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    FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

    NÚCLEO DE SAÚDE

    DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

    CONSUMO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ADOLESCENTES E

    ADULTOS PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS DE UMA ACADEMIA

    DE PORTO VELHO-RO

    GILVANIA KIYOMI KUBOTANI

    Porto Velho - Rondônia2012

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    CONSUMO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ADOLESCENTES E

    ADULTOS PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS DE UMA ACADEMIA

    DE PORTO VELHO-RO

    Orientanda: Gilvania Kiyomi Kubotani.

    Orientadora: Silvia Teixeira de Pinho.

    Monografia apresentada aoDepartamento de Educação Física do

     Núcleo de Saúde como requisito final

     para a obtenção de título de Licenciatura

    Plena em Educação Física da Fundação

    Universidade Federal de Rondônia.

    Porto Velho - Rondônia

    2012

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    FICHA CATALOGRÁFICA

    Kubotani, Gilvania Kiyomi

    Consumo de suplementos alimentares por adolescentes e adultos praticantes de exercíciosfísicos de uma academia de Porto Velho –  RO./ Gilvania Kiyomi Kubotani –  Porto Velho: 2012.

    56 páginas

    Monografia (Conclusão de Curso)  –   Departamento de Educação Física (UNIR). Área deConcentração: Atividade Física e Saúde.

    Orientadora: Prof. Ms. Silvia Teixeira de Pinho.

    1.  Suplemento alimentar. 2. Praticantes de exercícios físicos. 3. Academia.

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    GILVANIA KIYOMI KUBOTANI

    DATA DA DEFESA: 23/03/2012

    BANCA EXAMINADORA

    Prof. Ms. Silvia Teixeira de Pinho 

    Julgamento: ______________

    Assinatura: _________________________________

    Prof. Esp. Daniel Delani

    Julgamento: ______________

    Assinatura: _________________________________

    Prof. Ms. Ramón Núñez Cárdenas 

    Julgamento: ______________

    Assinatura: _________________________________

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    DEDICATÓRIA

    Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois ele está presente em todos os

    momentos da minha vida. Dedico também a minha família: Gilberto, meu pai, que me

    ensinou com as suas experiências de vida, que eu devo estar preparada para todos os

    desafios, erros e acertos; Conceição, minha mãe, meu exemplo de mulher guerreira,

    determinada e humilde; Cristiane, minha irmã e amiga para todas as horas; Anderson,

    meu irmão e amigo em todos os sentidos; e Jackson, meu noivo que sempre esta ao meu

    lado, seja nas alegrias e/ou nas tristezas. Vocês são peças fundamentais na minha vida, sem a ajuda e a colaboração de

    vocês, acredito que não teria conseguido, ou talvez, o caminho tivesse sido muito mais

    difícil do que foi. Desculpem todos os dias que fiquei longe de vocês, mas preparo hoje

    um melhor futuro para nós. Obrigada por fazerem parte da minha vida. Não há palavras

     para descrever o quanto eu admiro e amo vocês.

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    AGRADECIMENTOS

    Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, a Deus que tem sempre iluminado oscaminhos que escolhi seguir;

    Ao meu pai Gilberto, minha mãe Conceição, irmãos Cristiane e Anderson, que

    sempre me incentivaram nos projetos de estudos. Saibam que vocês são a base que

    sustenta os meus sonhos e a minha vida. Sem a força, companhia e carinho de vocês, eu

    não seria o que eu sou hoje. Amo incondicionalmente vocês;

    Ao meu noivo Jackson, que sempre esteve ao meu lado, compartilhando alegrias

    e tristezas. Amo muito você;À minha orientadora Silvia, que acreditou no meu potencial, e que me acolheu

    no momento em que eu mais precisei de ajuda, sou extremamente grata. Não há

     palavras para te agradecer. Muitíssimo obrigada Silvia.

    Às minhas amigas, Winnie e Gabriela, agradeço por tudo que já fizeram por

    mim, na minha estadia em Porto Velho  –   RO. Sem ajuda de vocês eu não teria

    conseguido permanecer em Porto Velho –  RO nestes 4 anos;

    A vocês: Primas, Rose e Velaine, tia Vilma e tio Eduardo que me amparavam

    emocionalmente, mesmo sem vocês saberem, indiretamente vocês me ajudaram muito

    quando achava que não ia agüentar;

    Ao Raony, meu colega de faculdade, que me ajudou a realizar toda a parte

    gráfica do trabalho. Muito obrigada;

    Aos meus colegas de sala que compartilharam os momentos de estudo e também

    momentos de distração;

    Aos meus professores do Departamento de Educação Física, que contribuíram

     para todo o conhecimento adquirido durante a faculdade;

    À professora e nutricionista Suzana Gomes que me auxiliou em questões

    importantes do trabalho;

    À nutricionista especializada em Nutrição Esportiva e Nutrição Clínica Clair

    Miranda, que me ajudou a definir os objetivos da pesquisa e a montar o questionário;

    Aos proprietários e coordenadores da academia Adrenaline, que permitiram que

    o trabalho fosse desenvolvido dentro dos critérios pré-estabelecidos.

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    À todos os entrevistados que aceitaram participar nesta pesquisa, contribuindo

     para os resultados deste estudo;

    A todos que, de uma maneira ou outra, colaboraram para a realização deste

    sonho.

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    SUMÁRIO

    SUMÁRIO

    RESUMO

    ABSTRACT

    LISTA DE ILUSTRAÇÕES...........................................................................................11

    I –  INTRODUÇÃO.........................................................................................................12II –  REVISÃO DA LITERATURA................................................................................16

    III – METODOLOGIA....................................................................................................29

    IV – RESULTADOS.......................................................................................................30

    V – DISCUSSÃO............................................................................................................39

    VI – CONCLUSÃO.........................................................................................................43

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................45

    ANEXOS.........................................................................................................................50

      Anexo I – Ofício.........................................................................................................51

      Anexo II –  Termo de consentimento livre e esclarecido............................................52

    APÊNDICE.....................................................................................................................53

      Apêndice A – Questionário........................................................................................54

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    RESUMO

    Uma alimentação adequada aliada a prática regular de exercícios físicos é suficiente

     para promoção da saúde e resultados estéticos. Os suplementos alimentares são

     produtos que contém em sua composição um ou mais nutrientes que podem ser

     proteínas, aminoácidos, carboidratos, vitaminas, minerais e gorduras que são utilizados

    com a finalidade de complementar a dieta. O objetivo geral do presente estudo foi

    verificar quais são os suplementos alimentares mais consumidos entre os adolescentes e

    adultos praticantes de exercícios físicos de uma academia da cidade Porto Velho-RO.

    Os objetivos específicos desta pesquisa foram: identificar os motivos que levam os

     praticantes de exercícios físicos a utilizarem os suplementos esportivos; identificar asfontes de indicação de suplementos; verificar o perfil do usuário considerando o

    consumo de suplemento esportivo de acordo com o gênero e idade; verificar os

    resultados esperados com o consumo do suplemento; e identificar a quantidade e o

    tempo de utilização dos suplementos alimentares. A amostra foi composta por 60 alunos

    selecionados aleatoriamente. Os pesquisados foram submetidos a um questionário com

    questões objetivas e subjetivas. O suplemento alimentar mais consumido entre os

    homens foi o suplemento protéico (28,57%), porém, entre as mulheres além dosuplemento protéico (25%), o consumo de carboidrato (25%) foi significativo. Os

     praticantes de exercícios físicos relataram que os profissionais de educação física que

    indicavam os suplementos alimentares.

    Palavras-chave: suplemento alimentar, praticantes de exercícios físicos, academia.

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    ABSTRACT

    Adequate food combined with regular physical exercise is sufficient to promote healthand aesthetic results. Food supplements are products which contain in their composition

    one or more nutrients which may be proteins, amino acids, carbohydrates, vitamins,

    minerals and fats which are used in order to complement the diet. The overall objective

    of this study was to determine which are the most consumed food supplements among

    adolescents and adults who practice physical exercises in a gym in the city Porto Velho-

    RO. The specific objectives of this research were to identify the reasons why

     practitioners of physical exercises to use sports supplements, identify sources ofindication of supplements, check the user profile considering the consumption of sports

    supplement according to gender and age; verify the expected results with the

    supplement intake, and to identify the amount and duration of use of dietary

    supplements. The sample consisted of 60 randomly selected students. The subjects

    underwent a questionnaire with objective and subjective. The dietary supplement

    consumed more among men was the protein supplement (28.57%), however, among

    women than protein supplement (25%), consumption of carbohydrate (25%) was

    significant. Practitioners of exercise reported that physical education teachers indicated

    that dietary supplements.

    Keywords: food supplement, practitioners of physical fitness, gym. 

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    LISTA DE ILUSTRAÇÕES

    Figura 1: Usuários e não-usuários de suplementos alimentares.....................................30

    Figura 2: Faixa etária dos consumidores de suplemento alimentar................................31

    Figura 3: Consumo de suplemento alimentar de acordo com o gênero.........................32

    Figura 4: Quantidade de suplementos consumidos por dia............................................35

    Figura 5: Tempo de uso do suplemento alimentar.........................................................36

    Figura 6: Fontes de indicação dos suplementos alimentares..........................................37

    Figura 7: Motivos para a utilização de suplemento alimentar relatados pelos praticantes

    de exercício físico............................................................................................................38

    TABELA 1: Composição de aminoácidos de proteínas de boa qualidade.....................16

    TABELA 2: Necessidades diárias de aminoácidos de cadeia ramificada (ACR)...........18

    TABELA 3: Tipos de suplementos mais utilizados pelos praticantes de exercício

    físico................................................................................................................................33

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    1. INTRODUÇÃO

    O aumento do uso de suplementos alimentares e anabolizantes cresce a cada

    dia devido à pressão da sociedade e da mídia em relação ao corpo padrão. As

    academias são os locais que favorecem a disseminação desses padrões estéticos

    estereotipados, como o corpo magro, com baixo percentual de gordura ou com elevado

    volume e tônus muscular. Os jovens fisicamente ativos estão mais preocupados com a

    aparência física e com o peso ao invés do desempenho físico, sendo estes os usuários

    mais frequentes de suplementos alimentares. Entretanto, o uso de suplementos pelos

     jovens dá-se pelo apelo do marketing  e à pressão da mídia, sendo na maioria das vezes

    orientados por colegas e treinadores, quase sempre despreparados (HIRSCHBRUCH et

    al. 2008).

    Reforçando o que os autores acima citaram Alves e Lima (2009), relatam que o

    uso de suplementos, na maioria das vezes, ocorre sem a devida orientação, sendo

    resultado das recomendações de colegas, treinadores, revistas,  sites  na internet e de

    ouvir dizer nas academias de ginástica.

     Normalmente, a aquisição destes produtos é feita em qualquer farmácia ou

    academia de ginástica sem necessidade de prescrição médica e sem orientação de

    nutricionistas. Já nos consultórios de endocrinologia pediátrica, hebiatra e de nutrição é

    comum o agendamento de consultas para avaliar as indicações e possíveis efeitos

    adversos dessa prática.

    Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2003), o uso abusivo

    de suplementos alimentares trata-se muitas vezes de um comércio ilegal, sem controledos setores da vigilância sanitária. Além de funcionar no próprio ambiente de prática de

    exercícios físicos contando com a participação, direta ou indireta, de profissionais

    responsáveis pelas sessões de exercícios físicos.

    Conforme Alves e Lima (2009), a mídia serve como estímulo ao uso de

    suplementos alimentares ao veicular, por exemplo, o mito do corpo ideal.

    Em 2001, foram investidos globalmente US$ 46 bilhões em propaganda de

    suplementos alimentares, servindo como meio de persuadir potenciais consumidores a

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    adquirir seus produtos. Na adolescência, período de auto-afirmação, muitos deles não

    medem esforços para atingir tal objetivo.

    Suplementos alimentares são definidos como substânciasutilizadas por via oral com o objetivo de complementar uma determinadadeficiência dietética. Muitas vezes eles são comercializados como substânciasergogênicas capazes de melhorar ou aumentar a performance física. Proteínase aminoácidos, creatina, carnitina, vitaminas, microelementos, cafeína,

     betahidroximetilbutirato e bicarbonato são os suplementos alimentares maisutilizados (ALVES E LIMA, 2009).

    Segundo Grunewald & Bailey (1993, apud Bacurau 2001), atualmente existem

    milhares de tipos de suplementos esportivos disponíveis para a venda em todo o mundo.

    Cerca de 624 destinados somente para fisiculturistas.

    Atualmente, no Brasil, os suplementos esportivos são agrupados em diversas

    categorias, tais como: repositores eletrolíticos, alimentos protéicos, alimentoscompensadores, entre outros. Porém, esse agrupamento não define o que se entende por

    suplemento esportivo, ou seja, quais são as suas particularidades (BACARAU, 2001).

     Nos EUA, o senado aprovou em 1994, o chamado Dietary Supplemts Health na Education Act   que um produto pode ser considerado comosuplemento, quando: for um produto (que não o tabaco) utilizado com ointuito de suplementar a dieta e que contenha um ou mais dos seguintesingredientes: uma vitamina, um mineral, uma erva ou outro tipo de planta,um aminoácido, alguma substância dietética capaz de aumentar o conteúdocalórico total da dieta, ou um concentrado, metabólico, constituinte, extrato,ou combinação desses nutrientes; for produzido para ser ingerido na forma de

     pílulas, cápsulas, tablete ou como líquido; não for produzido para usoconvencional como alimento ou como único item de uma refeição ou dieta;for um produto em cujo rotulo apareça a denominação de suplementodietético; incluir substâncias como drogas novas aprovadas, antibióticos ou

     produto biológico licenciado, comercializado como suplemento dietético oualimento antes da aprovação, certificação ou licença para ser utilizada comomedicamento (BACURAU, 2001).

    Considerando o aumento no consumo de suplementos alimentares entre os

    frequentadores de academias, o objetivo do presente estudo é verificar quais são os

    suplementos alimentares mais utilizados por praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - Rondônia. Os resultados encontrados neste estudo

    auxiliarão no entendimento dos fatores motivacionais relacionados ao consumo de

    suplementos alimentares entre os praticantes de exercícios físicos, assim como a sua

    frequência de uso e as fontes de indicação.

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    1.1 JUSTIFICATIVA

     No momento, evidências médicas sugerem que a suplementação alimentar

     pode ser benéfica para um pequeno grupo de pessoas, que são os atletas competitivos,

    cuja dieta não atende as necessidades nutricionais. Nesses casos, comprovada a

    deficiência de um nutriente, é indicado o aumento da sua ingestão, através da

    alimentação habitual e da utilização de suplementos. Porém, tem-se constatado que

    adolescentes envolvidos em atividade física ou atlética estão usando cada vez mais

    suplementos (ALVES & LIMA, 2009).

    Kacth & Mcardle (1984), afirmaram não existir nenhum benefício em ingerir

     proteínas em excesso, uma vez que as energias extras em forma de proteínas

    transformam-se em gorduras e são armazenadas em depósitos subcutâneos. O excesso

    de proteína pode ser prejudicial, pois sobrecarrega o fígado, local em que ocorre a

    metabolização de aminoácidos, e os rins, já que grande quantidade de subprodutos do

    metabolismo protéico como uréia, amônia e outros produtos nitrogenados são

    eliminados por via urinária. Segundo Alves & Lima (2009), o consumo excessivo de

     proteínas pode aumentar a produção de uréia, causar cólica abdominal, diarréia e

    aumentar o risco de desidratação. 

    O projeto em questão justifica-se pelo fato que normalmente não existe a

    necessidade da suplementação alimentar por parte dos praticantes de exercícios físicos

    que buscam a performance e o corpo perfeito. Somente a prática regular de exercícios

    físicos aliados à uma alimentação adequada e um bom descanso podem otimizar os

    resultados esperados sem a utilização de suplementos alimentares.

    A suplementação alimentar sem a devida orientação nutricional e médica pode

    trazer alguns efeitos maléficos, como por exemplo:  as proteínas quando ingeridas emquantidade superior a que o organismo necessita, podem sobrecarregar o fígado e os

    rins, e também se transformarem em gorduras que posteriormente serão armazenadas

    nos adipócitos.

    O consumo de suplemento alimentar pode variar entre os tipos de exercícios

    físicos, aspectos culturais, faixas etárias e sexo. Poucos estudos se referem ao tipo,

    tempo e quantidade de suplementos usados, mas parece ser comum que as doses

    recomendadas sejam excedidas.

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    1.2 PROBLEMA

    Quais são os suplementos alimentares mais utilizados por adolescentes e

    adultos praticantes de exercícios físicos de uma academia da cidade de Porto Velho  –  

    Rondônia?

    1.3 OBJETIVOS 

    1.3.1 Objetivo Geral

      Verificar quais são os suplementos alimentares mais consumidos por

    adolescentes e adultos praticantes de exercícios físicos de uma academia da

    cidade de Porto Velho.

    1.3.2 Objetivos Específicos

     

    Identificar os motivos que levam os praticantes de exercício físico a fazerem o

    uso de suplementos alimentares;

      Identificar as fontes de indicação de suplementos; 

      Verificar o perfil do usuário considerando o consumo de suplemento esportivo

    de acordo com o gênero e idade; 

      Identificar a quantidade e o tempo de uso dos suplementos.

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    2. REVISÃO DA LITERATURA

    2.1 Suplemento alimentar

    Conforme a portaria do Ministério da Saúde n° 222 de 24 de Março, de 1998,

    os produtos especialmente formulados e elaborados para praticantes de atividade física

     podem ser apresentados sob a forma de: tabletes, drágeas,  cápsulas, pós, granulados,

     pastilhas mastigáveis, líquidos, preparações semi-sólidas e  suspensões, sendo

    classificadas em:

    a) Repositores Hidroeletrolíticos para Praticantes de Atividade Física

    Os produtos denominados repositores hidroeletrolíticos apresentam em sua

    formulação concentrações variadas de sódio, cloreto e carboidratos, podendo ainda,

    conter potássio, vitaminas e/ou minerais (BRASIL, 1998a). Os repositores

    hidroeletrolíticos apresentam-se prontos para o consumo (líquido) ou em pó (ALVES,

    2005).

    b) Repositores Energéticos para Atletas

     Nestes produtos, a concentração de carboidratos deve ser no mínimo, 90% dos

    nutrientes energéticos presentes na formulação. Opcionalmente, estes produtos podem

    conter vitaminas e/ou minerais. Os repositores energéticos são encontrados na forma

    líquida, em pó, em barra ou gel (ALVES, 2005).

    c) Alimentos Protéicos para Atletas

    Os suplementos protéicos devem ser constituídos de, no mínimo, 65% de

     proteínas de qualidade nutricional equivalente às proteínas de alto valor biológico,

    sendo estas formuladas a partir da proteína intacta e/ou hidrolisada. Estes produtos podem conter vitaminas e ou minerais, além de carboidratos e gorduras, desde que a

    soma dos percentuais do valor calórico total de ambos não supere o percentual de

     proteínas (BRASIL, 1998).

    Tabela 1: Composição de aminoácidos de proteínas de boa qualidade

    Composição Observada (mg/g de proteína crua)

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    Aminoácido Ovo Leite de Vaca Carne Bovina

    Histidina 22 27 34

    Isoleucina 54 47 48

    Leucina 86 95 81

    Lisina 70 78 89

    Metionina + cistina 57 33 40

    Fenilalanina + tirosina 93 102 80

    Treonina 47 44 46

    Triptofano 17 14 12

    Valina 66 64 50

    Total 512 504 479

    Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria n. 222, de 24de março de 1998.

    Os alimentos protéicos devem obedecer aos seguintes requisitos:

    • Mínimo de 50% das calorias oriundas de proteínas;

    • Mínimo de 65% de proteína de alto valor biológico;

    • É permitida adição de aminoácidos específicos para a correção do valor biológico;

    • Opcionalmente, podem conter vitaminas e/ou minerais desde que não ultrapassem a

    DRI;

    • Podem conter carboidratos e gorduras desde que o somatório energético de ambos não

    ultrapasse o das proteínas (ALVES, 2005).

    d) Alimentos Compensadores para Praticantes de Atividade Física

    Os alimentos compensadores devem conter em sua composição uma

    concentração variada de macronutrientes (proteínas, carboidratos, lipídios), obedecendo

    aos seguintes requisitos:

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    • Carboidratos: abaixo de 90% do valor energético total do produto;

    • Proteínas: no mínimo 65% de proteínas presente no produto devem corresponder a

     proteína de alto valor biológico;

    • Gorduras: manter a relação de 1/3 gordura saturada, 1/3 monoinsaturada e 1/3

     poliinsaturada;

    • Opcionalmente, estes produtos podem conter vitaminas e ou minerais, desde que não

    ultrapassem a DRI.

    Estes produtos são conhecidos popularmente como hipercalóricos e alimentos

    considerados nutricionalmente completos, ou seja, produtos que contém todos os

    nutrientes permitidos pela norma (BRASIL, 1998).

    e) Aminoácidos de Cadeia Ramificada para Atletas (ou BCAA)

    Os aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina), isolados ou

    combinados, devem constituir no mínimo 70% dos nutrientes energéticos da

    formulação, fornecendo na ingestão diária recomendada até 100% das necessidades

    diárias de cada aminoácido (Tabela 2).

    Tabela 2: Necessidades diárias de aminoácidos de cadeia ramificada (ACR)

    ACR

    Necessidade (mg/kg/dia)

    Isoleucina 10

    Leucina 14

    Valina 10

    Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria n. 222, de 24de março de 1998.

    f) Outros alimentos com fins específicos para praticantes de atividade físicaEstes são produtos formulados de forma variada com finalidades metabólicas

    específicas, de acordo com determinada prática de atividade física. As vitaminas e

    minerais podem ser também adicionados a esses alimentos até o limite de 7,5% a 15%

    da DRI em 100 mL e de 15% a 30% da DRI em 100g, desde que o consumo diário não

    ultrapasse 100% da DRI em qualquer situação.

    2.1.1 Proteínas

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    Segundo Katch & Mcardle (1996), as proteínas são formadas por um grupo de

    compostos orgânicos nitrogenados dos quais os aminoácidos são a estrutura básica. Os

    aminoácidos contêm um radical amino e um radical chamado ácido orgânico (grupo

    carboxila), estes compostos se reúnem através de ligações peptídicas para formarem

    uma proteína.

    As proteínas funcionam como participante-chave no reparo e na construção de

    tecidos musculares após o exercício. Quando há o levantamento de peso, os músculos se

    contraem, esta ação causa rupturas microscópicas nas fibras musculares. Em resposta a

    esta agressão, o organismo torna as fibras musculares maiores e mais fortes para

     protegê-las das possíveis lesões futuras. A proteína é o substrato utilizado para

    construção de tecidos deste processo, sendo degradada, pela digestão, em aminoácidos.

    As células musculares utilizam os aminoácidos para criar mais proteína muscular,

    aumentando assim, as fibras musculares (KLEINER & ROBINSON, 2002).

    Estudos recomendam que o uso dos suplementos protéicos, como a proteína do soro do leite ou a albumina da clara do ovo, deve estar de acordocom a ingestão protéica total. O consumo adicional destes suplementos

     protéicos acima das necessidades diárias (1,8g/kg/dia) não determina ganhode massa muscular adicional, nem promove aumento do desempenho.

    Ingestão protéica, após o exercício físico de hipertrofia, favorece o aumentode massa muscular, quando combinado com a ingestão de carboidratos,reduzindo a degradação protéica. Este consumo deve estar de acordo com aingestão protéica e calórica total. O aumento da massa muscular ocorre comoconsequência do treinamento, assim como a demanda protéica, não sendo oinverso verdadeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DOESPORTE, 2003).

    Existem vinte tipos de aminoácidos, que se associam entre si até formarem

    várias combinações para construir as proteínas necessárias para o crescimento e reparo

    dos tecidos. Dos vinte aminoácidos, nove são considerados essenciais, ou seja, que nãosão sintetizados endogenamente e, portanto, devem ser ingeridos através da

    alimentação. Os outros onze aminoácidos são produzidos pelo organismo, sendo

    chamados de aminoácidos não-essencias. Os aminoácidos essenciais são: histidina,

    isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. Já os

    aminoácidos não-essenciais são: alanina, arginina, asparagina, ácido aspártico, cisteina,

    ácido glutâmico, glutamina, glicina, prolina, serina e tirosina (KLEINER &

    ROBINSON, 2002).

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    2.1.2 Aminoácidos de Cadeia Ramificada –  BCAA 

    Dentre os aminoácidos essenciais, se incluem os três aminoácidos de cadeiaramificada, ou seja, leucina, valina e isoleucina. Esses aminoácidos participam da

    regulação do balanço protéico corporal e são fontes de nitrogênio para a síntese de

    alanina e glutamina. Na regulação da síntese protéica muscular, verifica-se que a leucina

    age estimulando a fase de iniciação da tradução do RNA-mensageiro em proteína, por

    mecanismos tanto dependentes quanto independentes de insulina. Durante o exercício

    físico, pressupõe que esses aminoácidos estejam envolvidos na fadiga central, no

     balanço protéico muscular, na secreção de insulina, na modulação daimunocompetência, no aumento da performance de indivíduos que se exercitam em

    ambientes quentes e na diminuição do grau de lesão muscular (ROGERO &

    TIRAPEGUI, 2008). 

    De acordo com Bacurau (2001), acredita-se que a suplementação de BCAA

     possa promover o anabolismo de forma indireta, estimulando a liberação de alguns

    hormônios, tais como: hormônio de crescimento, insulina e testosterona. Dentre os três

    aminoácidos de cadeia ramificada, a leucina, é aquela que apresenta a maior resposta

    anabólica. A dose recomendada de BCAA é a ingestão de 5- 10g por dia. O uso de

    BCAA assim como outros suplementos deve ser feita em apenas algumas fases do

    treinamento e com supervisão do nutricionista e médico.

    Durante a prática de atividade prolongada, o músculo capta BCAA da corrente

    sanguínea para oxidá-los na produção de energia. A ingestão de BCAA poderia resultar

    num aumento de performance por oferecer ao músculo substratos que diminuíssem a

    necessidade da quebra do glicogênio (GOMES & TIRAPEGUI, 2000). Da mesma

    forma reduziria o catabolismo protéico durante o exercício.

    2.1.3 Whey Protein  

    As proteínas do soro do leite, também conhecidas como whey protein  são

    consideradas proteínas de alto valor biológico por conter um elevado teor de

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    aminoácidos essenciais, especialmente os de cadeia ramificada. As proteínas do soro

    são extraídas durante o processo de fabricação do queijo (SALZANO, 2002).

    Os peptídeos do soro são compostos por: beta-lactoglobulina (BLG), alfa-

    lactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig's) e glico-

    macropeptídeos (GMP), podendo variar em tamanho, peso molecular e função, e assim

    fornecer às proteínas do soro características especiais  (KINSELLA & WHITEHEAD,

    1989; AIMUTIS, 2004).

    A proteína do soro do leite está presente em todos os tipos de leite, contém cerca

    de 80% de caseína e 20% de proteínas do soro, porém este percentual que pode variar

    em função da raça do gado, da ração fornecida e do país de origem  (SALZANO, 2002).

    O teor de aminoácidos das proteínas do soro do leite é muito semelhante ao teor

    das proteínas do músculo esquelético, desta forma, é possível fornecer quase todos os

    aminoácidos em proporção similar às do mesmo, podendo ser classificadas como um

    efetivo suplemento anabólico (HA & ZAMEL, 2003).

    Estudos afirmam que as proteínas do soro são absorvidas mais rapidamente que

    outras proteínas, como por exemplo, a caseína. A rápida absorção das proteínas do soro

    eleva as concentrações plasmáticas de muitos aminoácidos logo após a sua ingestão 

    (DANGIN et al., 2001).  Portanto, pode-se hipotetizar que, a função do whey protein 

    seria exercida com mais efetividade no processo de síntese protéica quando

    administrada logo após uma sessão de exercícios. Outra função exercida pela ingestão

    da proteína do soro é o aumento da concentração de insulina plasmática (ZAWADZKI

    et al. 1992; CALBET & MACLEAN, 2002), que auxilia na captação de aminoácidos

     para o interior da célula muscular, favorecendo o anabolismo e reduzindo o catabolismo

     protéico (HARAGUCHI et al. 2006). 

    Segundo Haraguchi et al. (2006), os benefícios da proteína do soro do leite sobre

    a hipertrofia muscular estão associados ao perfil de aminoácidos, em especial a leucina,à rápida absorção intestinal de seus aminoácidos e peptídeos e à sua ação sobre a

    liberação de hormônios anabólicos, como, por exemplo, a insulina. 

    Diversos trabalhos têm demonstrado que as proteínas do soro auxiliam no

     processo de diminuição da gordura corporal, por meio de mecanismos associados ao

    cálcio, e por apresentar altas concentrações de aminoácidos de cadeia ramificada

    (HARAGUCHI et al. 2006). As proteínas do soro são ricas em cálcio, cerca de 600mg a

    cada 100g de proteína. Uma possível explicação seria que o aumento no cálcio atravésda dieta diminui as concentrações dos hormônios calcitrópicos, principalmente o 1,25

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    hidroxicolecalciferol (1,25(OH)2D). Os hormônios calcitrópicos em concentrações

    elevadas estimulam a transferência de cálcio para os adipócitos,e consequentemente, o

    cálcio em altas concentrações nas células adiposas promovem à lipogênese e à redução

    da lipólise. Portanto, a ingestão de cálcio dietético favorece a diminuição dos hormônios

    calcitrópicos, que reduz a deposição de gordura nos tecidos adiposos (ZEMEL, 2004).

    Em seus estudos, Layman (2003), mostrou que as dietas com maior relação

     proteína/carboidratos são mais eficazes no controle da glicose sanguínea e da insulina

     pós-prandial, desempenhando, dessa forma, a diminuição da gordura corporal e a

    manutenção da massa muscular durante a perda de peso.

    2.1.4 Glutamina A presença de glutamina no músculo pode regular o catabolismo e anabolismo

     protéico. A suplementação deste aminoácido em indivíduos que se submetem a fatores

    fisiológicos (exercício) e estressores (traumas, queimaduras, cirurgias) contribui para a

    menor queda da síntese protéica. A glutamina também pode estimular a síntese de

    glicogênio, aumentando a disponibilidade de energia para os processos anabólicos

    (BACURAU, 2001).

    De acordo com Cruzat et al. (2009, pag. 1)

    A glutamina é o aminoácido livre mais abundante no plasma e notecido muscular. Nutricionalmente é classificada como um aminoácido nãoessencial, uma vez que pode ser sintetizada pelo organismo a partir de outrosaminoácidos. A glutamina está envolvida em diferentes funções, tais como a

     proliferação e desenvolvimento de células, o balanço acidobásico, otransporte da amônia entre os tecidos, a doação de esqueletos de carbono paraa gliconeogênese, a participação no sistema antioxidante e outras. Por meiode técnicas de biologia molecular, estudos demonstram que a glutamina podetambém influenciar diversas vias de sinalização celular, em especial aexpressão de proteínas de choque térmico (HSPs). As HSPs contribuem para

    a manutenção da homeostasia da célula na presença de agentes estressores,tais como as espécies reativas de oxigênio (ERO). Em situações de elevadocatabolismo muscular, como após exercícios físicos intensos e prolongados, aconcentração de glutamina pode tornar-se reduzida. A menor disponibilidadedesse aminoácido pode diminuir a resistência da célula a lesões, levando a

     processos de apoptose celular. Por essas razões, a suplementação com L-glutamina, tanto na forma livre, quanto como dipeptídeo, tem sidoinvestigada.

     Numerosos trabalhos têm demonstrado diminuição significativa das

    concentrações plasmática e tecidual de glutamina durante e após exercício intenso e

     prolongado. Fato este, pode ser provocado pelo aumento da concentração do hormônio

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    cortisol, que estimula tanto o efluxo de glutamina muscular, quanto à captação de

    glutamina pelo fígado. Desse modo, a maior oferta de glutamina no fígado, aliada à

    diminuição dos estoques de glicogênio hepático e ao aumento da concentração de

    cortisol promovem maior estímulo da neoglicogênese hepática a partir do aminoácido

    glutamina. A glutamina também desempenha um papel modulador na secreção de

    alguns hormônios como: prolactina, hormônio do crescimento e ACTH (BACURAU,

    2001).

    2.1.5 Carnitina

    A carnitina é um dos componentes do sistema enzimático que controla aentrada de ácidos graxos de cadeia longa na mitocôndria, sítio de sua oxidação. Esse

    mecanismo, se comprovado, aumentaria a oxidação de ácidos graxos, e conservaria o

    glicogênio muscular durante a atividade física, retardando a fadiga. Fato este, faz com

    que a carnitina seja muito utilizada por praticantes de exercício físico com o objetivo de

    redução da massa gorda, como fat burner. A ingestão de 2g/dia de L-Carnitina ajuda do

    aumento da concentração intramuscular desta amina (BACURAU, 2001).

    A carnitina (L-3-hidroxitrimetilaminobutanoato) é uma amina quaternáriaencontrada na carne vermelha, leite e derivados, e produzida a partir da lisina e

    metionina no fígado, rim e cérebro. A carnitina pode aumentar o fluxo sanguíneo aos

    músculos, por causa do seu efeito vasodilatador e antioxidante. Em função das suas

    diversas ações, a carnitina tem sido utilizada por atletas que buscam uma melhor

     performance e maior resistência muscular à fadiga. Outros a utilizam em busca de perda

    de peso devido a sua ação promotora de oxidação de ácidos graxos e,

    consequentemente, maior utilização dos depósitos de gordura (ALVES & LIMA, 2009). No citoplasma os ácidos graxos de cadeia longa se unem a uma

    molécula de coenzima A (acil-coA) a qual é impermeável a membranamitocondrial necessitando então da carnitina para formar um complexo

     permeável (acil-carnitina) pela ação da enzima carnitina palmitoil transferaseI (CPT I). No interior da mitocôndria esse complexo é desfeito e o grupo acilé ligado à uma coenzima A mitocondrial pela enzima carnitina palmitoiltransferase II (CPT II), regenerando a molécula de acil-coA que é levada àmatriz para então ser oxidada na b-oxidação e dar origem ao acetil-coA parao ciclo de Krebs (GOMES & TIRAPEGUI, 2000).

    Essa amina é peça fundamental na captação e translocação dos ácidos graxos

    livres através da membrana mitocondrial e, dentro da mitocôndria, contribui para o

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     processo de oxidação de gordura e carboidratos, aumento na produção de acilcarnitina e

    aumento da geração de energia (GOMES & TIRAPEGUI, 2000). 

    A dose recomendada de suplementação utilizada é de 2-6 g/dia por um período

    de 10 dias a 10 semanas. Não existem relatos de danos renais em indivíduos sadios que

    utilizam carnitina como suplemento dietético. No momento, não há conclusões

    definitivas sobre o efeito benéfico da carnitina no metabolismo do exercício em atletas

    sem deficiência nutricional (ALVES E LIMA, 2009). 

    2.1.6 Creatina

    A creatina é um composto aminoacídico atípico encontrado principalmente nas

    carnes e nos peixes. Em humanos, 95% da creatina total são encontrados no músculo

    esquelético, e os 5% restantes se distribuem entre o encéfalo, fígado, rins e testículos.

    (DEMINICE et al. 2007).

    A creatina é a principal molécula de ressíntese do ATP nos primeiros 10

    segundos de atividades máximas, o que significa que quando sua concentração é

    aumentada pela suplementação, a ressíntese de ATP é mais eficiente e a recuperação é

    mais rápida. Assim como a glutamina o seu efeito osmótico tem sido relacionado a uma

    maior síntese protéica. No organismo humano, a creatina é sintetizada pelo fígado, rins

    e pâncreas a partir dos aminoácidos: glicina, arginina e metionina. Em indivíduos

    saudáveis, a creatina é reposta à taxa de 2g/dia pela síntese endógena e dieta. A

    suplementação oral de elevadas doses de creatina, cerca de 20g/dia-30g/dia durante

    vários dias aumenta de forma significativa as concentrações de CP durante o repouso e

    exercício. A ingestão dessas doses muitas vezes não é possível somente através da

    alimentação, pois as melhores fontes deste nutriente (carnes e peixes) apresentam cerca

    de 3g a 5g de creatina por quilo (BACURAU, 2001). Nos exercícios de alta intensidade e curta duração a reserva de

    ATP é hidrolizada rapidamente no citoplasma da célula, mas não atinge umnível zero, é observado em humanos uma queda de 25 a 30% da concentraçãoinicial no momento da fadiga (10). O composto creatina fosfato está nomúsculo servindo como um reservatório de fosfato de alta energia, assimconforme a reserva de ATP vai sendo hidrolizada a creatina quinase vaitransferindo fosfatos das CPs para as moléculas de ADP, ressintetizando oATP até 30 segundos de exercício (GOMES & TIRAPEGUI, 2000).

    Vandenberghe et al. In Gomes & Tirapegui (2000), acreditam que o tempo de

    dosagem prolongado pode trazer benefícios em exercícios de resistência. Em 10

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    semanas de ingesto de creatina iniciadas por 4 dias com 20 g/dia e mantido 5 g/dia até a

    última semana. Houve aumento de força, redução de gordura corporal e aumento de

     performance em exercícios de alta intensidade e curta duração.

    2.1.7 B-hmb 

    Segundo Bacurau (2001), a beta-hidroxi-butirato (b-HMB) é um derivado do

    aminoácido essencial leucina que parece ter relação com a síntese protéica e talvez

    maximize os efeitos anabólicos do exercício. A função anabólica da leucina parece estar

    ligada à estimulação da secreção de insulina. A suplementação com b-HMB com doses

    diárias de 1,5 a 3 gramas após o período de quatro a oito semanas tem sido relacionada àredução da proteólise muscular induzida pelo exercício físico o que proporcionaria o

    aumento da massa muscular e força.

    2.1.8 Cafeína

    Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cafeína é considerada como uma

    droga estimulante do sistema nervoso central, juntamente com as anfetaminas, a

    nicotina e a cocaína (CLEMENTZ et al., 1998). Os efeitos que cafeína pode causar são:

    aumentar o estado de alerta e reduzir a sensação de fadiga, estímulo à diurese, efeitos

    inotrópicos, taquicardizantes, broncodilatadores e estimulantes da secreção gástrica; a

    cafeína ainda pode causar um aumento da lipólise, facilitação da transmissão no sistema

    nervoso central, aumento da força de contração muscular em baixas frequências deestimulação e leva à economia do glicogênio muscular (GUERRA et al., 2000).

    Conforme mostram muitas pesquisas, o efeito da cafeína é ergogênico, e

     permite um melhor desempenho em exercícios prolongados e em exercícios de alta

    intensidade e de curta duração, retardando a fadiga (MCARDLE et al., 2001).

    O suplemento de cafeína utilizada por atletas é um produto destinado ao

    aumento da resistência aeróbia em exercícios de longa duração. A quantidade de cafeína

    que deve conter na porção é de aproximadamente 210 a 420mg, e não pode ser

    adicionada de nutrientes ou outros não nutrientes (RODRIGUES et al., 2009).

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    Um dos pontos negativos da cafeína no exercício é a sua ação diurética, a qual

     poderá aumentar o risco de desidratação do indivíduo (GUERRA et al., 2000). Outro

     ponto a ser considerado é que o efeito da cafeína varia de organismo para organismo,

    dependendo do seu peso e regularidade com que a pessoa ingere esta substância.

    Acredita-se que a ingestão crônica de 100 mg de cafeína por dia, o que equivalente a

    uma ou duas xícaras de café, pode neutralizar as respostas metabólicas aos efeitos

    esperados da cafeína (ALTERMANN et al., 2008).

    Conforme Alves & Lima (2009), cafeína pode melhorar o desempenho dos

    atletas por causa da mobilização de ácidos graxos livres do tecido adiposo, aumentando

    o suprimento de gordura ao músculo, reduzindo a utilização de glicogênio, melhorando

    a função neuromuscular e a contratilidade do músculo cardíaco e prolongando o tempo

    de exercício. Atua também como estimulante do sistema nervoso central, o que

     beneficia atividades que demandam concentração. Acredita-se, ainda, que possa ajudar

    na perda de peso, prevenção de fadiga e produção de energia. A dosagem com cafeína

    entre 3-6 mg/kg pode trazer efeitos positivos. Entre os efeitos adversos destacam-se:

    insônia, cefaléia, irritação gastrointestinal, hemorragia e estimulação da diurese,

    agitação, tremores e distração mental, hiperestesias, os quais podem retardar ou mesmo

     prejudicar a performance.

    Segundo Spriet & Gibala  apud Alves & Lima (2009), outro efeito da cafeína

    seria o de cruzar a barreira hematoencefálica e antagonizar os efeitos da adenosina,

    resultando no aumento das concentrações de neurotransmissores estimulatórios,

    elevando a vigília e o humor.

    2.1.9 Bebidas Esportivas 

    A desidratação é causada pela necessidade do organismo manter a temperatura

    corpórea próxima dos valores de repouso, cerca de 37ºC. Quando o corpo humano é

    submetido à alta temperatura, o único mecanismo que faz com que o organismo perca

    calor é a evaporação da água na superfície da pele, permitindo que a temperatura

    corporal seja mantida, entretanto, acaba resultando em desidratação e perda de

    eletrólitos. A reposição de líquidos é proporcional a alguns fatores, tais como:intensidade do exercício; condições climáticas; aclimatação do atleta; condicionamento

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    físico do atleta; características individuais fisiológicas e biomecânicas (MAUGHAN &

    LEIPER, 1994).

    Quando o indivíduo encontra-se desidratado a 2% do seu peso corporal e se

    essa perda aumenta para 5%, pode diminuir a capacidade de trabalho em até 30%

    (HORSWILL CA, 1998).

    As bebidas isotônicas ou esportivas são produtos formulados a partir da

    concentração variada de eletrólitos, associada a concentrações variadas de carboidratos,

    tendo como objetivo a reposição hídrica e eletrolítica decorrentes da prática de atividade

    física (ANVISA, 1998). O consumo voluntário dessas bebidas é maior do que o de água,

    devido a sua palatabilidade, ou seja, a "doçura", o sabor e a intensidade do gosto na

     boca e acidez influenciam a aceitabilidade, estimulando, assim, o consumo de líquidos

    durante o exercício (GUERRA, 2004).

    A hidratação é um elemento importante que deve ser considerado antes,

    durante e depois do exercício (GALLOWAY SD, 1999). A hidratação antes e durante o

    exercício melhora o desempenho, principalmente se o líquido a ser consumido contém

    carboidrato (MAUGHAN & LEIPER, 1994). As bebidas hidroeletrolíticas são

    importantes para assegurar a ingestão adequada de líquidos e eletrólitos, pois pode

    garantir a performance e reduzir os riscos de problemas associados ao calor

    (MAUGHAN  LEIPER, 1994). “A ingestão de líquidos deve ocorrer antes, durante e

    após a atividade física, evitando assim comprometimento da saúde do indivíduo”

    (LANCHA JR apud  ARRUDA et al. p. 97, 2006).

    Segundo Maughan  Leiper (1994), as atividades aeróbias de longa duração

    são mais suscetíveis a serem acometidas negativamente pela hipohidratação do que

    atividades anaeróbias de curta duração. Um jogador de futebol com peso de 70 kg,

    chega a perder aproximadamente 3,5 kg durante uma partida, o que representa 5% de

    seu peso corpóreo e uma desidratação moderada, com queda de 30% na sua

     performance.

    Coleman (1996 apud Arruda et al. 2006) afirma que as bebidas carboidratadas

    que contém cerca de 6-8% de concentração são absorvidas pelo organismo na mesma

    velocidade que a água, porém fornecem energia aos músculos em exercício.

    A hidratação feita com bebidas contendo polímeros de carboidrato durante as

    atividades de alta intensidade e longa duração tem como objetivo a manutenção dos

    níveis de glicose no sangue para tentar minimizar ou retardar os efeitos da fadiga,visando assim otimizar o desempenho dos atletas (ARRUDA et al. 2006). Conforme

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    Foss & Keteyian (2000 apud Arruda et al. 2006), afirmam que o consumo de bebidas

    carboidratadas durante os exercícios de longa duração auxilia a performance do atleta,

     pois conserva os níveis glicêmicos estáveis e reduz a utilização do glicogênio muscular

    e hepático, resultando em maior tempo de execução de exercício quando a hidratação é

    feita com soluções carboidratadas, em comparação com a hidratação com água, ou sem

    hidratação.

    3.  METODOLOGIA

    Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e qualitativo, de corte transversal

    realizado com uma amostra intencional não-probabilística de 60 adolescentes e adultos

     praticantes de exercícios físicos de uma academia de ginástica e musculação, na cidade

    de Porto Velho-RO. A amostra foi composta por alunos de ambos os sexos, sendo 50%

    homens e 50% mulheres compreendendo a faixa etária entre 15 a 60 anos de idade.

    A academia é uma empresa nova e moderna, com menos de dois anos de

    funcionamento, no qual oferece aos seus clientes atividades aeróbicas e anaeróbicas.

    O instrumento utilizado para avaliar os objetivos propostos foi um questionário

    (Anexo 1) semi-estruturado composto por 11 questões objetivas e subjetivas pertinentes

    ao assunto, elaborado especialmente para esta pesquisa, tendo como base estudos

    semelhantes ao tema proposto que foram realizados em outras regiões do Brasil. As

    questões de múltipla escolha permitiam ao avaliado escolher, se necessário, mais de

    uma opção para a mesma pergunta. No anexo I é apresentado o questionário utilizado.

    Os questionários foram aplicados em uma academia da cidade de Porto Velho-

    RO após a autorização dos responsáveis pela academia (Anexo II). A coleta de dados

    ocorreu no mês de outubro de 2011.

    Os avaliados foram informados quanto ao objetivo da pesquisa antes de se

    disponibilizarem a responder o questionário, assinaram o Termo de Consentimento

    Livre e Esclarecido (Anexo III), para posterior utilização dos dados em trabalhos

    científicos. Em relação a privacidade dos alunos, os questionários não exigiam

    identificação.

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    A ferramenta estatística utilizada foi o recurso Microsoft Office Excel 2003. O

    tratamento de dados empregado utilizou-se de cálculos em termos percentuais do índice

    de frequência das respostas para posterior apresentação em forma de tabelas e figuras

    (gráficos), além de uma análise quantitativa dos dados, a fim de obter conclusões sobre

    o presente estudo.

    4.  RESULTADOS

    Participaram 60 indivíduos frequentadores de academia, sendo que 50% (n=30)

    foram do gênero masculino e 50% (n=30) do gênero feminino. Entre os participantes,

    58,33% (n=35) declaram consumir algum tipo de suplemento alimentar e 41,66%

    (n=25) relataram nunca ter consumido suplemento alimentar conforme a figura 1.

    Figura 1: Usuários e não usuários de suplementos alimentares.

     

    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    Consumem

    suplementos

    58%

    Não consomem

    suplementos

    42%

    Suplemento Alimentar

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    A idade mínima dos participantes que consomem suplemento alimentar foi de

    15 anos e máxima de 60 anos, onde 8,57% (n=3) são adolescentes e 91,42% (n=32) são

    adultos, conforme demonstrado na figura 2.

    Figura 2: Faixa etária dos consumidores de suplemento alimentar.

    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    9%

    91%

    Faixa Etária

    Adolescente Adultos

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     No presente estudo, uma das questões abordadas foi a utilização de suplemento

    alimentar associada ao gênero dos entrevistados. Conforme a figura 3, houve maior

    consumo entre os homens 65,71% (23/35) do que entre as mulheres 34,28% (12/35).

    Figura 3: Consumo de suplemento alimentar de acordo com o gênero.

    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    65,71 %

    34,28 %

    Consumo de suplemento alimentar de acordo

    com o gênero

    Homens Mulheres

    65,71 %

    34,28 %

    Consumo de suplemento alimentar de acordo

    com o gênero

    Homens Mulheres

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    Conforme a tabela 3, o suplemento alimentar mais consumido pelos praticantesde exercícios físicos de ambos os sexos foi o suplemento que possui como base de

    formulação as proteínas, sendo 28,57% (16/23) do sexo masculino e 25% (6/12) do sexo

    feminino. Entre os homens o segundo suplemento alimentar mais utilizado foram os

    aminoácidos 23,21% (13/23), seguido das vitaminas com 17,85% (10/23), em quarto

    lugar foram os minerais 8,92% (5/23), os carboidratos 8,92% (5/23) e os termogênicos

    8,92% (5/23), e por último os lipídeos essenciais 1,78% (1/23) e as bebidas

    hidroeletrolíticas 1,78% (1/23).Entre as mulheres houve um empate no suplemento mais consumido que foram

    as proteínas e os carboidratos cada um com 25% (6/12), o segundo suplemento mais

    utilizado foi o termogênico com 20,83% (5/12), em terceiro lugar tem-se as vitaminas,

    os minerais e os aminoácidos com 8,33% (2/12) cada um, e finalmente as bebidas

    hidroeletrolíticas com 4,16% (1/12).

    Os nomes dos suplementos mais citados entre os participantes foram: whey

     protein, creatina, BCAA, maltodextrina, termogênico, animal Pack  entre outros. A dose

    utilizada era diversificada, pois muitos relataram que utilizavam a recomendada no

    rótulo do produto ou utilizavam como convinha a eles.

    Tabela 3: Tipos de suplementos mais utilizados pelos praticantes de exercício

    físico.

    Suplemento Alimentar Masculino % Feminino %

    Vitaminas 10 17,85% 2 8,33

    Minerais 5 8,92 2 8,33

    Proteínas 16 28,57 6 25

    AA 13 23,21 2 8,33

    Carboidrato 5 8,92 6 25

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    Lipídeo Essencial 1 1,78 0 0

    Termogênicos 5 8,92 5 20,83

    Bebidas

    Hidroeletrolíticas

    1 1,78 1 4,16

    Total 56 100 24 100

    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    De acordo com a figura 4, a quantidade de suplementos alimentares consumidos

    durante o dia pelos praticantes de exercícios físicos foi de 37,14% (13/35) consomem

    apenas um suplemento por dia, 34,28% (12/35) consomem dois suplementos por dia, e

    28,57% (10/35) consumem três ou mais suplementos durante o dia.

    Figura 4: Quantidade de suplementos consumidos por dia.

    34, 28%

    37, 14%

    28, 57%

    Quantidade de suplementos consumidos por

    dia

    Consomem apenas umsuplemento por dia

    Consomem dois suplementos

    por dia

    Consomem 3 ou mais

    suplementos por dia

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    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    Em relação ao tempo de uso do suplemento pelos praticantes de exercícios

    físicos, observou-se que 68,57% (24/35) consomem suplemento alimentar entre um a

    quatro meses; 2,85% (1/35) entre cinco a nove meses; 2,85% (1/35) entre 10 a 12

    meses; e 25,71% (9/35) utilizam suplemento alimentar por mais de um ano conforme a

    demonstração na figura 5.

    Figura 5: Tempo de uso do suplemento alimentar.

    68%

    3%

    3%

    26%

    Tempo de uso do suplemento alimentar

    1 à 4 meses

    5 à 9 meses

    10 à 12 meses

    Mais de 1 ano

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    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    Em relação às fontes de indicação de suplementos alimentares, pode-se observarque a maior parte da prescrição ou indicação ocorre sem nenhuma orientação de um

     profissional especializado, ou seja, os frequentadores da academia utilizam os

    suplementos por indicação do profissional de educação 34,28% (12/35), influência de

    amigos 22,85% (8/35), iniciativa própria 17,14% (6/35), orientação do médico ou

    nutricionista 14,28% (5/35) e por último através de propagandas (mídia, internet,

    televisão) 11,42% (4/35).

    Figura 6: Fontes de indicação dos suplementos alimentares.

    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    Os principais motivos que levam os praticantes de exercício físico a consumirem

    suplemento alimentar são: ganho de massa muscular (38,23%) e melhor desempenho

    físico (22,05%), seguido de perda de peso com 14,70%, melhor saúde 13,23%, e por

    último melhor recuperação 11,76% devido a constante preocupação com o corpo ideal

    imposto pela sociedade.

    Figura 7: Motivos para a utilização de suplemento alimentar pelos praticantes deexercícios físicos.

    34,28%

    22,85%17,14%

    14,28%11,42%

    Fontes de indicação dos suplementos

    alimentares

    Profissional de Educação Influência de Amigos

    Iniciativa Própria Orientação do médico ou nutricionista

    Propagandas (mídia, internet, televisão)

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    Fonte: Pesquisa de campo realizada com praticantes de exercícios físicos de umaacademia da cidade de Porto Velho - RO.

    5.  DISCUSSÃO

    Os resultados encontrados neste estudo mostraram que dos 60 entrevistados,

    58,33% (n = 35) utilizam suplemento alimentar. Em outro estudo realizado por

    Hirschbruch et al. (2008) com 201 jovens frequentadores de academias de ginástica

    da cidade de São Paulo foi relatado que 61,2% (n = 123) da amostra utilizavam

    suplemento alimentar. Entretanto, em pesquisa feita por Rocha & Pereira (1998) em

    16 academias no Estado do Rio de Janeiro, com 160 entrevistados no total, 51

    indivíduos (32,0%) faziam uso de algum tipo de suplemento. 

    A maior parte dos entrevistados utiliza suplemento alimentar com o objetivo

    de alcançar o corpo padrão imposto pela mídia, ou seja, os praticantes de exercício

    físico priorizam o ganho de massa muscular, o que vai ao encontro da finalidade mais

    citada para o uso de suplementos (PEREIRA et al., 2003; ARAÚJO & SOARES,

    1999; FLEISCHER & RED, 1982; HOFFAMAN et al., 2008), o melhor desempenho

    físico, a perda de tecido adiposo, ficando em segundo plano a melhor saúde e a melhor

    recuperação após o exercício físico. Fato este comprova a supervalorização do corpo

     perfeito imposto pela sociedade.

    O objetivo dos entrevistados, quanto à ênfase do fator estético, ou seja, a

    hipertrofia e a perda de peso, assinalados por 52,93% dos avaliados, pode ser visto

    com atenção pelos profissionais da educação física, pois pode estar havendo um

    38%

    22%

    15%

    13% 12%

    Motivos para a utilização de suplementos

    pelos praticantes de exercício físico

    Massa muscular

    Melhor desempenho físico

    Perda de peso

    Melhor saúde

    Melhor recuperação

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    distúrbio da imagem corporal, seja anorexia ou vigorexia. Quando a busca do corpo

    estaticamente perfeito for excessiva, existe o risco dos praticantes de exercício físico

    se submetem às ações prejudiciais a saúde, como o excesso de treino (overtraining ) e a

    ingestão indiscriminada de suplementos alimentares, a fim de alcançar os resultados

    almejados, sem levar em consideração os danos causados à saúde devido à falta de

    informação segura.

    Segundo Santos (2002), a ausência de uma cultura corporal saudável submete

    a população ao uso de substâncias que possam potencializar os seus objetivos em um

    menor espaço de tempo possível. E conforme Saba (1999), a academia é um local para

    a prática de exercícios físicos que favorece a disseminação de padrões estéticos, como

    o corpo com baixa quantidade de gordura subcutânea e com elevado volume de tônus

    muscular.

    Observou-se que apesar da quantidade de adolescentes que consomem

    suplemento alimentar ser bem inferior que a dos adultos, a idade mínima encontra que

    foi de 15 anos, mostrando como a utilização dessas substâncias ergogênicas estão

    sendo inseridas cada vez mais precocemente.

    Entre os usuários de suplementos foi possível constatar neste estudo, que os

    homens são os maiores consumidores de suplemento alimentar em relação às

    mulheres. Este resultado pode ser correlacionado com outros estudos semelhantes que

    mostram que os indivíduos do sexo masculino são os maiores consumidores de

    suplementos, cerca de 68,6%  a 75,7% (ROCHA & PEREIRA, 1998; PEREIRA et al.

    2003).

    Quando foi associado o número de indivíduos usuários de suplementos com a

    quantidade dos diferentes suplementos usados por eles, verificou-se que dos trinta e

    cinco usuários de suplemento alimentar, 37,14% dos indivíduos faziam uso de um tipo

    de suplemento, 34,28% faziam uso de 2 tipos de suplementos, e 28,57% faziam uso de 3ou mais suplementos. Em um estudo parecido realizado por Rocha e Pereira (1998),

    verificou-se que dos 51 indivíduos que consomem suplemento alimentar, 28 utilizam 1

    suplemento, 15 faziam uso de 2 a 3 suplementos e 8 faziam uso de 4 a 6 suplementos

    diferentes.

    Em relação ao tempo de uso do suplemento pelos praticantes de exercício

    físico, observou-se que 68,57% (24/35) consomem suplemento alimentar entre um a

    quatro meses; 2,85% (1/35) entre cinco a nove meses; 2,85% (1/35) entre 10 a 12meses; e 25,71% (9/35) utilizam suplemento alimentar por mais de um ano. Em um

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    39/54

     

    estudo realizado por Rocha & Pereira (1998), verificou-se entre os entrevistados que o

    tempo de uso dos suplementos concentrava-se principalmente entre um a seis meses (33,3%), de

    seis meses a um ano (37,2%) e mais de um ano (15,7%).

    Os nomes dos suplementos mais citados entre os entrevistados foram: whey

     protein, creatina, BCAA, maltodextrina, termogênico, animal Pack  entre outros. A dose

    utilizada era diversificada, pois muitos relataram que utilizavam a recomendada no

    rótulo do produto ou utilizavam como convinha a eles.

    Levando em consideração os resultados encontrados neste estudo e em outros

    estudos pesquisados, a proteína é o suplemento alimentar mais consumido nas diversas

    regiões do Brasil, devido a sua função de síntese protéica e estar relacionada a vários

    mecanismos metabólicos associados ao exercício físico (DOUGLAS, 2006). Os atletas

    necessitam de um maior requerimento energético, devido o elevado gasto energético,

    logo a quantidade de proteínas deve ser (>1,2g/kg/dia) (PHILLIPI, 2004). Quando a

    quantidade de proteína estiver acima de (2,5g/kg/dia), pode estar sendo desviadas para a

     produção de energia ou excretadas, pois o corpo humano não possui reservas de

     proteínas (PHILLIPI, 2004; DOUGLAS, 2006).

    O consumo excessivo de proteína e aminoácidos pode estar relacionado a

    efeitos maléficos a saúde, tais como: cetose, perda de massa óssea, sobrecarga renal,

    aumento da gordura corporal, desidratação, gota e excreção urinária de cálcio.(BACARAU, 2001; DOUGLAS, 2006; LANCHA, 2002). Conforme Domingues &

    Marins (2007), a utilização de BCAA e aminoácidos de forma descontrolada podem

    contribuir para a sobrecarga do sistema renal, caso o praticante não necessite do

    aumento do aporte protéico.

    O consumo de maltodextrina, bebidas carboidratas, gel e barras energéticas são

    utilizados como meio alternativo para manter a taxa de glicose sanguínea em nível

    adequado durante o exercício físico ou recuperação do glicogênio muscular após otreinamento (DOMINGUES & MARINS, 2007).

    Além dos suplementos citados acima, os termogênicos também foram bastante

    mencionados pelos entrevistados, estes são suplementos à base de cafeína. Segundo

    alguns autores, os efeitos que cafeína pode causar são: aumento do estado de alerta,

    redução da sensação de fadiga, estímulo à diurese, efeitos inotrópicos, taquicardizantes,

     broncodilatadores, estimulantes da secreção gástrica. A cafeína ainda pode causar um

    aumento da lipólise, facilitação da transmissão no sistema nervoso central, aumento daforça de contração muscular em baixas frequências de estimulação, e levar à economia

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    do glicogênio muscular (GUERRA et al., 2000). Devido aos seus efeitos, o elevado

    consumo da cafeína deve ser evitado por pessoas que possuem hipertensão e gastrite.

    A indicação e prescrição de suplemento alimentar é competência do

    nutricionista, entretanto, observou-se neste estudo que a indicação de suplemento foi

    realizada por pessoas não especializadas, sendo relatado pelos participantes que o

     profissional de educação física é o maior indicador de suplemento, seguido por

    influência de amigos, auto-prescrição, e ficando entre os últimos a orientação do médico

    ou nutricionista. Resultado semelhante ocorreu em uma pesquisa realizada por Pereira

    et al. (2003), a fonte mais utilizada de recomendação de suplementos foi a de instrutores

    e professores (31,1% das fontes de indicação), seguida de amigos (15,6%), auto-

    indicação (15,6%), nutricionista (11,1%) e médico (10,0%).

    Em outro estudo, realizado por Miarka et al.  (2007), com estudantes de

    educação física, verificou-se que, quando o suplemento era consumido por indicação, a

     principal fonte de prescrição era o instrutor, seguido de treinador, amigos, vendedor de

    loja e, por último, o nutricionista; dados estes semelhantes às informações encontradas

    nesta pesquisa, sendo surpreendente, pois é competência do nutricionista a prescrição de

    suplementos alimentares.

    Uma baixa prevalência de consulta ao nutricionista com a finalidade de avaliar

    se há necessidade da utilização de suplemento alimentar também foi encontrada em

    outros estudos, que apontam para uma prevalência de 13% e 22,2% respectivamente

    (COSTA & ROGATTO, 2006; PAMPLONA et al., 2005). Esses dados juntamente com

    os dados obtidos neste estudo reforçam a ideia de que o nutricionista não vem sendo

     priorizado como agente de consulta para o uso de suplemento alimentar, devendo está

    situação ser modificada.

    Segundo Araújo e Soares (1999), a auto-prescrição é comum, principalmente

     para as bebidas esportivas. Todavia, excluindo as bebidas esportivas, o número decitações da autoprescrição permanece elevado, porém, o treinador ou  personal trainer  

    se torna o maior responsável pela indicação de suplementos (ROCHA & PEREIRA,

    1998).

    A influência de amigos e leigos também é fonte importante de indicação de

    suplementos. Médicos e nutricionistas são os únicos profissionais legalmente

    habilitados para a prescrição de suplementos. O médico indica mais suplementos que o

    nutricionista, porém, a maioria desses são vitaminas e minerais (CARVALHO &HIRSCHBRUCH, 2000). Com exceção do nutrólogo (médico especializado em

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    nutrição), a maioria dos médicos não possui conhecimento científico suficiente para

     prescrever dietas/suplementos alimentares, sendo, portanto, a opção mais correta a

     procura de um nutricionista (DOMINGUES & MARINS, 2007).

    Outro estudo semelhante foi realizado por Domingues & Marins (2007),

    mostrou que a maioria das informações obtidas sobre suplementos correspondiam às

    conversas com amigos e a orientação do professor da academia. Estes, em princípio não

     possuem habilitação e conhecimento científico suficiente para prescrever tais

    suplementos.

    6.  CONCLUSÃO

     Nas condições da presente pesquisa realizada com praticantes de exercícios

    físicos de uma academia de Porto Velho-RO os resultados obtidos levam-nos a concluir

    que:

    - A prevalência do consumo de suplementos alimentares nesta população

    apresentou-se elevada, levando em consideração de que tal prática só deveria ocorrer,

    em situações especiais, quando as necessidades nutricionais não sejam supridas pela

    alimentação habitual;

    - Os suplementos mais consumidos foram os ricos em proteínas e aminoácidos,

    entretanto, os mais regularmente consumidos entre os homens foram as vitaminas e

    minerais, resultado diferente entre as mulheres que teve os termogênicos em segunda

    lugar, além dos carboidratos que foi juntamente com o suplemento protéico os mais

    consumidos pelas mulheres;- A associação simultânea de dois ou mais produtos ocorreu;

    - O consumo ocorreu em maior proporção entre os homens e pessoas adultas;

    - A indicação de suplemento alimentar sem a devida orientação profissional

     prevaleceu;

    - O tempo de uso de suplemento foi de um a quatro meses entre a maior parte

    dos consumidores;

    - Mais da metade dos praticantes de exercícios físicos que consomemsuplemento buscam o aumento de massa muscular.

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    A cada dia mais pessoas acreditam que a beleza e a saúde sejam algo

    comprável. Neste estudo pode-se observar que maior parte da amostra pesquisada

    consome suplementos alimentares na busca pela bela imagem corporal, sendo

     preocupante a maneira indiscriminada como ocorre este consumo, ou seja, sem a

    orientação de profissionais habilitados para esta função. O mercado de suplementos

    alimentares cresce numa velocidade extraordinária, entretanto, os estudos científicos

    que comprovem os seus efeitos maléficos e benéficos não ocorrem na mesma

     proporção. 

    A prescrição de suplemento alimentar deve ser realizada pelo nutricionista em

     parceria com o profissional de educação física, pois o consumo de suplemento deve

    estar associado aos fatores biológicos, à alimentação, à intensidade, ao volume e o

     período do treinamento ao qual o indivíduo está submetido para que os resultados sejam

    alcançados de maneira saudável, sem sobrecarregar o organismo e causar efeitos

    maléficos. 

    Portanto, para que isto aconteça, torna-se emergente a educação nutricional do

     público em geral, principalmente no ambiente da prática de atividade física, visando

    melhorar o grau de informação e garantir segurança na utilização desses produtos. É

    necessário que sejam realizadas campanhas educativas conduzidas por profissionais da

    saúde, com apoio do governo e da mídia em prol da alimentação balanceada associada

    ao estilo de vida saudável. A demanda por pesquisas metodologicamente adequadas

    relacionadas à nutrição esportiva urgem, de forma a ampliar o conhecimento sobre as

    reais funções e possíveis efeitos benéficos ou adversos que os suplementos nutricionais

    exercem sobre o desempenho e a saúde geral dos indivíduos.

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    ANEXOS

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    ANEXO I

    FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

    DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

    Porto Velho, 25 de outubro de 2011.

    Oficio nº. 020/2011 –  DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

    Sra. HelenaSr. MarceloCoordenadores responsáveis da Academia ADRENALINE.

    Senhores Coordenadores,

    Conforme tratado verbalmente, venho pelo presente documento solicitar de VossasSenhorias, providências administrativas no sentido de junto aos setores competentes, autorizar aacadêmica GILVANIA KIYOMI KUBOTANI, portadora do CPF 004 005 182-01, destaUniversidade Federal de Rondônia, proceder nas dependências da academia ADRENALINE, acoleta dos dados de seu trabalho de conclusão do curso de Licenciatura Plena em Educação

    Física, intitulado: “CONSUMO DE SUPLEME NTOS ALIMENTARES POR

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