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Concurso UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO ASSISTENTE EM ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DICAS: PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS UFPE

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Concurso

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

ASSISTENTE EMASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃOADMINISTRAÇÃO

DICAS: PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

UFPE

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

EDITORA PÓDIUMVocê em 1º lugar!

www.editorapodium.com.br

TODOS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução, mesmo parcial e por qualquer processo, sem autorização expressa dos autores e da Editora Pódium.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SUMÁRIO

Conceitos básicos de Administração: .................................03• Conceitos, funções básicas da administração: planejamento:

tipos, organização, direção e controle....................................03• Gráficos de organização, liderança e motivação, cultura

organizacional e comunicação................................................07

Recursos Humanos e Departamento de Pessoal:...............22• Recrutamento e seleção de pessoal, administração de cargos

e salários, avaliação de desempenho, plano de carreira, treinamento e desenvolvimento, qualidade de vida no trabalho, relações trabalhistas e sindicatos, saúde e segurança no ambiente de trabalho, folha de pagamento, benefícios sociais, obrigações trabalhistas, ética e responsabilidade social........22

Administração de Materiais e Patrimônio:...........................48• A importância da área de materiais, organização da área de

materiais, logística de armanezagem, transporte e distribuição.................................................................................................48

Organização, Sistemas e Métodos:.......................................63• Sistemas administrativos, sistemas de informações gerenciais,

departamentalização, formulários, manuais administrativos, arranjo físico (layout), delegação, centralização e descentralização.....................................................................63

Lei nº 8.112/90 e Lei nº.9527/97...............................................77

Lei 8.666 de 23/06/93 e suas alterações: Lei 8.883/94..........108

COLETÂNEA DE PROVAS DE CONCURSOS......................147GABARITO..............................................................................155

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONCEITOS BÁSICOS DE ADMINISTRAÇÃO:

CONCEITOS

Para Peter Drucker : “A administração, tanto na teoria quanto na prática, trata da entidade legal, do empreendimento individual, quer este seja uma empresa, um hospital, uma universidade ou uma organização assistencialista. O conceito tradicional de administração se baseia no comando e controle, e comando e controle são definidos em termos legais. O executivo-chefe de uma empresa, o bispo de uma diocese, o administrador de um hospital, todos exercem autoridade de comando e controle dentro dos limites legais de sua instituição, mas não fora dela.”

Conforme Idalberto Chiavenato, citando Fayol: “Administração é um todo do qual a organização é uma das partes. O seu conceito amplo e compreensivo de Administração, como um conjunto de processos entrosados e unificados, abrange aspectos que a organização por si só não envolveria, tais como os da previsão, comando e controle. A organização abrange somente o estabelecimento da estrutura e da forma, sendo, portanto, estática e limitada.” (p. 105)

FUNÇÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO

A administração é, talvez a mais abrangente área de atividade. Isto porque toda e qualquer sociedade se organiza e sobrevive graças ao esboço cooperativo dos que a compõem. Esse esforço cooperativo é uma forma de administração, uma vez que a administração é a organização do trabalho objetivando atingir interesses comuns.

“Os princípios gerais relacionados com a tarefa de administrar se aplicam a qualquer tipo ou tamanho de organização.”

Organização da empresa é definida como a coordenação e agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos e resultados estabelecidos.

“A estrutura de uma empresa representa, na verdade, a forma como ela é organizada. Por essa razão é que se denomina estrutura organizacional. Muitas empresas têm seu organograma - um gráfico que apresenta o ‘esqueleto’ da organização - no qual procuram retratar, sucintamente, como se constitui cada uma de suas partes, qual a hierarquia e as interrelações existentes entre essas partes e até mesmo o limite das atribuições de cada um.” (COELHO, Cláudio Ullysses Ferreira)1

“Toda organização, seja ela industrial ou prestadora de qualquer tipo de serviço, precisa ser administrada adequadamente, para alcançar seus objetivos com a maior eficiência e economia de ação e de recursos”.

Assim, a coordenação do esforço humano dirigida ao cumprimento dos objetivos da Organização é um problema fundamentalmente administrativo. A administração poderia então ser definida como “a função de se conseguir fazer as coisas através das pessoas, com os melhores

1 COELHO, Cláudio Ulysses Ferreira. Introdução à Administração. 2 ed. Versão Ampliada. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 1999.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSresultados”. Nesse escopo, a administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum, ou seja, consiste basicamente na coordenação de atividades grupais.

O objeto de estudo da administração é a organização, cujo conceito tem evoluído ao longo

do tempo, desde “um conjunto de cargos e tarefas”, “um conjunto de órgãos e funções”, até o atual: “um sistema composto de subsistemas que interagem entre si e com o ambiente exterior”.

A administração é realizada através do processo administrativo, que abrange atividades administrativas, técnicas e operacionais.

As atividades administrativas incluem as funções de planejamento, organização, direção e controle.

As atividades técnicas são aquelas para cujo desempenho são necessários conhecimentos específicos.

As atividades operacionais são as que se referem à realização das operações.Os ocupantes das chefias organizacionais, em qualquer nível, desempenham funções que

incluem uma maior proporção de atividades administrativas, cujo exercício deve se apoiar nas diretrizes técnicas. Porém, algumas vezes, desempenham atividades técnicas e operacionais, dependendo da estrutura da Organização e de seu quadro de pessoal, dentre outros fatores.

Qualquer que seja o tipo de atividade desenvolvida, o importante é que o trabalho na organização deve ser respaldado nos princípios da Ciência da Administração e que, esse profissional atue verdadeiramente como um agente administrativo. Seu comportamento e sua atuação constituirão os parâmetros de sua credibilidade profissional.

PLANEJAMENTOA razão de colocar-se o planejamento em primeiro lugar é que em dada fase surge a

necessidade de uma tomada de ação posterior, ou seja, visa propor ações que antecipem situações previstas.

O efeito que o planejamento tem sobre as demais funções do processo é a segunda razão, ou seja, definir seu grau de importância.

Através dele são antecipadamente previstas as ações concernentes a: o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer.

A definição de o que fazer corresponde aos objetivos do trabalho, o que leva a uma concentração de esforços, obviamente evitando desperdícios financeiros, de tempo e energia.

A normatização das operações (como fazer) corresponde à definição das atribuições, proporcionando maior disciplina e continuidade na execução das tarefas.

O quando fazer implica na definição do tempo de execução, possibilitando controle no andamento das atividades do Órgão.

Considerando que os objetivos devem ser determinados com base nas condições existentes e que, no curso da ação planejada, pode-se tornar necessário proceder a reformulações ou redirecionamento, duas características não devem faltar em todo e qualquer planejamento racional: exeqüibilidade e flexibilidade. A primeira, assegurando que as ações planejadas se tornem efetivas, e a segunda, possibilitando as correções de direção necessárias.

Planejamento é um processo contínuo envolvendo noções de percepção, análise, pensamento conceitual, comunicação e ação.

• Planejamento• Plano• Tomada de decisão

* Plano É a recomendação de um curso de ação estabelecida no planejamento que se torna operacional.

* Tomada de decisão É uma atividade inerente ao processo de planejamento como um todo, é fazer uma escolha entre duas ou mais alternativas, e a escolhida é a decisão.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

→ ELEMENTOS BÁSICOS NO PLANEJAMENTOa) Avaliação das condições naturaisInsatisfações com objetivos atuais, programas de atividades geram planejamento como uma

forma de melhorar.As mudanças são freqüentemente graduais e somente após o problema surgir que se

reconhece a necessidade do planejamento. Afirma-se que existem sempre alternativas para superar deficiências.

b) Fator tempoO planejamento pode ser a curto e longo prazo, entretanto, deve ser contínuo, na prática o

significante é o planejamento que está sendo seguido.

→ TIPOS DE PLANEJAMENTO Planejamento a Curto Prazo Está relacionado com o futuro próximo, ou seja, poderá

ser no próximo mês ou até um ano. Tende a ser mais preciso, porém não deve ser subestimado.

Planejamento a Longo Prazo É feito para predizer condições e curso de ação para cinco, dez ou mais anos. Este tipo de planejamento é considerado estratégico. A preocupação com a adequação e natureza dos objetivos é a maneira de atingi-los. Requer habilidade muito grande para antecipar o futuro e relacionar com o ambiente externo.

c) Problemas de PrevisãoA estatística é utilizada como técnica, embora considerada por muitos, de certa forma

subjetiva. Porém, é adequada para muitos modelos de previsão.ESTATÍSTICA

UNIVERSO

AMOSTRAGEM

d) Coleta e análise de dadosA informação, a qualidade e quantidade de dados disponíveis é muito importante para

planejar. É preciso ter fontes de informações confiáveis, devem ser obtidas em tempo hábil e de forma organizada.

As informações utilizadas no planejamento consistem de dados internos como: custos produção vendas mão-de-obra, relatórios sistemáticos e estatísticos.Também há dados externos, que são: informações sobre indústrias, comunidade, aspectos

governamentais, legais e econômicos, obtidos através de jornais, revistas, boletins informativos dos meios de comunicação (televisão e rádio).

e) Coordenação dos PlanosOs planos obedecem uma hierarquia correspondente aos níveis organizacionais, isto é, planos

mais a longo prazo são de responsabilidade da alta administração como: objetivo, políticas.Os planos a curto prazo são orientados em torno das operações do dia-a-dia nos níveis mais

baixos e estendem-se até o nível operacional como planilhas, rotinas de trabalho, programas,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSprojetos.

ALTA ADMINISTRAÇÃO

OBJETIVOS

POLÍTICAS SUPERVISOR ROTINAS DE TRABALHO

CAIXA PROGRAMAS/PROJETOS

ORGANIZAÇÃOO processo de organização visa estruturar (subdividir) as tarefas a serem executadas para

alcançar os objetivos da empresa ou neste caso, do Serviço de Alimentação.Atribuir as tarefas estruturais a indivíduos específicos, através da designação de autoridade e

responsabilidade. É estabelecer o que deve ser feito e quem deve fazê-lo.A importância passa a estar no grau de envolvimento das partes de uma empresa para a busca

de seus objetivos gerais. (COELHO)A organização é a etapa consecutiva ao planejamento, fundamental para que os objetivos

possam ser atingidos, os planos executados e as pessoas possam trabalhar eficiente e eficazmente.No campo da nutrição, as atividades de organização podem ser consideradas como aquelas

dirigidas à estruturação administrativa, bem como à distribuição e adequação dos recursos humanos e materiais, de modo a atingir os objetivos do órgão sob sua direção. As atividades de compras poderão também ser incluídas nesta função.

DIREÇÃODirigir está estreitamente relacionado com a liderança face a face, entre superior e

subordinados, seguidores e associados. Significa encorajar, interpretar políticas, delinear instituições, aconselhar e promover a continuidade em direção aos objetivos.

Significa, ainda, efetuar planos e organizar. Não significa que as tarefas serão efetuadas e os objetivos atingidos. O objetivo da direção é ter as pessoas executando suas tarefas de forma eficiente, evitando conflitos e dispersão dos recursos disponíveis.

A fase direcional de trabalho consistiria das seguintes subfases:1 - traduzir os planos dos superiores em planos e ordens imediatos.2 - emitir ordens específicas, instruções e comunicações.3 - supervisionar e avaliar os esforços atuais.4 - motivar os esforços atuais.

Assim, entendemos que a função de liderança é basicamente uma atividade de liderança, comunicação e motivação.

CONTROLEÉ toda a atividade que envolve a avaliação das atividades da organização para ver se ela está

atingindo seus objetivos. Realizar correções dos desvios apresentados entre o planejamento e o realizado, só será possível se tomarmos conhecimento destes desvios, para tanto é usada avaliação progressiva e padrões de comparação. Seja:

a) desenvolver padrões que nos digam onde deveremos estar a um dado momentob) manter o desempenho atual, comparando-o com os padrões.c) efetuar as correções necessárias.

O administrador é o especialista que procura coordenar os esforços dos outros especialistas. E isto ele faz através de planejamento, organização, direção e controle do trabalho dos outros.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSControle é a função administrativa de restringir e regular vários fatores, de modo que as obras

e projetos sejam completados pela maneira por que foram planejados, organizados e dirigidos. Isso eqüivale a verificar que cada pessoa faz a coisa certa, no tempo certo, no lugar certo, e com os recursos certos.

O controle se interessa particularmente pela coordenação.O controle recebe o significado de administração; assim controle financeiro é essencialmente

administração financeira, controle material é administração do material, etc. Controle, portanto, tem a intenção de implicar autoridade e responsabilidade pelo trabalho no campo de finanças, materiais, vendas, qualidade e pessoa.

Funções do controle: As atividades de controle dividem-se em três estágios. Assim, certas atividades de controle ocorrem antes que sejam desempenhadas as atividades que serão controladas, algumas ocorrem durante o desempenho das atividades que serão controladas, e algumas têm lugar depois do desempenho real das atividades que devem ser controladas.

Controle preliminar: o controle preliminar refere-se às funções administrativas de controle antes da execução de uma função específica.

Há várias maneiras pelas quais e através das quais o controle administrativo pode ser exercido.

Controle de Unidade: não importa que ramificações de controle possam ser desenvolvidos numa organização, cada executivo tem que ser, em maior ou menor proporção, responsável pelo controle de sua própria unidade. Naturalmente, o plano mais simples é que cada um exerça em relação a seus subordinados todas as funções de controle necessários.

Relação de Controle da Assessoria: à medida que uma empresa se desenvolve, geralmente se verifica que é desejável estabelecer unidades separadas de organização para desempenhar funções de controle. Estas unidades são de natureza de uma assessoria, cujo propósito é prover serviços especializados de controle sobre uma série de departamentos, exemplo: controle de produção.

• Controles informais: a função administrativa de controle pode, em parte, ser exercida de muitas maneiras informais. Por exemplo, os títulos e proventos de um executivo são úteis para regular e restringir as atividades dos subordinados dentro das linhas desejadas, coisas tais como: títulos executivos, grandes escritórios mobiliados com largueza e privilégios especiais concedidos a executivos servem para impor respeito e obediência aos subordinados, os mesmos propósitos também são atingidos pelo estabelecimento de vários pretendentes, tradições e protocolos. Certos tipos de atividade social, de precedência no falar e de cortesia são outros exemplos de maneiras informais de controle.

• Controles externos: Várias espécies de controle fora da organização em si podem afetar o controle administrativo. Naturalmente, os controles governamentais são comuns a todas as empresas. Legislação, decisões judiciais, regras e normas de corpos administrativos cercam praticamente todas as ações administrativas. E, também, vários agentes da comunidade - grupos que trabalham pelo bem-estar, sindicatos trabalhistas, instituições educacionais, associações patronais, igrejas, etc., exercem influência sobre os controles que a administração pode exercer e exerce.

GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO

A estrutura organizacional é representada graficamente no organograma, que, entretanto, não apresenta todos os aspectos da estrutura organizacional.

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Organograma é a representação gráfica de determinados aspectos da estrutura organizacional.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSServem para visualizar estruturas gerais ou parciais de organizações, as funções de

autoridade; as situações hierárquicas dos setores, departamentos, superintendências de uma organização.

Os organogramas podem ser:• Gerais ou Globais → Representam toda estrutura da organização.• Parciais ou Setoriais → Representam apenas uma parte da organização.

Quanto ao seu suporte gráfico, os organogramas podem ser divididos em :• Organogramas com envolventes → As informações são delimitadas por polígonos

(retângulos, quadrados, etc...)• Organogramas com chave e linha → As informações são apenas organizadas por linha ou

chaves.

Organogramas podem ser, ainda, classificados em :

• Estruturais Apresentam apenas as unidades que constituem a organização e as relações entre estas.

• Funcionais Apresentam as funções e/ou atribuições dos diversos órgãos.

• De pessoal Relacionais as pessoas que atuam em diversos setores; chefes, funcionários/operários

• Numéricos Apresentam alguma informação numérica sobre os divergentes setores.

• Mistos No caso de se juntar mais de um dos tipos de informações arroladas num só organograma.

Quando à disposição espacial das informações podem ser divididos em inuméricos tipos, dentre os quais pode relacionar os da tabela a seguir.

Horizontal Tridimensional ElipsoidalVertical Esquerda/Direita Circular

Em Bloco Intercalado SetorialEm Lambda Diagonal OutrosEm Flecha Radial

É convencional, caso se use envolventes, diminuir o tamanho delas à medida que os graus hierárquicos descem.

Convenciona-se, também, varias as linhas que interligam as envolventes, para cada tipo de inter-relação (comando, coordenação, assessoramento) um tipo de linha diverso. Não é conveniente agregar num mesmo organograma mais de duas formas de inter-relacionamento entre os setores.

Como lembrete final: uma mesma estrutura organizacional pode ser por vários tipos de organograma.

Exemplo:

Organograma de uma empresa orientada para a produçãoÉ a organização e sua estrutura formal dando ênfase às funções e departamentos ligados à

Produção.Apenas o diretor de Produção se reporta ao vice-presidente. Não há elementos em nível de

diretoria ligados às funções financeiras, mercadológicas e pessoal.

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C h e f e d e o r ç a m e n t o

G e r ê n c i a F i n a n c e i r a

M e s t r e d e f u n d i ç ã o M e s t r e d e u s i n a g e m M e s t r e d e m o n t a g e m M e s t r e d e a c a b a m e n t o

G e r ê n c i a d e f á b r i c a

G e r ê n c i a d e p r o d u ç ã o

C h e f e d e P e s s o a l

G e r ê n c i a d e P e s s o a l

V e n d e d o r e s

G e r ê n c i a d e V e n d a s

D I R E T O R I A D E P R O D U Ç Ã O

V I C E - P R E S I D Ê N C I A

P R E S I D Ê N C I A

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

FLUXOGRAMAFluxograma é a representação gráfica do fluxo do trabalho, numa sucessão de atividades, envolvendo

pessoas e documentos entre as diversas unidades de uma organização.As informações básicas representadas num fluxograma podem ser relacionadas com: o tipo de operações que integram o sistema de informações; o sentido do fluxo de informação, as unidades organizacionais onde se realiza cada operação; o volume de operações efetuadas; os níveis hierárquicos que intervêm nas operações do método administrativo. Representado pelo

fluxograma;

Para se realizar a análise de um fluxograma é necessário se fazer um estudo detalhado englobando, pelo menos, as seguintes perguntas:

O que é feito? Para que serve esta fase? Por que esta fase é necessária? Tem ela alguma influência no resultado final da rotina analisada?

Há realmente uma necessidade absoluta desta fase? Onde esta fase deve ser feita? Será que a mudança do local onde esta fase está sendo realizada

não permitirá maior simplificação da rotina? Tal mudança de local é viável? Quando esta fase deve ser feita? A seqüência está corretamente fixada? Quem deve executar a fase? Há alguém mais bem qualificado para executá-la? Seria mais lógico

ou conveniente que outra pessoa realizasse esta fase? Como a fase está sendo executada?

É importante que se tenha em mente que a racionalização das rotinas é essencial para se obter a excelência em qualidade administrativa. A busca do aumento de qualidade e produtividade (Reengenharia) não é simplesmente se buscar reduzir pessoal e acumular atividades aos funcionários, mas sim reorganizar o fluxo de trabalho e informações dentro de uma organização de forma que a simplificação seja efetuada sem traumas e as mudanças sejam realmente para agilizar o fluxo de informação e o trabalho com o objetivo atender, sempre melhor, a clientela.

Existem muitos tipos de fluxogramas. Serão vistos três tipos: o Setorial, o Coluna Múltipla e o Coluna Única. Estes três tipos de fluxogramas são mais utilizados como ferramentas básicas em Organização e Métodos. Para cada um deles há uma interpretação, uma análise e uma conclusão a serem identificadas. Utilize-se das perguntas acima citadas para melhor desenvolver seu trabalho.

→ FLUXOGRAMA SETORIALO Fluxograma Setorial é utilizado em duas situações básicas: Quando se deseja mostrar s grandes passos de uma operação que se desenvolve passando de uma

unidade para outra dentro de uma organização; Quando se manualiza uma rotina e esta se destina ao grande público. Por ser um modelo de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSfluxograma simples, todos entendem;

O fluxograma setorial é montado com base num Quadro de Dupla Entrada:Colunas: formado pela relação de atividades formadoras da operação a representar ou manualizar.

Deve-se relacionar estas atividades na ordem em que se desenrolam e usar a forma: verbo + substantivo.Linhas: montado a partir das pessoas, chefes, órgãos, setores, divisões, etc. que intervém na operação.

Quando necessário, é comum misturar-se pessoas e setores, departamentos ou seções, etc. envolvidos, influi apenas no resultado gráfico do fluxograma; não altera análises posteriores nem entendimento de instruções;

Malha de Células: o preenchimento inicial é binário; mostra que pessoa ou qual órgão desempenha tal atividade ou conjunto delas. Interligando-se os pontos por setas chegar-se-á ao fluxograma.

A elaboração de um fluxograma pode ser dividida em três etapas:

Elaboração da lista de atividades, tarefa importante e trabalhosa; é normal ser necessário fazer três a quatro versões para chegar ao ponto almejado;

Definir ou pesquisar, quem pratica os passos da operação; acrescentar estes dados à listagem das atividades;

Desenho do fluxograma, tendo como base um QDE assim constituído: Colunas: lista de atividades; Linhas: pessoas ou órgãos envolvidos; Malha de Células: de início, malha binária; depois, interligando os pontos com setas, uma linha quebrada.

Este tipo de fluxograma não permite, nem se destina, a representações muito detalhadas das atividades de uma operação. Mostra, essencialmente, os locais onde se desenvolvem ou devem se desenvolver as ações.

Este instrumento não é adequado para fluxogramar operações que apresentam bifurcações e caminhos paralelos com muitos

passos concomitantes (mais de cinco).Exemplo:

Fluxograma Setorial de elaboração de um sistema de informação.Nº de | Relação de Atividades |Administrativo |O&M | Sistemas |Financeiro Atividades | | | | |1 | Identif. o problema | | | |2 | Consultar analista | | | |3 | Declarar objetivos | | | |4 | Analisar situação | | | |5 | Viabilizar informatização | | | |6 | Declarar soluções alternativas | | | |7 | Analisar soluções | | | |8 | Apresentar soluções | | | |9 | Viabilizar custo/benefício | | | | 10 | Projetar sistema | | | |11 | Implantar sistema | | | |

→ FLUXOGRAMA DE COLUNA MÚLTIPLARepresenta ao mesmo tempo, com lógica, clareza e racionalidade, os procedimentos em que estejam

envolvidos documentos, informações recebidas, processadas e emitidas e seus locais onde estas operações se desenrolam. Pode ser considerado como uma forma detalhada do Fluxograma Setorial.

É constituído: Colunas: relação pormenorizada das atividades que compõe a operação. Usa-se a forma: Verbo +

Substantivo; Linhas: relação das pessoas, órgãos, setores, etc. que atuam na operação; Malha de Células: simbólica, usa-se a codificação tradicional de fluxogramas. Normalmente

simplifica-se a malha para uma série de faixa correspondentes às pessoas, órgãos ou setores envolvidos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSNúmero deAtividades Relação de Atividades Chefia

Setor dePesquisa

Setor deColeta Digitação

123456789

101112131415161718192021222324252627282930313233

Elaborar plano de trabalhoRever plano de trabalhoEspera para o transporteTransportarDigitar plano de trabalhoRevisar digitaçãoTransportarColetar dados para o trabalhoAnalisar dadosRedigir minuta de trabalhoTransportarDigitar minuta do trabalhoAnalisar os dadosRedigir minuta do trabalhoTransportarDigitar minuta do trabalhoRevisar textoTransportarEsperar revisão da minutaRevisar minuta do trabalhoFazer alterações na minutaTransportarElaborar redação final do trabalhoEspera para transporteTransportarAprovar a redação finalTransportarArrumar a digitação do texto finalRevisar textoTransportarSeparar as diversas viasEnviar as diversas cópiasArquivas a última cópia

ρ O

ρ O

O

O∇

O ρ

OOO

O

O

O

A operação é representada por uma série de símbolos (representado as diversas atividades), agrupadas em várias faixas correspondentes aos órgãos que intervém na operação. Estes conjuntos de símbolos saltam de uma faixa para outra assim como o processo vai de um lugar para outro. Os conjuntos são ligados sucessivamente por linhas, para facilitar a visualização da operação. O sentido de fluxo de operação é mostrado pelos contínuos símbolos de transporte representados.

A simbologia usada é oriunda da American Society of Mechanical Engineers (ASME), norma nº 101 de 21 de maio de 1947, são praticamente universais e são os seguintes:

Conferência Operação Transporte ∇ Arquivo ρ DemoraO Fluxograma de Coluna Múltipla é talvez o melhor tipo de fluxograma para análise das operações

burocráticas. Não é muito bom para uso em manualizações, para instruções ao público em geral, porque usa simbologia própria.

Por outro lado, permite visualização de tipos de atividades desenvolvidas numa operação (via codificação) e mostra, também, onde ocorrem estas atividades ou o conjunto delas. Daí ser muito útil e usado em análises de operações.

→ FLUXOGRAMA DE COLUNA ÚNICAEnquanto que os Fluxogramas Setorial e Coluna Múltipla destinam-se aos mesmos tipos de

operação, o fluxograma de Coluna Única permite um estudo mais detalhado e quantificado de uma operação.Por ser de natureza detalhada é mais adequado à análise de pequenas fases de um processo maior.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSNão se adapta bem, por ficar excessivamente grande, à análise de operações com muitas atividades.

Não permite representar graficamente onde as diversas atividades se desenvolvem; representa apenas o que é feito. Por isso tende a ser usado só quando se estuda operações que se desenvolvem em apenas um órgão ou local.

Se utiliza da simbologia tradicional:

Conferência Operação Transporte ∇ Arquivo ρ Demora

É um quadro dividido em três colunas: uma com os símbolos tradicionais, uma outra para relacionar as atividades que compõem a operação e uma para anotar tempo e distâncias respectivas.

Na coluna dos símbolos são desenhados os cinco tipos básicos, cada um numa coluna individual e repetidos na vertical tantas vezes quantos forem os espaços disponíveis para anotar as atividades.

Na coluna das atividades providencia-se espaço para relacionar as atividades componentes da operação, devem ser expressas pela forma verbo +_substantivos.

Na coluna de tempos e distâncias monta-se espaços para anotar os tempos correspondentes e, quando for o caso, as distâncias percorridas.

Este fluxograma tem seu uso restrito em análise de operações burocráticas, porque não mostra onde as atividades se desenvolvem; as operações burocráticas que ocorrem num local costumam apresentar poucos passos e, por fim, coletar os dados para fazer o levantamento de tempos e distâncias torna-o oneroso. Por estas razões que seu uso fica restrito a operações altamente repetitivas, em que possíveis economias de um ou dois minutos redundariam em grande economia global de tempo e recursos.

FUNCIONOGRAMAÉ um paralelo entre determinados cargos e suas atribuições. Pode-se dizer como fluxograma

de atividades desenvolvidas.

CRONOGRAMACronogramas (de tempo) constituem-se num outro tipo de instrumento gráfico destinado a

representar fluxos de atividades. Destinam-se primordialmente ao planejamento e controle de ações e operações administrativas.

Cronogramas permitem visualizar seqüências, durações, instantes (ou datas) de início e término de atividades que constituem uma operação.

São constituídos:• Colunas: são relacionadas as atividades que constituem a operação;• Linhas: representa o período de tempo necessário à execução da operação, subdividido em

função da unidade de tempo escolhida.• As atividades são representadas por barras proporcionais ao tempo de duração das mesmas e sua

colocação no desenho é função de seus instantes de início e fim.• Anotam-se como características usuais de um bom cronograma:♦ São desenhados no sentido horizontal, as primeiras datas (ou instantes) ficam à esquerda e as

datas subseqüentes deslocam-se para a direita;♦ As atividades são expressas pela forma de verbo + substantivo;♦ A proporção entre os tempos consumidos pela menor atividade e o tempo consumido pela maior

não costuma ser superior a 1 : 10;♦ Quando não é possível desenhar cronogramas respeitando estas proporções (1 : 15 ou 1 : 10)

costuma-se ou agrupar atividades muito pequenas numa maior ou então subdividir uma atividade muito grande em várias menores;

Quando necessário e viável, se faz cronogramas em cadeia, isto é: elabora-se um Cronograma Global e depois vários específicos, correspondes ao detalhamento das atividades do primeiro.

Em razão de possíveis características da operação cronogramada, duas situações podem acontecer:1) Desenrolam-se, concomitantemente várias atividades, as barras representativas são paralelas;2) Há lapsos de tempo em que nenhuma atividade é desenvolvida, no cronograma aparecerão lacunas

verticais.

As unidades de tempo usadas comente nestes instrumentos podem ir desde segundos, até décadas,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSlustros, milênios. Mais comum é ficar em horas, dias semanas, meses. Algumas vezes usa-se como unidades períodos de tempo do tipo três horas, dois dias, quatro semanas, etc.

Um problema comum na elaboração de cronogramas é a determinação da unidade de tempo a ser usada. Dois caminhos:

1. Toma-se a estimativa do período total a ser consumido pela operação e divide-se em, no máximo, 50 partes; mais usual são divisões ao redor de 20 e 30 partes;

2. Verifica-se quanto tempo consome as menores atividades da operação (em geral a menor e a segunda menor): divide-se este período de tempo por dois e se obterá a unidade procurada.

LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

A liderança, conforme Idalberto Chiavenato, é necessária em todos os tipos de organização humana, principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos. Ela é igualmente essencial em todas as demais funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

“Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos". A liderança é encarada como um fenômeno social e que ocorre exclusivamente em grupos sociais. Deve ser considerada em função dos relacionamentos que existem entre as pessoas em uma determinada estrutura social, e não pelo exame de uma série de traços individuais.” (Chiavenato)

Há uma distinção entre o conceito de liderança como uma qualidade pessoal (combinação especial de características pessoais que fazem de um indivíduo um líder) e de liderança como função (decorrente da distribuição da autoridade de tomar decisões dentro de uma empresa): “o grau em que um indivíduo demonstra qualidade de liderança depende não somente de suas próprias características, mas também das características da situações na qual se encontra.” O comportamento de liderança (que envolve funções como planejar, dar informações, avaliar, arbitrar, controlar, recompensar, estimular, punir etc.) deve ajudar o grupo a atingir os seus objetivos, ou, em outras palavras, a satisfazer suas necessidades. Assim, o indivíduo que possa dar maior assistência e orientação ao grupo (escolher ou ajudar o grupo a escolher as melhores soluções para seus problemas) para que atinja um estado satisfatório, tem maiores possibilidades de ser considerado seu líder. “A liderança é, pois, uma questão de redução de incerteza do grupo. O comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha. A liderança é “um processo contínuo de escolha que permite à empresa caminhar em direção à sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas". Assim, a lideranças é uma questão de tomada de decisão do grupo.

A relação entre líder e liderados repousa em três generalizações, a saber:a) “A vida, para cada indivíduo, pode ser vista como uma contínua luta para satisfazer

necessidades, aliviar tensões e manter equilíbrio.b) A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é satisfeita por meio de

relações com outros indivíduos ou com grupos de indivíduos.c) Para qualquer indivíduo, o processo de usar as relações com outros indivíduos é um

processo ativo - e não passivo - de satisfazer necessidades. Em outros termos o indivíduo não espera passivamente que a relação capaz de proporcionar-lhe os meios de satisfazer uma necessidade ocorra naturalmente, mas ele próprio procura os relacionamentos adequados para tanto ou utiliza aqueles relacionamentos que já existem com o propósito de satisfazer suas necessidades pessoais".

Dentro dessa concepção, “a liderança é uma função das necessidades existentes numa

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

determinada situação e consiste numa relação entre um indivíduo e um grupo”. Nestes termos, o conceito de liderança repousa numa relação funcional. Essa relação funcional somente existe quando um líder é percebido por um grupo como o possuidor ou controlador de meios para a satisfação de suas necessidades. Assim, segui-lo pode constituir para o grupo um meio para aumentar a satisfação de suas necessidades ou de evitar sua diminuição. O líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejados por um grupo. E o grupo pode selecionar, eleger, aceitar espontaneamente um indivíduo como líder, porque ele possui e controla os meios (como habilidade pessoal, conhecimento, dinheiro, relacionamentos, propriedade etc.) que o grupo deseja utilizar para atingir seus objetivos, ou seja, para obter um aumento de satisfação de suas necessidades.

Fazendo uma resenha sobre o que já se escreveu sobre liderança, Hersey e Blanchard resumem que "a liderança é o processo de exercer influência sobre um indivíduo ou um grupo de indivíduos nos esforços para realização de objetivo em determinada situação. Dessa definição, segue-se que o processo de liderança é uma função do líder, do seguidor e de variáveis da situação.”

Se a liderança é uma influência interpessoal, convém explicitar o que significa influência. A influência é uma força psicológica, “uma transação interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar o comportamento de uma outra, de algum modo intencional. Um policial entra em uma rua e ergue sua mão enluvada de branco; um motorista aplica os freios e faz o automóvel parar. Inferimos, na ausência de outra prova, que o policial influenciou o motorista e que tinha a intenção de fazê-lo.” Geralmente, a influência envolve conceitos como poder e autoridade, abrangendo todas as maneiras pelas quais se introduzem mudanças no comportamento de pessoas ou de grupos de pessoas. O controle representa as tentativas de influência que são bem sucedidas, isto é que produzem as conseqüências desejadas pelo agente influenciador. O poder é o potencial de influência de uma pessoa sobre outra ou outras; é a capacidade de exercer influência, embora isto não signifique que essa influência seja realmente exercida. O poder é potencial influencial que pode ou não ser realizado. A autoridade (que é o conceito mais restrito destes todos) é o poder legítimo, isto é, o poder que tem uma pessoa em virtude de seu papel, de sua posição em uma estrutura organizacional. É, portanto, o poder legal e socialmente aceito. (CHIAVENATO, Idalberto, In: Introdução à Teoria Geral da Administração)

O HOMEM ATRÁS DA MESAAS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR DE TOPO

ARQUITETODA

ESTRATÉGIA

LÍDER LÍDER

ORGANIZATIVO PESSOAL

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPOS DE LÍDERES♦ LÍDER ORGANIZATIVO

♦ Supervisiona e controla a infra-estrutura da empresa♦ Conduz a empresa à obtenção dos seus objetivos♦ Tem capacidade para integrar as diferentes atividades funcionais e especializadas

♦ LÍDER PESSOALUtiliza o dom da “persuasão e articulação que cultiva, tendo sempre coisas interessantes a

dizer e prestando atenção aos comentários e opiniões dos outros”.

♦ ARQUITETO DA ESTRATÉGIA♦ dá forma e caráter à organização♦ define os planos e compromissos a longo prazo♦ esboça, em última análise, o futuro da empresa2.

MOTIVAÇÃOA motivação é um dos inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho no trabalho.A compreensão da motivação e o seu aproveitamento estratégico têm levado organizações ao

sucesso. Por esta razão, não são poucos os que procuram entender o que é motivação e principalmente o que motiva as pessoas, o que faz com que algumas pessoas simplesmente “vistam a camisa” da empresa, enquanto outras são totalmente indiferentes em relação à empresa em que trabalham.

Maslow (1970), em sua obra intitulada: Motivation and Personality, apresentou uma teoria segundo a qual as necessidades humanas estão dispostas em níveis de importância e influenciação. O homem faz o que faz por causa das suas necessidades e enumera estas necessidades de forma hierárquica, conhecida como a pirâmide de Maslow: necessidade de auto-realização, necessidade de estima, necessidades sociais, necessidade de segurança e necessidades fisiológicas.

Dessa forma, houve uma mudança nas organizações quanto à sua visão das pessoas: antes as pessoas eram vistas simplesmente como recursos, dotadas de habilidades, capacidade, destreza e conhecimentos para a execução de tarefas a fim de alcançar objetivos organizacionais; hoje essa visão é de pessoas, dotadas de características próprias de personalidade, aspirações, valores, crenças, atitudes, motivações e objetivos individuais. Pessoas que fazem parte da Organização, são talentos que precisam ser desenvolvidos e mantidos. É o capital intelectual que movimenta a organização na direção por ela determinada.

As empresas modernas procuram levar as pessoas talentosas a contribuírem com o máximo possível de seus esforços em benefício da empresa, tentando levá-las a produzir melhores resultados. Ter uma equipe motivada não é uma tarefa das mais fáceis, não há uma fórmula mágica para motivar, por isso é necessário combinar uma série de atitudes essenciais ao comportamento humano e que podem trazer motivação nos trabalhadores e estimulá-los a contribuir com a qualidade para os melhores resultados das suas empresas. Outro especialista em motivação foi Herzberg (1959), que em sua Teoria dos Dois Fatores, afirma existirem dois grupos para motivação de equipes:

Fatores de higiene Fatores motivadoresCondições de trabalho O trabalho em siPagamento ResponsabilidadeSegurança no trabalho Senso de realizaçãoRelações no trabalho ReconhecimentoPráticas de supervisão e administraçãoPolítica e administração da empresa

Perspectivas de evolução

A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg

Segundo Herzberg, os fatores de higiene não estimulam a motivação, mas se tornam causa

2 Prof. Kenneth Andrews, in “A Estratégia Empresarial”, de Mel Horwitch, em “Administração de Empresas”, vol 1, “Estratégia e Direção” - Nova Cultural -1986.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSde desmotivação das pessoas se não forem satisfatórios. Um ambiente de trabalho seguro e saudável por si só não irá motivar os funcionários a trabalharem melhor, porém os deixa satisfeitos o bastante para que outros fatores possam motivá-los. Mas, se as condições de trabalho causam insatisfação, as pessoas tornam-se desmotivadas.

O papel da liderança (diretor, gerente, chefe etc.) na motivação dos colaboradores nas organizações modernas é bastante significativo. Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo de comunicação humana à consecução de objetivos específicos.

Os líderes de sucesso têm certos atributos pessoais em comum: são disciplinados no atendimento, na pontualidade, no cuidado com a aparência, sabem lidar com as pessoas e lideram seu pessoal sem exercer nenhuma pressão. São leais à equipe e demonstram confiança nas pessoas, deixando que elas cumpram com suas tarefas sem interferência. Conduzem a Organização num clima saudável, gerando melhores resultados.

Ciclo motivacional é o composto de fases que se alternam e se repetem. O organismo humano tende a um estado de equilíbrio. Esse equilíbrio se rompe quando surge uma necessidade.

EQUILÍBRIO → NECESSIDADE → TENSÃO → SATISFAÇÃO

CULTURA ORGANIZACIONAL E COMUNICAÇÃODe acordo com Robbins (1999) cultura organizacional não seria mais do que um sistema de

significados partilhados, conjunto de características chave que uma organização valoriza, onde se incluem sete características básicas, as quais refletem a sua essência.

Nesse conjunto de características temos a salientar a “inovação e tomada de riscos” a que todos os seus membros se deverão comprometer ou empenhar, face ao estímulo que lhes é solicitado, a “atenção a detalhes” dispensada e demonstrada na análise do seu desempenho e na precisão com que é executado, a “orientação para os resultados”, ou seja, o grau com que as administrações se empenham nos resultados ou produção, mais do que nas técnicas e processos usados para a sua obtenção, a “orientação para as pessoas”, ou seja em que medida as ações e decisões das administrações têm em consideração o seu efeito sobre as pessoas da organização, em termos de resultados esperados, a “orientação para as equipes”, mais do que para as pessoas em termos individuais, a “agressividade” não em termos de sociabilidade mas de competitividade e por último a “estabilidade” ou grau de ênfase dado à manutenção do status quo em comparação com o crescimento.

A cultura organizacional não procura traduzir o grau de satisfação dos seus membros num processo de avaliação, mas sim a percepção que os seus membros têm das suas características, isto é, se os seus membros a vêem como potenciadora de crescimento ou se pelo contrário a inibe, se promove a inovação ou se a restringe, sendo assim na sua perspectiva, meramente descritiva.

Entende-se assim que a cultura organizacional deva ser um sistema cujo significado é partilhado por todos os seus membros, expressa por valores centrais, os quais irão caracterizar a “personalidade” da organização, ou seja, a sua cultura dominante.

Quando esses valores são fortemente partilhados por todos os seus membros, assumindo um forte compromisso com os mesmos, mais forte será a cultura dessa organização, a qual pressupõe uma unidade de propósito, levando à coesão e lealdade com a organização, evitando-se assim a rotatividade dos seus membros e o enfraquecimento da sua cultura.

De referir ainda que a “ cultura nacional” se sobrepõe à “cultura organizacional”, de acordo com Wilkins (1983). Nesta perspectiva, salienta-se que os valores sobre que assenta a cultura das pessoas a nível individual representam acima de tudo valores de âmbito nacional, ou seja, a cultura de um povo sobre a cultura de uma organização. Neste contexto, as organizações têm que ter em consideração a cultura dos seus membros, se quiserem realmente ter uma cultura organizacional.

A cultura organizacional, de acordo com Chiavenato (2000) engloba aspectos formais, facilmente perceptíveis, relacionados com as políticas, diretrizes, procedimentos, objetivos, estruturas e tecnologias existentes, e aspectos informais, relacionados com as percepções,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSsentimentos, atitudes, valores, interações informais e normas grupais, caracterizados por um “ iceberg”, aos quais estão associados à parte visível, observável, os aspectos formais, orientados para aspectos operacionais e de tarefas, enquanto os segundos, invisíveis ou ocultos, relacionados com as questões afetivas, emocionais, orientados para aspectos sociais e psicológicos, por vezes difíceis de interpretar e compreender, transformar ou mudar.

Torna-se assim evidente a importância do ambiente em que se insere a organização, na complexidade das suas pressuposições, crenças, comportamentos, histórias e mitos, os quais representam o modo particular do funcionamento e desenvolvimento de tarefas da organização.

A única maneira viável de mudar as organizações é mudar a sua “cultura “, isto é, mudar os sistemas dentro dos quais os homens trabalham e vivem. Cultura Organizacional significa um modo de vida, um sistema de crenças, expectativas e valores, uma forma de interação e de relacionamento típicos de determinada organização. Cada organização é um sistema complexo e humano, com características próprias, com a sua própria cultura e com um sistema de valores. Todo esse conjunto de variáveis deve ser continuamente observado, analisado e interpretado. A cultura organizacional influência poderosamente o clima existente na organização.

O mundo atual caracteriza-se por um constante ambiente de mudança. O ambiente geral que envolve as organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas uma elevada capacidade de adaptação como condição básica de sobrevivência. O desenvolvimento organizacional é uma resposta às mudanças.

COMUNICAÇÃOSignifica manter o fluxo de informações entre os diversos componentes da organização, de

forma que haja continuidade nos processos administrativos e que os objetivos organizacionais sejam sempre lembradas. Esse processo pode ser feito através de conferências e reuniões regulares, individuais ou coletivas.

A comunicação é a cadeia de entendimento que liga os membros das várias unidades de uma organização em diferentes níveis e áreas. esse conceito tem os seguintes elementos:

a - um ato de fazer-se entenderb - um meio de passar informação entre as pessoasc - um sistema de comunicação entre os indivíduos.

Estes canais básicos são:1. Descendentes - do alto para baixo2. Ascendentes - níveis mais baixos para os mais altos.3. Lateral ou Horizontal - comunicação entre os pares do mesmo grupo de trabalho.

comunicação que ocorre entre os departamentos no mesmo nível organizacional.

4. Diagonal - departamentos de linha e assessoria.

Existe dentro do processo de comunicação organizacional dois tipos, a saber:a) Comunicação interpessoal - entre os indivíduosb) Comunicação intergrupal - entre os grupos.

Conforme CHIAVENATTO3, “As comunicações constituem a primeira área a ser focalizada quando se estudam as interações humanas e os métodos de aprendizagem para mudança de comportamento ou para influenciar o comportamento dos outros. Trata-se de uma área na qual o indivíduo pode fazer grandes progressos na melhoria de sua própria eficácia. É também o ponto de maiores desentendimentos e conflitos entre duas pessoas, entre membros de um grupo, entre grupos e dentro da organização global, como um sistema.

Existe uma profunda relação entre motivação (objetivos, necessidades, defesas), da importância daquele momento.

A idéia comunicada é relacionada intimamente com as percepções e motivações tanto do emissor como do receptor, dentro do determinado contexto situacional, como se encontra esquematizado na figura abaixo.

3 CHIAVENATO, I. Recursos Humanos- Edição Compacta. 6º edição, Ed. Atlas, SP : 2002.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Ruído PADRÃO DE REFERÊNCIA DE A PADRÃO DE REFERÊNCIA DE B

Motivação Motivação Emissor Codificação Sinal Decodificação Receptor

Percepção Percepção

Contexto situacional Contexto situacional

RETROAÇÃO

Figura: A comunicação interpessoal

Para Massarik e Weschler, citados por CHIAVENATTO, “a percepção social nem sempre é racional ou consciente. Para eles, “percepção social é o meio pelo qual a pessoa forma impressões de uma outra, na esperança de compreendê-la. Empatia ou sensibilidade social é o meio pelo qual a pessoa consegue desenvolver impressões acuradas, ou compreensão atual dos outros.” No fundo, empatia é um processo de compreensão dos outros. Muitos autores utilizam sinônimos como compreensão das pessoas, sensitividade social, acuracidade na percepção social para tratar a empatia.

Após os primeiros segundos, a comunicação interpessoal se torna um processo simultâneo de mão dupla, enviando e recebendo mensagens. Enquanto os emissores estão enviando suas mensagens, eles estão percebendo as reações não verbais dos receptores. Quando os emissores estão atentos a essas reações (feedback) não verbais, eles podem ajustar suas próximas mensagens de acordo. Por exemplo: podem mudar o tom da voz, falar mais alto ou usar uma linguagem mais simples. Esta habilidade resulta numa mensagem melhor compreendida e menos chance de ocorrerem mal- entendidos.

Às vezes, pode haver uma ruptura no processo da comunicação. A mensagem que foi enviada não é a mesma que foi recebida. Isto pode ser devido a vários fatores que agem como barreiras ou interferências, impedindo a comunicação efetiva. Por exemplo:

• O meio ambiente: pode incluir o tamanho da sala, a sua forma, iluminação e cor, temperatura e disposição do mobiliário. Por exemplo - uma pequena sala de reuniões é melhor para reunir um grupo de seis a oito pessoas do que um grande auditório. Ou vice versa. Se a temperatura está muito quente ou fria, se há muito barulho e interrupções, tudo isso pode ajudar a distrair as pessoas.

• Os atributos pessoais específicos de cada emissor e de cada receptor: incluem a aparência, a formação cultural e o estado psicológico das pessoas envolvidas no processo de comunicação, no momento em que as mensagens são trocadas. Por exemplo: tendemos a escutar mais de perto pessoas com aparência limpa e saudável, educadas e gentis. Uma pessoa calma está mais apta a entender mensagens que outras agitadas ou zangadas.

• Cultura e interferência psicológica: culturalmente, as pessoas são diferentes e têm diferentes interpretações para os mesmos fenômenos. Contatos entre pessoas de origens culturais muito diversas devem ser livres de preconceitos, preferências e visões estreitas, que inviabilizariam a comunicação. Estas atitudes podem ter sido estimuladas na região ou país onde a pessoa nasceu, por sua formação familiar, étnica ou religiosa, ou por sua identidade sócio-econômica.

• A tendência humana para perceber informações seletivamente: as pessoas freqüentemente só ouvem aquilo que desejam ouvir, especialmente se tais mensagens reafirmam suas crenças e valores estabelecidos ou se vêm em apoio a suas decisões e opiniões pessoais. Muitas vezes, isto é um problema para os grupos, porque algumas pessoas são intolerantes com outras que interpretam as informações de modo diferente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSEmbora muita gente se imagine como pessoas de mente aberta, sem preconceitos e aptas a ver todos os lados de uma questão, existe a tendência para manter uma visão estreita da realidade e perder a verdade objetiva, sempre mais complexa. Nós costumamos ver só o que queremos enxergar.

• Substituição, adição e simplificação: estes fenômenos ocorrem quando as mensagens são transmitidas de pessoa a pessoa. Cada receptor tende a alterar inconscientemente a mensagem recebida, quando chega a sua vez de enviá-la a outra pessoa (como na brincadeira do "telefone-sem-fio"). Membros de um grupo podem ter recebido a mesma mensagem, mas certamente tendem a transmití-la de modo alterado para os parceiros que não participaram da reunião.

Estes fatores podem levar a uma ruptura no processo de comunicação, especialmente em grupos onde existe a possibilidade de vários deles estarem presentes e acumulados. Quando uma quebra na boa comunicação ocorre, o resultado é um "mal-entendido" ou "má comunicação". O receptor captou uma mensagem diferente da que se pretendia que ele captasse. Os resultados são quase sempre negativos e podem incluir:

• perda de tempo e/ou recursos • ressentimentos • reclamações e críticas • relacionamentos abalados

CANAIS DE COMUNICAÇÃOOs seres humanos são essencialmente sociais e a forma que encontram de passar os

conhecimentos e os hábitos de sua cultura é através da COMUNICAÇÃO. Os atos de COMUNICAÇÃO não se restringem à fala e à escrita. Gestos, expressões,

imagens, desenhos e cores têm significados que comunicam mensagens. Crenças, valores e hábitos de uma cultura são transmitidos a todos pela COMUNICAÇÃO.

Cada indivíduo, em seu contato com o outro, geralmente atua dentro de um determinado padrão, que acaba se tornando o seu jeito peculiar de se comunicar. Este padrão ou jeito específico é chamado de canal da comunicação interpessoal, sendo diferenciado de indivíduo para indivíduo.

Imagine como é importante para a construção de um cenário propício ao trabalho cooperativo a utilização de canais de comunicação semelhantes, entre o emissor e o receptor, para se tentar conseguir essa sintonia básica!

Os terminais dos cinco sentidos, a comunicação extra-sensorial e seus respectivos canais de comunicação podem ser visualizados no quadro abaixo:

Os cinco sentidos Comunicação

Visão Audição Olfato-Tato-Paladar Extra-sensorialVisual Auditivo Cinestésico Intuitivo

Canais de comunicaçãoOs sentidos e seus respectivos canais de comunicação.

Se alguém se sente bem utilizando um determinado canal para sair de si e ir ao encontro do outro, do mesmo modo, também receberá melhor a comunicação do outro, se ela for enviada por esse mesmo canal, que está naturalmente mais sintonizado com o seu jeito próprio de ser.

Assim, à medida que dois indivíduos procuram conhecer seus respectivos canais e tentam se comunicar utilizando a via que se ajusta melhor a ambos, certamente ocorre maior possibilidade de entendimento e de aceitação mútuas: as percepções e verdades individuais acabam sofrendo uma gradativa adaptação através desse canal comum. Ampliando-se, então, a ocorrência desses ajustamentos interpessoais dos canais de comunicação, em uma determinada ambiência de trabalho, passa a florescer naturalmente o cenário propício ao trabalho cooperativo.

À medida que os indivíduos de uma determinada área de trabalho procuram conhecer seu próprio canal de comunicação, bem como o de seu colega e começam a se relacionar

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpreferencialmente dentro desse padrão de vibração comum, está sendo naturalmente construído um cenário propício para o desenvolvimento do trabalho cooperativo de equipes integradas.

Tudo aquilo a que as pessoas possam atribuir significações pode ser e é usado em comunicação. O comportamento comunicativo tem um campo de ação tremendamente amplo.

As pessoas podem comunicar-se em muitos níveis, por muitas razões, com muitas pessoas, de muitas formas.

A palavra “comunicação” tornou-se popular. É usada hoje para denominar os problemas de relações entre trabalhadores e dirigentes, entre nações, entre pessoas em geral.

O objetivo da comunicação deve ser especificado de maneira tal que:1. não seja logicamente contraditório ou incoerente consigo mesmo;2. se concentre no comportamento; isto é, seja expresso em termos de comportamentos

humanos;3. seja específico e o bastante para que possamos relacioná-lo com o real comportamento

de comunicação;4. seja coerente com os meios pelos quais as pessoas se comunicam.

Cada situação de comunicação difere de algum modo de qualquer outra, mas ainda assim podemos tentar isolar certos elementos em comum apresentados por todas. São estes ingredientes e suas inter-relações que consideramos, quando procuramos construir um modelo genérico de comunicação.

Ligamos a palavra “processo” ao nosso exame da comunicação. O conceito de processo é por si complexo. Um dicionário, pelo menos define “processo” como “qualquer fenômeno que apresente contínua mudança no tempo, ou “qualquer operação ou tratamento contínuo”.

Quando chamamos algo de processo, queremos dizer também que não tem um começo, um fim, uma seqüência fixa de eventos. Não é coisa estática, parada. É móvel. Os ingredientes do processo agem uns sobre os outros; cada um afeta todos os demais.

MENSAGENS, CÓDIGOS E INTERPRETAÇÃOO processo de comunicação, como vimos anteriormente, envolve três componentes básicos:

um comunicador, uma mensagem e um receptador. O comunicador é o que tem algo a dizer. A mensagem é o que se tem a dizer e o receptador é aquele que recebe a mensagem.

Destreza, boas maneiras e boa vontade são os requisitos indispensáveis que deve possuir aquele que transmite um recado.

NÃO ESQUEÇA: Uma informação certa leva a uma atitude correta.O modelo está ilustrado a seguir:

COMUNICADOR MENSAGEM RECEPTOR

Para aumentarmos a capacidade de escuta das pessoas não basta falar, precisamos comunicar.

REGRAS DE UMA BOA COMUNICAÇÃO 1. Usar linguagem clara 2. Definir o objetivo real da comunicação 3. Evitar o duplo sentido e o exagero 4. Ser bom ouvinte5. Falar no momento certo 6. Ser simples ,preciso , conciso7. Não monopolizar 8. Não interromper 9. Falar alto e modulado 10. Considerar todos os recursos materiais e humanos 11. Demonstrar que entendeu a mensagem

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

OBSTÁCULOS À COMUNICAÇÃOA comunicação pode sofrer barreiras ou impedimentos que dificultam a compreensão da

mensagem por parte de quem a recebe.O ser humano tem cinco tendências naturais que, se não forem administradas, tornam-se

obstáculos à comunicação: 1) Nossa propensão a atentar mais para o lado negativo das coisas, discordando dos outros para nos afirmarmos, minimizando e desqualificando: a crítica negativa; 2) Só querermos aceitar aquilo que já conhecemos e rejeitar tudo o que for novo, nossa resistência a sair de nossa "zona de conforto" - a falta de abertura, o fato de só querermos confirmar o que achamos que já sabemos, sem considerar outras possibilidades; 3) Nossa outra tendência de culpar os outros pelo que nos acontece, por incapacidade de lidarmos com a sua rejeição - a justificativa, dada antes de alguém pedir uma explicação, como defesa a um suposto ataque que nos fizeram. 4) A generalização, que ocorre toda vez que, com base em apenas poucas observações, concluímos que um determinado comportamento de alguém é o que acontece sempre; 5) Interromper os outros, achando que já sabemos o que irão falar. A maioria das vezes perdemos uma grande chance de aprender algo, pois o outro iria dizer uma outra coisa e acaba inibido e sem dizer o que gostaria.

As principais barreiras a comunicação são as seguintes:1. Distância entre pessoas, ruídos2. Desnível cultural entre transmissor ou receptor 3. Segregações culturais ou ressentimentos 4. Auto-suficiência exagerada, por parte do transmissor ou receptor 5. Descrédito no transmissor ou no receptor 6. Descuido quanto a conceituação dos termos usados 7. Impressão de linguagem 8. Má pronúncia 9. Uso de palavras que possam provocar antagonismo , como certos termos pejorativos 10. Uso imoderado de gírias 11. Excesso de palavras floreadas e detalhes 12. Tom de voz muito alto, ou muito baixo 13. Conversas paralelas entre o grupo de receptores 14. Omissão de dados na mensagem, por parte do emissor 15. Erro na mensagem 16. Bloqueio emocional etc.

4Veja as questões de concursos:1. Leia o texto.Para se estabelecer comunicação, é necessário que ocorra um conjunto de elementos constituídos por: um ____________________, que produz e emite uma determinada mensagem, dirigida a um _______________.Para que a comunicação se processe efetivamente entre estes dois elementos, deve a mensagem ser realmente recebida ___________________ e pelo receptor.

Assinale a alternativa que completa de forma seqüencial e correta, as lacunas nas frases acima.a) contato – ruído – decodificada.b) código – emissor – recodificada.c) receptor – código – decodificada.d) emissor – receptor – decodificada.

2. Como se chama o processo pelo qual idéias e sentimentos são transmitidos de individuo para indivíduo, tornando possível a interação social?a) Comunicação.b) Esteriótipo.c) Motivação.d) Personalidade.

4 RESPOSTA: 1. D - 2. A

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSe) Preconceito.

RECURSOS HUMANOS E DEPARTAMENTO DE PESSOAL:

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOALRecrutamento é um conjunto de procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente

qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente um sistema de informação, através do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos oportunidades de emprego que pretende preencher. Para ser eficaz, recrutamento deve atrair um contigente de candidatos suficiente para abastecer adequadamente o processo de seleção. Aliás, a função do recrutamento é a de suprir a seleção de matéria-prima básica (candidatos) para seu funcionamento.

O recrutamento consiste – a partir dos dados referentes às necessidades presentes e futuras de recursos humanos da organização – nas atividades relacionadas com a pesquisa e intervenção sobre as fontes capazes de fornecer a organização um número suficiente de pessoas necessárias à organização para a consecução dos seus objetivos. É uma atividade que têm por objetivo imediato atrair candidatos, dentre os quais serão relacionados os futuros participantes da organização.

Salários oferecidosBenefícios oferecidos

Imagem da empresa transmitidaCargos oferecidos

Segurança e futuro oferecidosReações aos salários

Reações aos benefíciosImagem percebida da empresa

Interesse pelos cargosSegurança e futuro imaginados

FONTES, PROCESSOS E MEIOSO recrutamento nem sempre procura envolver todo um mercado de recursos humanos

dando tiros de espingarda de chumbo miúdo. O problema básico da organização é diagnosticar fontes supridoras de recursos humanos, localizadas no mercado, de recursos humano, que lhe interessem especificamente, para nelas concentrar seus esforços de recrutamento . Assim, as fontes de recursos humanos são denominadas fontes de recrutamento, pois passam a representar os alvos sobre os quais incidirão as técnicas der recrutamento. Como há inúmeras e interligadas fontes supridoras de recursos humanos, uma das fases mais importantes do recrutamento é a identificação, seleção e manutenção das fontes que podem ser utilizadas adequadamente como manancias de candidatos que apresentam probabilidades de atender aos requisitos preestabelecidos pela organização. A identificação a seleção e a manutenção das fontes de recrutamento constituem uma das maneiras pelas quais a ARH pode:

elevar o rendimento do processo de recrutamento, aumentando tanto a proporção de candidatos/candidatos triados para a seleção, como a de candidatos/empregados admitidos;

diminuir o tempo de processamento do recrutamento; reduzir os custos operacionais de recrutamento, através da economia na aplicação de

suas técnicas.

Para melhor identificar e mapear as fontes de recrutamento, dentro do requisito que a organização exigirá dos candidatos são necessários dois tipos de pesquisa: a pesquisa externa e interna.

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ORGANIZAÇÃOMERCADO

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O PROCESSO DE RECRUTAMENTOO recrutamento envolve um processo que varia conforme a organização. O início do

processo de recrutamento depende de decisão da linha. Em outras palavras, o órgão de recrutamento não tem autoridade de efetuar qualquer atividade de recrutamento sem a devida tomada de decisão por parte do órgão que possui a vaga a ser preenchida. Como o recrutamento é uma função de staff, suas providências dependem de uma decisão da linha, que é oficializada através de uma espécie de ordem de serviço, geralmente denominada requisição de empregado ou requisição de pessoal. Trata-se de um documento que deve ser preenchido e assinado pelo responsável que pretende preencher alguma vaga em seu departamento ou seção. Os detalhes envolvidos no documento dependem do grau de sofisticação existente na área de recursos humanos: quanto maior a sofisticação, menor os detalhes que o responsável pelo órgão emitente deverá preencher no documento.

A emissão de uma requisição de empregado apresenta certas semelhanças com a de uma requisição de material. Neste caso, quando o almoxarifado a recebe, verifica se existe o material solicitado nas prateleiras para entregá-lo ao requisitante, caso contrário, emite u a ordem de compra para que o material seja adquirido de algum fornecedor. No caso da requisição de empregado, quando o Órgão de recrutamento a recebe, verifica se existe algum candidato adequado disponível nos arquivos; caso contrario, deve recrutá-los através das técnicas de recrutamento mais indicadas no caso.

MEIOS DE RECRUTAMENTOVerificamos que as fontes de recrutamento são as áreas do mercado de recursos humanos

exploradas pelos mecanismos de recrutamento. Em outros termos, o mercado de recursos humanos apresenta fontes de recurso humanos diversificadas que devem ser diagnosticadas pela empresa que passa a influenciá-la, através de uma multiplicidade de técnicas de recrutamento, visando a atrair candidatos para atender às suas necessidades.

Verificamos também que o mercado de recursos humanos é constituído de um conjunto de candidatos, que podem estar aplicados ou empregados (trabalhando em alguma empresa) ou disponíveis (desempregados). Os candidatos aplicados ou disponíveis podem ser tanto reais (que estão procurando emprego ou pretendendo mudar de emprego) com potenciais (que não estão interessados em procurar emprego). Ocorre que os candidatos aplicados, sejam reais ou potenciais, estão trabalhando em alguma empresa, inclusive na nossa. Daí os dois meios de recrutamento: o recrutamento interno e o recrutamento externo.

O recrutamento é denominado externo quando aborda candidatos reais ou potenciais, disponíveis ou aplicados em outras empresas e a sua conseqüência é uma entrada de recursos humanos. É denominado interno quando aborda candidatos reais ou potenciais aplicados unicamente na própria empresa, e sua conseqüência é o processamento interno de recursos humanos.

RECRUTAMENTO INTERNOO recrutamento é interno quando, havendo determinada vaga, a empresa procura preenchê-

la através do remanejamento de seus empregados, que podem ser promovidos (movimentação vertical) ou transferidos (movimentação horizontal) ou ainda transferidos com promoção (movimentação diagonal). Pode envolver:

Transferência de pessoal; Promoção de pessoal; Transferência com promoção de pessoal; Programas de desenvolvimento de pessoal; e Planos de encarreiramento (carreira) de pessoal.

O recrutamento interno exige uma imensa e contínua coordenação e integração do Órgão de recrutamento com os demais órgãos da empresa, e envolve vários sistemas, como destacamos na figura abaixo:

A tarefa do recrutamento é a de atrair com

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O recrutamento e a seleção de recursos humanos devem ser tomados como duas fases de um mesmo processo: a introdução de recursos humanos na organização. Se o recrutamento é uma atividade de divulgação, da chamada, de atenção, de incremento da entrada, portanto, uma atividade positiva e convidativa, a seleção é uma atividade obstativa, de escolha, de opção e decisão, de filtragem da entrada, de classificação e, portanto, restritiva.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSseletividade, mediante várias técnicas de divulgação, candidatos que possuam os requisitos mínimos do cargo a ser preenchido, enquanto a tarefa de seleção é a de escolher, entre os candidatos recrutados aqueles que tenham maiores probabilidades de ajustar-se ao cargo vago. Assim, o objetivo básico do recrutamento é abastecer o processo seletivo de sua matéria-prima básica: os candidatos. O objetivo básico da seleção é o de escolher e classificar os candidatos adequados às necessidade de organização.

SELEÇÃO:A tarefa do recrutamento é a de atrair com seletividade, mediante várias técnicas de

divulgação, candidatos que possuam os requisitos mínimos do cargo a ser preenchido, enquanto a tarefa de seleção é a de escolher, entre os candidatos recrutados aqueles que tenham maiores probabilidades de ajustar-se ao cargo vago. Assim, o objetivo básico do recrutamento é abastecer o processo seletivo de sua matéria-prima básica: os candidatos. O objetivo básico da seleção é o de escolher e classificar os candidatos adequados às necessidade de organização.

CONCEITO DE SELEÇÃOA seleção de recursos humanos pode ser definida singelamente como a escolha do homem

certo para o cargo certo, ou, mais amplamente, entre os candidatos recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa visando a manter ou aumentar a eficiência e desempenho do pessoal.

Assim sendo, a seleção visa solucionar dois problemas básicos:a) adequação do homem ao cargo; e b) eficiência do homem no cargo.

Todo critério de seleção fundamenta-se em dados e informações a respeito do cargo a ser preenchido. As exigências de seleção baseiam-se nas especificações do cargo, cuja finalidade é dar maior objetividade e precisão à seleção do pessoal para aquele cargo.

Se todos os indivíduos fossem iguais e reunissem as mesmas condições para aprender a trabalhar, a seleção poderia ser desprezada. Contudo, há uma enorme gama de diferenças individuais tanto físicas (estatura, peso, sexo, compleição física, força, acuidade visual e auditiva, resistência à fadiga etc.) como psicólogas (temperamento, caráter, aptidão, inteligência etc.) que levam as pessoas a se comportarem diferentemente, a perceberem situações de forma diferente em a se desempenharem diferentemente com maior ou menor sucesso nas ocupações da organização. As pessoas diferem tanto na capacidade para aprender uma tarefa como no nível de realização da mesma após a aprendizagem. A estimação apriorística dessas duas variáveis - tempo de aprendizagem e nível de execução - é atarefa da seleção. De um modo geral, o processo seletivo deve fornecer não só um diagnóstico, mas principalmente um prognóstico a respeito dessas duas variáveis. Se, de um lado, temos a análise e as especificações do cargo a ser preenchido, informando os requisitos indispensáveis a ocupante do cargo, e, de outro, candidatos profundamente diferentes entre si, disputando o emprego, a seleção passa a ser configurada como um processo basicamente de comparação e da decisão.

ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOSQuestão de concurso:5Sobre cargos e saláriosa) O cargo consiste em um conjunto de tarefas e atribuições, deveres e responsabilidadesb) As descrições de cargos se preocupam com os requisitos necessários aos ocupantesc) A administração de salários parte da premissa que todo o cargo tem seu valor relativod) A avaliação de cargos é o processo de manter a consistência externa da estrutura de remuneração

indireta.

Devido a divisão do trabalho e a conseqüente especialização funcional, as necessidades básicas de recursos humanos para a organização - seja em quantidade, seja em qualidade - são estabelecidas 5 Resposta correta: D

Você em 1º lugar! 25

Page 26: 156019306 Assistente Em Administracao Pernambuco

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSatravés de um esquema de descrições e especificações dos cargos. As descrições dos cargos relacionam as tarefas, os deveres e as responsabilidades do cargo, enquanto as especificações de cargos se preocupam com os requisitos necessários ao ocupante. Assim, os cargos são preenchidos de acordo com essas descrições e especificações. O ocupante do cargo deve ter características pessoais compatíveis com as especificações do cargo, enquanto o papel a desempenhar será o conteúdo do cargo, registrado na descrição. Geralmente, a descrição do cargo relata impessoalmente o conteúdo do cargo, enquanto as especificações do cargo fornecem a percepção da organização a respeito das qualificações humanas desejáveis para o trabalho, expressas em termos de educação, experiência, iniciativa etc.

Como os cargos são projetados e desenhados à revelia do órgão de ARH, na grande maioria das organizações, resta então saber como foram projetados e desenhados pelos outros órgãos. Em outros termos, é preciso descrever e analisar os cargos para se conhecer seu conteúdo e especificações, para se poder administrar os recursos humanos neles aplicados.

O conceito de cargo se baseia em algumas noções fundamentais, a saber:

* Tarefa: são atividades individualizadas e executadas por um ocupante do cargo. Geralmente refere-se a cargos simples e repetitivos, como os cargos de horistas ou operários.

* Atribuição: são as atividades individualizadas, executadas por um ocupante do cargo. Geralmente refere-se a cargos que envolvem atividades mais diferenciadas, como os cargos de mensalistas ou funcionários.

* Função: é um conjunto de tarefas ( cargos horistas ) ou atribuições ( cargos mensalistas) é exercido de maneira sistemática e reiterada por um ocupante do cargo, ou por um indivíduo que, sem ocupar um cargo, desempenhe provisória ou definitivamente uma função. Para que um conjunto de tarefas ou atribuições constitua uma função, é necessário que haja reiteração em seu desempenho.

* Cargo: é um conjunto de funções com uma posição definida na estrutura organizacional, isto é, no organograma. Posicionar um cargo em um organograma é definir quatro coisas: o seu nível hierárquico, a área ou departamento onde está localizado, o seu superior hierárquico (a quem presta responsabilidade) e o seu subordinados (sobre os quais exerce autoridade).

Assim, um cargo pode ser conceituado como um conjunto de funções (composto de tarefas ou atribuições previamente determinadas) que ocupa uma posição formal no organograma.

Todo cargo possui um ou mais ocupantes. Ocupante é a pessoa designada para ocupar as funções especificas do cargo, bem como para exercer a autoridade e responsabilidade inerentes a posição que o cargo ocupa no organograma.

ADMINISTRAÇÃO DE SALÁRIOSEm uma organização, cada função ou cada cargo tem o seu valor. Só se pode remunerar com justeza

e eqüidade os ocupantes de um cargo se conhecer o valor desse cargo em relação aos demais cargos da organização e à situação de mercado. Como a organização é um conjunto integrado de cargos em diferentes níveis hierárquicos e em diferentes setores de especialidade, a Administração de Salários é um assunto que abarca a organização como um todo, repercutindo em todos os seus níveis e setores.

Assim sendo, pode-se definir Administração de Salários como o conjunto de normas e procedimentos que visam a estabelecer e/ou manter estruturas de salários eqüitativas e justas na organização. Essas estruturas de salários deverão ser eqüitativas e justas com relação: aos salários em relação aos demais cargos da própria organização, visando-se pois, ao

equilíbrio interno desses salários; e

Você em 1º lugar!26

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

aos salários em relação aos mesmos cargos de outras empresas que atuam no mercado de trabalho, visando-se, pois, ao equilíbrio externo dos salários.

O equilíbrio interno (ou consistência interna de salários), é alcançado por meio de informações internas obtidas através da avaliação e classificação de cargos, assentadas sobre um prévio programa de descrição e análise de cargos. O equilíbrio externo (ou consistência externa dos salários) é alcançado por meio de informações externas obtidas através da pesquisa de salários. Com essas informações internas e externas, a organização define uma política salarial normalizando os procedimentos a respeito da remuneração do pessoal. Essa política salarial constitui sempre um aspecto particular e específico das políticas gerais de organização.

Com o estabelecimento e/ou manutenção de estruturas de salários equilibradas, a Administração de Salários propõe-se a atingir os seguintes objetivos:

• remunerar cada empregado de acordo com o valor do cargo que ocupa;• recompensá-lo adequadamente pelo seu desempenho e dedicação;• atrair e reter os melhores candidatos para os cargos, de acordo com os requisitos exigidos para

seu adequado preenchimento;• ampliar a flexibilidade da organização, dando-lhe os meios adequados à movimentação do

pessoal, racionalizando as possibilidades de desenvolvimento e encarreiramento;• obter dos empregados a aceitação dos sistemas de remuneração adotados pela empresa;• manter equilíbrio entre os interesses financeiros da organização e a sua política de relação com os

empregados; e• facilitar o processamento da folha de pagamento.

AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE CARGOSAvaliação de cargos é um termo genérico que abarca um número de técnicas por intermédio

das quais se aplica critérios comuns de comparação de cargos para se conseguir uma estrutura lógica, eqüitativa, justa e aceitável de cargos. A avaliação de cargos é o "processo de analisar e comparar o conteúdo de cargos no sentido de colocá-los em uma ordem de classes, as quais podem ser usadas como base para um sistema de remuneração. Todavia, é simplesmente uma técnica projetada para assessorar o desenvolvimento de uma nova estrutura de salários que define as relatividades entre os cargos sobre uma base consistente e sistemática". Em outras palavras, a avaliação de cargos relaciona-se fundamentalmente com o preço para o cargo.

Avaliação de cargos (Job Evaluation) é um meio de determinar-se o valor relativo de cada cargo dentro da estrutura organizacional e, portanto, a posição relativa de cada cargo dentro da estrutura de cargos da organização. No sentido estrito, a avaliação de cargos procura determinar a posição relativa de cada cargo com os demais: as diferenças significativas entre os diversos cargos são colocadas em uma base comparativa a fim de permitir uma distribuição eqüitativa dos salários dentro de uma organização, para neutralizar qualquer arbitrariedade.

→ OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE CARGOSExistem várias maneiras de determinar e administrar sistemas de pagamento. A avaliação de

cargos está relacionada com a obtenção de dados que permitirão uma conclusão acerca do preço para cada cargo, indicando as diferenças essenciais entre os cargos, seja quantitativa ou qualitativamente. Algumas vezes, a avaliação de cargos é complementada por outros procedimentos, como negociações com sindicatos, pesquisas de mercado de salários, etc.

Os métodos de avaliação de cargos podem ser divididos em dois grandes grupos:

Métodos não quantitativos: 1. Escalonamento de cargos2. Categorias predeterminadas

Métodos quantitativos 3. Comparação por fatores4. Avaliação por pontos

Você em 1º lugar! 27

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSTodos os métodos de avaliação de cargos são eminentemente comparativos: ou comparam os

cargos entre si ou comparam os cargos com alguns critérios (categorias ou fatores de avaliação) tomados como base de referência.

O ponto de partida para qualquer esquema de avaliação de cargos é obter informações a respeito dos cargos concernentes, através da análise de cargos para se tomar as decisões comparativas sobre eles. A avaliação de cargos enfatiza a natureza e o conteúdo dos cargos e não as características das pessoas que os ocupam. Para tanto a avaliação de cargos deve fundamentar-se nas informações prestadas pela análise de cargos.

Figura: A análise do cargo e suas informações à avaliação do cargo.

→ COMISSÃO DE AVALIAÇÃOA comissão de avaliação de cargos geralmente é composta de:Membros permanentes ou estáveis - são os membros que deverão participar de todas as

avaliações da organização. Ex.: o Gerente de Recursos Humanos e o executivo responsável pela administração de salários.

Membros provisórios - são os membros que deverão opinar exclusivamente nas avaliações dos cargos situados sob sua supervisão, tendo, portanto, atuação parcial no plano de avaliação de cargos.

→ CLASSIFICAÇÃO DE CARGOSDe acordo com os resultados da avaliação, os cargos podem ser classificados visando reunir

aqueles que têm valor relativo em classes de cargos. O agrupamento dos cargos em classes visa facilitar não somente a administração salarial, mas também permitir que cada classe de cargos tenha um tratamento genérico em termos de benefícios sociais regalias e vantagens, sinais de status etc.

A classificação dos cargos, geralmente, é fixada arbitrariamente. Para o propósito de estabelecer salários, é costume dividir as séries em graus ou grupos de cargos (classes de cargos), para as quais são atribuídas faixas de classes de salários com limites máximos e mínimos. No final,

Você em 1º lugar!28

CONTEÚDODO CARGO

O que faz

Quando faz

Como faz

Onde faz

Por que faz

Tarefas ou atribuições executadas

Diariamente SemanalmentePeriodicidade Mensalmente Anualmente Esporadicamente

Pessoas supervisionadasMáquinas ou equipamentos utilizadosMateriais utilizadosDados ou informações utilizados

Ambiente de trabalhoLocal

e Atividade parada ou em movimentoPostura

De pé ou sentado

Objetivos do cargo

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScada classe passa a ter um relativo grau de importância, e todos os cargos nela contidos passam a ter igual tratamento.

Alguns métodos de avaliação de cargos tendem a proporcionar automaticamente uma classificação de cargos. É o caso do método do escalonamento e das categorias premeditadas. Outros métodos, como o de avaliação por pontos, proporcionam certo número de pontos para cada cargo, permitindo que a classificação dos cargos seja feita por classes de pontos.

Existem vários critérios para classificação de cargos:

a) Classificação por pontos:Os cargos são agrupados em classes de acordo com intervalos de pontos:

Classes de cargos: Amplitude de pontos:123---

até 100101 a 200201 a 300

---

Exemplo de classificação de cargos por pontos.

Escriturário Ib) Classificação por cargos de carreira: Escriturário II

Escriturário III

Engenheiro Civilc) Classificação por grupo ocupacional: Engenheiro Eletricista

Engenheiro Químico

Gerente de FinançasTesoureiro

d) Classificação por área de serviços: ContadorSub-contadorCaixa etc.

Secretária JúniorSecretária Português

e) Classificação por categoria: Secretária bilíngüeSecretária Executiva

PESQUISA SALARIALVimos que a administração de salários procura não somente obter o equilíbrio interno de

salários dentro da organização, como também obter o equilíbrio externo de salários em relação ao mercado de trabalho.

Assim, antes de se definir as estruturas salariais da empresa convém analisar os salários da comunidade. Para tanto a empresa poderá:

a) utilizar pesquisas feitas por empresas nas quais tenha participado;b) utilizar pesquisas feitas por empresas especializadas;c) promover a sua própria pesquisa salarial;

A montagem de uma pesquisa de salários deve levar em conta:

Você em 1º lugar! 29

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CA

RG

O

SE

ÇÃ

O

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS1) Quais os cargos pesquisados (cargo de referência);2) Quais as companhias participantes.3) Qual a época da pesquisa (periodicamente).

A pesquisa de salários pode ser feita através de: Questionários. Visitas a empresas. Reuniões em especialistas em salários. Telefonemas entre especialistas em salários.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHOO procedimento para avaliar o pessoal é comumente denominado avaliação do

desempenho, e é geralmente elaborado a partir de programas formais de avaliação, baseados em uma razoável quantidade de informações a respeito dos empregados e de seu desempenho no cargo.

Toda avaliação é um processo para estimar ou julgar o valor, a existência, as qualidades ou o status de algum objeto ou pessoa.

A Avaliação do Desempenho constitui uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa. É um meio através do qual se podem localizar problemas de supervisão de pessoal, de integração do empregado à empresa ou ao cargo que presentemente ocupa, de não-aproveitamento de empregados com potencial mais elevado que aquele que é exigido pelo cargo, de motivação etc. de acordo com os tipos gerais de problemas identificados, a Avaliação do Desempenho pode colaborar na determinação e no desenvolvimento de uma política adequada às necessidades da empresa.

A Avaliação do Desempenho não é um fim em si mesma, mas um instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar os resultados dos recursos humanos da empresa. Para alcançar esse objetivo básico – melhorar os resultados dos recursos humanos da empresa -, a Avaliação de Desempenho procura alcançar uma variedade de objetivos intermediários.

1. adequação do indivíduo ao cargo2. treinamento3. promoções4. incentivo salarial ao bom desempenho5. melhoria das relações humanas entre superiores e subordinados6. auto-aperfeiçoamento do empregado7. informações básicas para pesquisa de recursos humanos8. estimativa do potencial de desenvolvimento dos empregados9. estímulo à maior produtividade10. oportunidade de conhecimento dos padrões de desempenho da empresa11. feedback de informações ao próprio indivíduo avaliado12. outras decisões, como transferências, dispensas, etc.

Você em 1º lugar!30

IND

IVÍD

UO

DE

PA

RT

AM

EN

TO

EM

PR

ES

A

ME

RC

AD

O D

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RA

BA

LH

O

MA

CR

O-A

MB

IEN

TE

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Figura: Os diversos estratos que envolvem o indivíduo.

CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS MÉTODOSHá vários métodos de avaliação do desempenho humano, e cada um apresenta vantagens

e desvantagens e relativa adequação a determinados tipos de cargos e situações. Podem-se, portanto, utilizar várias sistemáticas de avaliação de desempenho, como estruturar cada uma delas em um método diferente, adequado ao tipo e às características dos avaliados e ao nível e às características dos avaliadores. Essa adequação é de importância fundamental para o bom funcionamento e para a obtenção dos resultados do método.

MÉTODO DA ESCALA GRÁFICAO método da escala gráfica é o método de avaliação do desempenho mais utilizado e

divulgado.CARACTERÍSTICAS utiliza formulário de dupla entrada, no qual as linhas em sentido

horizontal representam os fatores de avaliação do desempenho, enquanto as colunas em sentido vertical representam os graus de variação daqueles fatores.

Os fatores são previamente selecionados para definir em cada empregado as qualidades que se pretendem avaliar. Cada fator é definido com uma descrição sumária, simples e objetiva, para evitar distorções. Quanto melhor esta descrição, maior a precisão do fator. Por outro lado, é dimensionado um desempenho naquele fator, que vai desde o fraco ou insatisfatório até o ótimo ou muito satisfatório.

EXEMPLOS DE ESCALAS• ESCALA GRÁFICA CONTÍNUA

1 5

No caso, há um limite mínimo e um limite máximo de variação do fator e a avaliação pode ser feita em qualquer ponto dessa amplitude de variação do fator.

• ESCALA GRÁFICA SEMICONTÍNUA

1 2 3 4 5

Você em 1º lugar! 31

Quantidadede

produçãoProduçãoacima do esperado

Produçãoabaixo doexigido

Quantidadede

produçãoProduçãoacima do esperado

Produçãoabaixo do

exigido

Page 32: 156019306 Assistente Em Administracao Pernambuco

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSO tratamento é idêntico ao das Escalas Contínuas, com a diferença apenas da inclusão de

pontos intermediários entre os pontos extremos (linha inferior e limite superior da escala), para facilitar a avaliação.

Outras vezes, os fatores de avaliação do desempenho podem estar agrupados em um único gráfico, e seus pontos extremos e intermediários podem ser resumidamente definidos, como mostrado a seguir:

Fatores Conhecimentos indispensáveis para um vendedor típico de produtos industriais

Área deConhecimento

Nível atingido (graus)

Muito Fraco(0)

Fraco(1)

Regular(2)

Bom(3)

Ótimo(4)

(A)A empresa

Pouco ou nenhum

conhecimento

Conhece em profundidade a história, as diretrizes e os procedimentosPonto de vista administrativo

(B)O produto

Pouco ou nenhum

conhecimento

Excelente conhecimento técnico dos materiais, processos de produção e outros aspectos

(C)O cliente

Pouco ou nenhum

conhecimento

Conhecimento extenso dos usosAplicações e problemasUm conselheiro e consultor para o cliente

(D)A concorrência

Pouco ou nenhum

conhecimento

Conhecimento profundo das linhas concorrentesConhece a orientação e os métodos dos competidores

(E)Técnicas de

venda

Pouco ou nenhum

conhecimento

Bastante eficiente na venda direta a indivíduos e gruposFala muito bem e conhece técnicas de venda

(F)Conhecimentos

técnicos

Pouco ou nenhum

conhecimento

Treinamento em engenharia com experiência especializadaApto a solucionar problemas complexos de produção

(G)Negócios em

geral

Pouco ou nenhum

conhecimento

Conhecimento de economia, treinamento técnico e prático em negócios

• ESCALA GRÁFICA DESCONTÍNUA

1 2 3 4 5

A posição das marcações já está previamente fixada e o avaliador deverá escolher uma das marcações para avaliar o desempenho do subordinado.

Você em 1º lugar!32

Quantidadede

produçãoProduçãoacima do esperado

Produçãoabaixo do

exigido

Produçãoligeiramenteabaixo do

exigido

Produçãoconformeo exigido

Produçãoligeiramente

acima doexigido

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSPara melhor facilidade nas avaliações, as escalas descontínuas são representadas por

quadros (gráficos) de duas entradas: nas entradas horizontais (linhas) são colocados os fatores de avaliação do desempenho e nas entradas verticais (colunas) são colocados os graus ou graduações dos fatores.

Em outros casos, as escalas gráficas descontínuas são elaboradas em quadros, dentro dos quais são definidas as características de cada fatos de avaliação em cada grau.

MÉTODO DE PESQUISA DE CAMPOÉ um método de avaliação de desempenho desenvolvido com base em entrevistas com o

superior imediato, através das quais se verifica e avalia o desempenho dos subordinados, levantando-se as causas, as origens e os motivos de tal desempenho, por meio de análise de fatos e situações. É um método de avaliação mais amplo, que permite, além de um diagnóstico do desempenho do empregado, a possibilidade de planejar juntamente com o superior imediato seu desenvolvimento na função e na empresa.

CARACTERÍSTICAS As sistemáticas convencionais de avaliação do desempenho geralmente são semestrais ou anuais e referem-se a dados relativos ao passado. Baseiam-se em objetivos da empresa e têm enfoque global sobre o comportamento dos empregados. Porém não atendem aos propósitos de um planejamento detalhado dos recursos humanos da empresa.

PLANO DE CARREIRAO plano de carreira é um importantes instrumento para as questões relacionadas à

remuneração e carreira profissional dentro de uma administração/organização. É o instrumento que define a trajetória de carreiras existente na empresa

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTOTreinamento é o processo educacional, aplicado de maneira sistemática e organizada,

através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. No sentido usado em administração, treinamento envolve a transmissão de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente a aspectos da organização, da tarefa e do ambiente, e desenvolvimento de habilidades. Qualquer tarefa, quer seja complexa ou simples, envolve necessariamente estes três aspectos. Para Flippo, dentro de uma concepção mais limitada, “treinamento é o ato de aumentar o conhecimento e perícia de um empregado para o desempenho de determinado cargo ou trabalho”. McGehee salienta que “o treinamento significava anteriormente educação especializada. Na indústria moderna, compreende todas as atividades que vão desde a aquisição da habilidade motora até o desenvolvimento do conhecimento técnico completo, o fornecimento de aptidões administrativas e de atitudes referentes a problemas sociais”. Segundo os princípios da National Industrial Conference Board, o treinamento tem por finalidade ajudar a alcançar os objetivos da empresa, proporcionando oportunidades aos empregados de todos os níveis de obterem o conhecimento, a prática e a conduta requeridos pela organização. Alguns autores vão além, como Hoyler, que considera o treinamento como um “investimento empresarial destinado a capacitar uma equipe de trabalho a reduzir ou eliminar a diferença entre o atual desempenho e os objetivos e realizações propostos. Em outras palavras e num sentido mais amplo, o treinamento é um esforço dirigido no sentido de equipe, com a finalidade de fazer a mesma atingir o mais economicamente possível os objetivos da empresa”. Neste sentido, o treinamento não é despesa mas investimento precioso cujo retorno é altamente compensador para a organização.

O conteúdo do treinamento pode envolver quatro tipos de mudanças de comportamento, a saber:

1- Transmissão de informações: o elemento essencial em muitos programas de treinamento é o conteúdo: repartir informações entre os treinandos como um corpo de conhecimentos. Normalmente, as informações são genéricas de preferência a informações sobre o trabalho como informações sobre a empresa, seus produtos e serviços, sua organização e políticas, regras e regulamentos, etc. Pode envolver também transmissão de novos conhecimentos.

Você em 1º lugar! 33

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS2- Desenvolvimento de habilidades: principalmente aquelas habilidades, destrezas e

conhecimentos diretamente relacionados com o desempenho do cargo atual ou de possíveis ocupações futuras. trata-se de um treinamento comumente orientado diretamente para as tarefas e operações a serem executadas.

3- Desenvolvimento ou modificação de atitudes: geralmente mudança de atitudes negativas para atitudes mais favoráveis entre os trabalhadores, aumento de motivação, desenvolvimento da sensibilidade do pessoal de gerência e de supervisão quanto aos sentimentos e reações das outras pessoas. Também pode envolver aquisição de novos hábitos e atitudes, principalmente em relação a clientes ou usuários (como é o caso de treinamento de vendedores, de balconistas, e etc) ou técnicas de vendas.

4- desenvolvimento de conceitos: o treinamento pode ser conduzido no sentido de elevar o nível de abstração e conceptualização de idéias e de filosofias, seja para facilitar a aplicação de conceitos na prática administrativa, seja para elevar o nível de generalização desenvolvendo gerentes que possam pensar em termos globais e amplos.

Esses quatro tipos de conteúdo do treinamento podem ser utilizados separadamente ou cunjuntamente. Em alguns programas de treinamento de vendedores, por exemplo, incluem-se transmissão de informações (sobre a empresa , sobre os produtos, sobre os clientes, mercado, etc), desenvolvimento de habilidades (preenchimento de pedidos, cálculo dos preços, etc) desenvolvimento de atitudes (como tratar o cliente, como se comportar, como conduzir o processo de venda, como argumentar e contornar as negativas do cliente, etc) e desenvolvimento de conceitos (principalmente relacionados com a filosofia da empresa e com a ética profissional).

Os principais objetivos do treinamento são:1- preparar o pessoal para execução imediata das diversas tarefas peculiares à

organização.2- proporcionar oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, não apenas em

seus cargos atuais, mas também para outras funções para as quais a pessoa pode ser considerada.

3- mudar a atitude das pessoas, com várias finalidades, entre as quais criar um clima mais satisfatório entre empregados, aumentar-lhes a motivação e torná-los mais receptivos às técnicas de supervisão e gerência.

O treinamento é uma responsabilidade de linha e função de staff. Do ponto de vista da administração, o treinamento sempre constitui uma responsabilidade administrativa. Em outros termos, “as atividades de treinamento repousam numa política que reconhece o treino como responsabilidade de cada administrador e supervisor. Aos administradores dar-se-á qualquer que seja a assistência especializada que eles devam ter, afim de enfrentar essa responsabilidade. Para realizar a política, pode-se providenciar treinadores de staff e divisões de treino especializadas”. No seu sentido mais amplo, o conceito de treinamento está implícito na tarefa gerencial, em todos os níveis. Seja na demonstração de um procedimento novo, fase por fase, seja ma explicação de uma operação tradicional, o supervisor ou gerente deve explanar, ensinar, acompanhar e comunicar.

→ O CICLO DO TREINAMENTOTreinamento é o ato intencional de fornecer os meios para possibilitar a aprendizagem.

Aprendizagem é um fenômeno que surge dentro do indivíduo como resultado dos esforços desse mesmo indivíduo. A aprendizagem é uma mudança no comportamento e ocorre no dia-a-dia e em todos os indivíduos. O treinamento deve simplesmente tentar orientar essas experiências de aprendizagem num sentido positivo e benéfico e suplementá-las e reforçá-las com atividade planejada, afim de que os indivíduos em todos os níveis da empresa possam desenvolver mais rapidamente seus conhecimentos e aquelas atitudes e habilidades que beneficiarão a eles mesmos e à sua empresa. Assim, o treinamento cobre uma seqüência programada de eventos, que podem ser visualizados como um processo contínuo cujo ciclo se remova a cada vez que repete.

O processo de treinamento assemelha-se a um modelo de sistema aberto, cujos componentes são:

entradas (inputs) como treinandos, recursos organizacionais etc.

Você em 1º lugar!34

Page 35: 156019306 Assistente Em Administracao Pernambuco

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSprocessamento ou operação (throughputs) como processos de aprendizagem individual o

programa de treinamento etc.saída (outputs) como pessoal habilitado, sucesso ou eficácia organizacional, etcretroação (feedback) como avaliações dos procedimentos e resultados do treinamento

através de meios informais ou de pesquisas sistemáticas.Em termos amplos, o treinamento envolve necessariamente um processo composto de

quatro etapas, a saber:1- Levantamento de necessidades de treinamento (diagnóstico)2- Programação de treinamento para atender às necessidades3- Implementação e execução4- Avaliação dos resultados.Essas quatro etapas formam um processo cíclico.O treinamento - como responsabilidade de linha e função de staff - pode assumir uma

variedade de configurações nas organizações, indo desde um modelo extremamente centralizado no órgão de staff até um modelo extremamente descentralizado nos órgãos de linha. Estas duas situações devem ser atendidas como extremos de um continuum conforme mostra a figura a seguir. Obviamente, estes dois extremos não são satisfatórios. Para que realmente haja responsabilidade de linha e função de staff no treinamento, a situação preferida seria do modelo equilibrado, onde o órgão de linha assume a responsabilidade do treinamento e obtém a assessoria especializada do órgão de staff na forma de levantamento de necessidades e diagnóstico de treinamento e de programação de treinamento.

→ MEIOS DE LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTOO levantamento de necessidades de treinamento é uma forma de diagnóstico e, como tal,

deve basear-se em informações relevantes. Muitas dessas informações devem ser cuidadosamente coligadas e agrupadas sistematicametne, enquanto outras estão disponíveis às mãos de certos administradores de linha e uma função de staff: cabe ao administrador de linha a responsabilidade pela percepção dos problemas provocados pela carência de treinamento. Cabem a ele todas as decisões referentes ao treinamento, mesmo que utilize ou não os serviços de assessoria prestados por especialistas em treinamento.

Os principais meios utilizados para o levantamento de necessidades de treinamento são:1- Avaliação do desempenho - através da avaliação de desempenho é possível descobrir

não apenas os empregados que vêm executando suas tarefas abaixo de um nível satisfatório, mas também averiguar os setores da empresa que reclamam uma atenção imediata dos responsáveis pelo treinamento.

2- Observação - verificar onde haja evidência de trabalho ineficiente, como excessiva quebra de equipamento, atraso em relação ao cronograma, perda excessiva de matéria-prima, número acentuado de problemas disciplinares, alto índice de ausências, turnover elevado, etc.

3- Questionários - pesquisas através de questionários e listas de verificação (check lists) que coloquem em evidência as necessidades de treinamento.

4- Solicitação de supervisores e gerentes - quando a necessidade de treinamento atinge um nível muito alto, os próprios gerentes e supervisores tornam-se propensos a solicitar treinamento para o seu pessoal.

5- Entrevistas com supervisores e gerentes - contatos diretos com supervisores e gerentes, com referência a possível problema solucionável através de treinamento, geralmente surgem por meio de entrevistas com os responsáveis pelos vários setores.

6- Reuniões interdepartamentais - discussões interdepartamentais acerca de assuntos concernentes aos objetivos organizacionais, problemas operacionais, planos para determinados objetivos e outros assuntos administrativos.

7- Exame de empregados - testes sobre o conhecimento do trabalho de empregados que executam determinadas funções ou tarefas.

8- Modificação do trabalho - sempre que modificações totais ou parciais nas rotinas de trabalho sejam introduzidas, torna-se necessário o treinamento prévio dos empregados nos novos métodos e processos de trabalho.

9- Entrevista de saída - quando o empregado está deixando a empresa, é o momento mais apropriado para conhecer, não apenas sua opinião sincera sobre a organização, mas também as razões que motivaram sua saída. É possível que várias deficiências da organização, passíveis de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScorreção, venham à superfície.

10- Análise de cargos11- Relatórios periódicos da empresa ou de produçãoAlém dos meios acima citados existem alguns indicadores de necessidades de treinamento.

Esses indicadores servem para apontar eventos que provocarão fatalmente futuras necessidades de treinamento (indicadores a priori) ou problemas decorrentes de necessidades de treinamento já existentes (indicadores a posteriori).

1- Indicadores a priori: são os ventos que - se acontecerem - proporcionarão necessidades futuras de treinamento, facilmente previstas. Os indicadores a priori são:

expansão da empresa e admissão de novos empregadosredução do número de empregadosmudança de métodos e processos de trabalhosubstituições ou movimentações de pessoalfaltas, licenças e férias do pessoalexpansão dos serviçosmudanças nos programas de trabalho ou de produçãomodernização do maquinário e equipamentos

produção e comercialização de novos produtos ou serviços2- Indicadores a posteriori: são os problemas provocados por necessidades de

treinamento não atendidas. Esses problemas geralmente estão relacionados com a produção ou com o pessoal e servem como diagnóstico de treinamento:

a) Problemas de produção, como:qualidade inadequada da produçãobaixa produtividadeavarias freqüentes em equipamentos e instalaçõescomunicações defeituosastempo de aprendizagem e integração ao cargo muito prolongadodespesas excessivas na manutenção de máquinas e equipamentosexcesso de erros e desperdícioselevado número de acidentespouca versatilidade dos empregadosmau aproveitamento do espaço disponível etc.

b) Problemas de pessoal, como:relações deficientes entre o pessoalnúmero excessivo de queixaspouco ou nenhum interesse pelo trabalhofalta de cooperaçãofaltas e substituições em demasiadificuldade na obtenção de bons elementostendência a atribuir falhas aos outroserros na execução de ordens etc.

O levantamento de necessidades de treinamento deve fornecer as seguintes informações para que se possa traçar a programação de treinamento:

O QUE deve ser ensinado?QUEM deve aprender?QUANDO deve ser ensinado?ONDE deve ser ensinado?COMO se deve ensinar?QUEM deve ensinar?

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO “Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto das ações de uma empresa que envolvem

a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa.” (FRANÇA, 1997: 80)

“No contexto do trabalho esta abordagem pode ser associada à ética da condição humana. Esta ética busca desde a identificação, eliminação, neutralização ou controle de riscos ocupacionais observáveis no ambiente físico, padrões de relações de trabalho, carga física e mental requerida para cada atividade, implicações políticas e ideológicas, dinâmica da liderança empresarial e do poder formal até o significado do trabalho em si, relacionamento e satisfação notrabalho.” (p. 80).

Conforme LIMONGI e ALBUQUERQUE e FRANÇA, novos valores e demandas de Qualidade de Vida no Trabalho. os referidos autores, outras ciências têm dado sua contribuição ao estudo do QVT, tais como:

• Saúde – nessa área, a ciência tem buscado preservar a integridade física, mental e social do

ser humano e não apenas atuar sobre o controle de doenças, gerando avanços biomédicos e maior expectativa de vida.

• Ecologia – vê o homem como parte integrante e responsável pela preservação do sistema

dos seres vivos e dos insumos da natureza.

• Ergonomia – estuda as condições de trabalho ligadas à pessoa. Fundamenta-se na

medicina, na psicologia, na motricidade e na tecnologia industrial, visando ao conforto na operação.

• Psicologia – juntamente com a filosofia, demonstra a influência das atitudes internas e

perspectivas de vida de cada pessoa em seu trabalho e a importância do significado intrínseco das necessidades individuais para seu envolvimento com o trabalho.

• Sociologia – resgata a dimensão simbólica do que é compartilhado e construído

socialmente, demonstrando suas implicações nos diversos contextos culturais e antropológicos da empresa.

• Economia – enfatiza a consciência de que os bens são finitos e que a distribuição de bens,

recursos e serviços deve envolver de forma equilibrada a responsabilidade e os direitos da sociedade.

• Administração – procura aumentar a capacidade de mobilizar recursos para atingir

resultados, em ambiente cada vez mais complexo, mutável e competitivo.

• Engenharia – elabora formas de produção voltadas para a flexibilização da manufatura,

Armazenamento de materiais, uso da tecnologia, organização do trabalho e controle de processos.

“A expressão Qualidade de Vida tem sido usada com crescente freqüência para descrever certos valores ambientais e humanos, neglicenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico.” (WALTON apud RODRIGUES

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS1999: 81),

TABELACATEGORIAS CONCEITUAIS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO – QVT

CRITÉRIOS INDICADORES DE QVT 1. COMPENSAÇÃO JUSTA E ADEQUADA Eqüidade interna e externa

Justiça na compensação Partilha de ganhos de produtividade

2. CONDIÇÕES DE TRABALHO Jornada de trabalho razoável Ambiente físico seguro e saudável Ausência de insalubridade

3. USO E DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES

Autonomia Autocontrole relativo Qualidades múltiplas Informações sobre o processo total do trabalho

4. OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO E SEGURANÇA

Possibilidade de carreira Crescimento pessoal Perspectiva de avanço salarial Segurança de emprego

5. INTEGRAÇÃO SOCIAL NA ORGANIZAÇÃO

Ausência de preconceitos Igualdade Mobilidade Relacionamento Senso Comunitário

6. CONSTITUCIONALISMO Direitos de proteção ao trabalhador Privacidade pessoal Liberdade de expressão Tratamento imparcial Direitos trabalhistas

7. O TRABALHO E O ESPAÇO TOTAL DE VIDA

Papel balanceado no trabalho Estabilidade de horários Poucas mudanças geográficas Tempo para lazer da família

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Você em 1º lugar!38

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICATOSRelações trabalhistas ⇒ cuidam das questões referentes às políticas e diretrizes no campo das

relações entre capital e trabalho visando o cumprimento e a interpretação das normas legais

ligadas ao assunto (CLT, leis complementares, convenções e acordos coletivos de trabalho e

outros).

Relações Sindicais – Os sindicatos de trabalhadores reúnem trabalhadores assalariados de

mesma profissão, mesmo ramo industrial ou empresa, com o objetivo de representa-los nas

negociações junto aos patrões e o Estado, possibilitam aos funcionários atuarem coletivamente

para a proteção e promoção de seus interesses.

Negociação = processo no qual duas ou mais partes trocam bens ou serviços e tentam encontrar

um acordo quanto ao denominador comum para os mesmos.

Negociação Trabalhista – é o ponto principal de atuação da área de relações trabalhistas.

Negociação é um processo no qual duas ou mais partes com objetivos comuns e controversos, encontram-se para debater e discutir idéias e propostas claras com a finalidade de que se consiga um acordo.

Negociação é a maneira mais democrática de aparar as arestas e selar acordos, seja na vida pessoal ou profissional e está presente em todos segmentos da vida.

Numa negociação é fundamental preparar-se, planejando e procurando ter uma visão ampla do mercado e tudo que está inserido no contexto, conhecendo bem o seu produto, como funciona, seu benefício e o dos seus concorrentes, levando em consideração os interesses de ambos os lados, encontrando a melhor solução com habilidade, usando seu poder pessoal com propriedade e oportunidade, paciência, flexibilidade, determinação e objetividade, alcançando resultados dentro da margem a que se propõe. Sabendo que quando existe um problema como o outro ele deve ser identificado e solucionado no processo de negociação.

Etapas do Processo de Negociação:

Planejamento

Reconhecimento

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Negociação

Formalização

SAÚDE E SEGURANÇA NO AMBIENTE DE TRABALHO6QUESTÃO DE CONCURSO:1. No que se refere à segurança no trabalho, julgue o item a seguir se é certo ou errado.A segurança do trabalho pode ser definida como conhecimento, avaliação e controle dos riscos de acidentes.

De modo genérico, Higiene e Segurança do Trabalho constituem duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados. Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente na ausência de doença ou de enfermidade.

A Higiene do Trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. A higiene do trabalho está relacionada com o diagnóstico e com a preservação de doenças ocupacionais do estudo e controle de duas variáveis: o homem e seu ambiente de trabalho.

Um plano de higiene do trabalho geralmente envolve o seguinte conteúdo:1- Um plano organizado: envolve a prestação não apenas de serviços de médicos, como

também de enfermeiros e auxiliares, em tempo integral ou parcial, dependendo do tamanho da empresa.

2- Serviços médicos adequados: envolve dispensário de emergência e primeiros socorros, se for o caso. Essas facilidades devem incluir:

a) exames médicos de admissãob) cuidados quanto a injúrias pessoais, provocadas por moléstias profissionaisc) primeiros socorrosd) eliminação e controle de áreas insalubrese) registros médicos adequadosf) supervisão quanto à higiene de saúdeg) relações éticas e de cooperação com as famílias dos empregados doentesh) utilização de hospitais de boa categoriai) exames médicos periódicos de revisão e check-up.

3- Serviços adicionais: como parte do investimento empresarial sobre a saúde do empregado e da comunidade, incluindo:

a) programa informativo destinado a melhor os hábitos de vida e esclarecer sobre assuntos de higiene e de saúde. Supervisores, médicos de empresa, enfermeiros, e demais especialistas, poderão dar informações no decorrer do seu trabalho regular;

b) programa formal de convênios ou colaboração com entidades locais, para prestação de serviços de radiografia, recreativos, de ofertas de leituras, filmes, etc.

c) verificações interdepartamentais: entre supervisores, médicos e executivos, sobre sinais de desajustamento, que implicam mudanças de tipo de trabalho, de departamento ou de horário;

d) previsões de cobertura do trabalho para casos esporádicos de prolongado afastamento do trabalho por doença ou acidente, por meio de planos de seguro de vida em grupo, ou planos de seguro médico em grupo, ou, ainda, incluindo-se entre os benefícios sociais concedidos pela empresa. Dessa maneira, mesmo afastado do serviço, o empregado percebe o seu salário normal, que é completado por este plano;

e) extensão de benefícios médicos a empregados aposentados, incluindo planos de pensão

6 Resposta: 1. CVocê em 1º lugar!40

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSou de aposentadoria.

CONDIÇÕES AMBIENTAISO trabalho das pessoas é profundamente influenciado por três grupos de condições:

• Condições ambientais de trabalho: como a iluminação, temperatura, ruído, etc.• Condições de tempo: como duração da jornada de trabalho, horas extras, períodos

de descanso, etc.• Condições sociais: como organização informal, status, etc.

A higiene do trabalho ocupa-se do primeiro grupo: as condições ambientais de trabalho, embora não se descuide totalmente dos outros dois grupos.

Por condições ambientais de trabalho queremos referir-nos às circunstâncias físicas que envolvem o empregado enquanto ocupante de um cargo, na organização. É o ambiente físico que envolve o empregado, enquanto ele desempenha um cargo.

Os três itens mais importantes das condições ambientais de trabalho são: iluminação, ruído e condições atmosféricas.

ILUMINAÇÃOA iluminação refere-se à quantidade de luminosidade que incide no local de trabalho do

empregado. Não se trata da iluminação em geral, mas a quantidade de luz no ponto focal do trabalho. Assim, os padrões de iluminação são estabelecidos de acordo com o tipo de tarefa visual que o empregado deve executar: quanto maior a concentração visual do empregado em detalhes e minúcias tanto mais necessária a luminosidade no ponto focal de trabalho.

A má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o sistema nervoso, concorre para a má qualidade do trabalho e é responsável por razoável parcela dos acidentes. Um sistema de iluminação deve possuir os seguintes requisitos:

a) ser suficiente de modo que cada foco luminoso forneça toda quantidade de luz necessária a cada tipo de trabalho

b) ser constante e uniformemente distribuída de modo a evitar a fadiga dos olhos, decorrente das sucessivas acomodações, em virtude das variações da intensidade da luz. Deve-se evitar contrastes violentos de luz e sombra e as oposições de claro e escuro. Veja os níveis mínimos de iluminação para tarefas visuais no quadro a seguir:

Níveis mínimos de iluminação para tarefas visuais (em luxes).Classe 1 LUXESTarefas visuais variáveis e simples 250 a 500Classe 2Observação contínua de detalhes 500 a 1.000Classe 3Tarefas visuais contínuas e de precisão 1.000 a 2.000Classe 4Trabalhos muito delicados e de detalhes + de 2.000

A distribuição da luz pode ser:• Iluminação direta faz a luz incidir diretamente sobre a superfície iluminada. É a mais

econômica e a mais utilizada para grandes espaços. • Iluminação indireta faz a luz incidir sobre a superfície a ser iluminada por meio da

reflexão sobre paredes e tetos. É a mais dispendiosa. A luz fica oculta da visão por alguns dispositivos ou anteparos opacos.

• Iluminação semi-indireta combina os dois tipos anteriores, pelo uso de globos translúcidos para refletir a luz no teto e nas partes superiores das paredes, que a transmitem para a superfície a ser iluminada (iluminação indireta). Concomitantemente, alguma luz é difundida diretamente pelo globo (iluminação direta), havendo, portanto, dois efeitos luminosos.

• Iluminação semi-direta é aquela em que a maior parte da luz é dirigida diretamente à superfície a ser iluminada (iluminação direta), havendo, todavia, alguma luz que é

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSrefletida por intermédio das paredes e do teto.

c) ser disposta no sentido de não causar ofuscamento, ou resplandecência, que tragam fadiga à visão, em face da necessidade de constantes acomodações visuais.

RUÍDOO ruído é considerado, geralmente, como um som ou barulho indesejável. O som tem duas

características principais: a freqüência e a intensidade. A freqüência do som é o número de vibrações por segundo, emitidas pela fonte de ruído, e é medida em ciclos por segundo (cps). A intensidade do som é medida por decibéis (db). A evidência e as pesquisas feitas mostram que o ruído não provoca diminuição no desempenho do trabalho. Todavia, a influência do ruído sobre a saúde do empregado e, principalmente, sobre sua audição, é poderosa. A exposição prolongada a níveis elevados de ruído produz, de certa forma, perda de audição, proporcional ao tempo de exposição. Em outros termos quanto maior o tempo de exposição ao ruído maior o grau de perda da audição.

O efeito desagradável dos ruídos depende da:a) intensidade do somb) variação dos ritmos ou irregularidadesc) freqüência ou tom dos ruídos.

A intensidade do som varia enormemente. A menor vibração sonora audível corresponde a 1 decibel (1 db), enquanto os sons extremamente fortes costumam provocar sensação dolorosa a partir de 120 db. O quadro seguinte permite uma rápida idéia da intensidade do som:

A Portaria nº 491, de 16-09-65, do Ministério do Trabalho e Previdência Social, especifica que o nível máximo de intensidade de ruído em ambiente fabril é de 85 decibéis. Acima disto, o ambiente é considerado insalubre. Para alguns autores, ruídos entre 85 e 95 decibéis podem produzir danos auditivos crônicos, diretamente proporcionais às intensidades, freqüências e tempos de exposição.

O controle dos ruídos visa à eliminação, ou, pelo menos, à redução dos sons indesejáveis. Genericamente, os ruídos industriais podem ser:

a) contínuos (como máquinas, motores ou ventiladores)b) intermitentes (como prensas, ferramentas pneumáticas, forjas)c) variáveis (como pessoas que falam, manejo de ferramentas ou materiais).

Os métodos mais amplamente utilizados para o controle dos ruídos na indústria, geralmente, podem ser inclusos em uma das quatro classificações abaixo:

a) eliminação do ruído no elemento que o produz, mediante reparação ou novo desempenho da máquina, engrenagens, polias, correias, etc

b) separação da fonte do ruído, mediante anteparos ou montagem das máquinas e demais equipamentos sobre molas, feltros ou amortecedores de ruído

c) encerramento da fonte de ruído dentro de paredes à prova de ruídosd) tratamento dos tetos, paredes e solos em forma acústica para a absorção de ruídos.

CONDIÇÕES ATMOSFÉRICASAs condições atmosféricas que envolvem o cargo são, principalmente, a temperatura e a

umidade. Outros fatores também são importantes como ventilação, composição do ar, pressão barométrica, condições tóxicas.

Segurança no trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas. Seu emprego é indispensável para o desenvolvimento satisfatório do trabalho. É cada vez maior o número de empresas que criam seus próprios serviços de segurança. Dependendo do esquema de organização da empresa, os serviços de segurança têm a finalidade de estabelecer normas e procedimentos, pondo em prática os recursos possíveis para conseguir a prevenção de acidentes e controlando os resultados obtidos.

Você em 1º lugar!42

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSMuitos serviços de segurança não obtém resultados e até mesmo fracassam, porque não estão apoiados em diretrizes básicas bem delineadas e compreendidas pela direção da empresa ou porque não foram devidamente desenvolvidas em seus vários aspectos. O programa deve ser estabelecido partindo-se do princípio de que a prevenção de acidentes é alcançada pela aplicação de medidas de segurança adequadas e que só podem ser bem aplicadas por meio de um trabalho de equipe.

Um plano de segurança envolve necessariamente a segurança em si que é a responsabilidade que cada funcionário deve ter.

As condições de trabalho, o ramo de atividade, o tamanho, a localização da empresa etc., determinam os meios materiais preventivos.

a) a segurança não deve ficar restrita somente à área de produção. Os escritórios, depósitos etc., também oferecem riscos, cujas implicações afetam a empresa toda.

b) O problema de segurança envolve necessariamente a adaptação do homem ao trabalho (seleção de pessoal), adaptação do trabalho ao homem (racionalização do trabalho), além de fatores sócio-psicológicos, razão pela qual certas empresas vinculam a segurança ao órgão de Recursos Humanos.

c) A segurança no trabalho, em certas empresas, pode chegar a mobilizar elementos para o treinamento e doutrinação de técnicos e operários, controle de cumprimento de normas de segurança, simulação de acidentes, inspeção periódica dos equipamentos de combate a incêndios, primeiros socorros, e a escolha, aquisição e distribuição de uma série de peças de roupagem do pessoal (óculos de segurança, luvas, macacões, botas etc.), em determinadas áreas da empresa.

CORES DE SEGURANÇA NO TRABALHOCOR RELAÇÃO COR/LOCAL TUBULAÇÕES

Vermelho Equipamento de proteção contra fogo Materiais de combater incêndio.Amarelo Cuidado. Gases não liquefeitos.Branco Limitação de tráfego. Vapor.Preto Depósito de resíduo. Inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade.Azul Fonte de energia Ar comprimido.Verde Segurança. Água.Alaranjado Alerta. Produtos químicos não gasosos.Púrpura Radiação. -Cinza claro -Cinza escuro -Marrom -Alumínio -

Enfim, a segurança do trabalho tem três áreas principais, a saber:• Prevenção de Acidentes;

• Prevenção de Roubos;

• Prevenção de Incêndios.

Cabe, porém, ao funcionário, desenvolver, adotar e seguir os procedimentos para executar a correta técnica de segurança do trabalho.

Segurança também é qualidade. Qualidade da organização ou empresa, e qualidade de vida profissional.

FOLHA DE PAGAMENTO, BENEFÍCIOS SOCIAIS, OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS

Benefícios sociais são aquelas facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as empresas oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação. Podem ser financiados, parcial ou totalmente, pela empresa; contudo, constituem sempre meios indispensáveis na manutenção de força de trabalho dentro de um nível satisfatório de moral e

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSprodutividade.

Os serviços e benefícios sociais têm história recente e estão intimamente relacionados com a gradativa conscientização da responsabilidade social da empresa. As origens e o crescimento acelerado dos planos de serviços e benefícios sociais devem-se aos seguintes fatores:

1) nova atitude do empregado quanto aos benefícios sociais;2) exigências dos sindicatos;3) legislação trabalhista e previdenciária imposta pelo governo;4) competição entre as empresas na disputa pelos recursos humanos disponíveis, seja para

atraí-los ou para mantê-los;5) controles salariais exercidos pelo governo, principalmente no caso de salários elevados,

seja no caso da regulamentação de índices oficiais de reajustamento salarial por dissídio ou acordo sindical, seja no caso de controles indiretamente efetuados nos reajustes de preços dos produtos ou serviços;

6) altos impostos atribuídos às empresas; estas passaram a localizar e a explorar meios lícitos de fazerem deduções de suas obrigações tributárias.

Em muitas empresas muitas empresas brasileiras, o aparecimento dos planos de serviços e benefícios sociais foi totalmente orientado para uma perspectiva paternalista e limitada, justificada geralmente pela preocupação de reter mão-de-obra e baixar a rotação de pessoal. Esta preocupação, embora muito maior nas empresas cujas atividades se desenvolvem-se em condições rudes e adversas e onde se torna crítica a definição de incentivos monetários e não monetários para fixar o pessoal, logo se espalhou às demais empresas.

Hoje, os serviços e benefícios sociais, além do aspecto competitivo no mercado de trabalho, constituem-se em atividades da empresa voltadas para a preservação das condições físicas e mentais dos seus empregados. Além da saúde, as atitudes dos empregados são os principais objetos desses planos.

→ TIPOS DE BENEFÍCIOS SOCIAISOs planos de serviços e benefícios sociais geralmente são planejados para auxiliar o

empregado em três áreas de sua vida:1 - no exercício do cargo (como gratificações, seguro ,de vida, prêmio de produção etc.)2 - fora do cargo, mas dentro da empresa (lazer, refeitório, cantina, transporte etc.)3 - fora da empresa, ou seja, na comunidade (recreação, atividades comunitárias etc.)

Os planos de serviços e benefícios sociais podem ser classificados de acordo com sua exigência, sua natureza e seus objetivos.

1. Quanto à exigência:Os planos podem ser classificados em legais ou espontâneos, conforme sua exigibilidade:

a) Benefícios legais: são os benefícios exigidos pela legislação trabalhista ou previdenciária, ou ainda por convenção coletiva entre sindicatos, tais como:

* 13º salário* Férias* Aposentadoria* Seguro de acidentes do trabalho* Auxílio Doença* Salário Família* Salário Maternidade* Horas Extras* Adicional por Trabalho Noturno* etc.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Alguns desses benefícios são pagos pela empresa, enquanto outros são pagos pelos órgãos previdenciários.

b) Benefícios espontâneos: são os benefícios concedidos por liberalidade das empresas, já que não são exigidos por lei, nem por negociação coletiva. São também chamados benefícios marginais (os americanos os denominaram fringe benefits). Incluem:

* Gratificações* Seguro de Vida em Grupo* Refeições* Transporte* Empréstimos* Assistência Médico-Hospitalar diferenciada mediante convênio.* Complementação de aposentadoria* etc.

2) Quanto a sua natureza:Os planos podem ser classificados em monetários ou não-monetários, conforme sua

natureza:

a) Benefícios Monetários: são os benefícios concedidos em dinheiro, geralmente através da folha de pagamento e gerando encargos sociais deles decorrentes.

* 13º salário* Férias* Aposentadoria* Complementação de Aposentadoria* Gratificações* Planos de Empréstimos* Complementação de salário nos afastamento prolongados por doença* Reembolso ou financiamento de remédios* etc.

b) Benefícios não-monetários: são os benefícios oferecidos na forma de serviços, ou vantagens, ou facilidades para os usuários, a saber:

* Refeitórios* Assistência Médico-hospitalar e odontológica* Serviço social e aconselhamento* Clube ou grêmio* Seguro de vida em grupo* Condução ou transporte de casa para a empresa para casa* Horário móvel de entrada e saída do pessoal de escritório* etc.

3) Quanto aos objetivosOs planos podem ser classificados em relação aos seus objetivos em assistenciais,

recreativos e supletivos.

a) Planos assistenciais: são os benefícios que visam prover o empregado e sua família de certas condições de segurança e previdência em casos de imprevistos ou emergências, muitas vezes, fora de seu controle ou de sua vontade. Incluem:

* Assistência médico-hospitalar.* Assistência odontológica.* Assistência financeira através de empréstimos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS* Serviço Social.* Complementação de Aposentadoria* Complementação de Salários nos afastamentos prolongados por doença.* Seguro de Vida em Grupo.* Seguro de Acidentes Pessoais; etc.

b) Planos recreativos: são serviços e benefícios que visam proporcionar ao empregado condições de repouso, diversão, recreação, higiene mental ou lazer construtivo. Em alguns casos, esses benefícios também se estendem à família do empregado. Incluem:

* Grêmio ou Clube.* Áreas de lazer nos intervalos de trabalho.* Música ambiente.* Atividades esportivas.* Passeios e excursões programadas.* Etc.

Algumas atividades recreativas são saturadas de objetivos sociais, como é o caso de festividades e congraçamentos, visando ao fortalecimento da organização informal.

c) Planos supletivos: são serviços e benefícios que visam proporcionar aos empregados certas facilidades, conveniências e utilidades, para melhorar sua qualidade de vida. Incluem:

* Transporte ou condução do pessoal* Restaurante no local de trabalho.* Estacionamento privativo dos empregados.* Horário móvel de trabalho.* Cooperativa de gêneros alimentícios.* Agência bancária no local de trabalho.* Etc.

Os planos supletivos constituem aquelas facilidades que, se a empresa não as oferece, o empregado teria de provê-las por si próprio.

Um plano de benefícios sociais geralmente é oferecido no sentido de atender a um leque diferenciado de necessidade dos empregados. Dentro dessa concepção de atendimento às necessidades humanas, os serviços e benefícios sociais constituem um software de suporte ou, em outros termos, um esquema integrado capaz de satisfazer aqueles fatores insatisfacientes (ambientais ou higiênicos), bem como alguns fatores satisfacientes (motivacionais ou intrínsecos) descritos por Herzberg, tratados anteriormente por este livro. Para tanto, torna-se necessária uma composição integrada de serviços e benefícios aos empregados. Essa integração deve ser tanto vertical como horizontal. A integração horizontal refere-se a sincronização de todos os serviços e benefícios sociais oferecidos a um determinado nível hierárquico de empregados, enquanto que a integração vertical se refere à integração dos diferentes planos oferecidos aos vários níveis de empregados.

Em resumo, os planos de benefícios sociais estão geralmente apontados para certos objetivos. Os objetivos referem-se às expectativas de curto e longo prazos da empresa, em relação aos resultados dos planos. Quase sempre, os objetivos básicos dos planos de benefícios sociais são:

* Melhoria da qualidade de vida dos empregados* Melhoria do clima organizacional* Redução da rotação de pessoal e do absenteísmo.* Facilidade na atração e na manutenção de recursos humanos.* Aumento da produtividade em geral.

LEMBRE-SE

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSBenefícios sociais são facilidades, serviços, conveniências e vantagens oferecidas pela

organização aos seus participantes. São recompensas e suas origens são recentes. Quanto à sua exigência podem ser legais ou espontâneas; quanto a sua natureza, podem ser monetárias ou não monetárias; quanto aos seus objetivos, podem ser assistências, recreativos ou supletivos. No fundo os benefícios constituem meios de que a organização dispõe para satisfazer necessidades humanas (fisiológicas, de segurança, sociais, e de estima) no plano dos fatores higiênicos ou insatisfacientes.

Os custos dos planos de benefícios sociais podem ser totalmente pagos pela empresa, rateados proporcionalmente entre empresas e empregados ou pagos integralmente pelos empregados. Porém, devem ser sempre condicionados ao princípio da mútua responsabilidade, ou seja, seus custos devem ser compartilhados de alguma forma entre empresa e empregados.

Os objetivos dos planos de benefícios sociais estão voltados para vantagens tanto para a empresa, como, principalmente, para os empregados.

ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIALVeja questão de concurso realizado:A definição “Estuda e regula o relacionamento do profissional com sua clientela, visando a dignidade humana e a construção do bem-estar social”, refere-se a:a) Moralb) Filosofiac) Cidadaniad) Educaçãoe) Ética Profissional 7

Faz parte da ética do bom profissional o sigilo de assuntos que envolvam a empresa e sejam confidenciais.

Outrossim, quanto aos colegas e chefes, assuntos ou informações pessoais ou particulares devem ser fornecidas somente com autorização dos mesmos. Podem existir situações que não devem ser ventiladas ao público em geral, as quais devemos ter o discernimento de distingui-las, ou melhor, conhecê-las, e não fazem parte da necessidade do cliente saber, tais como estratégias da empresa, metodologia de trabalho, técnicas exclusivas de abordagem à um cliente, entre inúmeras outras. Tais conhecimentos devem ser mantidos em sigilo se assim forem determinados.

Sabemos que inúmeras situações fazem parte da discrição, não só nas empresas, como na nossa vida pessoal, ou a de colegas. O respeito à individualidade dos envolvidos, corresponde ao respeito do sigilo porventura exigido.

Como dissemos, é uma questão de ética não só pessoal como profissional.“Ética profissional é o conjunto de princípios que regem a conduta funcional de uma

determinada profissão.Existem princípios éticos comuns a todos os profissionais, mas cada profissão exige, de

quem a exerce, certos procedimentos que estejam de acordo com determinados padrões, de conduta profissional.

Todas as profissões tem sua ética específica, compreendendo a relação profissional com a sociedade, com o trabalho, com a clientela, com outros profissionais e consigo mesmo.

A ética profissional ensina os padrões de atendimento e os procedimentos profissionais.” (Professor Ignácio Neis)8

O que queremos dizer quando nos referimos à “ética”? Sem querer buscar definições

7 Respostas: E8 NEIS. Ignácio Valentim. Telefonista e Recepcionista. 1ª ed. Porto Alegre : 1999

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A ética deve fundar-se no bem comum, no respeito aos direitos do cidadão e na busca de uma vida digna para todos. Ferreira Gullar

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSartificiais, podemos tentar descobrir no nosso próprio uso comum do termo “ética” algumas indicações que esclareçam seu sentido.9

Um primeiro sentido identificável no nosso uso comum da palavra “ética” tem a ver com o uso dessa palavra em expressões como “ética médica”, “ética jornalística”, “ética do servidor público”, “ética do administrador”, etc. Nesse sentido, “ética” significa um padrão a que determinado conjunto de pessoas (geralmente definido em termos profissionais) está submetido na medida em que atua como médico, jornalista, servidor público, administrador, etc. Esse padrão muitas vezes manifesta-se ou expressa-se na forma de códigos de ética. Naturalmente, esse padrão restrito ao grupo a que se dirige deve, ao ser fixado, respeitar dois limites: o limite imposto pela lei (não faz, obviamente, sentido tentar usar esse padrão para legitimar ações ou comportamentos ilegais) e o limite imposto pelo padrão mais geral da sociedade a que pertence esse grupo (igualmente, não é aceitável que o padrão ético de um grupo dentro da sociedade mais ampla use esse padrão para criar exceções éticas para si mesmo).

Mas “ética” aparece também em nosso discurso comum com um segundo sentido, bastante diferente.

Muitas vezes usamos “ética” já com um sentido valorativo: quando dizemos de uma pessoa que ela é “ética” estamos, em geral, aprovando-a, isto é, estamos dizendo que essa pessoa age de forma correta, boa, aceitável, etc. Como é fácil de ver, esses dois sentidos de “ética” aproximam-se e combinam-se, formando o sentido geral do que queremos dizer quando falamos comumente de “ética”: quando aprovamos a atuação, por exemplo, de um médico ou de um jornalista, dizendo que ele é “ético”, estamos querendo dizer que segue o padrão que define sua atuação como médico ou jornalista.

Quando se exige, portanto, ética no serviço público ou na vida pública em geral, o que se está pedindo é, antes de mais nada, que se fixe um padrão a partir do qual podemos, em seguida, julgar a atuação dos servidores públicos ou das pessoas envolvidas na vida pública. Mas, sobretudo, o que se exige é que a atuação dos servidores seja “ética”, no sentido valorativo apontado acima. Ou seja: não basta que exista o padrão, é necessário – e esse é o sentido mais sério da exigência – que o padrão seja efetivamente seguido e que isso transpareça de fato na atuação do serviço público.

Em suma, podemos dizer que ética, no sentido em que nos interessa aqui, é (ou diz respeito a) um padrão aplicável a um grupo bem definido, o qual nos permite avaliar agentes e suas ações como bons ou maus, certos ou errados, justos ou injustos, etc. Nesse sentido, promover a ética significa promover o conhecimento e a observância desse padrão. Na medida em que a preocupação com a promoção da ética institucionaliza-se em um programa de gestão, gerir a ética significa criar as condições institucionais adequadas (através da emissão de normas, procedimentos, treinamento, etc.) para a efetiva implementação desse padrão.

Talvez seja útil acrescentar uma última palavra sobre o sentido de “moral”. A rigor, “ética” e “moral” são termos sinônimos. A diferença entre ambos está apenas em que uma palavra vem da língua grega e a outra, da latina. “Moral” vem do latim mos, que quer dizer “costume”. “Ética” vem do grego ethos, que também quer dizer “costume”. Uma palavra é, assim, apenas a tradução da outra. Qualquer tentativa de estabelecer uma diferença entre elas, portanto, já supõe uma determinada teoria, uma determinada proposta teórica com uma perspectiva própria sobre o problema ético (ou moral). Para nossos fins, portanto, não vamos estabelecer nenhum sentido peculiar para “moral”, em contraste com “ética”. Apenas seguiremos o uso comum, que fala de “ética do servidor público”, de “comissões de ética”, de “promoção da ética” e não de “moral do servidor público”, de “comissões de moral”, etc.

VALORES E NORMAS : O PADRÃO ÉTICOTomado em geral, um “padrão ético”, que serve tanto para avaliar a atuação de um grupo no

sentido apontado quanto (o que é importante ressaltar) para orientar sua conduta, compreende, fundamentalmente, dois elementos: valores e normas. Fixar o padrão ético, assim, antes de mais nada, significa explicitar os valores que afirmamos e definir as normas que, ao serem seguidas, ajudam-nos a realizar esses valores.

Um valor é, genericamente, tudo aquilo que afirmamos merecer ser desejado. Valor é sempre um aspecto que, quando possuído por algo, dá-lhe um caráter positivo. Valores podem ter formas

9 REIS, Cláudio. Professor da UnB - Universidade de Brasília. Texto elaborado para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSvariadas.

Afirmamos, em primeiro lugar, que determinados fins devem ser desejados ou buscados. Dizemos, por exemplo, que ter saúde, ter felicidade, ter um grau razoável de conforto material, ter uma boa educação, etc., são coisas que merecem ser buscadas ou desejadas. Saúde, felicidade, conforto, educação, assim, são valores para nós e uma vida, por exemplo, que manifeste saúde, felicidade, etc. tem um sentido claramente positivo para nós. Também afirmamos que determinadas características das pessoas ou de suas ações merecem ser aprovadas. Dizemos, por exemplo, que uma pessoa

honesta ou veraz, uma ação corajosa ou uma pessoa temperante, etc., têm mérito. Honestidade, veracidade, coragem, temperança, etc., são, para nós, também valores, o que significa que devem ser cultivados e promovidos (em nós e nos outros), conferindo um caráter também claramente positivo àqueles que os manifestam em suas ações ou em seu comportamento em geral.

Os valores funcionam em geral como orientadores de nossas escolhas e decisões. Determinando quais são aquelas coisas que merecem ser desejadas, podemos mais facilmente estabelecer nossas preferências e, em função disso, escolher e decidir. Daí a importância de ter claro quais são nossos valores.

O outro elemento fundamental do padrão ético são as normas. Normas são regras cujo objetivo é realizar um valor. Se valorizamos a honestidade, por exemplo, é natural que aceitemos uma norma ou uma regra que proíba a mentira ou outra que diga que devemos sempre manter nossas promessas. Essas normas ou regras podem ter graus variados de generalidade. Há regras muito gerais, de ampla aplicação, como por exemplo, uma regra que dissesse: “Faça sempre aquilo que resultar no maior benefício para o maior número”.

Essas regras muito gerais são freqüentemente chamadas, especialmente no contexto da ética filosófica, de princípios. Um princípio, como o próprio nome já indica, é um começo: é algo que é posto no início, como base ou fundamento. Há princípios de vários tipos, em vários domínios. Há princípios matemáticos (os axiomas, por exemplo), há princípios lógicos (o da não-contradição, por exemplo) e há princípios morais. Há muitos princípios morais, alguns de origem religiosa, outros de origem filosófica. A famosa “regra de ouro”, por exemplo, encontrável, em várias versões, em inúmeras tradições religiosas, é um princípio, no sentido definido antes. Na tradição filosófica, dois princípios são particularmente importantes. Um deles é o “princípio da maior felicidade” (que já citamos logo acima, em uma de suas possíveis versões), proposto pelos filósofos chamados de “utilitaristas”, que diz que devemos agir de tal maneira a promover a maior felicidade (entendida por eles, em geral, em termos de bem-estar) do maior número possível dos afetados por nossa ação. Outro é o “imperativo categórico”, proposto pelo filósofo alemão I. Kant, que diz que devemos agir de

tal modo que possamos querer que a regra escolhida para nossa ação possa ser uma lei universal e que nunca devemos tratar as outras pessoas apenas como meios, mas sempre como fins. Essas são regras gerais, aplicáveis a todos os casos.

Os princípios, entendidos assim, como regras muito gerais, podem ser úteis para guiar nosso raciocínio sobre questões éticas. Muitas vezes, encontrar um princípio geral que subsuma o caso particular sobre o qual julgamos justifica nosso juízo particular. Além desse papel de justificação, os princípios funcionam também como elementos de previsibilidade, servindo como barreiras contra a arbitrariedade.

Quando dizemos de alguém que é uma “pessoa de princípios”, estamos querendo dizer também que é uma pessoa que age de forma regrada e não de forma arbitrária, de tal maneira que,

com ela, pode-se interagir e cooperar. Finalmente, princípios, funcionando ainda como elementos de previsão, também servem para guiar nossas escolhas, do mesmo modo que nossos valores. Assim, fixar nossos princípios, tal como fixar nossos valores, é importante para orientar nossas decisões e escolhas, bem como para pôr às claras as bases éticas de nossa convivência.

Valores e normas compõem, então, essencialmente nosso padrão ético. Fixando-os e definindo-os estabelecemos também, por extensão, nosso padrão. Mas é importante que procuremos incluir também aqueles comportamentos que vão além do que é estritamente exigido pelas regras. Nem todos os valores deixam-se capturar completamente por normas ou regras. As normas ou regras, em geral, limitam-se a enunciar obrigações e proibições. Mas pode haver certos comportamentos que, embora valorizados, não são exatamente exigidos ou obrigatórios. Muito do que

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSse inclui sob o nome de “solidariedade”, por exemplo, cai sob este caso. É importante, portanto, que tenhamos clareza também sobre esses comportamentos ideais, tomando, no entanto, o cuidado necessário contra o possível abuso das idealizações.

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E PATRIMÔNIO:

A IMPORTÂNCIA DA ÁREA DE MATERIAIS, ORGANIZAÇÃO DA ÁREA DE MATERIAIS, LOGÍSTICA DE ARMANEZAGEM, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃOA meta principal de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre o capital investido,

seja em fábricas, equipamentos, financiamentos de vendas, reserva de caixa ou em estoques. Para atingir o lucro máximo, ela deve usar o capital para que não permaneça inativo; caso haja maior necessidade, ela emprestará ou tirará dinheiro de um dos cinco itens acima mencionados. Espera-se então, que o dinheiro investido em estoques seja o lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das vendas.

O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso eficiente dos meios de planejamento e controle, minimizando as necessidades de capital para o estoque. Os estoques de produto acabado, matéria-prima e material em processo não podem ser vistos independentemente. Seja qual for a decisão tomada sobre qualquer um desses tipos, ela deverá ter influências sobre as demais. Esta regra é esquecida nas estruturas de organização tradicionais.

Um sistema de materiais deve estabelecer uma integração desde a previsão de vendas, passando pelo planejamento de programa-mestre de produção, até a produção e a entrega do produto final. Deve estar envolvido na alocação e no controle da maior dos principais recursos de uma empresa: fabricação, equipamento, mão-de-obra e materiais.

Quando o volume de dinheiro é pequeno ou quando existe restrição financeira, a utilização de um sistema integrado de Administração de Materiais, visando à operacionalização, de forma eficaz, das necessidades reais da empresa e adaptando-se a variações e restrições do mercado, é fundamental para a manutenção de sua performance.

Uma tradicional organização de um sistema de Materiais pode ser dividida nas seguintes áreas de concentração:

Controle de estoque; Compras; Almoxarifado; Planejamento e controle da produção; Importação; Transportes e distribuição.

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS “é o planejamento, coordenação, direção e controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais para a formação de estoques, desde o momento de sua concepção até seu consumo final.”

As principais atividades:

cadastramento, que compreende as atividades de classificar, especificar e codificar,

gerenciamento do estoque, que compreende as atividades de formação do estoque,

obtenção do material, que compreende a atividade de comprar,

guarda do material, que compreende a atividade de receber, armazenar, conservar e

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O objetivo fundamental da administração de materiais é determinar quando e quanto adquirir para repor o estoque.

Sua principal meta é atingir o equilíbrio ideal entre estoque e consumo.

A administração de materiais coordena as atividades de gerenciamento de materiais, gestão, compras e armazenagem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSdistribuir.

As mercadorias e materiais que entram ou saem da empresa passam necessariamente pelo Estoque, seja por aquisição de matérias-primas e outros insumos para as áreas produtivas da empresa, seja por aquisição de mercadorias para serem, posteriormente, revendidas, seja por devolução de mercadorias com defeitos ou, ainda, por devolução de um cliente que cancelou a compra.

A mercadoria que entra na empresa vem sempre acompanhada de uma Nota Fiscal-Fatura emitida pelo fornecedor ou de uma Nota Fiscal-Fatura de devolução do cliente que devolveu a mercadoria.

Confere-se os dados da Nota Fiscal-Fatura expedida pelo fornecedor com o Pedido de Fornecimento, emitido pelo Setor de Compras da empresa adquirente, ou com o Pedido de Compras, emitido pelo fornecedor. Devem coincidir, obrigatoriamente, quantidade e características dos produtos, preços e condições de pagamento em ambos os documentos.

No caso de mercadorias devolvidas, deverão coincidir os dados da Nota Fiscal-Fatura de devolução com os da Nota Fiscal-Fatura de vendas.

Tanto no caso da entrada de mercadorias por compra como por devolução, devemos conferir as mercadorias, averiguando sua quantidade, características, tamanho etc. Só então receberá o material.

Recebido o produto, o próximo passo é seu registro em formulários próprios (Ficha de Estoque), ou registrados via computador, conforme for o procedimento da empresa. Mas este registro deve ser realizado, pois é o controle de entrada da mercadoria no estoque. Estes formulários devem conter espaços para indicações referentes às características do produto, como marca, cor, tipo etc. Devem ainda constar destes formulários as entradas e saídas com as respectivas datas, documento comprobatório (Nota Fiscal de compra ou Nota Fiscal de devolução) e informações relativas à quantidade de mercadorias que entra ou sai, o saldo em estoque, preço de custo etc.

Atualmente existem software de computador para processar essas entradas e saídas, seja através de programas simples feitos por planilhas que não requerem programadores para desenvolver, seja através de programas complexos, integrando diversos setores da empresa, tais como:

Nas entrada de mercadorias:Setor de Estoque integrado com os setores de Compras, de Contas a Pagar e de

Contabilidade.

Nas saídas de mercadorias:Setor de Estoque integrado com os setores de Vendas, de Faturamento, de Contas a

Receber e de Contabilidade.

A vantagem em se utilizar softwares com programas de computador para processai- os dados de estoque, já integrado com os diversos setores da empresa, é que as informações quando das entradas e saídas de mercadorias são feitas em tempo real (on line), ou seja, na mesma hora são somadas as entradas e diminuídas as saídas, apurando-se os saldos. Assim também são processados todos os cálculos, códigos, modelos, quantidades máximas e mínimas, preço unitário, custo médio, impostos etc.

Quando o recebimento de materiais são internos, ou seja, solicitados ao almoxarifado da empresa, a solicitação é feita através de Requisição ao estoque pelo chefe da Seção interessada, descrevendo o material solicitado e a seção a que se destina. Esta requisição é emitida em três vias, seguindo uma para o Estoque, uma para a Contabilidade e outra para o setor emitente. Essa Retirada também carece de verificação e conferência dos produtos solicitados e os recebidos. Após conferido o material, conforme a solicitação, deve-se assinar a via que fica no estoque, indicando no caso, o recebimento do material.

As etapas mencionadas, dispostas no fluxo a seguir, resumem sinteticamente a amplitude e abrangência de Administração de Materiais.

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RIO

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SOLICITAÇÃO PARAa) incluir item no estoqueb) pedidos de compra

GESTÃONíveis de

RessuprimentoEquilíbrio entre

estoque e consumo

COMPRASConcorrênciaJulgamento

Diligenciamento

ALMOXARIFADOArmazenagem

Distribuição

RECEBIMENTOFísico

ContábilINVENTÁRIO

FÍSICO

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Conforme o Prof. João José Viana, as etapas componentes do processo gestor de materiais, as quais, funcionando harmoniosamente, compreendem:

• Cadastramento de itens da empresa (classificação, codificação, especificação, catalogação e padronização de materiais);

• Gerenciamento do estoque (planejamento das necessidades, quais materiais, em que quantidades e em que época devem ser adquiridos, visando o estabelecimento do equilíbrio entre estoque e consumo);

• Obtenção do material (cadastro de fornecedores, concorrência, negociação, contratação e follow-up);

• Guarda e distribuição (recebimento físico, armazenagem, preservação e distribuição de materiais);

• Inventário (critérios que envolvem o processo de acuracidade dos estoques).

AS COMPRAS NAS ORGANIZAÇÕESA função compras é um segmento essencial do Departamento de Materiais ou Suprimentos,

que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento. Compras é, portanto, uma operação da área de materiais, mas essencial entre as que compõem o processo de suprimento.

Qualquer atividade industrial necessita de matérias-primas, componentes, equipamentos e serviços para que possa operar. No ciclo de um processo de fabricação, antes de se dar início à primeira operação, os materiais e insumos gerais devem estar disponíveis, mantendo-se, com certo grau de certeza, a continuidade de seu abastecimento a fim de atender às necessidades ao longo do período. Logo, a quantidade dos materiais e a sua qualidade devem ser compatíveis com o processo produtivo.

Em todo sistema empresarial para se manter um volume de vendas e um perfil competitivo no mercado e, conseqüentemente, gerar lucros satisfatórios, a minimização de custos deve ser perseguida e alcançada, principalmente os que se referem aos materiais utilizados, já que representam uma parcela por demais considerável na estrutura de custo total.

Podemos concluir então que os objetivos básicos de uma Seção de Compras seriam:a) Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de produção.b) Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que

afete a operacionalidade da empresa.c) Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de quantidade

e qualidade definidas.d) Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honrada as melhores condições

para a empresa, principalmente em condições de pagamento.

Um dos parâmetros importantes para o bom funcionamento da Seção de Compras e, conseqüentemente, para o alcance de todos os objetivos é a previsão das necessidades de suprimento. Nunca é demais insistir na informação dessas quantidades, das qualidades e prazos que são necessários para a fábrica operar. São estas informações que fornecem os meios eficientes para o comprador executar o seu trabalho, devendo Compras e Produção dispor do tempo necessário para negociar, fabricar e entregar os produtos solicitados.

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CADASTRAMENTOClassificaçãoCodificação

EspecificaçãoPadronizaçãoCatalogação

REQUISIÇÕES

DEMATERIAIS

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSCom os preços de venda controlados ou congelados, os resultados da empresa deverão vir

do aumento da produtividade, da melhor gestão de material e de compras mais econômicas. A escassez de matérias-primas, agravada na segunda metade da década de 70, foi a responsável por uma série de modificações na maneira de ver a função do setor de suprimentos dentro da empresa. Até então, o controle dos suprimentos era quase sempre atribuições secundárias do gerente industrial ou de níveis hierárquicos inferiores e foi somente quando algumas empresas começaram a parar por falta de estoque de determinados produtos básicos que se reconheceu a importância de planejar e controlar o fluxo de materiais de forma científica e centralizada.

A necessidade de se comprar cada vez melhor é enfatizada por todos os empresários atuais juntamente com as necessidades de estocar em níveis adequados e de racionalizar o processo produtivo. Comprar bem é um dos meios que a empresa deve usar para reduzir custos. Existem certos mandamentos que definem como comprar bem e que incluem a verificação dos prazos, preços, qualidade e volume. Mas manter-se bem relacionado com o mercado fornecedor, antevendo na medida do possível eventuais problemas que possam prejudicar a empresa no cumprimento de suas metas de produção, é talvez o mais importante nesta época de escassez.

A seleção de fornecedores é considerada igualmente ponto-chave do processo de compras. A potencialidade do fornecedor deve ser verificada, assim como suas instalações e seus produtos, e isso é importante. O seu balanço deve ser cuidadosamente analisado. Com um cadastro atualizado e completo de fornecedores e com cotações de preços feitas semestralmente, muitos problemas serão evitados.

As três responsabilidades comuns de qualquer empresa são geralmente: a área financeira, a de produção e a de vendas.

No início da vida de uma empresa, a administração cabe a um único homem, o dono, que cuida das três responsabilidades. Com o crescimento dos negócios, torna-se necessário adicionar uma assistência mais profissional, e delegar autoridade e responsabilidade. Continuando o crescimento, o dono passa a responder pela adoção de diretrizes de ação e torna-se o dirigente do empreendimento. Até este ponto as três funções têm sido subordinadas, mas estão tornando-se responsabilidades executivas separadas, coordenadas em hierarquia, reportando-se a um órgão administrativo geral comum e sendo coordenadas pelo mesmo.

Independente do porte da empresa, os princípios básicos de organização constituem-se de normas fundamentais assim consideradas:

autoridade para compra; registro de compras; registro de preços; registro de estoques e consumo; registro de fornecedores; arquivos e especificações; arquivos de catálogos.

Completando a organização, podemos incluir como atividades típicas da Seção de Compras:a) Pesquisa

• estudo do mercado;• estudo dos materiais;• análise dos custos;• investigação das fontes de fornecimento;• inspeção das fábricas dos fornecedores;• desenvolvimento de fontes de fornecimento;• desenvolvimento de fontes de materiais alternativos

b) Aquisição• conferência de requisições• análise das cotações• decidir comprar por meio de contratos ou no mercado aberto• entrevistar vendedores• negociar contratos

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS• efetuar as encomendas de compras• acompanhar o recebimento de materiais.

c) Administração• manutenção de estoques mínimos• transferências de materiais• evitar excessos e obsolescência de estoque• padronizar o que for possível.

d) Diversos• fazer estimativa de custo• dispor de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes• cuidar das relações comerciais recíprocas

Além das atividades típicas dentro da organização de compras outras responsabilidades poderão ser partilhadas com outros setores:

determinação do que fabricar ou comprar padronização e simplificação especificações e substituições de materiais testes comparativos controle de estoques seleção de equipamento de produção programas de produção dependentes da disponibilidade de materiais.

É lógico que esses pontos não são completos, pois variam de empresa para empresa, devendo adaptar-se ao tipo de organização de cada uma.

Normalmente as grandes empresa envolvem várias fábricas; quase sempre enquadram-se nesses casos as multinacionais. O volume de operações de compras, dependendo do empreendimento, pode alcançar quantidades apreciáveis; nesses casos é necessário saber se todas as compras da organização devem ser feitas em um ponto centralizado, ou divisão operacional. Ambos os métodos poderão ser empregados. As razões para se estabelecer a descentralização das compras podem ser assim resumidas:

distância geográfica tempo necessário para a aquisição de materiais facilidade de diálogo

A centralização completa das compras reúne certas vantagens, conforme podemos verificar:

oportunidade de negociar maiores quantidades de materiais homogeneidade da qualidade dos materiais adquiridos controle de materiais e estoques

A organização de comprar por divisão de grupos é funcional quando as seções são de tamanho moderado e quando tais atribuições são entregues a compradores individuais. Os itens de cada grupo são especificados de acordo com a origem, necessidade e valor do material.

A pesquisa é o elementos básico para a própria operação da seção de compras. A busca e a investigação estão vinculadas diretamente às atividades básicas de compras: a determinação e o encontro a qualidade certa, a localização de uma fonte de suprimento, a seleção de um fornecedor adequado, o estudo para determinar se o produto deve ser fabricado ou comprado, o estabelecimento de padrões e análises de valores são exemplos de pesquisas.

Mais do que nunca as compras de hoje requerem procura sistemática e análise dos fatos de inteirar-se dos novos desenvolvimentos e das técnicas crescentes, bem como da estrutura econômica dos fornecedores com os quais negociamos.

A função principal da pesquisa de compras é suprir com informações e orientação analítica os departamentos interessados. O campo da pesquisa de compras pode ser dividido em áreas

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSdistintas, onde se aplicam essas atividades.

a) Estudo dos materiaisAvaliação das necessidades da empresa para períodos que variam de um a dez anos,

tendência a curto prazo e longo prazo das ofertas e demandas, tendência dos preços, melhorias tecnológicas, perspectivas para possíveis substitutos, desenvolvimento de padrões e especificações.b) Análise econômica

Efeito dos ciclos econômicos sobre os materiais comprados em função das necessidades, tendências dos preços gerais, influência das variações econômicas sobre fornecedores e concorrentes.

c) Análise de fornecedoresQualificação de fornecedores ativos e em potencial, estudo das instalações dos

fornecedores, avaliação do seu desempenho, análise da condição financeira.

d) Análise do custo e do preçoRazões subjacentes às variações dos preços, estudo comparativo de peças semelhantes,

análise dos custos e margens de lucro de um fornecedor, investigações relativas a métodos alternativos de fabricação e de especificações de materiais.

e) Análise das embalagens e transportesEfeito das localizações dos fornecedores sobre os custos, métodos alternativos de

despachos, reclassificação dos artigos, introdução das melhorias nas embalagens, métodos melhorados de manipulação dos materiais.

f) Análise administrativaControle dos formulários, simplificação do trabalho, emprego de processamento eletrônico

de dados, preparação de relatórios.Todos os departamentos funcionais dentro de uma empresa geram informações para o

sistema de compras, ou requerem informações por causa do mesmo. Vejamos os mais importantes:

Produção: A relação entre ambos deverá ser considerada mais do ponto de vista do seu objetivo comum, que é contribuir mais efetivamente para o benefício geral da empresa. Deste ponto de vista, há uma excelente razão para que nem um nem outro predomine em suas funções.

Engenharia: A cooperação entre Compras e Engenharia concentra-se principalmente ao redor dos assuntos concernentes ao projeto, planejamento e especificações preliminares às verdadeiras exigências de produção.

Contabilidade: Cada compra efetuada representa um dispêndio, ou um compromisso dos fundos da empresa. Essa compra põe em ação uma série de operações de contabilidade. A relação entre Compras e Contabilidade é, portanto, de vital importância e é, freqüentemente, iniciada antes que a compra seja realizada.

Vendas: O departamento de Vendas deve manter o de Compras informado quanto às cotas de vendas e quanto às expectativas das mesmas, que servem como um índice das prováveis quantidades de materiais necessários. Nas empresas industriais esse relacionamento já está transferindo-se para o P.C.P., que fica responsável por essas informações.

P.C.P. A relação existente entre Compras e o P.C.P. é inerente tão estreita e tão fundamental que ambos se encontram combinados em mais da metade das organizações industriais. Do ponto de vista funcional, o efeito almejado por esta estreita colaboração é estender a responsabilidade pelos materiais, desde o momento de aquisição até ao de entrega e utilização.

Controle de qualidade. A primeira responsabilidade das Compras para com o Controle de Qualidade é adquirir materiais e produtos que satisfaçam as especificações. O controle de qualidade geralmente faz testes de aceitação de materiais comprados. Nesse caso deve-se esclarecer a Seção de Compras e, por intermédio desta, o fornecedor sobre quais

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSmétodos de teste aplicados e qual será o critério adotado para sua aceitabilidade.

ESTOQUESEstoques - "STOKS" - significa um conjunto de itens de materiais com características

próprias e de acordo com a especialidade de cada empresa.Numa empresa de produtos químicos, os itens de materiais terão seus conjunto de

características qualitativas muito mais abrangente e rigoroso que as necessárias para os mesmos itens quando usados esporadicamente por outra empresa de atividade diferente (RAMO).

MOTIVOS PARA EXISTÊNCIA DOS ESTOQUES- Possibilidade de dispor dos materiais na hora em que as demandas ocorram;- Obtenção de melhor custo por unidade de material adquirido;- Importância operacional dos materiais;- Segurança contra os riscos de falta de atendimento pelos fornecedores;- Manutenção da qualidade do material.

Manutenção, planejamento, controle, movimentação de estoques

Toda a teoria dos estoques está pautada na previsão do consumo do material. A previsão de consumo ou da demanda estabelece estas estimativas futuras dos produtos acabados comercializados pela empresa. Estabelece, portanto, quais produtos, quanto desses produtos e quando serão comprados pelos clientes. A previsão possui algumas características básicas que são:

• é o ponto de partida de todo planejamento empresarial;• não é uma meta de vendas; e• sua previsão deve ser compatível com o custo de obtê-la.

As informações básicas que permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo de demanda dos produtos acabados podem ser classificados em duas categorias: quantitativas e qualitativas.

a) Quantitativas• evolução das vendas no passado;• variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente às vendas. Por

exemplo: criação e vendas de produtos infantis, área licenciada de construções e vendas futuras de materiais de construção;

• variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às vendas (populações, renda, PNB); e

• influência da propaganda.

b) Qualitativas• Opinião dos gerentes;• Opinião dos vendedores;• Opinião dos compradores; e• Pesquisas de mercado.

As técnicas de previsão do consumo podem ser classificadas em três grupos:a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as

vendas evoluirão no tempo; segundo a mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa.

b) Explicação: procura-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação.

c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSno mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.

As formas de evolução de consumo podem ser representadas da seguinte forma:a) Modelo de evolução horizontal de consumoDe tendência invariável ou constante (nenhuma influência conjuntural), é reconhecido pelo

consumo médio horizontal.

b) Modelo de evolução de consumo sujeito a tendênciaO consumo médio aumenta ou diminui com o correr do tempo.

c) Modelo de evolução sazonal de consumoO consumo possui oscilações regulares, que tanto podem ser positivas quanto negativas;

ele é sazonal, quando o desvio é no mínimo de 25% do consumo médio e quando aparece condicionado a determinadas causa.

Na prática, podem ocorrer combinações dos diversos modelos de evolução de consumo. Podemos verificar isto de maneira mais vidente quando acompanhamos a linha de vida de um produto.

No decorrer de 12 meses, esse produto atinge seu nível normal, ou seja, passa da fase de introdução no mercado para a fase normal de consumo. Durante vinte períodos ele apresenta uma evolução constante, sendo que no último terço o consumo aumenta mais uma vez de maneira sensível, para depois, a partir do 30º período, iniciar a sua fase de retirada da linha de produção. O produto passou então por uma evolução de consumo ascendente, horizontal e descendente.

O conhecimento sobre a evolução do consumo no passado possibilita uma previsão da sua evolução futura. Esta previsão somente estará correta se o comportamento do consumo permanecer inalterável. Os seguintes fatores podem alterar o comportamento do consumo:

• influências políticas;• influências conjunturais;• influências sazonais• alteração no comportamento dos clientes;• inovações técnicas;• tipos retirados da linha de produção;• alteração da produção; e• preços competitivos dos concorrentes.

Existem duas maneiras de se apurar o consumo:1) Após a entrada do pedido. Somente possível nos casos de prazo de fornecimento

suficientemente longo.2) Através de métodos estatísticos. Trata-se do método mais utilizado. Calculam-se as

previsões através dos valores do passado, ou seja, de dados obtidos anteriormente.

Localização, organização, classificação e codificação de mercadorias e/ou materiais

Classificar um material é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso etc. A classificação não deve gerar confusão, ou seja, o produto não poderá ser classificado de modo a que venha ser confundido com outro, mesmo sendo semelhante. A classificação, deverá, ainda ser feita de maneira que cada gênero ocupe o respectivo local. Por exemplo: produtos químicos poderão estragam produtos alimentícios se próximos entre si.

Classificação do estoque, significa então, ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a semelhança, sem contudo causar confusão ou dispersão no espaço e alteração da qualidade.

A necessidade de classificação de materiais é primordial no almoxarifado, pois sem ele não pode existir um controle eficiente dos estoques, procedimentos de armazenagem adequados e uma operacionalização de maneira correta do setor.

A classificação de materiais está relacionada à catalogação, especificação, normalização, codificação,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpadronização e identificação.

• Catalogação consiste no levantamento de todos os materiais utilizados pela organização e demais dados.

• Especificação descrição detalhada do material, evitando omitir dados importantes.• Normalização estabelecimento de normas para a utilização, solicitação e armazenagem do

material, facilitando a comunicação interna e externa.• Codificação é o último passo para a individualização do material, por meio de números, letras

ou ambos.• Padronização redução dos materiais do mesmo gênero a um só tipo, conforme modelo

preestabelecido.• Identificação identificar um material é buscar sua identidade através da análise, e do registro

de suas características.

DESCRIÇÃO REFERENCIAL o conjunto de dados resumidos de cada material, constituída de: NOME BÁSICO e REFERÊNCIA COMERCIAL.

DESCRIÇÃO PADRONIZADA é o conjunto de dados pormenorizado da identificação de cada material, constituído de:

• Nome padronizado = é a terminologia utilizada para representar agrupamentos de materiais similares. Compreende: o nome básico e o nome modificador. O nome básico é a denominação mais comum de um material. Exemplo: fio. O nome modificador é uma identificação auxiliar que complementa a nomenclatura padronizada entre materiais de mesmo nome básico.

• Características físicas = são informações detalhadas referentes à composição do material que diferenciam os materiais portadores do mesmo nome padronizado, como o nome modificador diferencia os materiais que possuem o mesmo nome básico. Estas características constam geralmente nas normas técnicas ou nos catálogos do fabricante.

• Identificação suplementar = diz respeito à referência comercial ao número do fornecedor, à embalagem e à aplicação.

• Referência comercial = é o código ~do pelo fabricante para representar o material de sua fabricação. Este código pode ser apresentado em forma alfabética, numérica ou alfanuménca.

• Referência do fornecedor = é o número do fornecedor destinado a representar a Razão Social, o endereço e a Inscrição Fiscal de cada fornecedor dou fabricante.

• Embalagem = indica o tipo de recipiente ou apresentação do invólucro do material, é útil na diferenciação de materiais com o mesmo "nome padronizado", e em mesmas "características físicas".

• Aplicação - são dados que esclarecem o uso ou as aplicações do conjunto maior a que o material pertence como parte integrante.

Classificação

a) ESTOQUE -ATIVOÉ todo estoque resultante de um planejamento prévio e destinado a uma utilização em:

ESTOQUE PARA PRODUÇÃO Constituído por matérias primas e componentes que integram o produto final.

ESTOQUE PARA MANUTENÇÃO,REPARO E OPERAÇÃO Formado por materiais empregados no processo produtivo,

sem integrar o produto final. ESTOQUE DE PRODUTOS EM PROCESSO Constituído

por materiais em diferentes estágios de produção. ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS Compreendem os materiais de ou produtos em condições de

serem vendidos. ESTOQUE DE MATERIAIS ADMINISTRATIVOS Formado por materiais de aplicação geral na empresa sem

vinculação com o processo produtivo.

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CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O D

OS

ES

TO

QU

ES

QU

AN

TO

AO

TIP

O

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSb) ESTOQUE -INATIVO É todo estoque decorrente de alterações de programas, mudanças nas políticas de estoques oueventuais falhas de planejamento, dividindo-se em:

ESTOQUE DISPONÍVEL Constituído pelos materiais sem perspectiva de utilização, sem destinação definida, total ou parcialmente.

ESTOQUE ALIENÁVEL Estoque constituído de material disponível, inservível, obsoleto e sucata destinados à venda.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO VALORA classificação por valor (curva ABC) consiste no agrupamento de todos os materiais em 3

categorias, de acordo com o valor atualizado ou corrigido de cada item, de forma a permitir um tratamento seletivo aos mais representativos. O valor atualizado ou corrigido de cada item pode ser considerado em relação ao seu SALDO em estoques e/ou valor anual de sua demanda.

CODIFICAÇÃOCodificar materiais é identificá-los através de códigos. É um sistema de símbolos

alfabéticos, numéricos ou alfanuméricos, que visa a identificação dos materiais, facilitando sua individualização, compras e requisições, sem precisar utilizar seu nome habitual.

O sistema alfanumérico é uma combinação de letras e números e permite um número de itens em estoque superior ao sistema alfabético. Exemplo:

AZ 2229

CÓDIGO INDICADORCLASSEGRUPO

Inventário (de materiais e físico)O inventário físico consiste em uma contagem física de materiais de um determinado grupo ou todos e

os itens em estoque para confronto com as quantidades contabilizadas. Os objetivos são:• Um levantamento real da situação do estoque para ser levado ao balanço da empresa.• Uma auditoria sobre a situação dos estoques e procedimentos desenvolvidos no almoxarifado.

Tipos de inventário Rotativo - Consiste numa contagem feita durante o ano dos diversos itens de estoque. Geral - Consiste em uma contagem de todos os itens em estoque numa mesma data. Necessita

geralmente de uma paralisação das atividades da empresa em relação ao almoxarifado.

Instruções Gerais de InventárioCom a finalidade de facilitar os trabalhos de inventários deve-se procurar estabelecer as condições

para a realização do mesmo, ou seja:a) Relação dos itens a serem inventariadosb) Relação dos participantes do inventárioc) Comparação das quantidades físicas com as quantidades contabilizadas.d) Relatório informando: As divergências encontradas, itens inventariados, aspectos gerais do

almoxarifado (se os materiais estão corretamente codificados, materiais danificados em estoque, materiais sem controle e materiais iguais em vários locais).

MODELO: INVENTÁRIO DE ALMOXARIFADO

D A T A N O M E D A U N I D A D E / /

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NATUREZA DA DESPESA:CÓDIGO DENOMINAÇÃO DO ELEMENTO DA DESPESA

ITEM ESPÉCIE UN QUANTIDADE PREÇO UNIT. TOTAL

TOTAL OU TRANSPORTE ....... ....................... ...................... .........................

___________________________________RESPONSÁVEL

Armazenamento e movimentação de mercadorias e/ou materiais

Entenda-se armazenagem, como a forma de estocar, guardar para uso posterior os produtos, materiais, ferramentas e utensílios.

Deve-se tirar o máximo proveito do espaço físico destinado a armazenagem sendo que a melhor forma, ainda é o EMPILHAMENTO, quando possível empregar.

A limpeza, organização, iluminação, ventilação e temperatura são fatores importantíssimos, que devem ser considerados antes de determinar quais produtos serão armazenados no local.

Não é necessário empregar nenhuma técnica especial, basta ter bom senso para não colocar "combustível perto do fogo".

Claro que as instruções do fabricante também devem ser consideradas para que não hajam alterações indesejáveis nos produtos, garantindo assim a qualidade ou vida útil dos mesmos.

Dimensionamento de Espaço Metodologia através da qual são definidas as dimensões necessárias às instalações de armazenamento, bem como a quantidade de material possível de estocagem.

Objetivos do Dimensionamento de Espaço1) Definir dimensões necessárias para a instalação de armazenamento.2) Subsidiar a administração de estoques quanto a freqüência do recebimento de material.3) Evitar improvisação de espaços.4) Fornecer instrumentos gerenciais tais como: índice de utilização do espaço.5) Necessidade de novas instalações.

Fatores Principais a ConsiderarNo dimensionamento do espaço devemos considerar:1. Tipo de material: características, embalagem2. Quantidade de material a ser mantida no estoque3. Unidades de estocagem4. Equipamentos e métodos de estocagem

Metodologia para Dimensionamento de Espaço

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSa) Dimensionamento de Espaço a partir da Quantidade de Material Permite

estabelecer o número de unidade de estocagem/área livre necessária, bem como a área e o volume a ser ocupado com o armazenamento.

b) Determinação da Quantidade a partir de Espaço Disponível Permite estabelecer o estoque máximo a ser mantido em função do espaço existente e das unidades de estocagem.

c) Determinação do Espaço Ocioso ou em Falta Permite conhecer as necessidades de postergação de entregas, remanejamentos de preparação de novos espaços antecipadamente, bem como garantir a utilização das áreas de estocagem.

Após projetar cuidadosamente a área de estocagem, um sistema deve ser estabelecido para permitir a fácil localização de um item desejado, pois cada item deve ter um endereço onde ele possa ser encontrado. O sistema de localização do material em estoque pode ser formado por um número ou código (XX XXX XX X), que identifica precisamente qualquer ponto da instalação de armazenamento. Este código deve estar aprovado no cadastro de material e, conseqüentemente, nos documentos de movimentação, a fim de facilitar sua busca no almoxarifado.

Não vigoram regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser colocados no almoxarifado. A decisão final depende de variados fatores que devem ser analisados, como vimos anteriormente.

a) Armazenagem por Agrupamento. Sempre em um local físico único. Os materiais são estocados por grupos ou tipos. Facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço-

b) Armazenagem por Tamanho, Peso e Volume. Os materiais com tamanho, peso ou volume significativos são agrupados numa mesma área de almoxarifado. Permite um bom aproveitamento do espaço. Exige que todos os documentos de entradas e saídas contenham a localização do material no almoxarifado a fim de facilitar sua busca.

c) Armazenagem por Freqüência. Dos materiais cujo volume de movimentação e freqüência é significativo, devem ser colocados tão próximo quanto possível da saída da instalação de armazenamento. Pode-se identificar através da classificação A.B.C.

d) Armazenagem por Setores de Montagem. Os materiais são colocados de acordo com sua utilização na linha de montagem.

Dispositivos de Armazenamento São estruturas metálicas ou de madeira (tratada contra fogo e insetos), dispostos de modo a formar dispositivos de sustentação de materiais destinados a otimizar a utilização do espaço vertical proteger, facilitar a localização, organizar e racionalizar a estocagem de material.

Tipos de Dispositivos de Armazenamento• estantes (metálica ou madeira): material de, pequeno volume• armações de estocagem e estrutura porta-palete e unidades auxiliares de estocagem.

Caracterização dos Dispositivos de Armazenagem:• Estantes: estrutura metálica ou de madeira, destinada à estocagem de materiais

de reduzido peso e/ou volume. Podem ser: estantes leves (tradicional) armários modulados (gavetões com separadores) estante para estocagem dinâmica (PEPS) carrinhos deslizantes estantes deslizantes (espécie de gavetas que são estantes) estante de múltiplos pisos (mezanino)

• Armações de Estocagem: construído de metal ou de madeira de seção variável destinada à guarda de material cujas características impeçam ou não. Recomendem a utilização de estante ou porta-palete. Podem ser. berços empilháveis (tubos)

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Aberta:- estantes, prateleiras- local normal de estoque.

Fechada: estufa.

Área Livre: - possuem paletes, etc. - não usa estante.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS estrutura tipo cantiletes (tubos) armações de estocagem (chapas empilhadas)

• Estruturas Porta-Palete: formada por Estrutura pesada metálica ou de madeira, com características semelhantes às estantes, porém destinadas a suportar cargas paletizadas. Podem ser: estruturas porta-palete convencional estruturas porta-palete deslizante estruturas porta-palete com trânsito interno estruturas porta-palete de estocagem dinâmica

• Unidades Auxiliares de Estocagem: dispositivo de estocagem de uso repetitivo, formado por estruturas metálicas, plástico, de papelão ou de madeira, de forma variável, destinadas a conter e proteger o material. Podem ser principalmente: paletes: plástico, metálico, papelão rígido e madeira paletes contentores conteiners berço para tambores, etc.

• Instalações de armazenamento são áreas físicas destinadas ao recebimento, conferência, estocagem e expedição de materiais.

Tipos de Instalações de Armazenamento• Armazém: edificação dotada de piso, cobertura, paredes frontais e laterais.• Galpão: edificação datada de piso, cobertura e, quando necessário, de cercos frontais e

laterais.• Pátio: área descoberta, dotada de piso drenado, compactado e, quando necessário,

pavimentado e provido de limitações frontais e laterais.

Caracterização das Áreas de Instalação de Armazenamento:• Área de Administração• Área de Movimentação e/ou Serviço

• Área de Estocagem: zona de estoque

• Circulação Principal: corredor• Circulação Secundária: corredores perpendiculares a circulação principal• Corredores de Aceso: entre estantes• Área de Segurança: (corredor de segurança) espaço livre entre estoque e paredes (mínimo

0,5 metros)

Movimentação de MateriaisÉ a operação de deslocamento físico de materiais de um local para outro, dentro da instalação

de armazenamento.Formas de Movimentação• Manual: quando as operações são executadas pelo homem sem auxílio de equipamento.• Mecanizada: quando as operações são efetuadas por equipamentos de movimentação de

materiais e dirimidas por homens.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Automatizadas: quando operada por computador.

Função da MovimentaçãoA movimentação de materiais pode ser considerada como tendo a função de movimento,

lugar, tempo, quantidade e espaço.

DICAS: PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS1 – Dimensionamento de estoques - Estoques de materiais/produtos sub ou super-dimensionados refletem negativamente nos resultados das organizações. 2 – Especificação de materiais/produto - Uma boa especificação de materiais/produtos é fundamental para a realização do processo de aquisição.3 – Inventários patrimoniais - Independente do aspecto legal a realização de inventários patrimoniais é importantíssima para o controle dos ativos imobilizados das organizações.4 – Recebimento de Materiais - Uma das atividades mais importantes do setor de almoxarifado é o recebimento dos materiais/produtos considerando todos os possíveis desdobramentos da função (inspeção de recebimento, conferência física, controle de qualidade, triagem, etc.).5 – Saneamento de Estoques - Periodicamente deve-se realizar um saneamento nos estoques das empresas.6 – Modernas técnicas aplicadas à Administração de Materiais - Sempre que possível as organizações, independente do seu ramo de negócio devem adotar a filosofia “Just-in-time” (JIT) com relação aos seus materiais e produtos.7 – Inspeções de Recebimento - Em toda inspeção de recebimento deve-se levar em conta o aspecto qualitativo, além do quantitativo.8 – Tombamento - A etiquetagem dos bens patrimoniais com seus respectivos números de tombamento é necessária e fundamental no controle dos mesmos.9 – Cadastro de Fornecedores - Um setor de compras de uma organização, seja ela pública ou privada, deverá manter um excelente cadastro de fornecedores.10 – Diligenciamento - Diligenciamento é uma atividade ligada à função “compras”, responsável pelo acompanhamento dos pedidos já colocados junto aos fornecedores da empresa.11 – Enfoque logístico da Administração de Materiais - Atualmente o enfoque dado à Administração de Materiais é logístico, pois além das suas atividades normais, engloba a Distribuição Física.12 – Controle Patrimonial - Um documento importantíssimo para a administração patrimonial independente do processo ser informatizado ou não, é a emissão de “termos de responsabilidade de bens”.13 – Codificação de Materiais - A codificação dos

materiais/produtos, independente da sua composição (numérica, alfa-numérica, código de barras) facilita sobremaneira o gerenciamento dos mesmos.14 – Nível de Reposição - Em um gerenciamento de estoques é importantíssimo que se estabeleça “o nível de reposição” ou “ponto de pedido” dos itens que o compõe.15 – Nível de Reposição - O Nível de Reposição dos itens em estoque por ser função do “consumo médio” e do “tempo de reposição” precisa ser constantemente atualizado através do sistema adotado pela organização.16 – Modalidades de Licitação - Recentemente foi introduzida uma nova modalidade de licitação para as compras públicas, que é o “pregão”.17 – Comportamento da Demanda - Conhecer o comportamento da demanda dos itens de estoque é importante para o seu gerenciamento.18 – Sazonalidade - Os materiais/produtos sazonais devem receber um tratamento diferenciado quanto à sua aquisição e estocagem.19 – Classificação ou Curva “ABC” - A Classificação “ABC” elaborada por saldos em estoque ou por consumo de materiais é uma ferramenta importantíssima para o conhecimento dos itens mais representativos da organização.20 – Ética em Compras - Ética em compras é uma postura a ser adotada por todos aqueles ligados à aquisição de materiais/bens/serviços.21 – Modernas técnicas aplicadas à Administração de Materiais - Sistema KANBAN, de origem japonesa, é uma das técnicas responsáveis pela redução de estoques e eliminação de desperdícios,.onde os próprios operadores controlam as necessidades de produção e prioridades cuja aplicação se dá através do uso de um quadro com cartões ou fichas.22 – Análise de Valor - A redução de custos dos materiais/produtos bem como dos seus componentes, quando é feita levando-se em consideração as “funções” dos mesmos, faz parte da metodologia conhecida por “Análise de Valor” ou “Engenharia de Valor”.23 – Depreciação de bens - A adoção dos métodos de depreciação dos valores dos bens do ativo imobilizado é muito importante, para a contabilização dos mesmos, pois seus efeitos serão sentidos quando da sua tributação.24 – Armazenagem - As atividades básicas da armazenagem são: recebimento, estocagem e distribuição.25 – Movimentação de Materiais - A

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSMovimentação de Materiais dentro e fora das áreas de estocagem tem no processo da “paletização” um dos seus maiores facilitadores.26 – Treinamento - O treinamento das pessoas envolvidas no processo de armazenagem é de suma importância em todos os níveis (estratégico, tático e operacional).27 – Procedimentos informatizados - Os procedimentos inerentes à Função “Material” (Classificação, Gestão de Estoques, Compras e Armazenagem) quando informatizados deverão apresentar uma perfeita integração, com vistas aos resultados esperados pela organização.

28 – Visão Sistêmica da Administração de Materiais - Todo profissional da área de material deverá ter uma visão sistêmica dos procedimentos inerentes a cada uma de suas atividades.29 – Inventário Físico - A compatibilização dos saldos físicos com os saldos contábeis dos materiais de um estoque é feita através da realização de inventários físicos.30 – Normas de Estocagem - Em um almoxarifado devem ser levadas em consideração as normas gerais e especiais de estocagem, bem como procedimentos ligados à segurança do armazém, dos materiais e das pessoas que nele trabalham.

QUESTÕES DE CONCURSOS1. Qual é a área de concentração que se preocupa sobremaneira com o estoque de matéria-prima?a) almoxarifadob) comprasc) controle de estoqued) planejamento e controle da produçãoe) transportes e distribuição

15. Em relação aos controles de estoque, considere as afirmações:I - Controle de estoque organiza o setor e facilita o trabalho.II - Estoque organizado evita perda de materiais e facilita o trabalho.III - Estoque organizado atrapalha o andamento do serviço, pois é necessário preencher solicitações, arrumar estantes e etiquetar.IV - Estoque organizado dificulta o trabalho e contribui muito pouco para o bom andamento das atividades.

Estão corretas apenas as alternativas:a) I, II e III.b) II, III e IV.c) I e II.d) II e IV.

e) III e IV.

3. Compras é uma operação da área de materiais muito importante entre as que compõem o processo de suprimentos. O processo de compras utiliza, de forma geral, uma série de documentos típicos. É correto afirmar que o pedido de compra éa) um documento que serve para o registro de preço obtido da oferta de diversos fornecedores em relação ao material cuja compra foi solicitadab) um documento que dá autorização para o comprador executar uma compra e identifica o setor solicitantec) um documento que substitui a nota fiscal do fornecedor na inspeção de recebimento. Representa exatamente as condições da compra, permitindo as condições necessárias para a realização de conferências de entradas.d) um contrato formal entre a empresa e o fornecedor, devendo representar fielmente todas as condições e características da compra aí estabelecidas.e) uma ficha de estoque utilizada como controle de necessidades e instrumentos de comunicação entre operações e compras.

Resposta: 1 – B 2. C 3. D

ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS:

SISTEMAS ADMINISTRATIVOS, SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAISUma organização empresarial pode ser entendida como uma série de grandes redes de

informação que ligam as necessidades de informação de cada processo decisório às fontes de dados. Embora separadas, essas redes de informação sobrepõe-se e interpenetram-se.

Dados são os elementos que servem de base para a resolução de problemas ou para a formação de juízo. Um dado é apenas um índice, uma manifestação objetiva, possível de análise subjetiva, isto é, exige interpretação do indivíduo para sua manipulação. Em si mesmo, cada dado tem pouco valor. Todavia, quando classificados, armazenados e relacionados entre si, os dados

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpermitem a obtenção da informação. Assim, como os dados não constituem informação, a informação, isoladamente, não é significativa. Se os dados exigem processamento (classificação, armazenamento e relacionamento), para que possam realmente informar, a informação também exige processamento, para que possa adquirir significado. A informação apresenta intencionalidades, aspecto fundamental que a diferencia do dado simples.

Realimentação

DADOS E INFORMAÇÕES: UM SISTEMA

Um sistema de informações é, por definição, um sistema por meio do qual os dados são obtidos, processados e transformados em informações, de forma esquematizada e ordenada, para servirem de subsídios ao processo de tomada de decisões. O sistema de informações recebe imputs que são processados e transformados em outputs sob a forma de relatórios, índices, listagens, medidas estatísticas de posição ou de tendência etc. Enquanto os dados, por envolverem detalhes, não permitem significado mais amplo, a informação obtida pelo tratamento, processamento e combinação de dados já comporta significação mais ampla e definida. A informação reduz as condições de incerteza. Um sistema de informações requer alguma forma de processamento de dados como meio de suprimento e abastecimento.

A montagem de um sistema de informação de recursos humanos requer: observação sistemática e análise e avaliação da organização, ou de seus subsistemas, e das suas respectivas necessidades de informação. Um sistema de informação deve identificar e envolver toda a rede de fluxos de informação para ser projetado para cada grupo de decisões. A ênfase deve ser colocada na necessidade de informações e não simplesmente no uso de informação, como convencionalmente se faz.

No fundo, o sistema de informação é a base do processo decisório da organização. O processo decisório pode envolver tomada de decisões capaz de abranger diretamente qualquer dos cinco níveis abaixo:

1. determinado assunto – problema num departamento2. determinada área funcional dentro de um departamento3. determinado departamento4. determinada divisão (composta de vários departamentos)5. toda a organização empresarial.

Sistema de informação é a rede geralmente baseada em computador. Contendo um ou mais sistemas operacionais, que permite o fornecimento de dados relevantes para tomada de decisão e para implantação de mudanças.

DEPARTAMENTALIZAÇÃOA departamentalização pode ser considerada, entre todos os componentes e subcomponentes da

estrutura organizacional, como o mais conhecido pelos funcionários da empresa.

Departamentalização é o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes recursos (humanos, financeiros,

materiais e equipamentos) em unidades organizacionais.

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Entrada

Dados

Processamento

Armazenamento

Recuperação

Processamento

Saída

Informações

Sistemade

decisão,planejamento

oucontrole

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPOS E PRINCÍPIOSExistem algumas formas de a empresa departamentalizar as suas atividades. As básicas são: departamentalização por quantidade; departamentalização funcional; departamentalização territorial (ou por localização geográfica); departamentalização por produtos (ou serviços); departamentalização por clientes; departamentalização por processo; departamentalização por projeto; departamentalização matricial; departamentalização mista.

A seguir são apresentados os aspectos principais (características, vantagens e desvantagens) de cada um dos tipos básicos de departamentalização das atividades da empresa.

Departamentalização por quantidadePara uma empresa trabalhar com esse tipo de departamentalização, deve agrupar certo número de

pessoas não diferenciáveis que, a partir desta situação, têm obrigação de executar tarefas sob as ordens de um superior.

Sua utilidade tem diminuído, principalmente devido aos seguintes aspectos:• o desenvolvimento dos recursos humanos;• os trabalhos de equipe especializada são mais eficientes que os baseados em número de pessoas; e• não serve para os níveis intermediários e mais elevados da empresa. E mesmo para os níveis mais

baixos da hierarquia empresarial a sua validade se restringe a determinados setores do processo produtivo.

Um exemplo de departamentalização por quantidade é apresentado por exemplo, onde, para cada gerente tem três supervisores.

Departamentalização funcionalNeste caso, as atividades são agrupadas de acordo com as funções da empresa.Pode ser considerado o critério de departamentalização mais usado pelas empresas.Para melhor conceituação, apresenta-se:

DIRETORIA GERAL

GERÊNCIA DE GERÊNCIA GERÊNCIA DE GERÊNCIA DE PRODUÇÃO FINANCEIRA MARKETING RECURSOS

HUMANOS

Na figura acima, a departamentalização funcional apresentada considerou as quatro áreas funcionais clássicas da empresa. Entretanto, este tipo de departamentalização também pode ser feito considerando as funções de administração; neste caso a empresa pode ficar com as seguintes unidades organizacionais:

● gerência de planejamento;● gerência de organização;● gerência de controle.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSTambém pode ser departamentalizada por área de conhecimento, ficando a empresa, por

exemplo, com as seguintes unidades organizacionais:● gerência de hidráulica;● gerência de elétrica;● gerência de eletrônica;● gerência de mecânica.

Desde que a empresa esteja numa situação de padrão de desempenho adequado, a departamentalização funcional é um tipo bastante racional e interessante para a empresa.

Entretanto, podem surgir atritos provenientes da formação de “igrejinhas, impérios ou feudos”, problemas de comunicação e de entendimento, excesso de burocracia na execução das atividades. Para resolver estes problemas, a Alta Direção deve fazer uso de instrumentos adequados, e não dos que estiverem “mais à mão”. Se, por exemplo, utilizar os comitês ou comissões para resolver esses problemas, e seu estabelecimento e implementação forem inadequadamente estabelecidos, poderá ampliar a gama de problemas, em vez de resolvê-los.

Algumas das vantagens da departamentalização funcional são: maior estabilidade, sendo que esta situação está relacionada em termos relativos a outros

tipos de departamentalização, tais como de projetos, matricial; maior segurança, baseada tanto na execução das tarefas, como no relacionamento de

colegas, pois cada funcionário tem maior facilidade de saber sobre a sua área de atuação; especialização do trabalho, sendo que este aspecto é vantagem quando se consideram a

estabilidade e as definições claras e precisas das tarefas. Talvez esta vantagem seja uma das mais importantes para a empresa;

maior concentração e uso de recursos especializados, pois estes estão alocados em unidades organizacionais específicas. Por exemplo, a área de informática terá todos os analistas, programadores e computadores da empresa;

influências positivas sobre a satisfação dos técnicos pela proximidade com elementos da mesma especialidade, pela estabilidade da equipe e por ter um chefe da mesma área técnica (Vasconcellos, 1980:3);

permite economia pela utilização máxima de máquinas e produção em massa; orienta pessoas para uma específica atividade, concentrando sua competência de maneira

eficaz; indicada para circunstâncias estáveis e de pouca mudança que requeiram desempenho

continuado de tarefas rotineiras; e aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de produtos ou serviços e que

permaneçam inalterados por longo tempo.

Algumas das desvantagens da departamentalização funcional são: insegurança das pessoas, aspecto este relacionado à situação da empresa com grande

crescimento e conseqüente aumento de complexidade, provocando a transformação do que antes era uma vantagem em uma grande desvantagem;

especialização do trabalho, sendo que este aspecto aparece como desvantagem quando cada chefe funcional estabelece que a sua função é a mais importante da empresa. Este aspecto leva a situação de possível “isolamento” da área funcional considerada dentro do “sistema empresa”;

a responsabilidade pelo desempenho total está somente na cúpula, já que cada gerente fiscaliza apenas uma função estreita;

a comunicação é geralmente deficiente, e isto porque as decisões são normalmente centralizadas nos níveis mais elevados da empresa. Esta situação, desde que não seja muito bem estruturada, definida e estabelecida, pode provocar vários problemas para a empresa;

baixa adaptabilidade, relacionada ao possível estabelecimento de “feudos” de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSespecialização dentro da empresa;

visão parcial da empresa, pois, de maneira genérica, apenas os elementos lotados nos níveis mais elevados da empresa tem uma visão de conjunto. Este aspecto pode provocar problemas de compreensão e de operacionalização das decisões superiores;

resistência ao ambiente pró-inovação, pois este critério de departamentalização tem alta estabilidade e baixa adaptabilidade. Portanto, algumas idéias novas podem ser destruídas no início, em vez de serem discutidas e analisadas; e

pior cumprimento de prazos e orçamentos, pois este tipo de departamentalização não cria condições para uma perfeita interligação entre as várias atividades da empresa.

Pode-se concluir que este tipo de departamentalização pode ser utilizado em empresas ou áreas da empresa cuja as atividades sejam:

bastante repetitivas; e altamente especializadas.

Neste ponto apresentam-se algumas condições para utilização que maximizam as vantagens e minimizam as desvantagens da estrutura funcional (Vasconcellos, 1980:4):

inexistência de atividades multidisciplinares (ou, se existem, o nível de integração necessário é muito baixo);

tecnologia complexa e competitiva onde a fixação de uma capacitação técnica é um ponto forte;

qualidade técnica é uma exigência fundamental; e economia na utilização de recursos humanos é fundamental.

Departamentalização territorial (ou por localização geográfica)Geralmente é usada em empresas territorialmente dispersas, Baseia-se no princípio de que

todas as atividades que se realizam em determinado território devem ser agrupadas e colocadas sob as ordens de um administrador.

DEPARTAMENTO DETRÁFEGO AÉREO

REGIÃO NORTE REGIÃO CENTRO REGIÃO SUL

BASE BASE BASE BASE BASE BASE BASE BASE BASE 01 02 03 04 11 12 21 22 23

Geralmente, o seu uso prende-se aos seguintes aspectos: obter as vantagens econômicas de determinadas operações locais; possibilidade de maior treinamento de pessoal pela atuação direta no território considerado; possibilidades de uma ação mais imediata em determinada região; e maior facilidade de conhecer os fatores e problemas locais por ocasião da decisão.

As desvantagens básicas prendem-se a: duplicação de instalações e de pessoal, se não houver um planejamento muito efetivo; pode deixar em segundo plano a coordenação, tanto nos aspectos de planejamento, execução ou

controle da empresa como nos aspectos de métodos, em face do grau de liberdade e autonomia

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScolocado nas regiões ou filiais; e

a preocupação estritamente territorial concentra-se mais nos aspectos mercadológicos e de produção e quase não requer especialização. As outras áreas da empresa tornam-se secundárias.

Departamentalização por produtos (ou serviços)Neste caso, o agrupamento é feito de acordo com as atividades inerentes a cada um dos produtos ou

serviços da empresa.

As principais vantagens deste tipo de departamentalização são: facilita a coordenação dos resultados esperados por cada grupo de produtos, pois cada um destes

grupos funciona como uma unidade estratégica de negócio; propicia a alocação de capital especializado para cada um dos grupos de produtos; facilita a utilização máxima da capacitação dos recursos, inclusive os humanos, através do seu

conhecimento especializado; fixa a responsabilidade dos departamentos para um produto, ou linha de produtos, ou serviços. O

departamento é orientado para todos os aspectos básicos do seu produto, como comercialização, desenvolvimento, etc.;

propicia maior facilidade para a coordenação interdepartamental, uma vez que a preocupação básica é o produto e os serviços e as diversas atividades departamentais tornam-se secundárias e precisam sujeitar-se ao objetivo principal que é o produto ou serviço;

permite maior flexibilidade, pois as unidades de produção podem ser maiores ou menores, conforme as condições mudem, sem interferir na estrutura organizacional;

o enfoque da empresa é predominantemente sobre os produtos e serviços e não sobre a sua estrutura organizacional interna. Portanto, este tipo de departamentalização apresenta maior versatilidade e flexibilidade; e

propicia condições favoráveis para a inovação e criatividade, já que esta requer cooperação e comunicação de vários grupos contribuintes para o produto ou serviço.

As principais desvantagens são: pode ser de coordenação mais difícil, quando do estabelecimento das políticas gerais da empresa; pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de atividades nos vários grupos de

produtos; pode criar uma situação em que os gerentes de produtos se tornam muito poderosos, o que pode

desestabilizar a estrutura da empresa; e pode provocar problemas humanos de temores e ansiedade quando em situação de instabilidade

externa, pois os empregados tendem a ser mais inseguros com relação a alguma possibilidade de desemprego ou por retardamento na sua carreira profissional.

Departamentalização por clientes (ou por fregueses)Neste caso, as atividades são agrupadas de acordo com as necessidades variadas e especiais dos

clientes ou fregueses da empresa.

As principais vantagens deste tipo de departamentalização são: propiciar para a empresa uma situação favorável para tirar proveito das condições de grupos de

clientes bem definidos; e assegurar reconhecimento e atendimento contínuo e rápido aos diferentes tipos e classes de

clientes.

As principais desvantagens da departamentalização por clientes são: podem existir dificuldades de coordenação entre este tipo de departamentalização e outros tipos,

devido aos gerentes dos departamentos por clientes exigir, em boa parte das vezes, um tratamento especial; e

provoca a utilização inadequada de recursos humanos e de equipamentos em termos de grupos de clientes.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Departamentalização por processoNeste caso, as atividades são agrupadas de acordo com as etapas de um processo.Considera a maneira pela qual são executados os trabalhos ou processos para a consecução de uma

meta específica.É basicamente empregado nos estabelecimentos industriais, de modo especial nos níveis hierárquicos

mais baixos da empresa.

As principais vantagens deste tipo de departamentalização são: maior especialização de recursos alocados; e possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas.

Normalmente, as empresas que utilizam este tipo de departamentalização procuram agrupar em unidades organizacionais (centro de custos/resultados) os recursos necessários a cada etapa de um processo produtivo, resultando uma melhor coordenação e avaliação de cada uma de suas partes e do processo como um todo.

Por outro lado, as principais desvantagens da departamentalização por processo são:

possibilidade de perda da visão global do andamento do processo; e flexibilidade restrita para ajustes no processo.

Departamentalização por projetosNo arranjo de departamentalização por projetos, as atividades e as pessoas recebem atribuições

temporárias. O gerente de projeto é responsável pela realização de todo o projeto ou de uma parte dele. Terminada a tarefa, o pessoal que temporariamente havia sido destinado a ela é designado para outros departamentos ou outros projetos.

A departamentalização por projetos baseia-se na definição de projeto.

Projeto é um trabalho, com datas de início e término, com produto final previamente estabelecido, em que são alocados e administrados os recursos, tudo isto sob a responsabilidade

de um coordenador.

Na figura seguinte é apresentado um organograma representativo de uma departamentalização por projetos em uma parte da empresa.

DIRETORIA

ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS COMERCIAL PROJETOS

PROJETO PROJETO PROJETOA B C

As principais vantagens deste tipo de departamentalização são: permite alto grau de responsabilidade do grupo de execução do projeto; possibilita que os funcionários envolvidos tenham alto grau de conhecimento de todos os trabalhos

inerentes ao projeto; tem alto grau de versatilidade e adaptabilidade, aceitando novas idéias e técnicas durante o

desenvolvimento dos trabalhos;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS possibilita melhor atendimento ao cliente do projeto; e permite melhor cumprimento dos prazos e orçamentos.

Por outro lado, as principais desvantagens da departamentalização por projetos são: se o coordenador do projeto não estiver cuidando adequadamente da parte administrativa, ou dando

excessiva atenção à parte técnica, pode gerar uma situação de recursos ociosos ou mal empregados, prejudicando a empresa do ponto de vista econômico;

geralmente não apresenta um sistema adequado de comunicação e de tomada de decisão, principalmente porque cada grupo procura dedicar-se ao seu próprio projeto, esquecendo que é parte integrante da empresa; e

o tamanho do grupo tem-se apresentado, na maior parte das vezes, como um problema, pois sua eficácia e eficiência estão diretamente relacionadas com o tamanho do grupo, isto é, quanto maior for o grupo, menor é a probabilidade de sucesso do mesmo. Se um grupo se tornar muito numeroso, o seu poder de maleabilidade, manobra, flexibilidade e seu sentido de responsabilidade coletivo, tendem a ser diminuídos; por outro lado, suas limitações em termos de comunicação, preocupação com problemas internos e relacionamento humano podem ficar evidenciados.

A seguir são apresentadas algumas condições para utilização que maximizam as vantagens da estrutura por projetos (Vasconcellos, 1980:6):

existência de projetos multidisciplinares em que há necessidade de interação freqüente entre as especialidades técnicas;

projeto de longa duração, com grande equipe em tempo integral, com pouca oscilação no nível de utilização;

atendimento a prazos é fundamental; mudanças no ambiente exigem constantes alterações no projeto; equipe técnica de alto nível podendo prescindir de um chefe funcional ou então baixo nível de

diversificação, o que pode permitir ao gerente do projeto melhor supervisão técnica; gerentes e projetos altamente capacitados tanto técnica como administrativamente; e equipe técnica com características de personalidade favoráveis para resistir ao maior nível de

incerteza e instabilidade.

Departamentalização matricialNeste caso tem-se a sobreposição de dois ou mais tipos de departamentalização sobre a mesma pessoa.

Geralmente, esta sobreposição se refere à fusão entre a estrutura funcional e a estrutura por projetos.A departamentalização matricial não leva em consideração o princípio clássico de unidade de

comando estabelecido por Fayol, em 1916, no seu livro Administração industrial e geral. No entanto, o conflito interno preconizado pela escola clássica pode ser evitado se existir clara definição de atribuições de cada um dos elementos componentes da estrutura.

Os gerentes de projetos não apreciam assumir responsabilidades sem autoridade completa sobre os elementos funcionais, e estes, por sua vez, não gostam de ter muitos chefes. Por outro lado, os gerentes funcionais também não apreciam compartilhar responsabilidades com os gerentes de projetos.

A departamentalização matricial, tendo em vista sua característica de responsabilidade compartilhada, exige nível de confiança mútua e capacidade de improvisação na solução de problemas. Dessa forma, é importante o estudo de liderança de elementos da Alta Administração, que tem grande influência em relação ao conflito inevitável desse tipo de departamentalização, que pode ser minimizado se administrado com eficiência.

Outra tendência dos gerentes de projeto, na departamentalização matricial, é a de tentar alocar a maior quantidade de recursos para si próprios através da monopolização dos setores funcionais. Se este processo não for evitado, as funções são enfraquecidas e eventualmente perderão toda a sua força.

Por outro lado, permitir aos grupos funcionais que não se envolvam com as necessidades dos gerentes de projetos anulará os benefícios potenciais assegurados pela departamentalização matricial e pode ocorrer que os gerentes de projetos desistam de levar a cabo suas tarefas e “desistam” da empresa.

Finalmente, o grande inconveniente da departamentalização matricial é a dificuldade de definir claramente atribuições e autoridade de cada elemento da estrutura e minimizar conflitos inevitáveis, porém, para as empresas que possam utilizá-la adequadamente, proporciona vantagens interessantes.

Do ponto de vista evolutivo, a departamentalização matricial surgiu porque as formas tradicionais de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSorganizar não eram eficazes para lidar com atividades complexas, envolvendo várias áreas do conhecimento científico e com prazos determinados para sua realização.

As principais razões que levaram a departamentalização funcional a fracassar nesses tipos de circunstâncias foram:

baixo grau de integração entre áreas cada vez mais especializadas; falta de um coordenador geral para o projeto com visão ampla para integrar as várias

especializações e relacioná-las com as necessidades dos clientes; e falta de motivação dos especialistas responsáveis por partes de uma atividade maior, sem um

entendimento satisfatório de como elas estão relacionadas com o esforço total.

Por outro lado, a departamentalização por projetos também provou ser insatisfatória naquelas circunstâncias devido às seguintes razões:

existência de capacidade ociosa de recursos materiais e humanos; falta de oportunidade para troca de experiências entre especialistas da mesma área; duplicação de esforços quando dois ou mais técnicos trabalhavam em um mesmo problema ou

assunto, mas em projetos diferentes; baixo nível de desenvolvimento do especialista em sua área; e instabilidade na formação de grupo.

Portanto, a departamentalização matricial surgiu de forma intermediária entre estes dois tipos de departamentalização (funcional e por projetos), reduzindo as desvantagens de cada uma, e procurando, de forma sinérgica, usufruir das vantagens de cada um dos referidos tipos de departamentalização.

Saliente-se que algumas vezes a departamentalização matricial aparece como o cruzamento das departamentalizações dos tipos funcional e por produtos.

As principais vantagens da estrutura matricial são:● possibilidade de maior aprimoramento técnico de sua equipe de trabalho;● coordenação de equipe de forma mais adequada e coerente;● maior desenvolvimento de pessoal;● maior especialização nas atividades envolvidas;● uso adequado dos vários recursos;● maior cumprimento de prazos e do orçamento; e● melhor atendimento dos clientes do projeto.

As principais desvantagens da estrutura matricial são:● dupla subordinação, gerando um clima de ambigüidade de papéis e relações; e● conflitos de interesse entre os chefes funcionais e os chefes de projetos.

É importante que o administrador tenha noção dessas razões, para poder trabalhar procurando reduzir este nível de conflito. As razões podem ser:

a) Razões de ordem racional; neste caso, as principais causas podem ser:● prazos das etapas dos projetos;● conteúdo técnico do projeto;● padrão de qualidade;● indefinição de autoridade e responsabilidade;● disputa sobre recursos humanos; e● disputa sobre equipamentos.

b) Razões de ordem emocional; neste caso, as principais causas podem ser:● antipatias pessoais; e● disputa pelo poder.

Com referência ao processo de reduzir o nível de conflitos na estrutura matricial, os referidos autores apresentam alguns aspectos básicos:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS● definir e divulgador objetivos e prioridades;● definir autoridade e responsabilidade;● distribuir o mérito e os benefícios do projeto; ter sistema duplo de avaliação: um para o gerente de

projeto e outro para o gerente funcional;● acúmulo de funções, ou seja, um gerente de projeto também pode ser gerente funcional e vice-

versa;● trabalhar com um setor de resolução de conflitos; e● ter uma implantação bem feita, através de: participação, treinamento e avaliação periódica da

estrutura organizacional.

Departamentalização mistaÉ o tipo mais freqüente, pois cada parte da empresa deve ter a estrutura que mais se adapte à sua

realidade organizacional.Na figura a seguir é apresentado um organograma representativo da departamentalização mista

(projetos, funcional e territorial).DIRETORIA

GERÊNCIA DEPROJETOS

GERÊNCIAFINANCEIRA

GERÊNCIACOMERCIAL

PROJETO A REGIONAL REGIONAL SUL NORTE

PROJETO B

PROJETO C

FORMULÁRIOS, MANUAIS ADMINISTRATIVOSConforme o Prof. José Ribeiro Hessel in: Organizações & Métodos: “Entendem-se por manuais um livro ou compêndio, estruturado, no qual se escrevem e graficam informações e diretrizes de ação das organizações.

São instrumentos de O&M, ao contrário dos demais, apresentam utilização útil e funcional em apenas algumas ocasiões. Assim, é conveniente seu uso apenas nas seguintes condições:

Quando a organização apresentar um tamanho grande e/ou com muitos postos ou filiais espalhados geograficamente.

Quanto às chefias: com o crescimento da organização, elas já não têm condições de conhecer todo seu setor ou toda organização nem todos os serviços.

Quanto a funcionários: pelo seu grande número, pela diversidade ou complexidade das atividades da empresa, estes já não dispõe das informações necessárias para bem desempenhá-las.

Quando se necessita padronizar as ações para sobrevivência do empreendimento, para facilitar comunicações internas ou para aumentar produtividade.

→ VANTAGENS Padronização de atividades: com a manualização e divulgação dos textos é possível fazer com que

as tarefas sejam executadas sempre da mesma forma, não interessando quem faça, nem quando, nem onde.

Racionalização de atividades: regularmente, antes de se manualizar, as atividades, fluxos e situações são analisadas e arrumadas diminuindo a improvisação. Desta forma, indiretamente, também se consegue racionalizar os trabalhos.

Institucionalização de procedimentos: a tradição oral tende a modificar diretrizes e normas de ação. Alteram-se ao longo do tempo ou pela transmissão na cadeia hierárquica das empresas. Havendo documento escrito, fixa-se a norma para leitura e uso permanente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Uniformização da terminologia: para facilitar e agilizar comunicação de informações, transmissão

de ordens, desenvolvimento de trabalhos técnicos há de se definir que palavras ou expressões significam o quê, qual seu uso, abrangência, tradução.

Centralização de informações: há, sempre, uma tendência de se manualizar um sem número de informações no geral espalhadas pela empresa ou órgão público. Assim, num só conjunto escrito se justapõe o que antes estava disperso e inacessível.

Divulgação de informações: nos casos em que os manuais são constantemente atualizados e divulgados amplamente, os mesmos constituem-se em canal conveniente de difusão de informações, diretrizes, padrões, etc.

Facilita coordenação: com a formalização de atribuições e procedimentos, torna-se mais fácil às chefias e funcionários coordenar tanto as diversas etapas do processo administrativo quanto às áreas de atuação dos vários setores.

Ampliação de controle: os manuais, institucionalizando rotinas, padrões, procedimentos, permitem desenvolver melhores controles de atividades, indicando os balizamentos a seguir, assim como os desvios observados.

→ DESVANTAGENSDentre as desvantagens arrolam-se: Abrange aspectos formais: por sua natureza, os manuais abrangem apenas aspectos formais,

deixando de lado todos os relacionamentos informais, as improvisações e imprevistos corriqueiros nas empresas e setor público.

Inadequação de detalhamento: os manuais, quanto ao seu detalhamento, podem sofrer dois problemas: serem muito sintéticos, dificultando o entendimento e/ou não arrolando informações necessárias; ou serem muito detalhados: de difícil entendimento, obsolência precoce à menor modificação de ação.

Inadequação de redação: uma dificuldade na redação de documentos é a adequação do vocabulário ao usuário. Manuais com freqüência têm tal característica. As informações e/ou diretrizes não são entendidas ou assimiladas, gerando dificuldades e conflitos.

Cristalização de procedimentos: amiúde os manuais não acompanham as permanentes alterações das formas de agir administrativas. Ao não se atualizarem e mesmo assim servir de base para ações ou decisões, tendem a fazer com que estas não se modifiquem, não acompanhando a evolução dos fatos.

Diminuição da discricionalidade das decisões: entendem-se discricionalidade como o maior ou menor grau de liberdade que um chefe tem de tomar decisões. Um manual, ao estabelecer modos de agir e decidir estará, por conseqüência, limitando a ação de chefias e funcionários.

Estimula o formalismo: formalismo é a distância entre o que e faz e o que os textos dizem que se deve fazer. Nos casos de inadequação ou obsolescência dos manuais, os agentes administrativos tendem a atuações dúbias: às vezes seguem as normas, outras vezes não.

Atualização problemática: constituindo-se numa coleção de documentos que espelha a atuação administrativa, os manuais necessitam ser permanentemente atualizados. Tal providência, entretanto, esbarra amiúde em obstáculos práticos de reelaboração e distribuição em tempo hábil.

Custos elevados: a feitura de um manual, via de regra, consome muitos recursos m pesquisa, elaboração, distribuição, atualização. Tais custos, nem sempre, são cobertos pelas vantagens ou aumentos de produtividade alcançados pelo seu uso. Levando em conta o acima arrolado, convém, antes de se iniciar a elaboração destes documentos, seja feita real avaliação dos prós e contras da empreitada. Repetidas vezes os trabalhos, pelos resultados obtidos, não se justificam.

→ CLASSIFICAÇÃOIdentificaram-se ao todo quinze tipos de manuais. Como alguns deles apresentem características e/ou

objetivos assemelhados, foram agrupados, de forma ampla, em cinco categorias: Manuais de Estrutura, de Pessoas, de Padrões, de Ação e Múltiplos.

Manuais de EstruturaTratam dos objetivos gerais, das estruturas formais, das atribuições e áreas de ação dos diversos

setores, departamentos. Ficam nesta categoria:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Manuais de política ou de diretrizes: arrolam a política geral, a filosofia, as metas da organização,

às vezes, também, da direção superior. Servem de orientação a chefias, assessorias e altos funcionários. Tendem a ter estrutura e redação generalista.

Manuais de organização: tratam com prioridade da estrutura organizacional, das atribuições, responsabilidades, áreas de atuação, relacionamento dos diversos setores. Usam organogramas ilustrativos. Às vezes também definem direitos, deveres, atribuições das chefias envolvidas. Orientam chefes e funcionários no que cada setor ou chefia pode, deve ou não fazer.

Manuais de normas: constituem-se numa consolidação de documentos legais pré-existentes, tanto oriundos da própria organização quanto da legislação do país. Objetivam aglutinar todos os documentos num só lugar, facilitando consulta e aplicação. Usados por chefias, funcionários e, às vezes, pela clientela.

Manuais de PessoasObjetivam balizar a atuação dos funcionários da empresa ou órgão público dentro das formas de ação

da mesma. Aqui estão classificados: Manuais para empregados: fazem uma apresentação da empresa, relacionam direitos e deveres dos

funcionários, mencionam facilidades e serviços que os mesmos poderão usufruir. Visam integrar, mais rapidamente, o novo empregado. Usados como complemento do treinamento de ingresso.

Manuais para especialistas: sistematizam instruções, formas de atuação, normas de procedimentos, específicos para algum cargo, uma função, um determinado tipo de funcionário. Também complementam treinamento. Elaborados para categorias funcionais definidas do tipo: vendedores, atendentes, telefonistas, etc.

Manuais de assinaturas: contém as assinaturas autorizadas pela empresa. Podem ser estruturados por filiais, por departamentos ou setores da matriz, por delegação ou atribuição de competência de decisões. Usados no sistema bancário e órgão públicos com sedes espalhadas pelo país. Quem os utiliza são os chefes e funcionários graduados. Tem como motivo principal a segurança. Com ele sabe-se quem pode assinar o quê.

Manuais de PadrõesDefinem quais padrões precisam ser atingidos ou respeitadas no desempenho das atividades ou no

resultado final das mesmas. Incluem-se aqui: Manuais de formulários: buscam organizar e estruturar a área de formulários. Incluem cornas e

parâmetros de produção, controle, uso, padronização de papéis. Servem a funcionários, chefias e em especial a quem é incumbido de produzir, estocar e distribuir os formulários.

Manuais de produtos ou serviços: definem quais padrões deverão ser atingidos na produção de bens ou prestação de serviços. Estabelecem padrões que servem para avaliar o que se faz. Viabilizam e facilitam controles de qualidade.

Manuais de insumos ou de compras: institucionalizam padrões de compra, de aceitação, de qualidade, dos móveis, equipamentos, materiais e serviços adquiridos pela organização. Muito usados no serviço público ou em grandes empresas. Distribuídos aos fornecedores com objetivo de que adequem seus serviços ou produtos às exigências do comprador.

Manuais de AçãoDizem como proceder para desenvolver rotinas e operações, suas etapas e seqüências. Classificam-se

aqui: Manuais de rotina: anotam como se devem fazer os trabalhos. Buscam padronizar e uniformizar

procedimentos. Descrevem atividades sem fluxo ou com poucos passos. Seus usuários são funcionários e operários. Tendem a modificações freqüentes. Detalhados.

Manuais de seqüência: manualizam rotinas com muitos passos: os quilométricos encadeamentos de etapas usuais em grandes organizações. Definem tempos, distâncias, valores e métodos operacionais. Destinam-se a funcionários e operários. Mais utilizados em unidades fabris e não burocráticas.

Manuais de procedimentos: relacionam as regas básicas de funcionamento, consolidam definições fundamentais de ação. Do ponto de vista de detalhamento é um meio termo entre manuais de estrutura e os de rotinas e seqüências. Tendem a ser elaborados por setores da empresa, por

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSexemplo: pessoal, financeiro, escritório, produção. Usuários típicos seriam as chefias intermediárias.

Manuais de uso: são aqueles que ensinam como operar máquinas e equipamentos complexos. No geral incluem também características técnicas, capacidades de produção, alguns reparos simples, exigências ambientais e de instalação. Detalhados. Específicos para cada produto. Indispensáveis na área de informática. Desenvolvidos na própria fábrica do equipamento e utilizado pelos usuários: operários, operadores, funcionários.

Manuais MúltiplosAqueles que abordam inúmeros aspectos. Usados em situações especiais, m projetos, em pequenas

empresas. Dentre outros relacionam-se: Manuais para projeto: incluem os mais variados assuntos, características e aspectos.

Desenvolvidos para situações de projeto, isto é, começa, desenvolve, termina. Têm uso efêmero: enquanto duram os trabalhos. Desenvolvidos especificamente para cada situação particular. São utilizados, no geral, por todas as pessoas envolvidas, dos chefes aos funcionários.

Manuais de múltipla ação: justapõe características, objetivos, abordagens de diferentes tipos de manuais. Não se aprofunda em nenhum aspecto. Usados em pequenas empresas que não precisam nem dispõem de recursos para elaborar documentos dedicados. Caso usados, o são tanto por dirigentes como por funcionários.

Fases de Elaboração Verificar validade: a primeira coisa a fazer é decidir se vale a pena elaborar o manual. Responder

indagações do tipo: será efetivamente usado? Os custos sobrepassam as economias de sua utilização? Ficará pronto a tempo? Há recursos humanos, técnicos e financeiros para a tarefa?

Definir o tipo do manual: existem vários tipos, com conteúdos, características, objetivos diversos. Há de se saber que tipo será confeccionado. Condicionará as etapas seguintes. Lembre-se que há possibilidade de documentos híbridos, juntando características de vários tipos.

Identificar usuários: a quem se destina. Suas características. Linguajar. Necessidades. Expectativas. Em função da clientela se adequará estrutura, redação, apresentação gráfica, etc. Definir também que setores, chefias, funcionários, operários receberão cópias.

Coletar informações: pesquisar as informações que constarão do manual. As fontes são as mais variadas: entrevistas, observações, textos legais, instruções pré-existentes, outros manuais. Concomitantemente já são agrupadas de forma a estruturar o manual.

Montar estrutura básica: sabendo-se o tipo de manual, as características dos usuários, as informações a conter, define-se a estrutura básica do documento: os capítulos, itens, subitens, etc. Sofrerá, ou não, modificações posteriores.

Redigir textos: elaborar os textos que substanciam as informações a veicular. Nesse ponto também se desenham os gráficos e figuras. Levar em conta o usuário.

Testar uso: antes da impressão final é conveniente fazer algumas cópias e aplicá-las em situações reais de trabalho. É normal haver necessidade de alterações.

Produzir o manual: etapa industrial. Providenciar reprodução, montagem, encadernação dos textos. Serviço feito em gráficas ou setores de reprografia.

Distribuir material: fazer chegar aos usuários os manuais. Convém montar sistema de verificação de entrega efetiva do material. Em grandes organizações ou naquelas com muitas filiais, tais providencias envolvem problemas logísticos de vulto.

Montar sistema de atualização: manuais demandam constante atualização, a definição de forma de se atualizar pode ocorrer junto com algumas das etapas anteriores. Definem-se itens como: quem redigirá modificações, como serão distribuídas, o que substituirão, etc.

São estas, de uma maneira geral, as possíveis fases de elaboração de um manual. Na prática sofrerá modificações. Serve como ponto de partida.

→ CARACTERÍSTICAS DE MANUAIS Deve apresentar uma estrutura coerente, uma diagramação clara e índices adequados. Conter instruções autênticas, certas, precisas e coerentes.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Precisa ter uma redação simples, objetiva e direta. Ser distribuído a quem deles necessitar ou fizer uso. Estar permanentemente atualizado.

→ ESTRUTURAS DE MANUAIS Índice ou sumário Introdução Instruções de uso Conteúdo Apêndices Índices alfabéticos ou remissivos

→ QUEM ELABORA Analistas de O&M que fazem parte dos próprios quadros da empresa ou órgão público. Das

melhores alternativas. Possível em médias e grandes empresas. Consultores externos. Quando a entidade não dispõe de pessoal habilitado para tal. Custos em geral

mais elevados. Assessores de direção, planejamento e similares. Nem sempre com bons resultados. Uma

alternativa viável e relativamente barata. Chefias intermediárias e/ou funcionários. Tentam resolver problemas de sua área. Manuais de uso

restrito. Tendem a bons resultados. Custo ínfimo. Formandos de cursos de graduação em Administração. Como trabalho de conclusão. Alternativa

exótica. Custo zero. Resultados aleatórios.

ARRANJO FÍSICO (LAYOUT)

O layout, também denominado Arranjo Físico ou Distribuição Física tem por conceito o arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes nas organizações, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas e equipamentos.

O layout adequado proporciona à empresa maior economia e produtividade, a partir da boa disposição dos instrumentos de trabalho e através da utilização otimizada dos equipamentos de trabalho e do fator humano alocado no sistema. Uma boa disposição de móveis e equipamentos faculta maior eficiência aos fluxos de trabalho e uma melhoria na própria aparência do local.

Um aspecto muito importante é que a distribuição física pode afetar o comportamento das pessoas, através da alteração nos métodos e processo de trabalho.

→ INDICAÇÕES DAS DISFUNÇÕES A NÍVEL DE LAYOUTVárias deficiências nas rotinas administrativas são em decorrência de problemas do arranjo

físico do escritório. Alguns fatores podem ser citados como indicadores de mau aproveitamento de espaço:

• Demora excessiva: a análise de um fluxograma pode demonstrar uma deficiência da distribuição espacial. A demora pode ser um indicador de que algo naquele ambiente precisa ser modificado.

• Mau fluxo do trabalho: o fluxo indevido não causa tão somente demora no andamento burocrático, porém decisões erradas, consultas desnecessárias ao pessoal próximo e demora excessiva em fluxos secundários. O mau fluxo de trabalho pode estar afetando o trabalho de outras unidades da organização.

• Excessiva acumulação: a má distribuição espacial pode gerar acúmulo de pessoas e documentos.

• Má projeção de locais de trabalho: é uma deficiência ligada especificamente ao layout

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSprojetado para postos ou locais de trabalho. Decorre do fato de que a projeção ter sido elaborada por pessoal não qualificado ou ter sido elaborada segundo a vontade de cada grupo de pessoas destinadas a determinado espaço.

• Perda de tempo gasto para se deslocar de uma unidade para outra: relacionado com a demora excessiva, mostra que, muitas vezes, os desejos pessoais terminam por criar enormes prejuízos à organização por causa do tempo despendido entre unidades da mesma.

DELEGAÇÃO, CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO

Delegação é a transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu subordinado, criando a correspondente responsabilidade pela execução da tarefa delegada.

Portanto, os elementos básicos da delegação podem ser resumidos em: a tarefa que foi transferida do chefe para o subordinado; e a obrigação (responsabilidade) que o subordinado tem para com o chefe na realização desta tarefa

transferida.

Algumas considerações importantes sobre delegação são: a autoridade deve ser delegada até o ponto e na medida necessária para a realização dos resultados

esperados; a autoridade deve ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou funcionário; a responsabilidade não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o subordinado podem livrar-se

totalmente de suas obrigações, designando outros para realizá-los; e a clareza na delegação é fundamental, com designação precisa, entendida e aceita.

A importância da delegação para a empresa está baseada, principalmente, nos aspectos apresentados a seguir:

permite coordenar trabalhos mais complexos e de abrangência maior; permite maior produtividade da equipe de trabalho, através de motivação, menor tempo de espera

para a tomada de decisões, maior desenvolvimento da equipe e maior interação entre as unidades organizacionais;

permite amplitude de controle mais adequada; exige melhor planejamento e programação de atividades e dá condições para isto, pois o chefe que

delega tem mais tempo para executar as suas tarefas prioritárias; permite melhor aproveitamento de recursos; e proporciona maior segurança para a empresa, pois quando o chefe deixa a empresa existem

subordinados treinados e em condições de substituí-lo de maneira adequada.

Características da CentralizaçãoA organização é desenhada dentro da premissa de que o indivíduo no topo possui a mais alta

autoridade e que a autoridade dos demais indivíduos é escalada para baixo, de acordo com sua posição relativa no organograma.

Vantagens da Centralização1. As decisões são tomadas por administradores que possuem visão global da empresa.2. Os tomadores de decisão no topo são mais bem treinados e preparados do que os que estão nos

níveis mais baixos.3. As decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais globais.4. A centralização elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz custos

operacionais.5. Certas funções – como compras e tesouraria – permitem maior especialização e vantagens com a

centralização.

Desvantagens da Centralização1. As decisões são tomadas na cúpula, distanciadas dos fatos e das circunstâncias;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS2. Os tomadores de decisão no topo têm pouco contato com as pessoas e situações;3. Demoras e maior custo operacional.4. As decisões passam pela cadeia escalar, envolvendo pessoas intermediárias e possibilitando

distorções e erros pessoais no processo de comunicação das decisões.

Características da DescentralizaçãoA descentralização faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis mais baixos da organização.

O princípio que rege a descentralização é assim definido: a autoridade para tomar ou iniciar a ação deve ser delegada tão próxima da cena quanto possível. O grau de descentralização é tanto maior quanto:

1. Mais decisões forem tomadas nos níveis mais baixos da hierarquia administrativa;2. Mais decisões importantes forem tomadas nos níveis mais baixos;3. Menor for a supervisão sobre a decisão tomada. A descentralização significa relativa autonomia e

independência para tomar decisões.

LEI Nº 8.112/90 E LEI Nº.9527/97

A Lei nº 9527/97 já está atualizada diretamente no texto.

A palavra regime, em sentido jurídico, significa o sistema ou o modo regular pelo qual as coisas, instituições ou pessoas se devam conduzir.

CONCEITUAÇÕES IMPORTANTES: Servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na

estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1º Esta Lei institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

PROVIMENTOArt. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:I - a nacionalidade brasileira;II - o gozo dos direitos políticos;III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;V - a idade mínima de dezoito anos;VI - aptidão física e mental.

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.§ 3° As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

A investidura do servidor no cargo ocorre com a posse. A posse é a conditio iuris da função

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

pública. Por ela se conferem ao funcionário ou ao agente político as prerrogativas, os direitos e os deveres do cargo ou do mandato. Sem a posse o provimento não se completa, nem pode haver exercício da função pública. É a posse que marca o início dos direitos e deveres funcionais, como, também, gera as restrições, impedimentos e incompatibilidades para o desempenho de outros cargos, funções ou mandatos. Por isso mesmo, a nomeação regular só pode ser desfeita pela Administração antes da posse do nomeado. No entanto, a anulação do concurso, com a exoneração do nomeado, após a posse, só pode ser feita com observância do devido processo legal e a garantia de ampla defesa.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

A nomeação é o ato de provimento de cargo, que se completa com a posse e o exercício. É O ato de preenchimento de cargo efetivo por candidato aprovado em concurso público ou de cargo em comissão ou função de confiança.

II - promoção;

“Promoção é a passagem do servidor de um grau para o imediatamente superior, dentro da respectiva categoria funcional.

As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreira, obedecerão aos critérios de merecimento e antiguidade, alternadamente, na forma da lei, que deverá assegurar critérios objetivos na avaliação do merecimento.

III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

V - readaptação;

readaptação investidura de servidor em cargo de atribuições compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, atestada por Junta Médica Oficial;

VI - reversão;reversão retorno à atividade, de servidor aposentado por invalidez, mediante parecer de Junta Médica Oficial ou por interesse da Administração, do aposentado a pedido

VII - aproveitamento;aproveitamento retorno ao serviço do servidor que se achava em disponibilidade;

VIII - reintegração;

O que é reintegração? É o reingresso do servidor no serviço público

decorrente da decisão judicial passada em julgado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento. Se dará no cargo anteriormente ocupado e, se estiver preenchido, o seu ocupante será exonerado, ou, se ocupava outro cargo, a este será reconduzido, sem direito a indenização.Se o cargo foi extinto, a reintegração se fará em cargo equivalente, respeitada a habilitação profissional.

Ou resumindo reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado;

IX - recondução.

recondução retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, por motivo de inabilitação em estágio probatório ou reintegração do anterior ocupante.

Da NomeaçãoArt. 9º A nomeação far-se-á:I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.

Nomeação: é uma das formas de provimento de cargo público por meio de ato da autoridade competente, respeitados a ordem de classificação dos habilitados em concurso público e o prazo de validade do certame. Ver também admissão.

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSParágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção e acesso, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.

Do Concurso PúblicoArt. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

Art. 12 . O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada uma única vez, por igual período.§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

Da Posse e do Exercício1. Como se dá a investidura em cargo público?R. Dá-se com a posse.

2. O servidor empossado em cargo efetivo mediante concurso público, adquire estabilidade?R. Sim, após três anos de estágio probatório, uma vez aprovado.

3. O servidor estável pode perder o cargo?R. Sim, em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar, com ampla defesa.

4. Que se entende por exercício?R. É o efetivo desempenho das atividades específicas do cargo ou da função de confiança.

5. Que prazo tem o servidor empossado em cargo público para entrar em exercício?R. É de quinze dias, contados da data da posse.10

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos

10 Referência cartilha FUNASA

em lei.§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX, X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo.

Art. 14 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor, compete dar-lhe exercício.§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.

Art. 16 O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSredistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento.§ 2º É facultado ao servidor declinar do prazo estabelecido no caput.

Art. 19 Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. § 1º O ocupante de cargo em comissão ou confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à duração de trabalho estabelecida em leis especiais.

ESTÁGIO PROBATÓRIOÉ um período com duração de 36 meses a

partir da entrada em exercício onde será verificado o desempenho e grau de aproveitamento do servidor recém-admitido na Instituição e que servirá de prova para determinar a efetivação, ou não, no cargo para o qual foi nomeado.

REQUISITOS BÁSICOSNomeação para cargo de provimento

efetivo e entrada em exercício

O estágio probatório visa a avaliar a aptidão do servidor em efetivas análises de desempenho, pois, a avaliação do servidor em estágio probatório terá por base como bem diz a legislação, o acompanhamento diário com apurações periódicas por sua chefia imediata (avaliações parciais) e avaliação final que consistirá da consolidação das avaliações parciais para o exercício de um determinado cargo, tornando-se assim, subjetivo por prerrogativas do cargo.

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes

fatores: (período 36 meses- vide EMC nº 19)I - assiduidade;II - disciplina;III - capacidade de iniciativa;IV - produtividade;V - responsabilidade.

§ 1º Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo - Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento.

Da EstabilidadeArt. 21 O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.(prazo 3 anos - vide EMC nº 19)

Art. 22 O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Da ReadaptaçãoArt. 24 Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSatribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Da ReversãoArt. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001)I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; e) haja cargo vago.

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. § 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. § 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. § 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. § 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. § 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.

Art. 26.(Revogado)

Art. 27 Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

Da Reintegração

Art. 28 A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

Da ReconduçãoArt. 29 Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;II - reintegração do anterior ocupante.Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 30 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da administração pública federal.Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade.

Art. 32 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

VACÂNCIAÉ declarado vago o cargo do servidor estável por motivo de exoneração, demissão,

promoção, readaptação, aposentadoria, falecimento ou posse em outro cargo inacumulável.

Os requisitos básicos são: ser estável no serviço público e nos casos de posse em cargo inacumulável, ter sido aprovado em concurso público e nomeado.

Para vacância por posse em outro cargo inacumulável deverá ser providenciado requerimento do interessado.

Art. 33 A vacância do cargo público decorrerá de:

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Vacância: é a abertura de um cargo ou emprego público.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSI - exoneração;II - demissão;III - promoção;IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).VI - readaptação;VII - aposentadoria;VIII - posse em outro cargo inacumulável;IX - falecimento.

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á:I - a juízo da autoridade competente;II - a pedido do próprio servidor.Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

REMOÇÃOArt. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:I - de ofício, no interesse da Administração;II - a pedido, a critério da Administração;III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, servidor público ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

REDISTRIBUIÇÃOArt. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:I - interesse da administração;II - equivalência de vencimentos;III - manutenção da essência das atribuições do

cargo;IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos.§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31.

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública federal.

§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.

SUBSTITUIÇÃO Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. (Redação da Lei nº 9.527, de 10/12/97)§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSimpedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. (Redação da Lei nº 9.527, de 10/12/97)§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. (Redação dada pela Lei nº 9.527/97)

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.

DIREITOS E VANTAGENSOs direitos decorrentes da função pública

consubstanciam-se no exercício do cargo, nos vencimentos, nas férias, na aposentadoria e demais vantagens concedidas expressamente pela Constituição e normas complementares. São direitos dos servidores públicos que vicejam ao lado dos direitos gerais e fundamentais do cidadão, e, por isso mesmo, sua extensão e seus limites só podem ser apreciados em face das normas administrativas que os concedem, segundo as conveniências do serviço. Dentre os direitos dos servidores veremos especificamente, a seguir, os vencimentos e vantagens pecuniárias.

1. Qual a diferença entre vencimento e remuneração?R. Vencimento — é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado em lei;

Remuneração — é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, estabelecidas em lei.

2. Além do vencimento, que vantagens posso receber?R. Indenizações (ajuda de custo, diárias e transportes); gratificações (retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento, gratificação natalina); adicionais (insalubridade, periculosidade, serviço extraordinário, noturno, de férias).

3. Como é calculada a ajuda de custo?R. É calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a três meses.

4. Que vantagens terei, se no interesse da administração for removido para outro município distante da minha residência?

R. Terá direito à ajuda de custo e correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagens e transporte de móveis e bens pessoais.

5. Em uma viagem a serviço, se retornar à sede em prazo menor do que previsto, tenho que devolver as diárias não utilizadas?R. Sim, as diárias recebidas e não utilizadas devem ser restituídas integralmente, no prazo de cinco dias, após o retorno.

6. Fui exonerado no mês de setembro, a minha gratificação natalina será integral?R. Não, ela será proporcional aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração, à base de 1/12 por mês trabalhado.

Capítulo IDo Vencimento e da Remuneração

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário-mínimo.

Vencimento, em sentido estrito, é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei; vencimento, em sentido amplo, é o padrão com as vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação.

Quando o legislador pretende restringir o conceito ao padrão do servidor emprega o vocábulo no singular - vencimento; quando quer abranger também as vantagens conferidas ao servidor usa o termo no plural - vencimentos.

Os vencimentos - padrão e vantagens - só por lei podem ser fixados, segundo as conveniências e possibilidades da Administração, observando-se que a nova Constituição consagrou aos servidores públicos a irredutibilidade de seus vencimentos (art. 37, XV), o que anteriormente só era assegurado aos magistrados.

Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.§ 1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93.§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.§ 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

Art. 42 Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.

Art. 43. Revogado pela Lei nº 9.624/98

Art. 44. O servidor perderá:I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata;Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.(Regulamentado pelo DECRETO Nº 4.961/ 2004) Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.

Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001) § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão. § 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única

parcela. § 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição." (NR)

Redação anterior - Art. 46. As reposições e indenizações ao erário serão previamente comunicadas ao servidor e descontadas em parcelas mensais em valores atualizados até 30 de junho de 1994.§ 1o A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda dez por cento da remuneração ou provento.§ 2o A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda 25% da remuneração ou provento.§ 3o A reposição será feita em uma única parcela quando constatado pagamento indevido no mês anterior ao do processamento da folha.

Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001) Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa." (NR) (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001)

Redação anterior - Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou ainda aquele cuja dívida relativa a reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua remuneração terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.§ 1º A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. § 2º Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de qualquer medida de caráter antecipatório ou de sentença, posteriormente cassada ou revista, deverão ser repostos no prazo de trinta dias, contados da notificação para fazê-lo, sob pena de inscrição em dívida ativa.

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.

Das VantagensArt. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:I - indenizações;II - gratificações;III - adicionais.§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção IDas Indenizações

Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:I - ajuda de custo;II - diárias;III - transporte; (Redação da MP Nº 301, DE 29 DE JUNHO DE 2006) (Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)IV - auxílio-moradia.” Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)

Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51 desta Lei, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação da LEI Nº 11.355/19.10.2006)11

Subseção IDa Ajuda de Custo

Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor vier a ter exercício na mesma sede.§ 1º Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.§ 2º À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.

Art. 54 A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.

Art. 55 Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandado eletivo.

Art. 56 Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível.

Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.

11 Art. 52. Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

Subseção IIDas Diárias

Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser o regulamento.§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional.

Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

Subseção IIIDa Indenização de Transporte

Art. 60 Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

“Subseção IVDo Auxílio-Moradia

(Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de 1 (um) mês após a comprovação da despesa pelo servidor. (Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006) I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSimóvel funcional; III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos 12 (doze) meses que antecederem a sua nomeação; IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses previstas no § 3º do art. 58 desta Lei, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos 12 (doze) meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a 60 (sessenta) dias dentro desse período; e VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo.IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. (acrescentado pela MP 341, de 29.12.2006 e LEI Nº 11.490 / 20.06.2007)Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso VII do caput deste artigo, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V do caput deste artigo.

Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 5 (cinco) anos dentro de cada período de 8 (oito) anos, ainda que o servidor mude de cargo ou de Município de exercício do cargo. (Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 5 (cinco) anos de concessão, o pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput deste artigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B. (Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)

Art. 60-D. O valor do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão ocupado pelo servidor e, em qualquer hipótese, não poderá ser superior ao auxílio-moradia recebido por Ministro de Estado. (Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)

Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. (Redação da LEI Nº 11.355 / 19.10.2006)

Seção II

Das Gratificações e AdicionaisArt. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;II - gratificação natalina;III - adicional por tempo de serviço; -(Revogado pela MPV 2.225- 45,04.09.2001) IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;VI - adicional noturno;VII - adicional de férias;VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Redação da LEI Nº 11.314 \ 03.07.2006)

Subseção IDa Retribuição pelo Exercício de Função de

Direção, Chefia e AssessoramentoArt. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9º.

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei nº 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3167 da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001) Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos servidores públicos federais.

Subseção IIDa Gratificação Natalina

Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.Parágrafo único. (VETADO)

Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês de exoneração.

Art. 66. A gratificação natalina não será considerada

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpara cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

Subseção IIIDo Adicional por Tempo de ServiçoRevogado pela MP 1.964-31/2000 - Art. 67. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de cinco por cento a cada cinco anos de serviço público efetivo prestado à União, às autarquias e às fundações públicas federais, observado o limite máximo de 35% incidente exclusivamente sobre o vencimento básico do cargo efetivo, ainda que investido o servidor em função ou cargo de confiança. (Revogado pela MPV 2.225- 45,04.09.2001)

Subseção IVDos Adicionais de Insalubridade,

Periculosidade ou Atividades PenosasArt. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações estabelecidas em legislação específica.

Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.

Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

Subseção VDo Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

Subseção VIDo Adicional Noturno

Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.

Subseção VIIDo Adicional de Férias

Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Subseção VIIIDa Gratificação por Encargo de Curso ou

Concurso(Redação da LEI Nº 11.314 \ 03.07.2006)

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Regulamentado pelo DEC Nº 6.114 / 15.05.2007)I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;II - participar de banca examinadora ou de comissão de análise de currículos, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público, ou supervisionar essas atividades.III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006).IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006).

§ 1º. Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros:I - o valor da gratificação será calculado em horas,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSobservadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; II - a retribuição não poderá ser superior a cento e vinte horas de trabalho anuais;III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da administração pública federal:a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo; (Redação da MP Nº 359/ 16.2007 e LEI Nº 11.501 / 11.07.2007)b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. (Redação da MP Nº 359/ 16.2007 e LEI Nº 11.501 / 11.07.2007)§ 2º. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades referidas nos incisos I ou II do caput forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4º do art. 98.§ 3º. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.

DAS FÉRIASDEFINIÇÃO Período anual de

descanso remunerado com duração prevista em Lei.

Para o primeiro período aquisitivo, serão exigidos 12 (doze) meses de efetivo exercício

Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

O servidor público adquire o direito de férias após cada período de 12 meses de freqüência ao trabalho, contado a partir da data em que tenha entrado em exercício, isto é, começado a desempenhar a sua função.

Esta data será alterada quando ocorrer afastamentos não considerados como de efetivo exercício como, por exemplo, no caso de licença para interesse particular. Nessa

situação, o período aquisitivo de férias passará a ser contado da data do retorno do servidor a atividade.

Art. 78 O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando- se o disposto no § 1º deste artigo.§ 1° (Revogado pela Lei nº 9.527/97)§ 2°(Revogado pela Lei nº 9.527/97)§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias.§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório.§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal quando da utilização do primeiro período.

Art. 79 O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527/97).

Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77.

DAS LICENÇASArt. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:I - por motivo de doença em pessoa da família;II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;III - para o serviço militar;IV - para atividade política;V - para capacitação;VI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou junta médica oficial.§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.527/97).§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo.

Art. 82 A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.

Da Licença por Motivo de Doença

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

em Pessoa da FamíliaArt. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva as suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por junta médica oficial.§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até trinta dias, podendo ser prorrogada por até trinta dias, mediante parecer de junta médica oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração por até noventa dias.

Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público civil ou militar, de qualquer do Poderes da União, dos Estados, dos Distrito Federal e Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.

Da Licença para o Serviço MilitarArt. 85 Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica.Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

Da Licença para Atividade PolíticaArt. 86 O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses.

Da Licença para CapacitaçãoArt. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissionalParágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis. Art. 88 (Revogado pela Lei nº 9.527 de 10/12/97)Art. 89 (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)Art. 90 (VETADO)

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001) Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço." (NR) (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001)

Art. 91. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio, probatório, licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração, prorrogável uma única vez por período não superior a esse limite.§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término da anterior ou de sua prorrogação.§ 3º (Revogado pela Lei nº 9.527/97).

Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redação da LEI Nº 11.094 \ 13.01.2005).I - para entidades com 500 a 5.000 associados, um servidor; II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores; III - para entidades com mais de 30.000 associados, três servidores.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades desde que cadastradas no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado.§ 2º A licença terá duração igual a do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.

DOS AFASTAMENTOS1. Que tipos de afastamento é permitido ao servidor público? 12

R. A lei concede ao servidor público quatro tipos de afastamento:• para servir a outro órgão ou entidade (art. 93 da Lei nº 8.112/1990);• para exercício de mandato eletivo (art. 94 da Lei nº 8.112/1990);• para estudo ou missão no exterior (art. 95 da Lei nº 8.112/1990);• para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere (art. 96 da Lei nº 8.112/1990).

2. De que maneira se dá o afastamento?R. Depende do caso previsto nas alíneas anteriores.

3. Como poderá ocorrer o afastamento para outro órgão ou entidade?R. O afastamento para outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios dar-se-á para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança e ainda, em casos previstos em leis específicas, mediante requisição da autoridade maior do órgão ou entidade requisitante.

4. A quem cabe o ônus da remuneração do servidor requisitado para exercer cargo em comissão ou função de confiança?R. Sendo a requisição para órgão ou entidade dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, cabe o ônus ao cessionário, e ao cedente, nos demais casos.

4. A quem cabe o ônus da remuneração do servidor requisitado para exercer cargo em comissão ou função de confiança?R. Sendo a requisição para órgão ou entidade dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, cabe o ônus ao cessionário, e ao cedente, nos demais casos.

5. Como se processa o afastamento para o

12 CARTILHA FUNASA

exercício de mandato eletivo?R. Recomenda-se a leitura do art. 94 da Lei nº 8.112/1990.

6. A quem compete autorizar o afastamento de servidor para estudo ou missão oficial, no exterior?R. Ao Presidente da República, ao Presidente dos órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal para os servidores dos respectivos poderes, salvo delegação de competência.

7. Existe limite de tempo para este tipo de afastamento?R. Sim. A ausência do servidor neste caso não deverá exceder a quatro anos e, finda a missão de estudo, novo afastamento somente poderá ser concedido após igual período de permanência do servidor no serviço.

8. Pode o servidor beneficiado por este afastamento ser exonerado a pedido, logo após o retorno ao trabalho?R. Não. O servidor beneficiado pelo afastamento previsto no art. 95 da Lei nº 8.112/1990 somente gozará de novo afastamento, após decorrido período igual em serviço, salvo se ressarcir o Erário da despesa havida com o afastamento, devidamente atualizada.

9. Como se dá o afastamento de servidor para organismo internacional, conforme prevê o art. 96 da Lei nº 8.112/1990?R. Com a perda total da remuneração.

10. Em que condições pode ser cedido?R. Para exercício de cargo em comissão ou função de confiança e em casos previstos em leis específicas, como exemplo para o SUS. (Art. 93, da Lei nº 8.112/1990).

Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade

Art. 93 O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; II - em casos previstos em leis específicas. § 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação da LEI Nº 11.355/2006)13

§ 3º A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União.§ 4º Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação da LEI Nº 10.470/2002)§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada. (Redação da LEI Nº 10.470/2002)§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, independentemente da observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (NR) (Redação da LEI Nº 10.470, DE 25 DE JUNHO DE 2002)

Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 94 Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;III - investido no mandato de vereador:a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor

13 § 2º Na hipótese de o servidor cedido à empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.

contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse.§ 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Art. 95 O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidentes dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.§ 4º As hipóteses, condições e formas para autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento.

Art. 96 O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

CONCESSÕESArt. 97 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:a) casamento;b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Art. 98 Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. ( renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 2º Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. (acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 3º As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSdependente portador de deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário na forma do inciso II do art. 44. ( acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 4º Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei.” (NR) (Redação da MP Nº 359/ 16.2007 e LEI Nº 11.501 / 11.07.2007) (Redação anterior) - § 4º Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário na forma do inciso II do art. 44, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do art. 76-A." (NR) (Redação da MP Nº 283 \ 23.02.2006) (Redação da LEI Nº 11.314 \ 03.07.2006)

Art. 99 Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga.Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.

TEMPO DE SERVIÇOArt. 100 É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

Art. 101 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527/97).

Art. 102 Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:I - férias;II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;IV - participação em programas de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento; (Redação da Lei nº 9.527/97).V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação da Lei nº 9.527/97).VIII - licença:a) à gestante, à adotante e à paternidade;b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo

de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação da Lei nº 9.527, de 10/12/97). c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação da LEI Nº 11.094 \ 13.01.2005)(Redação anterior) -c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação da MP Nº 210\31.08.2004) (Redação anterior) - c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação da Lei nº 9.527/97).f) por convocação para o serviço militar;IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica.XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com qual coopere. (acrescentado pela Lei nº 9.527/97).

Art. 103 Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração;III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º;IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra.VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea 'b' do inciso VIII do art. 102. (acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.§ 2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.§ 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DO DIREITO DE PETIÇÃODireito de Petição é o direito que o servidor tem de requerer, representar, pedir reconsideração e recorrer de decisões, observadas as normas de urbanidade. A faculdade de decidir pelo acolhimento ou não do pedido é da autoridade detentora do poder disciplinar. Conforme o artigo 104 – “É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.”

Art. 104 É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

Art. 105 O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 106 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

O pedido de reconsideração é cabível sempre que o servidor estiver insatisfeito com atos ou decisões da administração que digam respeito a sua vida funcional. O pedido de reconsideração será sempre dirigido à autoridade que expediu o ato ou tomou a decisão. O requerimento e o pedido deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

No caso do não acolhimento do pedido de reconsideração, poderá o servidor impetrar RECURSO, dirigido à autoridade imediatamente superior àquela que denegou o pedido de reconsideração. O Recurso deve, sempre, apresentar elementos novos que justifiquem a sua apreciação.

Art. 107 Caberá recurso:I - do indeferimento do pedido de reconsideração;II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 108 O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art. 109 O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110 O direito de requerer prescreve:I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior

DOS DEVERESO Regime Disciplinar dos Servidores

Públicos Civis trata dos deveres, proibições, acumulação, responsabilidades e penalidades do servidor, através dos artigos 116 a 142.

1. A lei estabelece deveres para o servidor público?R. Sim. São eles basicamente os que constam do art. 116, incisos I/XII.

2. É permitido ao servidor ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato?R. Não. Esta é uma das dezenove proibições expressas no art. 117 da Lei nº 8.112/1990.

3. Pode o servidor responder pelo exercício irregular de suas atribuições?

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

R. Sim. O servidor responde civil, penal e administrativamente.

4. As sanções administrativas aplicáveis ao servidor excluem as demais?R. Não. As sanções administrativas, civis e penais são independentes entre si, podendo cumular-se. Entretanto, a responsabilidade administrativa será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

É DEVER DO SERVIDORArt. 116 São deveres do servidor:I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza:a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

1. O servidor é obrigado a fazer serviço particular para seu chefe?R. Não. É proibido utilizar pessoal ou recursos materiais em serviço ou atividades particulares.

2. Pode o servidor receber presente em agradecimento por serviço prestado?R. É proibido receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie em razão do exercício do cargo.

3. É permitido ao servidor ser chefe de uma irmã?

R. Não. É proibido manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil.

4. Quais são as penalidades disciplinares aplicáveis aos servidores?R. São, na seguinte ordem:I — advertência;II — suspensão;III — demissão;IV — cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V — destituição de cargo em comissão;VI — destituição de função comissionada.

DAS PROIBIÇÕESArt. 117 Ao servidor é proibido:I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;III - recusar fé a documentos públicos;IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, e exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação da LEI Nº 11.094 \ 13.01.2005)XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSXV - proceder de forma desidiosa;XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

1. Quando cabe a aplicação de penalidade?R. Diante da infringência de dispositivos legais, devidamente comprovada e assegurada ampla defesa ao servidor. Para melhor conhecimento do assunto, recomenda-se a leitura atenta dos art.s 127 a 142 da Lei nº 8.112/1990.

2. Que se entende por abandono de cargo?R. A ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos.

3. Como deve proceder o chefe imediato, ao completar o servidor 31 dias seguidos de falta?R. As chefias devem, por meio do serviço de assistência ao servidor, acompanhar todos os casos de faltas, a fim de evitar que se caracterize o abandono de cargo ou a inassiduidade habitual. Uma vez configurada a infração deve, imediatamente, providenciar a abertura de sindicância ou processo administrativo disciplinar.

4. O que se entende por inassiduidade habitual?R. É a falta injustificada ao trabalho por período igual ou superior a 60 dias interpoladamente, durante o período de 12 meses.

5. As ações disciplinares prescrevem?R. Sim, em cinco anos, no caso de infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão. Em dois anos, quanto à suspensão e em cento e oitenta dias, quanto à advertência.

DA ACUMULAÇÃOÉ a situação do servidor que ocupa mais de

um cargo, emprego ou função pública.Os requisitos básicos são a existência de

acúmulo de cargos, empregos ou funções. Conforme a Constituição Federal, é permitida a acumulação de:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

Verificada a acumulação indevida, o servidor será cientificado para optar por uma das posições ocupadas. Transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem a manifestação optativa do servidor, a Administração sustará o pagamento da posição de última investidura ou admissão.

Art. 118 Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica." (NR) (Redação da MPV n° 2.225-45/04.09.2001)

Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE ACUMULAÇÃO14

1. O que se entende por acumulação de cargos?R. É o direito assegurado ao servidor pela Constituição Federal, de exercer ao mesmo tempo dois cargos efetivos, desde que haja

14 CARTILHA FUNASA

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

compatibilidade de horário.

2. Existe alguma limitação a esse direito?R. Sim. A própria Constituição estabelece que somente são acumuláveis:• dois cargos de professor;• um cargo de professor com outro técnico ou científico;• dois cargos privativos de médico;• dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões devidamente regulamentadas(EC nº 34/2001).

3. É possível ao servidor aposentado assumir novo cargo ou emprego na administração pública?R. Somente se o cargo ou emprego exercido antes da aposentadoria for acumulável com o que pretende exercer. Caso não sejam acumuláveis, é permitido ao interessado renunciar formalmente aos proventos da aposentadoria, a fim de assumir cargo ou emprego mais vantajoso.

4. A acumulação poderá ocorrer em cargo de outro Poder?R. Sim. A acumulação permitida no inciso XVI do art. 37 da Constituição e na EC nº 34/2001, desde que haja compatibilidade de horário, poderá ocorrer entre órgãos e entidades dos Poderes da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

5. Como deve proceder o servidor ou empregado que pretende assumir cargo ou emprego no regime de acumulação?R. Deve, no momento de assumir o novo cargo ou emprego, apresentar declaração de que já exerce outro cargo ou emprego, com informações que possibilitem a apuração da legalidade da situação.

6. A quem compete apurar a legalidade da acumulação de cargos e empregos?R. No que se refere a cargos e empregos federais e desses com os de estados, de municípios e do Distrito Federal, a responsabilidade pela apuração cabe aos órgãos de pessoal das entidades federais, preferencialmente, daqueles que realizarem o último provimento.

7. Verificada a ilegalidade da acumulação qual deve ser o procedimento?R. O interessado deve ser convocado a optar por um dos cargos ou empregos. Se não o fizer no prazo estabelecido, perderá as duas situações, pois fica evidenciada a má-fé.

DAS RESPONSABILIDADESA Lei nº 8.112, trata das responsabilidades do

servidor, que responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições, nos artigos 121 a 126.

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 121 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 123 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 124 A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 126 A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

DAS PENALIDADESNa aplicação das penalidades serão

consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. (Art. 127 da Lei 8.112)

As penalidades disciplinares são: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

disponibilidade, destituição de cargo em comissão, destituição de função comissionada.

Os registros funcionais de advertência, repreensão, suspensão e multa serão automaticamente cancelados após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. O cancelamento, neste caso, não gerará nenhum direito para fins de concessão ou revisão de vantagens.

Art. 127. São penalidades disciplinares:I - advertência;II - suspensão;III - demissão;IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V - destituição de cargo em comissão;VI - destituição de função comissionada.

Art. 128 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 130 A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Suspensão não poderá exceder noventa dias, e quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta

por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:I - crime contra a administração pública;II - abandono de cargo;III - inassiduidade habitual;IV - improbidade administrativa;V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;VI - insubordinação grave em serviço;VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;XI - corrupção;XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar a opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases.I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração;II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;III - julgamento.§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico.§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpublicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos artigos. 163 e 164.§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento.§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. 167. § 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. (acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.

Art. 134 Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 135 A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão.

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 137. A demissão, ou a destituição de cargo em

comissão por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex- servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 138 Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.

Art. 139 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, intercaladamente, durante o período de doze meses.

Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que:I - A indicação da materialidade dar-se-á:

a) na hipótese de abandono de cargo pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias;

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses;II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento.

Art. 141 As penalidades disciplinares serão aplicadas:I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior, quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.

Art. 142 A ação disciplinar prescreverá:I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScom demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

PENALIDADES são sanções a que o servidor estará sujeito caso pratique faltas administrativas previstas na Lei n.º 8.112/90.

REQUISITOS BÁSICOSPrática de uma das infrações elencadas no Regime Jurídico Único.

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E SUA REVISÃOArt. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.§ 1º - (Revogado pela LEI Nº 11.204/2005 )§ 2º - (Revogado pela LEI Nº 11.204/2005 )§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da autoridade a que se refere, poderá ser promovida por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência específica para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competências para o julgamento que se seguir à apuração.

Art. 144. As denúncias sobre irregularidade serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.

Art. 145. Da sindicância poderá resultar:I - arquivamento do processo;II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;

III - instauração de processo disciplinar.Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

DO AFASTAMENTO PREVENTIVOArt. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

DO PROCESSO DISCIPLINARArt. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.§ 1º A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 150. A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Administração.Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;III - julgamento.

Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias contados

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSda data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

Do InquéritoArt. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.

Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.

Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a

comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las por intermédio do presidente da comissão.

Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 161. Tipificada infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de duas testemunhas.

Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante do cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSde escolaridade igual ou superior ao do indiciado.

Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

Do JulgamentoArt. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o inc. I do art. 141.

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação, de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou entidade;

§ 4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos.

Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de

novo processo.§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 142, § 2º, será responsabilizada na forma do Capítulo IV e do Título IV.

Art. 142. ....................................§ 2º Os prazos de prescrição previstos em lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor.Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parágrafo único, inc. I, do art. 34, o ato será convertido em demissão, se for o caso.

Art. 34. ..........................................Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado;II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a deslocarem-se da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Da Revisão do ProcessoArt. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem em fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.

Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 177. O requerimento de revisão do processo será

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSdirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão, na forma do art. 149.

Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.§ 1º A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo originário.Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e a inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar.

Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141.Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, que será convertida em exoneração.Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

Art. 183 A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.§ 1º O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com

exceção da assistência à saúde. Redação da LEI Nº 10.667/14.05.2003§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime de previdência. Redação da LEI Nº 10.667/14.05.2003 § 3 º Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. Redação da LEI Nº 10.667/14.05.2003§ 4 º O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento." (NR). Redação da LEI Nº 10.667/14.05.2003.

Art. 184 O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão;II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;III - assistência à saúde.Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos em regulamento, observadas as disposições desta Lei.

Art. 185 Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:I - quanto ao servidor:a) aposentadoria;b) auxílio-natalidade;c) salário-família;d) licença para tratamento de saúde;e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;f) licença por acidente em serviço;g) assistência à saúde;h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;

II - quanto ao dependente:a) pensão vitalícia e temporária;b) auxílio-funeral;c) auxílio-reclusão;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSd) assistência à saúde.

§ 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

BENEFÍCIOSDA APOSENTADORIA

Art. 186 O servidor será aposentado:I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;III - voluntariamente:a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais;b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.§ 2º Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso "a" e "c", observará o disposto em lei específica.§ 3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta médica oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou à impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24. (acrescentado pela Lei nº 9.527/97).

Art. 187 A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo.

Art. 188 A aposentadoria voluntária ou por invalidez

vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

Art. 189 O provento da aposentadoria será calculado com observância do disposto no § 3º do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Art. 190 O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das moléstias especificadas no art. 186, § 1º, passará a perceber provento integral.

Art. 191 Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade.

Art. 192 - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 193 (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 194 Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.

Art. 195 Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.

Do Auxílio-Natalidade Art. 196 O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.§ 2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a parturiente não for servidora.

Do Salário-FamíliaArt. 197 O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSParágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-família:I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;III - a mãe e o pai sem economia própria.

Art. 198 Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

Art. 199 Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 200 O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social.

Art. 201 O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família.

Da Licença para Tratamento de SaúdeArt. 202 Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 203 Para licença até 30 (trinta) dias, a inspeção será feita por médico do setor de assistência do órgão de pessoal e, se por prazo superior, por junta médica oficial.§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.§ 2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será aceito atestado passado por médico particular. (Redação da Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 3º No caso do parágrafo anterior, o atestado somente produzirá efeitos depois de homologado pelo setor médico do respectivo órgão ou entidade, ou pelas autoridades ou pessoas de que tratam os parágrafos do art. 230. (Redação da Lei nº 9.527/97).§ 4º O servidor que durante o mesmo exercício atingir o limite de trinta dias de licença para tratamento de saúde, consecutivos ou não, para a concessão de nova licença, independentemente do prazo de sua

duração, será submetido a inspeção por junta médica oficial. ( acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 204 Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

Art. 205 O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1º.

Art. 206 O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.

Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade

Art. 207 Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 208 Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

Art. 209 Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactente terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 210 À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

Da Licença por Acidente em Serviço Art. 211 Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.

Art. 212 Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSI - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 213 O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.

Art. 214 A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

Da PensãoArt. 215 Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no art. 42.

Art. 216 As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias.§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou maioridade do beneficiário.

Art. 217 São beneficiários das pensões:I - vitalícia:a) o cônjuge;b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia;c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar;d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor;

II - temporária:a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

§ 1º A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "c" do inciso I deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários

referidos nas alíneas "d" e "e".§ 2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso II deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas "c" e "d".

Art. 218 A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária.§ 1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.§ 2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.§ 3º Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Art. 219 A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida.

Art. 220 Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor.

Art. 221 Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.

Art. 222 Acarreta perda da qualidade de beneficiário:I - o seu falecimento;II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;III - a cessação de invalidez em se tratando de beneficiário inválido;IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade;V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;VI - a renúncia expressa.

Art. 223 Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSI - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia;II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia.

Art. 224 As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189.

Art. 225 Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas pensões.

Do Auxílio-Funeral Art. 226 O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração.§ 2º (VETADO)§ 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral.

Art. 227 Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, observado o disposto no artigo anterior.

Art. 228 Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública.

Seção IXDo Auxílio-Reclusão

Art. 229 À família do servidor ativo é devido o auxílio- reclusão, nos seguintes valores:I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda de cargo.§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, desde que absolvido ;§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

DA ASSISTÊNCIA À SAÚDEArt. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde

– SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento. (Redação da LEI Nº 11.302/2006)15

§ 1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência de médico ou junta médica oficial, para sua realização o órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com unidades de atendimento do sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 2º Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou entidade promoverá a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta médica especificamente para esses fins, indicando os nomes e especialidades dos seus integrantes, com a comprovação de suas habilitações e de que não estejam respondendo a processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da profissão. (acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 3º Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União e suas entidades autárquicas e fundacionais autorizadas a: (Redação da LEI Nº 11.302 \ 10.05.2006)I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços de assistência à saúde para os seus servidores ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos familiares definidos, com entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador, sendo certo que os convênios celebrados depois dessa data somente poderão sê-lo na forma da regulamentação específica sobre patrocínio de autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas também aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de 2006; (Redação da LEI Nº 11.302 \ 10.05.2006)II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador; (Redação da LEI Nº 11.302/10.05.2006)

15 (Redação anterior) - Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família, compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, prestada pelo Sistema Único de Saúde - SUS ou diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou, ainda, mediante convênio ou contrato, na forma estabelecida em regulamento. (Redação da Lei nº 9.527, de 10/12/97). - Regulamentado pelo 4.978, de 3.2.2004

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSIII - (VETADO) (Redação da LEI Nº 11.302/2006)§ 4º (VETADO) (Redação da LEI Nº 11.302/2006)§ 5º O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido pelo servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado de assistência à saúde.” (NR) (Redação da LEI Nº 11.302 \ 10.05.2006)

DO CUSTEIOArt. 231. O Plano de Seguridade Social do servidor será custeado com o produto da arrecadação, de contribuições sociais obrigatórias dos servidores ativos e inativos dos três Poderes da União, das autarquias e das fundações públicas.§ 1º A contribuição do servidor, diferenciada em função da remuneração mensal, bem como dos órgãos e entidades, será fixada em lei.§ 2º O custeio das aposentadorias e pensões é de responsabilidade da União e de seus servidores. (Redação da Lei nº 8.688, de 21/07/93).Suprimido pela Lei nº 9.630/98 - § 3º A contribuição mensal incidente sobre os proventos será apurada considerando-se as mesmas alíquotas e faixas de remuneração estabelecidas para os servidores em atividade. (acrescentado pela Medida Provisória nº 1.643-23, de 27/02/98).

DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 232 (Revogado pela Lei nº 8.745/93 09/12/93).Art. 233 - (Revogado pela Lei nº 8.745/93 09/12/93).Art. 234 - (Revogado pela Lei nº 8.745/93 09/12/93).Art. 235 - (Revogado pela Lei nº 8.745/93 09/12/93).

DAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 236 O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito de outubro.

Art. 237 Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira:I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a redução dos custos operacionais;II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração e elogio.

Art. 238 Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.

Art. 239 Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

Art. 240 Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto se a pedido;c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas em assembléia geral da categoria;d) (Revogada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).e) (Revogada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 241 Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou companheiro, que comprove união estável como entidade familiar.

Art. 242 Para os fins desta Lei, considera-se sede o município onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAISArt. 243 Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de prorrogação. § 1º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação.§ 2º As funções de confiança exercidas por pessoas não integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade onde têm exercício ficam transformadas em cargos em comissão, e mantidas enquanto não for implantado o plano de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei.§ 3º As Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei.§ 4º (VETADO).§ 5º O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários da Justiça, remunerados com recursos da União, no que couber.§ 6º Os empregos dos servidores estrangeiros com estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se encontrem vinculados os empregos.§ 7º Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, poderão, no

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSinteresse da administração e conforme critérios estabelecidos em regulamento, ser exonerados mediante indenização de um mês de remuneração por ano de efetivo exercício no serviço público federal. ( acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 8º Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos, serão considerados como indenizações isentas os pagamentos efetuados a título de indenização prevista no parágrafo anterior. ( acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).§ 9º Os cargos vagos em decorrência de aplicação do disposto no § 7º poderão ser extintos pelo Poder Executivo quando considerados desnecessários. (acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 244 Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transformados em anuenios.

Art. 245 A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 90.

Art. 246 - (VETADO).

Art. 247 Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá ajuste de contas com a Previdência Social, correspondente ao período de contribuição por parte dos servidores celetistas abrangidos pelo art. 243.

(Redação da Lei nº 8.162, de 08/01/91).

Art. 248 As pensões estatutárias, concedidas até a vigência desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade de origem do servidor.

Art. 249 Até a edição da lei prevista no § 1º do art. 231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da União, conforme regulamento próprio.

Art. 250 O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias para a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele dispositivo. (Veto mantido pelo Congresso Nacional e promulgado no D.O.U. de 19/04/91).

Art. 251 (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 252 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com feitos financeiros a partir do primeiro dia do mês subseqüente.

Art. 253 Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem como as demais disposições em contrário.Brasília, 11 de dezembro de 1990

LEI 8.666 DE 23/06/93 E SUAS ALTERAÇÕES: LEI 8.883/94

A Lei nº 8.883/94 já está atualizada diretamente no texto.

DEFINIÇÕES BÁSICAS LICITAÇÃO – é o conjunto de procedimentos adotados pela Administração Pública

visando a aquisição de bens e serviços. USUÁRIO/CLIENTE – são todos os setores da Administração Pública que se utilizam

do processo licitatório para a aquisição de bens e/ou serviços. FORNECEDOR/PRESTADOR DE SERVIÇO – é aquele que, através de proposta

escrita e assinada, oferece à Administração o objeto da licitação. OBJETO – é o bem/serviço o qual pretende adquirir a Administração. PROCESSO – é o conjunto de atos e documentos que compõe a rotina legal que

objetiva a aquisição de bens e/ou serviços. PROCEDIMENTO – é o ato que compõe o processo licitatório. Exemplo: publicação do

edital, remessa de avisos eletrônicos(via e-mail) abertura de envelopes de habilitação/propostas.

HABILITAÇÃO – são as condições exigidas, pela Administração Pública, dos participantes do certame licitatório, para que estes possam oferecer seus bens/serviços ao Estado.

PROPOSTA – é o documento através do qual o licitante participa do certame oferecendo seu bem/serviço à Administração Pública, nas condições solicitadas pelo Edital.

EDITAL DE LICITAÇÃO – é o caderno processual que traz todas as condições e exigências de um determinado bem/serviço do qual necessita a Administração Estadual.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS AUTORIDADE INSTAURADORA – é a pessoa responsável pelo deferimento do

processo licitatório, determinando o início de seus atos e a homologação de seus procedimentos.

COMISSÃO DE LICITAÇÃO – é o órgão colegiado composto por no mínimo tres(03) servidores estaduais e/ou pessoas indicadas pela Autoridade Instauradora, para efetivar, controlar e dar seguimento até final adjudicação dos procedimentos licitatórios.

PUBLICAÇÃO – são todos os atos que tem por finalidade divulgar de forma ampla e irrestrita o processo licitatório. Ex: D.O.E. – jornais – boletins – INTERNET – murais.

JULGAMENTO – é o ato da Comissão de Licitação que classifica as propostas apresentadas pelos licitantes e, através de documento formal –ata – , indica qual aquela que atendeu as condições exigidas pelo Edital.

ATA DE JULGAMENTO/CLASSIFICAÇÃO – é a manifestação expressa da Comissão apontando a proposta que atendeu as condições do edital.

ADJUDICAÇÃO – é o ato privativo da Comissão de Licitação, que indica à Autoridade Instauradora, qual foi, dentre as propostas apresentadas pelos fornecedores/prestadores de serviço, a proposta que apresentou total compatibilidade com a solicitação do Edital de Licitação.

HOMOLOGAÇÃO – é o ato privativo da Autoridade Instauradora que confirma a proposta, indicada pela Comissão de Licitação, como a vencedora do certame.

(Alterada pelas LEI Nº 9.032/28.04.95, Nº 9.648/27.05.98 e Nº 9.854/27.10.99, Lei Nº 10.973/02.12.2004, LEI Nº 11.079/30.12.2004, LEI Nº 11.107/06.04.2005, LEI Nº 11.196/21.11.2005, LEI Nº

11.445/05.01.2007, LEI Nº 11.481/31.05.2007, LEI Nº 11.484/31.05.2007 já inseridas no texto)

O parágrafo único do artigo segundo da Lei 8666, de 1993 define o contrato administrativo como:

“todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades, para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.”

Esta definição está calcada no conceito produzido por Hely Lopes Meireles, o mestre, que, juntamente, com Caio Tácito, exerceu grande influência nesse ramo do Direito e na produção legislativa.

Esse contrato, tal qual o comum, é sempre consensual, comutativo e, em regra, oneroso e formal. Excepcionalmente, informal. É intuitu personae, ou seja, em princípio, deve ser executado, pela própria pessoa que contratou.

A prévia licitação é exigência obrigatória, salvo as exceções legais, que facultam a dispensa da licitação ou a declaração de inexigibilidade, devidamente justificadas, em processo regular.

Art. 1° Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Art. 2° As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando

contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta lei.Parágrafo único. Para os fins desta lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

A Lei de Licitações considera contrato todo e qualquer ajuste celebrado entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, por meio do qual se estabelece acordo de vontades, para formação de vínculo e estipulação de obrigações recíprocas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Os contratos administrativos regulam-se por suas cláusulas, pelas normas da Lei de Licitações e pelos preceitos de direito público. Na falta desses dispositivos, são regidos por princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Após concluída a licitação, ou os procedimentos de dispensa ou inexigibilidade, a Administração adotará as providências para celebração do respectivo contrato.

No contrato devem estar estabelecidas com clareza e precisão as cláusulas com os direitos, obrigações e responsabilidade da Administração e do particular. Essas disposições devem estar em harmonia com o ato convocatório da licitação, com os termos da proposta do contrato e do ato que autorizou a contratação sem, licitação.

Art. 3° A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Os princípios básicos, conforme reza o art. 3º da Lei n. 8.666/93, são: Legalidade, impessoalidade, moralidade, probidade administrativa, igualdade, publicidade, vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo.

§ 1° É vedado aos agentes públicos:I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3° da Lei n° 8.248, de 23 de outubro de 1991.

§ 2° Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional;II - produzidos no País;III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)

§ 3° A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.§ 4° (Vetado).

Art. 4° Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1° têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.

Art. 5° Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta lei, devendo cada unidade da administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada.§ 1° Os créditos a que se referem este artigo terão seus valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor.§ 2° A correção de que trata o parágrafo anterior, cujo pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos a que se referem.§ 3º Observado o disposto no caput, os pagamentos decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura.”

Seção IIDas Definições

Art. 6° Para os fins desta lei, considera-se:I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSadministração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente;IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros;V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea c do inciso I do art. 23 desta lei;VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos;VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da administração, pelos próprios meios;VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer dos seguintes regimes:

a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

c) (vetado);d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para

pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os

melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;XIII - Imprensa oficial - veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for definido nas respectivas leis;XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual;XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública;XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes.

SEÇÃO IIIDas Obras e Serviços

Art. 7° As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:I - projeto básico;II - projeto executivo;III - execução das obras e serviços.§ 1° A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela administração.§ 2° As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSII - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executados no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso.§ 3° É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica.§ 4° É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.§ 5° É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.§ 6° A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.§ 7° Não será ainda computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a atualização monetária das obrigações de pagamento, desde a data final de cada período de aferição até a do respectivo pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios estabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório.§ 8° Qualquer cidadão poderá requerer à Administração Pública os quantitativos das obras e preços unitários de determinada obra executada.§ 9° O disposto neste artigo aplica-se também, no que couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 8° A execução das obras e dos serviços deve programar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considerados os prazos de sua execução.Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado da autoridade a que se refere o art. 26 desta lei.

Art. 9° Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa

física ou jurídica;II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.§ 1° É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da administração interessada.§ 2° O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela administração.§ 3° Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.§ 4° O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos membros da comissão de licitação.

Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas:I - execução direta;II - execução indireta, nos seguintes regimes:a) empreitada por preço global;b) empreitada por preço unitário;c) (vetado);d) tarefa;e) empreitada integral.Parágrafo único. (Vetado).

Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às condições peculiares do local ou às exigências específicas do empreendimento.

Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos:I - segurança;II - funcionalidade e adequação ao interesse público;III - economia na execução, conservação e operação;IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação;V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas;VII - impacto ambiental.

SEÇÃO IVDos Serviços Técnicos Profissionais

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSEspecializados

Art. 13. Para os fins desta lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;II - pareceres, perícias e avaliações em geral;III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico;VIII - (vetado).

§ 1° Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.§ 2° Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. III desta lei.§ 3° A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.

SEÇÃO VDas Compras

Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.

Art. 15. As compras, sempre que possível deverão:I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;II - ser processadas através de sistema de registro de preços;III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado;IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública.§ 1° O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.§ 2° Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da administração, na imprensa oficial.§ 3° O sistema de registro de preços será

regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições;I - seleção feita mediante concorrência;II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;III - validade do registro não superior a um ano.§ 4° A existência de preços registrados não obriga a administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.§ 5° O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser informatizado.§ 6° Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.§ 7° Nas compras deverão ser observadas, ainda:I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca;II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação;III - as condições de guarda e armazenamento que não permitam a deterioração do material.§ 8° O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23 desta lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros.

Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela administração direta ou indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do art. 24.

SEÇÃO VIDas Alienações

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinadas à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:a) dação em pagamento;b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de governo;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSc) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta lei;d) investidura;e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;f) alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse social, por órgãos ou entidades da administração pública especificamente criados para esse fim;g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)

II - quando móveis dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos;a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

§ 1° Os imóveis doados com base na alínea b do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.

§ 2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel; (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)II - a pessoa física que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura e moradia sobre área rural situada na região da Amazônia Legal, definida no art. 2º da Lei no 5.173, de 27 de outubro de 1966, superior à legalmente passível de legitimação de posse referida na alínea g do inciso I do caput deste artigo, atendidos os limites de área definidos por ato normativo do Poder Executivo. (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005) - (Regulamentado pelo DEC Nº 5.732/23.03.2006)16

16 (Redação anterior) - § 2° A administração poderá conceder direito real de uso de bens imóveis, dispensada

§ 2º-A. As hipóteses da alínea g do inciso I do caput e do inciso II do § 2º deste artigo ficam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005) I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja comprovadamente anterior a 1º de dezembro de 2004; (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da destinação e da regularização fundiária de terras públicas; (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-econômico; e (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social.

§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste artigo: (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)II - fica limitada a áreas de até 500 (quinhentos) hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; e (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)

§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta Lei:I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea “a” do inciso II do art. 23 desta Lei;II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão.”§ 4° A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente justificado.§ 5° Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de

licitação, quando o uso se destina a outro órgão ou entidade da Administração Pública.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSfinanciamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em 2° grau em favor do doador.§ 6° Para a venda de bens imóveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea b, desta lei, a administração poderá permitir o leilão.§ 7o (VETADO).” (NR) (Redação da LEI Nº 11.481/31.05.2007)

Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação.

Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:I - avaliação dos bens alienáveis;II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.

CAPÍTULO IIDa Licitação

SEÇÃO IDas Modalidades, Limites e Dispensa

São modalidades de licitação:Concorrência é a modalidade de licitação

entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

Tomadas de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior a data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

Convite é modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de ate 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho

técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é realizada por meio de propostas e lances em sessão pública. Compreende-se por bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no ato convocatório, por meio de especificações habitualmente utilizadas no mercado. O pregão poderá ser processado por meios informatizados próprios, locados, conveniados ou contratados com instituições federais, estaduais ou privadas, conforme dispuser o regulamento.

Art. 20. Às licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais.

Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências e das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizadas no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez;I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal, quando se tratar respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal;III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo, ainda, a administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.§ 1° O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS§ 2° O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:I - quarenta e cinco dias para:a) concurso;b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”;

II - trinta dias para:a) concorrência, nos casos não especificados na alínea b do inciso anterior;b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”.

III - quinze dias para tomada de preços, nos casos não especificados na alínea b do inciso anterior, ou leilão;IV - cinco dias úteis para convite.§ 3° Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.§ 4° Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.

Art. 22. São modalidades de licitação:I - concorrência;II - tomada de preços;III - convite;IV - concurso;V - leilão;

§ 1° Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.§ 2° Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para

cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.§ 3° Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo e 3 (três), pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.§ 4° Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.§ 5° Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.§ 6° Na hipótese do § 3° deste artigo, existindo na praça mais de três possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.§ 7° Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3° deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.§ 8° É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.§ 9° Na hipótese do § 2° deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital.

As modalidades de licitação serão determinadas em função de limites, tendo em vista o valor estimado da contratação. Os valores abaixo são os vigentes a partir da Lei no. 9.648 de 27/05/98.

LIMITES DE LICITAÇÕESI. PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA Dispensa Isento até R$ 15.000,00Convite De R$ 15.001,00 até R$ 150.000,00Tomada de Preços De R$ 150.001,00 até R$ 1.500.000,00Concorrência Pública Acima de R$ 1.500.000,00

II. PARA COMPRAS E SERVIÇOS NÃO REFERIDOS NO INCISO ANTERIORDispensa Isento até R$ 8.000,00Convite De R$ 8.001,00 até R$ 80.000,00Tomada de Preços De R$ 80.001,00 até R$ 650.000,00

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSConcorrência Pública Acima de R$ 650.000,00

Quanto ao prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:I - quarenta e cinco dias para:

b) concurso;c) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral

ou quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço.”

II - trinta dias para:a) concorrência, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior;b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”;

III - quinze dias para tomada de preços, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior, ou leilão;

IV - cinco dias úteis para convite.

Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:I - para obras e serviços de engenharia:(inciso e alínea com Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)a) convite: até R$150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);b) tomada de preços: até R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);c) concorrência: acima de R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:(inciso e alínea com Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)a) convite: até R$80.000,00 (oitenta mil reais);b) tomada de preços: até R$650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);c) concorrência: acima de R$650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).

§ 1° As obras, serviços e compras efetuadas pela administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala.§ 2° Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.§ 3° A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o

disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.§ 4° Nos casos em que couber convite, a administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.§ 5° É vedada a utilização da modalidade convite ou tomada de preços, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de tomada de preços ou concorrência, respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquele do executor da obra ou serviço.§ 6° As organizações industriais da Administração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União.§ 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de escala. § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número." (NR)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS(Redação da LEI Nº 11.107/06.04.2005)

Art. 24. E dispensável a licitação:I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a” do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;

Em face do reduzido valor do objeto a ser contratado, este dispositivo, reconhecendo supremacia do princípio da economicidade sobre o princípio da licitação e tendo em vista o gasto superior à vantagem obtida pela Administração com a realização da licitação, decidiu a prevalência daquele sobre esse último.

A execução de pequenas obras ou a prestação de simples serviços de engenharia são medidas singelas que vão de encontro às medidas solenes como a licitação.

São requisitos da aplicabilidade desse inciso:a) que o objeto seja a realização de obras ou

a execução de serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I do artigo 23;

b) que os serviços e as obras a serem realizados não sejam da mesma natureza e no mesmo local, que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente.

II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a” do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;

A regra é a mesma da prevista no inciso I do citado dispositivo. Ressalta-se que o administrador público deve observar, sempre, os limites estabelecidos pelo inciso para suas aquisições e contratações de serviços, para que não infrinja o Estatuto Licitatório e utilize a dispensa em lugar de uma das modalidades de licitação.

III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

Nesse inciso a Lei nº 8.666/93 autoriza o administrador público a dispensar a licitação nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem. O legislador, com tal premissa, pretende que, na iminência das contratações sofrerem prejuízos em decorrência da demora ou quando realização das mesmas possa devolver o estado de segurança

nacional, possa ocorrer a dispensa do procedimento licitatório.

A guerra, como toda situação de fato relevante, tem conseqüências na órbita do Direito. Segundo Hely Lopes Meirelles, op. cit., a guerra é o “... estado de beligerância entre o Brasil e outras nações, declarado por ato do Presidente da República na forma constitucional...”.

A caracterização do estado de guerra impossibilita o exercício normal das funções públicas. Entretanto, não basta a existência da guerra para que todas as licitações sejam dispensadas.

Lúcia Valle Figueiredo e Sérgio Ferraz, na obra Dispensa e Inexigibilidade de Licitação, 3ª ed., São Paulo, 1994, assim disciplinam:

“É mister deixar claro, se o conceito de guerra não oferece maior problema com relação a seu conteúdo, os conceitos de grave perturbação da ordem e o de calamidade pública estão eivados de indeterminação. Há, portanto, de se registrar intensa cautela nas suas determinações. Todo conceito, exatamente por ser conceito, é finito.”

Segundo Jacoby Fernandes, op. cit., “... há correlação entre a pretensa e futura contratação e a necessidade de se dispensar a licitação, podendo exsurgir vários fatores determinantes: a) alteração do mercado, em razão da decretação do estado de guerra, inviabilizando a credibilidade como fator de contratação, como, por exemplo, determinados bens terem se tornado escassos ou raros, ou as relações entre fornecedores e vendedores terem se tornado inviáveis, podendo haver, nesse caso, correlação com as autorizações de dispensa expostas, v. g., nos incisos V, VI, X, XVII e XVIII do mesmo art. 24; b) urgência de atendimentos imprevistos e inadiáveis, caso correlato ao do inciso IV; c) necessidade de se proceder à dispensa por motivo de segurança nacional, correlacionando-se este inciso com o IX do mesmo artigo; d) outros motivos, entre os quais até o fato da declaração de dispensa que possa comprometer a segurança, circunstância que leva a acolher apenas em termos a necessidade de publicação do despacho previsto no art. 26 desta Lei.”

A grave perturbação da ordem é um caos generalizado ou regionalizado, como motim, revolução ou greve que comprometam os serviços essenciais prestados à população. Eventuais tumultos, dificuldade de tráfego, fechamento de comércio por curto espaço de tempo, não justificam a dispensa, ainda que se tenha tornado notória a paralisação ou a perturbação da ordem.

Dessa forma, três são os requisitos para a caracterização da hipótese prevista no inciso III do art. 24, senão vejamos:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) anormalidade ou extraordinária alteração de mercado, afetado pela grave perturbação da ordem ou guerra;

b) necessidade inadiável de atendimento de determinados e definidos interesses públicos, imprevistos e inadiáveis;

c) contratação direta de apenas o necessário ao atendimento imediato.

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;

Esse dispositivo, no âmbito da Administração Pública, é o que apresenta maior incidência de má interpretação legal dos agentes administrativos, que estendem sua abrangência, desprezando requisitos ou ampliando seus limites. Tem como fundamento a não utilização do procedimento licitatório nos casos em que o decurso de tempo necessário para a realização do certame, impediria a realização de medidas indispensáveis para evitar danos irreparáveis.

Para Carlos Cintra do Amaral, citado na obra de Lúcia Valle Figueiredo e Sérgio Ferraz (1994:49) a emergência

“é (...) caracterizada pela inadequação do procedimento formal licitatório ao caso concreto. Mais especificamente: um caso é de emergência quando reclama solução imediata, de tal modo que a realização de licitação, com os prazos e formalidades que exige, pode causar prejuízo à empresa (obviamente prejuízo relevante) ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços ou bens, ou, ainda, provocar a paralisação ou prejudicar a regularidade de suas atividades específicas. Quando a realização da licitação não é incompatível com a solução necessária, no momento preconizado, não se caracteriza a emergência.”

A calamidade pública deve ser declarada na forma do Decreto Federal nº 895, de 16 de agosto de 1993, que dispõe entender-se por estado de calamidade pública, o reconhecimento, pelo Poder Público, de situação anormal provocada por desastres, que cause sérios danos à comunidade afetada, inclusive à incolumidade ou à vida de seus integrantes.

Sem a devida declaração do estado de calamidade pública, reconhecida através de portaria, não pode o Administrador Público utilizar-se deste argumento para embasar a dispensa de licitação fundada no inciso IV da Lei nº 8.666/93.

Não basta a ocorrência da situação de emergência. É necessário que o administrador, ao dispensar a licitação, tenha presente um risco que, com a dispensa de licitação, poderá ser evitado. O risco deve ser potencial e iminente.

V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;

A norma acima retrata a possibilidade de comprar, sem processo licitatório, no caso da ocorrência da licitação deserta.

Somente após a existência de licitação anterior, que logrou-se deserta, por razão de desinteresse dos licitantes, é que se permite a utilização desta premissa legal.

Além do fracasso da licitação anterior é necessário que fique caracterizado o risco, a pessoas e bens, ocorrido no momento da despesa e que a contratação direta se realize para eliminar tal situação.

Somando às situações discorridas é imprescindível que as condições exigidas no processo licitatório anterior sejam mantidas para que a Administração realize a contratação legalmente.

VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;

Segundo Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, op. cit., “essa autorização para contratação direta sem licitação foi estabelecida apenas para a União Federal e deve ser interpretada em consonância com o disposto nos arts. 170 a 181 da Constituição Federal.”

Este dispositivo possibilita à União intervir no mercado de bens e serviços, adquirindo ou ofertando bens de forma a equilibrar o mesmo, sem a utilização de licitação, que, por apresentar um procedimento demorado, poderá tornar eficaz a intervenção.

Seja para regular preços, seja para normalizar o abastecimento, a Lei nº 8.666/93 autoriza, em ambos os casos, que a Administração dispense o processo licitatório e adquira diretamente do fornecedor.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços;

Este dispositivo possibilita que a Administração dispense a realização de licitação, desde que realize procedimento licitatório e verifique que o preço ofertado pelos licitantes está incompatível com os preços de mercado ou com os preços fixados pelos órgãos oficiais competentes.

Ressalta-se que para a utilização desta premissa é fundamental que a licitação anterior tenha atingido a fase de abertura de propostas e que estas tenham sido desclassificadas por estarem com os preços superiores aos praticados pelo mercado.

Ponto relevante neste dispositivo é o fato de reportar-se ao art. 48, parágrafo único da Lei nº 8.666/93, que faculta à concessão aos licitantes de nova oportunidade para formular suas propostas, quando todas tiverem sido desclassificadas. No prazo de oito dias, os licitantes deverão, conforme faculdade da Administração, formular novas propostas escoimadas das causas que levaram às suas respectivas desclassificações.

Assim, se em uma licitação não foi possível adjudicar vencedor, em virtude de preços exorbitantes, embora tendo-se concedido o prazo previsto no parágrafo único do art. 48, desnecessário será repetir o procedimento. Poderá haver contratação direta, desde que por preços não superiores aos constantes do registro de preços do órgão licitante.

VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;

O dispositivo permite a dispensa de licitação para aquisição de bens ou contratação de serviços, desde que o órgão contratado tenha sido criado para a finalidade buscada e que seus preços sejam compatíveis com os praticados no mercado.

O contratante, segundo a norma acima, deve ser pessoa jurídica de direito público interno, ou seja, a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal, além das respectivas autarquias.

O contratado deverá ser órgão ou entidade que integre a Administração Pública, devendo-se entender como órgão aquele que integra a estrutura do Estado e é dotado de vontade e capacidade de exercer direitos e obrigações para a consecução de seus fins institucionais. As entidades são centros de competências específicas, com personalidade jurídica de direito público ou privado e criadas por lei para desempenhar funções descentralizadas.

IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;

Trata-se de dispensa de licitação fundada na possibilidade de comprometimento da segurança nacional. Segundo Marçal Justen, op. cit., “... o assunto segurança nacional é aquele que envolve interesses permanentes e superiores da sobrevivência do Estado brasileiro (...) A segurança nacional reporta-se exclusivamente ao relacionamento do Estado brasileiro perante a comunidade internacional...”.

A vedação não se aplica, simplesmente, pelo fato de haver risco à segurança nacional como um todo, mas sim, ao fato de que haja comprometimento real e efetivo, onde o único caminho apto a acabar com o risco à segurança nacional seja a contratação direta.

X - para compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia.

Dispositivo que alguns doutrinadores e juristas entendem como uma espécie de inexigibilidade, a compra ou locação de imóvel para a Administração depende do atendimento de uma série de requisitos.

A ausência de licitação deriva da peculiaridade do objeto a ser contratado, tendo em vista que a Administração deseja um imóvel com certas características relevantes, tais como localização, dimensão, destinação, etc. Entretanto, não poderá ser utilizado para obtenção de imóvel luxuoso ou em desconformidade com as finalidades administrativas.

Antes de realizar a aquisição ou a locação direta, o Administrador, com todo o rigor, deverá observar os requisitos exigidos, como comprovar a impossibilidade de satisfação do interesse público por outra via e apurar a inexistência de outro imóvel apto a atendê-lo, já que seu ato é plenamente vinculado ao disposto no inciso, não

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

sendo assim, caminho destinado à aquisição de bem em desconformidade com os preceitos administrativos.

A prévia verificação da compatibilidade do preço exigido com o praticado pelo mercado, é condição para a efetivação do negócio.

A aquisição ou a locação direta serve para o atendimento às necessidades precípuas da Administração. E o que fazer para a utilização deste dispositivo para atendimento a outros órgãos governamentais ? É possível ?

Outro fator relevante na utilização deste dispositivo é a verificação prévia da compatibilidade do preço exigido com o praticado no mercado, constatado através de avaliação prévia. A Administração não pagará aluguel superior ao exigido para imóveis similares.

XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;

O dispositivo é aplicável quando um contrato é assinado e é dado início à execução da obra, do serviço ou o fornecimento, mas o instrumento foi rescindido. A previsão legal refere-se à continuidade do remanescente do contrato anterior, aproveitando-se a licitação anterior para a chamada dos licitantes remanescentes.

Apesar desta possibilidade, a Administração pode, se melhor lhe convier, instaurar novo procedimento licitatório para a aquisição do remanescente do contrato.

Importante destacar que, o caso em tela, não se trata de uma complementação da obra, serviço ou fornecimento anterior, resultantes de contratação integralmente executada, mas de caso em que a necessidade da complementação resulta da rescisão contratual, isto é, de contratação anterior que não foi integralmente executada.

São requisitos para a utilização deste dispositivo:

a) a existência de um processo licitatório anterior;

b) a contratação do objeto, com o licitante vencedor no certame, tenha sido rescindida, restando-se remanescente da obra, do serviço ou do fornecimento;

c) a nova contratação deve obedecer à classificação encontrada no processo licitatório anterior;

d) as condições de execução e preço sejam

as mesmas contraídas com o licitante vencedor.

XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia;

Para a utilização desse dispositivo mister a ocorrência de três requisitos, a saber: temporal, num primeiro momento; em segundo, relacionado ao objeto e numa terceira análise, referente ao preço da compra.

Quanto ao tempo, é necessária a existência do procedimento de licitação que tem como objeto a mesma aquisição, mesmo que a fase externa ainda não tenha se iniciado.

Quanto ao objeto o dispositivo tem caráter exemplificativo. Gênero perecível, segundo Jacoby Fernandes, p. 408, “... é o que perece com o decorrer do tempo e, portanto, nele estariam abrangidos os de longo e curto espaço de tempo para a perecibilidade.”

Para Diógenes Gasparini “a expressão gêneros perecíveis, consignada no inciso XII do art. 24 do referido Estatuto, não pode significar outra coisa senão gêneros alimentícios perecíveis. Estes são todos os produtos que comumente servem para a alimentação humana, suscetíveis de perecimento, ainda que se possa afirmar que não há alimento não perecível.” (Boletim de Licitações e Contratos – BLC, nº 11/94. São Paulo: NDJ, p. 529)

No requisito preço, da mesma forma que a licitação objetiva a obtenção de proposta mais vantajosa, no dispositivo não poderia ser deixada de ser observada tal condição.

XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;

Preceitua esse inciso a permissão concedida à administração de contratar diretamente entidades particulares dedicadas às atividades de pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional, científico ou tecnológico.

Para Carlos Motta, op. cit., “o vocábulo instituição é geralmente compreendido em um sentido amplo e abrangente, que pode conter todos os grupos sociais oficiais, como escolas, sindicatos, órgãos de governo e também empresas.”

Para que ocorra a contratação direta da instituição é indispensável que, em seu estatuto ou

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

regimento, esteja expresso que constitui objetivo da mesma a dedicação à pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional, ou então que seu objetivo seja a recuperação social do preso. As atividades dessas instituições não podem objetivar o lucro, haja vista que a existência de fins lucrativos caracterizaria afronta ao princípio da autonomia.

Outro ponto relevante apresentado nesse dispositivo é a reputação ético-profissional que deve possuir o futuro contratado, ou seja, boa fama profissional, fundado em correção moral, renome, sem levar em consideração questões relativas a patrimônio, bens, localização da instituição e demais dados supérfluos do futuro contratado.

Marçal Justen Filho, op. cit., preleciona que: “A exigência de ‘inquestionável reputação

ético-profissional’ tem de ser enfocada com cautela. Deve ser inquestionável a capacitação para o desempenho da atividade objetivada. (...) O dispositivo alude a contratações que não se orientam diretamente pelo princípio da vantajosidade. Mas a contratação não poderá ofender o princípio da isonomia. Existindo diversas instituições em situação semelhante, caberá a licitação para selecionar aquela que apresente a melhor proposta – ainda que essa proposta deva ser avaliada segundo critérios diversos ao de menor preço.” (grifos do autor)

XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público;

Numa análise sucinta, o dispositivo possui os seguintes requisitos:

a) a existência de acordo internacional que estabeleça a aquisição de bens e serviços;

b) aprovação do acordo pelo Congresso Nacional;

c) condições oferecidas para a aquisição manifestamente vantajosas para o Poder Público.

Jacoby Fernandes, op. cit., assim se manifesta, citando Marcus Juruena:

“Quanto ao terceiro requisito, curiosa observação do mesmo autor, Marcus Juruena, diz respeito á busca de condições mais vantajosas, propugnada pelo inciso, fato que em si constitui normal propósito do procedimento licitatório. Assim, pretendendo o agente a satisfação desse requisito, seu ideal seria plenamente atendido com a realização da licitação, e não com sua dispensa.”

A finalidade maior deste dispositivo, é

promover um relacionamento amistoso e diplomático entre o Brasil e outros países, de forma a aumentar a abrangência das relações internacionais.

XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade;

Justifica-se a dispensa nesse dispositivo no fato de tratarem-se de objetos certos e determinados, valiosos, desta forma, insuscetíveis de substituição por cópias ou similares.

É necessário que a obra de arte ou o objeto histórico tenha certificado de autenticidade. A lei impõe que a contratação guarde correspondência de compatibilidade ou inerência entre as finalidades da entidade fornecedora do certificado e a aquisição e restauração, para que, assim, possa ser permitida a contratação sem licitação.

XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para a prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;

O dispositivo em comento tem estreita correlação com o inciso VIII do mesmo artigo vinte e quatro. A distinção entre esses incisos é a liberação em relação à necessidade de observar a compatibilidade dos preços contratados com os praticados no mercado.

Segundo Jacoby, op. cit., são requisitos para que se opere legitimamente a contratação direta sob esse enfoque:

“a) que o contratante seja pessoa jurídica de direito público interno;

b) que o contratado seja órgão ou entidade que integre a Administração Pública;

c) que o contratado tenha sido criado para o fim específico do objeto pretendido pela Administração contratante;

d) que o objeto da contratação seja: d.1. serviços gráficos: impressão de diários

oficiais; impressão de formulários padronizados de uso da Administração, e impressão de edições técnicas oficiais;

d.2. serviços de informática”

XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSequipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;

É permitida a contratação direta, se tal medida seja vinculada a contrato de fornecimento anterior, que para a vigência da garantia exija a exclusividade da contratação.

Somente será viável a exigência do fornecedor quando as peças apresentarem alguma qualidade especial, que se relacione casualmente com o funcionamento do produto e não em casos onde as peças possam causar algum tipo de prejuízo ao equipamento, pois o fabricante estará legitimado a recusar a garantia quando produtos produzidos por outra empresa, comprovadamente, ocasionem problemas no equipamento garantido.

Embora permitido pela Lei nº 8.666/93 os órgãos de controle vêm combatendo tal contratação direta, sob o argumento de que a licitação seria obrigatória. O Tribunal de Contas da União, segundo Jacoby Fernandes, firmou jurisprudência nesse sentido, quanto à existência dos contratos de manutenção.

Cada situação deve ser analisada cuidadosamente para que não se burle a Lei de Licitações e a despesa não seja considerada ilegal.

XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento, quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exigüidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea a do inciso II do art. 23 desta lei;

Este inciso aplica-se aos casos de operação militar de qualquer natureza, que exija o deslocamento eventual de pessoas e bens para locais diversos daqueles em que estão baseados; no entanto, a autorização para a compra direta restringe-se a itens necessários ao abastecimento durante o deslocamento que se faz em continuidade.

Mesmo atendidos todos os requisitos previstos no dispositivo, o Poder Público tem como teto, o valor previsto para convite, instituído pela alínea “a” do inciso II do art. 23 da Lei nº 8.666/93. Todavia, o limite é avaliado em cada ponto de abastecimento/localidade, segundo ensina Jorge Ulisses Jacoby Fernandes.

XIX - para as compras de materiais de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de

apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;

O dispositivo em comento foi elaborado para o atendimento às necessidades de compras de materiais de uso pelas Forças Armadas.

Em decorrência de tal fato, podemos verificar que esse dispositivo pode ser utilizado por outras organizações, haja vista a regra legal não fazer referência ao uso exclusivo das Forças Armadas. O que não impede que, num processo administrativo de padronização da Polícia Militar, v.g., que defina a conveniência de se utilizar um instrumento de uso das organizações federais militares, possa ser realizada a compra direta através da norma contida no inciso XIX.

Para a utilização desse permissivo legal, mister se faz a existência de um processo de padronização, nos termos do art. 15 da Lei nº 8.666/93, devidamente justificado, sob pena de restar configurada ofensa ao princípio da isonomia.

Além do processo de padronização ser realizado por uma comissão constituída especificamente para esse fim, através de decreto, o dispositivo exclui da compra, os materiais de uso pessoal e administrativo.

XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.

A Administração poderá valer-se, para suprir necessidade de serviço e mão-de-obra, de associações de portadores de deficiência física, desde que sem fins lucrativos, de idoneidade comprovada e com preços compatíveis com os praticados no mercado. Trata-se, portanto, de incentivo à atividade de entidades privadas que buscam o bem comum.

Fundações de deficientes, igrejas, empresas, sociedades beneficentes que auxiliam deficientes não podem ser contratadas com base nesse inciso. A única forma jurídica autorizada a contratar diretamente com o poder público é a associação civil congregadora dos portadores de deficiência física.

Para Marçal Justen, op. cit., embora a lei faça referência somente a portadores de deficiência física, “...toda e qualquer associação que congregue portadores de alguma deficiência poderá ser contratada diretamente. Portanto, podem ser contratadas diretamente entidades que congreguem portadores de Síndrome de Down, por exemplo.”

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XXI - para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico.

Esse dispositivo foi incluído na Lei nº 8.666/93 por força da Medida Provisória nº 1.081, transformada em 1.531 e finalmente convertida na Lei nº 9.648/98.

A adoção dessa premissa é justificada pela lentidão na tramitação e conclusão dos processos licitatórios, comprometendo, sobremaneira, o início de novas pesquisas ou o andamento daquelas em curso.

Entretanto, somente poderão ser objeto de contratação dos bens destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pelas entidades ali elencadas, resguardando, o legislador, a aquisição de bens mascarada, ou seja, aquisição de bens eventualmente utilizados na pesquisa. Somente por meio de inspeção direta nos órgãos que utilizam dessa premissa é possível avaliar o regular cumprimento da norma.

Entende-se que podem ser adquiridos os bens de destinação direta à pesquisa ou os de destinação indireta, como por exemplo, móveis, equipamentos de informática, dentre outros.

XXII - na contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;

O dispositivo foi introduzido pela Lei nº 9.648/98 e tem por fim autorizar a dispensa de licitação para aquisição de energia elétrica.

A novidade na inclusão desta norma vem produzindo uma série de estudos quanto ao caso, sendo a doutrina ainda diminuta quanto à questão.

Para Jessé Torres Pereira Júnior, “... a situação de dispensa alcança apenas os serviços de fornecimento ou suprimento de energia elétrica, inaplicável, destarte, em contratações de concessionárias ou permissionárias para a execução de outros serviços, que se sujeitarão ao certame competitivo a que alude, peremptoriamente, o art. 175 da Constituição Federal. A dispensa não afronta o art. 175 da CF/88, enfim, porque este exige a licitação para a escolha da empresa que será contratada como concessionária ou permissionária, ao passo que a contratação privilegiada neste inciso XXII será com quem já é concessionária ou permissionária.” (Comentários à Lei das Licitações e Contratações

da Administração Pública, Rio de Janeiro/São Paulo: Renovar, 5ª ed., p. 290)

XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado

Primeiramente esse dispositivo só pode ser utilizado por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista e somente para contratar suas subsidiárias ou controladas.

A esse respeito o professor Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, op. cit., tece interessante comentário:

“Quando a norma usou o pronome possessivo no início da oração ‘suas subsidiárias ou controladas’, evidentemente restringiu o âmbito das possíveis entidades a serem contratadas. Uma empresa pública só pode, com fundamento neste dispositivo, contratar com sua subsidiária ou controlada. Idem para uma sociedade de economia mista. Não podem, portanto, contratar as subsidiárias umas das outras.”

Verifica-se pelo dispositivo, que a validade da contratação direta depende da economicidade da operação, vez que se não for mais vantajoso e interessante para a Administração, esta deve realizar o procedimento licitatório. A própria norma exige que o preço contratado seja compatível com o preço praticado no mercado, de forma a não possibilitar que se utilize esse dispositivo para cometer aberrações de cunho econômico.

XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão

O dispositivo foi instituído no sistema jurídico das Licitações e Contratos Administrativos por força da Lei nº 9.648/98. Tem por objetivo possibilitar a dispensa de licitação para a celebração de contratos de prestação de serviços com organizações sociais.

É importante salientar que a condição jurídica de organização social é uma qualificação permitida somente as pessoas jurídicas sem fins lucrativos, tendo como função atuar em setores que a Constituição atribui aos Estados, mas faculta aos particulares desenvolver. Desta forma, embora seja sujeito privado, a organização desenvolve sua atuação em busca do interesse público.

A organização social passa a ‘gerir’, sob um

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

certo ângulo, bens públicos, servidores públicos e recursos públicos.

XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Redação da Lei nº 10.973/02.12.2004) XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Redação da LEI Nº 11.107/06.04.2005) XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação da LEI Nº 11.445/05.01.2007) 17

XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (Redação da MP 352, de 22.1.2007 e LEI Nº 11.484/31.05.2007)Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas." (NR) (Redação da LEI Nº 11.107/06.04.2005)

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação

17 Redação anterior: XXVII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (Redação da LEI Nº 11.196/21.11.2005)

ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes.II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

§ 1° Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa, cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.§ 2° Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação da LEI Nº 11.107/06.04.2005) Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;II - razão da escolha do fornecedor ou executante;III - justificativa do preço.IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados.

SEÇÃO IIDa Habilitação

Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:I - habilitação jurídica;II - qualificação técnica;III - qualificação econômico-financeira;IV - regularidade fiscal.V - cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal." (Redação da LEI No 9.854, DE 27 DE OUTUBRO DE 1999)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Recebimento da documentação e proposta:

O art. 27 da Lei 8.666/93 diz ser necessário o comparecimento dos interessados no local determinado. Entrega das propostas mais documentação exigida no documento convocatório.

É a fase do procedimento em que a Administração verifica a aptidão do candidato para a futura contratação. São 5 os aspectos que medem a habilitação do candidato:

I) habilitação jurídica: verificação de regularidade formal do candidato, sobretudo no que diz respeito à sua personalidade jurídica. Então, urge exibir conforme o caso, carteira de identidade, o contrato social, inscrição no registro próprio;

II) qualificação técnica: verificação da aptidão profissional e operacional do licitante para a execução do que vier a ser contratado, e pode ser genérica, específica e operativa;

III) qualificação econômico-financeira: é o conjunto de dados que fazem presumir que o licitante tem "capacidade para satisfazer os encargos econômicos decorrentes do contrato" São requisitos exigíveis para tal situação:

a. balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social;

b. certidão negativa de falências e concordatas; e

c. garantia de, no máximo, 1% do valor estimado para contrato.

IV) regularidade fiscal: É a prova de que o participante está quite com suas obrigações fiscais federais, estaduais e municipais, provando sua inscrição nos cadastros fazendários cabíveis e provar a regularidade relativa à seguridade social e ao fundo de garantia (art. 29, I a IV).

V) "cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal" – onde diz: "proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos".

O problema reside no relacionamento entre habilitação e proteção aos menores. A habilitação não se destina a esse fim, mas sim

a verificar se os licitantes se encontram em condições de executar o objeto licitado. Caso exista esta exigência, na habilitação deverá ser apresentada a declaração firmada pelo licitante acerca da estrita observância ao princípio constitucional do art. 7º da C.F..

A abertura dos envelopes para a habilitação e das propostas deve ocorrer em ato público, com data previamente fixada.

Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:I - cédula de identidade;II - registro comercial, no caso de empresa individual;III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso, consistirá em:I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;III - prova de regularidade para a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei.

Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSespecial, quando for o caso.

§ 1° A comprovação de aptidão referida no inciso II do caput deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a:I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazo máximos;II - (vetado);a) (vetado);b) (vetado);

§ 2° As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão definidas no instrumento convocatório.§ 3° Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior.§ 4° Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito público ou privado.§ 5° É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta lei, que inibam a participação na licitação.§ 6° As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia.§ 7° (Vetado).I - (vetado);II - (vetado).

§ 8° No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.§ 9° Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais.

§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da capacitação técnico-operacional de que trata o inciso I do § 1° deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração.§ 11. (Vetado).§ 12. (Vetado).

Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrados a mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no caput e § 1° do art. 56 desta lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.§ 1° A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade.

§ 2° Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no § 1° do art. 56 desta lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.§ 3° O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo anterior, não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.§ 4° Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.§ 5° A comprovação da boa situação financeira da empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados para a correta avaliação de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSsituação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação.§ 6° (Vetado).

Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da administração ou publicação em órgão da imprensa oficial.§ 1° A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.§ 2º O certificado de registro cadastral a que se refere o § 1º do art. 36, substitui os documentos enumerados nos arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas em sistema informatizado de consulta direta indicado no edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades legais, a superveniência de fato impeditivo da habilitação.(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)§ 3° A documentação referida neste artigo poderá ser substituída por registro cadastral emitido por órgão ou entidade pública, desde que previsto no edital e o registro tenha sido feito em obediência ao disposto nesta lei.§ 4° As empresas estrangeiras que não funcionem no País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos por tradutor juramentado, devendo ter representação legal no Brasil com poderes expressos para receber citação e responder administrativa ou judicialmente.§ 5° Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, quando solicitado, com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor do custo efetivo de reprodução gráfica da documentação fornecida.§ 6° O disposto no § 4° deste artigo, no § 1° do art. 33 e no § 2° do art. 55 não se aplica às licitações internacionais para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com o produto de financiamento concedido por organismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de contratação com empresa estrangeira, para a compra de equipamentos fabricados e entregues no exterior, desde que para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do Poder Executivo, nem nos casos de aquisição de bens e serviços realizada por unidades administrativas com sede no exterior.

Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:I - comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital;

III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;IV - impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou isoladamente;V - responsabilidade dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato.§ 1° No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II deste artigo.§ 2° O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo.

SEÇÃO IIIDos Registros Cadastrais

Art. 34. Para os fins desta lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano.§ 1° O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interessados.§ 2° É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.

Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 desta lei.

Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31 desta lei.§ 1° Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o registro.§ 2° A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral.

Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSsuspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta lei, ou as estabelecidas para classificação cadastral.

SEÇÃO IVDo Procedimento e Julgamento

Procedimento licitatório é o modo ou a dinâmica como se desenvolve a sucessão de atos e fatos (da administração e dos licitantes), visando ao atingimento do fim almejado pela Administração. O procedimento da licitação é integralmente definido na Lei n. 8.666/93.

Edital de Licitação:"O Edital é o instrumento através do qual

a Administração leva ao conhecimento público a abertura de Concorrência ou Tomada de Preços, fixa as condições de sua realização e convoca os interessados para a apresentação de suas propostas. Vincula inteiramente a Administração e os proponentes às suas cláusulas. Nada se pode exigir, ou decidir, além ou aquém do edital, porque é a lei interna da concorrência e da tomada de preços." (Prof. Hely Lopes Meirelles)

Conforme Celso Antônio Melo, sendo o ato por cujo meio a Administração faz público seu propósito de licitar um objeto determinado, estabelece os requisitos exigidos dos proponentes e das propostas, regula os termos segundo os quais os avaliará e fixa cláusulas do eventual contrato a ser travado. Sinteticamente, pode-se afirmar que o edital é o plexo de condições estabelecidas unilateralmente pelo licitante, cujo teor deve compreender a especificação pormenorizada do objeto da licitação (obra, serviço, compra ou alienação), a pauta que regerá o futuro contrato a ser celebrado, os direitos e obrigações dos licitantes e o procedimento a ser seguido no certame, na preparação e na execução do contrato.

Em caso de alteração do Edital a Administração têm 2 obrigações: 1) divulgar a modificação pela mesma forma em que se deu o texto original; 2) reabrir o prazo estabelecido no início, salvo quando a alteração não afetar a formulação da proposta. O Artigo 40 da Lei 8.666/93 especifica os dados que deverão constar no edital. O edital deve obrigatoriamente ter alguns anexos: a minuta do contrato a ser firmado futuramente; o orçamento estimado em planilhas de

quantitativos e preços unitários; o projeto básico e, se for o caso, o projeto executivo; e as especificações complementares e as normas de execução.

Caso exista alguma irregularidade, é assegurado a qualquer cidadão impugná-lo, protocolando o pedido até cinco dias antes da data designada para a abertura dos envelopes de habilitação. Oferecida a impugnação, cabe à Administração decidi-la no prazo de 3 dias (art. 41, §1º da Lei 8.666/93). Além do cidadão, a lei assegurou ao licitante a faculdade de impugnação aos termos do edital (art. 41, §2º).

Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta lei, ou da entrega do convite;III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite;IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade;VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões;IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado cicunstanciadamente;X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;XI - outros comprovantes de publicações;XII - demais documentos relativos à licitação.

Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da administração.

Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea c desta lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSse manifestar todos os interessados.Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com realização prevista para intervalos são superiores a trinta dias, e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subseqüente tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato resultante da licitação antecedente.

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;III - sanções para o caso de inadimplemento;IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido;VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta lei, e forma de apresentação das propostas;VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48.’(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;XII - (vetado);XIII - limites, para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;XIV - condições de pagamento, prevendo:a) prazo de pagamento não superior a trinta dias,

contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela;b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento;d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;e) exigência de seguros, quando for o caso;

XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta lei;XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação;

§ 1° O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados.§ 2º Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos;II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários;III - a minuta do contrato a ser firmado entre a administração e o licitante vencedor;IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.

§ 3° Para efeito do disposto nesta lei, considera-se como adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de cobrança.§ 4° Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de entrega até trinta dias da data prevista para apresentação da proposta, poderão ser dispensados:

I - o disposto no inciso XI deste artigo;II - a atualização financeira a que se refere a alínea c do inciso XIV deste artigo, correspondente ao período compreendido entre as datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que não superior a quinze dias.

Art. 41. A administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.§ 1° Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSsem prejuízo da faculdade prevista no § 1° do art. 113.§ 2° Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso.§ 3° A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.§ 4° A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subseqüentes.

Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.§ 1° Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro.§ 2° O pagamento feito ao licitante brasileiro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior à data do efetivo pagamento.§ 3° As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro.§ 4° Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à operação final de venda .§ 5° Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais, aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação desde que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado do órgão executor do contrato, despacho esse ratificado pela autoridade imediatamente superior.§ 6° As cotações de todos os licitantes serão para entrega no mesmo local de destino.

Julgamento:O julgamento das propostas está

estritamente vinculado a critérios e fatores estabelecidos no ato convocatório. Deve ser objetivo e realizado conforme as normas e

princípios estabelecidos na Lei de Licitações, a fim de garantir a transparência ao procedimento.

É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, subjetivo ou reservado, que possa, ainda que indiretamente, afastar o princípio da igualdade entre licitantes. É inaceitável a proposta que, mesmo vantajosa para a Administração, possa ferir o princípio da isonomia.

O julgamento e classificação das propostas, fase em que se cotejam ofertas, classificam-se as propostas e escolhe-se o vencedor a quem deverá ser adjudicado o objeto da licitação.

O julgamento das propostas compreende dois momentos: a) o exame do ajustamento das propostas ao conteúdo do edital e b) o cotejamento das propostas com análise das vantagens que contemplam.

Não serão considerados para efeito de julgamento da licitação nem constituem motivo para desclassificação das propostas:

• oferta de vantagem não prevista na licitação, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido;

• preço ou vantagem baseados nas ofertas dos demais licitantes;

• preços global ou unitário simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, mesmo que a licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie à parcela ou à totalidade da remuneração.

Após o exame da conformidade das propostas com as exigências do ato convocatório, serão desclassificadas as propostas que:

• não atenderem às exigências contidas na licitação;

• apresentarem preços excessivos ou com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüíveis.

Tratando-se de licitações do tipo menor preço para execução de obras e serviços de engenharia, serão consideradas manifestamente inexeqüíveis propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScento) do menor dos seguintes valores:

• média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do preço orçado pela Administração, ou

• preço orçado pela Administração.

Dos licitantes que tiverem suas propostas consideradas exeqüíveis, mas cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor encontrado, será exigida, para assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, nas modalidades permitidas pela Lei de Licitações: caução em dinheiro,. Títulos da dívida pública, seguro-garantia e fiança bancária.

Quando todas as propostas forem desclassificadas, poderá ser fixado o prazo de oito dias úteis para a apresentação de novas propostas com eliminação das causas que deram ensejo ao ato de desclassificação. No caso de convite, é facultada a redução do prazo para três dias úteis. Nessa situação, as propostas corrigidas poderão ser apresentadas, inclusive, com novos preços.

Se todos os licitantes forem inabilitados, pode ser fixado o prazo de oito dias úteis para a apresentação de novos documentos, livres das causas que levaram à inabilitação. Na hipótese de convite, é permitida a redução para três dias úteis.

Devem ser exigidos para a reapresentação apenas os documentos desqualificados e não aceitos.

Em convite, tomada de preços e concorrência, ultrapassada a fase de habilitação dos licitantes e abertos os envelopes com as propostas, não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.

No pregão após a fase de análise das propostas e abertos os envelopes com a documentação, não cabe desclassificação dos licitantes por motivos que diga respeito à proposta, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.

Ao final, deve ser lavrada ata com a descrição de todos os fatos ocorridos na sessão.

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital;VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.§ 1° A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela comissão.§ 2° Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos licitantes presentes e pela comissão.§ 3° É facultada à comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.§ 4° O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite.§ 5° Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.§ 6° Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão.

Art. 44. No julgamento das propostas, a comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta lei.§ 1° É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.§ 2° Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.§ 3° Não se admitirá proposta que apresente preços

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSglobal ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração.§ 4° O disposto no parágrafo anterior se aplica também às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou importações de qualquer natureza.

Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.§ 1° Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso.I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;II - a de melhor técnica;III - a de técnica e preço;IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.

Os TIPOS DE LICITAÇÃO, exceto para a modalidade concurso, são: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance ou oferta. (Lei 8666/93, Art. 45)

Menor Preço - aplicado quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital e ofertar o menor preço.

Melhor Técnica/Técnica e Preço - utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização e gerenciamento e engenharia consultiva e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos. Excepcionalmente, poderão ser adotados, para fornecimento de bens e execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto, nas condições estabelecidas pelo Art. 46 § 3º da Lei 8666/93.

Os procedimentos para estes tipos de licitação são diferentes dos demais tipos, e estão dispostos no Artigo 46 da Lei 8666/93. Para determinar o vencedor do certame:

a) Melhor Técnica - após a habilitação preliminar, a classificação das propostas técnicas e a abertura das propostas de preço, é feita uma negociação das condições propostas com o licitante melhor classificado, tendo como referência o limite representado pela proposta que apresentou menor preço. Não havendo acordo, a negociação prossegue, com o classificado seguinte, até um acordo final;

b) Técnica e Preço - após a habilitação preliminar, a classificação das propostas técnicas e abertura das propostas de preços, é feita uma avaliação e valorização das propostas de preço. A classificação será feita por média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo como os pesos estabelecidos no instrumento convocatório.

O tipo de licitação Técnica e Preço é obrigatório nas licitações para contratação de bens e serviços de informática, exceto quando feitos sob a modalidade Convite. Os procedimentos para julgamento das propostas estão descritos no Decreto 1070/94 (que regulamenta o Art. 3 da Lei 8.248/91).

Maior Lance ou Oferta - utilizado nos casos de alienação de bens ou de direito real de uso, sendo vencedor o licitante que apresentar o maior lance ou oferta.

§ 2° No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2° do art. 3° desta lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.§ 3° No caso da licitação do tipo menor preço, entre os licitantes considerados qualificados a classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no parágrafo anterior.§ 4° Para a contratação de bens e serviços de informática, a administração observará o disposto no art. 3° da Lei n° 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu § 2° e adotando obrigatoriamente o tipo de licitação técnica e preço, permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.§ 5° É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a quantidade demandada na licitação.”(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)

Art. 46. Os tipos de licitação melhor técnica ou técnica e preço serão utilizados exclusivamente para serviços

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSde natureza predominantemente intelectual em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral, e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4° do artigo anterior.§ 1° Nas licitações do tipo melhor técnica será adotado o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar:I - serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente dos licitantes previamente qualificados e feita então a avaliação e classificação destas propostas de acordo com os critérios pertinentes e adequados a objeto licitado, definidos com clareza e objetividade no instrumento convocatório e que considerem a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreendendo metodologia, organização, tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proceder-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no instrumento convocatório e à negociação das condições propostas, com a proponente melhor classificada, com base nos orçamentos detalhados apresentados e respectivos preços unitários e tendo como referência o limite representado pela proposta de menor preço entre os licitantes que obtiveram a valorização mínima;III - no caso de impasse na negociação anterior, procedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os demais proponentes , pela ordem de classificação, até a consecução de acordo para a contratação;IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para a proposta técnica.

§ 2° Nas licitações do tipo técnica e preço será adotado, adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior, o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento convocatório:I - será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com critérios objetivos preestabelecidos no instrumento convocatório;II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório.

§ 3° Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste artigo poderão ser adotados, por autorização expressa e mediante justificativa circunstanciada da maior autoridade da Administração promotora constante do ato convocatório, para fornecimento de bens e execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto majoritariamente dependentes de tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio restrito,

atestado por autoridades técnicas de reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto pretendido admitir soluções alternativas e variações de execução, com repercussões significativas sobre sua qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade concretamente mensuráveis, e estas puderem ser adotadas à livre escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios objetivamente fixados no ato convocatório.§ 4° (Vetado).

Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessárias para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação .

Art. 48. Serão desclassificadas:I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação;II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüíveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação.§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo, consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela Administração, ou (Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)b) valor orçado pela administração.(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas “a” e “b”, será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta.(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a Administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.”(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS1998)

Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.§ 1° A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta lei.§ 2° A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta lei.§ 3° No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.§ 4° O disposto neste artigo e seus parágrafos aplicam-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Homologação e Adjudicação:Homologação - (Art. 49 da Lei 8.666/93)

- nesta fase ocorre uma ratificação de todo procedimento realizado até o presente momento. O texto legal utiliza a expressão aprovação do procedimento.

Adjudicação - (Art. 50 da Lei 8.666/93) – é a última fase e implica na entrega do objeto licitado ao vencedor da licitação. É quando a autoridade entende que a licitação observou os ditames legais e que atende o Interesse Público. Assim, deve adjudicar ao vencedor o objeto da licitação.

Depois desta fase não se fala mais em licitação e inicia-se o contrato. A partir deste momento somente se analisará o contrato.

Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade.

Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.§ 1° No caso de convite, a comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente.§ 2° A comissão para julgamento dos pedidos de

inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.§ 3° Os membros das comissões de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.§ 4° A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subseqüente.§ 5° No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.

Art. 52. O concurso a que se refere o § 4° do art. 22 desta lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital.§ 1° O regulamento deverá indicar:I - a qualificação exigida dos participantes;II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;III - as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.§ 2° Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a Administração a executá-lo quando julgar conveniente.

Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.§ 1° Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do preço mínimo de arrematação.§ 2° Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco por cento), e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido.§ 3° Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas.§ 4° O edital de leilão deve ser amplamente divulgado principalmente no município em que se realizará.

CAPÍTULO IIIDos Contratos

SEÇÃO IDisposições Preliminares

Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.§ 1° Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSem cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.§ 2° Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:I - o objeto e seus elementos característicos;II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;VIII - os casos de rescisão;IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta lei;X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.§ 1° (Vetado).§ 2° Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro , deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6° do art. 32 desta lei.§ 3° No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou Município, as características e os valores pagos, segundo o disposto no art. 63 da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.§ 1° Caberá ao contratado optar por uma das

seguintes modalidades de garantia:I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; (Redação da LEI Nº 11.079/04).18

II - seguro-garantia;III - fiança bancária.

§ 2° A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no § 3° deste artigo.§ 3° Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.§ 4° A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato, e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.§ 5° Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;II - a prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas a obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses.(Redação da LEI Nº 9.648/98)III - (Vetado).IV - ao aluguel de equipamentos à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.§ 1° Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que

18 (Redação anterior) - I - caução em dinheiro ou títulos da dívida pública;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSaltere fundamentalmente as condições de execução do contrato;III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta lei;V - impedimento de execução por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis;

§ 2° Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente, autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.§ 3° É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado em até doze meses.”(Redação da LEI Nº 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998)

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta lei;III - Fiscalizar-lhes a execução;IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.§ 1° As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.§ 2° Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

A administração deve, em defesa do interesse público e desde que assegurada à ampla defesa no processo administrativo, promover a alteração do contrato. (Artigos 58, I e §§ 1º e 2º da Lei nº 8.666/93.

O ponto mais característico dos contratos administrativos é a possibilidade da Administração Pública alterar unilateralmente seu conteúdo. Ou, nos dizeres de Hely Lopes Meirelles, “a Administração afirma sua

supremacia estatal fixando as condições do contrato, embora permita discussão com o particular interessado na contratação, para a redução de algumas cláusulas definitivas do negócio administrativo”19.

Unânime é a doutrina ao afirmar que, independentemente de constar explicitamente no contrato, cabe à Administração o poder de alteração e rescisão unilateral do contrato, pois explícitas estão no art. 58, incisos I e II, do referido diploma legal.

Pode, porém, somente afetar as cláusulas regulamentares ou de serviço20, ou seja, somente aquelas cláusulas que dispõem sobre o objeto e seu modo de execução; não podendo, de forma alguma, “desnaturar” o contrato.

Não se pode alterar unilateralmente aquelas ditas econômicas (essas ditas “imunes”), porque fixam a remuneração e os direitos do contratado perante a Administração e estabelecem a equação financeira do contrato, que deve ser mantida durante sua execução, como analisaremos oportunamente.

Nas palavras de Laubadere, citado por Hely Lopes Meirelles21:

“O poder que se reconhece à Administração para alterar unilateralmente as cláusulas reguladoras do serviço, ou de pôr termo prematuramente ao contrato, quando se tornar inútil ou inconveniente ao interesse público, funda-se na competência exclusiva das autoridades para organizar e administrar obras e serviços como verdadeiros donos desses serviços e dessas obras”.

Não se admite que através dessa "faculdade" (dever-poder, melhor dizendo) a Administração libere-se dos deveres

19 MEIRELLES, Hely Lopes. Ob. cit. p. 178.20 Os contratos administrativos apresentam duas categorias de cláusulas: as chamadas regulamentares ou de serviço, que versam sobre o desempenho das atividades de prossecução do interesse público e as cláusulas econômicas, que asseguram a remuneração do particular. Neste passo, o interesse dele (do contratado) equiivale ao próprio interesse (secundário, dito patrimonial) da Administração Pública, razão pela qual inexiste preponderância de um sobre o outro.21 MEIRELLES, Hely Lopes. Ob. cit. p. 163.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSassumidos ou se locuplete às custas do patrimônio do contratado. Isto é, não se destina essa prerrogativa à obtenção de lucros ou benefícios econômicos para a administração pública, mas, ao revés, à direta e imediata realização do interesse público.

Assim sendo, a rescisão unilateral pode ocorrer por inadimplência do contratado (má execução do serviço) ou por falta de interesse na continuidade da execução (variação do interesse público); desde que configurada a justa e fundamentada causa para tanto; pois não se trata de mero ato discricionário, mas sim, vinculado aos motivos que a norma consigna como pertinentes desse distrato.

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

SEÇÃO IIDa Formalização dos Contratos

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a desta lei, feitas em regime de adiantamento.

Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta lei e às cláusulas contratuais.Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta lei.

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem

como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.§ 1° A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório da licitação.§ 2° Em carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra, ordem de execução de serviço ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 desta lei.§ 3° Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta lei e demais normas gerais, no que couber:I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado.II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.§ 4° É dispensável o termo de contrato e facultada a substituição prevista neste artigo a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.

Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

Art. 64. A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta lei.§ 1° O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado, pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração.§ 2° É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta lei.§ 3° Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.

SEÇÃO IIIDa Alteração dos Contratos

Art. 65. Os contratos regidos por esta lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScasos:I - unilateralmente pela Administração:a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta lei;

II - por acordo das partes:a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a atribuição da Administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

§ 1° O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:I - (VETADO)II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.”(Redação da LEI Nº 9.648/98)(§ 3° Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1° deste artigo.§ 4° No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente comprovados e monetariamente corridos, podendo caber indenização por outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados.§ 5° Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de

disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.§ 6° Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.§ 7° (Vetado).§ 8° A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

SEÇÃO IVDa Execução dos Contratos

Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua inexecução total ou parcial.

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a esta atribuição.§ 1° O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.§ 2° As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Art. 68. O contrato deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.

Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, as suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.§ 1º A inadimplência do contratado com referência

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSaos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o registro de imóveis.(Redação da LEI Nº 9.032/95)§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.(Redação da LEI Nº 9.032/95)"§ 3° (Vetado).

Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:I - em se tratando de obras e serviços:a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta lei;

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação;b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e conseqüente aceitação.

§ 1° Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.§ 2° O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.§ 3° O prazo a que se refere a alínea b do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital.§ 4° Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anterior à exaustão dos mesmos.

Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:I - gêneros perecíveis e alimentação preparada;II - serviços profissionais;

III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea a, desta lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante recibo.

Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato correm por conta do contratado.

Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com o contrato.

SEÇÃO VDa Inexecução e da Rescisão dos Contratos

Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento.

A inexecução do contrato administrativo propicia sua rescisão e pode acarretar, para o inadimplente, conseqüências de ordem civil e administrativa, inclusive a suspensão provisória e a declaração de inidoneidade para contratar com a Administração.

O descumprimento, total ou parcial do contrato, acarreta a rescisão, com as conseqüências, Previstas, no contrato, na lei ou no regulamento (artigo 77).

A rescisão somente se dará, nos casos especificados pela lei, e, nesta hipótese, a lei determina, expressamente, que a autoridade justifique, devidamente, o ato e propicie ao contratado o exercício do direito à ampla defesa e ao contraditório, pagando-se-lhe o que houver executado, como conseqüência do artigo 59. E a rescisão do contrato dar-se-á por culpa exclusiva do contratado.

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:I - não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos.III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados.IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do §1° do art. 67 desta lei;IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1° do art. 65 desta lei;XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.XVIII - descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.(Redação da LEI No 9.854/99) Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.

Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;

II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Administração;III - judicial, nos termos da legislação;IV - (Vetado).§ 1° A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.

§ 2° Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:I - devolução de garantia;II - pagamento devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;III - pagamento do custo da desmobilização.

§ 3° (Vetado).§ 4° (Vetado).§ 5° Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do contrato, o cronograma de execução será prorrogado automaticamente por igual tempo.

Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes conseqüências, sem prejuízo das sanções previstas nesta lei.I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da Administração;II - ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta lei;III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos;IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração.§ 1° A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou indireta.§ 2° É permitido à Administração, no caso de concordata do contratado, manter o contrato, podendo assumir o controle de determinadas atividades de serviços essenciais.§ 3° Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização expressa do Ministro de Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.§ 4° A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior permite à Administração, a seu critério, aplicar a medida prevista no inciso I deste artigo.

CAPÍTULO IVDas Sanções Administrativas e da Tutela Judicial

SEÇÃO IDas Disposições Gerais

Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSAdministração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas.Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2°, desta lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo e preço.

Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos desta lei ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.

Art. 83. Os crimes definidos nesta lei, ainda que simplesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo, emprego, função ou mandato eletivo.

Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.§ 1° Equipara-se a servidor público, para os fins desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, assim consideradas, além das fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, as demais entidades sob controle, direto ou indireto, do Poder Público.§ 2° A pena imposta será acrescida da terça parte, quando os autores dos crimes previstos nesta lei forem ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da Administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação pública, ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo Poder Público.

Art. 85. As infrações penais previstas nesta lei pertinem às licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, empresas públicas, e quaisquer outras entidades sob seu controle direto ou indireto.

SEÇÃO IIDas Sanções Administrativas

Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.§ 1° A multa a que alude neste artigo não impede que a Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta lei.§ 2° A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do respectivo contratado.§ 3° Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.

A Administração pode prever no contrato a aplicação de multa por atraso injustificado na sua execução. A aplicação da multa não impede a Administração de rescindir o contrato e de aplicar simultaneamente ao tratado advertência ou suspensão temporária ou declaração de inidoneidade.

Se a garantia prestada for inferior ao valor da multa, o contratado, além de perder o valor da garantia, responderá pela diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou, quando for o caso, cobrada judicialmente.

Pela execução total ou parcial do objeto licitado, podem ser aplicadas ao contratado as sanções a seguir:

Advertência; Multa, de acordo com o previsto no

contrato; Suspensão temporária de participar

de licitação e impedimento de contratar com a Administração, pelo prazo de até dois anos;

Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:I - advertência;II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.§ 1° Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.§ 3° A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSfacultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.

Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior poderão também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta lei:I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados.

SEÇÃO IIIDos Crimes e das Penas

Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.

Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade, observado o disposto no art. 121 desta lei:Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa.Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se beneficia, injustamente, das modificações ou prorrogações contratuais.

Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de

qualquer ato de procedimento licitatório:Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.

Art. 95. Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo:Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.

Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela decorrente:I - elevando arbitrariamente os preços;II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada;III - entregando uma mercadoria por outra;IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria fornecida;V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a proposta ou a execução do contrato:Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional declarado inidôneo:Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.

Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de registro do inscrito:Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta lei consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e calculada em índices percentuais, cuja base corresponderá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo agente.§ 1° Os índices a que se refere este artigo não poderão ser inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação.§ 2° O produto da arrecadação da multa reverterá, conforme o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal.

SEÇÃO IVDo Processo e do Procedimento Judicial

Art. 100. Os crimes definidos nesta lei são de ação

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpenal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la.

Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efeitos desta lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas.

Art. 102. Quando em autos ou documentos de que conhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes, verificarem a existência dos crimes definidos pela lei remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.

Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código de Processo Penal.

Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita, contado da data do seu interrogatório, podendo juntar documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda produzir.

Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências instrutórias deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5 (cinco) dias a cada parte para alegações finais.

Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos dentro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias para proferir a sentença.

Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 108. No processamento e julgamento das infrações penais definidas nesta lei, assim como nos recursos e nas execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiariamente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal.

CAPÍTULO VDos Recursos Administrativos

Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta lei cabem:I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:a) habilitação ou inabilitação do licitante;b) julgamento das propostas;c) anulação ou revogação da licitação;d) indeferimento do pedido de inscrição em registro

cadastral, sua alteração ou cancelamento;e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta lei;f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa.

O procedimento licitatório pode ter outro destino, ou seja, pode ser revogado ou anulado. A sua anulação pode ocorrer pela identificação de um vício, ou seja, ato ilegítimo insanável, capaz de per si, de ensejar a anulação do procedimento. Portanto, o efeito da anulação atinge os atos ilegais que foram praticados durante o certame, e conseqüentemente selam o destino da licitação.

Já o ato de revogação, não tem por objetivo examinar a legalidade do ato, mas sim, verificar a ocorrência (ou não) de dois pressupostos legais que a legitima, quais sejam, a ocorrência de um fato superveniente àquela autorização expedida pela autoridade superior para iniciar a licitação, e por razões de Interesse Público. Estes dois pressupostos legais devem ser avaliados sob os critérios de oportunidade e conveniência.

O ato de anular atinge toda a licitação, determinando seu encerramento de forma total. A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar e a nulidade do procedimento licitatório torna nulo o contrato.

A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado, pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados. O dever de indenizar não cabe quando o contratado tiver dado causa ao ato ilegal. A Administração deve apurar a responsabilidade de quem lhe deu causa.

No caso de desfazimento do processo licitatório, por anulação ou revogação, é assegurado ao licitante o direito ao contraditório e à ampla defesa.

II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4° do art. 87 desta lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato.§ 1° A intimação dos atos referidos no inciso I alíneas a, b, c e e deste artigo, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante publicação na imprensa oficial, salvo, para

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSos casos previstos nas alíneas a e b, se presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.§ 2° O recurso previsto nas alíneas a e b do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.§ 3° Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.§ 4° O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.§ 5° Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconsideração se inicia ou corre sem que os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado.§ 6° Em se tratando de licitações efetuadas na modalidade de carta convite os prazos estabelecidos nos incisos I e II e no § 3° deste artigo serão de dois dias úteis.

Convite:Carta Convite é o instrumento

convocatório utilizado nos Convites. Esta é uma forma mais simplificada do edital, dispensa a publicidade na imprensa oficial, bastando a divulgação no "quadro de avisos" ou outro local apropriado. Apesar de ser uma forma simplificada do edital, deve ter todos os cuidados deste, para evitar problemas. Ela deve conter a identificação do objeto, as condições de participação, o critério de julgamento e os recursos cabíveis.

CAPÍTULO VIDas Disposições Finais e Transitórias

Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for explicitamente disposto em contrário.Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos referidos neste artigo em dia de expediente no órgão ou na entidade.

Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou receber projeto ou serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração.Parágrafo único. Quando o projeto referir-se à obra imaterial de caráter tecnológico, insuscetível de

privilégio, a cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos os dados, documentos e elementos de informação pertinentes à tecnologia de concepção, desenvolvimento, fixação em suporte físico de qualquer natureza e aplicação da obra.

Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais de uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, perante a entidade interessada, responder pela sua boa execução, fiscalização e pagamento. § 1º. Os consórcios públicos poderão realizar licitação da qual, nos termos do edital, decorram contratos administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos entes da Federação consorciados. (Redação da LEI Nº 11.107/06.04.2005)§ 2º. É facultado à entidade interessada o acompanhamento da licitação e da execução do contrato." (Redação da LEI Nº 11.107/06.04.2005)22

Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.§ 1° Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação desta lei, para os fins do disposto neste artigo.§ 2° Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia do edital de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas.

Art. 114. O sistema instituído nesta lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da qualificação técnica dos interessados.§ 1° A adoção do procedimento de pré-qualificação será feita mediante proposta da autoridade competente, aprovada pela imediatamente superior.§ 2° Na pré-qualificação serão observadas as exigências desta lei relativas à concorrência, à convocação dos interessados, ao procedimento e à análise da documentação.

Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir normas relativas aos procedimentos operacionais a serem observados na execução das licitações, no âmbito de sua competência, observadas as

22 Redação anterior - Parágrafo único. Fica facultado à entidade interessada o acompanhamento da execução do contrato.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSdisposições desta lei.Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo, após aprovação da autoridade competente, deverão ser publicadas na imprensa oficial.

Art. 116. Aplicam-se as disposições desta lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.§ 1° A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:I - identificação do objeto a ser executado;II - metas a serem atingidas;III - etapas ou fases de execução;IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;V - cronograma de desembolso;VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas;VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.§ 2° Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.§ 3° As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes:

I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração Pública;II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.

§ 4° Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou

operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês.§ 5° As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste.§ 6° Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.

Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações realizadas pelos órgãos dos Poderes Legislativos e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta lei, no que couber, nas três esferas administrativas.

Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades da administração indireta deverão adaptar suas normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta lei.

Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas às disposições desta lei.Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este artigo, no âmbito da Administração Pública, após aprovados pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser publicados na imprensa oficial.

Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.”Parágrafo único. O Poder Executivo Federal fará publicar no Diário Oficial da União os novos valores oficialmente vigentes por ocasião de cada evento citado no caput deste artigo, desprezando-se as frações inferiores a CR$ 1,00 (um cruzeiro real).

Art. 121. O disposto nesta lei não se aplica às licitações instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos §§ 1°, 2° e 8° do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o disposto no caput do art. 5°, com relação ao pagamento das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser observada, no prazo de noventa dias contados da vigência desta lei, separadamente para as

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSobrigações relativas aos contratos regidos por legislação anterior à Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do patrimônio da União continuam a reger-se pelas disposições do Decreto-Lei n° 9.760, de 5 de setembro de 1946, com suas alterações, e os relativos a operações de crédito interno ou externo celebrados pela União ou a concessão de garantia do Tesouro Nacional continuam regidos pela legislação pertinente, aplicando-se esta lei, no que couber.

Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-á procedimento licitatório específico, a ser estabelecido no Código Brasileiro de Aeronáutica.

Art. 123. Em suas licitações e contratações administrativas, as repartições sediadas no exterior observarão as peculiaridades locais e os princípios básicos desta lei, na forma de regulamentação

específica.

Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos desta lei que não conflitem com a legislação específica sobre o assunto.Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a IV do § 2° do art. 7° serão dispensadas nas licitações para concessão de serviços com execução prévia de obras em que não foram previstos desembolso por parte da Administração Pública concedente.

Art. 125. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente os Decretos-Leis n°s 2.300, de 21 de novembro de 1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de 16 de setembro de 1987, a Lei n° 8.220, de 4 de setembro de 1991, e o art. 83 da Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Brasília, 21 de junho de 1993ITAMAR FRANCO

COLETÂNEA DE PROVAS DE CONCURSOS

1. Os princípios que regem os procedimentos licitatórios, qualquer que seja a modalidade, não incluem o princípio daA proposta mais vantajosa.B vinculação ao edital.C publicidade na apresentação das propostas no momento da entrega à administração.D legalidade.E isonomia dos licitantes.

2. O processo de departamentalização, tanto em sentido vertical - determinando o aumento de níveis hierárquicos - quanto em sentido horizontal - significando o aumento de órgãos especializados e o reagrupamento mais eficiente das atividades em um mesmo nível, marcou durante décadas o formato e as estruturas das organizações. Esse processo vem sendo substituído por novas formas de organização do processo de trabalho nas organizações. Indique a opção que melhor retrata o desempenho das organizações neste final de século.a) informalidade de relações hierárquicas, aumento da participação dos funcionários nos lucros e na definição da estratégia organizacional, inexistência de um sistema de sanções e recompensa dada a ausência de hierarquiab) reforço das linhas hierárquicas departamentais com a incorporação da departamentalização por cliente; planejamento, avaliação e controle centralizados e execução descentralizadac) Extinção do processo de departamentalização e sua substituição por estruturas virtuais que se

moldam a cada cliente e a cada processo de trabalho, de forma interativa e completamente automatizada.d) Descentralização e terceirização de todas as atividades da organização, que passaria a contar exclusivamente com uma unidade multifuncional de planejamento e controle de projetos multiuso.e) Inexistência de unidades estanques, trabalho em equipes multidisciplinares e multiáreas, integração de atividades de planejamento, implantação, avaliação, controle e correção de procedimentos no cotidiano de todas as unidades

3. Vive-se hoje, nas esferas das organizações e da vida administrativa, tanto no setor privado como particularmente no setor público, uma fase de grandes ajustes e transformações. Isso tem exigido das organizações maior agilidade e maior capacidade de responder às novas orientações governamentais, às inovações tecnológicas e às crescentes demandas de clientes e usuários. Como resultado, diversas modificações passaram a afetar significativamente os processos de trabalho e as formas de organização prevalecentes, alterando também as estratégias de ação. Aponte a opção que apresenta, de modo mais bem acabado, as principais características deste processo organizacional emergente.a) Por sua própria natureza, as transformações em curso exigem grande flexibilidade organizacional e gerencial, estimulam a gestão por resultados e impõem a valorização de recursos humanos, vinculando a remuneração à produtividade, enfatizando a capacitação profissional e consolidando os mecanismos de avaliação continuada.b) A consolidação das hierarquias, o planejamento normativo, a gerência por objetivos e a direção imperativa tornam-se cada vez mais indispensáveis, de modo a afastar o processo organizacional das

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSpressões corporativas e do clientelismo.c) Em decorrência da velocidade das mudanças e das dificuldades de projetar o futuro, as transformações em curso estimulam a despadronização do planejamento, a gerência por departamentos e a minimização dos controles, de forma a incentivar a inovação, a criatividade e a interação positiva entre as organizações e os usuários.d) Exatamente porque criam dificuldades e provocam escassez de recursos, as transformações em curso exigem maior ênfase no controle de processos e na montagem de mecanismos visíveis de punição dos desvios, únicos capazes de garantir a probidade no uso dos recursos financeiros das organizações.e) Ao se combinarem com uma forte crise do Estado, as transformações em curso impõem a completa devolução das tradicionais atribuições estatais para o setor privado, que possui métodos mais modernos e ágeis de ação e pode, com isso, responder às demandas e aos desafios com maior rapidez e a um custo muito menor.

4. Entre as funções administrativas básicas, o controle chegou a adquirir, ao longo da história da administração e sobretudo na cultura gerencial, uma posição preeminente, sobrepujando muitas vezes todas as demais. Uma das possibilidades de explicar tal fato reside nas características das organizações burocráticas, que depositam particular atenção na questão da disciplina no trabalho e na estruturação de hierarquias rígidas e claramente definidas. Apesar disso, o planejamento manteve-se em posição de destaque, funcionando como peça-chave das técnicas administrativas mais avançadas. Indique a opção que apresenta a melhor formulação a respeito dessa importante problemática do processo organizacional.a) O planejamento é fundamental para se definirem os rumos das organizações no longo prazo, mas o controle deve ser a principal preocupação dos dirigentes, dada a escassez crônica de recursos determinada pelas várias décadas.b) Embora sejam decisivos, o controle e o planejamento são dependentes da comunicação e da direção, dadas a complexidade crescente das organizações e a necessidade que têm de interagir constantemente com mercados globalizados.c) Das funções administrativas básicas, o planejamento é a mais fundamental, pois envolve a escolha de cursos alternativos de ação e a definição das estratégias de intervenção, dele dependendo todas as demais funções.d) As funções organizativas centrais, dedicadas ao ordenamento e à rotinização das atividades, subordinam todas as demais funções administrativas, pois fornecem as condições básicas para que o processo organizacional funcione de modo harmonioso e eficiente.e) A direção é o ponto central do processo organizacional, pois só ela pode gerar, através de lideranças energéticas e carismáticas, uma

capacidade crescente de enfrentar situações críticas e reverter os problemas administrativos.

5. A discussão a respeito da resistência à mudança está diretamente relacionada com a capacidade manifestada pelas organizações de se anteciparem e se adaptarem às alterações em seu ambiente interno e externo. Trata-se de uma questão decisiva no exame dos vários aspectos associados ao comportamento organizacional. Escolha a opção que não oferece uma explicação razoável para esta questão.a) A mudança organizacional ou institucional é sempre um processo complexo e custoso, pois, entre outras coisas, tende a gerar receios e inseguranças variadas entre os membros das organizações.b) Embora de modo diferenciado, todos os membros de uma organização costumam resistir às mudanças, na medida mesma em que elas exigem adaptações que alteram as rotinas de trabalho e as posições relativas de prestígio e poder.c) As organizações que adotaram, ao longo do tempo, métodos gerenciais mais flexíveis, reduziram de modo planejado suas instâncias hierárquicas e puderam renovar continuamente seus planos com maior facilidade e rapidez às mudanças.d) As resistências à mudança nascem principalmente das articulações promovidas pelo insatisfeitos, pelas pessoas que ocupam posições de chefia e pelos funcionários submetidos a processos intensivos de treinamento que, convencidos de certos princípios, impedem o desenvolvimento de novas idéias.e) Desde que informados corretamente e inseridos em processos de discussão intensa capazes de propiciar a explicitação de todos os pontos de vista, os membros de uma organização podem reagir mais rápida e positivamente à mudança organizacional.

6. Ao organizações podem ser consideradas como sistemas de relações entre pessoas. Exatamente por isso, a problemática do comportamento organizacional mostra-se como decisiva para que se possa avaliar a capacidade que têm as organizações de reagir às alterações do ambiente em que operam. Com base nesse pressuposto, indique a opção que oferece a melhor idéia a respeito do desenvolvimento organizacional.a) As organizações devem mudar com cuidado e apenas quando não mais puderem responder às mudanças externas com base nas normas processuais vigentes, de modo a não prejudicarem os seus equilíbrios e rotinas internas.b) O desenvolvimento organizacional será tanto mais exitoso quanto mais estiver concentrado no crescimento profissional de seus membros, individualmente considerados, e na reafirmação de sua própria cultura interna.c) A mudança deve ocorrer naturalmente, sem maiores esforços deliberados de reorganização ou de alterações nas regras e nos procedimentos formais.d) Crises e mudanças aceleradas costumam, regra geral, empurrar as organizações para a adoção de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOScritérios participativos e informais que acabam por agravar as condições de instabilidade e tensão interna.e) A adaptação das organizações às mudanças externas, ou seja, sua capacidade de se desenvolver ativamente, depende basicamente da adoção de decisões e procedimentos capazes de propiciar equilíbrios permanentes entre os fatores da motivação, da liderança e do conhecimento técnico.

7. A questão da liderança ocupa lugar de destaque na discussão a respeito do comportamento organizacional, seja no que se refere à capacidade de influenciar pessoas, seja no que se refere ao entendimento das estruturas de poder vigentes em cada organização. De qualquer modo, trata-se de uma questão multifacetada e repleta de aspectos particulares. As opções abaixo relacionadas apresentam idéias a respeito da liderança em organizações complexas. Indique aquela que oferece a visão mais rica, abrangente e acertada.a) Em uma organização complexa, o líder distingue-se pela capacidade de comandar pessoas, resolver conflitos internos e interpretar corretamente as regras procedimentais vigentes; deve, por isso, possuir as qualidades do talento, da energia e do carisma.b) A liderança não é uma função revestida necessariamente de investidura formal e apoia-se sempre em uma compreensão aprofundada da missão e da cultura das organizações, caracterizando-se pela capacidade de fixar metas claras, prioridades e diretrizes.c) A liderança é uma função sempre exercida por indivíduos tecnicamente preparados que dispõe de uma sólida estrutura de poder, identificando-se, neste sentido, com as atribuições da chefia administrativa.d) Toda liderança está cercada de prestígio e privilégios, fatores que são sempre empregados pelo líder para obter a adesão ou a obediência dos demais membros das organizações.e) O líder eficiente deve dividir êxitos, erros e responsabilidades com os liderados, buscando ao mesmo tempo estar bem informado sobre todos os aspectos da organização, e particularmente sobre a movimentação financeira.

8. A conjuntura atual tem exigido das organizações flexibilidade e funcionalidade adequadas para atender às mudanças ambientais e à sua própria dinâmica.

A que melhor se adapta a essa necessidade é a estruturaa) matricialb) departamental por funçãoc) lineard) por projetose) funcional

9. Considere as seguintes afirmações sobre processosI- O caminho do sucesso para obter melhorias contínuas nos processos é o de conjugar os dois tipos de gerenciamento: manutenção e melhorias.

II- Melhorar continuamente um processo significa melhorar continuamente os seus padrões.III- Cada melhoria corresponde ao estabelecimento de um novo “nível de controle” para o processo.Quais são corretas?a) I d) I e IIb) II e) I, II, IIIc) III

10. Hoje, onde a tecnologia de informações tem sido o grande enfoque nas organizações, estas informações as percorrem através de sistemas integrados em rede. Assim,I- formulários existem nos diferentes tipos de mídiaII- formulários, independente da mídia, precisam ser elaborados com base em uma teoria específica.III- o conhecimento da teoria sobre formulários tornou-se desnecessário.

Quais estão INCORRETAS?a) I d) I e IIb) II e) I, II, IIIc) III

11. Sobre as avaliações do desempenhoa) A avaliação de desempenho é uma responsabilidade constante, contínua e abrangente, que procura monitorar o trabalho e os resultados das equipes compará-los com o esperado.b) A avaliação de desempenho deve preocupar-se mais com a eficiência do que com a eficáciac) Recomenda-se que, além da medição dos resultados e comparação com os objetivos, o sistema considere retroação e avaliação conjuntad) Retroação é a informação de “feedback” positivo sobre o desempenho individual

12. A seguinte estrutura corresponde à departamentalização por funções:a) departamento de produtos masculinos; departamentos de produtos femininosb) departamento nordeste, departamento sulc) departamento de produtos de limpeza; departamento de produtos alimentíciosd) departamento de produtos infantis; departamento de produtos em gerale) departamento de produção; departamento de recursos humanos

13. A motivação está ligada à satisfação das necessidades. Segundo Herzberg, as necessidades estariam relacionadas aos fatores higiênicos e fatores motivacionais. Qual dos grupos abaixo apresenta respectivamente um elemento dos fatores higiênicos e um elementos dos fatores motivacionais?a) salário; reconhecimentob) realização profissional; condições físicas de trabalhoc) crescimento hierárquico; responsabilidaded) segurança no cargo; salário

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSe) responsabilidade; salário

14. Quando os administradores concentram a autoridade e as decisões no topo da organização, esse processo chama-se:a) planejamento; d)descentralização;b) centralização; e)organização.c) controle;

15. Nos seus primeiros estágios, muitas organizações usam a estrutura organizacional funcional, adicionando eventualmente departamentos de assessoria e dando ênfase a um controle:a) departamental;b) estrutural;c) centralizado;d) descentralizado;e) matricial.

16. A delegação refere-se ao processo pelo qual os gerentes:a) atribuem poderes aos seus superiores hierárquicos;b) estabelecem metas a serem cumpridas;c) desempenham as tarefas de acordo com conveniências;d) explicitam objetivos não atingidos;e) atribuem tarefas, autoridade e responsabilidade.

17. Quando o processo decisório está voltado ao relacionamento entre a empresa e o meio ambiente, diz-se que a decisão é:a) administrativa;b) operacional;c) gerencial;d) econômica;e) estratégica.

18. Na teoria das organizações, destacam-se três posições ideológicas a partir de ênfase em produção, recursos humanos e cliente. Em épocas de grandes transformações como a nossa, a educação empresarial permanente dá-se com ênfase em:a) renovação contínua;b) desenvolvimento organizacional;c) transformação quântica;d) aprendizagem holística;e) visão globalizada.

19. A função da Administração que permite resolver problemas de integração e ajustamento de fluxos dentro do respectivo nível, evitando a sobrecarga de chefia com problemas de rotina, denomina-se:a) direção;b) planejamento;c) organização;d) controle;e) coordenação.

20. O agrupamento de funções relacionadas em unidades gerenciáveis para atingir os objetivos

organizacionais de maneira eficiente e eficaz é o conceito de:a) controle gerencial;b) departamentalização;c) centros de responsabilidade;d) contabilidade administrativa;e) centros de lucros.

21. A prática gerencial voltada para resultados e participação da equipe operacional de modo a contribuir para o incremento da produtividade denomina-se:a) qualidade total;b) análise transacional;c) empowerment;d) administração participativa;e) inteligência emocional.

22. É uma das características das organizações modernas que o nível de comunicação interna entre as suas diversas áreas e chefias seja:a) descendente;b) flexível;c) fechado;d) mais aberto;e) horizontal.

23. Uma organização é uma combinação intencional de pessoas e de tecnologia para atingir um(a) determinado(a):a) objetivo;b) planejamento;c) meta;d) tarefa;e) compromisso.

24. O trabalho envolvendo a combinação e direção da utilização dos recursos necessários para atingir objetivos específicos chama-se:a) contabilidade;b) administração;c) economia;d) planejamento contábil;e) controle financeiro.

25. Na Administração, o pensamento linear implica seguir sucessivamente as seguintes premissas:a) ação, solução, causa, problema;b) causa, problema, solução, ação;c) problema, ação, solução, causa;d) causa, problema, ação, solução;e) solução, ação, problema, causa.

26. O processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro está associado ao conceito de:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSa) planejamento;b) administraçãoc) controle;d) organizaçãoe) orçamento.

27. O sucesso de um sistema de informações depende:a) da estrutura da organização e do tipo de processo produtivo;b) do tipo de produção da empresa e da quantidade de pessoal envolvido no processo;c) do volume dos custos necessários e sua distribuição para os departamentos;d) da conscientização da necessidade e utilidade da informação;e) da qualidade do pessoal envolvido na alimentação e funcionamento do processo.

28. Podemos caracterizar a Empresa Pública como sendo aquela que: a) tem como objetivo a comunidade, os bens de domínio público e se rege pela legislação comercial;b) tem por objetivo o lucro e os bens de domínio público;c) tem como objetivo a comunidade, os bens de domínio público e se rege por legislação específica; d) está voltada para as atividades industriais específicas de domínio público;e) tem como objetivo criar políticas públicas.

29. A finalidade principal de um organograma é representar:a) detalhamento das atividades de um órgão;b) a autoridade e sua ligação funcional;c) as vinculações e os fluxos de atividades;d) a via hierárquica e os níveis administrativos;e) o fluxograma e a hierarquia das atividades.

30 – Os conceitos básicos de organização são:a) identificar e analisar os princípios gerais das empresas;b) coordenar e definir as funções de planejamento e controle dos ativos;c) atribuir e coordenar poderes aos diversos segmentos administrativos;d) analisar, identificar e definir o trabalho a ser feito para realizar os objetivos da empresa;e) definir as tarefas rotineiras e não rotineiras no âmbito empresarial.

31. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que corresponde à definição de Arquivo Corrente:a) Conjunto e procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento e documentos em fase corrente intermediária.b) Instrumento de destinação, aprovado pela autoridade competente, que determina prazos para transferência, recolhimento, eliminação e mudança de suporte de documentos.

c) Conjunto de documentos estreitamente vinculados aos objetivos imediatos para os quais foram produzidos ou recebidos no cumprimento de atividades-fim e atividades-meio e que se conservam junto aos órgãos produtores em razão de sua vigência e da freqüência com que são por eles consultados.d) Conjunto de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco freqüente, que aguardam, em depósito de armazenamento temporário, sua destinação final.e) Conjunto de documentos cujo potencial de uso para a instituição e/ou a sociedade recomenda devam ser preservados.

32. Define-se como instrumento de destinação, aprovado pela autoridade competente, que determina prazos para transferência, recolhimento, eliminação e mudança de suporte de documentos:a) Arquivo correnteb) Arquivo intermediárioc) Arquivo permanented) Gestão de documentose) Tabela de temporalidade

33. Define-se como conjunto de documentos cujo potencial de uso para a instituição e/ou a sociedade devam ser preservados:a) Arquivo corrente.b) Arquivo intermediário.c) Arquivo permanente.d) Tabela de temporalidade.e) Gestão de documentos.

34. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que corresponde à definição de Arquivo Intermediário:a) Conjunto e procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento e documentos em fase corrente intermediária.b) Instrumento de destinação, aprovado pela autoridade competente, que determina prazos para transferência, recolhimento, eliminação e mudança de suporte de documentos.c) Conjunto de documentos estreitamente vinculados aos objetivos imediatos para os quais foram produzidos ou recebidos no cumprimento de atividades-fim e atividades-meio e que se conservam junto aos órgãos produtores em razão de sua vigência e da freqüência com que são por eles consultados.d) Conjunto de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco freqüente, que aguardam, em depósito de armazenamento temporário, sua destinação final.e) Conjunto de documentos cujo potencial de uso para a instituição e/ou a sociedade recomenda devam ser preservados

35. Assinale a alternativa correta.a) Por força de omissão constitucional, as locações independem de licitação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSb) Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, ainda que em concorrência internacional.c) O pagamento das obrigações contratuais relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços devem obedecer à estrita ordem de significação para o interesse público, admitida a correção a partir das datas das suas exigibilidades.d) O pagamento de correção monetária das obrigações contratuais não adimplidas pela Administração no prazo de suas exigibilidades correrá à conta de dotação orçamentária especial. e) Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública.

36. Assinale a alternativa correta.a) Designa-se por tarefa o ajuste de mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais.b) Considera-se obra, para efeito da Lei de licitações, toda construção, reforma, demolição, fabricação, recuperação ou ampliação.c) É permitido incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, exceto nos casos de concessão.d) Será computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a atualização monetária das obrigações de pagamento.e) Terá preferência à contratação, no caso de empate, o autor do projeto básico.

37. Assinale a alternativa correta.a) As compras, sempre que possível, deverão ser processadas através da modalidade de licitação registro de preços.b) A validade dos preços registrados não poderá ser inferior a um ano.c) A alienação de bens públicos móveis, através da doação com encargo, independe de licitação.d) Os avisos, contendo os resumos dos editais, deverão ser publicados com antecedência por três vezes no Diário Oficial e em jornal diário de grande circulação local.e) Os contratos para prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração, ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação.

38. Assinale a alternativa correta.a) Todas as modificações no edital deverão ser comunicadas aos interessados antes de esgotado o prazo para apresentação das propostas, caso a alteração possa afetar a sua formulação.b) É proibida a criação administrativa de modalidades de licitação ou a combinação de modalidades legalmente existentes.c) Na escolha da modalidade licitatória cabível, para contratos de duração continuada que comportem

prorrogação por até sessenta meses, o valor estimado deve considerar apenas o prazo inicial.d) É permitida a utilização da modalidade convite ou tomada de preços, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço legalmente divididas, embora o somatório de seus valores caracterize o caso de tomada de preços ou concorrência, respectivamente.e) É inteiramente dispensada a licitação quando houver inviabilidade de competição.

39. Assinale a alternativa correta.a) Na habilitação relativa à qualificação econômico-financeira, a Administração poderá exigir valores mínimos de faturamento anterior, além dos índices de rentabilidade e lucratividade.b) Nas compras para entrega futura, a Administração não poderá estabelecer exigências de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo.c) O leilão é modalidade de licitação entre quaisquer interessados, em propostas abertas, admitindo- se a imposição de certas restrições à participação.d) A Administração poderá exigir para a habilitação em procedimento licitatório complexo, o pagamento de taxa específica, destinada a remunerar os técnicos a serem contratados para a avaliação subsidiária à comissão.e) É vedada a constituição de consórcio entre empresas brasileiras e estrangeiras, para participação em licitação pública, ressalvados os casos previstos em leis especiais.

40. A Lei Federal n° 8.666/93 alterou a Tomada de Preços. Sendo assim, para a fase de Habilitação, poderão participar os interessados desse certame,a) que apresentem atestado de vários órgãos públicos.b) desde que estejam cadastrados há pelo menos um ano.c) cadastrados ou não, desde que em número de três.d) que foram cadastrados até a data do edital.e) que apresentarem a documentação exigida até o terceiro dia anterior ao recebimento das propostas.

41. A Constituição Federal exige licitação para:I- os contratos de obras, serviços, compras e alienaçõesII- a concessão de serviços públicosIII- a permissão de serviços públicos

a) I e II erradasb) todas certasc) I e III certasd) II e III certas

42. Estão obrigados à licitação:I- os órgãos da administração pública diretaII- os órgãos da administração pública indireta, exceto as fundações instituídas e mantidas pelo Poder PúblicoIII- as empresas sob o controle da administração pública

a) I e II certasb) II e III erradasc) I e III certasd) I e III erradas

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

43. As hipóteses de dispensa de licitação podem ser divididas nas seguintes categorias:I- em razão do pequeno valorII- em razão de situações excepcionaisIII- em razão do objetoIV- em razão da pessoa

a) I, II, III erradasb) I, III e IV certasc) II, III e IV certasd) todas certas

44. São modalidades de licitação:I- apenas a concorrência, tomada de preços e o conviteII- apenas a concorrência e a tomada de preçosIII- concorrência, a tomada de preços, convite o concurso e o leilão

a) I certab) III certac) II certad) todas erradas

45. A concorrência não é obrigatória para:I- compra e alienação de bem imóvel, qualquer que seja o valorII- concessões de uso, de serviçoIII- escolha de trabalho técnico ou artístico

a) III certa c) I e III certasb) I e II certas d) II e III certas

46. Na tomada de preços, está ausente:I- a universalidadeII- a publicidadeIII- a legalidade

a) I e II erradas c) II e III erradasb) I e III certas d) II e III certas

47. O leilão pode ser realizado por:I- leiloeiro oficialII- servidor designado pela administraçãoIII- leiloeiro particular

a) I e III erradasb) II e III certasc) I e II erradasd) I e II certas

48. São tipos de licitação:I- a de menor preçoII- a de melhor técnicaIII- a de técnica e preçoIV- a de preço-base

a) I, II e III erradas b) todas certasc) II, III, IV erradasd) I, III e IV certas

49. São princípios da licitação:I- publicidadeII- procedimento formalIII- adjudicação compulsória

a) I certa

b) I e II erradasc) II e III erradasd) todas certas

50. A definição do tipo de licitação é necessária para que o julgamento das propostas seja objetivo. Nesse sentido deve-se optar pelo tipo “melhor técnica” quando:(A) a licitação destinar-se à locação de imóvel para uso pela administração;(B) a modalidade utilizada for o pregão na forma eletrônica;(C) a forma de execução da obra for exclusivamente por empreitada integral;(D) for caracterizada situação de urgência;(E) destinar-se a serviços de natureza predominantemente intelectual.

51. O clima organizacional representa o ambiente interno existente entre os membros da organização. Isto posto, considere as seguintes afirmações. I – O termo “clima organizacional” está intimamente relacionado com a motivação dos membros da organização.II - Quando o clima organizacional é elevado, leva a excitação e ufanismo.III- O clima organizacional somente será mantido quando os incentivos que são oferecidos forem iguais ou maiores do que as contribuições que lhe são exigidas.

Quais estão corretas? (A) Apenas II.(B) Apenas III. (C) Apenas I e II.(D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

52. Existe Cultura Organizacional que estimula e outra que inibe a Aprendizagem Organizacional.A cultura abaixo estimula a Aprendizagem Organizacional.

Assinale a alternativa CORRETA.(A) Cultura que divide em compartimentos a resolução de problemas.(B) Cultura que restringe o fluxo de informações.(C) Cultura que estimula comunicação aberta e acredita no trabalho em equipe.(D) Cultura que acredita na competição individualizada.

53. Um dos clássicos no estudo da Aprendizagem Organizacional é Chris Argyris. Ele foi o pai do conceito single looping learning e double looping learning ou aprendizagem de circuito simples e aprendizagem de circuito duplo. Acerca desse assunto, leia o texto abaixo:

“Etapas de um processo de Aprendizagem:Percepção e exploração do ambiente e acesso a novas informações;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSComparação com o funcionamento do sistema atual;Questionamento e reconfiguração do sistema; eInstitucionalização da mudança.”

Com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA.(A) As etapas dizem respeito à aprendizagem de circuito duplo.(B) As etapas dizem respeito à aprendizagem de circuito simples.(C) As etapas dizem respeito à aprendizagem de circuito simples e também à aprendizagem de circuito duplo.(D) As etapas acima não dizem respeito nem à aprendizagem de circuito simples, nem à aprendizagem de circuito duplo.

54. “Hoje, quando o papel do homem no trabalho vem se transformando em suas características mais especificamente humanas, que o saber, a intuição e a criatividade vêm sendo valorizados, talvez se caminhe para uma transição na qual a empresa finalmente reconheça que se relaciona com pessoas, e não com recursos”.

Com base nesse pensamento, analise as afirmações a seguir:I - Toda e qualquer organização depende, em maior ou menor grau, do desempenho humano para o seu sucesso. Por esse motivo, desenvolve e organiza uma forma de atuação sobre o comportamento que se convencionou chamar de modelo de gestão de pessoas. II - Por depender de fatores internos e externos à organização, os diferentes modelos de gestão de pessoas acabam por se resumirem num único modelo, articulado como departamento de pessoal ou de recursos humanos.III - Quanto mais a empresa se concentra no chamado ativo intangível (marcas, performance, inovação tecnológica e de produto, atendimento diferenciado,...), mais forte se torna a dependência dos negócios do desempenho humano.IV - Podemos resumidamente classificar os fatores que atuam sobre o modelo de gestão de pessoas em: tecnologia adotada, estratégia de organização do trabalho, cultura organizacional, estrutura organizacional e fatores externos.V - A expressão gestão de pessoas não se diferencia em nada da antiga noção de administração de recursos humanos.

Assinale a alternativa CORRETA.A) Somente as afirmações I, III e IV estão corretas.B) Somente as afirmações II, III e V estão corretas.C) Somente as afirmações I e IV estão corretas.D) Somente as afirmações III e IV estão corretas.E) Somente as afirmações I, III e V estão corretas.

55. Sobre Cultura Organizacional, assinale a

alternativa CORRETA.A) Conjunto de pressupostos (suposições) básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e de integração interna e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.B) Artefatos, instalações físicas, local onde ficam os escritórios e a frota de carros não representam a cultura objetiva das empresas.C) Crenças, suposições, expectativas, valores, normas e papéis não representam a cultura subjetiva das empresas.D) A cultura de uma empresa não dá aos membros da organização uma identidade organizacional.E) Contra-cultura e Sub-culturas são desvios da cultura que não acontecem em nenhuma empresa.56. O estudo da satisfação no trabalho é importante para todas as empresas. Levantamentos de satisfação no trabalho podem produzir resultados positivos, negativos ou neutros. Caso sejam devidamente planejados e gerenciados, freqüentemente irão acarretar uma série de vantagens importantes. Assinalar abaixo a alternativa INCORRETA sobre as vantagens de um estudo desse tipo.A) Pode-se conhecer como está a eficiência e eficácia do processo de comunicação organizacional.B) Pode-se detectar algumas necessidades de treinamento.C) Pode-se planejar e implementar mudanças a partir das conclusões do estudo.D) Pode-se melhorar as atitudes, tanto da empresa como dos funcionários.E) Pode-se dar aumentos de salários, quando o estudo concluir que a média da empresa está muito superior à média paga pelo mercado e pelos concorrentes diretos.

57. Assinale a alternativa CORRETA sobre os elementos-chave do comportamento organizacional.a) Pessoas, Estrutura, Tecnologia e Ambiente.b) Pessoas, Departamento, Tecnologia e Ambiente.c) Pessoas, Estrutura, Software e Ambiente.d) Pessoas, Estrutura, Tecnologia e Diferenciação Vertical.e) Pessoas, Estrutura, Tecnologia e Diferenciação Horizontal.

58. Em se tratando de organização do trabalho, rotinas e arquivamentos, deve-se considerar que os formulários são instrumentos importantes, por isso, há objetivos para o seu controle. Dentre os objetivos para o controle de formulários, destacam-se alguns. Identifique-os:a) reduzir o número de formulários utilizados na organização; melhorar a sua apresentação, para

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSmaior eficácia e melhor utilização operacional; evitar a criação de novos formulários, quando existem outros em uso, com o mesmo propósito.b) definir claramente a forma de arquivamento; permitir o uso de várias vias em diferentes cores; cuidar da eficiência dos formulários, para melhorar o seu uso.c) atualizar o layout dos formulários; ordenar a seqüência de entrada de dados; elaborar o controle de arquivamento, na forma numérica.d) elaborar estudos antes da emissão de novos formulários, para evitar duplicação e auxiliar no controle da quantidade existente; criar uma numeração para cada formulário, identificando a área a que pertence; criar, caso for necessário, todos os formulários em tamanho A4, para facilitar o arquivamento.e) como forma de manter o controle dos formulários, arquivá-los em pastas AZ; melhorar a apresentação operacional e sua forma de encaminhamento; criar um manual de formulários, com codificação, classificação, formas de arquivamento e número de vias

59. Assinale a alternativa correta.a) As compras, sempre que possível, deverão ser processadas através da modalidade de licitação registro de preços.b) A validade dos preços registrados não poderá ser inferior a um ano.c) A alienação de bens públicos móveis, através da doação com encargo, independe de licitação.

d) Os avisos, contendo os resumos dos editais, deverão ser publicados com antecedência por três vezes no Diário Oficial e em jornal diário de grande circulação local.e) Os contratos para prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração, ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação.

60. Assinale a alternativa correta.a) Todas as modificações no edital deverão ser comunicadas aos interessados antes de esgotado o prazo para apresentação das propostas, caso a alteração possa afetar a sua formulação.b) É proibida a criação administrativa de modalidades de licitação ou a combinação de modalidades legalmente existentes.c) Na escolha da modalidade licitatória cabível, para contratos de duração continuada que comportem prorrogação por até sessenta meses, o valor estimado deve considerar apenas o prazo inicial.d) É permitida a utilização da modalidade convite ou tomada de preços, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço legalmente divididas, embora o somatório de seus valores caracterize o caso de tomada de preços ou concorrência, respectivamente.e) É inteiramente dispensada a licitação quando houver inviabilidade de competição.

GABARITO1. C 02. E 03. A 04. C 05. D, 06. E 07. B 08. A 09. E 10. C11. B 12. E 13. A 14. B 15. C 16. E 17. E 18. D 19. E 20. B21. A 22. B 23. A 24. B 25. D 26. A 27. E 28. C 29. B 30. D31. C 32. E 33. C 34. D 35. E 36. A 37. E 38. B 39. C 40. E41. B 42. C 43. D 44. B 45. A 46. C 47. D 48. B 49. D 50. E51. C 52. C 53. A 54. A 55. A 56. E 57. A 58. A 59. E 60. B

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