aula de lingua portuguesa_marinho

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PROF.º MSC. OZIEL RIBEIRO MARINHO CURSO DE PEDAGOGIA DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA Av. Noel Nutels, nº 16, Cidade Nova I EMAIL: [email protected]

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Morfologia

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Page 1: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

P R O F . º M S C . O Z I E L R I B E I R O M A R I N H O

CURSO DE PEDAGOGIADISCIPLINA: LÍNGUA

PORTUGUESA

Av. Noel Nutels, nº 16, Cidade Nova I

EMAIL: [email protected]

Page 2: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

TÓPICO I

Morfologia

Page 3: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Estrutura e formação das palavras

23/09/2015Profº. Marinho

3

Em sua estrutura, uma palavra costuma ter osseguintes elementos: radical, afixos, vogaltemática, desinências e interfixos.

Esses elementos dá alguma noção significado àpalavra que integra. Com exceção do radical.

Essas unidades mínimas que se apõem ao radical -,são chamados de morfema.

Page 4: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Radical (lexema ou semantema)

23/09/2015Profº. Marinho

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É o elemento que contém o significado principal,comum a uma determinada família de palavras.

Exemplo: (serra, serrote, serragem, serrilha– radical – serr)

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Afixos

23/09/2015Profº. Marinho

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São os elementos que, juntados ao radical antes(prefixos), depois (sufixos) servem para mudar osentido do radical.

Exemplo: (incolor, desproteger; dengoso,presteza)

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Vogal temática

23/09/2015Profº. Marinho

6

É a que vem logo após o radical, e que nos verbosindica as conjunções, fazendo a ligação entre oradical e as desinências. São três (a, e & i)

Exemplo: 1ª conjugação (a – falar); 2ªconjugação (e – vender); 3ª conjugação (i -partir)

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Tema

23/09/2015Profº. Marinho

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É o nome que se dá ao conjunto radical + vogaltemática.

Exemplo: cant- (radical) + ar (vogaltemática).

O r é desinência de infinitivo.

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Desinências

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São morfemas que, colocados junto ao tema, servempara indicar as flexões de nomes e verbos. Podemser: nominais e verbais.

A) nominais – indicam o gênero e o número dosnomes (substantivos, adjetivos, numerais epronomes):

Exemplo:

-a (educada), -s (educadas).

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Desinências

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B) verbais – indicam o modo e o tempo do verbo(desinências modo-temporais) e o número e apessoa do verbo (números-pessoais).

Exemplo:

Cant-á-va-mos (cant-: radical; -a: vogaltemática; -va: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo); -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a1ª pessoa do plural do pretérito imperfeito doindicativo do verbo cantar)).

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Interfixos (ou vogais e consoantes de ligação)

23/09/2015Profº. Marinho

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São morfemas que, colocados entre o radical e osufixo, servem para facilitar a pronúncia de umapalavra. Podem ser:(vogais ou consoantes).

Exemplo:

Vogais: palaciano, parâmetro, brasiliense,sonífero.

Consoantes: cambada, banheira, chaleira,pedreiro.

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PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

TÓPICO II

MORFOLOGIA

Page 12: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Processos de formação das palavras

23/09/2015Profº. Marinho

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Na língua portuguesa, há dois processos básicos deformação de palavras: a derivação e acomposição.

Além destes, há ainda a onomatopeia, aabreviação e o hibridismo.

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Derivação

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Consiste em derivar uma palavra nova (derivada) deoutra já existente (primitiva). Realiza-se por umadestas formas:

Tipo Conceito Exemplos

1. Prefixal ou prefixação

Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva.

re/ler (prefixo)

2. Sufixal ou sufixação

Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva.

Leal/dade(sufixo)

3. Parassintética ou parassíntese

Junção simultânea de prefixo e sufixo àpalavra primitiva.

a/noite/cer(prefixo e sufixo)Feliz/ MENTEIN/felizIN/feliz/MENTE

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Derivação

23/09/2015Profº. Marinho

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Tipo Conceito Exemplos

4. Regressivaou deverbial

Consiste na subtração de um elemento da palavra primitiva.

abalo é a derivação regressiva de abalar.venda é derivado de vencer.Ação de =>Dança/dançarCanto/cantardenotam ação/(palavras derivadas/palavras primitivas).Objeto/substância =>planta/plantarâncora/ancorarIndicam objetos:(palavras primitivas/palavras derivadas.)

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Derivação

23/09/2015Profº. Marinho

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Tipo Conceito Exemplos

5. Imprópria

A palavra é formada sem alterar a primitiva. Este processo consiste na mudança de classe gramatical da palavra.Ocorre também a derivação imprópria quando há mudança de classificaçãodentro de uma mesma categoria gramatical. (mina = menina)

Como meu pai está velho! (adjetivo)O velho acabou de sair (substantivo)Não lhe darei a resposta (advérbio)O não é uma palavra difícil de dizer (substantivo)

damasco = frutaDamasco = cidadecastelo = substantivo comumMaria Castelo = substantivo próprio

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Composição

23/09/2015Profº. Marinho

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É a formação de palavras pela união de dois ou maisradicais ou duas ou mais palavras.

A composição pode efetuar-se de duas maneiras:

Tipo Conceito Exemplos

1. Por justaposição

Ocorre quando a palavra composta conserva a mesma pronúncia que as palavras primitivas possuíamseparadamente. Não há perda de elemento.

Meio-diaMalmequerMandachuvaGirassolCor-de-rosaHidroelétricaPontapéSempre-vivapassatempo

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Composição

23/09/2015Profº. Marinho

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Tipo Conceito Exemplos

1. Por Aglutinação Ocorre quando a palavra composta não conserva a mesma pronúncia das palavras primitivas. Há perda de elemento.

Aguardente (água + ardente)Embora (em + boa + hora)Lobisomem (lobo + homem)Cabisbaixo (cabeça + baixo)Hidrelétrica (hidro + elétrica)Planalto (plano + alto)Fidalgo (filho + de + algo)Pernalta (perna + alta)

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Hibridismo

23/09/2015Profº. Marinho

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É a formação de palavras com elementos de línguasdiferentes.

Línguas Exemplos

Latim + gregoGrego + latimÁrabe + gregoGrego + latimLatim + gregoTupi + gregoAfricano + latimInglês + latimPortuguês + gregoFrancês + grego

SOCIO/LOGIAAUTO/MÓVELALCOÔ/METROTELE/VISÃODECÍ/METROCAIPOR/ISMOBANAN/ALREPORT/AGEMABREU/GRAFIABURO/CRACIA

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Onomatopeia

23/09/2015Profº. Marinho

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É a palavra que procura reduzir, aproximadamente,certos sons ou ruídos da natureza.

Ex.: reco-reco, tique-taque, zumzum, fonfom,cocorocó, coaxar, etc.

Apenas três classes de palavras conhecem talprocesso:

Os substantivos: teco-teco, bem-te-vi, pingue-pongue.

Os verbos: cacarejar, cicrilar, miar, ciciar, uivar,urrar.

As interjeições: catapimba!, pumba!, zás!, zape!.

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Abreviação/Redução

23/09/2015Profº. Marinho

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É a redução de palavras até o limite permitido pelacompreensão.

Palavras/redução

Exemplos

Moto Motocicleta

Pneu Pneumático

Foto Fotografia

Auto Automóvel

Quilo Quilograma

Cinema cinematógrafo

Cine cinema

• Essa espécie de economialinguística, comum a todos osidiomas, é responsável porsimplificações mais arrojadas,haja vista:

• Zoo (por jardim zoológico)• Metrô (do francês métro,

redução de chemin de fermétropolitain, isto é,estrada de ferrometropolitana.

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Abreviatura/Sigla

23/09/2015Profº. Marinho

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É a redução na grafia de certas palavras, limitando-aà letra inicial ou às letras iniciais e, às vezes, à letrainicial com final.

Sigla Exemplos

p. pag. página

Av. avenida

Sr. Senhor

Não se confundem tais noções com a de sigla, caso especial deabreviatura, na qual se reduzem locuções substantivas próprias às suasletras ou sílabas iniciais.

Ex.: ONU, VARIG, SUDENE, DETRAN, SUDAM, PMDB.

Page 22: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

C L A S S E S D E P A L A V R A A S

T Ó P I C O I V

MORFOLOGIA

Page 23: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

CLASSES DE PALAVRAAS

23/09/2015Profº. Marinho

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Na língua portuguesa as palavras são divididas em dez classes, distribuídas em dois grupos:

a) As variáveis, que são flexionáveis, ou seja, admitem mudanças de gênero, número, grau, incluindo-se nesse grupo: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome e verbo;

b) As invariáveis, e que, por isso, não apresentam mudanças em sua forma: advérbio, interjeição, preposição e conjunção.

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Substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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É a palavra (variável) que dá nome aos seres animadosou inanimados, reais ou imaginários:

Ex.: flor – vidro – mesa – felicidade, saudadeetc.

1) Quanto à formação, o substantivo pode ser:

Simples => formado de um só radical: pó - couve.

Composto => formado por mais de um radical:guarda-pó – couve-flor.

Primitivo => não se origina de nenhuma outra palavra:flor – livro.

Derivado => origina-se de outra palavra: floreira –livraria.

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Substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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2) Quanto à classificação, o substantivo pode ser:

Comum => indica seres da mesma espécie:mulher - livro.

Próprio => indica um só indivíduo da espécie:Brasil - Portugal.

Concreto => indica seres de existênciaindependente, real ou não: céu – menina –Estados Unidos.

Abstrato => indica qualidades, estados,sentimentos, ações: felicidade – inteligência –pureza - trabalho.

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Substantivo comum

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É um substantivo comum, no singular, que indicaum conjunto de seres da mesma espécie:

Ex.: vara (conjuntos de porcos); batalhão(conjunto de soldados); buquê (conjuntos deflores); enxame (conjuntos de abelhas)

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Flexões do substantivo

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Flexão de Gênero – o substantivo pode sermasculino ou feminino.

=> masculino – quando anteposto pelo artigo o:

Ex.: o pássaro – o machado – o conde

=> feminino – quando anteposto pelo artigo a:

Ex.: a luz – a hora – a mulher

Os substantivos dividem-se em biformes euniformes.

=> Biformes – quando apresentam uma formapara o masculino e outra para o feminino.

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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Ocorrem nos casos.

A) em geral, o gênero feminino é indicado peladesinência a:

Ex.: menino/menina – camponês/camponesa –sogro/sogra

B) alguns formam o gênero feminino pelo acréscimode sufixos (-esa, -essa, -isa):

Ex.: duque/duquesa – poeta/poetisa –conde/condessa

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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C) os substantivos terminados em ão formam ofeminino em oa, ã ou ona:

Ex.: leitão/leitoa – irmão/irmã –mandão/mandona

D) quando a oposição entre masculino e feminino deseres da mesma espécie se realiza com palavras deradicais diferentes. Nesse caso, os substantivos sãochamados de heterônimos.

Ex.: genro/nora - homem/mulher –cavalheiro/dama

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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=> Uniformes – apresentam a mesma forma nomasculino e no feminino. Dividem-se em comuns-de-dois (ou comuns de dois gêneros), epicenose sobrecomuns.

=> Comuns de dois gêneros – referem-se apessoas, e a distinção costuma ser feita por meio daconcordância com um artigo ou outro determinante(artigo, adjetivo, pronome, etc.).

Ex.: o jornalista/ a jornalista – o chefe/ achefe – um colega/ uma colega

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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=> Epicenos – referem-se a animais e a algumasplantas, apresentando a mesma forma no masculinoe no feminino.

Ex.: cobra – zebra- borboleta – piolho –jacaré – mamoeiro

=> sobrecomuns – têm um único gênero(masculino ou feminino) para designar,indiferentemente, homem ou mulher.

Ex.: o carrasco – o cônjuge – o ídolo – atestemunha – a personagem – a vítima

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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=> substantivos com mudança de gênero ede significado – existem substantivos que podemser considerados masculinos ou femininos, conformeo seu significado na frase:

Ex.: o banana (tolo) – a banana (fruta) – ocapital (dinheiro) – a Capital (sede dogoverno) – o foca (jornalista iniciante) – afoca (animal marinho) – o moral (ânimo) – amoral (conjunto de valores) – o rádio(aparelho) – a rádio (emissora)

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Flexões do substantivo

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=> Homonímia - quando os substantivos sãoiguais na forma, mas de origem, gênero e significadodiferentes:

Ex.: o grama (unidade de peso) / a grama(capim, relva) – o cisma (dissidência) / acisma (suspeita) – o lente (professor) / alente (instrumento óptico)

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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=> substantivos com mudança de número ede significado – alguns substantivos mudam designificados quando mudam de número:

Ex.: a letra (símbolo gráfico) / as letras(literatura) – a honra (dignidade) as honras(distinção, homenagem) – a féria (renda dodia) / as férias (período de descanso) – omeio (metade) / os meios (recursos)

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Flexões do substantivo

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=> Flexão de número – os substantivos podemestar no singular ou plural. Existem, entretanto,alguns que só são usados no singular ou no plural:

Ex.: saudade, fé, parabéns, pêsames.

=> Plural dos substantivos simples.

Ex.: mala/malas – coração/corações –capitão/capitães – benção/bênçãos –leal/leais – funil/funis – jovem/jovens –professor/professores – mês/meses – fax/ osfax – papelzinho/papelzinhos

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Flexões do substantivo

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=> Plural dos substantivos compostos – ossubstantivos compostos que não são separadospor hífen formam o plural com o acréscimo de ums:

Ex.: girassol / girassóis – passatempo /passatempos – malmequer / malmequeres

Os que são ligados por hífen:

Se houver preposição, só o primeiro elemento varia:

Ex.: bicho-da-seda / bichos-da-seda

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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=> Plural dos substantivos compostos – variasomente o segundo elemento quando:

A) o primeiro elemento é um verbo ou palavrainvariável, e o segundo elemento é um substantivoou adjetivo:

Ex.: guarda-chuva / guarda-chuvas

B) quando o substantivo for composto de palavrasrepetidas ou onomatopaicas:

Ex.: reco-recos – tico-ticos

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Flexões do substantivo

23/09/2015Profº. Marinho

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=> Plural dos substantivos compostos – variasomente o segundo elemento quando:

C) quando o primeiro elemento é a palavra “grão” ou“grã”:

Ex.: grão-duque / grão-duques

Todos os elementos variam se forem substantivos,adjetivos ou numerais:

Ex.: segunda-feira / segundas-feiras

Os elementos ficam invariáveis - quando osubstantivo é composto de verbos de sentidos opostos oude palavras que não permitem flexão:

Ex.: o leva e traz / os leva e trás

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Flexões do substantivo

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=> Flexão de grau – os substantivos podemvariar, podendo apresentar-se nos grausaumentativos ou diminutivo, que se formam de duasmaneiras:

A) pelo acréscimo de sufixos, como ão, ona, inho(processo sintético):

Ex.: sapo / sapão – mala / malona – rato /ratinho

B) pelo uso de adjetivos, que modificam a formanormal do substantivo (processo analítico)

Ex.: sapo pequeno – mala grande

Page 40: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Artigo

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É a palavra (variável) que se coloca antes desubstantivo ou de pronome.

Serve para indicar o seu gênero e número, dando-lhe um sentido definido ou indefinido.

Toda palavra precedida de artigo torna-sesubstantivo.

Podem ser: definidos ou indefinidos:

Ex.: a moça (definido) / uma moça(indefinido)

Page 41: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Adjetivo

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É a palavra (variável) que vem junto dosubstantivo, dando-lhe uma qualidade, um modo deser, aspecto, etc.

Ex.: Marta é uma menina educada. O autor daquelelivro é inteligente e esperto.

Page 42: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

T Ó P I C O I

Morfossintaxe

Page 43: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

O que é morfossintaxe?

23/09/2015Profº. Marinho

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É a junção entre a morfologia e asintaxe. Trata-se de duas partes dagramática que apesar de estaremenvolvidas entre si, constituem-se departicularidades distintas.

A morfologia divide as palavras em classes gramaticais;já a sintaxe estuda a função das palavras dentro de umcontexto oracional.

Page 44: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Função sintática

Definição Classes gramaticais que exercem essa função (núcleos)

Sujeito É o termo de quem se diz alguma coisa. Pode ser:-Simples-Composto-Desinencial-Indeterminado-Inexistente

-Substantivo ou palavra substantivada;Ex.:Os meninos jogam

bola.- Pronome substantivo

Ex.: Eles jogam bola.- Numeral substantivo

Ex.: Dois terços são meninos

Predicado É a declaração que se faz do sujeito. Pode ser:-Verbal-Nominal-Verbo-nominal

-VerboEx.: Maria chegou hoje.-AdjetivoEx.: Hoje estou feliz.

Ela chegou cansada.23/09/2015Profº. Marinho 44

Page 45: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Função sintática

Definição Classes gramaticais que exercem essa função (núcleos)

Objeto direto

Objeto indireto

- São complementos do

verbo e indicam o alvo da

ação verbal.

-Substantivo

Ex.: Ele joga futebol.

Ex.: Ele necessita de ajuda.

-Pronome substantivo

Ex.: Gosto muito de você.

-Numeral substantivo

Ex.: Comprei metade da

torta.

Complemento Nominal

- É o termo que completaum nome transitivo –substantivo, adjetivo ouadvérbio. Funciona como oalvo da ação.

- Substantivo ou palavra substantivada.-Ex.: Tenho necessidade de ajuda.

Ex.: Ele é responsável pelamenina.

23/09/2015Profº. Marinho

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Page 46: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Função sintática Definição Classes gramaticais que exercem essa função (núcleos)

Agente da Passiva - É o termo que indica o serque pratica a ação verbal daoração na voz passiva, e vemregido pela preposição por e,mais raramente pelapreposição de.

- SubstantivoEx.: A máquina édominada pelo homem.-Pronome substantivoEx.: Mário foi denunciadopor nós.

Predicativo - Atribui uma qualidade aosujeito ou ao objeto.

-Substantivo ou palavra substantivada.Ex.: A mãe dele é bailarina.-Adjetivo ou locução adjetivaEx.: Ele julgou o réu culpado.

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Page 47: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Função sintática Definição Classes gramaticais que exercem essa função (núcleos)

Aposto - É o termo que explica,resume ou esclarece umoutro termo queapareceu anteriormente.

- Substantivo, palavra substantivada-Ex.: Flávia, minha irmã, está doente.-pronome substantivoEx.: Os mais aflitos, eles,não aceitaram aquelajustificativa

Adjunto adverbial - É o termo que expressauma circunstância (detempo, de modo, denegação, etc.). Éassociado a um verbo,um adjetivo ou aopróprio advérbio.

-Advérbio ou locução adverbial.Ex.: Ele chegou à noite.

Ele estava muitofeliz.

Maria chegou muitotarde.

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Page 48: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Função sintática Definição Classes gramaticais que exercem essa função (núcleos)

Adjunto adnominal

É a palavra ou expressão que vem junto do núcleo modificando-o.

-Artigo, adjetivo, numeral adjetivo e pronome adjetivoEx.: O jornaleiro entregou dois jornais antigos para meus pais.

O jornaleiro entregou dois jornais antigos para meus pais.

núcleo do sujeito

adjuntoadnominal

VTDI

núcleo do objeto direto

adjuntoadnominal

adjunto adnominal

núcleo do objetoindireto

adjunto adnominal

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Page 49: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

SINTAXEPERÍODO SIMPLES

Morfossintaxe –Tópico II

Page 50: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Fresca de pessoas gostam as sombra água e.

As pessoas gostam de sombra e água fresca.

Sintaxe

23/09/2015Profº. Marinho

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Page 51: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Oi!, Ai!, Socorro!

Qualquer enunciado que tenha sentido.

Enunciados em torno do verbo.

Maria busca o prazer.

SIMPLES1 só

oraçãoCOMPOSTO

+ de 1oração

Conjunto de orações.

Sintaxe

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Page 53: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

23/09/2015Profº. Marinho

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SUJEITO concorda com o verbo;

constitui seu assunto central;

apresenta como núcleo um substantivo, um pronome ouuma palavra substantivada.

PREDICADO apresenta um verbo;

está em concordância com o sujeito;

contém uma afirmação a respeito do sujeito.

Soou na escuridão uma pancada seca.

Todas as noites, depois do jantar, eu e minha famíliaassistimos à televisão.

PERÍODO SIMPLES

Page 54: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

TIPOS DE SUJEITO

23/09/2015Profº. Marinho

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simples => Apresenta um único núcleo.

Meu avô brigou com os outros fazendeiros.

composto => Apresenta mais de um núcleo.

Os quadros, os livros e os móveis antigos não serãovendidos.

oculto (desinencial ou implícito) => Encontra-seimplícito na forma verbal ou no contexto.

Sinto muito a falta de meus livros.

Os agricultores participaram da reunião. Decidiram comprarnovos equipamentos.

Page 55: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

TIPOS DE SUJEITO (Cont.)

23/09/2015Profº. Marinho

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indeterminado => Quando não se quer ou não sepode identificar claramente a quem o predicado daoração se refere. Há duas maneiras de se indeterminaro sujeito: verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum

termo identificado anteriormente: Procuraram você ontem à noite.

Estão pedindo sua presença lá fora.

verbo acompanhado do pronome SE. Atuando comoíndice de indeterminação do sujeito: Vive-se melhor fora das cidades grandes.

Precisa-se de novos vendedores.

Page 56: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

TIPOS DE SUJEITO (Cont.)

23/09/2015Profº. Marinho

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oração sem sujeito (inexistente) => Formada apenas por predicados, nos quais aparecem verbos impessoais. Ocorre com: verbos que exprimem fenômenos da natureza:

Choveu pouco no último mês de março.Anoiteceu rapidamente.

os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam tempo ou fenômeno natural.Está cedo.Faz muito frio na Europa.Há meses não vejo sua prima.São duas horas da tarde.

verbo haver, expressando existência ou acontecimento.Há boas razões para suspeitarmos dele.Houve vários bate-bocas durante a assembleia.

Page 57: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

PREDICAÇÃO

23/09/2015Profº. Marinho

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A predicação é o tipo de relação que overbo mantém com o sujeito da oração.De acordo com essa relação, há doisgrupos: verbos de ligação ( ou deestado) e verbos de ação(significativos ou nocionais)

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VERBOS DE LIGAÇÃO (OU DE ESTADO)

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Não expressam ações do sujeito;

Ligam o sujeito a seu atributo, estado ou característica;

Eu sou o poeta solitário.

Minha namorada está atrasada.

Pedro parecia feliz em sua nova casa.

Todos permaneceram calados.

A novela continua enfadonha.

O rapaz tornou-se um grande político.

Joana anda preocupada com as dívidas.

Nós ficamos alegres por sua nomeação.

Nós viramos fãs do novo candidato

Page 59: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

VERBOS SINIFICATIVOS (DE AÇÃO OU NOCIONAIS)

23/09/2015Profº. Marinho

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Indicam ação, acontecimento, fenômenonatural, desejo, atividade mental.

Apresentam transitividade ou não.

A transitividade verbal é a necessidade quealguns verbos apresentam de ter outras palavrascomo complemento. A esses verbos que exigemcomplemento chamamos de transitivos e aos quenão exigem complemento chamamos deintransitivos.

Page 60: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

VERBOS INTRANSITIVOS

23/09/2015Profº. Marinho

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São verbos intransitivos os que não necessitam decomplementação, pois já possuem sentido completo.Observe estas frases, retiradas de manchetes de jornais:

Rei Hussein, da Jordânia, morre aos 63.

24 mil casam-se ao mesmo tempo.

Nascem trigêmeos na virada do ano.

Perceba que esses verbos não necessitam de qualquerelemento para complementar seu sentido, pois quemmorre, morre, quem se casa, casa-se, quem nasce,nasce.

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VERBOS TRANSITIVOS

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São verbos que necessitam de complementação, pois têm sentido incompleto. Observe as orações:

O Flamengo venceu o Vasco.

Cliente reclama de promoção da BCP.

Medida em estudo promete alívio para os Estados.

Perceba que os três verbos utilizados nos exemplosnecessitam de complementação, pois quem vence,vence alguém, quem reclama, reclama de algo equem promete, promete algo a alguém.

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TRANSITIVO DIRETO Exige complemento sem preposição obrigatória. O

complemento é denominado objeto direto. Presidente receberá governadores.

Prefeitura compra novos computadores.

TRANSITIVO INDIRETO Exige complemento com preposição obrigatória. O

complemento é denominado objeto indireto. Eleitor não obedece à convocação do TRE.

População ainda acredita nos políticos.

VERBOS TRANSITIVOS

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TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO Possuem dois complementos; o objeto direto e o objeto

indireto. Governador perdoa a Deputado traição do passado.

Empresário doa rendimentos do mês à UNICEF.

VERBOS TRANSITIVOS

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TIPOS DE PREDICADOS

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Predicado verbal: Aquele que tem como núcleo (palavra mais importante) um verbo significativo. Ex.: Ministro anuncia reajuste de impostos.Núcleo: anuncia (verbo significativo)

LEMBRE-SE:O verbo significativo pode ser: transitivo direto (VTD), transitivo indireto (VTI), transitivo direto e indireto (VTDI) ou intransitivo (VI). Ex.: O técnico comprou várias bolas. VTD

O técnico gosta de bolas novas. VTIO técnico prefere melhores condições de trabalho a aumento de

salário. VTDIO técnico viajou. VI

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TIPOS DE PREDICADOS (Cont.)

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Predicado nominal Aquele cujo núcleo é um nome (predicativo). Nesse tipo de

predicado, o verbo não é significativo e sim de ligação. Servede elo entre o sujeito e o predicativo.

Ex.: Todos estavam apressados.Núcleo: apressados (predicativo)

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TIPOS DE PREDICADOS (Cont.)

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Predicado verbo-nominal

Aquele que possui dois núcleos: um verbo significativo eum predicativo do sujeito ou do objeto.

Ex.: O juiz julgou o réu culpado.Núcleos:julgou- verbo significativoculpado- predicativo do objeto (o réu)

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PREDICATIVOS(ATRIBUTO, CARACTERÍSTICA, INFORMAÇÃO, QUALIDADE OU ESTADO)

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PREDICATIVO DO SUJEITO

É o termo que atribui característica, qualidade ou estado ao sujeito.

Sua presença é confortante.

PREDICATIVO DO OBJETO

É o termo que atribui característica, qualidade ou estado ao Objeto Direto ou ao Objeto Indireto.

A prefeitura conservou a cidade limpa.

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VOZES VERBAIS

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No que se refere à voz, o verbo pode ser ativo, passivo, reflexivo.

1. Voz ativaO verbo de uma oração está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito é o agente da ação verbal.Ex.: O diretor da escola maltratou Alice.(O diretor da escola é o agente da ação verbal)

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VOZES VERBAIS

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2. Voz passivaO verbo de uma oração está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não é o mesmo que pratica a ação verbal.Ex.: Alice foi maltratada pelo diretor da escola. (Alice é o sujeito paciente porque recebeu a ação praticada pelo agente da ação verbal que, no caso, é o diretor da escola)

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VOZES DO VERBO ( cont.)

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Procedimento para transformação de uma oração na voz ativa em uma oração na voz passiva.Maria fez uma boa prova./ Uma boa prova foi feita por Maria.Maria (sujeito ativo) /Uma boa prova (sujeito paciente)fez (verbo ativo) /foi feita (verbo passivo)uma boa prova (objeto direto) /por Maria (agente da passiva)

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VOZES DO VERBO ( cont.)

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NOTE-SE QUE:

O que era sujeito ativo transformou-se em agente da passivaO verbo que era simples passou a compostoO complemento do verbo transformou-se em sujeito pacienteSurgiu, na voz passiva, uma preposição por (em alguns casos aparecerá no lugar de "por" a preposição "de"(rodeado de várias pessoas)

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COMPLEMENTOS VERBAIS

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OBJETO DIRETO

É o complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, o complemento que normalmente vem ligado ao verbo sem preposição e indica o ser para o qual se dirige a ação verbal.

Pode ser representado por:

a) substantivo:Passageiros e motoristas atiram moedas. b) pronome (substantivo): Os jornais nada publicaram. c) numeral: A moça da repartição ganha 450 reais. d) palavra substantivada: Tem um quê de inexplicável. e) oração: Meu pai dizia que os amigos são para as ocasiões.

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T Ó P I C O I I I – P E R Í O D O C O M P O S T O

Morfossintaxe

Page 74: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

A D I T I V A S

A D V E R S A T I V A S

A L T E R N A T I V A S

C O N C L U S I V A S

E X P L I C A T I V A S

Período composto por coordenação

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CONCEITUAÇÃO

Um período composto por coordenação é constituído por orações coordenadas.

Uma oração chama-se coordenada quando não funcionacomo termo de outra e nem tem outra que funcione como termodela. Ou seja, as orações coordenadas são sintaticamente inde-pendentes entre si. Observe o exemplo:

Eu lhe trouxe o livro, mas você não o leu.

1ª oração 2ª oração

Page 76: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Eu lhe trouxe o livro, / mas você não o leu.

Suj. OI VTDI OD Suj. OD VTD

Observe, no exemplo, como a 2ª oração não precisa funcionar comotermo da 1ª e vice-versa, porque as duas já têm estrutura sintáticacompleta.

Ainda no exemplo, note que a 1ª oração não apresenta conjunção, enquanto a 2ª apresenta a conjunção mas.

Dependendo da presença ou da ausência de conjunção, uma oraçãocoordenada é sindética ou assindética.

Coordenada sindética – quando possui conjunção.Coordenada assindética – quando não possui conjunção.

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Classificação das coordenadas sindéticas

As orações coordenadas assindéticas, isto é, sem conjunção, nãorecebem nenhuma classificação. As coordenadas sindéticas sãoclassificadas de acordo com o sentido que têm no período.

1. Coordenada sindética aditiva

Exprime uma relação de soma, de adição.

Conjunções: e, nem, não só... mas também.

Ex.: Ela parou o carro na rua e nós fomos cumprimentá-la.

Ele não faz o trabalho dele, nem ajuda os colegas.

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2. Coordenada sindética adversativa

Indica uma idéia contrária à da outra oração, uma oposição.

Conjunções: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

Ex.: A noite estava fria, mas as crianças brincavam na rua.

3. Coordenada sindética alternativa

Exprime possibilidade de opção, de escolha, de alternância.

Conjunções: ou ... ou, ora ...ora, quer ... quer.

Ex.: Ou tudo se resolve hoje, ou não viremos mais aqui.

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4. Coordenada sindética conclusiva

Exprime uma conclusão da idéia contida na oração coordenada.

Conjunções: logo, pois (colocada após o verbo), portanto, por isso.

Ex.: Tudo está em ordem, portanto não devemos nos preocupar.

Ele está confuso, precisa, pois, de nosso apoio.

5. Coordenada sindética explicativa

Exprime uma explicação, uma justificativa ao que está contido na oração coordenada.

Conjunções: pois (colocada antes do verbo), porque, que.

Ex.: Não saia hoje, pois vai chover muito

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Síntese da unidade

Conceito: oração coordenada é aquela que não exerce função sintática em relação a outra oração. Ou seja, a oração coordenada não funciona como termo da outra oração.

Classificação das orações coordenadas:

• assindética: não apresenta conjunção.• sindética: apresenta conjunção.

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Classificação da coord. sindética

Principais conjunções coordenativas Exemplos

Aditiva e, nem, mas, também Ex.: Nosso amigo não veio, nem mandou notícias.

Adversativa mas, porém, todavia,contudo, entretanto

Ex.: Ele era muito rico, mas não era feliz.

Alternativa ou ... ou; ora ... oraquer ... Quer

Ex.: Ora o tempo melhora, ora recomeça a chuva.

Conclusiva portanto, logo, por isso,pois (anteposto verbo)

Ex.: Este cavalo é bravo, portanto tome cuidado.

Explicativa porque, que, pois (posposto ao verbo)

Ex.: Volte logo, porqueamanhã será tarde.

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O R A Ç Õ E S S U B S T A N T I V A S

Período composto por subordinação

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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Para compreender como a oração subordinada substantiva desempenha a função própria de um substantivo, basta comparar as duas frases que seguem:

Ninguém lamentou sua renúncia.

sujeito verbo transi-tivo direto

objeto direto

Nesse caso, temos um período simples, uma oração ab-soluta. Nessa oração o objeto direto vem representadobasicamente por um substantivo renúncia.

Page 84: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Mas o objeto direto pode ser constituído por uma oração inteira, como no caso que segue:

Ninguém lamentou / que você renunciasse.

sujeito v. transitivo direto objeto direto

• No caso, o período é composto (duas orações):-a oração 2 encaixa-se como objeto direto do verbolamentou da oração 1. Portanto, classifica-se como:

1ª oração 2ª oração

• subordinada: porque funciona como um termo da 1ª;• substantiva: porque desempenha uma função própria

do substantivo (objeto direto).

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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Orações subordinadas substantivas ligadas ao verbo da oração principal.

Se uma oração subordinada substantiva vem ligadaao verbo da oração principal, pode, teoricamente, funcionar como:

• sujeito ......................subjetiva• objeto direto ..............objetiva direta• objeto indireto ............objetiva indireta

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ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA

É aquela que funciona como sujeito do verbo da oração principal.

Ex: Interessa-me / que você compareça à reunião.

oração principal oração subordinada substantiva subjetiva

Quando a oração substantiva é subjetiva:• O verbo da oração principal está sempre na 3ª pes-soa do singular (interessa-me);

• Não ocorre sujeito dentro dos limites da oração prin-cipal (o sujeito é a própria oração subordinada).

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ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA

É aquela que funciona como objeto direto do verbo da oração principal.

Eles não permitem / que os índios vivam em paz.

1ª oração 2ª oração

oração principal oração subordinada substantivaobjetiva direta

A oração objetiva direta:• sempre se liga a um verbo da oração principal sempreposição;• indica o alvo sobre o qual recai a ação desse verbo.

Page 88: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

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ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA

É aquela que funciona como objeto indireto da oração principal.

Ex: Ninguém desconfiava de que o plano fracassasse.1ª oração 2ª oração

Oração principal Oração subordinada substantiva objetiva indireta

A oração objetiva indireta:• liga-se ao verbo da oração principal, com preposi-ção.• indica o alvo ou o destinatário do processo verbal.

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Se uma oração subordinada substantiva vem ligada a um nome da oração principal, pode, teoricamente,funcionar como:

•Predicativo do sujeito...... substantiva predicativa

•Complemento nominal..... Substantiva completiva nominal

•Aposto .......................... substantiva apositiva

Orações subordinadas substantivas ligadas aoNome da oração principal

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ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA

É aquela que funciona como predicativo do sujeito da oração principal.

Ex.: O problema é / que o prazo já se esgotou.

1ª oração 2ª oração

Oração principal Oração subordinada

Substantiva predicativa

A oração subordinada substantiva predicativa se liga:• Ao sujeito da oração principal;• Através do verbo de ligação (verbo ser, na grandemaioria dos casos.

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ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL

É aquela que funciona como complemento nominalde um nome da oração principal.

Ex: Chego à conclusão de que o contrato é legal.

1ª oração 2ª oração

Oração principal Oração subordinada substantivacompletiva nominal

A oração subordinada substantiva completiva nominal sempre se liga:• A um nome da oração principal;• Através de preposição (a, de, com, por, para, em, etc)

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DIFERENÇA ENTRE OBJETIVA INDIRETA E COMPLETIVA NOMINAL

Apesar de muita semelhança no plano formal, asubstantiva completiva nominal não se confundecom a objetiva indireta porque:

• A substantiva completiva nominal liga-se a umnome da oração principal.Ex.: Ninguém teve dúvida de que ela mentiu.

•A objetiva indireta liga-se a um verbo da oraçãoprincipal.Ex.: Ninguém duvidou de que ela mentiu.

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ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA

É aquela que funciona como aposto de um nome daoração principal.

Ex.: Existe nos presídios esta lei: (que) ninguém denuncia ninguém.

A oração subordinada substantiva apositivasempre se liga:• A um nome da oração principal;• Sem preposição e sem a mediação de um verbo de ligação

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Classifique as orações destacadas

a)Na delegacia, a agressora declarou ao delegado que de nada se lembrava. b) Não sei se ela estranhou o calor da minhaalegria.

c) Aqui ninguém duvida de que saci existe.d) A verdade é que ela não amava nenhum deles.e) Desejava realizar um grande sonho: que todosos homens vivessem pacificamente.f)É pouco provável que a economia brasileira caminhe para uma recessão.

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Orações Reduzidas

São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio e particípio.

As orações reduzidas não são introduzidas por conectivo.

Page 96: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

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Substantivas subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito do verbo de outra oração. Não convém agires assim.É certo ter ocorrido uma confusão.Urge partir imediatamente.

Substantivas objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto.Ordenou saírem todos logo.Respondeu estarem fechadas as matrículas.As crianças fazem rir seus rivais.

Page 97: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

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Substantivas objetivas indiretas: são aquelas que funcionam como objeto indireto da oração principal.

Aconselho-te a sair imediatamente.

Penso continuar alegre.

Substantivas completivas nominais: são aquelas que funcionam como comple-mento de um nome da oração principal.

Maíra estava disposta a sair da casa.Tinha o desejo de espalhar os fatos verda-deiros.

Page 98: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

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Substantivas predicativas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal.

O importante é não se deixar corromper pela desonestidade.Seu desejo era adquirir um automóvel.

Substantivas apositivas: são aquelas que funcionam como aposto da oração principal.Fez uma proposta a sua companheira: viajarem pelo interior, no fim do ano.Recomedou-lhe dois procedimentos: ler e refletir exaustivamente a obra de Manuel Bandeira.

Page 99: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

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Outros exemplos de

Orações Subordinadas

Substantivas Reduzidas

Page 100: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Orações Substantivas Reduzida

1) Subjetiva"Era-lhe tão enfadonho ESCREVER CARTAS

COMPRIDAS." (M. Assis)

2) Objetiva Direta"Resolveu NÃO MOSTRAR O CONVITE A NINGUÉM."

(R. Queiroz)

3) Objetiva Indireta

"Ninguém pensa EM CAVALGAR NUMA ÁGUIA." (Idem)

4) Completiva nominal

"Sentiu vontade DE VOMITAR E DE MORRER."(A. Prado)

5) Predicativa"Vai, teu ofício é ALEGRAR O HOMEM."

(X. Marques)

6) Apositiva"Prometi-lhes apenas isto: ESPERÁ-LOS ATÉ ÀS DEZ

HORAS."

23/09/2015Profº. Marinho 100

Page 101: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

O R A Ç Õ E S S U B O R D I N A D A S A D J E T I V A S

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

Page 102: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Orações subordinadas adjetivas

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102

O PROCESSO DA SUBORDINAÇÃOAS SUBORDINADAS ADJETIVAS

“Essa massa indistinta que ouve futebol pelo rádio, queo assiste pela televisão ou que comparece aos estádios,normalmente sofre ou alivia-se. O alívio pode surgir decada lance perigoso não concluído pelo adversário, daconclusão de uma espera transformada no gol, dotérmino da tensão esportiva, isto é, da certeza de umresultado.

Page 103: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

a) Essa massa indistinta que ouve futebol pelo rádio, que o assiste pela televisão ou que comparece aos estádios ...

massaessa indistinta

que ouvefutebol pelo

rádio

que o assistepela televisão

que comparece aos estádios

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Page 104: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Dante Panzeri divide os torcedores entre indivíduos

que vão ver o jogo e aqueles que vão ver a vitória. Os

primeiros são aqueles que só gostam (ou não gostam) do

espetáculo. São os que aplaudem, mas não agridem. O

segundo tipo de torcedor “é o doente, o fanático, que

translada até o campo de jogo a influência de suas paixões,

angústias, alegria incontrolada.”.

23/09/2015Profº. Marinho 104

Page 105: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

b) “Dante “Panzeri divide os torcedores entre indivíduos que vão ver o jogo e aqueles que vão ver a vitória.”

indivíduos

aqueles que vão vera vitória

e

que vão vero jogo

23/09/2015Profº. Marinho 105

Page 106: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

c) “Os primeiros são aqueles que só gostam (ou não gostam) do espetáculo. São os que aplaudem mas não agridem.”

aqueles

que só gostamdo espetáculo

ou

(que) não gostamdo espetáculo

os

queaplaudem

mas

(que) nãoagridem

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Page 107: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Observe os períodos:

1. Os alunos leram um livro interessante.

adjetivo

2. Os alunos leram um livro que era interessante.

oração subordinada adjetiva

A oração “que era interessante” é dependente da outra oração do período, por isso ela é subordinada.

Por estar equivalendo ao adjetivo “interessante”, exercendo a função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal, é chamada de subordinada.adjetiva.

23/09/2015Profº. Marinho107

Page 108: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Classificação das orações subordinadas adjetivas

23/09/2015Profº. Marinho

108

Observe este trecho:

“ O ônibus vinha lotado de crianças, derrapou na pista e capotou. As crianças que se machucaram foram socorridas imediatamente.”

Qual é a afirmação correta?

1ª - pelo trecho acima, informa-se que todas as crianças foram socorridas.2ª - pelo trecho acima, informa-se que foram socorridas apenasas crianças que se machucaram.

(Incorreto)

(Correto)

oração subordinada adjetiva restritiva

Page 109: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Observe:

“As crianças, que são travessas, costumam se machucar e, geralmente causam preocupação para os pais.”

Qual é a afirmação correta?

1ª) pelo trecho acima, informa-se que todas as crianças são travessase, portanto todas costumam se machucar.

2ª) pelo trecho acima, informa-se que apenas algumas crianças são travessas e apenas algumas costumam se machucar.

(Correto)

(Incorreto)

A oração adjetiva está pondo em evidência uma característica doantecedente – “crianças”- está explicando esse termo, por isso recebe o nome de oração subordinada adjetiva explicativa

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Page 110: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Síntese das orações subordinadas adjetivas

23/09/2015Profº. Marinho

110

Há tipos de oração subordinada adjetiva.dois

a) A restritiva – cuja função é restringir, limitar o sentido dotermo antecedente.

b) A explicativa – cuja função é explicar o termo antecedente.

A oração subordinada adjetiva, geralmente é introduzida por umpronome relativo: que, quem, cujo, cuja, cujos, cujas, o qual,a qual, os quais, as quais, onde, quanto (precedido do pronome indefinido tudo).

Page 111: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

O R A Ç Õ E S A D V E R B I A I S

Período composto por subordinação

Page 112: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Oração subordinada adverbial

23/09/2015Profº. Marinho

112

É aquela que se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial.

Observe:Todos chegaram agora.sujeito V.I Adj. Adv. tempo

• O período acima é um período simples, a oração é absoluta.

• O adjunto adverbial é uma função própria do advérbio.

Page 113: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Observação:

A oração subordinada adverbial liga-se:

• ao verbo da oração principal;• através de conjunção subordinativa que não seja a conjunção integrante (esta última introduz a oração subordinada substantiva).

23/09/2015Profº. Marinho 113

Page 114: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

O adjunto adverbial pode ser constituído por uma oração in-teira, como no caso que segue:

Observe: Todos chegaram /quando a cerimônia estava começando.

1 2

No caso, o período é composto por duas orações:

• A oração 2 encaixa-se como adjunto adverbial do verbo chegaram da oração 1.

• Como o adjunto adverbial é uma função própria do advérbio, a oração 2 classifica-se como:

subordinada: porque está encaixada em outra, funcionando como termo desta.

adverbial: porque está desempenhando uma função própria do advérbio.

23/09/2015Profº. Marinho 114

Page 115: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Classificação das orações subordinadas adverbiais

23/09/2015Profº. Marinho

115

1. Oração subordinada adverbial causal

Indica a causa provocadora do processo expresso pelo verbo da oração principal.

Ex.: A sessão foi suspensa / porque faltou energia elétrica.1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial causal

Principais conjunções: porque, visto que, que, como, etc.

Page 116: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

2. Oração subordinada adverbial consecutiva

Indica uma conseqüência decorrente do processo expresso pelo verbo da oração principal.

Falaram tão mal do filme / que ele nem entrou em cartaz.1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial consecutiva.

Principais conjunções: que (normalmente precedido de tão, tal, tanto, tamanho...)

23/09/2015Profº. Marinho 116

Page 117: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

3. Oração subordinada adverbial condicional

Manifesta uma condição sob a qual se efetua o processo expresso pelo verbo da oração principal.

Deixe um recado / se você não me encontrar em casa.1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial condicional

Principais conjunções: se, caso, desde que, contanto que, sem que (= se não), ...

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Page 118: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

4. Oração subordinada adverbial concessiva

Concede ou admite uma condição contrária ao processo expresso pelo verbo da oração principal.

Vencemos o inimigo, / embora ele fosse mais forte.1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial concessiva

Principais conjunções: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que, que ...

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Page 119: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

5. Oração subordinada adverbial conformativa

Estabelece uma relação de adequação ou conformidadecom o processo expresso pelo verbo da oração principal.

Tudo ocorreu / como estava previsto.1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial conformativa

Principais conjunções: conforme, como, segundo, consoante...

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Page 120: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

6. Oração subordinada adverbial comparativa

Estabelece uma relação de comparação com o processo expresso pelo verbo da oração principal, manifestando uma situação de igualdade, inferioridade ou superioridade entre os dois pólos comparados.

Recebeu a todos / como um anfitrião. (receberia)1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial comparativa

Principais conjunções: como, que, do que...

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Page 121: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

7. Oração subordinada adverbial final

Indica a finalidade para a qual se destina o processo do verbo da oração principal.

Os índios usaram as armas / para que não invadissem suas terras.

1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial final

Principais conjunções: para que, a fim de que, que, ...

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Page 122: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

8. Oração subordinada adverbial temporal

Demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal.

Todos fugiam para o abrigo / quando soava o alarme.1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial temporal

Principais conjunções: quando, enquanto, logo que, depois que, antes que, desde que ...

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Page 123: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

9. Oração subordinada adverbial proporcional

Estabelece uma relação de proporcionalidade com o processo expresso pelo verbo da oração principal.

Aumenta a tensão / à medida que a esquadra se aproxima.1 2

1. Oração principal

2. Oração subordinada adverbial proporcional

Principais conjunções: à medida que, à proporção que, quanto mais... mais, quanto mais ... menos... Etc.

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Page 124: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Observação:

A subordinada adverbial possui uma liberdade de colocação muito grande, podendo vir antes, no meio ou depois da oração principal.

Exemplo:

• Embora seja possível, é pouco provável uma terceira guerra.

• É pouco provável, embora possível, uma terceira guerra.

• É pouco provável uma terceira guerra, embora seja possível.

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Page 125: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

O uso da vírgula entre a oração principal e a subordinada adverbial

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Nem sempre é obrigatório, mas sempre é correto o uso da vírgula entre as orações subordinadas adverbiais e a oração principal.

Se a oração subordinada adverbial vier depois da principal, pode-se dispensar a vírgula.

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DISTINÇÃO ENTRE ORAÇÕES COORDENADASSINDÉTICAS EXPLICATIVAS E SUBORDINADASADVERBIAIS CAUSAIS

• A oração coordenada explicativa cumpre opapel de explicar o que foi afirmado naoração anterior.Ex: Choveu, porque a rua está molhada.

Maria sumiu na festa, porqueninguém mais a viu.

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Page 127: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

• A oração subordinada adverbialcausal cumpre o papel de Advérbioem relação à oração principal, isto é,indica a causa da ação expressa peloverbo da oração principal.

Ex.: Choveu, porque houve muitaevaporação.

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Page 128: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

• A oração coordenada explicativaé empregada com freqüênciadepois de orações imperativas eoptativas.

Ex.: Não zombe dele, que estáapaixonado.

Deus te ajude, porque ésousado.

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COMPLEMENTOS VERBAIS (Cont.)

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OBJETO INDIRETO

É o complemento de um verbo transitivo indireto, isto é, o complemento que se liga ao verbo por meio de preposição.

Pode ser representado por:

a) substantivo: Falamos de vários assuntos inconfessáveis.b) pronome (substantivo): Também dialogava com elas. c) numeral: É preciso optar por um d) oração: Esquecia-se de que não havia piano em casa.

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COMPLEMENTO NOMINAL

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É o termo sintático que complementa nomes, istoé, substantivos, adjetivos e advérbios. Normalmenteo complemento nominal é regido de preposição. Declare seu amor pelo Ceará.

A oposição votou favoravelmente ao governo.

O torcedor tinha fé em seu time.

Fiquei indiferente a sua desculpa.

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ADJUNTO ADNOMINAL

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É o termo da oração que modifica umsubstantivo, qualquer que seja sua função sintática,qualificando-o, especificando-o, determinando-o ouindeterminando-o. Adjetivo

As casas antigas eram mais trabalhadas.

As rosas vermelhas murcharam.

Artigo As estrelas iluminavam a noite.

Os motoristas estavam descontrolados.

Numeral Três árvores caíram.

Dois carros chocaram-se violentamente.

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ADJUNTO ADNOMINAL (Cont.)

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Pronome adjetivo

Aqueles computadores estão quebrados.

Essas garotas estão impossíveis hoje.

Locução adjetiva

O suco de laranja estava gostoso.

O período de férias foi proveitoso.

OUTROS EXEMPLOS

No desfile, duas garotas vestiam calças e camisetas brancas.

Pode levar também este jornal; meu filho caçula já leu ocaderno de esportes.

O espetáculo de dança foi suspenso até segunda ordem.

O espetáculo coreográfico foi suspenso até segunda ordem.

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COMPLEMENTO NOMINAL X ADJUNTO ADNOMINAL

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O complemento nominal é o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios, ligando-se a esses nomes por meio de preposição. Tenho a certeza de sua culpa.

Ela está longe da verdade.

A árvore está cheia de frutos.

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COMPLEMENTO NOMINAL X ADJUNTO ADNOMINAL ( cont.)

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Para determinar o complemento nominal bastaseguir o seguinte esquema: Nome (SUBSTANTIVO, ADJETIVO,ADVÉRBIO) +

preposição + QUEM ou QUE?

Ele é perito em computação.

O adjunto adnominal indica tipo, matéria, substância ou possuidor

A porta de madeira foi arrombada.

A casa de João foi assaltada.

Ele tem amor de mãe por sua professora.

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DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E OBJETO INDIRETO

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Para diferenciar o complemento nominal doobjeto indireto é só analisar que o complementonominal complementa o sentido dos nomes –substantivo, adjetivo e advérbio – e o objetoindireto completa o sentido de um verbo transitivoindireto. Lembrei-me de minha terra natal.

Ela manteve seu gosto pelo luxo.

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ADJUNTOS ADVERBIAIS

23/09/2015Profº. Marinho

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É a função sintática da palavra ou expressão que serve para modificar ou intensificar o sentido do verbo, do predicativo ou de outro adjunto adverbial atribuindo-lhes uma circunstância.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADJUNTOS ADVERBIAIS

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01) Adjunto Adverbial de Tempo: O avião chegará à tarde.De vez em quando, vou ao teatro

02) Adjunto Adverbial de Lugar: O namorado olhava a namorada a distância.Viveremos aqui para sempre.

03) Adjunto Adverbial de Modo:A s crianças falavam com medo. Caminhei à toa pela cidade.

04) Adjunto Adverbial de Negação: Não terás mais a minha confiança. De modo algum, farei o que você quer.

05) Adjunto Adverbial de Afirmação: Denise é uma excelente amiga, efetivamente.Sem dúvida alguma, faremos prova amanhã.

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Adjuntos Adverbiais (cont.)

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06) Adjunto Adverbial de Dúvida: Quem sabe, faremos uma boa Talvez encontremos a solução.

07) Adjunto Adverbial de Intensidade: Ela estava chorando à beça.Não sabíamos quão longe era a casa.

08) Adjunto Adverbial de Meio: Ela viajou de avião.Prefiro ir de automóvel.

09) Adjunto Adverbial de Causa: O homem trabalha por necessidade. O filho partiu por conselho da mãe.

10) Adjunto Adverbial de Companhia: Iremos à cidade com o professor.Voltarei a praça contigo.

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Adjuntos Adverbiais (cont.)

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11) Adjunto Adverbial de Finalidade:Estudemos para vida.Vestiam-se para o casamento

12) Adjunto Adverbial de Oposição:O Flamengo jogará contra o Fluminense.

13) Adjunto Adverbial de Assunto:Conversamos sobre a fome.Discutiremos acerca de seu problema.

14) Adjunto Adverbial de Preço:Comprei esta camisa por dez reais.

15) Adjunto Adverbial de Matéria:Fiz de ouro, as alianças.

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Adjuntos Adverbiais ( cont.)

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16) Adjunto Adverbial de Concessão:Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.

(Chico Buarque).

17) Adjunto Adverbial de Condição: Sem disciplina, não há educação.

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APOSTO

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É o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume umoutro termo da oração,

Independente da função sintática que este exerça. Háquatro tipos de aposto:

Aposto Explicativo:

O aposto explicativo identifica ou explica o termoanterior; é separado do termo que identifica porvírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

Terra Vermelha, romance de DomingosPellegrini, conta a história da colonização deLondrina.

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APOSTO (Cont.)

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142 Aposto Especificador:

O aposto especificador Individualiza ou especifica um substantivode sentido genérico, sem pausa. Geralmente é um substantivopróprio que individualiza um substantivo comum.

O professor José mora na rua Santarém, na cidade deLondrina.

Aposto Enumerador: O aposto enumerador é uma seqüência de elementos usada para

desenvolver uma idéia anterior.

O pai sempre lhe dava três conselhos: nunca empreste dinheiroa ninguém, nunca peça dinheiro emprestado a ninguém enunca fique devendo dinheiro a ninguém.

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APOSTO (Cont.)

23/09/2015Profº. Marinho

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Aposto Resumidor:

O aposto resumidor é usado para resumir termosanteriores. É representado, geralmente, por umpronome indefinido.

Alunos, professores, funcionários, ninguémdeixou de lhe dar os parabéns.

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VOCATIVO

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O vocativo é um termo independente que serve parachamar por alguém, para interpelar ou para invocarum ouvinte real ou imaginário.

Marcela, dê-me um beijo!

É o elemento da oração que serve para designar echamar a atenção do receptor. Por esse motivo, éexclusivo do discurso direto.

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VOCATIVO (Cont.)

23/09/2015Profº. Marinho

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É constituído por um nome ou expressão nominal.Frequentemente, é precedido pela interjeição "ó" etanto pode aparecer no princípio, como no meio ouno final da oração. Ó Tiago, escuta o que te digo!

Como o vocativo é utilizado para interpelar oreceptor, por recurso à personificação(prosopopéia) , pode designar animais e coisasinanimadas. Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal! (Fernando Pessoa)

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EXERCÍCIOS

DE FIXAÇÃO

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A- Circule os verbos e identifique os complementos verbais, classificando-os.

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1. Comprei um caderno novo. 2. O escoteiro armou sua barraca na clareira. 3. Benedita trocou a água das flores. 4. Espanaste os móveis do quarto? 5. Rita festejou seu aniversário ontem. 6. Rasgamos alguns papéis velhos. 7. Quebrei o cinzeiro de louça. 8. Encontrei meu relógio de ouro. 9. Derrubamos tinta na toalha da mesa. 10. Perdemos um grande companheiro. 11. Papai fotografou nossa casa. 12. Antônia ganhou uma bicicleta. 13. Arrumei os livros na estante. 14. O trabalhador vestiu sua roupa domingueira. 15. Encapaste teus cadernos?

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B. Sublinhe o verbo transitivo com um traço e o objeto direto, com dois.

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1. Comprei uma linda boneca. 2. Os elevadores das grandes casas comerciais transportam muitas pessoas de uma vez. 3. Resolvi o complicado problema de matemática. 4. Santos Dumont inventou a aviação. 5. Eles venceram brilhantemente os demais participantes da prova. 6. Ganhamos lindos presentes no Natal. 7. Vovô escreveu um livro de memórias. 8. O repórter fornecia os mínimos detalhes do acontecimento. 9. Encapei meus cadernos com esmero. 10. Este livro contém belíssimas histórias. 11. Arranquei uma folha do meu caderno inutilmente. 12. Os homens dignos ganham dinheiro honestamente. 13. O rei contemplava seus enormes domínios. 14. Estudarei em casa os pontos de Geografia. 15. Não há sabedoria alguma nas linhas deste artigo

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C- Faça um círculo em torno do objeto direto e um quadradinho em torno do objeto indireto.

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1. O poeta dedicou uns versos à sua mãe. 2. Pediu-lhe um favor. 3. Ofereceste ao público um espetáculo de valor. 4. Dei um lápis ao menino. 5. Escrevi uma carta à minha tia. 6. Proporcionaste uma agradável surpresa a teu avô. 7. Mandamos um aviso prévio ao chefe da estação. 8. Prestamos uma homenagem ao diretor da escola. 9. Marisa recomendou rosas à floricultura. 10. Damos muito agasalhos para as crianças pobres. 11. Meu padrinho enviou fotografias da França a minha tia. 12. Daremos ao rapaz o apoio necessário. 13. Desejo felicidades aos noivos. 14. Teresa ofertou um presente aos seus irmãos. 15. O historiador consagrou à Guerra dos Farrapos dois vastos capítulos.

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D. Grife o verbo e o objeto indireto, se houver

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1. Agora daremos um avião aos alunos. 2. Acalmamos o negociante aflito. 3. Mandarei as revistas a Maria. 4. Felicitamos o bom aluno. 5. Compreendo você. 6. Protejamos as crianças. 7. Preparas uma surpresa para teus pais? 8. Escolhi um ótimo livro para você. 9. Amparou o paralítico com cuidado. 10. Ofereceu um lápis aos amigos. 11. Alegrava a casa neste momento. 12. Presentearemos devidamente. 13. Escreverei a Paulo na próxima semana. 14. Marta comprou-me o quadro. 15. Não preciso disto

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E. Grife o objeto indireto, sabendo que ele não aparece em todas as orações.

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1. Darei um remédio para o dente. 2. O oceano continua azul. 3. Luís devolveu o caderno a Pedro. 4. A chuva tornou-se intensa. 5. Gostamos muito de laranjas. 6. Recebemos ontem o teu telegrama. 7. Pintei um quadro para Marisa. 8. José vendeu o guarda-chuva. 9. Ela comprou bolachas para o filhinho. 10. Ouvimos esta triste notícia pelo rádio. 11. Recebi rosas do vizinho. 12. Esperamos a tua vinda. 13. Ofertaremos um donativo ao abrigo de velhos. 14. Uma bola de borracha caiu no meu quintal. 15. Entregou ao diretor os papéis necessários.

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TÓPICO IV

SEMÂNTICA

Page 153: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

SEMÂNTICA

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É o estudo do significado.

Significados estes que estão nas frases, nas palavras e até nos menores segmentos como: prefixos e sufixos.

Ex: o sufixo al: individual: próprio dele

Arrozal: plantação.

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SEMÂNTICA

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Porém, antes de resolver qualquer questão semântica, deve ser considerado o contexto, pois uma mesma palavra pode ter diversos significados.

Ex: pessoal

O pessoal da arquibancada entrou em

delírio com o gol do Brasil.

A prova de redação exige do aluno uma

tomada de posição pessoal diante de

determinada questão em debate.

Page 155: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

SEMÂNTICA

23/09/2015Profº. Marinho

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Orações também podem ser iguais, mas terem significados diferentes:

Como eu tinha prometido diante de todos, não pude descumprir minha promessa.

Fiz tudo exatamente como eu tinha prometido diante de todos.

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Conceitos para resolver questões de semântica

23/09/2015Profº. Marinho

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Sinônimos: sentido equivalente

Casa/habitação

Polissemia: uma palavra assumir mais de um sentido

Ex: bater

Ele bateu o carro (arremessar)

O sino bateu (soar)

Os dados da pesquisa não batem com as previsões. (coincidir)

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Significação contextual: significado adquirido pelo contexto.

Ex: A partida decisiva contra os dois finalistas tem tudo para ser o jogo do ano, mas as torcidas uniformizadas vão estar presentes.

Ambiguidade: a mesma forma produzir mais de um sentido

Ex: Hoje é o dia da AIDS: aproveite para dar um cheque ao portador

Conceitos para resolver questões de semântica

Page 158: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

23/09/2015Profº. Marinho

158

Significação literal x não-literal:

Literal: sentido real da palavra, de forma explícita no texto

Não-literal: aquele que fica subentendido, não necessita estar explícito no texto.

Ex: Ensinar quem não valoriza o conhecimento é como “dar pérolas aos porcos”

Renata é uma flor

Dei uma flor para Renata.

Conceitos para resolver questões de semântica

Page 159: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

23/09/2015Profº. Marinho

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Paráfrases: palavras diferentes e mesmo sentidoEx: Eu duvido de pessoas incrédulasEu não creio em pessoas que não têm crenças

Paronomásia: aproximação sonora das palavras com palavras distintas

Ex: Tradutor é traidor"Melancolias, mercadorias espreitam-me." (Carlos Drummond

de Andrade)

“Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu erro quero que você ganhe que você me apanhe sou o seu bezerro gritando mamãe.” (Caetano Veloso)

Conceitos para resolver questões de semântica

Page 160: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

23/09/2015Profº. Marinho

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Efeito de sentido: reação provocada por um significado

Ex: Vieram os homens com as ferramentas

Vêiu us ômi cas ferramenta

Restrição de sentido: a palavra passa a ter um significado menos abrangente do que tem sua origem

Ex: Sucesso

D. Felipe morreu e seu trono foi sucesso para sua filha Maria.

D. Felipe morreu e seu trono foi sucedido para sua filha Maria.

Conceitos para resolver questões de semântica

Page 161: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

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161

Ampliação de sentido: a palavra passa a ter significado mais amplo que o original

Ex: Rival = antes denominado para as pessoas que moravam perto dos rios. Agora no sentido de inimigo.

Pressupostos: não é necessário estar explícito no texto o contexto real, mas está indiretamente ligado a situação.

Ex: Felipe parou de beber

Conceitos para resolver questões de semântica

Page 162: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

23/09/2015Profº. Marinho

162

Subentendidos: interpretações associadas a certas palavras, e só podem ser entendidas pelos interlocutores. Portanto, depende do momento da fala.

Compatibilidade e incompatibilidade semântica: nem todas as palavras são compatíveis

A notícia repercutiu favoravelmente.O repórter repercutiu a notícia.Podemos ter palavras incompatíveis que tenham

algum sentidoA lua sorria na noite escura.

Conceitos para resolver questões de semântica

Page 163: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

SEMÂNTICA DESCRITIVA

23/09/2015Profº. Marinho

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1. SENTIDO LITERAL E SENTIDO FIGURADO

2. RELAÇÕES LEXICAIS

Page 164: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Sentido literal ► significado referencial, “básico”

Sentido figurado ► significado especial, associado a um contexto

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Na tira, duas personagens dão interpretações diferentes a uma mesmafala. Nem sempre as palavras são utilizadas em seu sentido básico. OTenente esperava que o Recruta Zero desprezasse o sentido literal daobservação “Pode escrever isso!” e, considerando o contexto em que elafoi dita, a interpretasse de modo figurado.

Page 165: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

Conotação e denotação ► relações com o texto.

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Para destacar a beleza de uma nova linha de sandálias de dedo, o autor dotexto usa uma expressão (estar cheio de dedos) que, em português, significa“estar indeciso por excesso de cuidado”. A escolha dessa expressão ajuda areforçar, para o leitor do anúncio, a associação entre o objeto a ser vendido (umasandália de dedos) e sua função (calçar os pés).

O texto, por explorar simultaneamente os sentidos denotativo econotativo da expressão cheio de dedos, ganha maior expressividade.

Page 166: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

RELAÇÕES LEXICAIS

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Relações de sentido entre as palavras que constituem o léxico (o vocabulário da língua). Tais relações são chamadas de aspectos semânticos, dentre os

quais se destacam:

1. Polissemia

2. Homonímia

3. Sinonímia

4. Antonímia

5. Paronímia

Page 167: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

1. Polissemia ► um significante com vários significados

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Cabeça do pregode chaveda turma (com

mudança de gênero)

Parada formatura militar

desfilelancepessoa difícilcoisa

“A polissemia é um fenômeno comum nas

línguas naturais, são raras as palavras que não a apresentam; difere da homonímia por ser a mesma palavra, e não palavras com origens

diferentes que convergiram

foneticamente.

Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss.

Page 168: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

2. Homonímia ► significantes iguais com significados diferentes

espiar (olhar, observar) e expiar (pagar a culpa) –homófonas

almoço (substantivo) e almoço (verbo) –homógrafas

são (verbo ser), são (sadio) e são (santo) -perfeitas

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Page 169: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

4. Antonímia ⇓

significantes diferentes com significados opostos

4. Antonímia ⇓

significantes diferentes com significados opostos

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Existem sinônimos perfeitos?

belo e bonito ► são sinônimos, mas o primeiro termo pode ser entendido com valor estético.

seca e enxuta ► são sinônimos em relação ao termo toalha, mas jamais em relação ao termo garota.

É obtida através de: Prefixos de sentido negativo:

feliz x infeliz; leal x desleal

Prefixo de sentido oposto: imigrar x emigrar; importar x exportar

Heterônimos: alegria x tristeza; mau x bom

169

3. Conceitos para resolver questões de semântica

3. Conceitos para resolver questões de semântica

Page 170: Aula de Lingua Portuguesa_Marinho

5. Paronímia ► significantes parecidos com significados diferentes

O trabalho de Millôr apresenta a paronímia entre “torno” e “terno” em relação a “turno” (ausente da linguagem verbal, mas presente na contextualização). “Torno” e “terno” simbolizam respectivamente, o operariado e o empresariado. Assim, as imagens de Lula e Collor adquirem valor antonímicodevido à polarização do segundo turno da eleição presidencial de 1989.

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