19 de abril de 2013

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UNIVATES ENCERRA ATIVIDADES Papa ficará a um metro dos fiéis Página 8 MODA Encantadense nas passarelas do Fashion Rio Página 17 Anúncio foi feito na terça-feira (16) para os alunos do curso de Administração. Estudantes demonstram insatisfação com decisão da reitoria. Páginas 5 e 10 FELIPÃO EM MUÇUM Técnico da Seleção Brasileira visita amigos Página 25 Encartado CADERNO MIX Série Respeito ao idoso Página 13 ENCANTADO POLÍCIA Caso Galiano perto de solução Página 23 Princípio de incêndio na Santa Clara Página 23 DESTAQUE Sargento Acemar comemora 30 anos de serviço militar Página 22 José Raimundo Tramontini SUSTO NO PLANALTO Carro perde controle e derruba poste Página 23 POLO SORVETEIRO Empresas da região projetam crescimento Páginas 6 e 7 Arquivo pessoal

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Veículo do Grupo Encantado de Comunicação, da cidade de Encantado RS

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Page 1: 19 de abril de 2013

UNIVATESENCERRA ATIVIDADES

Papa ficará a um metro dos fiéis

Página 8

MODAEncantadense nas passarelas do Fashion Rio

Página 17

Anúncio foi feito na terça-feira (16) para os alunos do curso de

Administração. Estudantes demonstram insatisfação com decisão da reitoria.Páginas 5 e 10

FELIPÃO EM MUÇUMTécnico da Seleção

Brasileira visita amigos

Página 25

EncartadoCADERNO MIX

Série

Respeito ao idoso

Página 13

ENCANTADO

POLÍCIA

Caso Galiano perto de solução

Página 23

Princípio de incêndio na Santa ClaraPágina 23

DESTAQUESargento Acemar

comemora 30 anos de

serviço militarPágina 22

José

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SUSTO NO PLANALTOCarro perde controle e derruba poste

Página 23

POLO SORVETEIRO

Empresas da região projetam crescimentoPáginas 6 e 7

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COLUNA 5JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013

Há tempos venho afirmando que Encan-tado precisa se unir para buscar um cres-cimento, um resgate de autoestima, deixar realmente um ambiente encantador, para uma cidade que tem muito ainda por fazer. Mas muito já foi feito, e isto é impossível ignorar. E muitas vezes se deixa passar uma oportunidade de criar um clima para um crescimento ordenado e que seja bom para todos, já que, nesta cidade, o que é bom para 45%, é ruim para outro percentual igual. E os demais 10% não estão nem aí para o que pensam os homens da sopa de números que atendem por 11 e 15.

Muitos pontos positivos têm nesta cidade: uma das maiores festas do Estado: a Suinofest, que muitos confundem com a própria cidade nos mais variados cantos do Rio Grande; a Cosuel e sua grandeza estão a orgulhar o cooperativismo gaúcho, e talvez a não empolgar os próprios encan-tadenses; um polo de cosméticos de reco-nhecida atuação; picolés e sorvetes que encantam crianças e jovens dos três Esta-dos do Sul, e já chegando a Mato Grosso; se instalando e avançando a passos largos uma fábrica de chocolates, que já está fazendo a cabeça de muita gente, e que em breve será um dos pontos turísticos da nossa bela Encantado.

Sem contar as belezas turísticas que aqui poderíamos representar com a Lagoa da Garibaldi, a a Igreja Matriz, tudo isto construído num pequeno trilho, situado entre duas grandes trincheiras, prepara-das e armadas para uma guerra, onde não dispara um único tiro, mas os morteiros verbais machucam, mutilam e impedem que toda a comunidade encantadense cresça ainda mais e se desenvolva com um clima de paz e harmonia.

Sei que posso estar sonhando em en-contrar esse clima, afinal já me disseram, e

tentaram me convencer que em Encantado é assim, e não vão mudar: 45% acham que tudo está errado. Uma simples calçada com desnível pode gerar comentários no Facebook do tipo, “o último que sair apaga a luz”, e os outros 45% acham que tudo está certo, se foi feito pelos meus, está cor-reto, bem feito, e nada deve ser mudado. Até num simples cafezinho erramos a mão e o seu sabor pode ser alterado, mesmo feito por um dos nossos, e por outro lado, essa mesma tacinha pode ter um sabor bom, até quando feito por alguém que é da oposição. Sou um sonhador eu sei.

Esta semana, a vida concedeu a todos os encantadenses uma oportunidade única, quem sabe até derradeira, para aumentar a autoestima, para lutarmos pelo ideal de desenvolver a cidade e a região alta do vale, quando foi anunciado o encerramen-to no final do primeiro semestre do últi-mo curso que funcionava em Encantado, da Universidade do VALE DO TAQUARI, também conhecida por UNIVATES, e que a partir de agora podemos rebatizar como UNILAJEADO, já que tem cursos apenas na cidade que para todos é considerada como a capital do vale.

Algumas perguntas se impõem e são necessárias para o momento:

• A UNISC de Santa Cruz do Sul tem extensões em Venâncio Aires (que dista os mesmos 30 km que separam Lajeado de Encantado), Montenegro, Sobradinho e Ca-pão da Canoa, e não está fechando nenhum destes núcleos?

• Os cursos oferecidos em Encan-tados eram os mais apropriados para o momento, e houve alguma tentativa de mudança de foco?

• Não seria mais conveniente para a Univates montar toda a sua estrutura em

Lajeado?

• Houve mobilização por parte da comunidade encantadense para que a Uni-vates não fechasse?

• Houve uma mobilização por parte da região alta para não perder mais uma de suas referências?

• Ao contrário da Unisc, o que pre-domina na Univates é o pensamento do-minante, que o Vale do Taquari é Lajeado, somente Lajeado?

• A desunião de Encantado pode ter sido um fator fundamental para que a Uni-versidade fechasse as suas portas?

Vários aspectos poderiam ser levan-tados. Agora cabe à cidade de Encantado se unir, mobilizar a região alta do Vale do Taquari, para buscar uma nova universi-dade e agradecer a Universidade do VALE DO TAQUARI o tempo e a insistência com a região alta.

Se isto não for feito estaremos nova-mente passando recibo de que seremos apenas um rabicho da região baixa. E uni-dos podemos muito mais, é hora de protes-tar, é hora de mobilizar, de convocar uma manifestação pública. Para ontem, agora, não dá para esperar mais nenhum minuto.

Como ouvi do Prefeito Paulo Costi, a região alta do Vale perde a cada dia, e se nada for feito, ficaremos dada vez mais para trás. E achando que ele tem 110% de razão, a hora de dizer que tudo pode e deve mudar é agora.

Ou você é por Encantado e região alta, ou está torcendo pelo desenvolvimento cada vez maior da parte baixa. Grite, pule, xingue, esperneie, mas faça a sua parte por uma nova Universidade em Encantado.

Desapropriação da Univates já.

Chega! Vamos soltar o grito, queremos mais...

“Grite, pule, xingue, esperneie, mas faça a sua parte por uma nova Universidade em Encantado”

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6 JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013 ESPECIAL

O sorvete, alimento que antigamente era considerado uma so-bremesa para épocas de calor, vem adquirindo, nos últimos anos, outra visão de consumo e, em consequência disso, outros nichos e uma estabilidade maior de comercialização. Dados da Associa-ção Brasileira de Indústrias de Sorvetes (ABIS) confirmam que no período de 2003 a 2011, o consumo do alimento apresentou um crescimento de aproximadamente 70% no Brasil.

Com essa percepção de crescimento, empresas sorveteiras investem na diversificação da produção para sorvetes mais cremosos, linhas de produtos específicos, como diet e light, fatores de alta contribuição

para o alto crescimento do setor e mudança de conceito em relação ao produto, que pode ser consumido durante o ano todo e não somente em época de calor, visto que cada vez mais os consumidores reconhe-cem a qualidade nutricional do sorvete e seu valor energético.

Nesta edição, a reportagem do Jornal Opinião conversou com os proprietários das empresas sorveteiras dos municípios de En-cantado e Muçum. Com uma produção mensal de 25 mil tonela-das do alimento na temporada de verão, as empresas fabricantes afirmam que a tendência para os próximos anos é de crescimento e novos investimentos para o setor.

POlO sOrveteirO

empresas da região projetam crescimento

REPORTAGEM: Ranieri Moriggi

A história da indústria de sorvetes Sabory teve início em 1988, com o nome de Ponto Doce. Conforme os proprietá-rios Valmor João Orsolin, Ivânia Orsolin, José Mário Turatti e Maria Raimondi Turatti, os primeiros anos foram marca-dos por muitas dificuldades financeiras. Os sócios lembram que as primeiras atividades da indústria eram realizadas nos fundos do antigo Bar Colonial, em Encantado. “Para a produção de nossos produtos, contávamos apenas com uma máquina manual e um liquidificador de cozinha”. No início, a indústria produzia cerca de 20 litros de sorvete/hora.

Em 1994, com a estabilidade da moe-da nacional, a Sabory deu início a novos negócios e investimentos, entre eles, a alteração da marca para Sabory/Ponto Bom, a conquista de novos mercados nos estados do sul do Brasil e a edificação de um moderno complexo industrial. Atual-mente, a indústria conta com um par-que fabril moderno para a produção de 10.000 litros de sorvete/hora e 17.000 picolés/hora, com mais de 60 variedades de produtos da marca Sabory, além de gerar mais de 210 empregos diretos e indiretos e possuir uma frota de mais de 70 veículos para abastecer o mercado.

Mais de 60 produtos

Após a compra de uma área de terra na Rua Passo Fundo, Bairro Planalto, em Encantado, a família de Aldemir Baldis-sera adentrava ao mercado sorveteiro, com o intuito de crescer no negócio, oferecendo produtos de qualidade. Em 20 de maio de 2007, o prédio de 168m² recebia uma fábrica com cinco funcioná-rios, que lançava sorvetes em embala-gens de um e dois litros, picolés de fruta, cremosos e com cobertura.

Com produção diária de 2.500 kg de sorvete, os primeiros produtos fabricados pela Gelícia foram comercializados nos municípios de Ilópolis, Arvorezinha, Anta Gorda, Estrela, Lajeado, Venâncio Aires, Ar-roio do Meio, Teutônia, Relvado e Guaporé.

Hoje, a indústria conta com 22 funcio-nários, uma produção diária de três mil litros de sorvete e 28 mil picolés e linha de 19 produtos que alcança todo o Vale do Taquari e grande Porto Alegre.

Produção da Sabory chega a 17 mil picolés/hora

22 funcionários

Indústria da Sabory em Encantado

Sede da empresa Gelícia no Bairro Planalto

Produção diária de três mil litros de sorvete

Ranieri Moriggi

Divulgação

Ranieri Moriggi

Divulgação

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7JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013ESPECIAL

Com apenas uma máquina, em 1995, as irmãs Ivanete e Eliane Agostini, ini-ciaram a produção de sorvetes e picolés. Naquele período, a fábrica estava loca-lizada na Rua José Carlos Pretto, onde eram fabricados diariamente 150 litros de sorvete em baldes de dez litros e picolés básicos. As próprias irmãs é que realizavam a entrega em bares. “Num primeiro momento nós tínhamos muita vontade de trabalhar e termos nossa independência financeira”.

No primeiro ano de funcionamento da empresa, as entregas eram realizadas apenas na cidade de Encantado. Com a produção em ascendência, Ivanete e Eliane adquiriram novas máquinas, um veículo

e contrataram um vendedor para fazer a distribuição nos municípios da região.

Hoje, a Sorvetes Ki Gostoso, conta com dez funcionários, um mix de 23 sabores de picolés e uma variada lista de sabores de frutas. O complexo indus-trial está localizado na RS 332, KM 3, no bairro Jacarezinho. Atuando em todo o estado do RS, as irmãs projetam uma expansão da empresa, com a compra de novos maquinários, aumentando a capacidade de produção, que hoje gira em torno de 4.000 litros/dia.

De acordo com a Eliane, as pesso-as estão se conscientizando que não necessariamente precisa ser verão para consumir o produto.

No Bairro Jacarezinho

KiGostoso projeta aquisição de novos equipamentos

Rejane Bicca

No ramo de sorvetes e picolés há mais de 13 anos, o casal Neuto e Rosane Capita-nio formaram a então fábrica de sorvetes Naturalle. Desde o início, a empresa já tinha uma linha completa de picolés, sorvetes, Sunday e cones. Com uma equipe de seis colaboradores auxiliando na fabricação e atendendo a região do Vale do Taquari, a indústria gerava uma produção inicial de aproximadamente 300 picolés por dia.

Devido aos processos de registro da marca, a indústria de sorvetes passou a se chamar de Sorvelatto Naturalle. Hoje a empresa conta com 15 funcionários, uma produção de 20 mil picolés/dia e

6000 litros de sorvete diários, atendendo no Vale do Taquari, Vale dos Sinos, Porto Alegre e toda a fronteira.

Para Neuto, o ramo de sorvetes e pi-colés é bom. “A empresa tende a crescer mais, porém, os altos impostos taxados pelo governo, por não reconhecer que o sorvete é um alimento, acabam prejudi-cando as empresas, mas acreditamos que o crescimento é contínuo”, lamenta.

Para a próxima temporada, o casal espera contar com as ampliações do parque industrial e em 2014, investir na aquisição de novas máquinas, finalizan-do o processo de investimentos.

Ampliações no parque industrial

“Os altos impostos taxados pelo governo, por não reconhecer que o sorvete é um alimento,

acabam prejudicando as empresas, mas acredi-tamos que o crescimento é contínuo”

NEUTO CAPITANIOproprietário da Sorvelatto Naturalle

O mês de setembro de 2000 mar-cou o início da produção de picolés e sorvetes no município de Muçum. Le-onardo Moriggi, proprietário da em-presa, já atuava na área de alimentos congelados e tinha a ideia de atingir a região do alto e baixo Taquari.

Com isso, surgiu a Sorvegel, in-dústria de Sorvetes, localizada na Rua Barão do Rio Branco, em um prédio alugado. Naquela época, potes de sorvetes de um e dois litros e picolés sortidos eram os produtos que a indús-tria fabricava, numa produção diária de 300 litros/dia. Com quatro funcio-nários, a empresa realizava a entrega dos produtos em Muçum, Encantado, Lajeado, Estrela e Bom Retiro.

Hoje, a indústria de sorvetes

Sorvegel está localizada na Rua Marechal Floriano, conta com 14 fun-cionários, uma produção de cinco mil litros/dia, além de contar com uma linha de 34 produtos distribuídos em sorvetes em portes de um e dois litros, e picolés de frutas, cremosos e também de cobertura, além de Sunday, cones e potes especiais com polpa de frutas.

Os produtos são comercializados em todo o Vale do Taquari, Serra, na Região Carbonífera, Porto Alegre e região metropolitana. O proprietá-rio Leonardo Moriggi afirma que a ampliação da praça para mais seis municípios e o posterior aumento da produção são os próximos projetos da empresa.

Hoje a empresa conta com 15 funcionários

indústria em Muçum

Rejane Bicca

Rejane Bicca

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JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 20138

Fiéis vão ficar a um metro do Papa

Diogo Daroit Fedrizzi

Boletins da Jornada na Rádio Encantado AMsegundas, quartas e sextas - 8h30min e 18h30min

Rua Duque de Caxias, 1103, Encantado

Telefone 3751-3748

Matrículasabertas

Os Atos Centrais são os momentos mais esperados pelos milhões de peregrinos que irão ao Rio para a Jorna-da Mundial da Juventude, em julho. Mesmo com a mega-estrutura e palco de 110 metros de comprimento, os jovens vão poder chegar bem perto do Papa, que passeará num papamóvel blindado acenando para os jovens numa distância de um metro.

São cinco os Atos Centrais que acontecem durante todas as Jornadas, quatro deles com a presença do Papa: a Cerimô-nia de Acolhida (dia 25), a Via Sacra (26), a Vigília (27) e a Missa de Envio (28). Em todas essas atividades, a organização prevê que, pelo menos, 50 mil voluntários estejam trabalhando. “Desde o início do processo de preparação até agora, contamos com o trabalho de 20 voluntários atuando na parte administra-tiva, na seleção de voluntários artísticos, na parte musical, na liturgia, suporte aos diretores artísticos e trabalho documen-tal. Mas na jornada, contamos com 50 mil jovens”, explica padre Renato Martins, diretor dos Atos Centrais.

Padre Renato Martins revela que a programação dos Atos Centrais pode quebrar protocolos e surpreender. “Vamos ter muitas surpresas. Os jovens vão entrando em contato conosco e nós vamos aproveitando a criatividade deles. São ideias fantásticas, entre elas, teremos suspresas musicais e artísticas, mas a mais bonita delas promete emocionar. O Papa vai receber em Copacabana 1 mi-lhão de mensagens de jovens do mundo

inteiro. É uma homenagem ao novo Papa, mas onde elas vão aparecer é segredo”.

Segundo o padre, as atividades são abertas aos público e dão a oportuni-dade de outras pessoas participarem. “Qualquer pessoa poderá assistir a todos os Atos Centrais. Como organiza-dor, acredito que cada momento fará os os jovens voltarem para os seus países certos de que são a grande expectativa da igreja”, comemora. (G1)

PapamóvelO papamóvel utilizado por Francisco será o mesmo

que seria utilizado por Bento XVI. Ele é blindado e anda a 20km/h. Dois veículos, um oficial e um reserva, serão trazidos para o Brasil num avião cargueiro, 15 dias antes do evento.

Quem acompanhaTodo o deslocamento do Papa será acompanha-

do pelo arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta. Ele vai estar com o Santo Padre em todas as visitas, nas viagens de helicóptero e no papamóvel. Além de Dom Orani, também vão acompanhar Jorge Bergo-glio, um secretário de Estado, um secretário particular e o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Con-selho para os Leigos, responsável pela Jornada Mundial da Juventude no Mundo.

PalcoEnquanto os atos culturais contarão com vários pal-

cos espalhados pela cidade, os Atos Centrais vão contar com um palco central de 110 metros de comprimento. Em caso de problemas climáticos, a organização garante que o Papa estará protegido. “Nosso palco é muito grande e como estaremos à beira-mar, seria muito fácil o vento arrebentar a cobertura, então optamos por um palco descoberto. Caso chova, já estamos preparados, o Papa tem proteção especial e até guarda-chuva.”

Papa Francisco ficará bem perto dos jovens

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9JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013notícias da

Acompanhe às sessõesTerças-feiras, às 18h

Diogo Daroit Fedrizzi

Encantado - A Câmara de Vereadores definiu na terça-feira (16) os nomes dos integrantes da Comissão que vai debater a instalação da UTI no Hospital Beneficente Santa Teresinha. O presidente escolhido é o vereador Marcelo Deves (PT).

Na tribuna, o petista afirmou que uma das prioridades é ouvir as explicações da Beneficiência Camiliana, que administra a Casa de Saúde encantadense. “Já conhe-cemos a opinião do diretor (Vagner dos Anjos). Agora, queremos que os proprie-tários nos prestem contas”, disse Deves.

O parlamentar também pretende reu-nir os médicos que integram o Corpo Clí-nico, os prefeitos e vereadores da região. “Queremos entender porque se instala ou porque não se instala a UTI”.

Deves atacou a Comissão criada na legislatura passada e reclamou que não foi feito um relatório conclusivo sobre as ações do grupo. “Os trabalhos do último

ano não andaram. Agora, vamos ter come-ço, meio e fim. Vamos deixar um relatório. Nosso compromisso é grande. De uma vez por todas vamos dar início à possibilida-de de instalação da UTI”, prometeu.

O vice-presidente Adroaldo Conzatti (PSDB) lembrou que o contrato assinado entre os Camilianos e administração mu-nicipal da época, quando ele era o prefei-to, previa que a comunidade encantaden-se construiria o Hospital e os camilianos seriam os responsáveis por gerenciar a instituição e comprar os equipamentos. “É preciso que se cobre isso. Há contratos registrados. O compromisso dos equipa-mentos é da Congregação. Se o diretor que está aqui não sabe, os padres têm que saber. E eles sabem”, cobrou o tucano.

O relator da Comissão é Valdir Groo-ders, a primeira secretária é Sandra Vian e o segundo secretário Gustavo Scatolla. Na próxima terça-feira (23), os vereado-res voltam a se reunir para agendar visi-tas a hospitais que têm UTI. O objetivo é conhecer a estrutura dos locais e os cus-tos para construir a Unidade.

Vereadores querem explicações dos Camilianos sobre UTI

Comissão criada no Legislativo também planeja visitas a hospitais do Estado para conhecer a estrutura

Evaldo Lang

SaúdeO primeiro a falar na tribuna foi

o vereador Cláudio Roberto da Silva (PMDB), que fez comentários sobre a saúde de Encantado. “ O problema da saúde aconteceu tão somente a partir do dia 8 de outubro de 2012. Antes disso não havia crise, se atendia a todos os pedidos, se fazia até cirurgia estética. De repente, mergulhamos nesta crise que não tem medicamentos básicos. O que houve? E alguém brincou comigo, Encantado é atrasado até na crise”, comentou Cláudio, que mais uma vez declarou que o dinheiro da saúde públi-ca foi usado na campanha eleitoral.

Foto“Por que o prefeito Paulo Costi só

tirou foto com os proprietários da Divi-ne Chocolates, e não com os donos do Couros Ecológicos ou da Ciamed?”, foi o questionamento de Valdecir Gonzatti (PMDB) na tribuna.

53 projetos em 2013Adroaldo Conzatti (PSDB) avaliou

que dos 53 projetos encaminhados pelo Executivo até agora, poucos foram voltados ao crescimento de Encantado. O presidente Jonas Calvi (PTB) contra-pôs e citou uma série de matérias que, segundo ele, são importantes para o desenvolvimento de Encantado. “O as-falto da Estrada dos Imigrantes e da Rua Severino Augusto Pretto é um exemplo”, disse. O valor de R$ 865 mil foi desti-nado pelo deputado federal Luis Carlos Busato (PTB). Num primeiro momento, a Corsan fará as obras de canalização dos dois trechos. Enquanto isso, a prefeitura fará o processo de licitação. A expectativa é concluir o trabalho antes da Suinofest, que acontece em junho.

Câmeras de segurançaLuciano Moresco (PT) mostrou

otimismo a respeito da instalação das câmeras de videomonitoramento na cidade de Encantado. Ele registrou que o processo de licitação do sistema de cabeamento por fibra ótica está em andamento. “A ideia é instalar até oito equipamentos nas principais vias”. O parlamentar também expôs a suges-tão de empresários interessados em bancar a colocação de câmeras nas próximidades de seus estabelecimen-tos. “Se a estrutura de cabos permitir

e se a Brigada Militar considerar viável o monitoramento de mais câmeras, não vejo problema”. Cada aparelho tem capacidade de captar imagens em até 700 metros de distância.

EC EncantadoCelso Cauduro (PMDB) pediu mais

apoio da administração municipal para o Esporte Clube Encantado. Segundo ele, R$ 10 mil é muito pouco para o clube disputar o Estadual Máster. “O vestiário do Estádio está ruim, a pintu-ra, poderiam dar uma ajuda melhor”, comentou.

Enoir assumeWaldir Grooders (PTB) pediu

afastamento de quatro sessões. A vaga será ocupada pelo suplente do PP, Enoir Cardoso.

Couros EcológicosJonas Calvi (PTB) ressaltou que o

Executivo cancelou o repasse de incen-tivos para a empresa Couros Ecológicos pelo fato de a indústria não cumprir o contrato com a administração munici-pal. “Será cobrado na Justiça o ressarci-mento dos valores repassados”, disse.

QuestionamentosGustavo Scatola (PMDB) questionou

os colegas se é só ele que recebe recla-mações da população sobre conserto de ruas, de calçadas, de lâmpadas.

Melhorias nas estradasSander Bertozzi (PP) falou sobre os

trabalhos da Secretaria de Obras que serão feitos nas estradas das Linhas Auxiliadora, São Marcos, Pinheirinho e São Luiz. O político afirmou que o muni-cípio analisa a possibilidade de adquirir um rebritador. “Precisamos fazer uma campanha de conscientização nas faixas de seguranças. É visível que há um des-respeito por parte de alguns motoristas de Encantado”. Sander sugeriu a criaçao de um Projeto para preservar os bens públicos: praças, brinquedos, ruas. “Em várias situaçoes, os operários da prefei-tura arrumaram os brinquedos de uma praça e logo em seguida os vândalos destruíram”. O parlamentar enalteceu a quantidade de eventos realizados no município. “Encantado não perde em nada para os outros”.

“Auditório Itália não tem saídas de emergência”,

alerta Moresco

As condições da estrutura do Centro Administrativo Municipal renderam comentários entre os vereadores. Primeiro foi Adroaldo Conzatti, que cobrou da admi-nistração a pintura do prédio. O líder do governo, Luciano Moresco (PT), afirmou que, antes da refor-ma externa, é preciso priorizar melhorias na segurança interna.

Ele citou a falta de proteção nas escadas e a ausência de saídas de emergência no Auditório Itália como situações preocupantes. “No Auditório só temos a porta de entrada. Ele é todo revestido de madeira e carpete. Imaginem se acontece um acidente!”, salientou.

Valdecir Gonzatti (PMDB)

Sander Bertozzi (PP)

Diogo Daroit Fedrizzi

Diogo Daroit Fedrizzi

Luciano Moresco (PT)

Grupo se reuniu pela primeira vez na terça-feira (16)

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10 JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013 EDUCAÇÃO

Henrique Pedersini

Encantado - O curso de Administração oferecido pela Univates no campus em Encantado está com os dias contados. A institui-ção comunicou aos alunos na noite da terça-feira (16) que a partir do segundo semestre as atividades da instituição na cidade serão suspensas, se restringindo apenas a Lajeado.

O motivo principal seria a baixa procura por parte dos alunos. Com capaci-dade para 700 estudantes, são apenas 42 matrículas no momento. Muitos alu-nos se mostraram insa-tisfeitos com a decisão. O próximo passo da reitoria é debater a transferência dos que frequentam o cur-so em andamento para La-jeado.

A Univates manterá a posse da estrutura. São 17 hectares. O prédio abriga 14 salas de aula, bibliote-ca, setor administrativo e refeitório. Uma futura re-tomada das atividades não é descartada pelo reitor Ney Lazzari.

Durante os últimos dias, o prefeito Paulo Cos-ti esteve reunido com lí-deres da instituição para debater a melhor solução em relação ao espaço. O centro foi inaugurado no ano de 2004. Desde 2010, o número de alunos caiu

drasticamente. Foram apenas 96 matrículas em 2011. Na temporada in-teira de 2012, o número caiu para 72. Nesse ano, os inscritos chegam a 42. A grande maioria dos alunos credita à baixa procura a falta de opções oferecidas. Há a possibilidade de que cursos profissionalizantes sejam instalados.

UNIVATES ENCANTADO

Curso de Administração encerra no segundo semestre

Reitoria alega baixa procura por parte dos alunos. Estudantes se mostram insatisfeitos com a decisão

Felipe Lucca, aluno de Administração“Quando prestei vestibular na Univates, con-

fiei nela não somente meus sonhos, mas princi-palmente meu futuro. A credibilidade da institui-ção em âmbito regional, me fez acreditar que ali eu alicerçaria parte dos pilares que preciso para construir uma profissão de sucesso. Assegurar que o campus de Encantado não será fechado, mas deixar de oferecer um curso, o único que acontece aqui é uma decisão forte e consequente. Os 50 alunos matriculados em Encantado não são somente 50 alunos, eles são o Pedro, o Paulo, o José e a Maria. Temos nome, temos desejos, sonhos, vidas. Se estão faltando clientes, talvez

seja pela carência da diversificação de serviços oferecidos. Não nos importamos que o prédio não tenha ar-condicionado e a internet seja lenta, o barulho dos ventiladores era alto, mas era engraçado, nós riamos da situação, nos diver-tíamos, e estávamos lá por uma causa nobre, a qual somos todos apaixonados. Nosso estudo. Só queremos continuar cimentando tijolo por tijolo, um de cada vez, construir nosso futuro. Ainda não aprendemos a caminhar com as nossas per-nas, precisamos de apoio até conseguirmos nos equilibrar sozinhos e, quem sabe esta é a hora exata para a Univates elegantemente se curvar e permitir que o Nosso Encantado também possa ver o Sol.”

Aline Disegna, aluna de Design Gráfico“O fechamento do Campus da Univates im-

plica em vários prejuízos para os acadêmicos da cidade e região, que precisam se deslocar para Lajeado. Desde o início da faculdade em 2006 cursei apenas duas disciplinas aqui, devido a falta de investimentos e estrutura precária. Se fossem oferecidas mais opções facilitaria muito em relação a horários, o que evitaria o deslocamento que acaba prejudi-cando vários alunos devido ao seu trabalho. Consequentemente este fechamento irá afetar no desenvolvimento da cidade.

O QUE PENSAM OS ALUNOS

Arquivo pessoal

Divulgação

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11JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013GERAL

Diogo Daroit Fedrizzi

Porto Alegre - Um dos salões do Grêmio Náutico Gaúcho ficou lotado, na noite de quarta-feira (17), para o lançamento do livro do professor Airto Fran-cisco Gomes, que conta a história do encantadense Vilson Fermino Bagatini.

A obra de 552 páginas e mais de 700 fotos, res-gata a trajetória do garoto nascido na Linha Argola. Ao longo dos 67 anos de vida, destacou-se como jo-gador, árbitro de futebol e professor especialista na área de Psicomotrocidade, incentivando o trabalho com pessoas especiais.

Familiares, árbitros, técnicos de futebol, pro-fessores de Educação Fí-sica de diversos Estados brasileiros, amigos e au-toridades políticas partici-param das homenagens ao encantadense. Entre elas, a entrega de troféus pele envolvimento de Bagatini com a Federação Interna-cional de Educação Física.

Além de Gomes, o pre-feito Paulo Costi e o vice José Calvi prestigiaram o evento. Calvi foi uma das atrações artísticas. Ele apresentou parte do show “100 Piadas”.

Emocionado, Bagati-ni recordou os tempos de Encantado. “Tenho muita lembrança daquela ‘ca-chorrada’ que me judiava”, brincou. “Diziam assim: ‘Graxa, vamos jogar fute-bol?’ Porque eu era o dono da bola, só eu e o Roberto Lahude tínhamos bola em Encantado. Tenho sauda-

des de toda essa turma. Quero fazer o lançamento desse livro em Encantado, tenho muitas saudades dessa terra”. Feliz com a presença maciça dos ami-gos, ele garante que já te-ria condições de organi-zar uma nova produção, somente com as histórias que ficaram de fora da pri-meira edição.

Um ano de trabalhoAirto Gomes demorou

mais de um ano para or-ganizar o texto. “O Bagati-ni exerceu várias funções profissionais e cada uma delas tem um capítulo. Mas meu trabalho foi faci-litado principalmente pelo conhecimento que tenho do Graxa, como o chamo. Éramos amigos de infân-cia e de juventude, quando ele morava em Encantado. Muitas histórias do livro são deste período”, expli-cou o autor.

O prefeito Paulo Costi diz que é um orgulho ver regis-trada a trajetória vitoriosa de mais um encantadense. Costi também elogiou a par-ticipação de Gomes. “O pro-fessor tem escrito muitos livros que resgatam a cultu-ra de nosso povo, trazendo à tona o conhecimento aos mais jovens. Nesse livro do Bagatini, certamente, não foi diferente”.

O vice-prefeito José Cal-vi salienta que é importan-te participar de mais uma etapa na trajetória de Vil-son Bagatini. “É mais um encantadense que deixou a cidade ainda jovem, mas que continua divulgando Encantado pelo Brasil e até no exterior”.

Família

A história da família Bagatini merece um capítulo especial no livro. Para o irmão de Vilson, Cezar Bagatini, goleiro campeão pelo Caxias e Inter-nacional, falar de Encantado é sempre motivo de orgulho. “Os encantaden-ses que deixam a cidade também seguem suas carreiras profissionais e se mostram vencedores. Guardamos

as melhores lembranças possíveis de nossa infância, de nossos amigos. Nos-sa família continua unida”, conta.

O filho de Vilson, Rafael, bicam-peão brasileiro de vôlei pela Frangosul e Ulbra, confessa que o livro era um sonho do pai. “Na minha infância, esperava ele voltar dos jogos com a camisa de algum time. Tenho muito orgulho dele, tudo o que quis, ele sem-pre conseguiu”.

Colegas professores

Para o presidente Mun-dial da Federação Interna-cional de Educação Física (FIEP), Almir Gruhn, Vilson Bagatini é uma lenda. “Te-mos muito que agradecer ao professor Vilson pela sua história não só como profissional do futebol, mas pelo que ele fez pela FIEP, levando o nome da Federação para mais de 20 países e em todos Estados brasileiros”, disse.

O presidente da Confef (Conselhos Federal e Regionais de Educação Física), Jorge Steinhilber, destaca o trabalho social de Bagatini. “Ele foi uma pessoa mordida pela mos-ca no sentido de ajudar as pessoas, com atividades sociais, principalmente os deficientes. Fez isso numa época em que não se pensava nem no direito das pessoas que têm necessidades especiais”, comentou.

Biografia de Vilson Bagatini é lançada em Porto Alegre

Livro escrito pelo professor Airto Francisco Gomes terá apresentação especial em Encantado no mês de maio

Airto Gomes, Paulo Costi, Vilson Bagatini, José Calvi e Airto Ferronato

Fotos: Diogo Daroit Fedrizzi

Bagatini recebeu de Gomes convite da Câmara para lançamento do livro em Encantado

A esposa Lurdes, Vilson, o filho Rafael, e os irmãos Celso, Elili e Cezar

O técnico Paulo Sérgio Poletto, que há 10 anos reside em Erechim, destaca a conquista do Campeonato Brasileiro Universitário em 1971, representando a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “O Bagatini faz parte da minha vida como treinador vitorioso. Era meu goleiro nessa façanha, junto com o Feli-pão e o Ivo Wortmann”, falou.

O deputado estadual Cassiá Carpes, ex-atleta e técnico de futebol, represen-tou a Assembleia Legislativa e entregou uma placa a Bagatini. “O Bagatini nos surpreende a cada dia. O trabalho que ele faz com as crianças especiais mere-ce ser destacado. “Tem que ter dom. E ele tem esse dom especial”, acrescen-tou.

O encantadense Airto Ferronatto, ve-reador em Porto Alegre, propositor do título de Cidadão Porto Alegrense a Ba-

gatini, enfatizou que a atuação do amigo expressa a solidariedade humana. “O trabalho que ele faz com os menos favo-recidos é sensacional”, apontou.

O ex-árbitro Agomar Martins apitou 980 jogos nos anos de 50, 60 e 70, hoje é empresário do setor imobilário e tam-bém esteve na festa do Bagatini “Ele é um grande amigo, companheiro, grande árbitro e professor excelente”, resumiu.

Amigos do futebol

Bagatini e Cássia Carpes Presidente da FIEP, Almir Gruhn, e Bagatini

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JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013 ENCANTADO12

Diogo Daroit Fedrizzi

Encantado - O Pronto-Socorro do Hospital Beneficente Santa Teresinha de Encantado não tem problema de falta de médicos. A garantia é do administrador da Casa de Saúde, Vagner dos Anjos.

A equipe conta com um médico pre-sencial por turno, uma enfermeira, dois técnicos de enfermagem, recepcionista e telefonista. “Para o atendimento de ur-gência e emergência, é o suficiente. O que existe é uma necessidade da população de ser atendida no momento em que ela quer, da forma como ela quer, e rápido”, comenta. “Se eu colocar mais três médi-cos no PS, eles vão se bater, até porque temos carência de espaço. Quando tiver-mos mais aporte financeiro, teremos con-

dições de aumentar o número de salas”. O diretor técnico do Hospital, médico

Samir Moesch, constata que hoje a situa-ção dos plantonistas também está melhor organizada. “Não temos mais falta de mé-dicos de plantão. Um ano atrás, eu tinha que fazer um terço dos plantões. Não há mais preocupação, apesar de reconhecer que no inverno a demanda é maior”.

Moesch explica que o paciente que chega em estado de urgência, por exem-plo, necessita de um tempo maior de aten-dimento. É fundamental que as pessoas compreendam a situação. “Muitos acham que estamos sem fazer nada. Enxergam a porta fechada, ou alguém conversando no corredor. Quantas vezes já discuti ca-sos com outros profissionais no corredor! Mas pensam: ‘ah, os médicos estão ba-

tendo papo’. Já relevamos isso”, diz. Para ele, aqueles que saem satisfeitos, não se manifestam na imprensa ou nas redes so-ciais para dizer que foram salvas. “A cada 10 pessoas, uma que saiu insatisfeita, faz um auê maior do que os outros”.

Vagner Dos Anjos acrescenta que de dezembro do ano passado até o começo de março, alguns postos de saúde de En-cantado estavam fechados, fato que con-tribuiu para o crescimento no número de pacientes no PS. “O único que estava de porta aberta, atendendo todo mundo era o Hospital. E, muitas vezes, o usuário já chegava aqui estressado”.

Para ele o foco do atendimento do Pronto Socorro ainda precisa ser melhor compreendido pela população. O admi-nistrador entende que metade dos que

procuram o PS é porque não conseguiram consulta particular ou no posto de saúde. “Se essa parcela conseguisse acesso onde foi procurar, não estaria no PS. Os demais nós conseguiríamos resolver”.

A assistente administrativa, Marilene Daltoé, destaca que é preciso educar a população para procurar o Pronto Socor-ro somente quando for caso de urgência e emergência. “Apenas 10% dos atendi-mentos que fizemos se enquadram nestas duas situações. Os outros 90% deveriam procurar o posto de saúde”, constata. Ela enfatiza que, apesar disso, todos que vão até o Hospital são atendidos. “Pode de-morar quatro horas, mas não mandamos ninguém embora”.

Em 2012, o PS realizou 31.664 atendi-mentos, média de 86 por dia.

* Administrado pela Benefi-ciência Camiliana do Sul, o Hospital Beneficente Santa Teresinha foi inaugurado em 3 de outubro de 1945. * A Casa de Saúde é referência para uma população de 74.290 habitantes, que compreende os municípios de Anta Gorda,

Arvorezinha, Coqueiro Baixo, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Encantado, Ilópolis, Muçum, Nova Bréscia, Putinga, Relva-do, Roca Sales e Vespasiano Correa.* Conta com 153 funcionários* 31 médicos no Corpo Clínico* 55 leitos de internação

* 6 leitos ambulatoriais* 2 salas de cirurgia* 1 sala obstétrica* Em 2012, realizou 17.817 exames de Raio X, 14.092 exames de ultrassonografia, 4.402 exames de mamografia, 4.168 exames de tomografia e 1.400 exames de densitome-

tria óssea.* No Pronto Socorro foram 31.664 atendimentos* 3.255 internações* 3.013 cirurgias* 376 partos* No ano passado, foi feito o Plano Diretor do Hospital, com a elaboração dos projetos

arquitetônicos para adequar a estrutura às exigências legais. “Já temos protocolado os projetos da unidade de internação, nutrição e lavan-deria. Estamos concluindo os projetos do pronto socorro e serviço de diagnóstico por imagem”.

“Não faltam médicos no Pronto Socorro”, diz diretor do HBST

Administração da Casa de Saúde reforça que apenas 10% dos atendimentos se enquadram em casos de urgência e emergência

Os dirigentes rechaçam a afirma-ção de que o corpo clínico do HBST é fechado e não aceita o acréscimo de novos profissionais. “Já foi fechado, mas há muito tempo”, reconhece Dos Anjos. A dificuldade está em encontrar médicos interessados em trabalhar em Encantado. Hoje, 31 profissionais prestam serviço no Hospital.

Marilene revela que vários anún-cios já foram publicados em jornais da capital. Abriram vagas para trauma-tologista e cirurgião geral. “Não veio nenhum currículo! Estamos há três anos à procura de um traumato geral”, conta. Alguns que aceitam negociar, se propõem a atender uma vez por se-mana. “Mas não nos serve. Precisamos alguém que faça sobreaviso junto com o Doutor Darlei. Cada um faz 15 dias”.

Para Dos Anjos, as subespecializa-ções na área médica contribuem para a dificuldade. “O sujeito é traumatolo-gista, mas só trabalha com braço, mão ou joelho. Vamos ter demanda para um especialista em joelho, por exem-plo? No interior, não”, afirma. O diretor revela que nas primeiras conversas, o médico de fora até se interessa em trabalhar, principalmente, depois de conhecer a estrutura do Hospital. Mas

em seguida, descarta. “Ele até se sujei-ta a ganhar menos, mas quer ficar num centro maior”.

Em outra situação, o profissional pede uma garantia em dinheiro para se transferir para a cidade. “Não tem como repassarmos R$ 30 mil por mês para determinado especialista. Seria falta de respeito com os que estão aqui há anos”.

Vagner dos Anjos constata também que, nos últimos tempos, os médicos colocam a qualidade de vida pessoal como prioridade, em detrimento do acúmulo de trabalho. Aquela figura que visitava os pacientes no Hospital às 5h, atendia no posto das 6h às 10h, depois ia para o consultório, fazia plantão e cirurgia até meia noite, não existe mais. “Em Encantado, temos médicos que só fazem Programa Saúde da Família (PSF), outros só têm consultório, outros não querem saber de plantão, de posto de saúde”, aponta. “Eles querem ver os filhos crescer. Pensam que não adianta ganhar R$ 50 mil por mês se não terão tempo para gastar. Por isso todo o ano no Rio Grande do Sul se formam 800 médicos e não se resolve o problema da falta de profissionais”.

Dificuldade em contratar profissionais

Necessidade de equipamentos

Nesta semana, a direção do HBST reuniu-se com o deputado Alexandre Postal (PMDB). Vagner dos Anjos pediu apoio para a compra de três equipamen-tos considerados prioridade: um apa-relho para gasometria (R$ 50 mil); uma lavadora ultrasônica para instrumental cirúrgico (R$ 20 mil) e um monitor mul-tiparamétrico (R$ 17 mil).

Outros cinco equipamentos integram a lista de necessidades da Casa de Saúde: um aparelho de anestesia (R$ 75 mil); um auto clave horizontal 300 litros com 300 filtros (R$ 60 mil); um bisturi elétri-co 600 watts (R$ 17 mil); um ventilador

pulmonar portátil uso adulto, pediátrico e neonatal (R$ 60 mil); um aparelho para videocirurgia com acessórios (R$ 250 mil). O valor total chega a R$ 600 mil.

Secretário de Saúde

Na tribuna da Câmara de Vereadores desta semana, Valdecir Gonzatti (PMDB) afirmou que o deputado Alexandre Postal vai intermediar uma audiência com o secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni, para tentar apoio na aquisição dos três equipamentos. Gonzatti também anunciou uma emenda parlamentar do deputado federal Alceu Moreira (PMDB) no valor de R$ 175 mil para o Hospital de Encantado.

SAIBA MAIS

Deputado Postal reuniu-se com Vagner dos Anjos e Samir Moesch

Divulgação

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13JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013Série

Respeito ao idoso

Com o aumento da proporção de idosos e da expectativa de vida no país, a preocupação das famílias com o cuidado de seus familiares na terceira idade torna-se uma cons-tante. E nesse momento, surgem muitas dúvidas. É melhor deixar o idoso sozinho em casa ou morar na mesma residência dos filhos? Casa de repouso é uma opção correta?

A partir desta edição, o Jornal Opinião realiza uma série de reportagens com profissionais ligados aos cuidados com o idoso. A equipe visitou na cidade de Muçum, a Pousada Espaço Convivência, loca-lizada na Avenida Nossa Senhora de Fátima. O local recebe pessoas da terceira idade e oferece serviços de atenção, voltado para famílias que não tem con-dições de cuidar do seu familiar.

Proporcionar carinho, amor, atenção, além de todo aparato necessário aos idosos. É assim que Mara e Adilar Patuzzi resumem o trabalho, reali-zado há um ano na Pou-sada Espaço Convivência. “Não é uma tarefa fácil. Requer muita dedicação e afinidade”, afirma o casal.

Mara conta que a ideia em abrir uma casa de repouso surgiu há mais de uma década e devido à forte convivência diária com seus avôs durante a infância e adolescência.

A pousada possui cômodos que remetem a uma casa normal. Há co-zinha, uma sala de visitas com sofás, estante e tele-visão, quartos com camas individuais, quintal, pátio, porém, todas as adapta-ções realizadas, seguem de acordo com as normas que regem o Estatuto do Idoso. “O ambiente é para deixar as pessoas à vontade, como se estives-sem em casa. Seguimos todas as orientações e exigências que o Estatuto do Idoso determina para

os centros de convívio”, diz Mara.

O espaço conta atual-mente com dez pessoas, com idades entre 75 e 90 anos. A maioria está na casa porque as famílias não querem deixá-los sozinhos ou, em alguns casos, o idoso não possui parentes. As atividades no lar envolvem alimen-tação, higiene pessoal, cuidados médicos e constante monitoramen-to de enfermeiros. “Eles acordam cedo, tomam banho, café da manhã assistem à missa, reali-zam a caminhada mati-nal. O almoço é servido às 11h30min. Segue-se a hora do descanso e depois o lanche da tarde. Durante a semana, reali-zamos atividades, como o baile da melhor idade, fisioterapia, momento de oração com grupos da cidade e um período para cantigas italianas, para a alegria dos nossos vovôs”.

TranquilidadeCom esta necessida-

de de maiores cuidados, Gema Pavin Pezzi, 77 anos, está na pousada há seis meses. Para ela, o convívio diário no local é tranquilo. “É bom estar aqui. Gosto das pessoas, do lugar, da alimentação, da maneira como sou tratada. Meus dois filhos vêm me visitar diariamen-te. Se eles não conseguem vir até aqui, sempre estão ligando para saber como eu estou”, afirma.

Para a cuidadora Tânia Maria Brandão, que está no local desde a sua fundação, o trabalho com idosos lhe proporciona momentos de aprendiza-do e reflexão sobre o dia-a-dia. “Eu me sinto bem. Gosto do que faço, fico aliviada. Quando chego aqui eu mudo totalmente, aprendo muito com os ‘noninhos’, é uma grande lição de vida”, afirma.

A fisioterapeuta, Regi-na Maria Coletti, trabalha

há um ano no Espaço, com a prevenção e reabilitação. Ela salienta que além do trabalho realizado pelos profissionais e colabora-dores, as famílias são im-portantes no processo de recuperação e apoio dos idosos que ali estão. “Tra-balho individualmente e em conjunto com eles. É uma maneira de socializar. É um trabalho constante, e que as famílias estejam participando. Aqui há um cuidado muito bom, mas nada substitui o apoio familiar. É importante a participação da família junto à Pousada”, afirma.

FamíliaO entusiasmo da equi-

pe que realiza o trabalho na casa geriátrica requer um comprometimento de todos, principalmente dos familiares. Afinal, ainda hoje no Brasil, são poucas as pessoas que disponibi-lizam de recursos finan-ceiros para a manutenção de familiares em clínicas particulares. É comum ver idosos em corredores de hospitais, gemendo de dor, ao lado de familiares revoltados, cobrando res-

postas que não chegam, outros largados nas ruas, sem perspectiva de vida, a face mais cruel de um sistema com graves falhas.

A saúde e a atenção ao idoso, vinda das famílias não é resolvida apenas com recursos financeiros e com fórmulas matemá-ticas. Existe a necessidade em que o reforço finan-ceiro forneça subsídios importantes. No entanto, são necessárias decisões certas e olhares voltados às carências dessas pes-soas que trabalharam por um longo período da vida e agora precisam apenas de atenção, carinho e cuidado.

Idosos recriam vida em família em centros geriátricos

Casas de Repouso transformam-se em clínicas de atendimento total e abrem espaço para os pacientes

remodelarem a rotina e formarem novos laços de amizade.

Reportagem: RANIERI MORIGGI

Pousada Espaço Convivência em Muçum atende 10 pessoas

Estrutura funciona como uma casa normal

Idosos recebem carinho, amor e atenção

Fotos: Ranieri Moriggi

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14 JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013 PÁGINA DO DILAMARDilamar dos Passos - [email protected]

Rotary Amanhã, dia 20 de abril,

o Clube Rotariano promo-ve o tradicional “Galeto da Solidariedade.” A partir das 11h serão entregues, no Sa-lão Paroquial, galeto, salada e cuca. Custo de R$ 15,00 meio galeto e R$ 28,00 galeto inteiro.

Beneficiado O lucro será destinado ao

Hospital Beneficente Santa Teresinha.

Violência Doméstica A Secretaria Munici-

pal de Assistência Social e o CRAS de Encantado promovem dia 30 de abril o 1º Seminário Regional sobre Violência Doméstica e Familiar – Uma vida sem violência é um direito das mulheres.

Exemplo negativo O capitão Téo iniciou a

novela namorando Érica, depois trocou pela Morena e saiu com a Livia . Nesse vai e vem desfilaram ainda Morena, Lívia e Érica. Como diz o tema do capitão: “Esse cara sou Eu”

Barrados Repórter e diretor do

Grupo Encantado de Comu-nicação foram barrados em uma empresa de Encantado quando da visita da deputada Zila Breitenbach ao parque fabril.

Crachá Muitas pessoas se trans-

formam ao receber o famoso “Crachá”. O “Poder” aumenta. Exemplo: um “Facilitador” barrou a entrada do presi-dente Fábio Koff na Arena do Grêmio, pois ele não tinha identificação. Em tempo, o “ Facilitador” tinha o indenti-ficador.

Bochas Jogador teria comprado

adversário para ser campeão municipal individual de bo-chas na cancha. O título valeu R$ 1.500,00.

Medicamento Durante entrevista ao

Grupo Encantado de Comu-nicação, o secretário munici-pal de saúde de Encantado, Marino Deves, admitiu a falta de alguns medicamentos.

Marino Sempre solícito, não fugiu

a nenhum questionamen-to. Pediu a colaboração da comunidade para eventuais problemas de atendimento, principalmente, das agentes comunitárias de saúde.

Cirurgias Também destacou que a

secretaria faz uma triagem para saber as necessidades de cirurgias urgentes, emergen-tes e ou eletivas.

Fortes e Livres Como diria Manga Bergamaschi: “Arremor” deve estar querendo jogar na Seleção

Galeano Durante a semana, a Polícia de Encantado cumpriu mandado

de busca e apreensão na casa de um comerciante suspeito de ser o mandante da tentativa de homicídio de Vagner Galiano.

Apreensão Uma pistola, munições, pendrives, notebook e computador foram

recolhidos. A Polícia busca elementos para indiciar o suspeito.

ExamesVagner Galiano saiu do hospital, mas permanece em Porto Ale-

gre onde está realizando diversos exames.

UNIVATESInfelizmente A Univates anunciou aos alunos do Campus de

Encantado que não haverá aula a partir do segundo semestre. Motivo: falta de estudantes.

Dinheiro público O município investiu valor considerável na ins-

talação do Campus.

Contraponto Em contato com a diretora do centro de Gestão

Organizacional, Julia Barden, fomos informados que o campus não fecha e sim que não terá mais aula do curso de Administração.

???Se o curso de Adminstração é o único disponível,

e terá o curso descontinuado, isso não significa o fechamento do campus?

Nova AlternativaBusca de uma nova instituição que venha suprir

esta deficiência é o primeiro passo da comunidade

Reflexão Quantos alunos da Região Alta vão diariamente

à Univates em Lajeado e que poderiam estudar no campus de Encantado??? Lixo

Heranças do Carrinho de Rolimã

Eleições A cada semana ouvimos mais simpatias e

contos da eleição passada. Segundo colega de imprensa, durante a campanha, um então candidato a vereador proclamava aos quatro cantos: “A eleição está ganha, podem ficar tranquilos, vão para casa e durmam com a barriga para cima”.

Municipal IOs amadores da regão

estão sendo realizados. Domingo, uma equipe de Roca Salees não pode contar com os jogadores de outras comunidades.

Municipal II Tiveram que entrar em

campo, do presidente ao massagista, e quando perdia por 12 a 0 soliciou que o árbitro encerrasse a partida.

Legislação Estamos na safra da

colheita da soja e milho. Colheitadeiras passando e muitas vezes interrompendo o trânsito. Isso é passível de multa. Mas como se deslocar de uma propriedade para outra sem utilizar a rodovia?

ConscientizaçãoMotoristas abusam e não

respeitam, apenas reclamam de quem está trabalhando.

Dito Popular Em política vale tudo.

Menos quando se fala da vida pessoal dos can-didatos. O fato é repu-diado até mesmo pelos integrantes da sigla.

Ênio Bacci Confirmou que após 5 mandatos deixa

a Câmara Federal e será candidato a deputado estadual em 2014.

Bandeira Redução da criminalidade será o cava-

lo de batalha de campanha.

PiratiniNa mesma entrevista, Enio Bacci se diz

preparado para ser candidato ao governo do estado.

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15JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013PÁGINA DO DILAMAR ENCANTADO

Henrique Pedersini

Encantado - Em meio à situ-ação dramática enfrentada pela família Pereira Duarte no Bairro Lajeadinho, finalmente uma boa notícia trouxe alegria para o lar improvisado às margens da es-trada de acesso à Santinha do Perau.

Após se instalar na rua, ten-do uma simples lona como te-lhado, a família virou notícia em toda região. Com a promessa de apoio da Administração Munici-pal feita pela Secretária da As-sistência Social, Valéria de Cas-tro Caldas, Maristela e o marido

Milton concordaram em retirar os pertences e liberar o tráfego de veículos. O casal removeu os bens para a beira da estrada, na casa interditada pela Defesa Ci-vil, pois oferece risco de desmo-ronamento. Teve início a busca por um local para a família e a mãe de Maristela viverem.

A grande dificuldade seria a retirada dos animais que servem como sustento. Uma chácara na cidade de Roca Sales foi encon-trada. A nova moradia da família tem espaço para os animais. “Va-mos desmanchar nossa casa aqui e depois vamos morar por lá. Em 15 dias esperamos estar insta-

lados. Inclusive deixei algumas coisas minhas por lá”, relata.

Mesmo contrariada em sair do local, a mãe de Maristela compreende que a nova mora-dia oferece melhores condições. “Por mim eu ficaria morando aqui, mas se dizem que não há mais condições e temos que ar-rumar outro lugar vamos enten-der”, explica. Como o marido tra-balha em Roca Sales, a situação fica mais cômoda para família. A secretária Valéria confirmou o auxílio no pagamento do aluguel. “Mesmo sendo de outra cidade, a casa de onde foram retirados foi em Encantado, por isso estare-

mos ajudando novamente essa família”, explica.

Filho não resiste ao tratamentoMarcos Pereira, filho recém-

nascido de Maristela, estava internado desde o nascimento na Unidade de Tratamento In-tensivo (UTI) de Porto Alegre. A criança nasceu com problemas cardíacos, lábio leporino e ainda fenda Palatina. Foram dois pro-cedimentos cirúrgicos realiza-dos. na quarta-feira (10).

A mãe esteve em Porto Alegre acompanhando o tratamento. O garoto, que chegou a ser sub-

metido a uma traqueostomia, teve uma parada respiratória. Foi reanimado pelos médicos. A mãe foi informada da situação e regressou a Encantado. Voltaria para a capital na sexta-feira se-guinte, entretanto recebeu tele-fonema informando que o filho havia falecido.

A família deslocou-se até Porto Alegre para liberar o cor-po. “Pretendíamos velar nosso filho na comunidade local, mas nos solicitaram dois salários mí-nimos. Como não conseguimos pagar, a nossa vizinha cedeu a casa dela. Foi a única forma que encontramos”, lamenta.

DRAMA NO BAIRRO LAJEADINHO

Família encontra casa e prevê mudança em 15 dias

Filho de Maristela Pereira Duarte não resistiu ao tratamento e faleceu na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de Porto Alegre

Milton e a esposa Maristela já encontraram uma chácara em Roca Sales para morar

“Pretendíamos velar nosso filho na

comunidade local, mas nos solicita-

ram dois salários mínimos. Como

não conseguimos pagar, a nossa vizinha cedeu

a casa dela. Foi a única forma que

encontramos”, Maristela

Pereira Duarte

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16 JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013

Relvado - O município vive a expec-tativa das comemorações dos 25 anos de emancipação político-administrativa, festejados no dia 9 de maio. As programa-ções festivas começam no dia 3 de maio e se estendem até o dia 17.

Confira as atrações:

3 DE MAIO

20h – Jantar Baile de Aniversário do Município.

Animação do Grupo Musical ‘Família Paganini’. Entrega da premiação dos cam-peonatos municipais.

Local: Esporte Clube Relvado

4 DE MAIO

20h – Jantar com apresentações do Grupo de Dança do CTG Porteira da Ami-zade;

21h – Fandango animado pelo Grupo Musical ‘Garotos da Serra’.

Local: Galpão do CTG

5 DE MAIO

8h - 2º Rodeio Artístico do CTG Portei-ra da Amizade

Local: Ginásio de Esportes

9 DE MAIO

13h - Brinquedos Infláveis (Praça da Harmonia)

19h - Santa Missa com Grupo de Can-toria Italiana ‘La Felicita’

20h - Apresentação da Orquestra ‘Ma-estro Angelo Bergamaschi’, de Encantado

Local: Igreja Matriz

17 DE MAiO - NOiTE DA ETNiA iTA-liANA - Filó

18h30min - Apresentação de Danças Italianas

19h - Degustação de comidas italia-nas

20h - Show italiano com ‘Inez Rizar-do’

Local: Salão Paroquial

Relvado define programação dos 25 anos

Doutor Ricardo - O espetáculo “Vida de Ca-chorro” aconteceu ontem à tarde em frente à Igreja Matriz São Caetano com a participação das escolas municipais e estadual do município. O espetáculo foi uma parceria entre a secretaria de Cultura, Es-porte e Turismo e o Sesc.

Enquanto os integran-tes do Grupo Circo Petit Poa realizavam a monta-gem, os últimos preparati-vos e o ensaio do teatro de

rua, os alunos chegavam, ambientavam-se, criando afinidade com o cenário. Enfim, quando iniciou, eles já estavam inseridos e interagindo com os atores.

O palhaço Bem vestiu-se em cena, o que tornou o es-petáculo ainda mais próxi-mo e com histórias e piadas foi prendendo a atenção e construindo o personagem com seu amigo de pelúcia: o cachorro. Muitas surpresas saíram da mala. Números de equilíbrio, música, ma-

labares, teatro de bonecos, monociclo e fogo ilustraram essa história de amor, ami-zade e circo.

“Vida de Cachorro” é um projeto Arte Sesc – Cultura e por toda parte busca ser reconhecido como promo-tor de ações culturais no Estado, sendo elas não só apresentações artísticas, mas também de caráter formativo e educacional, orientadas por três eixos: transversalidade, diversi-dade e acessibilidade.

Espetáculo de rua aproxima alunos do teatro em Doutor Ricardo

REGIÃO

Garotada assistiu com atenção às apresentações

Doutor Ricardo - A coordenação do programa Segundo Tempo de Doutor Ricardo recebeu material esportivo para o desenvolvimento das atividades no ano de 2013.

Segundo o coordenador Rudimar Arosi o equipamento vem para complementar o que já existe. “Com isso podemos diversificar as atividades para os alunos e garantir acesso a diversas práticas esportivas, possibilitando aos participantes maior integra-ção com mais modalidades esportivas”, comentou.

Foram recebidos dois kits de material esportivo com bolas e redes de basquete, fu-tebol de campo, futsal, handebol e vôlei, além de apitos, cones, bambolês, cordas para pular, jogos de dominó, taco, frescobol, petecas e coletes.

Programa Segundo Tempo recebe equipamentos

Material possibilita diversificar as atividades esportivas

Divulgação

Divulgação

Município foi criado em 9 de maio e conta com 2.155 habitantes

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17JORNAL OPINIÃO n 19 de abril de 2013GERAL

Brasília - “Decidi retirar a PEC 35 da pauta do Sena-do, depois da conversa que tive com o presidente da UVB Gilson Conzatti. Ele me convenceu que esta não é a saída para começar uma re-avaliação da política do País. Precisamos sim recuperar o respeito da classe junto ao ci-dadão brasileiro, mas a partir de agora, com a parceria dos vereadores do Brasil, vamos trabalhar juntos”.

Com essa frase o senador Cyro Miranda, autor da PEC 35 (que retirava o salário de ve-readores em municípios com menos de 50 mil habitantes), iniciou sua fala na Audiência Publica solicitada pelo senador Paulo Paim, a pedido do presi-dente da UVB Gilson Conzatti.

Cyro Miranda, também presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, afirmou que a PEC surgiu em função da atual situ-ação da classe politica perante a sociedade, mas foi alertado pelas manifestações de ve-readores e, principalmente pela conversa que teve com o presidente da UVB, que não é assim que será feita essa recu-peração de valor da classe.

“O Gilson esteve em meu gabinete no mês de março e mostrou que é o vereador que está na linha de frente, é ele que mostra a cara e é cobra-do diretamente pelo cidadão, lá nas cidades, nas vilas e nos bairros. Eu sou um homem de opinião e, sendo assim, te-nho o dever de mudar minha

postura quando percebo que estou equivocado, foi o que fiz”, declarou o senador Cyro Miranda.

Já o senador Paulo Paim, que solicitou a Audiência Pública foi enfático, decidiu entrar na “briga’ pelos vere-adores quando percebeu a preocupação do presidente da UVB Gilson Conzatti. “Em uma audiência com o Gilson, em meu gabinete, vi que a grande maioria dos 5.568 municípios brasileiros está na faixa de me-nos de 50 mil habitantes. Essa PEC atingiria então, grande parte dos cidadãos e isso me colocou ao lado da UVB e bus-camos uma conversa com o colega Cyro Miranda. O resul-tado está aí, hoje a PEC 35 não está mais na pauta, não existe mais a ameaça e os vereado-res de todo o Pais podem ficar tranquilos, que o trabalho de vocês será preservado, com o devido respeito”, falou o sena-dor Paim.

O presidente da UVB

aproveitou a oportunidade para mostrar o tamanho da classe. “Somos hoje 56.818 parlamentares municipais es-palhados em todos os lugares onde existe cidadão. Estamos realmente na linha de frente e enfrentamos todos os dias os problemas das cidades e de seus cidadãos. Nossa mobili-zação valeu e agora queremos reforçar ainda mais nossa enti-dade representativa. Só assim, os vereadores de todo o Brasil estarão na briga pelo respeito e pela dignidade, esse é o nos-so papel enquanto União dos Vereadores do Brasil, esse é o nosso papel também enquan-to representantes de uma so-ciedade que busca uma vida melhor”, disse Conzatti.

A Audiência Pública reu-niu no Auditório Antonio Car-los Magalhães, do Interlegis, vereadores de todas as regi-ões do Brasil, que, inclusive, tiveram oportunidade de fa-zer perguntas e apresentar as questões de suas cidades.

Proposta que corta salário de vereadores é arquivada

Conzatti, Miranda e Paim

Encantado - O turismo na Região Alta do Vale tem feito parte da rotina dos em-preendedores locais. No sábado (13) e segunda-feira (15), a região recebeu mais dois grupos.

A primeira comitiva contou com 15 pes-soas vindas de Porto Alegre. A caravana da Amizade, da Capital gaúcha, esteve visitan-do, no Roteiro Encantado, a Igreja Matriz São Pedro e o Memorial Santo Sudário; o Memorial Gino Ferri; a Lagoa da Garibaldi; a Divine Chocolates; a MarciArtes; a Casa do Artesão; a Casa de Cultura Dr. Pedro José Lahude; o Parque Dália e o Memorial Cosuel e o Restaurante Lorenzon. O grupo também aproveitou o passeio para conhe-cer a ponte Rodo-Ferroviária Brocado da Rocha, em Muçum. Os porto-alegrenses ficaram na região durante todo o sábado.

A segunda visita ocorreu na segunda-feira, dia 15, onde 17 integrantes do Clu-be de Mães Laços da Amizade, de Roca Sales, visitaram os atrativos da Rota da Erva-Mate. Os turistas percorreram o tra-jeto que passou pela Gruta Nossa Senhora de Lourdes, em Doutor Ricardo; a Agroin-dústria Pitol, em Anta Gorda; a Casa do Artesão, o Santuário São Paulo Apóstolo, o Restaurante Bonfanti, o Museu do Pão,

a Ervateira Ximango e o Kioski do Vecho, em Ilópolis; e finalizaram o percurso com Café Colonial em Doutor Ricardo e uma visita a Divine Chocolates, em Encantado.

Os dois passeios foram acompanha-dos pela turismóloga da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Va-les (Amturvales), Lizeli Bergamaschi.

Para a especialista, o turismo vem crescendo significativamente na região e, de olho nesse mercado, os empresários também têm despertado para a ativida-de e realizado investimentos no setor. “O Vale vem recebendo muitos grupos de tu-ristas e as melhorias realizadas nos em-preendimento têm atraído cada vez mais visitantes”, disse.

Turistas conhecem o Roteiro Encantado e Rota da Erva-Mate

Porto-alegrenses na Lagoa da Garibaldi

Divulgação

Lizeli Bergamaschi

Encantado esteve representando em um dos maiores eventos de moda do mundo através de Letícia Conzatti Piccinini,18 anos. A modelo desfilou no Fashion Rio 2013. Atualmente, ela reside em São Paulo, onde trabalha para Allure Agency, uma agência de modelos.

Jornal Opinião - Como foi o início da carreira?

Letícia - A carreira iniciou como uma experiência, indo até São Paulo devido a tantos incentivos recebidos de amigos, familiares e conhecidos, pois já tinha alcançado meu objetivo princi-pal que era ingressar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Considerei, junto aos meus pais, que a vivência desta profissão seria interes-sante e que, sendo um trabalho em que a imagem está em primeiro plano, ela poderia ser efêmera.

JO - Como funciona o Fashion Rio?Letícia - O Fashion Rio faz parte

do calendário internacional da moda. Algumas das mais importantes marcas brasileiras desfilam no circuito Rio de Janeiro - São Paulo. Nessa temporada ganhou destaque a marca Brasiliense Apoena, em uma parceria com a UNICEF e o Mauricio de Souza. A coleção foi inspirada nos quadrinhos da turma da Mônica, que neste ano completam 50

anos de história, e remetem a inocência da criança. Algumas celebridades da TV e da moda participaram e presentearam o evento, como Adriana Birolli e Duda Nagle.

JO - Quais os planos para depois do evento?

Letícia - Planejo voltar aos estudos o mais breve possível, pois sinto falta do contato com os livros que, apesar de sempre presentes na bolsa ou na cabe-ceira da cama, não substituem professo-res e a rotina de estudos.

JO - Como administra a vida social além do trabalho como modelo?

Letícia - Tento me manter próxima às pessoas que eu amo e me fazem bem, por isso é uma prioridade minha voltar uma vez no período de cada mês. Já tenho minha volta marcada, inclusive, os planos para o final de semana já come-çaram a ser planejados (risos).

JO - Como define o atual trabalho?Letícia - Na vida de modelo nem

tudo são flores e glamour como é vista “de fora”. Não é fácil, nem certa. Por este fato não considero a minha como uma carreira, e sim uma experiência. O modelo ou a modelo tem de entender que é difícil e se for realmente seu sonho ele precisa estar disposto a enfrentar os desafios que surgirão, assim como em todas as outras profissões.

Encantado no Fashion

Rio 2013

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Encantado, 12 de abril 2013

filha piccinini