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2 3INÍCIO DE MANDATO

índice

RecAdO AOS PReFeiTOS QUe enTRAM ....................4

PRiMeiRO PASSO......................................................6

cOnTROLe inTeRnO................................................8

PLAneJAMenTO .....................................................8

PReSTAÇÃO de cOnTAS.........................................10

LiciTAÇÃO............................................................14

GASTOS cOM edUcAÇÃO .....................................17

GASTOS cOM SAÚde ...........................................17

GASTOS cOM PeSSOAL ..........................................17

ALeRTAS................................................................19

GeO -OBRAS...........................................................20

cOMPOSiÇÃO PLenÁRiA ......................................21

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4 5INÍCIO DE MANDATO

recado aos prefeitos que entram

A administração pública deve ser conduzida à luz da lei, em ordem, transparência, segurança, eficiência e eficácia, sempre de acordo com os interesses da sociedade. esta é a diretriz do Tribunal de contas do estado do espírito Santo, fundamentada na lei que avaliza sua missão estratégica de orientar e controlar a gestão dos recursos públicos.

Trata-se de obrigação constitucional que está sendo cumprida à risca, de forma técnica, competente, responsável, coerente e objetiva, sempre observados os critérios de justiça, isonomia e imparcialidade.

Afinal, a sociedade está cada vez mais vigilante e os espaços para o uso indevido do dinheiro público e o dolo estão cada vez mais apertados. Não há outro caminho senão o da responsabilidade ética, pelo qual se farão boas gestões públicas, ajustadas à aspiração social.

“não existe mais ambiente para terra arrasada”, adverte o presidente Sebastião Carlos Ranna de Macedo, ao lembrar que é imperioso trabalhar com integridade, respeitar a lei, os valores morais e as regras do fazer bem feito. “como a sociedade espera que assim se faça, é preciso que atos, ações e resultados da gestão sejam transparentes e divulgados de forma clara, objetiva e tempestiva, para que os cidadãos saibam como seu dinheiro está sendo aplicado”.

O Tribunal de contas cumprimenta os novos prefeitos e lhes deseja efetivo sucesso na gestão que ora iniciam. e aproveita a oportunidade para lhes oferecer orientações práticas que, se acatadas, com certeza ajudarão a fazer boa administração e a se resguardar de eventuais contratempos.

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6 7INÍCIO DE MANDATO

primeiro passo

1. Constituir equipe de governo competente, formada por servidores qualificados e aptos para a diversidade das ações públicas. disso vai depender o sucesso da administração.

2. Fazer diagnóstico das situações financeira, orçamentária, fiscal e patrimonial do município. Recomenda-se consultar os pareceres prévios do tcees referentes às contas do antecessor.

3. conhecer o orçamento do primeiro exercício (previsão de receitas e fixação de despesas) à luz dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA) para executá-lo segundo os princípios da gestão responsável fundamentada em moralidade, legitimidade, economicidade e eficiência.

4. Cultivar cautela e austeridade, valores que devem fazer parte das preocupações do gestor. Fatores alheios ao controle público podem provocar sensível redução de receitas no próximo exercício.

5. Recolher as contribuições previdenciárias. infelizmente, constatou-se que alguns prefeitos não as recolheram devidamente e até as aplicaram na liquidação de despesas correntes. Além de ilegal e sujeito à rejeição de contas, este ato é, com certeza, bomba de efeito retardado que inviabilizará, com o tempo, qualquer gestão que queira ser decente.

6. encaminhar ao tcees até 31 de março de 2013 a prestação de contas referente ao exercício anterior (salvo outra data prevista na lei orgânica municipal). Trata-se de obrigação atribuída aos

INÍCIO DE MANDATO 7

quais se conferiu competência para arrecadar, guardar, gerenciar e administrar dinheiro, bens e valores públicos ou para assumir obrigações de natureza pecuniária em nome do governo.

O prefeito presta contas:

• no primeiro ano, as contas do antecessor.

• nos três anos seguintes, as próprias contas.

7. Responder a eventuais demandas do tcees relativas à gestão anterior e que não tenham sido atendidas (entre as quais informações, esclarecimentos e/ou envio de documentos necessários à instrução de processos).

8. Cumprir, nos prazos fixados, determinações que o tcees tenha expedido à administração anterior. Por serem vinculantes, o novo gestor está obrigado a cumpri-las, sob pena de sanção e julgamento irregular de contas. Se não for possível aplicar correções pela via administrativa, recomenda-se adotar medidas legais, sobretudo se houver dano ao erário, sob pena de co-responsabilidade.

9. Fornecer ao ex-gestor informações e/ou documentos necessários para subsidiar possível defesa perante o tcees e/ou outros órgãos de controle, sempre que solicitados mediante requerimento formal.

10. Dar continuidade à execução de atos e contratos firmados por antecessores. Se, no entanto, detectar indício de irregularidade, ficará obrigado a adotar providências para saná-la, sob pena de responder solidariamente.

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controLe interno

A resolução tcees n° 227, de 29 de agosto de 2011, dispõe sobre a criação, implantação, manutenção e fiscalização do Sistema de Controle interno na Administração Pública. esta decisão veio acompanhada de um guia de orientação para implantação, que estabeleceu prazos e definiu outras providências.

O novo prefeito deve verificar se seu município já dispõe de sistema de controle interno, instituído de acordo com o cronograma estabelecido pela referida Resolução, e se atende às demais disposições legais. Gestor consciente que deseja êxito em sua administração deve dispor de controle interno eficaz, aliado que atue preventivamente em todas as áreas da administração.

pLaneJamento

1. Instrumento de longa duração (04 anos), o Plano Plurianual (ou ppa) a ser elaborado em 2013 só produzirá efeitos a partir do segundo exercício financeiro (2014). Dele devem constar objetivos, metas e diretrizes da gestão municipal, relacionados principalmente às despesas de capital (construção de hospitais e escolas), despesas correntes derivadas daquelas (contratação de pessoal para funcionamento de hospitais e escolas) e despesas de programas de duração continuada.

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2. Ferramenta de planejamento de curto prazo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (Ldo) deve estar de acordo com o ppa e orientar a criação da Lei Orçamentária Anual (Loa).

De acordo com a Constituição Federal, a Ldo deve conter:

• Metas anuais e prioridades da administração (incluídas despesas de capital para o exercício financeiro seguinte);

• Orientação para elaboração da lei orçamentária anual;

• Informações sobre as alterações na legislação tributária;

• Orientação sobre a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

diz a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lrf) que o projeto da Ldo deve conter anexo de metas fiscais que:

• estabeleça metas anuais, em valores correntes e constantes relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes;

• avalie o cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

• demonstre as metas anuais, com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos;

• mostre a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios, destacando origem e aplicação de recursos obtidos com alienação de ativos;

• avalie a situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

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A Ldo deve conter igualmente um anexo de riscos fiscais, que avalie passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando sobre providências a serem adotadas, caso se concretizem.

3. A Loa é mecanismo de planejamento por meio do qual a câmara autoriza o prefeito a arrecadar receitas e a efetuar despesas. Pode contemplar a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, mesmo que haja antecipação de receita orçamentária. O prefeito só pode iniciar programa ou projeto se houver autorização específica nesta lei.

ela compreende três suborçamentos:

• Orçamento Fiscal: despesa e receita de toda a administração municipal para um exercício financeiro, menos investimentos de empresas estatais e receitas relativas à seguridade social.

• Orçamento de Investimentos: aplicação em empresas controladas pelo município.

• Orçamento da Seguridade Social: aplicação em saúde, previdência e assistência social.

4. Os prefeitos devem estar atentos aos prazos definidos pela legislação para remessa dos projetos-de-lei relativos ao ppa, à Ldo e à Loa à câmara e sua devolução ao executivo para sanção e confirmação da lei.

prestaÇÃo de contas

1. A Resolução tcees n° 247, de 25 de setembro de 2012, dispõe que a partir de março do

próximo ano a prestação de contas bimestral deverá ser feita pelo sistema cidades-WeB, que substituirá o sisaud face às alterações das normas contábeis. Em dúvida, consulte a controladoria-Geral Técnica do tcees.

2. Prestar contas é obrigação legal de toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos.

3. estão inseridos neste universo prefeitos e presidentes de câmaras, de autarquias, de fundações, de fundos, de empresas públicas e de sociedades de economia mista controladas pelo município, dentre outros.

4. Beneficiários de transferências voluntárias realizadas pelo município devem apresentar as contas ao órgão repassador para análise e emissão de parecer pelo sistema de controle interno, a quem caberá sua guarda.

5. Analisá-las e/ou julgá-las é prerrogativa constitucional do Tribunal de Contas.

6. Os prazos para prestação de contas são os seguintes:

• Prefeito apresentará contas anuais ao tcees até 31 de março do exercício seguinte para análise e emissão de parecer prévio, salvo quando lei orgânica municipal não o definir. Este será encaminhado à Câmara de Vereadores, a quem cabe julgar as contas.

• câmaras municipais, autarquias, fundações, fundos e demais que administram recursos públicos prestam contas para julgamento até o dia 31 de março do exercício seguinte.

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• empresas públicas, sociedades de economia mista e respectivas controladas prestam contas para julgamento até trinta dias depois de apreciadas pelos seus respectivos órgãos deliberativos.

7. O tcees emitirá parecer prévio sobre as contas anuais dos prefeitos no prazo máximo de vinte e quatro meses, contados a partir do seu recebimento, opinando pela sua aprovação, aprovação com ressalvas ou rejeição.

8. não prestar contas pode redundar em:

a) Para o prefeito:

• Crime de responsabilidade sujeito a julgamento pelo Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da câmara de Vereadores.

• Motivo para intervenção do Estado no município.

b) Para demais administradores:

• instauração de tomada de contas especial pelo tcees.

• Aplicação de multa e outras sanções.

9. Depois de analisadas pela área técnica do tcees, as contas são remetidas ao Ministério Público de Contas onde, após análise, recebem parecer e são encaminhadas ao relator. este profere voto considerando a análise técnica e o parecer, submetendo-o na sequência ao Plenário, que determinará, por meio de acórdão, se são regulares, regulares com ressalva ou irregulares. A prestação de contas anual do prefeito, após a apreciação pelo Tribunal de Contas, será encaminhada à Câmara Municipal

para julgamento. O parecer prévio emitido pelo tcees somente pode ser modificado pela câmara com voto de dois terços de seus membros.

10. As contas podem ser julgadas irregulares se for comprovada alguma das seguintes ocorrências, dentre outras:

• Omissão no dever de prestar contas;

• Ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;

• Grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;

• Dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico injustificado;

• desfalque, desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.

11. Para evitar erros, o prefeito diligente

• age de acordo com os termos do ppa, da Ldo, da Loa, da Lrf e demais dispositivos legais, sempre visando o interesse público;

• observa os limites legais de aplicações mínimas em educação e saúde;

• compra bem, por licitação, avaliando necessidade, qualidade, preço e sustentabilidade;

• aplica bem o dinheiro, sem desperdício, considerando o interesse público;

• só paga mediante empenho e liquidação;

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• guarda e apresenta, sempre que requeridos, comprovantes de despesa e pagamentos, especialmente notas fiscais, folhas de pagamento, guias de recolhimento de tributos, entre outros.

12. consequências advindas de condenação pelo TCEES:

• Devolução de valores ao erário;

• Multa por práticas vedadas;

• impedimento de exercer cargo em comissão ou função de confiança por até cinco anos;

• Cobrança judicial;

• Inscrição em dívida ativa;

• Ações penais e civis por meio de MPEC;

• Inelegibilidade;

• Tomada de contas especial para apurar fatos lesivos ao erário, identificar responsáveis e quantificar danos causados. É instaurada mediante contas não prestadas, indícios de desfalques, desvios de dinheiro ou bens públicos; ou ainda por prática de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico que cause prejuízo aos cofres públicos.

LicitaÇÕes

1. Para contratar obras e serviços, adquirir, alienar ou locar bens, é necessário fazer licitação prévia, segundo a Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02. este processo tem como finalidade preservar a isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa

para o interesse público. Precisa ser transparente e assegurar a igualdade de condições, de acordo com os princípios constitucionais de legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência e sustentabilidade.

importante:

• Para licitar, constitua comissão de, no mínimo, três servidores, dois dos quais do quadro permanente, que estejam capacitados para a finalidade.

• estão obrigados a fazer licitação órgãos integrantes da administração direita, fundos especiais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista, empresas controladas direta ou indiretamente pelos municípios.

• Para contratar com dispensa ou inexigibilidade de licitação, o gestor está obrigado a justificar as razões de escolha de fornecedor e preço de mercado e caracterizar a situação que tenha determinado a contratação.

• Utilizar a modalidade pregão somente para compra de bens e serviços comuns, com especificações usuais de mercado objetivamente definidas em edital.

• Ao fazer licitação, considerar sempre que planejamento e transparência são valores imprescindíveis à função pública porque agregam importantes vantagens.

• Homologar a licitação não é apenas ato formal, mas de controle da legalidade. Gestor que homologar licitação ilegal responderá pela ilegalidade, ainda que solidariamente com a comissão.

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2. A Lei de Licitações e contratos da Administração Pública prevê responsabilização por atos irregulares e/ou ilegais, entre outras, nas seguintes hipóteses:

• infringir o art. 7o, § 6º da Lei 8.666/93 (da execução de obras e prestação de serviços) implica na nulidade dos atos e contratos realizados e a responsabilização de quem lhe tiver dado causa;

• Realizar compra sem a adequada caracterização de seu objeto e sem a indicação de recursos orçamentários para pagamento acarreta nulidade do ato e responsabilidade do agente;

• Superfaturar em contratação por meio de licitação gera responsabilização solidária do fornecedor e do servidor encarregado sem prejuízo de outras sanções legais.

• Membros da comissão de licitação e pregoeiro respondem solidariamente pelos atos praticados;

• crimes previstos na Lei de Licitações submetem seus autores a sanções penais, tais como prisão ou detenção, perda de cargo, emprego, função ou mandato eletivo;

• A pena será maior quando os autores de crimes previstos forem ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança, de autarquia, de empresa pública, de sociedade de economia mista, de fundação, ou de entidade controlada direta ou indiretamente pelo poder público.

3. contratação de transporte escolar

• Transporte escolar é fundamental à universalização e à gratuidade do ensino sob responsabilidade do município. Pode ser feito de forma direta (pelo próprio município) ou mediante contratação de prestação de serviços (execução indireta), o que requer licitação. A administração é responsável pela segurança e conforto dos alunos, respondendo por contratação irregular, omissão das exigências de segurança e falta de fiscalização do serviço.

4. contratação de publicidade

• É imperioso dar ampla divulgação às normas e atos da administração em atendimento ao princípio da publicidade e da transparência. Mas, contratar serviços de publicidade de caráter institucional, nos meios de comunicação privada, depende de licitação.

• Necessário observar o caráter educativo, informativo e de orientação social que a publicidade pública deve conter. Vedado utilizá-la para promoção pessoal do prefeito ou de qualquer outro servidor. A publicidade pode ser feita em órgão oficial de publicações (mural, site, diário eletrônico) e em mídias usuais impressas ou eletrônicas.

5. concessão de serviço público

• Os contratos de concessão de serviços públicos deverão estar regularizados. As concessões somente podem ser realizadas mediante prévio processo licitatório, observando-se os princípios da economicidade e eficiência, dentre outros.

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18 19INÍCIO DE MANDATO

gastos com educaÇÃo

Segundo a Constituição Federal, o município deve aplicar o mínimo de 25% da receita resultante de impostos, incluídas transferências de impostos, em cada exercício, para a manutenção e desenvolvimento do ensino. não fazê-lo pode implicar na emissão de parecer prévio do Tribunal recomendando a rejeição das contas do administrador, entre outras sanções. consulte a Resolução TceeS nº 238, de 16 de maio de 2012 (disponível no Portal TCEES), que trata deste assunto.

gastos com saúde

O município deve aplicar o mínimo de 15% dos recursos advindos de impostos e transferências no respectivo exercício, em ações e serviços públicos de saúde. consulte a Resolução tcees nº 248, de 19 de outubro de 2012, que dispõe sobre orientação e fiscalização de valores mínimos a serem aplicados anualmente pelo estado e pelos municípios em ações e serviços públicos de saúde e dá outras providências (disponível no Portal tcees).

gastos com pessoaL

1. Executivo e Legislativo não podem, respectivamente, gastar mais que 54% e 6% da receita corrente líquida com pessoal. A verificação de tais gastos se dará ao final de cada quadrimestre. Se a despesa for maior que 95% destes limites, estará vedado, entre outros:

• Conceder vantagens, aumento, reajuste ou

adequação de remuneração a qualquer título, salvo se determinados por sentença judicial ou por determinação legal ou contratual;

• Criar cargo, emprego ou função;

• Alterar estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

• Prover cargo, admitir ou contratar pessoal a qualquer título, exceto reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor das áreas de educação, saúde e segurança;

• contratar hora extra, salvo em situações previstas em lei.

2. Se o percentual for ultrapassado, o excedente deverá ser eliminado nos dois quadrimestres subsequentes. Não fazê-lo impedirá receber transferências voluntárias, obter garantia direta ou indireta de outro ente ou contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas a refinanciamento de dívida e as que objetivem reduzir despesas com pessoal.

aLertas

O Tribunal de Contas emitirá alerta aos gestores sempre que

• o montante da despesa total com pessoal tenha ultrapassado 90% (noventa por cento) do limite;

• os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia, se encontrem acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;

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20 21INÍCIO DE MANDATO

composiÇÃo pLenária

Presidente

Sebastião Carlos Ranna de Macedo

Vice-presidente

Sérgio Aboudib Ferreira Pinto

Conselheiros

José Antônio Almeida Pimentel

domingos Augusto Taufner • corregedor-geral

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun • Ouvidor-geral

Auditores

Márcia Jaccoud Freitas

João Luiz Cotta Lovatti

Marco Antônio da Silva

Procurador-Geral do Ministério Público Especial de Contas

Luís Henrique Anastácio da Silva

Procuradores

Luciano Vieira

Heron carlos Gomes de Oliveira

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• os gastos com inativos e pensionistas se encontrem acima do limite definido em lei;

• fatos comprometam os custos ou os resultados dos programas ou haja indícios de irregularidades na gestão orçamentária.

GEO-ObrAS

Por meio da resolução tcees nº 245, de 24 de julho de 2012, o Tribunal instituiu e colocou em operação o Geo-Obras, sistema informatizado em que, a partir de março do próximo ano, as unidades gestoras públicas deverão inserir informações relativas a obras contratadas.

Obras e serviços de engenharia, contratados por execução direta ou indireta, inclusive por dispensa ou inexigibilidade, devem ser informados, independentemente de serem custeados com recursos públicos federais, estaduais ou municipais.

Por meio deste sistema, auditores do tcees e a sociedade capixaba terão condições de supervisionar, em tempo real, quantas obras públicas estejam em andamento, quem as gerencia, quais as empreiteiras contratadas, qual o volume de recursos envolvido e se há atraso nos cronogramas ou problemas em caso de paralisação.

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22 23INÍCIO DE MANDATO

Rua José Alexandre Buaiz, 157, Enseada do Suá, Vitória-ES

27 3334 76 00 - www.tce.es.gov.br

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