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Nº 21, quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 157 ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012013013000157 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 1 19. A entidade deve divulgar o ganho ou a perda, se houver, calculado de acordo com o item 25 da NBC TG 36 e: (a)a parcela desse ganho ou perda atribuível à mensuração de qualquer investimento retido na ex-controlada, pelo seu valor justo na data em que o controle é perdido; e (b)as rubricas da demonstração do resultado na qual o ganho ou a perda estiver reconhecido (se não apresentado separadamente). Participação em negócios em conjunto e em coligadas 20. A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações contábeis avaliar: (a)a natureza, a extensão e os efeitos financeiros de suas participações em negócios em conjunto e em coligadas, incluindo a natureza e os efeitos de sua relação contratual com os demais in- vestidores que têm o controle conjunto, ou influência significativa, sobre os negócios em conjunto e sobre coligadas (ver itens 21 e 22); e (b)a natureza dos riscos associados as suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em co- ligadas e as mudanças nesses riscos (ver item 23). Natureza, extensão e efeitos financeiros das participações da entidade em negócios em conjunto e em coligadas 21. A entidade deve divulgar: (a) para cada negócio em conjunto e coligada que seja ma- terial para a entidade que reporta a informação: (i)o nome do negócio em conjunto ou coligada; (ii)a natureza da relação da entidade com o negócio em conjunto ou com a coligada (descrevendo, por exemplo, a natureza das atividades do negócio em conjunto ou da coligada e se elas são estratégicas para as atividades da entidade); (iii)a sede (e o país de constituição, se aplicável e se di- ferente do da sede) do negócio em conjunto ou da coligada; (iv) a proporção de participações societárias detidas pela entidade ou participações detidas por outros meios (participating sha- re) (acordos contratuais, por exemplo) e, se diferente, a proporção de direitos de voto detidos (se aplicável); (b) para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) e coligada que seja material para a entidade que reporta a informação: (i)se o investimento no empreendimento controlado em con- junto (joint venture) ou na coligada é mensurado usando-se o método da equivalência patrimonial ou o valor justo; (ii)informações financeiras resumidas sobre o empreendi- mento controlado em conjunto (joint venture) ou sobre coligada, conforme especificado nos itens B12 e B13; (iii) se o investimento em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou em coligada for contabilizado usando-se o método da equivalência patrimonial, o valor justo de seu investimento no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada, se houver preço de mercado cotado para o investimento; (c) informações financeiras, conforme especificado no item B16, sobre os investimentos da entidade em empreendimentos em conjunto (joint ventures) e em coligadas que não sejam individual- mente materiais: (i)de modo agregado para todos os empreendimentos con- trolados em conjunto (joint ventures) que sejam individualmente ima- teriais e separadamente; (ii) de modo agregado para todas as coligadas que sejam individualmente imateriais. 22. A entidade também deve divulgar: (a) a natureza e a extensão de quaisquer restrições signi- ficativas (por exemplo, resultantes de acordos de empréstimo, exi- gências regulatórias ou acordos contratuais entre investidores com controle conjunto ou influência significativa sobre empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou sobre coligada) sobre a capacidade de empreendimentos controlados em conjunto (joint ven- tures) ou de coligadas de transferir recursos à entidade na forma de dividendos ou lucros em caixa ou de pagar empréstimos ou adian- tamentos feitos pela entidade; (b) quando as demonstrações contábeis do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada, utilizadas na aplicação do método da equivalência patrimonial, forem referentes a uma data ou período diferente do das demonstrações contábeis da entidade: (i)a data do final do período de reporte das demonstrações contábeis desse empreendimento controlado em conjunto (joint ven- ture) ou dessa coligada; e (ii) a razão para utilizar uma data ou período diferente; (c) a parcela não reconhecida de perdas com empreendi- mento controlado em conjunto (joint venture) ou com coligada, tanto para o período de reporte quanto cumulativamente, se a entidade tiver deixado de reconhecer sua parcela das perdas com o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou com a coligada ao aplicar o método da equivalência patrimonial. Riscos associados às participações da entidade em empre- endimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em coligadas 23. A entidade deve divulgar: (a)compromissos relacionados com seus empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures), separadamente do valor de outros compromissos, conforme especificado nos itens B18 a B20. (b)de acordo com a NBC TG 25 - Provisões, Passivos Con- tingentes e Ativos Contingentes, a menos que a probabilidade de perda seja remota, os passivos contingentes incorridos com relação a suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou em coligadas (incluindo sua parcela de passivos contingentes incorridos em conjunto com outros investidores que te- nham o controle conjunto ou influência significativa sobre os em- preendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou coliga- das), separadamente do valor de outros passivos contingentes. Participação em entidades estruturadas não consolidadas 24. A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações contábeis: (a)compreender a natureza e a extensão de suas participações em entidades estruturadas não consolidadas (ver itens 26 a 28); e (b)avaliar a natureza dos riscos associados a suas partici- pações em entidades estruturadas não consolidadas e mudanças nesses riscos (ver itens 29 a 31). 25. As informações exigidas pelo item 24(b) incluem in- formações sobre a exposição da entidade ao risco como resultado do envolvimento que teve com entidades estruturadas não consolidadas em períodos anteriores (por exemplo, patrocínio de entidade estru- turada), mesmo que, na data de reporte, a entidade não tenha mais qualquer envolvimento contratual com a entidade estruturada. Natureza das participações 26. A entidade deve divulgar informações qualitativas e quantitativas sobre suas participações em entidades estruturadas não consolidadas, incluindo, entre outras, a natureza, o propósito, o porte e as atividades da entidade estruturada e como a entidade estruturada é financiada. 27. Se a entidade tiver patrocinado uma entidade estruturada não consolidada em relação à qual não forneça as informações exi- gidas pelo item 29 (por exemplo, porque não tem participação na entidade na data de reporte), a entidade deve divulgar: (a)como determinou quais entidades estruturadas patroci- nou; (b)o resultado dessas entidades estruturadas durante o pe- ríodo de reporte, incluindo uma descrição dos tipos de resultado apresentados; e (c) o valor contábil (no momento da transferência) de todos os ativos transferidos a essas entidades estruturadas durante o período de reporte. 28. A entidade deve apresentar as informações do item 27(b) e (c) em formato tabular, salvo se outro formato for mais adequado, e deve classificar suas atividades de patrocínio em categorias re- levantes (ver itens B2 a B6). Natureza dos riscos 29. A entidade deve divulgar em formato tabular, salvo se outro formato for mais apropriado, um resumo do que segue: (a)os valores contábeis dos ativos e passivos reconhecidos em suas demonstrações contábeis relativos às suas participações em entidades estruturadas não consolidadas; (b)as rubricas do balanço patrimonial em que esses ativos e passivos estiverem reconhecidos; (c)o valor que melhor representa a exposição máxima da entidade à perda decorrente de suas participações em entidades es- truturadas não consolidadas, incluindo como a exposição máxima à perda é determinada. Se não puder quantificar sua exposição máxima à perda decorrente de suas participações em entidades estruturadas não consolidadas, a entidade deve divulgar esse fato e as razões para tanto; (d)uma comparação dos valores contábeis dos ativos e pas- sivos da entidade que se referem a suas participações em entidades estruturadas não consolidadas e a exposição máxima da entidade a perdas decorrentes dessas entidades. 30. Se durante o período de reporte a entidade tiver, sem ter a obrigação contratual de fazê-lo, fornecido suporte financeiro ou outro a uma entidade estruturada não consolidada na qual anterior- mente teve ou atualmente tenha participação (por exemplo, compra de ativos da entidade estruturada ou instrumentos emitidos por ela), a entidade deve divulgar: (a)o tipo e o valor do suporte fornecido, incluindo situações nas quais a entidade tenha auxiliado a entidade estruturada na ob- tenção de suporte financeiro; e (b)as razões para o fornecimento do suporte. 31. A entidade deve divulgar quaisquer intenções atuais de fornecer suporte financeiro ou outro tipo de suporte a uma entidade estruturada não consolidada, incluindo intenções de auxiliar a en- tidade estruturada a obter suporte financeiro. cipantes do mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado (ou seja, um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de participante do mercado que detenha o ativo ou o passivo). 3. Quando o preço para um ativo ou passivo idêntico não é observável, a entidade mensura o valor justo utilizando outra técnica de avaliação que maximiza o uso de dados observáveis relevantes e minimiza o uso de dados não observáveis. Por ser uma mensuração baseada em mercado, o valor justo é mensurado utilizando-se as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. Como resultado, a intenção da entidade de manter um ativo ou de liquidar ou, de outro modo, satisfazer um passivo não é relevante ao mensurar o valor justo. 4. A definição de valor justo se concentra em ativos e pas- sivos porque eles são o objeto primário da mensuração contábil. Além disso, esta Norma deve ser aplicada aos instrumentos patrimoniais próprios da entidade mensurados ao valor justo. Alcance 5. Esta Norma é aplicável quando outra norma requerer ou permitir mensurações do valor justo ou divulgações sobre mensu- rações do valor justo (e mensurações - tais como valor justo menos despesas para vender - baseadas no valor justo ou divulgações sobre essas mensurações), salvo conforme especificado nos itens 6 e 7. 6. Os requisitos de mensuração e divulgação desta Norma não se aplicam a: (a)transações de pagamento baseadas em ações dentro do alcance da NBC TG 10 - Pagamento Baseado em Ações; (b)transações de arrendamento dentro do alcance da NBC TG 06 - Operações de Arrendamento Mercantil; e (c)mensurações que tenham algumas similaridades com o valor justo, mas que não representem o valor justo, como, por exem- plo, o valor realizável líquido a que se refere a NBC TG 16 - Estoques ou o valor em uso a que se refere a NBC TG 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. 7. As divulgações requeridas por esta Norma não são exi- gidas para: (a)ativos de planos mensurados ao valor justo de acordo com a NBC TG 33 - Benefícios a Empregados; (b)(eliminado); e (c)ativos cujo valor recuperável seja o valor justo menos as despesas de alienação, de acordo com a NBC TG 01. 8. A estrutura de mensuração do valor justo descrita nesta Norma se aplica tanto à mensuração inicial quanto à subsequente se o valor justo for exigido ou permitido por outras normas. Mensuração Definição de valor justo 9. Esta Norma define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. 10. O item B2 descreve a abordagem geral de mensuração do valor justo. Ativo ou passivo 11. A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo se os participantes do mercado, ao precificar o ativo ou o passivo na data de mensuração, levarem essas características em consideração. Essas características incluem, por exemplo: (a)a condição e a localização do ativo; e (b) restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo. 12. O efeito sobre a mensuração resultante de uma carac- terística específica pode diferir dependendo de como essa caracte- rística é levada em consideração pelos participantes do mercado. 13. O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos seguintes: (a)um ativo ou passivo individual (por exemplo, um ins- trumento financeiro ou um ativo não financeiro); ou (b)um grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativos e passivos (por exemplo, uma unidade geradora de caixa ou um negócio). 14. A determinação de se o ativo ou o passivo é ativo ou passivo independente, grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativos e passivos para fins de reconhecimento ou divulgação, depende de sua unidade de contabilização (unit of account). A unidade de contabilização (unit of account) para o ativo ou o passivo deve ser determinada de acordo com a norma que exigir ou permitir a men- suração do valor justo, salvo conforme previsto nesta Norma. Transação 15. A mensuração do valor justo presume que o ativo ou o passivo é trocado em uma transação não forçada entre participantes do mercado para a venda do ativo ou a transferência do passivo na data de mensuração nas condições atuais de mercado. 16. A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: (a)no mercado principal para o ativo ou passivo; ou (b)na ausência de mercado principal, no mercado mais van- tajoso para o ativo ou passivo. 17. A entidade não necessita empreender uma busca exaus- tiva de todos os possíveis mercados para identificar o mercado prin- cipal ou, na ausência de mercado principal, o mercado mais van- tajoso, mas ela deve levar em consideração todas as informações que estejam disponíveis. Na ausência de evidência em contrário, presume- se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a tran- sação para a venda do ativo ou para a transferência do passivo seja o mercado principal ou, na ausência de mercado principal, o mercado mais vantajoso. RESOLUÇÃO Nº 1.428, DE 25 DE JANEIRO DE 2013 Aprova a NBC TG 46 - Mensuração do Valor Justo. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, resolve: Art. 1º Aprovar a NBC TG 46 - Mensuração do Valor Justo, anexa à presente Resolução, que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 46 (IFRS 13 do IASB). Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- blicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de ja- neiro de 2013. JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO ANEXO Ata CFC n.º 973 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TG 46 - MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO Objetivo 1. O objetivo desta Norma é: (a)definir valor justo; (b)estabelecer em uma única Norma a estrutura para a men- suração do valor justo; e (c)estabelecer divulgações sobre mensurações do valor jus- to. 2. O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração específica da entidade. Para alguns ativos e passivos, pode haver informações de mercado ou transações de mer- cado observáveis disponíveis e para outros pode não haver. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo em ambos os casos é o mesmo - estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para vender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre parti-

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Nº 21, quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 157ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012013013000157

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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19. A entidade deve divulgar o ganho ou a perda, se houver,calculado de acordo com o item 25 da NBC TG 36 e:

(a)a parcela desse ganho ou perda atribuível à mensuração dequalquer investimento retido na ex-controlada, pelo seu valor justo nadata em que o controle é perdido; e

(b)as rubricas da demonstração do resultado na qual o ganhoou a perda estiver reconhecido (se não apresentado separadamente).

Participação em negócios em conjunto e em coligadas20. A entidade deve divulgar informações que possibilitem

aos usuários de suas demonstrações contábeis avaliar:(a)a natureza, a extensão e os efeitos financeiros de suas

participações em negócios em conjunto e em coligadas, incluindo anatureza e os efeitos de sua relação contratual com os demais in-vestidores que têm o controle conjunto, ou influência significativa,sobre os negócios em conjunto e sobre coligadas (ver itens 21 e 22);e

(b)a natureza dos riscos associados as suas participações emempreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em co-ligadas e as mudanças nesses riscos (ver item 23).

Natureza, extensão e efeitos financeiros das participações daentidade em negócios em conjunto e em coligadas

21. A entidade deve divulgar:(a) para cada negócio em conjunto e coligada que seja ma-

terial para a entidade que reporta a informação:(i)o nome do negócio em conjunto ou coligada;(ii)a natureza da relação da entidade com o negócio em

conjunto ou com a coligada (descrevendo, por exemplo, a naturezadas atividades do negócio em conjunto ou da coligada e se elas sãoestratégicas para as atividades da entidade);

(iii)a sede (e o país de constituição, se aplicável e se di-ferente do da sede) do negócio em conjunto ou da coligada;

(iv) a proporção de participações societárias detidas pelaentidade ou participações detidas por outros meios (participating sha-re) (acordos contratuais, por exemplo) e, se diferente, a proporção dedireitos de voto detidos (se aplicável);

(b) para cada empreendimento controlado em conjunto (jointventure) e coligada que seja material para a entidade que reporta ainformação:

(i)se o investimento no empreendimento controlado em con-junto (joint venture) ou na coligada é mensurado usando-se o métododa equivalência patrimonial ou o valor justo;

(ii)informações financeiras resumidas sobre o empreendi-mento controlado em conjunto (joint venture) ou sobre coligada,conforme especificado nos itens B12 e B13;

(iii) se o investimento em empreendimento controlado emconjunto (joint venture) ou em coligada for contabilizado usando-se ométodo da equivalência patrimonial, o valor justo de seu investimentono empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou nacoligada, se houver preço de mercado cotado para o investimento;

(c) informações financeiras, conforme especificado no itemB16, sobre os investimentos da entidade em empreendimentos emconjunto (joint ventures) e em coligadas que não sejam individual-mente materiais:

(i)de modo agregado para todos os empreendimentos con-trolados em conjunto (joint ventures) que sejam individualmente ima-teriais e separadamente;

(ii) de modo agregado para todas as coligadas que sejamindividualmente imateriais.

22. A entidade também deve divulgar:(a) a natureza e a extensão de quaisquer restrições signi-

ficativas (por exemplo, resultantes de acordos de empréstimo, exi-gências regulatórias ou acordos contratuais entre investidores comcontrole conjunto ou influência significativa sobre empreendimentocontrolado em conjunto (joint venture) ou sobre coligada) sobre acapacidade de empreendimentos controlados em conjunto (joint ven-tures) ou de coligadas de transferir recursos à entidade na forma dedividendos ou lucros em caixa ou de pagar empréstimos ou adian-tamentos feitos pela entidade;

(b) quando as demonstrações contábeis do empreendimentocontrolado em conjunto (joint venture) ou da coligada, utilizadas naaplicação do método da equivalência patrimonial, forem referentes auma data ou período diferente do das demonstrações contábeis daentidade:

(i)a data do final do período de reporte das demonstraçõescontábeis desse empreendimento controlado em conjunto (joint ven-ture) ou dessa coligada; e

(ii) a razão para utilizar uma data ou período diferente;(c) a parcela não reconhecida de perdas com empreendi-

mento controlado em conjunto (joint venture) ou com coligada, tantopara o período de reporte quanto cumulativamente, se a entidade tiverdeixado de reconhecer sua parcela das perdas com o empreendimentocontrolado em conjunto (joint venture) ou com a coligada ao aplicaro método da equivalência patrimonial.

Riscos associados às participações da entidade em empre-endimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em coligadas

23. A entidade deve divulgar:(a)compromissos relacionados com seus empreendimentos

controlados em conjunto (joint ventures), separadamente do valor deoutros compromissos, conforme especificado nos itens B18 a B20.

(b)de acordo com a NBC TG 25 - Provisões, Passivos Con-tingentes e Ativos Contingentes, a menos que a probabilidade deperda seja remota, os passivos contingentes incorridos com relação asuas participações em empreendimentos controlados em conjunto(joint ventures) ou em coligadas (incluindo sua parcela de passivoscontingentes incorridos em conjunto com outros investidores que te-nham o controle conjunto ou influência significativa sobre os em-preendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou coliga-das), separadamente do valor de outros passivos contingentes.

Participação em entidades estruturadas não consolidadas24. A entidade deve divulgar informações que possibilitem

aos usuários de suas demonstrações contábeis:

(a)compreender a natureza e a extensão de suas participaçõesem entidades estruturadas não consolidadas (ver itens 26 a 28); e

(b)avaliar a natureza dos riscos associados a suas partici-pações em entidades estruturadas não consolidadas e mudanças nessesriscos (ver itens 29 a 31).

25. As informações exigidas pelo item 24(b) incluem in-formações sobre a exposição da entidade ao risco como resultado doenvolvimento que teve com entidades estruturadas não consolidadasem períodos anteriores (por exemplo, patrocínio de entidade estru-turada), mesmo que, na data de reporte, a entidade não tenha maisqualquer envolvimento contratual com a entidade estruturada.

Natureza das participações26. A entidade deve divulgar informações qualitativas e

quantitativas sobre suas participações em entidades estruturadas nãoconsolidadas, incluindo, entre outras, a natureza, o propósito, o portee as atividades da entidade estruturada e como a entidade estruturadaé financiada.

27. Se a entidade tiver patrocinado uma entidade estruturadanão consolidada em relação à qual não forneça as informações exi-gidas pelo item 29 (por exemplo, porque não tem participação naentidade na data de reporte), a entidade deve divulgar:

(a)como determinou quais entidades estruturadas patroci-nou;

(b)o resultado dessas entidades estruturadas durante o pe-ríodo de reporte, incluindo uma descrição dos tipos de resultadoapresentados; e

(c) o valor contábil (no momento da transferência) de todosos ativos transferidos a essas entidades estruturadas durante o períodode reporte.

28. A entidade deve apresentar as informações do item 27(b)e (c) em formato tabular, salvo se outro formato for mais adequado,e deve classificar suas atividades de patrocínio em categorias re-levantes (ver itens B2 a B6).

Natureza dos riscos29. A entidade deve divulgar em formato tabular, salvo se

outro formato for mais apropriado, um resumo do que segue:(a)os valores contábeis dos ativos e passivos reconhecidos

em suas demonstrações contábeis relativos às suas participações ementidades estruturadas não consolidadas;

(b)as rubricas do balanço patrimonial em que esses ativos epassivos estiverem reconhecidos;

(c)o valor que melhor representa a exposição máxima daentidade à perda decorrente de suas participações em entidades es-truturadas não consolidadas, incluindo como a exposição máxima àperda é determinada. Se não puder quantificar sua exposição máximaà perda decorrente de suas participações em entidades estruturadasnão consolidadas, a entidade deve divulgar esse fato e as razões paratanto;

(d)uma comparação dos valores contábeis dos ativos e pas-sivos da entidade que se referem a suas participações em entidadesestruturadas não consolidadas e a exposição máxima da entidade aperdas decorrentes dessas entidades.

30. Se durante o período de reporte a entidade tiver, sem tera obrigação contratual de fazê-lo, fornecido suporte financeiro ououtro a uma entidade estruturada não consolidada na qual anterior-mente teve ou atualmente tenha participação (por exemplo, compra deativos da entidade estruturada ou instrumentos emitidos por ela), aentidade deve divulgar:

(a)o tipo e o valor do suporte fornecido, incluindo situaçõesnas quais a entidade tenha auxiliado a entidade estruturada na ob-tenção de suporte financeiro; e

(b)as razões para o fornecimento do suporte.31. A entidade deve divulgar quaisquer intenções atuais de

fornecer suporte financeiro ou outro tipo de suporte a uma entidadeestruturada não consolidada, incluindo intenções de auxiliar a en-tidade estruturada a obter suporte financeiro.

cipantes do mercado na data de mensuração sob condições correntesde mercado (ou seja, um preço de saída na data de mensuração doponto de vista de participante do mercado que detenha o ativo ou opassivo).

3. Quando o preço para um ativo ou passivo idêntico não éobservável, a entidade mensura o valor justo utilizando outra técnicade avaliação que maximiza o uso de dados observáveis relevantes eminimiza o uso de dados não observáveis. Por ser uma mensuraçãobaseada em mercado, o valor justo é mensurado utilizando-se aspremissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar oativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. Como resultado,a intenção da entidade de manter um ativo ou de liquidar ou, de outromodo, satisfazer um passivo não é relevante ao mensurar o valorjusto.

4. A definição de valor justo se concentra em ativos e pas-sivos porque eles são o objeto primário da mensuração contábil. Alémdisso, esta Norma deve ser aplicada aos instrumentos patrimoniaispróprios da entidade mensurados ao valor justo.

Alcance5. Esta Norma é aplicável quando outra norma requerer ou

permitir mensurações do valor justo ou divulgações sobre mensu-rações do valor justo (e mensurações - tais como valor justo menosdespesas para vender - baseadas no valor justo ou divulgações sobreessas mensurações), salvo conforme especificado nos itens 6 e 7.

6. Os requisitos de mensuração e divulgação desta Normanão se aplicam a:

(a)transações de pagamento baseadas em ações dentro doalcance da NBC TG 10 - Pagamento Baseado em Ações;

(b)transações de arrendamento dentro do alcance da NBCTG 06 - Operações de Arrendamento Mercantil; e

(c)mensurações que tenham algumas similaridades com ovalor justo, mas que não representem o valor justo, como, por exem-plo, o valor realizável líquido a que se refere a NBC TG 16 -Estoques ou o valor em uso a que se refere a NBC TG 01 - Reduçãoao Valor Recuperável de Ativos.

7. As divulgações requeridas por esta Norma não são exi-gidas para:

(a)ativos de planos mensurados ao valor justo de acordo coma NBC TG 33 - Benefícios a Empregados;

(b)(eliminado); e(c)ativos cujo valor recuperável seja o valor justo menos as

despesas de alienação, de acordo com a NBC TG 01.8. A estrutura de mensuração do valor justo descrita nesta

Norma se aplica tanto à mensuração inicial quanto à subsequente seo valor justo for exigido ou permitido por outras normas.

MensuraçãoDefinição de valor justo9. Esta Norma define valor justo como o preço que seria

recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferênciade um passivo em uma transação não forçada entre participantes domercado na data de mensuração.

10. O item B2 descreve a abordagem geral de mensuração dovalor justo.

Ativo ou passivo11. A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou

passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidadedeve levar em consideração as características do ativo ou passivo seos participantes do mercado, ao precificar o ativo ou o passivo nadata de mensuração, levarem essas características em consideração.Essas características incluem, por exemplo:

(a)a condição e a localização do ativo; e(b) restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo.12. O efeito sobre a mensuração resultante de uma carac-

terística específica pode diferir dependendo de como essa caracte-rística é levada em consideração pelos participantes do mercado.

13. O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode serqualquer um dos seguintes:

(a)um ativo ou passivo individual (por exemplo, um ins-trumento financeiro ou um ativo não financeiro); ou

(b)um grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativose passivos (por exemplo, uma unidade geradora de caixa ou umnegócio).

14. A determinação de se o ativo ou o passivo é ativo oupassivo independente, grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo deativos e passivos para fins de reconhecimento ou divulgação, dependede sua unidade de contabilização (unit of account). A unidade decontabilização (unit of account) para o ativo ou o passivo deve serdeterminada de acordo com a norma que exigir ou permitir a men-suração do valor justo, salvo conforme previsto nesta Norma.

Tr a n s a ç ã o15. A mensuração do valor justo presume que o ativo ou o

passivo é trocado em uma transação não forçada entre participantesdo mercado para a venda do ativo ou a transferência do passivo nadata de mensuração nas condições atuais de mercado.

16. A mensuração do valor justo presume que a transaçãopara a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre:

(a)no mercado principal para o ativo ou passivo; ou(b)na ausência de mercado principal, no mercado mais van-

tajoso para o ativo ou passivo.17. A entidade não necessita empreender uma busca exaus-

tiva de todos os possíveis mercados para identificar o mercado prin-cipal ou, na ausência de mercado principal, o mercado mais van-tajoso, mas ela deve levar em consideração todas as informações queestejam disponíveis. Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a tran-sação para a venda do ativo ou para a transferência do passivo seja omercado principal ou, na ausência de mercado principal, o mercadomais vantajoso.

RESOLUÇÃO Nº 1.428, DE 25 DE JANEIRO DE 2013

Aprova a NBC TG 46 - Mensuração doValor Justo.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, noexercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamentono disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46,alterado pela Lei n.º 12.249/10, resolve:

Art. 1º Aprovar a NBC TG 46 - Mensuração do Valor Justo,anexa à presente Resolução, que tem por base o PronunciamentoTécnico CPC 46 (IFRS 13 do IASB).

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-blicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de ja-neiro de 2013.

JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO

ANEXO

Ata CFC n.º 973NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADENBC TG 46 - MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTOObjetivo1. O objetivo desta Norma é:(a)definir valor justo;(b)estabelecer em uma única Norma a estrutura para a men-

suração do valor justo; e(c)estabelecer divulgações sobre mensurações do valor jus-

to.2. O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e

não uma mensuração específica da entidade. Para alguns ativos epassivos, pode haver informações de mercado ou transações de mer-cado observáveis disponíveis e para outros pode não haver. Contudo,o objetivo da mensuração do valor justo em ambos os casos é omesmo - estimar o preço pelo qual uma transação não forçada paravender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre parti-

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Nº 21, quarta-feira, 30 de janeiro de 2013158 ISSN 1677-7042

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18. Se houver mercado principal para o ativo ou passivo, amensuração do valor justo deve representar o preço nesse mercado(seja esse preço diretamente observável ou estimado utilizando-seoutra técnica de avaliação), ainda que o preço em mercado diferenteseja potencialmente mais vantajoso na data de mensuração.

19. A entidade deve ter acesso ao mercado principal (oumais vantajoso) na data de mensuração. Como diferentes entidades (enegócios dentro dessas entidades) com diferentes atividades podemter acesso a diferentes mercados, o mercado principal (ou mais van-tajoso) para o mesmo ativo ou passivo pode ser diferente para di-ferentes entidades (e negócios dentro dessas entidades). Portanto, omercado principal (ou mais vantajoso) (e, assim, os participantes domercado) deve ser considerado do ponto de vista da entidade, per-mitindo assim diferenças entre entidades com atividades diferentes.

20. Embora a entidade deva ser capaz de acessar o mercado,ela não precisa ser capaz de vender o ativo específico ou transferir opassivo específico na data de mensuração para que possa mensurar ovalor justo com base no preço desse mercado.

21. Ainda que não haja mercado observável para o for-necimento de informações de preços em relação à venda de um ativoou à transferência de um passivo na data de mensuração, a men-suração do valor justo deve presumir que uma transação ocorra na-quela data, considerada do ponto de vista de um participante domercado que detenha o ativo ou deva o passivo. Essa transaçãopresumida estabelece uma base para a estimativa do preço para avenda do ativo ou para a transferência do passivo.

Participantes do mercado22. A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou

passivo utilizando as premissas que os participantes do mercado uti-lizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que osparticipantes do mercado ajam em seu melhor interesse econômico.

23. Ao desenvolver essas premissas, a entidade não precisaidentificar participantes do mercado específicos. Em vez disso, aentidade deve identificar características que distinguem os partici-pantes do mercado de modo geral, considerando fatores específicospara todos os itens seguintes:

(a)ativo ou passivo;(b)mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou

passivo; e(c)participantes do mercado com os quais a entidade rea-

lizaria uma transação nesse mercado.Preço24. Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de

um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transaçãonão forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data demensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, preço de saí-da), independentemente de esse preço ser diretamente observável ouestimado utilizando-se outra técnica de avaliação.

25. O preço no mercado principal (ou mais vantajoso) uti-lizado para mensurar o valor justo do ativo ou passivo não deve serajustado para refletir custos de transação. Os custos de transaçãodevem ser contabilizados de acordo com outras normas. Os custos detransação não são uma característica de um ativo ou passivo; em vezdisso, são específicos de uma transação e podem diferir dependendode como a entidade realizar a transação para o ativo ou passivo.

26. Os custos de transação não incluem custos de transporte.Se a localização for uma característica do ativo (como pode ser ocaso para, por exemplo, uma commodity), o preço no mercado prin-cipal (ou mais vantajoso) deve ser ajustado para refletir os custos, sehouver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu localatual para esse mercado.

Aplicação a ativos não financeirosMelhor uso possível para ativos não financeiros27. A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro

leva em consideração a capacidade do participante do mercado degerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor usopossível (highest and best use) ou vendendo-o a outro participante domercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso.

28. O melhor uso possível de um ativo não financeiro levaem conta o uso do ativo que seja fisicamente possível, legalmentepermitido e financeiramente viável, conforme abaixo:

(a)um uso que seja fisicamente possível leva em conta ascaracterísticas físicas do ativo que os participantes do mercado le-variam em conta ao precificar o ativo (por exemplo, a localização ouo tamanho do imóvel);

(b)um uso que seja legalmente permitido leva em contaquaisquer restrições legais sobre o uso do ativo que os participantesdo mercado levariam em conta ao precificá-lo (por exemplo, as regrasde zoneamento aplicáveis a um imóvel);

(c)um uso que seja financeiramente viável leva em conta seo uso do ativo que seja fisicamente possível e legalmente permitidogera receita ou fluxos de caixa adequados (levando em conta oscustos para converter o ativo para esse uso) para produzir o retornodo investimento que os participantes do mercado exigiriam do in-vestimento nesse ativo colocado para esse uso.

29. O melhor uso possível é determinado do ponto de vistados participantes do mercado, ainda que a entidade pretenda um usodiferente. Contudo, presume-se que o uso atual pela entidade de ativonão financeiro seja o seu melhor uso, a menos que o mercado ououtros fatores sugiram que um uso diferente pelos participantes domercado maximizaria o valor do ativo.

30. Para proteger sua posição competitiva, ou por outrasrazões, a entidade pode pretender não utilizar ativamente um ativonão financeiro adquirido ou pode pretender não utilizá-lo de acordocom o seu melhor uso possível. Por exemplo, um ativo intangíveladquirido que a entidade planeje utilizar defensivamente impedindoque outros o utilizem. Não obstante, a entidade deve mensurar o valorjusto de ativo não financeiro presumindo o seu melhor uso possívelpelos participantes do mercado.

Premissa de avaliação para ativos não financeiros

31. O melhor uso possível (highest and best use) de ativonão financeiro estabelece a premissa de avaliação utilizada para men-surar o valor justo do ativo, conforme abaixo:

(a)o melhor uso possível de ativo não financeiro pode ofe-recer o valor máximo aos participantes do mercado por meio de seuuso em combinação com outros ativos como um grupo (conformeinstalados ou, de outro modo, configurados para uso) ou em com-binação com outros ativos e passivos (por exemplo, um negócio);

(i)se o melhor uso possível do ativo for o uso do ativo emcombinação com outros ativos ou com outros ativos e passivos, ovalor justo do ativo é o preço que seria recebido em uma transaçãoatual para a venda do ativo, presumindo-se que o ativo seria utilizadocom outros ativos ou com outros ativos e passivos e que esses ativose passivos (ou seja, seus ativos complementares e os respectivospassivos) estariam disponíveis aos participantes do mercado;

(ii)os passivos associados ao ativo e aos ativos complemen-tares incluem passivos que financiem capital de giro, mas não in-cluem passivos utilizados para financiar outros ativos que não aquelescompreendidos no grupo de ativos;

(iii)as premissas sobre o melhor uso de ativo não financeirodevem ser consistentes para todos os ativos (para os quais o melhoruso seja relevante) do grupo de ativos ou do grupo de ativos epassivos dentro do qual o ativo seria utilizado;

(b)o melhor uso possível de ativo não financeiro poderiafornecer o valor máximo para os participantes do mercado de formaindividual. Se o melhor uso possível do ativo for utilizá-lo de formaindividual, o seu valor justo deve ser o preço que seria recebido emuma transação atual pela venda do ativo a participantes do mercadoque o utilizariam de forma individual.

32. A mensuração do valor justo de ativo não financeiropresume que o ativo seja vendido de forma consistente com a unidadede contabilização especificada em outras normas (que pode ser umativo individual). Esse é o caso mesmo quando essa mensuração dovalor justo presume que o melhor uso possível do ativo é utilizá-loem combinação com outros ativos ou com outros ativos e passivos, jáque a mensuração do valor justo presume que o participante domercado já detém os ativos complementares e os passivos corres-pondentes.

33. O item B3 descreve a aplicação do conceito de premissade avaliação para ativos não financeiros.

Aplicação a passivos e a instrumentos patrimoniais própriosda entidade

Princípios gerais34. A mensuração do valor justo presume que um passivo

financeiro ou não financeiro ou o instrumento patrimonial próprio daentidade (por exemplo, participações patrimoniais emitidas como con-traprestação em combinação de negócios) seja transferido a um par-ticipante do mercado na data de mensuração. A transferência depassivo ou de instrumento patrimonial próprio da entidade presume oseguinte:

(a)o passivo permaneceria em aberto e o cessionário par-ticipante do mercado ficaria obrigado a satisfazer a obrigação. Opassivo não seria liquidado com a contraparte nem seria, de outromodo, extinto na data de mensuração;

(b)o instrumento patrimonial próprio da entidade permane-ceria em aberto e o cessionário participante do mercado assumiria osdireitos e as responsabilidades a ele associados. O instrumento nãoseria cancelado nem, de outro modo, extinto na data de mensu-ração.

35. Mesmo quando não há mercado observável para fornecerinformações de preços em relação à transferência de passivo ou deinstrumento patrimonial próprio da entidade (por exemplo, devido arestrições contratuais ou outras restrições legais que impeçam a trans-ferência desses itens), pode haver mercado observável para esses itensse eles forem mantidos por outras partes como ativos (por exemplo,título de dívida corporativo ou opção de compra sobre ações daentidade).

36. Em todos os casos, a entidade deve maximizar o uso dedados observáveis relevantes e deve minimizar o uso de dados nãoobserváveis para atingir o objetivo da mensuração do valor justo, qualseja, estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para atransferência do passivo ou instrumento patrimonial ocorreria entreparticipantes do mercado na data de mensuração nas condições atuaisde mercado.

Passivos e instrumentos patrimoniais mantidos por outraspartes como ativos

37. Quando um preço cotado para a transferência de passivoou instrumento patrimonial próprio da entidade idêntico ou similarnão está disponível, e o item idêntico é mantido por outra parte comoativo, a entidade deve mensurar o valor justo do passivo ou ins-trumento patrimonial do ponto de vista de participante do mercadoque detenha o item idêntico como ativo na data de mensuração.

38. Nesses casos, a entidade deve mensurar o valor justo dopassivo ou instrumento patrimonial da seguinte forma:

(a)utilizando o preço cotado em mercado ativo para o itemidêntico mantido por outra parte como ativo, se esse preço estiverdisponível;

(b)se esse preço não estiver disponível, utilizando outrosdados observáveis, tais como o preço cotado em mercado que nãoseja ativo para o item idêntico mantido por outra parte como ativo;

(c)se os preços observáveis de (a) e (b) não estiverem dis-poníveis, utilizando outra técnica de avaliação, como, por exemplo:

(i)abordagem de receita (por exemplo, técnica de valor pre-sente que leve em conta o fluxo de caixa futuro que um participantedo mercado esperaria receber por deter o passivo ou o instrumentopatrimonial como ativo (ver itens B10 e B11));

(ii)abordagem de mercado (por exemplo, utilizando preçoscotados para passivos ou instrumentos patrimoniais similares man-tidos por outras partes como ativos (ver itens B5 a B7)).

39. A entidade deve ajustar o preço cotado de passivo ou deinstrumento patrimonial próprio da entidade, mantido por outra partecomo ativo, somente se houver fatores específicos para o ativo quenão forem aplicáveis à mensuração do valor justo do passivo ouinstrumento patrimonial. A entidade deve garantir que o preço doativo não reflita o efeito de uma restrição que impeça a venda desseativo. Alguns fatores que podem indicar que o preço cotado do ativodeve ser ajustado incluem os seguintes:

(a)o preço cotado para o ativo corresponde a um passivo ouinstrumento patrimonial similar (mas não idêntico) mantido por outraparte como ativo. Por exemplo, o passivo ou o instrumento pa-trimonial pode ter característica particular (por exemplo, qualidade decrédito do emitente) que seja diferente daquela refletida no valor justodo passivo ou instrumento patrimonial similar mantido como ativo;

(b)a unidade de contabilização para o ativo não é a mesmapara o passivo ou para o instrumento patrimonial. Por exemplo, parapassivos, em alguns casos o preço para um ativo reflete o preçocombinado para um pacote que compreende tanto os valores devidospelo emitente quanto ao instrumento de melhoria de crédito de ter-ceiro. Se a unidade de contabilização para o passivo não for para opacote combinado, o objetivo é mensurar o valor justo do passivo doemitente, não o valor justo do pacote combinado. Assim, nessescasos, a entidade deve ajustar o preço observado para o ativo a fim deexcluir o efeito do instrumento de melhoria de crédito de terceiro.

Passivos e instrumentos patrimoniais não mantidos por ou-tras partes como ativos

40. Quando um preço cotado para a transferência de passivoou instrumento patrimonial próprio da entidade idêntico ou similarnão está disponível, e o item idêntico não é mantido por outra partecomo ativo, a entidade deve mensurar o valor justo do passivo ouinstrumento patrimonial utilizando uma técnica de avaliação do pontode vista de participante do mercado que deva o passivo ou tenhaexercido o direito sobre o patrimônio.

41. Por exemplo, ao aplicar a técnica de valor presente, aentidade pode levar em conta qualquer uma das seguintes opções:

(a)as saídas de caixa futuras em que um participante domercado esperaria incorrer ao satisfazer a obrigação, incluindo acompensação que um participante do mercado exigiria por assumir aobrigação (ver itens B31 a B33);

(b)o valor que um participante do mercado receberia paracelebrar ou emitir um passivo ou instrumento patrimonial idêntico,utilizando as premissas que participantes do mercado utilizariam aoprecificar o item idêntico (por exemplo, que tenha as mesmas ca-racterísticas de crédito) no mercado principal (ou mais vantajoso)para a emissão de passivo ou instrumento patrimonial com os mes-mos termos contratuais.

Risco de descumprimento (non-performance)42. O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de

descumprimento (non-performance). O risco de descumprimento(non-performance) inclui, entre outros, o risco de crédito próprio daentidade (conforme definido na NBC TG 40 - Instrumentos Finan-ceiros: Evidenciação). Presume-se que o risco de descumprimento(non-performance) seja o mesmo antes e depois da transferência dopassivo.

43. Ao mensurar o valor justo de um passivo, a entidadedeve levar em conta o efeito de seu risco de crédito (situação decrédito) e quaisquer outros fatores que possam influenciar a pro-babilidade de que a obrigação seja ou não satisfeita. Esse efeito podediferir dependendo do passivo. Por exemplo:

(a)se o passivo é uma obrigação de entregar caixa (passivofinanceiro) ou uma obrigação de entregar bens ou serviços (passivonão financeiro);

(b)os termos de melhorias de crédito relacionados ao pas-sivo, se houver.

44. O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco dedescumprimento (non-performance) com base em sua unidade decontabilização. O emitente de passivo emitido para um instrumentode melhoria de crédito de terceiros indissociável que seja conta-bilizado separadamente do passivo, não deve incluir o efeito da me-lhoria de crédito (por exemplo, garantia de dívida de terceiro) namensuração do valor justo do passivo. Se a melhoria de crédito forcontabilizada separadamente do passivo, o emitente deve levar emconta sua própria situação de crédito, e não a do terceiro avalista, aomensurar o valor justo do passivo.

Restrição que impede a transferência de passivo ou de ins-trumento patrimonial próprio da entidade

45. Ao mensurar o valor justo de passivo ou de instrumentopatrimonial próprio, a entidade não deve incluir uma informação(input) separada ou um ajuste a outras informações (inputs) relativasà existência de restrição que impeça a transferência do item. O efeitode restrição que impeça a transferência de passivo ou de instrumentopatrimonial próprio da entidade é incluído de forma implícita ouexplícita nas demais informações (inputs) da mensuração do valorjusto.

46. Por exemplo, na data da transação, tanto o credor quantoo avalista aceitaram o preço da transação para o passivo com plenoconhecimento de que a obrigação inclui uma restrição que impede asua transferência. Como resultado da inclusão da restrição no preçoda transação, não se exige uma informação (input) separada ou umajuste a uma informação (input) existente na data da transação pararefletir o efeito da restrição sobre a transferência. Similarmente, nãose exige uma informação (input) separada ou um ajuste a uma in-formação existente (input) em datas de mensuração subsequentes pararefletir o efeito da restrição sobre a transferência.

Passivo financeiro com elemento à vista47. O valor justo de passivo financeiro com elemento à vista

(por exemplo, depósito à vista) não é menor que o valor a pagar àvista, descontado desde a primeira data em que o pagamento dessevalor poderia ser exigido.

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Nº 21, quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 159ISSN 1677-7042

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Aplicação a ativos financeiros e passivos financeiros composições de compensação em riscos de mercado ou risco de créditoda contraparte

48. A entidade que detém um grupo de ativos financeiros epassivos financeiros está exposta a risco de mercado e a risco decrédito (conforme definido na NBC TG 40) de cada uma das con-trapartes. Se a entidade gerencia esse grupo de ativos financeiros epassivos financeiros com base em sua exposição líquida a risco demercado ou a risco de crédito, ela pode aplicar uma exceção a estaNorma para a mensuração do valor justo. Essa exceção permite que aentidade mensure o valor justo de grupo de ativos financeiros epassivos financeiros com base no preço que seria recebido pela vendade posição comprada líquida (ou seja, um ativo) para uma específicaexposição a risco ou pago pela transferência de posição vendidalíquida (ou seja, um passivo) para uma específica exposição a riscoem uma transação não forçada entre participantes do mercado na datade mensuração nas condições de mercado atuais. Consequentemente,a entidade deve mensurar o valor justo do grupo de ativos financeirose passivos financeiros consistentemente com a forma pela qual osparticipantes do mercado precificariam a exposição a risco líquida nadata de mensuração.

49. Permite-se a entidade utilizar a exceção do item 48somente se ela satisfizer todos os itens seguintes:

(a)gerenciar o grupo de ativos financeiros e passivos finan-ceiros com base na exposição líquida da entidade a um risco (ouriscos) de mercado específico ou ao risco de crédito de contraparteespecífica, de acordo com a estratégia de investimento ou gestão derisco documentada da entidade;

(b)fornecer informações, de acordo com essa base, sobre ogrupo de ativos financeiros e passivos financeiros ao pessoal-chave daadministração da entidade, conforme definido na NBC TG 05 - Di-vulgação sobre Partes Relacionadas; e

(c)for obrigada a, ou tiver optado por, mensurar esses ativosfinanceiros e passivos financeiros ao valor justo no balanço patri-monial ao final de cada período de relatório.

50. A exceção do item 48 não está relacionada à apre-sentação de demonstrações contábeis. Em alguns casos, a base para aapresentação de demonstrações contábeis no balanço patrimonial di-fere da base para a mensuração de instrumentos financeiros, como,por exemplo, caso uma Norma não exija ou permita que instrumentosfinanceiros sejam apresentados em base líquida. Nesses casos, a en-tidade pode precisar alocar os ajustes no nível de carteira (ver itens53 a 56) aos ativos ou passivos individuais que formam o grupo deativos financeiros e passivos financeiros gerenciados com base naexposição líquida a risco da entidade. A entidade deve realizar essasalocações de forma razoável e consistente, utilizando metodologiaadequada às circunstâncias.

51. Para utilizar a exceção do item 48, a entidade deve tomaruma decisão sobre a política contábil de acordo com a NBC TG 23 -Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. A

entidade que utilizar a exceção deve aplicar essa política contábil,incluindo sua política para alocação de ajustes para refletir o spreadentre os preços de compra e de venda (ver itens 53 a 55) e de ajustesde crédito (ver item 56), se for o caso, de forma consistente deperíodo a período para uma carteira específica.

52. A exceção do item 48 se aplica somente a ativos fi-nanceiros e passivos financeiros incluídos no alcance da NBC TG 38- Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

Exposição a riscos de mercado53. Ao utilizar a exceção do item 48 para mensurar o valor

justo de grupo de ativos financeiros e passivos financeiros geren-ciados com base na exposição líquida da entidade a risco (ou riscos)de mercado específico, a entidade deve aplicar o preço contido nospread entre os preços de compra e de venda que, nas circunstâncias,melhor representar o valor justo para a exposição líquida da entidadea esses riscos de mercado (ver itens 70 e 71).

54. Ao utilizar a exceção do item 48, a entidade deve ga-rantir que o risco (ou riscos) de mercado ao qual a entidade estejaexposta nesse grupo de ativos financeiros e passivos financeiros sejasubstancialmente o mesmo. Por exemplo, a entidade não combinariao risco de taxa de juros associado a um ativo financeiro ao risco depreço de commodities associado a um passivo financeiro, pois fazê-lonão mitigaria a exposição da entidade ao risco de taxa de juros ou aorisco de preço de commodities. Ao utilizar a exceção do item 48,qualquer risco de base resultante do fato de os parâmetros de risco demercado não serem idênticos será levado em consideração na men-suração do valor justo dos ativos financeiros e passivos financeiroscontidos no grupo.

55. Similarmente, a duração da exposição da entidade a risco(ou riscos) de mercado específico em decorrência dos ativos finan-ceiros e dos passivos financeiros será substancialmente a mesma. Porexemplo, a entidade que utiliza contrato futuro de 12 meses contrafluxos de caixa associados a 12 meses de exposição a risco de taxa dejuros em instrumento financeiro de cinco anos dentro de grupo for-mado somente desses ativos financeiros e passivos financeiros men-sura o valor justo da exposição ao risco de taxa de juros de 12 mesesem base líquida e o restante da exposição a risco de taxa de juros (ouseja, anos 2 a 5) em base bruta.

Exposição ao risco de crédito de contraparte específica56. Ao utilizar a exceção do item 48 para mensurar o valor

justo de grupo de ativos financeiros e passivos financeiros celebradoscom uma contraparte específica, a entidade deve incluir o efeito daexposição líquida da entidade ao risco de crédito dessa contraparte oua exposição líquida da contraparte ao risco de crédito da entidade namensuração do valor justo em situações em que os participantes domercado levariam em conta quaisquer acordos existentes que mi-tigariam a exposição ao risco de crédito em caso de inadimplência(por exemplo, acordo principal de liquidação com a contraparte ouacordo que exija a troca de garantias com base na exposição líquidade cada parte ao risco de crédito da outra). A mensuração do valor

justo deve refletir as expectativas dos participantes do mercado sobrea probabilidade de que esse acordo seja legalmente exequível nahipótese de inadimplência.

Valor justo no reconhecimento inicial57. Quando o ativo é adquirido ou o passivo assumido em

transação de troca para esse ativo ou passivo, o preço da transação éo preço pago para adquirir o ativo ou recebido para assumir o passivo(preço de entrada). Por outro lado, o valor justo do ativo ou passivoé o preço que seria recebido para vender o ativo ou pago paratransferir o passivo (preço de saída). As entidades não necessaria-mente vendem ativos pelos preços pagos para adquiri-los. Similar-mente, as entidades não necessariamente transferem passivos pelospreços recebidos para assumi-los.

58. Em muitos casos, o preço da transação é igual ao valorjusto (esse pode ser o caso, por exemplo, quando, na data da tran-sação, a transação para a compra do ativo ocorre no mercado em queo ativo seria vendido).

59. Ao determinar se o valor justo no reconhecimento inicialé igual ao preço da transação, a entidade deve levar em conta fatoresespecíficos da transação e do ativo ou passivo. O item B4 descrevesituações em que o preço da transação pode não representar o valorjusto do ativo ou do passivo no reconhecimento inicial.

60. Se outra norma exigir ou permitir que a entidade men-sure o ativo ou o passivo inicialmente ao valor justo e o preço datransação diferir do valor justo, a entidade deve reconhecer o ganhoou a perda resultante no resultado do período, a menos que essaNorma especifique de outro modo.

Técnicas de avaliação61. A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam

apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientesdisponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dadosobserváveis relevantes e minimizando o uso de dados não obser-váveis.

62. O objetivo de utilizar uma técnica de avaliação é estimaro preço pelo qual uma transação não forçada para a venda do ativo oupara a transferência do passivo ocorreria entre participantes do mer-cado na data de mensuração nas condições atuais de mercado. Trêstécnicas de avaliação amplamente utilizadas são (i) abordagem demercado, (ii) abordagem de custo e (iii) abordagem de receita. Osprincipais aspectos dessas abordagens são resumidos nos itens B5 aB11. A entidade deve utilizar técnicas de avaliação consistentes comuma ou mais dessas abordagens para mensurar o valor justo.

63. Em alguns casos, uma única técnica de avaliação é apro-priada (por exemplo, ao avaliar um ativo ou um passivo utilizandopreços cotados em mercado ativo para ativos ou passivos idênticos).Em outros casos, múltiplas técnicas de avaliação são apropriadas(esse pode ser o caso, por exemplo, ao avaliar uma unidade geradorade caixa). Se múltiplas técnicas de avaliação forem utilizadas paramensurar o valor justo, os resultados (ou seja, as respectivas in-dicações do valor justo) serão avaliados considerando-se a razoa-bilidade da faixa de valores por eles indicada. A mensuração do valorjusto é o ponto dentro dessa faixa que melhor represente o valor justonas circunstâncias.

64. Se o preço da transação for o valor justo no reconhe-cimento inicial, e uma técnica de avaliação que utilizar dados nãoobserváveis for utilizada para mensurar o valor justo em períodossubsequentes, a técnica de avaliação deve ser calibrada de modo que,no reconhecimento inicial, o resultado da técnica de avaliação sejaigual ao preço da transação. A calibração assegura que a técnica deavaliação reflita as condições atuais de mercado e ajuda a entidade adeterminar se é necessário um ajuste à técnica de avaliação (porexemplo, pode haver uma característica do ativo ou passivo que nãoseja capturada pela técnica de avaliação). Após o reconhecimentoinicial, ao mensurar o valor justo utilizando uma técnica ou técnicasde avaliação que utilizem dados não observáveis, a entidade deveassegurar que essas técnicas de avaliação reflitam dados de mercadoobserváveis (por exemplo, o preço de ativo ou passivo similar) nadata de mensuração.

65. As técnicas de avaliação utilizadas para mensurar o valorjusto devem ser aplicadas de forma consistente. Contudo, uma mu-dança na técnica de avaliação ou em sua aplicação (por exemplo,mudança em sua ponderação quando múltiplas técnicas de avaliaçãoforem utilizadas ou mudança no ajuste aplicado a uma técnica deavaliação) é apropriada se a mudança resultar em uma mensuraçãoque seja igualmente ou mais representativa do valor justo nas cir-cunstâncias. Esse pode ser o caso se, por exemplo, qualquer doseventos seguintes ocorrer:

(a)novos mercados surgirem;(b)novas informações se tornarem disponíveis;(c)informações utilizadas anteriormente não mais estiverem

disponíveis;(d)houver uma melhora nas técnicas de avaliação; ou(e)houver mudanças nas condições de mercado.66. Revisões decorrentes de mudança na técnica de avaliação

ou em sua aplicação devem ser contabilizadas como mudança naestimativa contábil, de acordo com a NBC TG 23. Contudo, as di-vulgações da NBC TG 23 para mudança na estimativa contábil nãosão exigidas para revisões decorrentes de mudança na técnica deavaliação ou na sua aplicação.

Informações para técnicas de avaliaçãoPrincípios gerais67. As técnicas de avaliação utilizadas para mensurar o valor

justo devem maximizar o uso de dados observáveis relevantes eminimizar o uso de dados não observáveis.

68. Exemplos de mercados nos quais informações possamser observáveis para alguns ativos e passivos (por exemplo, ins-trumentos financeiros) incluem mercados bursáteis, mercados de re-vendedores, mercados intermediados e mercados não intermediados(ver item B34).

69. A entidade deve selecionar informações que sejam con-sistentes com as características do ativo ou passivo, as quais seriamlevadas em conta por participantes do mercado em transação com oativo ou passivo (ver itens 11 e 12). Em alguns casos, essas ca-racterísticas resultam na aplicação de ajuste, tal como prêmio oudesconto (por exemplo, prêmio de controle ou desconto na parti-cipação de não controladores). Contudo, a mensuração do valor justonão deve incorporar prêmio ou desconto que seja inconsistente com aunidade de contabilização na norma que exija ou permita a men-suração do valor justo (ver itens 13 e 14). Prêmios ou descontos quereflitam o tamanho como uma característica da participação da en-tidade (especificamente, um fator de venda em bloco que ajuste opreço cotado de ativo ou de passivo porque o volume de negociaçãodiária normal do mercado não é suficiente para absorver a quantidadedetida pela entidade, conforme descrito no item 80) e não comocaracterística do ativo ou passivo (por exemplo, prêmio de controleao mensurar o valor justo de uma participação majoritária) não sãopermitidos na mensuração do valor justo. Em todos os casos, sehouver preço cotado em mercado ativo (ou seja, informação de Nível1; ver itens 72 a 90) para um ativo ou passivo, a entidade deveutilizar esse preço sem ajuste ao mensurar o valor justo, salvo con-forme especificado no item 79.

Informações baseadas em preços de compra e de venda70. Se um ativo ou passivo mensurado pelo valor justo tiver

preço de compra e preço de venda (por exemplo, informação demercado de revendedores), o preço contido no spread entre os preçosde compra e de venda que, nas circunstâncias, melhor representar ovalor justo deve ser utilizado para mensurar o valor justo, inde-pendentemente de onde essa informação estiver classificada na hie-rarquia de valor justo (ou seja, Nível 1, 2 ou 3; ver itens 72 a 90). Ouso de preços de compra para posições ativas e de preços de vendapara posições passivas é permitido, mas não exigido.

71. Esta Norma não impede o uso de precificação média demercado ou outras convenções de precificação que sejam utilizadaspor participantes do mercado como expediente prático para men-surações do valor justo dentro do spread entre os preços de compra ede venda.

Hierarquia de valor justo72. Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas

mensurações do valor justo e nas divulgações correspondentes, estaNorma estabelece uma hierarquia de valor justo que classifica em trêsníveis (ver itens 76 a 90) as informações (inputs) aplicadas nastécnicas de avaliação utilizadas na mensuração do valor justo. Ahierarquia de valor justo dá a mais alta prioridade a preços cotados(não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos(informações de Nível 1) e a mais baixa prioridade a dados nãoobserváveis (informações de Nível 3).

73. Em alguns casos, as informações utilizadas para men-surar o valor justo de ativo ou de passivo podem ser classificadas emdiferentes níveis da hierarquia de valor justo. Nesses casos, a men-suração do valor justo é classificada integralmente no mesmo nível dahierarquia de valor justo que a informação de nível mais baixo quefor significativa para a mensuração como um todo. Avaliar a im-portância de uma informação específica para a mensuração como umtodo requer julgamento, levando-se em conta fatores específicos doativo ou passivo. Ajustes para chegar a mensurações baseadas novalor justo, tais como os custos para vender ao mensurar o valor justomenos os custos para vender, não devem ser levados em conta aodeterminar o nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuraçãodo valor justo seja classificada.

74. A disponibilidade de informações relevantes e sua re-lativa subjetividade podem afetar a escolha de técnicas de avaliaçãoapropriadas (ver item 61). Contudo, a hierarquia de valor justo prio-riza as informações (inputs) das técnicas de avaliação e não as téc-nicas de avaliação utilizadas para mensurar o valor justo. Por exem-plo, a mensuração do valor justo desenvolvida utilizando-se umatécnica de valor presente pode ser classificada no Nível 2 ou no Nível3, dependendo das informações que sejam significativas para a men-suração como um todo e do nível da hierarquia de valor justo em queessas informações (inputs) sejam classificadas.

75. Se um dado observável exigisse um ajuste que utilizasseum dado não observável e esse ajuste resultasse na mensuração dovalor justo significativamente mais alta ou mais baixa, a mensuraçãoresultante seria classificada no Nível 3 da hierarquia de valor justo.Por exemplo, se um participante do mercado levasse em conta oefeito de restrição sobre a venda de ativo ao estimar o preço do ativo,a entidade ajustaria o preço cotado para refletir o efeito dessa res-trição. Se esse preço cotado fosse uma informação de Nível 2 e oajuste fosse um dado não observável significativo para a mensuraçãocomo um todo, a mensuração seria classificada no Nível 3 da hie-rarquia de valor justo.

Informações de Nível 176. Informações de Nível 1 são preços cotados (não ajus-

tados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que aentidade possa ter acesso na data de mensuração.

77. O preço cotado em mercado ativo oferece a evidênciamais confiável do valor justo e deve ser utilizado sem ajuste paramensurar o valor justo sempre que disponível, salvo conforme es-pecificado no item 79.

78. Uma informação de Nível 1 está disponível para muitosativos financeiros e passivos financeiros, alguns dos quais podem sertrocados em múltiplos mercados ativos (por exemplo, em diferentesbolsas). Portanto, a ênfase no Nível 1 está em determinar ambas asopções:

(a)o mercado principal para o ativo ou passivo ou, na au-sência de mercado principal, o mercado mais vantajoso para o ativoou passivo; e

(b)se a entidade pode realizar uma transação com o ativo oupassivo pelo preço nesse mercado na data de mensuração.

79. A entidade não deve efetuar ajuste em informação (input)de Nível 1, exceto nas seguintes circunstâncias:

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(a)quando a entidade detiver grande número de ativos oupassivos similares (mas não idênticos) (por exemplo, títulos de dí-vida) que forem mensurados ao valor justo, e o preço cotado emmercado ativo estiver disponível, mas não prontamente acessível paracada um desses ativos ou passivos individualmente (ou seja, dado ogrande número de ativos ou passivos similares mantidos pela en-tidade, seria difícil obter informações de precificação para cada ativoou passivo individual na data de mensuração). Nesse caso, comoexpediente prático, a entidade pode mensurar o valor justo utilizandométodo de precificação alternativo que não se baseie exclusivamenteem preços cotados (por exemplo, precificação por matriz). Contudo, ouso de método de precificação alternativo resulta na mensuração dovalor justo classificada em nível mais baixo na hierarquia de valorjusto;

(b)quando o preço cotado em mercado ativo não representaro valor justo na data de mensuração. Esse pode ser o caso se, porexemplo, eventos significativos (tais como transações em mercadonão intermediado, negociações em mercado intermediado ou anún-cios) ocorrerem após o fechamento de mercado, mas antes da data demensuração. A entidade deve estabelecer e aplicar de forma con-sistente uma política para a identificação dos eventos que possamafetar mensurações do valor justo. Contudo, se o preço cotado forajustado para refletir novas informações, o ajuste resulta na men-suração do valor justo classificada em nível mais baixo na hierarquiade valor justo;

(c)ao mensurar o valor justo de passivo ou de instrumentopatrimonial próprio da entidade utilizando o preço cotado para o itemidêntico negociado como ativo em mercado ativo, e esse preço pre-cisar ser ajustado para refletir fatores específicos do item ou ativo(ver item 39). Se nenhum ajuste ao preço cotado do ativo for ne-cessário, o resultado da mensuração do valor justo é classificado noNível 1 da hierarquia de valor justo. Contudo, qualquer ajuste nopreço cotado do ativo resulta na mensuração do valor justo clas-sificada em nível mais baixo na hierarquia de valor justo.

80. Se a entidade detiver uma posição em um único ativo oupassivo (incluindo uma posição que compreender um grande númerode ativos ou passivos idênticos, como, por exemplo, a detenção deinstrumentos financeiros) e esse ativo ou passivo for negociado emmercado ativo, o valor justo do ativo ou passivo é mensurado noNível 1 como o produto entre o preço cotado para o ativo ou passivoindividual e a quantidade detida pela entidade. Esse é o caso mesmoquando o volume de negociação diária normal do mercado não ésuficiente para absorver a quantidade detida e a emissão de ordens devenda da posição em uma única transação pode afetar o preço co-tado.

Informações de Nível 281. Informações de Nível 2 são informações que são ob-

serváveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente, excetopreços cotados incluídos no Nível 1.

82. Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (con-tratual), a informação de Nível 2 deve ser observável substancial-mente pelo prazo integral do ativo ou passivo. Informações de Nível2 incluem os seguintes:

(a)preços cotados para ativos ou passivos similares em mer-cados ativos;

(b)preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou si-milares em mercados que não sejam ativos;

(c)informações, exceto preços cotados, que sejam observá-veis para o ativo ou passivo, como, por exemplo:

(i)taxas de juros e curvas de rendimento observáveis emintervalos comumente cotados;

(ii)volatilidades implícitas; e(iii)spreads de crédito;(d)informações corroboradas pelo mercado.83. Os ajustes em informações (inputs) de Nível 2 variam

dependendo de fatores específicos do ativo ou passivo. Tais fatoresincluem os seguintes:

(a)a condição ou a localização do ativo;(b)em que medida as informações estão relacionadas a itens

que são comparáveis ao ativo ou passivo (incluindo os fatores des-critos no item 39); e

(c)o volume ou nível de atividade nos mercados em que asinformações são observadas.

84. Um ajuste em informação (input) de Nível 2 que sejasignificativa para a mensuração como um todo pode resultar na men-suração do valor justo classificada no Nível 3 da hierarquia de valorjusto se esse ajuste utilizar dados não observáveis significativos.

85. O item B35 descreve o uso de informações (inputs) deNível 2 para ativos e passivos específicos.

Informações (inputs) de Nível 386. Informações (inputs) de Nível 3 são dados não obser-

váveis para o ativo ou passivo.87. Dados não observáveis devem ser utilizados para men-

surar o valor justo na medida em que dados observáveis relevantesnão estejam disponíveis, admitindo assim situações em que há poucaou nenhuma atividade de mercado para o ativo ou passivo na data demensuração. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo per-manece o mesmo, ou seja, preço de saída na data de mensuração doponto de vista de participante do mercado que detém o ativo ou deveo passivo. Portanto, dados não observáveis refletem as premissas queos participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou opassivo, incluindo premissas sobre risco.

88. Premissas sobre risco incluem o risco inerente a umatécnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo(como, por exemplo, modelo de precificação) e o risco inerente àsinformações utilizadas na técnica de avaliação. Uma mensuração quenão incluísse um ajuste para refletir o risco não representaria umamensuração do valor justo se, ao precificar o ativo ou o passivo, osparticipantes do mercado incluíssem um ajuste. Por exemplo, pode sernecessário incluir ajuste de risco quando houver incerteza signifi-cativa na mensuração (por exemplo, quando tiver havido diminuiçãosignificativa no volume ou nível de atividade em comparação à ati-vidade normal do mercado para o ativo ou passivo, ou para ativos oupassivos similares, e a entidade tiver determinado que o preço datransação ou o preço cotado não representa o valor justo, conformedescrito nos itens B37 a B47).

89. A entidade deve desenvolver dados não observáveis uti-lizando as melhores informações disponíveis nas circunstâncias, quepodem incluir dados próprios da entidade. Ao desenvolver dados nãoobserváveis, a entidade pode começar com seus próprios dados, masdeve ajustar esses dados se informações razoavelmente disponíveisindicarem que outros participantes do mercado utilizariam dados di-ferentes ou se houver algo específico para a entidade que não estiverdisponível para outros participantes do mercado (por exemplo, umasinergia específica da entidade). A entidade não precisa empreenderesforços exaustivos para obter informações sobre premissas de par-ticipantes do mercado. Contudo, a entidade deve levar em conta todasas informações sobre premissas de participantes do mercado queestiverem razoavelmente disponíveis. Dados não observáveis desen-volvidos da forma descrita acima são considerados premissas de par-ticipantes do mercado e atingem o objetivo de mensuração do valorjusto.

90. O item B36 descreve o uso de informações de Nível 3para ativos e passivos específicos.

Divulgação91. A entidade deve divulgar informações que auxiliem os

usuários de suas demonstrações contábeis a avaliar ambas as se-guintes opções:

(a)para ativos e passivos que sejam mensurados ao valorjusto de forma recorrente ou não recorrente no balanço patrimonialapós o reconhecimento inicial, as técnicas de avaliação e informaçõesutilizadas para desenvolver essas mensurações;

(b)para mensurações do valor justo recorrentes que utilizemdados não observáveis significativos (Nível 3), o efeito das men-surações sobre o resultado do período ou outros resultados abran-gentes para o período.

92. Para atingir os objetivos do item 91, a entidade deveconsiderar todos os itens seguintes:

(a)o nível de detalhamento necessário para atender aos re-quisitos de divulgação;

(b)quanta ênfase se deve dar a cada um dos diversos re-quisitos;

(c)quanta agregação ou desagregação se deve efetuar; e(d)se os usuários de demonstrações contábeis necessitam de

informações adicionais para avaliar as informações quantitativas di-vulgadas.

Se as divulgações feitas de acordo com esta Norma e outrasforem insuficientes para atingir os objetivos do item 91, a entidadedeve divulgar informações adicionais necessárias para atingir essesobjetivos.

93. Para atingir os objetivos do item 91, a entidade devedivulgar, no mínimo, as seguintes informações para cada classe deativos e passivos (ver item 94 para informações sobre a determinaçãode classes adequadas de ativos e passivos) mensurados ao valor justo(incluindo mensurações com base no valor justo dentro do alcancedesta Norma) no balanço patrimonial após o reconhecimento ini-cial:

(a)para mensurações do valor justo recorrentes e não re-correntes, para a mensuração do valor justo ao final do período dasdemonstrações contábeis e para mensurações do valor justo não re-correntes, as razões para a mensuração. Mensurações do valor justorecorrentes de ativos ou passivos são aquelas que outras normasexijam ou permitam no balanço patrimonial ao final de cada períododas demonstrações contábeis. Mensurações do valor justo não re-correntes de ativos ou passivos são aquelas que outras normas exijamou permitam no balanço patrimonial em circunstâncias específicas(por exemplo, quando a entidade mensura um ativo mantido paravenda ao valor justo menos os custos para vender, de acordo com aNBC TG 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e OperaçãoDescontinuada, porque o valor justo menos os custos para vender doativo é menor que o seu valor contábil);

(b)para mensurações do valor justo recorrentes e não re-correntes, o nível da hierarquia de valor justo no qual as mensuraçõesdo valor justo sejam classificadas em sua totalidade (Nível 1, 2 ou3);

(c)para ativos e passivos mantidos ao final do período dasdemonstrações contábeis que sejam mensurados ao valor justo deforma recorrente, os valores de quaisquer transferências entre o Nível1 e o Nível 2 da hierarquia de valor justo, as razões para essastransferências e a política da entidade para determinar quando seconsidera que ocorreram as transferências entre níveis (ver item 95).As transferências para cada nível devem ser divulgadas e discutidasseparadamente das transferências de cada nível;

(d)para mensurações do valor justo recorrentes e não re-correntes classificadas no Nível 2 e no Nível 3 da hierarquia de valorjusto, a descrição das técnicas de avaliação e as informações (inputs)utilizadas na mensuração do valor justo. Se houve mudança na téc-nica de avaliação (por exemplo, mudança de abordagem de mercadopara abordagem de receita, ou o uso de técnica de avaliação adi-cional), a entidade deve divulgar essa mudança e as razões paraadotá-la. Para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 dahierarquia de valor justo, a entidade deve fornecer informações quan-titativas sobre dados não observáveis significativos utilizados na men-suração do valor justo. A entidade não está obrigada a criar in-formações quantitativas para cumprir esse requisito de divulgação sedados não observáveis quantitativos não forem desenvolvidos pelaentidade ao mensurar o valor justo (por exemplo, quando a entidadeutiliza preços de transações anteriores ou informações de precificaçãode terceiros sem ajuste). Contudo, ao fornecer essa divulgação, aentidade não pode ignorar dados não observáveis quantitativos quesejam significativos para a mensuração do valor justo e que estejamdisponíveis para a entidade;

(e)para mensurações de valor justo recorrentes classificadasno Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma conciliação dos saldosiniciais com os saldos finais, divulgando separadamente as mudançasdurante o período atribuíveis ao seguinte:

(i)ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos noresultado, e as rubricas no resultado nas quais esses ganhos ou perdassão reconhecidos;

(ii)ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos emoutros resultados abrangentes, e as rubricas em outros resultadosabrangentes nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(iii)compras, vendas, emissões e liquidações (cada um dessestipos de mudanças divulgado separadamente);

(iv)os valores de quaisquer transferências para o (ou, do)Nível 3 da hierarquia de valor justo, as razões para essas trans-ferências e a política da entidade para determinar quando se consideraque ocorreram as transferências entre níveis (ver item 95). As trans-ferências para o Nível 3 devem ser divulgadas e discutidas sepa-radamente das transferências do Nível 3;

(f)para mensurações do valor justo recorrentes classificadasno Nível 3 da hierarquia de valor justo, o valor dos ganhos ou perdastotais para o período em (e)(i) incluídos no resultado que sejamatribuíveis à mudança nos ganhos ou perdas não realizados relativosa esses ativos e passivos apurados ao final do período das demons-trações contábeis e as rubricas da demonstração do resultado nasquais esses ganhos ou perdas não realizados sejam reconhecidos;

(g)para mensurações do valor justo recorrentes e não re-correntes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, umadescrição dos processos de avaliação utilizados pela entidade (in-cluindo, por exemplo, como a entidade decide suas políticas e pro-cedimentos de avaliação e analisa mudanças nas mensurações dovalor justo de período a período);

(h)para mensurações do valor justo recorrentes classificadasno Nível 3 da hierarquia de valor justo:

(i)para todas essas mensurações, uma descrição narrativa dasensibilidade da mensuração do valor justo a mudanças em dados nãoobserváveis, se uma mudança nesses dados para um valor diferentepuder resultar na mensuração do valor justo significativamente maisalta ou mais baixa. Se houver inter-relações entre esses dados e outrosdados não observáveis utilizados na mensuração do valor justo, aentidade deve fornecer também a descrição dessas inter-relações e decomo elas poderiam intensificar ou mitigar o efeito de mudanças nosdados não observáveis sobre a mensuração do valor justo. Para sa-tisfazer esse requisito de divulgação, a descrição narrativa da sen-sibilidade a mudanças em dados não observáveis deve incluir, nomínimo, os dados não observáveis divulgados ao satisfazer a alínea(d);

(ii)para ativos financeiros e passivos financeiros, se a mu-dança de um ou mais dos dados não observáveis para refletir pre-missas alternativas razoavelmente possíveis puder mudar o valor justode forma significativa, a entidade deve indicar esse fato e divulgar oefeito dessas mudanças. A entidade deve divulgar como o efeito deuma mudança para refletir uma premissa alternativa razoavelmentepossível foi calculado. Para essa finalidade, a importância deve seravaliada em relação ao resultado e aos ativos totais ou passivos totaisou, quando as mudanças no valor justo forem reconhecidas em outrosresultados abrangentes, ao patrimônio líquido total;

(i)para mensurações do valor justo recorrentes e não re-correntes, se o melhor uso possível (highest and best use) de ativonão financeiro diferir de seu uso atual, a entidade deve divulgar essefato e por que o ativo não financeiro está sendo usado de maneira quedifere de seu melhor uso possível.

94. A entidade deve determinar classes apropriadas de ativose passivos com base no seguinte:

(a)natureza, características e riscos do ativo ou passivo; e(b)nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração

do valor justo está classificada.O número de classes pode precisar ser maior para men-

surações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valorjusto, uma vez que essas mensurações têm grau maior de incerteza esubjetividade. Determinar classes apropriadas de ativos e passivospara as quais devem ser fornecidas divulgações sobre mensurações dovalor justo requer julgamento. Uma classe de ativos e passivos fre-quentemente exige uma desagregação maior que as rubricas apre-sentadas no balanço patrimonial. Contudo, a entidade deve fornecerinformações suficientes para permitir a conciliação com as rubricasapresentadas no balanço patrimonial. Se outra norma especificar aclasse de ativo ou passivo, a entidade pode, ao fornecer as divul-gações exigidas nesta Norma, utilizar essa classe se ela satisfizer osrequisitos deste item.

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95. A entidade deve divulgar e seguir de forma consistente asua política para determinar quando se considera que ocorreram astransferências entre níveis da hierarquia de valor justo de acordo comos itens 93(c) e (e)(iv). A política sobre a época do reconhecimentode transferências é a mesma para transferências para níveis e paratransferências dos níveis. Exemplos de políticas para determinação daépoca das transferências incluem:

(a)a data do evento ou da mudança nas circunstâncias quecausou a transferência;

(b)o início do período das demonstrações contábeis;(c)o final do período das demonstrações contábeis.96. Se a entidade tomar uma decisão de política contábil para

utilizar a exceção do item 48, ela deve divulgar esse fato.97. Para cada classe de ativos e passivos não mensurados ao

valor justo no balanço patrimonial, mas cujo valor justo for divul-gado, a entidade deve divulgar as informações exigidas pelos itens93(b), (d) e (i). Contudo, a entidade não está obrigada a fornecer asdivulgações quantitativas sobre dados não observáveis significativosutilizados em mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 dahierarquia de valor justo, conforme exigidas pelo item 93(d). Paraesses ativos e passivos, a entidade não precisa fornecer as demaisdivulgações exigidas por esta Norma.

98. Para um passivo mensurado ao valor justo e emitido paraum instrumento de melhoria de crédito de terceiro indissociável, oemitente deve divulgar a existência dessa melhoria de crédito e se elaestá refletida na mensuração do valor justo do passivo.

99. A entidade deve apresentar as divulgações quantitativasexigidas por esta Norma em formato tabular, salvo se outro formatofor mais apropriado.

RESOLUÇÃO Nº 1.429, DE 25 DE JANEIRO DE 2013

Aprova a ITG 2003 - Entidade DesportivaProfissional.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, noexercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamentono disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46,alterado pela Lei n.º 12.249/10, resolve:

Art. 1º Aprovar a ITG 2003 - Entidade Desportiva Pro-fissional, anexa à presente Resolução.

Art. 2º Revogar a Resolução CFC n.º 1.005/04, publicada noD.O.U., Seção I, de 4/11/04.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-blicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de ja-neiro de 2013.

JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO

ANEXO

Ata CFC n.º 973NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADEITG 2003 - ENTIDADE DESPORTIVA PROFISSIONALObjetivo1.Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos es-

pecíficos de avaliação, de registros contábeis e de estruturação dasdemonstrações contábeis das entidades de futebol profissional e de-mais entidades de práticas desportivas profissionais, e aplica-se tam-bém a outras que, direta ou indiretamente, estejam ligadas à ex-ploração da atividade desportiva profissional e não profissional.

Alcance2.Aplicam-se à entidade desportiva profissional e não pro-

fissional os Princípios de Contabilidade, bem como as Normas Bra-sileiras de Contabilidade, suas Interpretações Técnicas e Comuni-cados Técnicos, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Registros contábeis3.Os registros contábeis da atividade desportiva profissional

devem ser segregados das demais atividades, em contas patrimoniaise de resultado (receitas, custos e despesas).

4.Compõe o ativo intangível da entidade desportiva entreoutros:

(a) os valores gastos diretamente relacionados com a for-mação, aquisição e renovação de contratos com atletas, inclusiveluvas, valor da cláusula compensatória e comissões, desde que sejamesperados benefícios econômicos atribuíveis a este ativo e os custoscorrespondentes possam ser mensurados com confiabilidade;

(b) os valores relativos aos direitos de imagem.5.Os valores gastos com a formação de atletas que não es-

tejam diretamente relacionados à sua formação devem ser registradoscomo despesa.

6.Os registros contábeis classificados no ativo intangível re-lativos aos custos com atletas em formação devem ser reclassificadospara atletas formados por ocasião da assinatura do contrato pro-fissional.

7.Os direitos contratuais sobre atletas registrados no ativointangível devem ser amortizados de acordo com o prazo do con-trato.

8.No mínimo uma vez por ano, preferencialmente por oca-sião do encerramento do exercício social, deve ser avaliada a pos-sibilidade de recuperação econômico-financeira do valor líquido con-tábil dos direitos contratuais de cada atleta. Constatada que tal re-cuperação, total ou parcial, não se realizará, deve ser reconhecida aperda no resultado pelo valor não recuperável, suportada por do-cumentação própria.

9.Os valores referentes à cláusula indenizatória e/ou com-pensatória recebida ou a receber pela liberação do atleta deve serregistrada em conta específica de receita do período.

10.As receitas de bilheteria (parte destinada a entidade), di-reito de transmissão e de imagem, patrocínio, publicidade, luva eoutras assemelhadas devem ser registradas em contas específicas deacordo com o princípio da competência.

11.A arrecadação de bilheteria (parte destinada à entidade),direitos de transmissão e de imagem, patrocínio, publicidade, luvas eoutras assemelhadas, quando recebidas antecipadamente, devem serregistradas no passivo circulante, ou no passivo não circulante, de-pendendo do prazo de realização da receita.

12.Os valores pagos ao atleta a título de antecipação, con-tratual ou não, devem ser registrados no ativo, em contas específicas,e apropriados ao resultado pelo regime de competência.

13.A utilização de atleta mediante cessão temporária de di-reitos profissionais deve ter os seus gastos registrados no resultadopela entidade responsável pelo desembolso e em receita pela entidadecedente quando aplicável, em função da fluência do prazo do contratode cessão temporária, aplicando-se o regime de competência.

14.As receitas obtidas pela entidade, pela cessão definitivade direitos profissionais sobre atletas, devem ser registradas em contaespecífica, como receita do período. Os custos ainda não amortizados,quando da cessão definitiva, devem ser registrados, em conta es-pecífica, no resultado do período.

Controles de gastos com formação de atletas15.O registro dos gastos com a formação de cada atleta,

estabelecido no item 4, deve estar suportado, no mínimo, pelos se-guintes controles: composição dos gastos diretamente relacionadoscom a formação de cada atleta em base mensal e regime de com-petência, por:

(a) tipo (alojamento, alimentação, transporte, educação, ves-tuário, comissão técnica, etc.); e

(b) categoria (infantil, juvenil, júnior).Demonstrações contábeis16.As demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas

pela entidade desportiva, são o Balanço Patrimonial, a Demonstraçãodo Resultado, a Demonstração do Resultado Abrangente, a Demons-tração das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração dosFluxos de Caixa e as Notas Explicativas, conforme previsto na NBCTG 26 ou na Seção 3 da NBC TG 1000, quando aplicável.

17.As notas explicativas devem conter, pelo menos, as se-guintes informações:

(a)gastos com a formação de atletas, registrados no ativointangível e o valor amortizado constante do resultado do período;

(b)composição dos direitos sobre os atletas, registrados noativo intangível, segregados o valor do gasto do da amortização;

(c)receitas obtidas, por atleta, e os seus correspondentes gas-tos com a negociação e a liberação, devendo ser divulgados os per-centuais de participação da entidade na negociação;

(d)o total de atletas vinculados à entidade na data base dasdemonstrações contábeis, contemplando o percentual de direito eco-nômico individual de cada atleta ou a inexistência de direito eco-nômico;

(e)valores de direitos e obrigações com entidades estran-geiras;

(f)direitos e obrigações contratuais não passíveis de registrocontábil em relação à atividade desportiva;

(g)contingências ativas e passivas de natureza tributária, pre-videnciária, trabalhista, cível e assemelhadas, de acordo com a NBCTG 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

(h)seguros contratados para os atletas profissionais e para osdemais ativos da entidade.

CONSELHO FEDERAL DE PROFISSIONAIS DERELAÇÕES PÚBLICAS

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 77, DE 25 DE JANEIRO DE 2013

Estabelece condições especiais para paga-mento do valor de anuidade referente aoExercício de 2013 junto aos Conrerps da 5ªe 7ª Regiões.

O Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas -Conferp, no uso das atribuições que lhe confere o art. 2º, alíneas "h"

e "j", do Decreto-Lei 860, de 11.09.69 c/c o art. 75, § 4º, VI, de seuRegimento Interno, resolve: Art. 1º - Os Profissionais de RelaçõesPúblicas registrados nos Conreps da 5ª Região, com sede em Re-cife/PE, e da 7ª Região, com sede em Salvador/BA, poderão quitar aanuidade do Exercício de 2013, mediante a escolha de uma dasseguintes condições:I - Pagamento integral, com 10% (dez pontospercentuais) de descontos até o dia 28 de fevereiro de 2013;II -Pagamento integral, sem desconto, até 31 de março de 2013 ou III -Pagamento parcelado, sem desconto, em até cinco parcelas, vencíveis,cada uma delas, nos dias 28 de fevereiro; 27 de março; 30 de abril;31 de maio e 28 de junho do corrente ano. Parágrafo único - A opçãode que trata o inciso III deverá ser requerida por escrito, pessoalmenteou por mensagem eletrônica, onde seja claramente apontado o nú-mero de parcelas escolhido pelo requerente. Art. 2º - Devem osConrerps das 5ª e 7ª Regiões, no esforço de cobrança de débitosanteriores de seus registrados, intensificar o uso do disposto no art.9º, § 1º, I, e § 2º, I, da RN 74, de 21 de dezembro de 2011, com asalterações introduzidas pelas RN 75, de 9 de maio de 2012, e RN 76,de 31 de agosto de 2012.Art. 3º - Esta resolução entra em vigor nadata de sua publicação.

ANDRÉIA SILVEIRA ATHAYDESPresidente do Conselho