2. relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - prof. dr. paulo gomes lima

16
Prof. Dr. Paulo Gomes Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CAMPUS SOROCABA/SP CONCURSO PARA INGRESSO NO MAGISTÉRIO SUPERIOR POLÍTICA EDUCACIONAL E GESTÃO ESCOLAR Tema 02

Upload: paulo-gomes-lima

Post on 27-Jul-2015

292 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Atividades-meio a atividades fim na gestão da escola.

TRANSCRIPT

Page 1: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – CAMPUS SOROCABA/SP

CONCURSO PARA INGRESSO NO MAGISTÉRIO SUPERIOR

POLÍTICA EDUCACIONAL E GESTÃO ESCOLAR

Tema 02

Page 2: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

O homem relaciona-se com a natureza pelo trabalho. O trabalho como “atividade

orientada a um fim” (Marx, 1983:150) é um processo pelo qual o homem se

apropria da natureza, submete-a a sua vontade, domina-a em seu proveito, para produzir sua existência material. (Paro,

1996, p. 20)

Marx considera meios de trabalho todas as condições objetivas necessárias à

realização do processo de trabalho e dos recursos conceptuais (conhecimentos e

técnicas)

Racionalização do trabalho em sentido humano:

Ações, processo e relações homem-natureza/ Homem-homem/ homem-instituições – utilização racional dos recursos materiais e conceptuais.

Porque se propõe objetivos, o homem precisa utilizar racionalmente os meios de

que dispõe para realizá-los

Trabalho

Page 3: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Portanto:

Page 4: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Objetivos

Que tipo de homem se quer formar ? Para que sociedade ?

Derivadas

Exigências econômicas, políticas, sociais, culturais

Atividades-fim - conceito

São atividades que contribuem diretamente à formação do aluno por meio da intervenção no processo ensino-aprendizagem (educador-educando)

Page 5: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Acrescidos de planificação sobre:

AvaliaçãoEnsinoConteúdosCurrículo

Ações/Dimensões das Atividades-Meio

PlanejamentoProjeto

PedagógicoOrg. e práticas

de GestãoPlanos de ensino

Âmbito das atividades-meio na educação formal

Planejamento, organização, controle, direção e controle do pessoal, dos recursos materiais, físicos, financeiros e pedagógicos.

Atividades-meio: conceito

São atividades que contribuem e asseguram o alcance (ou consecução) das atividades-fim – não diretamente com o educando.

Page 6: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Expectativas e exigências

econômicas, políticas sociais,

culturais...

Atividades-meio

Atividades-fim

Processo ensino-aprendizagem

Formação

do aluno

Page 7: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
Page 8: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Art. 2º - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de

solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.(Finalidade) - O art. 3° reforça os princípios que

orientarão a consecução deste...

TÍTULO III – DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR

Art. 4° - O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

Incisos I ao IX: Oferta obrigatória e gratuita do ens. fund., obrigatoriedade extensiva ao ensino médio,

atendimento a alunos de necessidades especiais, creches, pré-escola, alunos trabalhadores..., padrões mínimos

de qualidade de ensino...

CAPÍTULO II - DA EDUCAÇÃO BÁSICA - Sobre a Org. de Ativ-Meio

Art. 24 – Org. da Educação Básica(níveis fundamental e médio): I - a carga horária

mínima anual, II - a classificação em qualquer série ou etapa...

Art. 25: Relação n° de alunos e o prof., a carga horária e as condições materiais do

estabelecimento.

Page 9: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Art. 24 – O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos/ Objetivos

da Ativ. Fins (Profs):

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição

de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Page 10: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Tendo como referencial a finalidade da educação formal (CF e LDBEN) e o

quadro da educação no Brasil – aponta as atividades-meio (Diretrizes)

macrossociais para melhoria da qualidade de ensino

Artigo 2° - Diretrizes assumidas pela União Municípios, Distrito Federal, Estados:

I - estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a atingir;

II - alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame

periódico específico;

III - acompanhar cada aluno da rede individualmente, mediante registro da sua freqüência

do seu desempenho em avaliações, que devem ser realizadas periodicamente;

IV - combater a repetência, dadas as especificidades de cada rede, pela adoção de práticas

como aulas de reforço no contra-turno, estudos de recuperação e progressão parcial;

V - combater a evasão pelo acompanhamento individual das razões da não-freqüência do

educando e sua superação;

VI - matricular o aluno na escola mais próxima da sua residência;

VII - ampliar as possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade da escola

para além da jornada regular;

[...]

Page 11: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Conhecimento normativo:

Legislações/

Diretrizes

Conhec. da realidade da comunidade...intra/

Extra-escolar

Acompanha

mento das Ativ. fim

Page 12: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
Page 13: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

Devolutivas sociais

Educação de qualidade para todos

Des. de capacidades sociais, econômicas, culturais... EDUCANDO... Cidadão.

Planejar, coordenar, controlar e avaliar os processos e atividades de ensino-aprendizagem, bem como articular atividades-meio e atividades-fim.

Page 14: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

[...] à medida que as atividades-meio se“degradam” em fins em si mesmas,deixando de servir aos fins da instituiçãoescolar, por perder sua característicaprópria de sustentáculo das atividades-fim.Para superar esse risco é preciso umconceito mais amplo e rigoroso deadministração. Justifica-se, então,considerá-la como “utilização racional derecursos para a realização de finsdeterminados...

Assim entendida, a qualidade específica da administração é seu caráter de mediação que envolve as atividades-meio e as atividades-fim, perpassando todo o processo de realização de objetivos. A partir desse entendimento, o princípio fundamental da administração passa a ser o da necessária coerência entre meios e

fins, ou seja, para que a administração efetivamente se realize, é imprescindível que os meios utilizados não se contraponham aos fins visados. (Paro, 1996)

Page 15: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

AZEVEDO, J. M. L. de. A educação como política pública. Campinas: Autores Associados, 1997.

BARROSO, João. Para uma abordagem teórica da administração escolar: a distinção entre “direcção” e

“gestão”. In Revista Portuguesa de Educação, 8(1), P.33-56. Portugal/Universidade do Minho, 1995.

BORDIGNON, Genuíno. Gestão da educação no município. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo

Freire, 2009.

CABRAL NETO, Antonio; CASTRO, Alda Maria Duarte Araújo; FRANÇA, Magna; QUEIROZ, Maria

Aparecida de. (Orgs). Pontos e contrapontos da política educacional: uma leitura contextualizada de

iniciativas governamentais. Brasília,DF: Liber Livro,2007.

DOURADO, Luiz Fernandes; PARO, Vitor Henrique (Orgs.). Políticas públicas & educação básica. São

Paulo: Xamã,2001.

FERREIRA, Eliza Bartolozzi; OLIVEIRA, Dalila Andrade (Orgs.). Crise da escola e políticas educativas.

Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

MENDONÇA, Erasto. Gestão democrática: a intenção e o gesto. ANPED, 2000.

MENESES, João Gualberto de Carvalho et. al. (Orgs.) Estrutura e funcionamento da educação básica.

São Paulo: Pioneira, 2000.

OLIVEIRA, D. A. Educação Básica: gestão do trabalho e da pobreza. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

PARO, Vitor Henrique. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã,2001.

PARO, Vitor Henrique.7.ed. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez, 1996.

SANDER, Benno. Administração da educação no Brasil: genealogia do conhecimento. Brasília,DF: Liber

Livro, 2007.

SAVIANI, Dermeval. Plano de desenvolvimento da educação: análise crítica da política do MEC.

Campinas,SP: Autores Associados, 2009.

SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia Marcondes de. Política educacional. 4.ed. Rio de Janeiro,

RJ: Lamparina, 2007.

SILVA, Maria Abádia da. Intervenção e consentimento: a política educacional do Banco Mundial. São

Paulo: FAPESP, 2002.

TEODORO, Antonio. Globalização e educação: políticas educacionais e novos modelos de governação.

São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2003.

VIEIRA, Sofia Lerche. Educação Básica: política e gestão. Brasília,DF: Liber Livro, 2009.

Page 16: 2. Relações entre atividades-meio e atividades-fim na gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ALMEIDA, Malu (Org.) Políticas educacionais e práticas pedagógicas: para além da

mercantilização do conhecimento. Campinas,SP: Alinea Editora, 2005.

BIÁZZIO, S. C. F. de & LIMA, Paulo Gomes. A participação da família no projeto político-

pedagógico da escola. Revista Educere et Educare, Vol. 4, N.7, 1° semestre de 2009. ISSN 1981-

4712 (versão eletrônica) – ISSN 1809-5208 (versão impressa).

DE TOMASI, L.; WARDE, M. J.; HADAD, S. O Banco Mundial e as políticas educacionais. São

Paulo: Cortez, 1996.

GENTILI, Pablo. Globalização excludente: desigualdade, exclusão e democracia na nova ordem

mundial. Petrópolis, RJ: Vozes; Buenos Aires: FLACSO, 2000.

HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola. 7.ed. Campinas/SP: Papirus, 1994.

LIMA, Paulo Gomes. Reestruturação produtiva, reforma do Estado e políticas educacionais. [CD-

ROM]. In Anais do V Simpósio Internacional O Estado e as Políticas Educacionais no Tempo

Presente. Uberlândia/MG: UFU, 2009. ISBN 978-85-217-5.

PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. São Paulo: Ática, 1998.

PRAIS, Maria de Lourdes Melo. Administração colegiada na escola pública. 4.ed. Campinas/SP:

Papirus, 1996.

ROSANVALLON, Pierre. A crise do Estado-providência. Goiânia/GO: UFG; Brasília: UnB, 1997.

SANDER, Benno. Gestão da educação na América Latina: construção e reconstrução do

conhecimento. Campinas/SP: Autores Associados, 1995.

VIEIRA, Sofia Lerche. Desejos de reforma: legislação educacional no Brasil Império e República.

Brasília,DF: Liber Livro,2008.

VIEIRA, Sofia Lerche. Política educacional no Brasil: introdução histórica. Brasília,DF: Liber

Livro, 2007

WITTMANN, Lauro Carlos e GRACINDO, Regina Vinhaes (Coords.) O Estado da arte em política e

a gestão da educação no Brasil. 1991 a 1997. Brasília: ANPAE, Campinas: Editora Autores

Associados; 2001.