido como no autorizado, irregular ou lesivo ao patrimnio pblico (art. 15 da LRF).

    Comunicao ao Ministrio Pblico (art. 359 D do Cdigo Penal e art. 10, IX, da Lei Federal n 8.429/92).

    19, 20 e 23 Gastos com pessoal igual ou superior a 48,60% da RCL (90% de 54%).

    Alerta do TCE.

    22 Gastos com pessoal igual ou superior a 51,30% da RCL (95% de 54%). Nesse caso, Prefeitura no pode conceder benefcio salarial, criar cargo, emprego ou funo, alterar estrutura de carreiras que resulte em aumento de despesa, admitir pessoal (com exceo de se repor servidores aposentados ou falecidos das reas da Educao, Sade e Segurana) e pagar horas extras.

    Ressalva ao registro de admisses que ocorram poca da ultrapassagem deste limite prudencial.

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 48 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    21,pargrafo nico Aumento percentual de

    despesas com pessoal nos 180 dias que antecedem o fi nal de mandato.

    TCE ressalva registro da admisso de servidores e comunica ao Ministrio Pblico acerca de crime contra as fi nanas pblicas (art. 359 G do Cdigo Penal).

    26 Concesso de auxlios e subvenes sem lei especfi ca e sem prvia defi nio de critrios na LDO.

    TCE pode julgar irregulares os benefcios.

    30 e 31

    Superao dos limites da dvida consolidada.

    a) alerta quando a dvida superar 90% do limite da Resoluo 40 (art.3); b) no ajuste ao limite senatorial (art. 4): TCE comunica ao Cadastro Nacional das Transferncias Voluntrias e ao Ministrio Pblico (art. 1, XVI, do Decreto Lei n 201/67).

    38No quitao de ARO at o encerramento do respectivo exerccio fi nanceiro.

    Comunicao ao Ministrio Pblico (art. 1, XIX, do Decreto Lei n 201/67).

    42 Incorridas nos ltimos 08 meses do mandato, despesas sem lastro de caixa.

    Comunicao ao Ministrio Pblico (art. 359 C do Cdigo Penal, inserido pela Lei de Crimes Fiscais)

    52 e 53

    No encaminhamento do Relatrio Resumido da Execuo Oramentria-RREO.

    Comunicao ao Cadastro Nacional das Transferncias Voluntrias; o Municpio fi ca impedido de receber transferncias voluntrias enquanto perdurar a omisso.

    54 e 55 No encaminhamento do Relatrio de Gesto Fiscal.

    Multa de 30% sobre os vencimentos anuais (art. 5, I da Lei de Crimes Fiscais)

    16. LEI FEDERAL DE CRIMES FISCAIS N 10.028/00 - PUNIES PELO NO CUMPRIMENTO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

    Essa Lei introduz dispositivos no:

  • 49

    1) Cdigo Penal (inseres no artigo 359-A at o artigo 359-H);

    2) Decreto Lei n 201/67; e,

    3) Tipifi caes introduzidas pela prpria Lei de Crimes Fiscais

    1 - Incluses no Cdigo Penal

    Infrao Referncia Artigo no Cdigo Penal Pena

    Ordenar operao de crdito sem autorizao legislativa ou que supere os limites esta belecidos na Resoluo do Senado

    art.30 da LRF 359 -A Recluso de 01 a 02 anos

    Inscrever Despesa em Restos a Pagar sem prvio empenho e/ou superando limite legal

    arts. 60 da Lei Federal n 4.320/64 e 42

    da LRF

    359 -BDeteno de 06 meses a 02

    anos

    Assumir obrigaes nos 08 ltimos meses do mandato sem cobertura de caixa

    art. 42 da LRF 359 -C Recluso de 01 a 04 anos

    Ordenar despesa no autorizada por lei

    arts. 15, 16 e 17 da LRF 359 -D

    Recluso de 01 a 04 anos

    Prestar garantia em operao de crdito sem que tenha sido constituda contragarantia em valor igual ou superior

    art. 40 LRF 359 -EDeteno de 03 meses a 01

    ano

    Deixar de cancelar o montante de Restos a Pagar inscrito em valor superior ao permitido em lei

    art. 42 da LRF 359 -FDeteno de 06 meses a 02

    anosAumentar despesa com pessoal nos ltimos 180 dias do mandato

    art. 21, par-grafo nico, da

    LRF359 -G Recluso de 01 a 04 anos

    Ofertar ttulos pblicos sem autorizao legislativa e sem registro no SELIC (Sistema Especial de Liqidao de Ttulos em Custdia) do Banco Central

    359 H Recluso de 01 a 04 anos

    2 - Incluses no Decreto Lei n 201/67

    O artigo 1 do Decreto Lei n 201/67 defi ne os crimes de res-

    ponsabilidade dos Prefeitos Municipais, sujeitos ao julgamento do

    Poder Judicirio, independentemente da manifestao da Cmara.

    Em carter defi nitivo e irrevogvel, a condenao acarreta perda

    de cargo e inabilitao por 5 anos para exerccio de cargo ou fun-

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 50 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    o pblica, sem prejuzo das aes penais. Abaixo, as incluses da

    Lei Federal n 10.028/00 no Decreto Lei n 201/67:

    Infrao RefernciaDeixar de ordenar a reduo do montante da dvida consolidada que ultrapassar o limite fi xado pelo Senado Federal (inciso XVI)

    Art. 30 da LRF

    Autorizar abertura de crdito em desacordo com os limites determinados pelo Senado, sem fundamento na lei oramentria (inciso XVII)

    Art. 30 da LRF

    No cancelar operao de crdito, indevidamente contratada (inciso XVIII) Art. 33, 1, da LRF

    No quitar, integralmente, operao de crdito por antecipao da receita oramentria (ARO) at o encerramento do exerccio fi nanceiro (inciso XIX)

    Art. 38, II, da LRF

    Ordenar emprstimos para outro ente federado (inciso XX) Art. 35 da LRFCaptar recursos a ttulo de antecipao de tributos, cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido (inciso XXI) Art. 37, I, da LRF

    Utilizar recursos de ttulos pblicos em fi nalidade diversa daquela constante na lei autorizadora (inciso XXII)

    Art. 33, do ADCT, da CF

    Conceder ou receber transferncia voluntria em desa-cordo com condies estabelecidas em lei (inciso XXIII) Art. 25 da LRF

    3 - Tipifi caes Introduzidas pela Lei de Crimes Fiscais

    O artigo 5 da Lei Federal n 10.028/00 tipifi cou quatro infra-

    es administrativas contra as fi nanas pblicas. Todas as tipifi -

    caes abaixo sero punidas com multa de 30% dos vencimentos

    anuais do agente que lhes der causa. Tais desvios sero processa-

    dos e julgados pelo Tribunal de Contas do Estado.

    Infrao RefernciaDeixar de enviar ou de divulgar o relatrio de

    gesto fi scal, nos prazos e condies estabelecidos em lei

    Arts. 54 e 55 da LRF

    Apresentar LDO sem o Anexo de Metas Fiscais Art. 4, 1, da LRFNo limitar a expedio de empenhos e a

    movimentao fi nanceira, nos casos estabelecidos em lei

    Art. 9 da LRF

    Deixar de adotar medidas para se reduzir a despesa com pessoal que superou os limites mximos Arts. 23 e 70 da LRF

  • 51

    17. RESTRIES PARA FINAL DE MANDATO

    17.1. Lei de Responsabilidade Fiscal

    SITUAO RESTRIO DA LRF Art. da LRFAtos que resultem em aumento

    das despesas com pessoalConsiderados nulos a partir dos 180 dias anteriores ao fi nal de mandato (05/5 a 31/12)

    21, pargrafo nico

    Prazo de adaptao, de 8 meses, para a Prefeitura ajustar-se aos limites da despesa com pessoal

    No ltimo ano do mandato, esse prazo no ser concedido. As penalidades aplicam-se de imediato.

    23, 4

    Contratao de ARO Operao de Crdito por Antecipao da

    Receita

    Vedada no ltimo ano de mandato. 38, IV, b

    Inscrio em Restos a Pagar Nos ltimos 8 meses, assuno de compromissos

    precisam de suporte fi nanceiro.

    42

    Prazo de 12 meses para o ente se ajustar aos limites da dvida

    consolidada

    No concedido no ltimo ano de mandato. 31, 3

    17.2. Lei EleitoralA Lei n 9.504 de 30 de setembro de 1997, estabelece normas

    para as eleies, dentre elas, destacamos as proibies capituladas

    em seu artigo 73:

    So proibidas aos agentes pblicos, servidores ou no, as se-

    guintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades

    entre candidatos nos pleitos eleitorais:

    I - ceder ou usar, em benefcio de candidato, partido poltico ou

    coligao, bens mveis ou imveis pertencentes administrao

    direta ou indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos

    Territrios e dos Municpios, ressalvada a realizao de conveno

    partidria;

    II - usar materiais ou servios, custeados pelos Governos ou

    Casas Legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas nos

    regimentos e normas dos rgos que integram;

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

  • 52 CARTILHA DE ORIENTAO AOS PREFEITOS MUNICIPAIS 2008

    III - ceder servidor pblico ou empregado da administrao dire-ta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus servios, para comits de campanha eleitoral de candi-dato, partido poltico ou coligao, durante o horrio de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;

    IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candida-to, partido poltico ou coligao, de distribuio gratuita de bens e servios de carter social custeados ou subvencionados pelo Poder Pblico;

    V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios difi cultar ou impedir o exerccio funcional e, ainda, ex offi -cio, remover, transferir ou exonerar servidor pblico, na circuns-crio do pleito, nos trs meses que o antecedem e at a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:

    a) a nomeao ou exonerao de cargos em comisso e desig-nao ou dispensa de funes de confi ana;

    b) a nomeao para cargos do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos rgos da Presidncia da Repblica;

    c) a nomeao dos aprovados em concursos pblicos homolo-gados at o incio daquele prazo;

    d) a nomeao ou contratao necessria instalao ou ao funcionamento inadivel de servios pblicos essenciais, com prvia e expressa autorizao do Chefe do Poder Executivo;

    e) a transferncia ou remoo ex offi cio de militares, policiais civis e de agentes penitencirios;

    VI - nos trs meses que antecedem o pleito: a) realizar transferncia voluntria de recursos da Unio aos

    Estados e Municpios, e dos Estados aos Municpios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigao formal preexistente para execuo de obra ou servio em andamento e com cronograma prefi xado, e os destina-dos a atender situaes de emergncia e de calamidade pblica;

    b) com exceo da propaganda de produtos e servios que te-nham concorrncia no mercado, autorizar publicidade institucio-nal dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos

  • 53TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SO PAULO

    pblicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas en-tidades da administrao indireta, salvo em caso de grave e urgen-te necessidade pblica, assim reconhecida pela Justia Eleitoral;

    c) fazer pronunciamento em cadeia de rdio e televiso, fora d