18_21291532538112010_improbidade com lesão ao erario e ressarcimento

7/23/2019 18_21291532538112010_improbidade Com Leso Ao Erario e Ressarcimento

1/24

MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO ESPRITO SANTOPROMOTORIA DE JUSTIA CRIMINAL DE ALFREDO CHAVES

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DEALFREDO CHAVES/ES

Pelo concurso se afastam, pois, os ineptos e os apaniguados,

que costumam abarrotar as reparties, num espetculo

degradante de protecionismo e falta de escrpulos de polticos

que se alam e se mantm no poder, leiloando empregos

pblicos."

(HELY LOPES MEIRELLES)

O MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO , por seu rgo deexecuo infra-assinado, no uso de suas atribuies legais, vem perante V. Exa.,com fundamento nos arts. 1!, 1", inciso ###, $ 1o. e %!, capute $ &oda 'onstituio(ederal) art. *, inc. #V, al+nea b da ei (ederal n ./*0"%) no art. 1! da ei (ederaln .&"0", promover a presente

AO CIVIL PBLICA POR ATO DEIMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

a ser processada segundo o rito ordinrio 2art. e ss. do 'digo de 3rocesso 'ivile art. 1!, caput, da #45, com PEDIDOS DE LIMINARES em face de

RUZERTE DE PAULA GAIGHERbrasileiro, casado, sem profisso con6ecida,com * anos de idade 21707/01"*/5, portador do '3( n. *11%&77!-"1, natural de4lfredo '6aves0E8, fil6o de 9arc: de 3aula ;aig6er e de ;ilda de 3aula ;aig6er,residente e domiciliado na


2/24


DA COMPET"NCIA DA PRIMEIRA INST#NCIA PARA O JULGAMENTO DACAUSA$

3rimeiramente, cumpre enfati=ar Bue a discusso sobre a inconstitucionalidade damalsinada lei 17./077, artigo &, $ 1 e > foi declarada pelo 8upremoDribunal (ederal no >ulgamento da 49# /7 e 49# !"!, ra=o pela Bual a ao deimprobidade deve ser >ulgada e processada por este >u+=o de 4lfredo '6aves.

DOS FATOS

O


3/24


Nome 4dmisso 'argo4laor 3aixo 7".7.71 ?otoristaGorge 3. dos 8antos 1.7*.71 Dratorista

;ilsimar 'aldeira rand: 1/.7*.71 3edreiroarcio 4lves ;alvo 71.7/.71 8ervios geraiseda Nanc: 'uman %1.7.71 4uxiliar operacionalourdes Villela 4nt 4nna 71.7%.71 8ervios geraisu=ia de 'arval6o %1.7.71 ?dico?onica 8c6Pant= 7.7&.71 Enfermeira;eorge 3icoli 7".7&.71 odontologo

#mportante destacar o golpe de mestredo demandado Bue, ao assumir o cargo deprefeito municipal, logo em >aneiro de 771, conseguiu Bue a 'Qmara ?unicipal de

4lfredo '6aves aprovasse uma *+ ,-.*.*0123 04 556/6557, a Bual concedia aoento prefeito,


4/24


uciano 4ntonio oren=ini 71.7%.71T321-3+.+0+3*+3- A>.+


5/24


atual, con6ecida a irregularidade do v+nculo, a irregularidade foi sanada, conformeprocesso administrativo n 17!"07!, decretos 1*071 e 1%071 anexados5.2doc.7*5

3ara promover a declarao de desnecessidade dos cargos e as exoneraes dosservidores concursados, o demandado utili=ou-se como fundamento dos seus atos aexigUncia de reduo de despesas com pessoal prevista na lei de responsabilidadefiscal como comprova o pargrafo / do 9ecreto 71*071.

Ocorre Bue a 'onstituio (ederal, em seu artigo 1/", estabelece a forma como osentes pIblicos devem proceder H reduo de gastos para atender aos limites da '171077, vedando a criao dos mesmos cargos ou cargos de funes semel6antespor & anos, exatamente para evitar Bue o administrador usufru+sse da ei'omplementar 171077 para perseguir desafetos e ou admitir seusapadrin6ados.Ve>amosC

4rt. 1/". 4 despesa com pessoal ativo e inativo da @nio, dos Estados, do 9istrito(ederal e dos ?unic+pios no poder exceder os limites estabelecidos em leicomplementar.2...5$ %. 3ara o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante opra=o fixado na lei complementar referida no caput, a @nio, os Estados, o 9istrito(ederal e os ?unic+pios adotaro as seguintes providUnciasC# - reduo em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comisso efunes de confiana)## - exonerao dos servidores no estveis.

4$ O ,23:- -@K*1- >2 3*>;- 3*8+2>2 2 ,3+2- >* ,23:- *.3*:- -; =;0- ,-.213+@;+*< +:;2+< -; 2* ;213- 20-


6/24


'omo > mencionado acima, evitando burla ao mandamento constitucional,estabeleceu o legislador constituinte 2 3-+@+- 0-< ;213- 20-< -< -3** ,3+2- >* ;2+

tendo sido eleito deputado e tambm prefeito de 4lfredo '6aves em anos anteriores,no poderia se esBuivar da forma irresponsvel como administrou o munic+piodurante o mandato de 771077&.

6


7/24


N2 8*3>2>* 2 .20*+32 ,-.- - >*.20>2>- 2>.+0+


8/24


Y4rt. %!. A 2>.+0+*,*3 2-< 3+0,+-< >* *:2+>2>*+.** .-32+>2>* ;@+,+>2>* * *=+,+0,+2 *, tambm, ao seguinteC

Y$ &. O< 21-< >* +.3-@+>2>* 2>.+0++2>* >-< @*0< * - 3*unta da declarao de desnecessidade de cargos e decretos deexoneraes aliados Hs contrataes indiscriminadas de pessoal reali=adas paraexercer as mesmas funes dos cargos redu=idos comprova a prtica deimprobidade administrativa pelo demandado por descumprimento H moralidade,legalidade, impessoalidade e, principalmente por descumprir a 'onstituio (ederal

em seu231+:- 7 4 * 4descumprindo a ordem constitucional e o pra=o de &anos.

4 conduta ilegal tambm possui previso expressa no artigo 11, inciso # C K praticarato isando fim proibido em leiou regulamento ou diverso daBuele previsto na regrade competUncia K

mencionadas foram levadas a efeito ao arrepio de normaslegais e constitucionais, conclui-se Bue o errio sofreu manifesto pre>u+=o material emoral com a prtica abusiva dos citados atos administrativos, devendo, portanto, oreBuerido indeni=ar a (a=enda 3Iblica ?unicipal, no s Buanto aos encargosrescisrios, mas tambm referente aos valores por ela expendidos para opagamento dos salrios dos servidores por ele contratados temporariamente.

No se pode olvidar Bue a lesividade ao errio, em tal caso, presumida, no spela ei nJ &.!1!0/* 2artigo &J, #5, como tambm pelo artigo %!, $ e & da'onstituio (ederal, ense>ando assim o ressarcimento. A=+02 ;*. .2@2321*+23*,;3- 2 **< >*+8*32;*2< ,-01+>2< *. *+ *


9/24


Na 6iptese em tela, a situao ainda mais agravada por ter o reBueridoexonerado servidores efetivos para logo em seguida substitu+-los por contratadostemporariamente.

Z irrelevante Bue os servidores contratados ten6am efetivamente prestado serviosH 4dministrao 3Iblica. Esse o entendimento de 8E


10/24


4demais, o 'digo 'ivil dispe respectivamente nos arts. 1/ e "/ BueC

4rt. 1/ - K4Buele Bue, por ao ou omisso voluntria, negligUncia ou imprudUncia, violar

direito e causar dano a outrem, ainda Bue exclusivamente moral, comete ato il+citoL.

4rt. "! - K4Buele Bue, por ato il+cito, causar dano a outrem, fica obrigado a repar-loL.

O DurisprudUncia tambm vem obrigando o agente pIblico +mprobo aodever de ressarcir os cofres pIblicos por contrataes ilegais, conformeC

#6%o /iil Pblica. 6to de improbidade administratia. /ontrata%o de seridorsem presta%o de concurso pblico. 7egitimidade atia ad causam do ?inist5rioPblico C /D. art. E9, inc. . 7ei n. .+F:BA, art. Eo., inc. G. 7ei n. B.F9:9, art.E. /ontrata%o nula. Giola%o do art. +, caput, e inc. , da /D. Puni%o daautoridade responsel C art. +, pargrafo o., da /D. Presuno de

lesiid!de do !"o ile#!l$ Ne%essid!de de ress!r%i&en"o dos d!nosde%orren"es do '!#!&en"o d!s er(!s s!l!ri!is. 7ei n. B.F9:9, art. E, .mproimento do apelo do r5u. Proimento da apela%o do autor. E; < ?inist5rio

10


11/24


Pblico tem legitimidade para a(ui'ar a%o ciil pblica com o intuito de protegero patrimHnio pblico e a probidade administratia, que s%o interesses difusos,nos precisos termos do art. E9, inc. , da /onstitui%o Dederal. ; 6

contrata%o de seridor pelo ?unicpio, sem concurso pblico, iola o art. +,caput, e inc. , da 7ei Dundamental, implicando a nulidade do ato e a puni%o daautoridade responsel, nos termos da lei, conforme estabelece o seu pargrafoo. +; E&(or! se !d&i"! )ue es"e seridor* )u!ndo de (o!+,-* de! re%e(er'elos serios re!li.!dos* %!(e !o !d&inis"r!dor )ue o %on"r!"ouile#!l&en"e !r%!r %o& os %us"os )ue ! /!.end! "ee %o& ess!%on"r!"!o* sendo %er"o 0)ue !s s!n1es 'reis"!s n! Lei 2$345654inde'ende& d! e,e"i! o%orr7n%i! de d!no !o '!"ri&8nio '9(li%o:*%on,or&e lio de ;u#o Ni#ro M!..illi$ Lir!r o !d&inis"r!dor '9(li%o de "!lres'ons!(ilid!de* so( o 're"eo n!s%id!ile#!l @ %ri!ndo ! inusi"!d! %on!lid!o dos e,ei"os do !"o nulo$ Ser=es"i&ul!r o ?&'ro(o ! !#ir 'or)ue* !o ,in!l* !)uel! %on"r!'res"!o ores#u!rd!r= d! res'ons!(ilid!de %iil* %onso!n"e !der"7n%i! do ilus"reMinis"ro Mil"on Lui. Pereir!* do %olendo ST, lembrada por ?a''illi 2in I6defesa dos interesses difusos em (u'o, @araia, a. edi%o., p. EAJ;12K8P4 C Ja.//., 6P. n. 9F.LL-, rel. Mes. 7eonardo 7ustosa, (. em ::LLE;.

4ps averiguaes reali=adas por esta 3romotoria de Gustia foi poss+vel con6eceralgumas aes trabal6istas suportadas pelo ?unic+pio, em ra=o dos contratostemporrios ilegais firmados pelo demandado ou renovados na sua gesto, Bue

levaram a condenao do ?unic+pio a pagar valores. ?uitas aes ainda esto emgrau de recurso, mas algumas > tiveram sua execuo forada, como por exemploC

8rF ?aria ?arta ?ion, regime de contrato temporrio ilegal Bue foi renovado ano aano durante o mandato do demandado de 771077&, tendo seu contrato rescindoem 77*, motivo Bue levou a servidora a buscar a >ustia trabal6ista. Essa aogerou aos cofres municipais um pre>u+=o de *8*3 - >*.20>2>- >*8* *02>- 2 3*


12/24


%-


13/24


Outros pagamentos reali=ados em 77& Bue passaram despercebidos pelosauditoresC

IGREJA MS DA FATURA VALOR

So Marcos 22/02/0422/03/0422/05/0422/06/0422/07/0422/08/0422/09/04

22/10/0422/11/04

251,70223,30274,80110,50312,30232,80221,90

217,60174,60

So Martinho 22/02/0422/03/0422/05/0422/07/0422/08/0422/09/0422/20/0422/11/04

188,40159,50124,60384,60365,10 55,10 39,00322,30

Santa Maria Madalena 22/02/04

22/03/0422/07/0422/08/0422/10/04

56,20

36,1017,1037,1048,20

13


14/24


22/11/04 21,50Ribeiro Sto Antonio 22/03/04

22/05/04

22/07/0422/08/0422/09/0422/10/0422/11/04

23,0089,30

62,7064,4050,1053,3054,50

So Ro!e de "ara#ilha 22/03/0422/07/0422/08/0422/10/0422/11/04

182,40165,80137,40 54,70103,60

$o#a Manto#a 22/02/0422/03/0422/05/0422/07/0422/08/0422/09/0422/10/0422/11/0422/12/04

118,70 76,90117,60164,70 97,00 58,60111,80141,70101,10

Total= 5903,60 (cico !il o"#c#to$ # t%&$ %#ai$ # $#$$#ta c#ta"o$'

8 no exerc+cio de 77%, foram pagos ilegalmenteC

IGREJA MS DA FATURA VALOR

So "arcos 21/01/03 233,0So "artinho 21/01/03 170,00Santa "aria "% 21/01/03 38,00Ribeiro Sto Antonio 21/01/03 77,00So ro!e de "ara#ilha 21/01/03 97,00$o#a Manto#a 22/02/03 49,00

So "arcos 22/02/03 189,00So "artinho 22/02/03 69,00Santa "aria "% 22/02/03 48,00Ribeiro Sto Antonio 22/02/03 25,00So "arcos 22/03/03 284,00So "artinho 22/03/03 21,00Santa "aria "% 22/03/03 36,00Ribeiro Sto Antonio 22/03/03 20,00Santa "aria " 22/04/03 33,00So "arcos 22/04/03 219,00Sto Antonio 22/04/03 21,00So "artinho 22/04/03 164,00So Ro!e 22/04/03 337,00$o#a "onto#a 22/04/03 75,00Mantono#a 22/05/03 115,00

14


15/24


So "arcos 22/05/03 335,00So "artinho 22/05/03 45,00Santa "aria "% 22/05/03 45,00

Ribeiro Sto Antonio 22/05/03 20,00So ro!e de "ara#ilha 22/05/03 180,00Mantono#a 22/06/03 22,00So "arcos 22/06/03 252,00So "artinho 22/06/03 67,00Santa "aria "% 22/06/03 19,00Ribeiro Sto Antonio 22/06/03 187,00So ro!e de "ara#ilha 22/06/03 95,00$o#a Manto#a 22/07/03 172,00So "arcos 22/07/03 220,00So "artinho 22/07/03 57,00

Santa "aria "% 22/07/03 41,00Ribeiro Sto Antonio 22/07/03 20,00So ro!e de "ara#ilha 22/07/03 209,00So "arcos 22/08/03 233,00$o#a "anto#a 22/08/03 96,00Sta "aria "% 22/08/03 61,00Sto Antonio 22/08/03 21,00So "artinho 22/08/03 48,00So "arcos 22/09/03 113,10Sto Antonio 22/09/03 22,90So "artinho 22/09/03 122,30

Santa "aria " 22/09/03 23,90$o#a "anto#a 22/09/03 51,90So ro!e de "ara#ilha 22/09/03 84,50Santa "aria " 22/10/03 24,30$o#a "anto#a 22/10/03 154,30So ro!e de "ara#ilha 22/10/03 181,90So "arcos 22/10/03 298,00Sto antonio 22/10/03 22,60So "artinho 22/10/03 24,30$o#a "anto#a 22/11/03 129,8So ro!e de "ara#ilha 22/11/03 143,60So "arcos 22/11/03 252,50So "artinho 22/11/03 451,50Santa "aria " 22/11/03 44,40

Total= 69)0,*0 ( $#i$ !il o"#c#to$ # +# %#ai$ # oit#ta c#ta"o$'

4s faturas de energia eltrica foram devidamente >untadas ao presente 2doc. 11 e15

II$7 D2 V+-2- >- 231$ 7 I >2 C-0*32 * 231+:- 74 IX >- D*,3*1-L*+ 657/] * 231+:- 6 >2 LC 757/55$

15


16/24


O aux+lio ou subveno concedido Hs igre>as completamente ilegal, violandonormas expressas da lei de responsabilidade fiscal, ferindo diretamente os princ+piosda impessoalidade, moralidade e legalidade Bue norteiam os atos da administrao.

4 ' 171077 em seu art. / dispeC

Ka destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrirnecessidades de pessoas f+sicas ou dficits de pessoas >ur+dicas deverser autori=ada por lei espec+fica, atender Hs condies estabelecidas nalei de diretri=es oramentrias e estar prevista no oramento.L2 g.n5

4ssim, para o munic+pio conceder o aux+lio Hs instituies catlicas deveria possuir,obrigatoriamenteC

15 autori=ao por lei espec+fica)5 atendimento a condies estabelecidas na lei de diretri=es oramentrias)%5 6aver previso oramentria espec+fica)&5a despesa deveria ocorrer H conta da dotao do elemento de despesa K& _4ux+liosL) ?odalidade 4plicao K*7 - DransferUncias a #nstituies 3rivadas sem(ins ucrativosL.

Dodavia, nada disso foi observado pelo gestor municipal, ora demandado, pagandoas contas de energia eltrica como se fossem despesas normais de prdiospIblicos.

#legalidade ainda maior, tipificada como crime funcional no decreto lei 710/!, foipraticada pelo demandado Buando, determinou o pagamento das contas das igre>ascomo se fossem despesas com prdios pIblicos. 4ssim agindo o demandadodesviou verbas pIblicas do oramento para pagar contas de igre>as praticando atode improbidade e crime previsto no artigo 1, ### do decreto 710/!.

P2:-; - >*.20>2>-7%


17/24


A ,-0>;12 .3-@2 >- >*.20>2>- 0- - >+* * +.** * +* +.3-@+>2>* ;* +.-31-; *. *3>2 * >*-02< - D*,3*1- L*+ 657 *93*-< P3*=*+1-< M;0+,+2 -P->*3 J;>+,+3+- +0>**0>*01*.*01* >- 3-0;0,+2.*01- >2 C^.232 >-< V*3*2>-3***8+>2.*01* 3*0>2< -; 8*3@2< ?@+,2as, todos ospagamentos reali=ados pelo 3refeito municipal so ilegais e demandamressarcimento ao errio.

9e acordo com a auditoria do exerc+cio de 77&, o total de contas de energia eltricapagas pelo munic+pio ilegalmente somam


18/24


4nalisando a lista empen6os de pagamentos efetuados pelo munic+pio no exerc+ciode 77&, foi poss+vel observar Bue o demandado determinou o pagamento doaluguel de casas H pessoas supostamente desabrigadas, com fundamento no

>*,3*1- 045]/57$ (>-,$ 7)

Embora a ilegalidade no ten6a sido percebida pelo Dribunal de 'ontas, apreciandoo conteIdo do decreto 7!&071, verifica-se Bue o mesmo apenas declara o estado decalamidade pIblica, em ra=o de fortes c6uvas e enc6entes Bue atingiram omunic+pio.

Z cedio Bue, para essas 6ipteses de calamidades, no sendo poss+vel aoadministrador prever eventos imprevis+veis da nature=a, a lei de responsabilidadefiscal permite a criao de crditos extraordinrios, 2no previstos no oramento5,para fa=er frente Hs despesas provisrias e necessrias ao atendimento dapopulao atingida e outros pre>u+=os materiais.

'ontudo, o crdito extraordinrio Buantificado, limitado e, portanto, utili=ado atBue a situao emergencial se normali=e, no 6avendo possibilidade de tornar-secont+nuo.

Ocorre Bue, aps o decreto 7!&071, nen6um crdito extraordinrio foi criado pelodemandado para custear despesas decorrentes da calamidade Bue enfrentava o?unic+pio. No 6 nos empen6os referUncia a credito extraordinrio e sim verbaKextra-oramentriaL, Bue so coisas diversas. 2 fic6as oramentrias anexadas5

Na 6iptese, o demandado, mesmo sem crdito extraordinrio, continuou efetuandoo pagamento dos alugueis nos anos de 77, 77% e 77&, com base num decretoemergencial do ano de 771.2 doc. 1* e 1/5

Ocorre Bue o referido decreto no autori=ou o munic+pio a reali=ar o pagamentodesses alugueis de forma perpetua, muito pelo contrrio, serviu para legitimarapenas os gastos indispensveis, no momento do estado de calamidade.

3assada a crise, os beneficiados deveriam prover sua prpria moradia, ou aindapoderia o gestor providenciar o atendimento dessas pessoas de outra forma,

elaborando um programa espec+fico, com autori=ao legislativa e previsooramentria para tanto.

III$7 D2 ** +.3-@+>2>* 2>.+0+.+0+


19/24


>2 LC 757/55 * >- >*,3*1- 657/] 2 ,-0>;12 +*:2 321+,2>2 *- 3*;*3+>--+212 0- %!'u"* +0,+- 231+:- 75>2 *+ 6/6 in er(is

## - permitir ou concorrer para Bue pessoa f+sica ou >ur+dica privada utili=e bens, rendas, verbas ouvalores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, sem aobservQncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis H espcie)

# - ordenar ou permitir a reali=ao de despesas no autori=adas em lei ou regulamento)

# - liberar verba pIblica sem a estrita observQncia das normas pertinentes ou influir de BualBuerforma para a sua aplicao irregular)

## - permitir, facilitar ou concorrer para Bue terceiro se enriBuea ilicitamente)

#mpende destacar Bue BualBuer benef+cio assistencial, segundo a lei municipal0450], deve ser precedido de processo administrativo com estudo social,comprovando a carUncia ou insuficiUncia financeira dos terceiros beneficiados, o Buetambm no foi reali=ado pelo demandado, pois nen6um processo administrativo foiencontrado no munic+pio. 4inda assim, a lei /7 no dispe de auxilio aluguel.2doc. 1!5

A-< -< 0-< 23;+8-< >- M;0+,+-$

19


20/24


C-01;>- 2 =212 >* >-,;.*012- 0- +.*>+3 - 3*;2+2>- 2< 20+2< ,-012< 20;2+< 3*2< 2-

T3+@;02 >* C-012< ;* >*8*3 2>- 2 3*a ressarcimento aoerrio, foi a ausUncia de desconto do #mposto de


21/24


devidas ao #N88, durante todo o mandato e Bue geraram a cobrana de >urossuportados pelo errio.

4 ei 17.///07%, determina a obrigao da pessoa >ur+dica de arrecadar acontribuio do segurado individual Bue l6e preste servios. No mesmo sentido, oart. 1/, inciso ## e pargrafo / e o art. !/, pargrafo " do 9ecreto %.7&0"", Bueaprova o - -3>*02>-3 >*>* Bue 6 sempre um servidor, pessoa f+sica, reali=ando osatos materiais.

A- >*+923 >* 3*,-*3 2< ,-013+@;+*< -; 3*,-*3 2 .*0-3 - 3*;*3+>- >*;3-8-,-; 2 ,-@3202 >* K;3-< *- INSS$ P321+,-; -31201- 21- >*+.3-@+>2>* 2>.+0+;12+*:2 321+,2>2 *- 3*;*3+>- -+212 0- %!'u"*+0,+- 231+:- 75 >2 *+ 6/6$

A- *02>- 2 3*-*-3 K;>+,+2$

21


22/24


DO PEDIDO LIMINAR:

4 presente demanda visa a defesa da legalidade, moralidade, impessoalidade e dopatrimTnio pIblico, em ra=o das diversas condutas ilegais praticadas peloreBuerido, firmando contratos temporrios ilegais, logo aps declarao dedesnecessidade de cargos, pagamento ilegal de contas de energia de igre>as,concesso ilegal de auxilio aluguel a terceiros descon6ecidos, e inadimplUnciacontuma= em relao Hs contribuies devidas ao #N88 Bue pre>udicaram a(a=enda ?unicipal com a cobrana de >uros, tudo isso como > exaustivamenteexposto acima, com pre>u+=o ao errio.

Os documentos >untados a presente so incontestveis, reforando a necessidadeda concesso de liminar de indisponibilidade dos bens do reBuerido.

4tinente ao fumus boni >uris, sobe>am argumentos nos itens acima enunciados. Oex-4lcaide utili=ou-se de uma lei complementar para logo no inicio do seu mandatoexonerar servidores concursados e em seguida contratar pessoas por eleescol6idas, para assim dirigir o ?unic+pio em prol dos seus interesses) tambmdesviou verbas pIblicas, pagando ilegalmente contas de energia de igre>as, alm debeneficiar com o pagamento de aluguel de pessoas descon6ecidas e sem previsolegal.

3or sua ve=, o periculum in mora emerge da possibilidade do reBuerido, ao tomarciUncia dos termos desta petio inicial de ao civil pIblica, modificar, at adefinitiva prestao >urisdicional, a sua situao financeira, desfa=endo-se de benspass+veis de responder pelo pre>u+=o Bue provocou ao errio, bem ainda pelopagamento da multa civil a ser eventualmente imposta na r. deciso final como umadas sanes pela prtica de ato de improbidade administrativa.

S*0>- 2


23/24


DO PEDIDO PRINCIPAL

3or todo o exposto, reBuer-se

7-se>a determinada a notificao dos reBueridos, na forma do art. 1!, $ !J, da ei n.&"0", para Bue oferea manifestao por escrito no pra=o de 1* 2Buin=e5 dias,prosseguindo com o recebimento da inicial para Bue responda H ao)

6%a condenao do 1 reBuerido por ato de improbidade administrativa, configuradonos termos dos artigos 17 e 11 da ei n. .&"0", com a imposio das sanesprevistas no artigo 1, inciso ## e ###, ,-0>*020>-%- 2+0>2 2 3*+>- 0- .-01201* R_$55 >*8+>2.*01*,-33+:+>-% >-,uros cobrados pelo #N88 em ra=o da falta de recol6imento,recol6imento a menor das contribuies previdencirias dos anos de 771 a 77&,no montante total constante da 989 9escrio 8inttica do 9bito, Bue dever sercalculado pelo contador >udicial- doc.1)

$ % 8uspenso dos direitos pol+ticos do 1 reBuerido de trUs a cinco anos.

23


24/24


]$ a 'ondenao ao pagamento de multa civil de at cem ve=es o valor daremunerao percebida pelo 1 reBuerido enBuanto ocupou o cargo de 3refeito?unicipal de 4lfredo '6aves)

$ _ 3roibio dos reBueridos de contratar com o 3oder 3Iblico ou receberbenef+cios ou incentivos fiscais ou credit+cios, direta ou indiretamente, ainda Bue porintermdio de pessoa >ur+dica da Bual se>a scio ma>oritrio, pelo pra=o de trUs anos.

3ara as sanes reBueridas nos itens Y/Y e Y!Y, reBuer-se Bue a fixao se>a pautadanas diretri=es traadas pelo pargrafo Inico do artigo 1 da ei n. .&"0".

$ anotificao do ?unic+pio de 4lfredo '6aves, ente lesado pela conduta ilegal dossuplicados, consoante artigo 1!, $ %, da ei n. .&"0", para Bue ingresse na lidecomo litisconsorte.

75$- se>am condenados nas verbas oriundas da sucumbUncia.

77$%se>a deferida a produo de todas as provas em direito admitidas, especialmentetestemun6al, documental e pericial, com a >untada dos documentos Bueacompan6am a presente inicial e outros Bue se fi=erem necessrios H elucidaodos fatos narrados na inicial)

9-se a causa o valor de

18_21291532538112010_improbidade com lesão ao erario e ressarcimento

Documents