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1 Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006/07 entrevista 5 Dr. JOÃO CURTO Director da Unidade de Desabituação do IDT de Coimbra contratação CONTRATAÇÃO PARA TODOS, É O NOSSO OBJECTIVO CONSELHO NACIONAL APROVA ORÇAMENTO E PLANO DE ACTIVIDADES 2007 horas livres 12 ROTA DA FARINHA E DA BROA Passeio Etnográfico VISITA AO AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES 8 2007, Ano de Recuperação ? MAG 9

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1Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006/07

entrevista5

Dr. JOÃO CURTODirector da Unidade de Desabituação do IDT de Coimbra

contrataçãoCONTRATAÇÃO PARA TODOS, É O NOSSO OBJECTIVO

CONSELHO NACIONAL APROVA ORÇAMENTO E PLANO DE ACTIVIDADES 2007

horas livres12

ROTA DA FARINHA E DA BROAPasseio Etnográfico

VISITA AO AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

8

2007, Ano de Recuperação ?

MAG9

2 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

Com a entrada de um novo ano, repetem-se e permutam-se os votos de felicidade para os 12 meses que se seguem. A Administração do Grupo CGD não fugiu a esta regra de bom comportamento social e lá compareceu a distribuir prodigamente os seus votos.

Assim e renovados que estão os sentimentos de esperança no surgimento de condições que conduzam a uma vida me-lhor, para todos, distribuem-se os desejos de uma justiça mais célere e mais justa, de um apoio efectivo na saúde, de uma melhor educação, mas também de uma maior igualdade na distribuição da riqueza que todos produzem, de modo a que a solidariedade e a fraternidade deixem de ser palavras vãs em Portugal.

A CGD, que ao longo da sua existência sempre soube cultivar internamente uma atitude de solidariedade e de aproximação entre os milhares de trabalhadores que a integravam, começou ultimamente a perfilhar as ideias neoliberais que ignoram e repudiam tudo o que “cheire” a preocupações sociais e que perfilham a desigualdade e o nepotismo como os seus mode-los de gestão.

Esta constatação explica muitas das preocupações e dos ner-vosismos que começam a proliferar entre os trabalhadores do Grupo e muito especialmente no seio das Agências da CGD. O preocupante número de situações de baixa por doença, em que as depressões e outras afecções de ordem psíquica são dominantes e com tendência para aumentarem, mostra bem que a gestão tem de rever a sua política social, de inverter o seu caminho e de regressar ao modelo que ao longo de ge-rações a Empresa cultivou e que a tornaram a Instituição de referência do sistema financeiro em Portugal.

É com esta expectativa positiva que devemos encarar o ano de 2007, acreditando que os tempos das desigualdades e das injustiças vão ser ultrapassados, que os trabalhadores vão voltar a ser reconhecidos como o principal activo do Grupo CGD e que um novo ciclo de esperança se vai iniciar.

A melhoria do nível de vida de todos e as medidas de âmbito social que nos comecem a aproximar, de facto, da realidade europeia é o que queremos esperar de 2007.

índice

CAIXA ABERTA Nº13NOVEMBRO - DEZEMBRO - JANEIRO 2006 / 07

caixa sindical

editorial

2007, ANO DE RECUPERAÇÃO ?

10 • O STEC CONTINUA A CRESCER• TRABALHO SUPLEMENTAR NÃO REMUNERADO

caixa entrevista5 • Dr. JOÃO CURTO - DIRECTOR DA UNIDADE DE DESABITUAÇÃO DO IDT DE COIMBRA

caixa com história3 • A HISTÓRIA DO COMPUTADOR

caixa opinião11 • REFERENDO NACIONAL - 11 FEVEREIRO DE 2207

caixa cultural13 • DIVULGAÇÃO

caixa horas livres12 • ROTA DA FARINHA E DA BROA - Passeio Etnográfico• VISITA AO AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

caixa protocolos14 • PROTOCOLOS

caixa protocolos16 • INSÓLITO• CONT(R)A-CORRENTE

caixa contratação8 • CONTRATAÇÃO PARA TODOS, É O NOSSO OBJECTIVO

caixa MAG9 • CONSELHO NACIONAL APROVA ORÇAMENTO E PLANODE ACTIVIDADES PARA 2007

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3Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

agilidade que conferiu ao processo, a má-quina deste americano trazia consigo a ideia de cartões perfurados para amaze-nar dados. Ou seja, os cartões perfurados seriam naquela época algo parecido ao que são agora as disquetes (guardadas as devidas proporções).

Mas um problema que estes computado-res mecânicos apresentavam, é que as suas engrenagens eram muito numero-sas e complexas. Por conta disso, em 1903, é proposto um computador 100% electrónico, e que utilizava a álgebra bo-oleana. A álgebra booleana é a famosa álgebra binária, do verdadeiro ou falso, do 0 ou 1, e é a base de todos os siste-mas computacionais de hoje em dia.

Computador, é “aquele ou o que faz cômputos, que calcula”. Na verdade, originalmente, o termo referia-se a uma profissão, à pessoa que contava e que, no início, eram, predominantemente, mulheres.

A HISTÓRIA DO COMPUTADOR

história

dade europeia da época. Segundo obser-vou Babbage, as operações matemáticas repetitivas poderiam ser desenvolvidas com mais agilidade e confiabilidade pelas máquinas do que pelos homens. Estimulado por isso, ele idealizou uma máquina a vapor, que seria capaz de re-alizar cálculos matemáticos mais comple-xos do que as quatro operações aritméti-cas básicas. Esta máquina, maior do que uma locomotiva, nunca foi construída na prática, mas as ideias do seu idealizador foram fundamentais para os progressivos avanços na computação mecânica.

Em 1889, Herman Hollerith, inventor americano, e fundador da empresa que deu origem à IBM, estava às voltas com um problema norte-americano: estava a ser realizado um censo demográfico no país, mas temia-se pela quantidade de tempo necessário para apurar todos os resultados desejados. Para piorar o caso, no censo realizado 10 anos antes, foram necessários sete anos para se chegar aos reultados pretendidos.Por conta disso, acreditava-se que, para este novo censo, seriam necessários 10 anos de análise.

No entanto, com a máquina inventada por Hollerith, o resultado do censo foi apu-rado em apenas seis semanas. Além da

Hoje em dia, as operações que podem ser realizadas por um computador vão bem além das contas “triviais” que marcaram o seu início, e que motivaram a sua construção.Historicamente, o primeiro artefacto humano utilizado para re-alizar contas foi o ábaco. A sua origem remonta à Ásia Menor, 300 anos A.C. Existiram várias formas de ábacos, idealizados pelas várias culturas em que foram usados/criados. No entanto, o seu uso sofreu franca diminuição, sobretudo na Europa, a partir da consolidação do uso do papel e da caneta.

Seguindo a linha histórica, e lidando com “engenhocas” mais sofisticadas, é criada por Pascal, em 1642, a primeira máquina de calcular de que se tem notícia. Ela funcionava através de engrenagens mecânicas, e conseguia realizar somente a soma. No entanto, 52 anos depois, Leibniz aprimora o invento de Pascal, de tal forma que a nova “calculadora” mecânica já era capaz de realizar a multiplicação, além da soma.

Apesar disso, é somente a partir de 1820 que as máquinas de calcular mecânicas começam a ser amplamente utilizadas. Já nesta época, Charles de Colmar in-venta uma nova calculadora, que conse-gue realizar todas as quatro operações aritméticas básicas: soma, subtração, divisão e multiplicação.E este era o estágio em que se estava até a I Guerra Mundial, na era da com-putação mecânica.

Mas o início real do desenvolvimento dos computadores como os conhecemos hoje deve-se a Charles Babbage, ma-temático inglês que, em 1812, percebe uma “harmonia natural entre máquinas e matemática”.

Não se deve perder de vista que Babbage vivia no contexto da Revolução Industrial Inglesa, que estava mudando radicalmen-te a forma de ver, pensar e agir da socie- continua

A "Pascaline" aberta, revela as engrenagens e cilindros que rodavam de modo a apresentar o resultado numérico.

Um tipo de cartão perfurado, utilizado para armazenar dados ou introduzi-los nos "computadores" .

4 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

Mas se os computadores, como aconte-ceu, se foram tornando mais poderosos e utilizados, também cresceu enormemen-te a quantidade de dados espalhados pelo mundo, e a necessidade/possibili-dade de pessoas se comunicarem com outras virtualmente (à distância). Esta é a base, então, do surgimento e da consolidação do uso das redes de computadores, e da internet, no mundo de hoje.

retirado dos siteswww.abacohp.hpg.com.brwww.computersciencelab.com

com o tempo, as liguagens foram se tor-nando mais claras para os homens, o que motivava a utilização do computador por mais gente.

O último marco nesta evolução, para che-garmos aos computadores como os co-nhecemos hoje, foi a invenção dos siste-mas operacionais, dos quais o Windows é um exemplo. Estes sistemas permitem que vários programas estejam a correr ao mesmo tempo, conferindo grande flexibi-lidade ao uso do computador.

Por conta disso tudo, os computadores começaram a tornar-se mais baratos, mais “amigáveis” e mais “úteis” às pes-soas comuns. Por isso, sobretudo a partir da década de 80, os computadores come-çaram a popularizar-se, e hoje são uma realidade para milhões de pessoas no mundo inteiro.

história

Mas foi a partir da II Guerra Mundial que o desenvolvimento dos computadores elec-trónicos ganhou mais força, quando os governos perceberam o potencial estraté-gico que estas máquinas ofereciam.Assim, os alemães desenvolveram o Z3, computador capaz de projectar aviões e mísseis. Pelo lado britânico, foi desenvol-vido o Colossus, utilizado para a decodi-ficação das mensagens alemães.

ENIAC:Com o fim da guerra, e o início da Guerra Fria, a corrida pelo desenvolvimento de novos e mais poderosos computadores aumentou. Um marco neste desenvolvi-mento foi a construção do ENIAC. Ele era tão grande, que consumia energia equi-valente a um bairro inteiro da cidade de Filadélfia. A importância do ENIAC é que ele, diferentemente de todos os computa-dores que foram desenvolvidos anterior-mente, não era destinado a uma opera-ção específica (projectar aviões/mísseis, ou decodificar códigos), mas poderia ser usado de maneira geral, parecido com o que fazem os computadores hoje.

Em meados dos anos 40, John von Neu-mann, juntamente com uma equipa da Universidade da Pensilvânia, propõe a arquitectura de computadores, que mar-caria (e alavancaria) o desenvolvimento destas máquinas até aos dias de hoje. Esta arquitectura era formada por uma unidade que centralizaria o processa-mento da máquina (a CPU), e por uma outra que armazenaria os programas (as funções a serem realizadas), que era a unidade de memória.

Com o tempo, os componentes do com-putador foram mudados das dispendiosas válvulas, para os mais baratos, económi-cos e “miniaturizáveis” transistores. Com isso, os computadores puderam diminuir de tamanho, e consumir menos energia. Isto tornava-os mais acessíveis, física e economicamente, para outras pessoas e instituições.

Além disso, para fazer com que a máquina executasse as funções que se desejava, era necessário que isto “lhes fosse infor-mado”. Da mesma forma como uma pes-soa se comunica com outra, através de alguma linguagem (oral, escrita ou gestu-al) que ambas dominam, era necessário que o programador “comunicasse com a máquina” através de uma linguagem que os dois “entendessem”.Nos primeiros computadores, esta lin-guagem era demasiadamente complica-da para os seres humanos. No entanto,

continuação

Uma vista do ENIAC - Electronic Numerical Integrator and Calculator.

A reprogramação do ENIAC podia envolver "longos passeios".

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entrevista

heroína ou cocaína. Não é uma linha di-recta, isso não é verdade. No entanto os consumidores de drogas “duras”, esses sim, fizeram um percurso prévio de con-sumos mais ´leves´. No caso dos jovens, como ainda não têm a sua personalidade estabilizada, notam-se muitas alterações de comportamento.Seja pela falta de rentabilidade nos estu-dos, pelo incumprimento de horários, às vezes o desleixo em casa (não arruma o quarto, etc), chegando mesmo ao ponto do desleixo com a higiene pessoal. Há ainda alterações ao nível da psique do indivíduo - a pessoa torna-se irascível, principalmente em relação aos familiares e pessoas mais próximas, já que é aí, também, que existe maior proximidade e confiança. Podem ainda notar-se al-terações nas amizades ou tendência ao isolamento.Em resumo, começamos a ver alterações de comportamento ao nível pessoal e re-lacional, ao nível da atitude. Por aqui se começa a notar que algo não está bem, se as pessoas estiverem atentas. Fisi-camente, apesar de menos expressivos, também há sinais como o emagrecimento e a expressão no olhar.Quanto aos meios, até os considero su-ficientes. Como já referi atrás não se fa-zem as campanhas apropriadas, já que os meios existem. A prevenção deve ser feita em conjunto com a prevenção geral de saúde, ou seja, quando se faz preven-ção ela não deve ser logo direccionada para as drogas ou toxicodependência, antes, deve ser feita na educação e na promoção da saúde das pessoas. Logo, na escola primária, deve estimular-se o que faz bem, na saúde, no divertimen-to com prazer, na ligação aos outros, é aí que, idealmente, começa a ser feita a prevenção. Muitas vezes não se faz cor-rectamente, talvez por falta de formação adequada e disponibilidade dos educa-dores.A prevenção dirigida a determinadas zo-nas ou populações, no caso das drogas, precisa de estar mais atenta às mudan-ças nos padrões sociais, talvez mesmo mais refinada. O que aconteceu com a publicidade ´a droga mata´, foi um fra-casso, os miúdos deixaram de ter medo ou aversão e passaram a ter curiosidade e fascínio, por isso se prescindiu desse tipo de publicidade. Hoje focam-se mais

Dr. JOÃO CURTODirector da Unidade de Desabituaçãodo Instituto das Drogas e Toxicodependência - Coimbra

O uso e abuso de substâncias lícitas ou ilícitas acaba, inevitavelmente, em dependência, afectando a saúde e qualidade de vida do próprio e de quem o rodeia.Pela sua experiência, considera que a comunidade - família, escola, local de trabalho - está suficientemente atenta a esta questão ou ainda se verifica um choque, quando o problema é "descoberto"?JC: É um facto que ainda se verifica

um choque, ou seja, como a toxicode-pendência ainda é uma área marginal, de grandes atribulações, de evolução longa, quando a família, amigos ou colegas to-mam conhecimento, ainda acontece es-tupefacção, pelo inesperado, em relação a quem lhe está próximo. É um problema real, apesar de, hoje em dia, as famílias e as pessoas em geral estarem mais bem informadas, mas quando é o nosso filho, amigo, colega, fica-se realmente choca-do. Sobre a informação, hoje quem a quer ter tem-na, e tem nos dois sentidos - posi-tivo e negativo. No sentido positivo pode aceder à informação preventiva, técnica e profissional, sob o ponto de vista da ajuda que pode ser dada. Tem havido muitas campanhas, umas mais bem conseguidas do que outras, mas, de alguma forma, há muita informação espalhada. Pode é não estar sistematizada e correctamente diri-gida, mas isso já é um problema que diria respeito aos especialistas dessa área, de apurarem a informação que se pretende passar para o público. Também aqui os meios de comunicação social são funda-mentais. Nem sempre estes meios difundiram esta problemática da melhor forma; lem-bro-me daquela imagem clássica em que aparece uma pessoa a injectar-se, com a seringa na mão ou a queimar o produto na colher. Essa imagem, que até na te-levisão aparecia, nunca foi, a meu ver, a melhor forma de alertar.Depois temos a informação negativa, como o que se passa na Internet. Há Sites que explicam como se consome e

até como se fazem, caseiramente, es-sas substâncias. Hoje, os consumos das substâncias de abuso, genericamente, sejam ilícitas ou lícitas, estão muito as-

sociados à aceleração da sociedade de consumo (como qualquer outro produto “fascinante”) que, praticamente, transfor-ma uma substância em si mesma num consumo que se julga dar mais capaci-dade disto ou daquilo, transformando a pessoa, desinibindo-a, tornando-a mais sociável. Por exemplo as novas drogas estão muito associadas aos meios sociais onde os jovens se encontram, como as raves, festas, discotecas, bares, existindo até uma ligação de certos locais a certas drogas - num local consome-se a droga X, noutro local já é a Y, isto funciona com promoção própria, como se a ´moderniza-ção´ da pessoa, dependesse, para estar ´in´, de consumir alguma coisa.

Quais são os sinais que alertam para o que poderá acontecer, que possam ajudar à prevenção? Os meios que têm sido usados na prevenção são suficientes e eficazes ou deveriam ser mais vísiveis?JC: Habitualmente os consumos co-

meçam na adolescência, entre os 13/15 anos, com o álcool, haxixe, ecstasy e outros estimulantes. Isto não quer dizer que quem começa assim acaba, forçosa-mente, nas drogas mais “duras”, como a

Dr. JOÃO CURTODirector da Unidade de Desabituação

do IDT - Coimbra

continua

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os valores saudáveis da vida, ensina-se a pessoa a aproveitar as coisas boas da vida, numa perspectiva pessoal e social.E não falo só em termos de coisas ma-teriais, falo do espírito, do divertimento, do lazer.

Nota que existe algum sentimento de pseudo-controle que se julga ter sobre o consumo, como uma ideia de que se pode parar quando se quer?...JC: Quando assim é, ainda se torna

mais difícil intervir. A própria adolescên-cia, que é onde se processam a maior parte das novas experiências, é uma ida-de já por si instável, não havendo uma definição de identidade própria, ou seja, há uma tentativa de afirmação de todos os indivíduos, um procura de individua-ção que está por fazer - nessa fase “es-tamos sujeitos ao dom da evidência”. Há profissionais que intervêm nessa área, tentando que os adolescentes não se agarrem a amuletos, soluções mágicas. É uma luta contra a socialização do tal con-sumo, porque a pressão do grupo está lá: - “não faz mal, é só uma pastilha, ficas até animado toda a noite, isto depois passa, a gente deixa quando quiser...”Esta mentalidade está muito associada à vida de hoje, da noite, do momento, dos locais de lazer que proliferam por aí. O mercado invadiu também o divertimento, a sua parte social... por isso hoje torna-se essencial sensibilizar os empresários da noite, para que eles próprios impeçam que os seus estabelecimentos se tornem locais de troca de substâncias de abuso.

Uma vez detectada a dependência, a quem/onde pode o doente dirigir--se, com vista a um tratamento ou internamento, se este chegar a ser necessário?JC: O doente pode dirigir-se à rede

de Unidades do Estado, CAT's, (que vão agora mudar de nome...) que é gratuita, e em algumas regiões às Instituições Priva-das de Solidariedade Social e Equipas de Rua. Um familiar, um amigo, um colega pode também vir pedir informação. Claro que, muitas vezes, há um certo constran-gimento em se dirigirem a estas Institui-ções, não querem ser estigmatizados ou rotulados. Existem também as linhas te-lefónicas de ajuda - Linha Vida. No caso de se dirigirem aos CAT´s é feito o aten-dimento à pessoa e familiares, marcadas consultas e acordado um plano terapêu-

tico. Compreensivelmente para as pes-soas mais chegadas ao doente trata-se de um grande drama, o que pode levar a atitudes muito conflituosas.A ajuda especializada não substitui uma conversa franca e directa se existem in-dícios de consumos, procurando estar informado e atento. Naturalmente, se se está perante uma dependência instalada a ajuda especializada torna-se imperio-sa, eventualmente pode chegar ao inter-namento ou encaminhamento para uma comunidade terapêutica, nos casos em que outras técnicas de intervenção se mostram já insuficientes. Mas quero fri-sar que a maior parte do tratamento se faz em ambulatório.

Que taxas de sucesso na recuperação se conseguem, se é que há estatísticas, do acompanhamento dos casos?JC: Tem-se a ideia de que a taxa de

sucesso na recuperação de toxicodepen-dentes é sempre baixa. Mas não devem ser só os números que nos devem norte-ar, porque então nunca interviríamos. O resultado não pode ser só medido pela quantidade de indivíduos que recuperam do abuso de substâncias. A toxicodepen-dência tem à sua volta uma panóplia de efeitos que compromete a interacção com o resto da sociedade - famílias, empre-go, estudos. Estamos a falar duma das doenças mais complexas e que mobiliza meios muito diversificados (Saúde, Justi-ça, Serviço Social, Educação, Finanças, etc.), cujo conhecimento científico está

longe duma compreensão completa, e fa-lamos duma população maioritariamente jovem. Por isso, devemos pensar o que seria se não houvesse ajuda especializa-da. Mesmo que apenas se conseguisse recuperar um em cada cem, já teria vali-do a pena. Em termos médios poderá fa-lar-se de uma taxa de recuperação entre 30 a 40% /ano, o que já considero muito bom. Quem já é dependente, dificilmente sairá dessa situação sem ajuda médica especializada.

Na sua opinião, as ´salas de chuto´ diminuem as doenças e o consumo das várias drogas? O que nos pode dizer sobre a legalização e despenalização de consumos?JC: Quanto às salas de consumo as-

sistido concordo plenamente. São uma forma de evitar problemas derivados dos consumos de rua, em que, devido às más condições de higiene e conspurcação conduzem ao aparecimento de doenças graves, nomeadamente o HIV.É uma forma de minimizar os possíveis danos numa certa população toxicode-pendente, evitando maior degradação. Para além disso, um dos objectivos des-tas salas é actuar junto de pessoas que não recorrem logo aos centros de aten-dimento, podendo estes espaços servir para sensibilização e esclarecimento dos utentes quanto a um possível programa de tratamento. Temos que distinguir en-tre legalização e despenalização. Sou, por exemplo, a favor de tratamentos com heroína para tratamento de determinados

entrevista

continuação

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7Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

Dr. João Curto

casos de heroínómanos, de programas controlados, temporários, mas não de uma legalização de acesso público. Não estamos a falar de distribuir heroína ao acaso, mas com prescrição médica. Há sempre a esperança de um tratamento resultar.A legalização, em termos de mercado, do consumo de haxixe, não seria um proble-ma. O problema reside no controlo aper-tado de quem vende, a quem se vende e como se vende. Nunca poderia ser tão simples como a compra de um maço de cigarros. O impacto da cannabbis não pode ser comparado ao da nicotina. Teria de haver informação complementar so-bre este tipo de consumos. Enfim, teria que existir clara definição de regras. Aqui podemos aproveitar experiências já exis-tentes, como por exemplo na Holanda.Quanto à despenalização, um consumi-dor de substâncias de abuso necessita de ajuda com profissionais de saúde. Um toxicodependente é um doente.Despenalizamos o consumo, não os cri-mes praticados em nome desse consu-mo.

Nota algumas diferenças entre o doente/utente dos Serviços por onde tem passado, desde há 20 anos atrás até hoje?JC: Nos primeiros tempos (quase há

vinte anos) em que entrei para este Ser-viço, notava-se que eram as pessoas com mais posses que mais consumiam drogas. Agora está generalizado, pois o tráfico e a oferta proliferaram. Facil-mente se encontram locais onde adqui-rir, como podemos ver pela quantidade e frequência das apreensões. No entanto assistimos a uma diminuição de novos consumidores de heroína principalmente injectável, mas a um aumento do con-sumo de álcool e cocaína, muitas vezes associados.Os nossos utentes mudaram, quer na forma como consomem quer nas subs-tâncias. Hoje em dia atendemos os he-roinómanos, gente até com 50 anos, que nunca abandonaram, como os novos con-sumidores de outro tipo de substâncias, que surgiram entretanto (como o ecstasy e outras pastilhas) muitas vezes associa-dos ao álcool e à cocaína, produtos que aumentaram a sua disseminação. Há vin-te anos atrás as pessoas consumidoras imaginavam a diferença, a libertação, as aventuras do cérebro, hoje a novidade, a displicência, as aparências.

Como lidar com o doente após a recuperação? Tem conhecimento de dificuldades na reintegração nos locais de trabalho, quando o doente já tinha emprego?Ao nível da legislação existente, considera que é suficiente o que temos, ou deveriam ser dados outros passos? JC: A minha experiência pessoal diz-

-me que há sempre dificuldades. Normal-mente os utentes que nos aparecem, ou perderam trabalho, ou deixaram os estu-dos, ou têm trabalhos precários. Nestes casos a reintegração é sempre difícil. Os empregadores ainda têm muita dificulda-de em aceitar este tipo de pessoas como empregados. Neste capítulo há ainda muito a fazer no sentido de sensibilizar o mundo de trabalho e os empresários, e ao mesmo tempo oferecer um apoio mais próximo através dos centros de toxicode-pendência.Existe um programa público, chama-do ´VIDA EMPREGO´ que é promovido pelo IEFP, que, através de estágios, faz a reinserção social e profissional como parte integrante do processo de trata-mento. Estes estágios têm por objectivo a inserção na vida activa de toxicodepen-dentes em recuperação ou recuperados, através de uma formação prática em con-texto real de trabalho. Este programa, na minha opinião, peca por falta de maior

proximidade no acompanhamento espe-cializado, ou seja, não há dados quanto às dificuldades de percurso, nem quanto aos resultados conseguidos.

Para concluir, com tantas dificuldades que esta temática levanta temos que nos resignar à ideia de que a toxicodependência é um problema sem solução ou podemos esperar, um dia, uma cura milagrosa?JC: Não se pode dizer que este é um

combate sem fim, mas podemos dizer que é um combate longo. Para já, não há uma receita milagrosa, definitiva. Neste momento, apesar dos avanços no conhe-cimento do Sistema Nervoso Central (sa-bemos por ex. alguns dos mecanismos cerebrais envolvidos nas dependências), ainda nos falta conhecer por ex. por que perdura o desejo do consumo. No entan-to, um dia podemos vir a conhecê-lo de tal forma que nos permita arranjar meca-nismos de actuação mais eficazes.

Mais informações sobre o IDT, emwww.idt.pt

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no caminho de aproximação às condições contratuais que vi-goram na Empresa leader do Grupo.

Relativamente a outras Empresas do Grupo, onde temos asso-ciados e onde é manifesta uma saudável situação financeira, mas onde continua a não existir qualquer instrumento de re-gulamentação colectiva, o STEC já apresentou propostas de revisão salarial e vai continuar a insistir na abertura de nego-ciações que conduzam a um Acordo Colectivo de Trabalho.

Iniciamos assim 2007 com determinação e confiança, cons-cientes das dificuldades quanto ao objectivo a que nos propo-mos, mas, igualmente certos do apoio que os trabalhadores do Grupo CGD nos continuam, em crescendo, a manifestar.

contratação

CONTRATAÇÃO PARA TODOS,É O NOSSO OBJECTIVO

No final do passado mês de Novembro, o STEC apresentou à Administração da CGD a sua proposta de revisão do Acordo de Empresa que, desde Abril de 2005, vigora na Empresa.

Temos consciência da especial responsabilidade que o STEC tem nesta revisão, já que o Acordo de Empresa em vigor foi alcançado na sequência de um processo de contestação inter-na liderado pelo STEC e que pôs em causa matéria do Acordo assinado anteriormente, em Julho de 2003, pelos Sindicatos dos Bancários do Norte, Centro e Sul e Ilhas.

Partimos, assim, para estas negociações, com confiança e convictos de que, mais uma vez, soubemos apresentar uma proposta negocial inovadora, credível e equilibrada.

É cada vez mais um dado adquirido, o reconhecimento de que o mais importante activo de qualquer Empresa é o seu capital humano, são os seus trabalhadores. Ainda muito recentemen-te o actual Presidente da República veio a público reafirmá--lo. Vamos assim esperar que a Administração da CGD saiba reconhecer isto mesmo à mesa das negociações e tenha a atitude positiva que o empenho dos trabalhadores merece e os resultados da Empresa justificam.

O STEC está também a finalizar, para entregar muito em bre-ve, uma proposta de revisão do Acordo Colectivo de Trabalho que celebrou com várias das Empresas do Grupo CGD, no-meadamente Caixa Leasing & Factoring, Fundimo, Caixagest, CGD Pensões, Caixa Capital, Caixanet, Caixaweb, Imocaixa e Sogrupo IV. Aguardamos depois a resposta das várias Empre-sas a esta proposta, para dar início ao processo negocial que, esperamos, possa continuar a saldar-se em passos positivos

Foto de Arquivo - Negociações

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9Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

CONSELHO NACIONALAPROVA ORÇAMENTO E

PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2007

MAG

Reunião do Conselho Nacional

Dando cumprimento ao estabelecido no Artigo 27º dos Es-tatutos do STEC, vem a MAG dar conhecimento a todos os associados, das deliberações do Conselho Nacional, que decorreu em Lisboa, no dia 28 de Novembro de 2006.

Para além dos membros do Conselho Nacional, estiveram ain-da presentes, a convite da Direcção, representantes da Co-missão Nacional de Trabalhadores e da Direcção dos Serviços Sociais da CGD.

A MAG deu posse aos representantes dos reformados ao Conselho Nacional, eleitos em Assembleia Eleitoral de 20 de Novembro, bem como aos Delegados efectivos que ainda não tinham tomado posse. Depois de lida e aprovada a acta da reunião anterior, entrou-se na Ordem de Trabalhos:

PONTO 1Discussão e votação doRegulamento do Conselho Nacional

A proposta, distribuída antecipadamente pelos membros do Conselho Nacional, foi debatida, tendo, depois de prestados alguns esclarecimentos pela MAG, sido apro-vada por unanimidade.

PONTO 2Discussão e votação da proposta de Orçamentoe Plano de Actividades para o ano de 2007

A Direcção abordou os aspectos principais contidos na proposta do Plano de Actividades e Orçamento para 2007. Após diversas intervenções dos Conselheiros acerca da matéria em discussão e prestados os devidos esclarecimentos, o Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2007 foi aprovado por unanimidade.

PONTO 3Informações

A Direcção, por intermédio do seu Presidente, prestou diversas informações sobre os fundamentos e conceitos da proposta da nova tabela salarial para o ano de 2007, entregue à Administração da CGD, da qual foi dado co-nhecimento aos sócios, através do comunicado nº 23, de Dezembro de 2006.

PONTO 4Adenda

Foi apresentada pela Direcção a seguinte proposta:

- Considerando a evolução crescente de custos, do con-trato de locação financeira que o STEC tem com o Banco Comercial Português, com a finalidade da futura aquisi-ção de um imóvel para a sua nova Sede;

- Considerando, ao invés, que as aplicações financeiras do STEC na CGD, não estão a ter uma rentabilidade mi-nimamente correspondente ao aumento de custos atrás referidos;

- Considerando que, nestas circunstâncias, a manutenção de tal situação deixa de fazer qualquer sentido e é mes-mo contrária aos interesses do Sindicato.

O Conselho Nacional do STEC,reunido no dia 28 de Novembro de 2006 delibera:

1 - Autorizar a Direcção do STEC, a utilizar as verbas neces-sárias à renegociação do contrato de locação financeira existente entre o STEC e o BCP, relativamente ao prédio urbano sito na Praceta Machado de Assis número 1 à Rua Conde de Sabugosa, Freguesia de S. Jorge de Ar-roios, Concelho de Lisboa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lisboa sob o número 1147 e inscrito na matriz sob o artigo 567, de forma a permitir que, no mais curto espaço de tempo, o STEC adquira a proprie-dade deste imóvel.

2 - Logo que o STEC tome posse do imóvel, a Direcção fica igualmente autorizada a negociar um empréstimo para obras de adaptação destas instalações, referencia-das em um, até ao montante de setecentos mil euros, recorrendo à hipoteca do imóvel, ou, em alternativa, a um novo contrato de «leasing», consoante as condições apresentadas o aconselharem.

O Presidente da Direcção abordou os fundamentos da pro-posta apresentada. Seguiram-se diversas intervenções dos Conselheiros, solicitando alguns esclarecimentos, aos quais a Direcção respondeu.Não se verificando mais intervenções, a Mesa da Assembleia Geral pôs à votação a proposta da Direcção a qual foi aprovada por unanimidade.

Lisboa, 15 de Dezembro de 2006

A Mesa da Assembleia Geral

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TRABALHO SUPLEMENTARNÃO REMUNERADO

O STEC esteve presente na manifestação sindical de Estrasburgo

Nas deslocações aos locais de trabalho, que regularmente realizamos, é muito o alento e a motivação que aí continuamos a recolher, de apoio crescente a este projecto de sindicalismo que privilegia o contacto directo com os trabalhadores.

É também através destas visitas que logramos identificar os problemas e conhecer os anseios dos trabalhadores, o que nos permite a seguir encontrar as formas de intervenção e as soluções mais capazes de lhes responder positivamente.

Nos Açores e na Madeira onde nos deslocámos em Outubro, fomos recebidos de uma forma extremamente interessada, o que se traduziu num elevado número de adesões ao STEC e na eleição de diversos delegados sindicais. A semente que deixámos nesta primeira visita às Ilhas, já está entretanto a germinar e o exemplo disso são as várias sindicalizações que daí nos continuam a chegar.

sindical

O STEC CONTINUA A CRESCER

O STEC tem pautado a sua intervenção pelo dinamismo e pela prática de um sindicalismo de proximidade, que nos tem dado visibilidade e prestígio junto dos trabalhadores. Esta linha de conduta que temos vindo a perfilhar desde a nossa criação em Novembro de 2001, foi recentemente reforçada no programa da Direcção eleita em 2006 e continuará a ser praticado dentro das nossa possibilidades.

Assim, dentro em breve voltaremos a encontrar-nos.Até lá estaremos à disposição nos contactos habituais.

A situação do Trabalho Suplementar Não Remunerado continua a ser uma prioridade para o STEC.

Temos entretanto de ser justos e reconhecer que depois das várias formas de intervenção do STEC, junto da Administra-ção, da Inspecção Geral do Trabalho e fundamentalmente pela denúncia das situações através da informação, a situação na CGD melhorou significativamente.

Contudo, em alguns locais de trabalho das empresas do gru-po CGD esta prática persiste com contornos éticos e legais graves, tendo, por isso, o STEC participado à Inspecção Geral do Trabalho e ao Ministério Público das respectivas comarcas, os locais de trabalho prevaricadores.

O STEC está determinado a continuar esta luta contra o Trabalho Suplementar Não Remunerado, por várias e óbvias razões.

• O Horário de trabalho é para cumprir e não há nenhuma razão para ser aumentado;

• A Lei e os trabalhadores têm de ser respeitados;

• O trabalho suplementar define-se por ter natureza extraordinária;

• Trabalhar muitas horas não é sinónimo de trabalhar bem e conduz ao desgaste psicológico e físico dos trabalhadores;

• Os trabalhadores têm que poder conciliar o trabalho com o acompanhamento familiar e a sua vida privada;

• Quem gere tem de ser capaz, de organizar o trabalho de forma eficaz, com os meios ao seu dispor ou exigindo os meios adequados.

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11Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

TRABALHO SUPLEMENTARNÃO REMUNERADO

O STEC esteve presente na manifestação sindical de Estrasburgo

REFERENDO NACIONAL11 de Fevereiro 2007

opinião

Pergunta do Referendo:

Concorda com a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), se realizada, por opção da mulher, nas dez primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

ALGUNS ARGUMENTOS PARA A DEFESA DA DESPENALIZAÇÃO DA IVGA legislação portuguesa - uma das mais retrógradas legislações penais da Europa - trata as mulheres que recorrem à interrupção voluntária da gravidez (IVG) como criminosas, sujeitando-as a serem punidas com pena de prisão até três anos. No entanto, as mulheres que decidem interromper uma gravidez continuam a fazê-lo, independentemente da lei, das suas crenças religiosas, das concepções filosóficas, das classes sociais ou das opções políticas ou partidárias respectivas. Em resultado, a saúde sexual e reprodutiva e mesmo a própria vida das mulheres que abortam (em particular das de mais fracos recursos económicos) são postas em causa pela ausência de alternativa ao aborto clandestino, correndo o risco de serem perseguidas e de verem a sua intimidade exposta na praça pública e nos bancos dos tribunais. Nos últimos anos, tem crescido o número de processos judiciais.

Fazem-se, por ano, milhares de abortos, em Portugal. E dado que os abortos clandestinos provocam mortes de mulheres, riscos de mortes e graves doenças físicas e psíquicas, tem de se concluir que a lei que ameaça as mulheres com penas de prisão não é adequada. Por outro lado, restringindo a liberdade da mulher, a lei restringe os seus direitos (o direito à saúde reprodutiva, o direito à maternidade consciente, o direito à liberdade de consciência, o próprio direito à sexualidade). O Estado não pode adoptar, na lei penal, códigos morais de alguns para os impor a todos os cidadãos, neste caso a todas as cidadãs. O Direito Penal não pode ser um direito moral. Ele deve permitir a convivência de todas as concepções perante a vida, quando elas não ponham em causa (como é o caso) a sociedade. Reclamamos uma lei que despenalize a IVG para que haja justiça. Uma lei que não obrigará ninguém a recorrer à IVG.

POR QUE ESTAMOS EM MOVIMENTO PELO SIM! À DESPENALIZAÇÃO DA IVG• Porque as principais razões que determinam o recurso à IVG

não estão contempladas na lei• Porque defendemos o fim da perseguição judicial às mulheres• Porque queremos acabar com o flagelo do aborto clandestino• Porque respeitamos a vida e queremos proteger a saúde da mulher• Porque uma lei de despenalização não se imporá à consciência

e à decisão de nenhuma mulher• Porque a IVG não é um método de planeamento familiar, mas um último recurso• Porque nenhum anticoncepcional é 100% seguro • Porque defendemos a maternidade e a paternidade livres, conscientes e responsáveis.

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VISITA AO AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRESUM PASSEIO HISTÓRICO, BELÍSSIMO E INESQUECÍVEL …

No dia de S. Martinho, cheio de sol, a fazer juz ao dito po-pular do Verão de S. Martinho, partiu o grupo do STEC, de trinta e uma pessoas, ao encontro da história do Aqueduto das Águas Livres, que se funde com a história do abastecimento de água à cidade de Lisboa e com a forma de vida da sua população.

Depois da deslocação em autocarro, partindo das Amoreiras, a visita iniciou-se em Caneças, local de convergência de vá-rias nascentes da região, canalizadas através das galerias do aqueduto, que se assemelham mais às alas de um convento do que a simples condutas de água. Os jogos de luz e sombra e a nobreza da pedra tocam a nossa imaginação e levam-nos até à “Rainha refresca-se”, reconstituição histórica (por um grupo de animação e teatro) das paragens de D. Carlota Joaquina para se refrescar, nas deslocações de Mafra a Sintra ou de Lisboa a Queluz.

Os participantes puderam ver e cumprimentar D. Carlota e o seu cocheiro-mor, habitual acompanhante da mesma, e tam-bém confraternizar com as lavadeiras de Caneças, que lhes ofereceram uma merenda de pão, queijo, castanhas, chouriço, uvas e água fresca servida directamente das bilhas de barro e água-pé apropriada ao dia, o que permitiu aguentar a fome até ao almoço. Durante o percurso a pé pelo cimo da arcaria do Vale de Alcântara, com 35 arcos, o maior dos quais tem 65 metros de altura e 29 de largura, o “terrível e histórico Diogo Alves”, perigoso salteador daqueles que entravam na cidade pelo aqueduto (último assassino a ser punido com a pena de morte em Portugal), ainda fez “das suas”, surpreendendo os que calmamente passeavam atentos à paisagem…O Aqueduto das Águas livres é classificado como monumento nacional, tem uma extensão de 58 Km e levou 102 anos a ser construído.

O passeio terminou com um almoço volante no Museu da Mãe d’Água, onde a Arte está sempre presente em exposições tem-porárias, num ambiente onde a água, a pedra, as condições acústicas e os efeitos de luz e sombra transmitem uma im-pressão de grandiosidade e uma vontade de voltar, a quem participou na visita.

Até sempre! E havemos de voltar!

horas livres

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13Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

O livro de Costa Neves “…é cheio de his-tórias de Amarante, do Covelo, de muitas partes da nossa cidade, onde se retratam muitas das figuras que por aí andaram nos tempos áureos (para o tempo) de Amarante e também de outras histórias onde se refere a sua vida na Caixa Geral de Depósitos, e daí o título. Quem o ler, vai recordar pessoas que conheceu, his-tórias em que tomou parte, vai chorar de alegria e de tristeza, vai rir, certamente noutras ocasiões e vai dizer, quando aca-bar de o ler, que valeu a pena alguém «vir a terreiro» com tanta coisa que estava esquecida…”Resta-nos agradecer ao Costa Neves e dizer-lhe que ficamos à espera do próxi-mo. Parabéns!

A Biblioteca de Autores e Assuntos Amarantinos é responsável pela edição do mais recente livro de Costa Neves – “Do Terreiro das Navarras ao Terreiro do Paço”.

Aposentado da Caixa Geral de Depó-sitos, onde trabalhou durante 36 anos, homem de ideias e de ideais, sobeja-mente conhecido, Costa Neves sempre desenvolveu intensa actividade, em es-pecial ao nível da intervenção política e cultural, sendo uma figura incontornável no universo dos que dedicam a vida a lutar por um mundo melhor.

DIVULGAÇÃONovo Livro de Costa Neves

cultural

Rota da Farinha e da Broa Passeio EtnográficoMarço. 2007

“Penacova é luz e penedia, com o que quer que seja de pirenaico, trazido às proporções da ternura e rusticidade portuguesa”. Vitorino Nemésio

Costa Neves colabora com diversos jor-nais, sendo colunista assíduo do Boletim dos Serviços Sociais da CGD.

Do jornal “Tribuna de Amarante” extra-ímos um excerto do artigo do jornalista António Pedro, sobre o livro de Costa Neves, que nos conta, com talento e emoção, Histórias do Covelo e outros “retratos” de uma vida tão vivida. Escreve António Pedro: “ António Peixo-to da Costa Neves, Costa Neves assim lhe chamam os grandes amigos, Né do Covelo, assim era conhecido nos seus tempos de rapaz pelos seus colegas de toda a espécie, quando se ganhavam e perdiam as “guerras” na ínsua dos Frades - o paraíso da ganapada…”

O STEC vai realizar no mês de Março, em dia ainda a confirmar, um passeio etnográfico com visita guiada a Penacova que inclui a ida ao Museu e Moinho Vitorino Nemésio e almoço regional junto ao rio Mondego.Da parte da tarde os participantes terão oportunidade de aprender ou reviver o fabrico tradicional da broa na região centro, na povoação do Lorvão, onde existe um forno comunitário com cerca de 600 anos de história, feito pelas Freiras do Mosteiro do Lorvão.Enquanto as broas cozem no forno, visitam-se moinhos em funcionamento na Serra de Gavinhos (moinhos de vento) ou na ribeira do Lorvão (moinhos de água). No final cada participante leva uma broa para casa e reali-za-se um lanche à porta do forno. Oportunidade ainda de conhecer o fabrico artesanal de palitos e o Mosteiro do Lorvão.

Mais pormenores sobre as inscrições, dia e preço por pessoa, serão divulgados em comunicado do STEC a sair brevemente.Fica atento!

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desporto e saúde

ensino

turismo

Apresentamos os novos protocolos estabelecidos entre o STEC e outras entidades. Para qualquer esclarecimento complementar é favor contactar a Sede, em Lisboa, ou as Delegações de Coimbra e Porto.

protocolos

DESCONTOS E CONDIÇÕES ESPECIAISPARA ASSOCIADOS DO STEC

CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO E CHECK-UP- Lisboa e Sintra

Clínica Diagnóstico e Check-Up - RomaAv. de Roma, 19 - 2º Esqº 1000-261 LISBOATel. 217 958 312 /3 /4

Clínica de Reabilitação de SintraRua Câmara Pestana, 31 A e B 2710-546 SintraTel. 219 233 100

Estas duas clínicas praticam, para os associados do STEC, seus cônjuges e filhos, a seguinte tabela de preços, para a especialidade de Psicologia Clínica: • 1ª Consulta – 40,00 € • Psicoterapia – 35,00 € • Massagem para Bebés – 4 sessões x 50,00 €• Preparação para o parto – 8 sessões - 170,00 €

Avaliação Neuropsicológica e Psicológica: • Relatórios para avaliação do “Desenvolvimento Global”

do ponto de vista cognitivo/neurológico e emocional para efeitos Escolares, por exemplo para definir: transição de ano, antecipação de matrícula, necessidades educativas especiais, entre outros - 153,00 €

• Relatórios de avaliação cognitiva/neurológica e emocional para colaborar nos pedidos de “processos de Reforma” para os quais a legislação determina a necessidade de exames psicológicos – 153,00 €

A Clínica de Sintra não possui as valências de Massagem para Bebés e Preparação para o Parto.

HOTEL OFIR, HOTEL DO GOLFE e CASA DO ANQUIÃO

HOTEL OFIR - Ofir - Esposende Tel. 253 989 806 Reservas. [email protected] www.hotel-ofir.com

HOTEL DO GOLFE - Campo de Golfe de Ponte de Lima Tel. 258 900 250 Fax. 258 900 259 Reservas. [email protected] www.hoteldogolfe.com

CASA DO ANQUIÃOTurismo de Habitação - Ponte de Lima Tel. 258 900 250 Fax. 258 900 259 Reservas. [email protected] www.golfe-pontelima.com

Descontos de 15% sobre os preços de balcão, nestas três unidades hoteleiras.

ISLA- Santarémwww.islasantarem.pt

Descontos:10% na mensalidade de Bacharelatos e Licenciaturas. 5% nas mensalidades de Pós-Graduações e Doutoramentos. Descontos especiais nas propinas dos cursos de Formação de Formadores.

INFANTÁRIO “GOTA DE MEL”Rua General Norton de Matos, 55Gueifães 4470-001 MAIA

Descontos: Inscrição: grátis Mensalidades: 10% de desconto. Descontos para irmãos. Praia (15 dias em Junho e Julho) com desconto de 30%

ACADEMIA DE LÍNGUAS DA MADEIRARua do Ribeirinho de Baixo, 33B-2º 9050-447 FUNCHAL Tel. 291 231 069 Fax. 291 230 211 [email protected]

Descontos:10% nos seus serviços aos sócios do STEC, extensivo aos cônjuges e filhos dos mesmos.

ACADEMIA DE BAILADO FERNANDA CANOSSARua Sto. Isidro, 134 R/C 4000-473 PORTOTel. 225 180 938

Descontos:Isenção de Jóia Isenção de audição preliminar, integrando de imediato a turma e grau para o qual será encaminhado. 10% de desconto nas mensalidades.

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15Nº13 | NOV - DEZ - JAN 2006 / 07 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

outrosALBERGARIA RESIDENCIAL SENHORA-A-BRANCA- BRAGALargo da Senhora-a-Branca, 58 4710-443 BRAGA Tel. 253 269 938 Fax. 253 269 937

A Albergaria, de 4 estrelas, dispõe de 18 quartos com va-randa e 2 suites, equipados com ar condicionado, TV, rádio, Internet e telefone. Dispõe ainda de garagem privativa. Desconto de 10% sobre os preços de balcão praticados e que incluem pequeno-almoço e garagem.

HOTEL PORTA DO SOL - CAMINHAAv. Marginal, Lote 1 4910-104 CAMINHA Tel. 258 710 360 Fax. 258 722 347 E-mail. [email protected] www.hotelportadosol.eu

Situado na marginal de Caminha, junto à foz do Rio Minho, a 500m da praia do Camarido, a 4Kms da praia de Moledo do Minho e a 10mins de Espanha, com travessia em Ferry Boat, o Hotel dispõe de 93 quartos, dos quais 4 são suites, 2 piscinas exteriores, Court de Ténis, Garagem, Discoteca, Salão de Cabeleireiro e Health Club gratuito para hóspedes do Hotel. Possibilidade de actividades lúdicas: mini-cruzeiro no rio, rafting, safari em canoa, rota dos moinhos, rota das cama-rinhas e outros.

Twin Room – Desde € 53,50Single Room – Desde € 44,50

HOTEL RURAL CASA DA ANTATel. 258 721 595Fax 258 721 214 Tm. 961 406 625 E-mail. [email protected] www.casa-da-anta.com

Tarifa especial Quarto Duplo Standard com Pequeno-Almoço, -> € 60.00 nos seguintes períodos:

06 Novembro 06 a 29 Dezembro 06 01 Fevereiro 07 a 15 de Julho 07 01 Setembro 07 a 29 de Dezembro 07.

Desconto de 7 % sobre os programas especiais de Fim de Semana e Férias ( Férias - estadias de 7 noites) à excepção de épocas especiais Carnaval; Fim de Ano; Páscoa.

LOPES VIAGENS - Agências de Viagens e TurismoPraceta Dr. Fernando Araújo Barros, 484475-076 MAIA Desconto aos sócios e familiares: 4% sobre os preços base de catálogo.

ÓPTICA DO BOLHÃO– Comércio de Artigos de Óptica, LdaRua Fernandes Tomás, 680 4000-212 PORTO

Descontos:Aros e Lentes Oftálmicas – 20%Lentes de Contacto (Excepto Descartáveis) – 15%Óculos de Sol – 10%

CONFIANÇA OCULISTAS – Tomaz & Edgardo, Lda.Rua do Loureiro, 110 e 1362 4000-326 PORTOTel. 222 002 237E-mail. opt-confianç[email protected]

Descontos:Armações – 30%Lentes Oftálmicas Graduadas – 30%Lentes de Contacto – 10%Óculos de Sol – 15%Produtos de Manutenção da Área de Contactologia – 10%

Sede STEC - LISBOA Av. Guerra Junqueiro, nº 14 - 3º Dto, 1000-167 LISBOAtel 21 845 4970/1 - móv 96 853 8123 - fax 21 845 4972

Delegação STEC - PORTOR. do Bolhão, nº 53 - 4º Dto, 4000-112 PORTOtel 22 338 9076, 22 338 9128 - fax 22 338 9348

Delegação STEC - COIMBRAR. do Carmo, nº 54 - 3º Letra Q, 3000-098 COIMBRAtel 23 982 8554, 23 982 7686 - fax 23 982 6802

www.stec.pt e-mail : [email protected]

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• Matam a amizade e a solidariedade quando praticam uma política que leva a que cada trabalhador encare o outro como concorrente e não como companheiro;

• Tratam mal a família, pressionando trabalhadores a pra-ticar horários de trabalho muito para além do razoável e perpetuando vínculos de trabalho precário;

• Destroem o espírito de grupo, baseando a política sala-rial em injustiças flagrantes, pensando apenas em reduzir custos, nem que seja retirando direitos adquiridos ao longo de anos de trabalho;

• Tratam mal, muito mal, o coração dos trabalhadores, porque, em especial nas agências, já não há coração que aguente os ritmos de trabalho que são impostos!

Mas para uma "gestão moderna" a componente humana pouco ou nada importa... o que conta são fundamentalmen-te os resultados do negócio, não é verdade?!

insólito

O Seleccionador Nacional de Futebol vem dando a cara a uma campanha publicitária sobre o "Caixa Fã", ao que parece, nada bem sucedida, tanto mais, se tivermos em conta os gastos com a montagem de uma super-produção desta envergadura (basta ver a página 15 da "caixa EM REVISTA", de Novembro / Dezembro de 2006).

É, no mínimo, muito discutível se os “ovos” que a Caixa vem pondo no cesto dos negócios do futebol, trarão o re-torno que se esperaria, tendo em conta os milhões que são investidos nestas coisas.

A publicidade do "Caixa Fã" baseia-se no grupo, na solida-riedade, na família, na amizade e no amor. Usa o coração como símbolo da campanha.Não deixa de ser insólito que, utilizando, para fora, uma imagem de marca com base numa linguagem amiga, frater-na, que apela a valores importantes da vida em sociedade, as mesmas pessoas não se coíbam de, para dentro, se comportarem precisamente ao contrário:

e-mail : [email protected]

Sede STEC - LISBOA Av. Guerra Junqueiro, nº 14 - 3º Dto, 1000-167 LISBOAtel 21 845 4970/1 - móv 96 853 8123 - fax 21 845 4972

Delegação STEC - PORTOR. do Bolhão, nº 53 - 4º Dto, 4000-112 PORTOtel 22 338 9076, 22 338 9128 - fax 22 338 9348

Delegação STEC - COIMBRAR. do Carmo, nº 54 - 3º Letra Q, 3000-098 COIMBRAtel 23 982 8554, 23 982 7686 - fax 23 982 6802

Boletim Informativo Caixa Aberta Nº 13 , Novembro-Dezembro-Janeiro de 2006/07 - Periodicidade: Trimestral - Tiragem: 6500 ExemplaresDirecção e Redacção: Departamento de Comunicação do STEC - Concepção Gráfica: Hardfolio - Impressão: M2-Artes Gráficas, Lda.