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    ANLISE SINTTICA EARTICULAO DAS PALAVRASEM LATIM

    METARevisar os conhecimentos de anlise sinttica para os estudos da lngua latina;

    Demonstrar a associao de funes e casos no contexto das frases latinas.

    OBJETIVOSAo final desta aula, o aluno dever:

    avaliar o funcionamento de uma lngua flexional;

    reconhecer a ligao entre anlise sinttica e lngua latina; e

    descrever os casos latinos e sua distribuio nas diferentes funes da sintaxe.

    PR-REQUISITOSLeitura das aulas anteriores e conhecimentos bsicos de anlise sinttica, segundo as normas

    gramaticais.

    Aula

    4

    Sintaxe espacial (Fonte: http://urbanidades.arq.br).

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    Fundamentos da Lngua Latina

    INTRODUO

    Caro aluno(a), na lngua latina, as palavras variveis no possuem apenasduas formas uma do singular, outra

    do plural como acontece com as lnguas modernas. Certas lnguasantigas, como o latim e o grego, so consideradas flexionais, pois as ter-minaes das palavras devem variar de acordo com a funo sinttica queelas exeram na frase.

    Assim, jamais voc vai ter certeza da terminao de uma palavra seno conhecer a sua posio sinttica na frase e, para isso, voc precisa terum conhecimento seguro de anlise sinttica.

    Essa exigncia no vai parecer to rdua se voc estiver disposto a re-visar um assunto que, certamente, j foi estudado diversas vezes na escola.

    Por outro lado, aproveite a ocasio e tente assimilar o conhecimento desseassunto para nunca mais esquecer.Comeamos, pois, com um trabalho de reviso de anlise sinttica de

    acordo com as normas da gramtica tradicional. No procure decorar re-gras, tente apenas entender os conceitos e exercitar a sua aplicao prticaem qualquer circunstncia. Se voc, por exemplo, assimilou o que seja umobjeto direto, um adjunto adnominal etc., no h como no reconhec-losno contexto das frases. O domnio deste conhecimento indispensvelpara trabalhar o latim.

    (Fonte: http://img362.imageshack.us).

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    Anlise sinttica e articulao das palavras em latim Aula

    4ANLISE SINTTICA E ARTICULAOOs estudos de gramtica apresentam duas possibilidades de anlise

    das palavras. Uma delas a morfolgica, tradicionalmente chamada deanlise lxica, em cuja prtica so detectadas e explicadas as classes a queas palavras pertencem, bem como as suas diferentes partes prefixos,radicais, sufixos, vogais de ligao, desinncias - que, somadas, formam umconjunto harmonioso, ou seja, a configurao final com que as palavrasso usadas pelos falantes. Esse tipo de anlise ser visto na aula 19, quandotrataremos do processo de formao das palavras. No entanto, durante odesenvolvimento do curso, voc ir tomando conhecimento desse processo,haja vista a necessidade de conhecer os componentes imediatos da palavrapara exercitar a aplicao de desinncias ao radical.

    Nesta aula, porm, o seu interesse deve concentrar-se na identificaodas funes sintticas que as palavras assumem nas frases para relacion-las entre si e imprimir sentido sentena. Para trabalhar as palavras latinas,

    voc precisa ter um bom conhecimento de anlise sinttica.Observe como a funo sinttica interfere na forma das palavras. Voc

    j deve ter visto as expresses latinas que so apresentadas a seguir. Nelasa palavra DEUS vai aparecer em formas variadas a depender da funosinttica exercida na frase. Em portugus, no haveria qualquer alterao,seria a forma DEUS para qualquer funo. No latim, diferente. Observe:a) DEUSdet ou DEUSdedit (nomes de pessoas significando (que) Deus

    d ou (foi) Deus (que) deu. Como sujeito das duas frases, a forma DEUS.b) Agnus DEI (significa Cordeiro DE DEUS (divino). Na funo de ad-junto adnominal restritivo, a forma DEUS que serviu para o sujeito nasfrases anteriores, j no serve mais para esta frase. A forma correta DEI.c) DEO gratias ( quer dizer graas A DEUS ). A palavra Deus agora umobjeto indireto e deve ser escrita DEO.d) Te DEUM laudamos (parte de um canto de ao de graas (louvamos-teDeus). Agora, como objeto direto, a forma da palavra j deve ser DEUM.

    O exemplo acima apenasum demonstrativo de como o latimtrabalha suas palavras. Imagine queesse processo deve ser feito comtodas as palavras variveis, de modoespecial, substantivos e adjetivos.No adianta, portanto, decoraruma nica forma de cada palavra enem se desesperar imaginando umaloucura de formas para assimilar.

    Fique tranqilo! Voc no vai

    precisar memorizar nada. Voc

    Morfolgica

    Diz respeito s for-

    mas que as palavras

    apresentam na lin-

    guagem. Nesse es-

    tudo so analisadas

    as configuraes

    de gnero, nmero,

    classes e os proces-

    sos de formao a

    que obedecem as

    palavras.

    Lxica

    Repertrio de pala-

    vras de uma lngua,

    o inventrio de to-

    dos os termos usa-

    dos para a efetiva-

    o de uma lngua.

    Sinttica

    Combinao entrefunes devidam-

    ente reconhecidas

    para, finalmente, ser

    possvel a comuni-

    cao alm da sim-

    ples palavra isolada

    e no contexto mais

    amplo da frase.

    Criao de Ado (detalhe), de Michelangelo (Fonte: http://studentorgani-zations.missouristate.edu).

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    receber um quadro em que todas as formas estaro contidas. Se voc souberanlise sinttica e estiver bem certo da funo das palavras nas frases, irbuscar no lugar certo do quadro aquela forma que lhe interessa, naquelemomento, para aquela frase especfica.

    Certamente no um trabalho muito fcil, sobretudo pela falta desegurana em anlise sinttica, assunto j tantas vezes estudado. Tenhacerteza de uma coisa: ser bem mais difcil a questo da sintaxe do que doprprio latim em si mesmo.

    O terror do latim sempre foi a obrigao de saber de cor as declina-es, os verbos. Esse mtodo est superado, embora muitos mestres aindao adotem at por certo prazer doentio de mostrar que os alunos nadasabem. Fazendo isso, esto desestimulando os alunos e negando ao latim asboas chances de ser uma disciplina agradvel, leve, cuja necessidade, pelo

    menos nos cursos de Letras, inquestionvel.Portanto, nada de decoreba! Importante saber consultar, saberbuscar no lugar certo, depois de ter plena conscincia da funo de cadapalavra na frase em apreo.

    REVISANDO A ANLISE SINTTICA

    Para o estudo do latim, indispensvel conhecer os termos da orao,ou seja, de uma palavra ou conjunto de palavras com que se exprime opensamento.

    As gramticas so unnimes em referir-se aos termos da orao porordem de importncia:

    Essenciais > Integrantes >Acessrios.Aqui se faz uma proposta em que alguns dados podem ajudar a mel-

    hor compreender o assunto. Por ordem de importncia, observe sinais enmeros e a prpria designao usada para cada termo:1. + (mais) Essenciais: significa dizer que no se pode expressar um pensam-ento sem estes termos. Eles demonstram o que a essncia da comunicao.So eles o sujeito e o predicado.

    2. + ou (mais ou menos) Integrantes ou Complementares: significa dizerque eles ajudam, completam o pensamento, mas no so totalmente ne-cessrios. Sem eles, a frase fica sem complemento, mas no sem a essncia.So eles: o objeto direto, o objeto indireto, o complemento nominal e oagente da passiva.3. (menos) Acessrios: significa dizer que eles no tm grande importnciana compreenso da frase; funcionam como enfeites. So eles: o adjuntoadnominal, o adjunto adverbial e o aposto (o vocativo analisado comoum caso parte, mas muitos o concebem como termo acessrio).

    O estudo do latim vai exigir de voc um completo senso de identifi-

    cao de cada termo. Aqui no conveniente fazer uma reviso completa

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    4do assunto, mas procure entender o verda deiro significado de cada termoe muitas dificuldades desaparecero. Por exemplo:

    TERMOS ESSENCIAISSujeito para o latim, no importa se o que sofre ou pratica a ao.

    Importa que ele sub-jectus, ou seja, o que est lanado por baixo da aoverbal. Assim, em frases como Pedro caiu, Pedro morreu, Pedrocomprou, Pedro gosta, Pedro concede, por baixo da ao verbal esto sujeito Pedro.

    Predicado o que diz, o que se prega. Praedicare dizer, falar. Nasfrases acima, os verbos so os predicados. O que se pregou, se falou dePedro que ele caiu, morreu, comprou etc. Certamente no faz parte da

    essncia do predicado informar se ele caiu agora, ontem, de fraqueza, daescada etc. Esses elementos so termos acessrios e no tm importnciapara a essncia da compreenso da mensagem.

    TERMOS INTEGRANTES

    Quando os verbos ou os nomes querem complementos, os termosintegrantes vo aparecer. Nas frases que ilustram o sujeito, ningum vaiperguntar: morreu o qu?. Mas algum pode querer saber comprou o

    qu?. que os verbos so diferentes. O verbo transitivo quer um comple-mento: o verbo intransitivo, porm, no o requer.Os termos que completam o sentido das frases so: o objeto direto, o

    objeto indireto, o complemento nominal e o agente da passiva.Ob-jectus, diferentemente do sub-jectus, lanado diante de, depois de.

    Isso pode acontecer diretamente (sem preposio, como no caso do objetodireto) e indiretamente (com preposio, como no caso do objeto indireto).

    Esse mesmo complemento, se for pedido por um nome, ser umcomplemento nominal. Algum que diz: acho que ainda no estou apto...,certamente vai ouvir a pergunta: apto para qu? Isso ocorre porque o

    nome apto exige um complemento que esclarea o sentido da frase.O agente da passiva supe algum que age (agente) para que o outro

    sofra a ao. Importante saber distinguir a voz do verbo, se ativa, pas-siva ou reflexiva. Na frase: A criana foi atacada pelo co, o verbo estna voz passiva, logo o termo em destaque o AGENTE DA PASSIVA. Oco agiu para a criana sofrer a ao.

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    TERMOS ACESSRIOS

    Os termos acessrios tm um sentido semelhante ao que conhecemos,por exemplo, sobre acessrios de um carro (adesivos, antena, som etc.). Naorao, existem elementos que apenas enfeitam, no tendo peso sobre asignificao essencial da mensagem. Pedro (sujeito) caiu (predicado) ontemda escada por causa da fraqueza (acessrios).

    Outro exemplo: O governador (sujeito) concedeu (predicado) audincia(integrante) a grevistas (integrante) ontem tarde no gabinete (acessrios).

    Como voc percebe, essas noes bsicas servem para situar a im-portncia do conhecimento de anlise sinttica para o estudo do latim. Paramelhor domnio do assunto, recomendvel fazer uma reviso completacom apoio de uma boa gramtica.

    (Fonte: http://modaparausar.files.wordpress.com).

    OS CASOS LATINOS

    Para bem trabalhar o latim, necessrio identificar com segurana os

    termos da orao na frase e a funo exata de cada termo. O latim exige queas palavras sejam distribudas de acordo com os casos apropriados a cadafuno. So seis os casos latinos que assim se distribuem pelas diferentesfunes sintticas:1. Nominativo o caso do sujeito e do predicativo do sujeito. tam-bm o caso em que se enuncia simplesmente um nome e, por vezes, o daexclamao.2. Genitivo o caso do adjunto adnominal restritivo ( possessivo ouqualificativo, representado por um substantivo e precedido da preposio

    de) e alguns complementos nominais de substantivos e do partitivo. Parano confundir-se: a ocorrncia do genitivo exige a preposio DE cercada

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    4de substantivo: Imperador (substantivo) DE Roma (substantivo), logo osegundo termo (Roma) um genitivo. O mesmo no acontece com Cheguei(verbo) DE Roma (substantivo) em que o segundo termo (Roma) umadjunto adverbial de lugar ablativo.3. Vocativo o caso do chamado, da interpelao e, por vezes, da ex-clamao.4. Dativo o caso do objeto indireto e alguns complementos adnominais.5. Ablativo o caso dos adjuntos adverbiais no preposicionados ouregidos por preposies especiais, do agente da passiva, do complementode comparao, do sujeito de particpio em oraes reduzidas (ablativoabsoluto) a depender da preposio.6. Acusativo - o caso do objeto direto, da exclamao, e do sujeito e dopredicativo em oraes infinitivas, predicativo do objeto direto e adjuntos

    adverbiais a depender da preposio.

    ATIVIDADES

    Agora voc construir um quadro relacionando os casos latinos s fun-es sintticas especficas. Neste quadro, alm de cada caso relacionado funo sinttica especfica (e nenhuma funo sinttica deve ser esquecida), necessrio eleborar frases em portugus que ilustrem cada situao. Estaatividade vai permitir uma assimilao completa da relao dos casos latinoscom as funes sintticas.

    Sem esta segurana, fica impraticvel a compreenso do latim e oprosseguimento dos estudos nesta rea.

    COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    Como voc percebe, cada palavra declinvel latina possui 12 formas,sendo 6 para o singular e 6 para o plural. A escolha de uma dessasformas vai depender, primeiramente, do nmero e a j se eliminam 6

    formas, caso esteja a palavra no singular ou no plural. Da, a escolhadas seis formas em questo vai ser orientada pela funo sinttica dapalavra na frase.H tambm que se reconhecer o Adjunto Adnominal Restritivo. Este

    vem sempre precedido em portugus pela preposio de e leva a palavraregida por esta para o caso genitivo.Ex.: Imperador de Roma de Roma restritivo vai para o genitivo.Imperador Romano romano. Vai acompanhar Imperador em gnero,nmero e caso.No sendo, portanto, restritivo, o adjunto um simples adjetivo,

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    concordando em gnero, nmero e caso com o substantivo que eledetermina. Por isso, voc pde ver que, na relao entre casos efunes, no aparece o adjunto adnominal, nem aparece o aposto.Essas funes sintticas podem ir para qualquer caso, a depender doelemento principal a que estejam ligadas. Assim, voc pode encontraraposto e adjunto adnominal em qualquer dos casos latinos a dependerda posio sinttica do termo fundamental (sujeito, vocativo, objetodireto etc.) A eles tero o mesmo caso das funes principais a queeles servem.Observe os seguintes exemplos e veja como aposto e adjuntoadnominal podem estar relacionados a qualquer caso:

    Aposto e adjunto adnominal do sujeito: Jos, meu filho, esteve aqui.

    Objeto direto: Encontrei Jos, meu filho, na porta de casa.Adjunto adnominal restritivo: Os livros de Jos, meu filho, foramroubados.

    Agente da passiva: Todo este trabalho foi realizado por Jos, meu filho.Objeto indireto: Dei os melhores livros a Jos, meu filho.

    Vocativo: Jos, meu filho, tem pacincia!Adjunto adverbial: Resolvi sair com Jos, meu filho.Na distribuio das funes entre os casos, voc notou que, apesar deexercer funo bem secundria, o vocativo tem um caso s para ele.

    ATIVIDADES

    Reconhea as funes sintticas das palavras em destaque e identifiqueos casos latinos a que elas se destinam. Justifique, de forma breve, suaresposta.a) Encontrei Maria saindo de casa.b) A me de Pedro plantou rosas brancas no jardim adubado.c) Pedro, meu filho, olha com quem andas!

    d) Dei presentes valiosos ao filho de minha tia.e) As crianas desaparecidas foram localizadas por aquele policial.

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    4COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    Aos poucos voc vai aprendendo a associar os casos latinos s funes

    sintticas, e esta compreenso fundamental para trabalhar as frasese dominar o mecanismo da lngua. Aceite, portanto, a sugesto defazer uma sria reviso de anlise sinttica de acordo com a gramticatradicional. Isso deve ser realizado imediatamente, porque impossvelprogredir no conhecimento do latim sem este domnio de anlisesinttica.

    CONCLUSO

    Em latim, no existe uma forma nica para as palavras variveis, maselas devem variar de configurao de acor-

    do com a funo sinttica exercida nas frases.Um exemplo, em portugus, pode ilustrar o processo das declinaes:

    a forma do pronome pessoal eu prpria do sujeito, enquanto as formasme ou mim so especficas para a funo de complemento. Assim, vocpode dizer: Eu vou chegar atrasado hoje / Traga um livro para eu ler. Masdever dizer: Traga um livro para mim. Voc poderia ajudar-me. Tambmem portugus, em alguns casos, existem formas especficas para funessintticas especficas.

    No preciso precipitar-se! As funes sintticas relacionadas aoscasos latinos sero sempre revistas e explicadas, facilitando, assim, a maiscompleta assimilao do tema.

    De incio voc certamente ter dificuldade, mas tenha plena convicode que o domnio da anlise sinttica pode ser maior problema do que olatim em si mesmo.

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    RESUMO

    Esta aula mostrou os procedimentos de uma lngua flexional. Em latimas palavras se declinam, isto , elas variam a forma de acordo com a funosinttica das palavras nas frases. As palavras vo ganhando a forma apro-priada e isto faz com que uma determinada forma sirva para uma frase, masno sirva em outra frase se a funo sinttica no for a mesma. Existem, paracada palavra declinvel, seis formas do singular e seis do plural. Voc noprecisa decorar as declinaes, pois encontrar, no quadro, todas as formasque a palavra tem para serem usadas de acordo com a funo sinttica.

    Conhecendo o nmero da palavra na frase, voc j elimina seis formas.Dentre as outras seis formas do nmero especfico, a escolha vai ser de-terminada pela funo sinttica, ou seja, o caso ser aquele que contempla

    exatamente a funo sinttica em pauta.

    ATIVIDADES

    As atividades propostas visam ao pleno conhecimento das funessintticas e distribuio correta dos casos latinos:I Responda:1. O que significa dizer que o latim uma lngua flexional?2. O que declinar uma palavra?3. O que voc entendeu por caso?4. Quais so os casos latinos?5. Por que na distribuio das funes sintticas pelos casos latinos no hreferncia ao caso do aposto e do adjunto adnominal? Explique.

    COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    Quanto ao item 1, sabemos que, diferentemente das lnguas modernas,o latim possui desinncias prprias para cada funo sinttica, masas formas esto apresentadas no quadro das declinaes, voc noprecisa decorar nada, basta saber consultar.

    J no item 2, lembre-se que declinar significa descer, cair (o sol declinano horizonte) e este o processo das palavras em latim: voc deveir descendo na lista de cada declinao, de forma vertical, at achar aforma apropriada a cada frase que est sendo trabalhada.Referente ao item 3, esclarecemos que o nome ocaso; significa queda(o sol est no seu ocaso; Maria esta de caso com o porteiro) ou seja,quedado, pendido em direo a. O processo de declinao , pois, umprocesso de queda, de cima para baixo, voc vai descendo at achar

    a forma que convm frase em questo.

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    4No tocante ao item 4, lembramos que os casos latinos so seis e elesj foram apresentados nesta lio, s record-los.Referente ao item 5, relembramos que aposto e adjunto adnominal

    podem direcionar-se a qualquer caso a depender do termo fundamentala que eles se ligam.

    II Identifique com F ou V o Falso ou o Verdadeiro:1. O ablativo o caso do adjunto adnominal restritivo ( ).2. O nominativo o nico caso do sujeito ( ).3. O objeto indireto destina-se ao caso dativo ( ).4. O predicativo do sujeito pode ir para o acusativo ( ).

    COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    As respostas a esta questaa j foram comentadas durante a aula. Tentecomparar as suas respostas com o contedo expresso na aula.

    III- . Na frase: Quando sa de Roma, senti saudades, a expresso sublinhada

    um adjunto adnominal restritivo por causa da preposio de?

    COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    A resposta no. A preposio DE, que caracteriza o adjuntoadnominal restritivo, deve estar cercada de substantivos, o que no se

    verifica na frase em questo.

    REFERNCIAS

    CARDOSO, Zlia de Almeida. Iniciao ao latim.So Paulo: tica, 1989.COMBA, Jlio. Gramtica latina.So Paulo: Salesiana, 1981.FURLAN, Oswaldo Antnio. Latim para o portugus.Florianpolis:EDUFSC, 2006.MACHADO, Luiz. Uma nova viso do latim pelo uso da inteligncia.Rio de Janeiro: Cidade do Crebro, 1999.SOARES, Joo S.Latim 1 Iniciao ao latim e civilizao romana.Coimbra: Almedina, 1999.

    TARALLO. Fernando. Tempos lingsticos.So Paulo: tica, 1994.