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Ambiente físico do
Centro de Material
EsterilizadoGessilene de Sousa
Sobecc, julho2011
Regulamentação
Definição: Centro de Material Esterilizado - CME;
Estrutura Física: Áreas de composição;
Fluxograma de artigos e pessoal;
Tipos CME;
Características da construção;
Climatização/Temperatura e umidade relativa;
Iluminação;
Disposição de prateleiras;
Quadro de pessoal - COFEN.
Agenda
Ambiente físico - CME
O Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboraçãoe avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistências desaúde está determinado na resolução RDC nº. 50 da ANVISA de 21 defevereiro de 2002 com alterações pela RDC nº. 307 de 14 de novembrode 2002. Nesta pode ser encontrada a definição de ambientes,quantidades, dimensões e Instalações da CME, correspondente a umprocesso completo, de acordo com a proposta assistencial de umaunidade de saúde.
O ambiente da CME deve existir quando houver CC, CO, e/ouambulatorial,hemodinâmica, emergência de alta complexidade eurgência. A unidade pode se localizar fora do Estabelecimento deAssistência à Saúde.
Dinâmica e fluxo no CME: Deve estar próxima dos centros fornecedores( almoxarifado e lavanderia) e fácil acesso às unidades consumidoras(CC, CO, UTI, PS, e outras).
Regulamentação – Planejamento
Ambiente físico - CME
Centro de Material Esterilizado
Unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o fornecimento de artigos médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, assim, condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios . (RDC nº. 307 , ANVISA)
Fornecimento de artigos livres de contaminantes, o que garante a segurança do usuário, imprescindível para prevenção e controle de Infecção relacionada a assistência à saúde, através de medidas preventivas que reduzem o risco de contaminação.
A Enfermagem que trabalha nesse setor, presta uma assistência indireta ao paciente.
Sendo assim a CME é responsável pelo processamento dos artigos, como instrumental, roupas cirúrgicas, etc. .Esse processamento envolve: a limpeza, o preparo do artigo, o preparo da carga de esterilização, a esterilização, a guarda e distribuição dos artigos a todas as unidades consumidoras da instituição.
Definição
Objetivo
Ambiente físico - CME
Receber, desinfetar e separar os produtos para saúde;
Lavar os produtos para saúde;
Receber as roupas vindas da lavanderia;
Preparar os produtos para saúde e roupas (pacotes);
Esterilizar os produtos para saúde, roupas por meio de métodos físicos, químicos ou físico-químicos;
Realizar o controle microbiológico e prazo da validade de esterilização dos produtos esterilizados;
Armazenar e distribuir os produtos para saúde e as roupas esterilizadas;
Zelar pela proteção e pela segurança dos operadores.
Atividades básicas do CME
Ambiente físico - CME
Ambientes, Dimensões e Instalações do CME.
AMBIENTE DIMENSÃO (min.) INSTALAÇÕES
Sala composta de: Área para recepção, descontaminação e
separação de materiais.
Área para lavagem de materiais
0,08 m² por leito com área mínima de 8,0 m²
HF;HQ;E; ADE
Sala composta de: Área para recepção de roupa limpa
4,0 m² HF;E
Área para preparo de materiais e roupa limpa
0,25m² por leito com área mínima de 12,0 m²
HF;E
Área para esterilização física; Área para esterilização química
líquida
A depender do equipamento utilizado. Distância mínima entre
as autoclaves > 20 cm HF;E
Sala de armazenagem e distribuição de materiais e
roupas esterilizados
0,2 m² por leito com o mínimo de 10,0 m²
AC
Área para armazenagem e distribuição de material esterilizado e materiais
descartáveis
25 % da área de armazenagem de material esterilizado
AC
Fonte: RDC nº 307/2002, Ministério da Saúde.
Ambiente físico - CME
Vestiários com sanitários e chuveiros para funcionários e
barreiras para área limpa;
Vestiários com sanitários para funcionários e barreiras
para área suja;
Depósito de material de limpeza;
Sala administrativa;
Área para manutenção de equipamentos
Áreas de apoio
Ambiente físico - CME
A área física do CME deve permitir o estabelecimento de um fluxocontínuo e unidirecional do artigo médico-hospitalar, evitando ocruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, comotambém evitar que o trabalhador escalado para a área contaminadatransite pelas áreas limpas e vice-versa (SOBECC, 2009).
Para o estabelecimento de um fluxo unidirecional, é necessário que hajabarreira física entre as áreas: suja (expurgo), limpa (preparo de materiale preparo da carga de esterilização) e estéril (retirada de material estérildas esterilizadoras, guarda e distribuição de material estéril). Énecessário também restringir o acesso aos profissionais da área.
Fluxo de atividade e pessoas
Ambiente físico - CME
Fluxograma dos Artigos - CME
SOBECC, 2009
Recepção deArtigos Limpos
UnidadeConsumidoras
C M E
UnidadeFornecedor
Recepção de artigos sujos
Recepção de roupas
Limpeza e secagem dos artigos
Preparo e acondicionamento
Esterilização
Armazenamento de artigos processados
Distribuição de artigoslimpos e esterilizados
Ambiente físico - CME
Descentralizada, onde cada setor é responsável por todo o procedimento
de limpeza até a sua esterilização. Este é pouco seguro e menos utilizado.
Parcialmente centralizada, na qual já se vê o início de concentração dos
serviços de esterilização e cada setor usuário fica responsável pela limpeza
e desinfecção no próprio ambiente de trabalho, porém a sua esterilização é
feita em uma área comum a todo o EAS, num só setor e sob a supervisão
da enfermagem.
Centralizada, é a que garante maior segurança, onde todo o processo,
desde a limpeza das sujidades até a esterilização e armazenagem, é
efetuado e controlado.
Este último é o mais recomendado devido o avanço tecnológico e a a
necessidade de aprimoramento e padronização das técnicas de
processamento de materiais.
Tipos de CME
Ambiente físico - CME
Piso: Cor clara, resistente ao calor,umidade e a soluções corrosivas (exemplos:
cerâmica de alto tráfego, porcelanatos, granito impermeabilizado);
Paredes: Devem ser lisas e planas, sem saliências cantos ou quinas,
côncavos e abaulados. Revestimento lavável, durável e de cor suave ( ex.:
cerâmicas, laminados, inox,vidro, pintura epóxi);
Forro: Acústico , removíveis ou não (ex.: metal,gesso revestido com PVC);
Janelas: Amplas, altas e com telas;
Portas: Laváveis, durável;
Iluminação: Adequada ;
Sistema de exaustão de calor: níveis de conforto;
Ventilação: adequada;
Água e energia : instalações e sistemas eficientes , assim como tecnologias
com menor consumo possível garantindo sustentabilidade para o serviço.
Características da Construção
Ambiente físico - CME
Na área de lavagem e descontaminação - sistema de
ventilação realizado por exaustão com pressão negativa
de forma a evitar a disseminação dos microorganismos
para as demais áreas.
Nas áreas de preparo, esterilização, armazenagem e
distribuição - sistema de ar condicionado, com pressão
positiva e controle de temperatura e umidade.
Controle de Qualidade do ar
Ambiente físico - CME
Temperatura : Em torno de 25º C.
Umidade Relativa do Ar – Entre 30 e 60%
Sobecc, 2009
Temperatura e Umidade Relativa do ar
Ambiente físico - CME
Em geral deve ser adequada( 500lux) , nas bancadas que
requerem maior acuidade visual devem se específicas
para a atividade.
A iluminação natural é desejada ,porém com atenção
especial a entrada de calor , ruído e sujeira. As janelas ,
se existirem, devem ser seladas e estanques.
Iluminação
Ambiente físico - CME
As prateleiras para estocagem de materiais devem permitir circulação
de ar , fácil limpeza, respeitando as distância mínimas :
Piso - 20 cm
Teto - 45 cm
Parede - 5 cm
Sobecc, 2009
Disposição de prateleiras
Ambiente físico - CME
Quadro de Pessoal
RESOLUÇÃO COFEN nº 293/04
Fixa e Estabelece Parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados.
Para o dimensionamento de pessoal de Enfermagem ( Enfermeiros,Técnicos e
Auxiliares ) para uma Central de Material, deve se considerar os serviços: Expurgo,
Preparo, Esterilização, Distribuição e Arsenal, levando em conta a JST e todas as
particularidades da Instituição .
Ambiente físico - CME
Brasil, Ministério da Saúde.ANVISA,Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002. Altera RDC nº. 50 da ANVISA de 21 de fevereiro de 2002. Aprova o regulamento Técnico destinado ao planejamento, programação, elaboração, avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde a ser observado em todo território nacional. Diário Oficial da União: Brasília,2002.Disponível em http://www.anvisa.gov.br (31 mar.2009)
Brasil, Ministério da Saúde.ANVISA,Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Consulta Pública nº 34, de 03 de junho de 2009. Proposta de Resolução que dispõe sobre o funcionamento de serviços que realizam processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União,de 04 de junho de 2009. Disponível em http://www.anvisa.gov.br
SOBECC, Nacional. Práticas Recomendadas. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico Recuperação Anestésica e Centro de Material de Esterilização. 5ª Edição. São Paulo, 2009.
Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH). Esterilização de artigos em Unidades de saúde. 2º ed.São Paulo;2003.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM – COFEN – Resolução nº 293/2004
Ambiente físico - CME
Obrigada!!!