1ºrelatorio centro de pressoes
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Laboratórios de Hidráulica
Fagner Furtado ISEP – Engenharia Civil Centro de Pressões Relatório nº1 Data: 19/11/2009
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º1
CENTRO DE PRESSÕES
Objectivos:
• Determinar a pressão hidrostática agindo em uma superfície plana imersa na
água.
• Determinar a posição da linha de acção do impulso e comparar a posição
determinada pela experiência com a posição teórica.
Introdução Teórica
A existência de água no reservatório em quantidade suficiente para começar a submergir o
corpo, faz aparecer pressão, de acordo com a expressão, em que conhecemos a
Patm (pressão atmosférica), (massa volúmica), g (aceleração da gravidade), e h (altura medida na
vertical desde a superfície livre).
Estas pressões originam forças elementares nas superfícies submergidas (dF = PdA), forças estas
que são perpendiculares às superfícies onde estão aplicadas.
A forma do corpo e a maneira como este montado, faz com que todas as forças de pressão
aplicadas nas superfícies curvas não provoquem momentos em relação ao ponto fixo, que é o fulcro. Assim
sendo, apenas as forças aplicadas na face plana originam momentos em torno do fulcro.
O aparelho é, portanto, adequado ao estudo das forças hidrostáticas exercidas sobre uma
superfície plana submersa, permitindo medir, com a ajuda dos pesos, o momento provocado por uma dada
altura de água.
O centro de pressões é o ponto de aplicação de uma força de impulsão F.
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ghPatmP
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1. Método:
Atingir uma condição de equilíbrio entre os momentos que actuam no braço de balanço do
aparelho devido as forças actuantes, que são o peso aplicado no braço e a pressão hidrostática
actuante na face plana.
2. Equipamentos necessários:
F1-10 bancada hidráulica, F1-12 aparelho de pressão hidrostática, Conjunto de pesos (50,100,150,200,250,300,350,400) Kgf, Compassos e régua, para medir as dimensões do quadrante, se desejar (não é necessário
pois os valores já são fornecidos)
Dedução Teórica
Quando o sistema está em equilíbrio, os momentos sobre o ponto fixo (fulcro) são iguais:
Onde:
m é a massa sobre o prato da balança,
g é a aceleração da gravidade,
L é o comprimento do braço de balanço,
F é a força de impulsão hidrostática, e
h é a distância entre o eixo ao centro de pressão.
Assim, calculando a pressão hidrostática e do centro de pressão na face plana do quadrante,
podemos comparar os resultados teóricos e experimentais.
Embora a teoria para a superfície plana submersa e totalmente submersa, seja
praticamente a mesma, é mais esclarecedor se considerar os dois casos separadamente.
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FhmgL
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1.Parcialmente Submersa (plano vertical) Para o caso em que o quadrante esta parcialmente submerso: Onde: L é a distância horizontal entre o ponto do pivô e os cabides de peso, H é a distância vertical entre o eixo e a base do quadrante, D é a altura do rosto do quadrante, B é a largura da face quadrante, d é a profundidade da água a partir da base do quadrante, e h 'é a distância vertical entre a superfície e o centro de pressão. As forças indicadas são F, a pressão hidrostática e, m.g, o peso.
1.1- Impulsão hidrostática: (Newton) Onde: A é a área
h é a profundidade média de imersão
(1) Assim,
a) Pressão de profundidade experimental (distancia do fulcro a força F) O momento, M, pode ser definido como: (Nm)
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gAhF
2
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2
2
1gBdF
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Um momento de equilíbrio é produzido, em peso, W, aplicada ao gancho no final do braço
de balanço. O momento é proporcional ao comprimento do braço de balanço, L.
O equilíbrio estático para os dois momentos são iguais, ou seja,
Pela substituição da derivada do impulso hidrostático, F em (1), temos: (metros)
b) Pressão de profundidade teórica
O resultado teórico para a pressão de profundidade abaixo da superfície livre é: (2)
Onde xI é o segundo momento da área de secção imersa sobre um eixo na superfície livre.
Pelo uso do teorema dos eixos paralelos: (3) A profundidade, em metros, do centro de pressão abaixo do fulcro é, portanto, dada por:
(4)
Assim:
O momento de retorno pode ser calculado, sendo que seu valor devera rondar próximo do
momento medido activo (WL).
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mgLLWFh *"
2
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Bd
mL
F
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Ah
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323 BddBd
Bd
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3"
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2.Totalmente Submersa (plano vertical)
Para o caso em que o quadrante esta totalmente submerso:
Onde:
D é a profundidade da superfície,
B é a largura da superfície,
d é a profundidade de submersão,
h 'é a profundidade do centro de pressão, e
h” é a distancia do fulcro à força F.
2.1- Impulsão hidrostática:
A força de impulsão hidrostática pode ser definida como:
(5)
a) Pressão de profundidade experimental
O momento, M, pode ser definido como: (Nm)
Um momento de equilíbrio é produzido, em peso, W, aplicada ao gancho no final do braço
de balanço. O momento é proporcional ao comprimento do braço de balanço, L.
O equilíbrio estático para os dois momentos são iguais, ou seja,
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2
DdgBDgAhF
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Pela substituição do impulso derivado hidrostática, F, de (5), temos:
(m)
b) Pressão de profundidade teórica 2
O resultado teórico para a pressão de profundidade abaixo da superfície livre é: (6)
Onde xI é o segundo momento da área de secção imersa sobre um eixo na superfície livre.
Pelo uso do teorema dos eixos paralelos:
( 4m ) A profundidade, em metros, do centro de pressão abaixo do fulcro é, portanto, dada por:
(m)
Substituindo como anteriormente encontramos o resultado teórico de:
O momento de retorno pode assim ser calculado.
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Procedimento Experimental
I. Com a ajuda de uma régua de nível, ajuste os pés do reservatório para que este fique
completamente horizontal.
II. Com o reservatório vazio, equilibre o braço, com ajuda do contra-peso.
III. Aplique o primeiro peso (50g) na ponta do braço, que fica em desequilíbrio, pelo momento
provocado pelo peso em torno do fulcro.
IV. Introduza água no reservatório até estabelecer o equilíbrio. Registe a altura de água,
utilizando a escala existente no corpo a submergir.
V. Repita esta operação com vários pesos e registe os diferentes níveis de água.
Registo de Valores e Cálculos
Constantes:
D = 100mm -> Altura da face plana
B = 75mm -> Largura da face plana
L = 275mm -> Comprimento do braço
H = 200mm -> Distância ao fulcro
E considerando
Tabela 1- Parcialmente submerso
Peso (kgf)
Momento
Medido activo (kgf.m)
Profundidade (m)
Força de Impulsão
(kgf)
Distância teórica do fulcro à força F (m)
Distância experimental do fulcro à força F (m)
Momento de Retorno (kgf.m)
W M=W.L d 2
2
1gBdF
3
"d
Hh T
F
LWh E
."
TR FxhM "
50E-3 0,01375 44,5 E-3 0,074259 0,185167 0,185163 0,01375
100 E-3
0,0275 64,5 E-3 0,156010 0,1785
0,17627 0,0278
150 E-3 0,04125 80,5 E-3 0,243009 0,173167 0,169747 0,042081
200 E-3 0,055 94,0 E-3 0,331350 0,168667 0,165988 0,055888
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3/1000. mkgfg
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Tabela 2- Totalmente submerso
Peso (kgf)
Momento
Medido activo (kgf.m)
Profundidade (m)
Força de Impulsão (kgf)
Distância teórica do fulcro à força F (m)
Distância experimental do fulcro à força F
(m)
Momento de Retorno (kgf.m)
W M=W.L d
2
DdBDF
dDd
DdDHh
2
)2(12"
22
F
LWh E
."
TR FxhM "
250E-3 0,06875 105,5 E-3 0,416250 0,165015 0,165165 0,06868
300 E-3
0,08250 118,0 E-3 0,51000 0,162255
0,161765 0,08275
350 E-3 0,09625 130,0 E-3 0,6000 0,160417 0,160417 0,09625
400 E-3 0,11000 143,5 E-3 0,70125 0,158913 0,15686 0,111437
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Conclusão
Neste trabalho concluímos que quanto maior a profundidade de imersão (d) maior é a
força de Impulsão Hidrostática (F) e que o centro de pressão esta localizado sempre abaixo da
profundidade de imersão tanto para o plano vertical parcialmente submerso como totalmente
submerso.
Também relatamos que a distância experimental do fulcro ao centro de pressões esta
aproximadamente igual ao valor teórico para todas as medições, assinalamos dois casos, para
0,050 kgf e 0,350 kgf em que o momento medido activo e o momento de retorno são os mesmos,
o que mostra uma medição exacta da profundidade de imersão “d”. A maior discordância que
encontramos foi no peso de 0,150 kgf onde a profundidade medida foi de 0,0805 m e o erro
relativo encontrados entre os momentos foi de 1,975%, o que é insignificante.
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