13 março 2013

31
XXI 50 13/03/2013 Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: Clipping Geral Meio Ambiente Patrimônio Cultural Procon-MG Direitos Humanos Defesa da Mulher Saúde Tráfico e Abuso de Drogas Destaques: Consorciado fica à míngua - p. 01 Procurador-geral afirma que bancos atrasam investigações - p. 13 Cadastros podem incluir processos na Justiça - p. 19

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 30-Mar-2016

218 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Clipping Geral Espec. Eletrônico

TRANSCRIPT

XXI

50

13/03/2013

Superintendência de Comunicação Integrada

CLIPPINGNesta edição:

Clipping GeralMeio Ambiente

Patrimônio CulturalProcon-MG

Direitos HumanosDefesa da Mulher

SaúdeTráfico e Abuso de Drogas

Destaques:

Consorciado fica à míngua - p. 01

Procurador-geral afirma que bancos atrasam investigações - p. 13

Cadastros podem incluir processos na Justiça - p. 19

estado de minas - mG - P. 16 - 13.03.2013

01

hoje em dia - mG - P. 03 - 13.03.2013

02

hoje em dia - mG - P. 05 - 13.03.2013

03

estado de minas - mG - P. 11 - 13.03.2013

04

hoje em dia - mG - P. 02 - esPortes - 13.03.2013

05

aQUi - mG - P. 04 - 13.03.2013

Centro-oeste - POLICIAIS NO CRIMEDelegado e detetive são denunciados pelo MP por fraude em documentos de veículos em Itaúna

estado de minas - mG - P. 26 - 13.03.2013

06

jornaL tUdo - on Line - 09.03.2013

07

aQUi - mG - on Line - 13.03.2013

metro - mG - on Line - 13.03.2013sUPer notÍCia - on Line - 13.03.2013

08

o temPo - mG - on Line - 13.03.2013

o estado de s. PaULo | metróPoLe | Br - 13 de março de 2013

ministério Público - MP entra com recurso contra pena de Bruno

Marcelo PortelaO Ministério Público de Minas Gerais entrou ontem com recurso pedindo ex-

plicação sobre os 22 anos e 3 meses de prisão a que foi condenado o goleiro Bruno Fernandes. Segundo o promotor Henry Wagner Vasconcelos, o atleta foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver da ex-amante Eliza Samudio, e sequestro do filho que teve com ela, mas a juíza Marixa Fabiane Lopes não determinou qual a soma que o atleta terá que cumprir em regime fechado.

O recurso, chamado embargo de declaração, foi apresentado ontem à própria magistrada e pede a “definição do regime penal resultante da totalização das san-ções privatizas de liberdade fixadas, mediante a expressa estipulação de inicial re-gime fechado”. Vasconcelos também pretende recorrer da sentença, pois esperava uma pena “entre 28 e 30 anos”.

09

Rio de Janeiro. O traficante Luiz Fernando da Costa, 46, o Fernandinho Beira-Mar, abriu mão do direito de permane-cer calado e, por mais de uma hora, respondeu a perguntas feitas pelo juiz Murilo Kieling, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele é julgado por ter planejado e mandado matar dois homens.

O crime aconteceu em 2002, na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ordem para que os dois homens fossem mortos teria sido dada de dentro do presídio de segurança máxima de Bangu 1, no Rio de Ja-neiro.O traficante contou, em seu depoimento ontem, que, quando esteve em Bangu 1, tinha à disposição telefones ce-lulares. Os aparelhos eram disponibilizados de acordo com a equipe de agentes de plantão, segundo Beira-Mar.

O réu negou que os aparelhos fossem pagos. “Todos (os presos) podiam usar dependendo do plantão”, afirmou ele, que disse não saber como os telefones chegavam aos pre-sos. “Sei que estavam lá”, disse. Sobre as mortes de Antonio Vieira Nunes e Ednei Thomas Santos, Beira-Mar negou os crimes. “Nunca fui santo. Já fiz algumas coisas, mas não mandei matar ninguém”, defendeu-se.

O criminoso cumpre pena no presídio federal de Ca-tanduvas, no Paraná. Beira-Mar está preso desde 21 de abril de 2002, quando foi encontrado na Colômbia por tropas co-lombianas. Ele diz que já atuou no tráfico de drogas, mas que sua ocupação principal era de empresário, do ramo de construção civil. Atualmente, Beira-Mar afirma que cursa teologia à distância.

o temPo - mG - on Line - 13.03.2013

LAVAGEM DE DINHEIRODurante palestra em seminário, presidente do Coaf reco-

nhece avanços na Legislação, mas destaca que sistema para punir crime no Brasil ainda é lento

O presidente do Conselho de Controle de Atividades Fi-nanceiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, reconheceu on-tem, em Brasília, que os baixos índices de punição contra o cri-me de lavagem de dinheiro no Brasil podem gerar frustrações na sociedade, Ele participou do Seminário Nacional: Inovações e Desafios da Nova Lei sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro, que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Na-cional do Ministério Público (CNMP) realizaram na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“O sistema punitivo contra o crime de lavagem de dinheiro no Brasil é muito lento, embora o País tenha avançado muito nessa questão. Isso pode trazer uma certa frustração à socie-dade, que deve se perguntar por que esse crime não é punido como deveria. Mas é melhor irmos lentamente na direção certa do que rapidamente na direção errada”, disse o presidente do Coaf, que proferiu palestra sobre a atuação do órgão no comba-te à lavagem de dinheiro.

Rodrigues acrescentou que o trabalho do Coaf é só uma pequena parte do que o conjunto de instituições brasileiras pode fazer para prevenir e punir o enriquecimento ilícito e a lavagem de dinheiro. “O Coaf alerta as autoridades judiciais sobre a possibilidade de determinada movimentação financeira estar relacionada a algum tipo de delito. Cabe, então, às auto-ridades decidir se essa movimentação deve ser investigada”, afirmou.

Outra deficiência apontada pelo presidente do Coaf refe-re- se à falta, no Brasil, de instrumento legal para o combate ao financiamento do terrorismo. “O Brasil não tem legislação específica sobre o financiamento do terrorismo. Não há tipi-ficação desse tipo de atividade, o que é incompatível com os compromissos internacionais assumidos, como as convenções que o País já assinou e ratificou”, observou o responsável pela principal instituição de inteligência financeira brasileira.

Rodrigues recomendou que os bancos procurem conhe-cer os seus clientes com profundidade antes da execução de operações financeiras vultosas, como, por exemplo, o envio de remessas ao exterior. “Essas instituições não devem fechar os olhos diante de ações que podem estar relacionadas à lavagem de dinheiro. Uma instituição financeira idônea que não estiver preparada para captar esses sinais pode se envolver no crime inconscientemente. É preciso saber, por exemplo, que atividade profissional o cliente desempenha e se sua renda é compatí-vel com a movimentação financeira”, sugeriu o presidente do Coaf.

Colaboração premiadaOutro a falar no seminário, o procurador de Justiça de Mi-

nas Gerais, Rogério Filipetto disse que o instrumento da colabo-ração premiada deveria ser ampliado para combater os crimes cometidos associados à lavagem de dinheiro, como o tráfico de drogas. Atualmente, essa colaboração pode ser oferecida a réus de ações por lavagem de dinheiro, conforme previsto na Lei 12.683/12. Filipetto defendeu o uso do instrumento legal para punir também os crimes antecedentes cometidos por membros de organizações criminosas que lavam dinheiro.

“Há algumas modalidades (de crime), como grupos de ex-termínio e narcotráfico, em que há uma espécie de simbiose com a lavagem de dinheiro, pois é preciso validar o dinheiro obtido de forma ilícita. Por isso a possibilidade de alargamento do instituto (da colaboração premiada e de outros procedimen-tos previstos na Lei) é muito salutar”, afirmou o procurador de Justiça.

De acordo com Filipetto, a filosofia da Lei 12.683/12, co-nhecida como a Lei da Lavagem, é punir o autor do crime de lavagem de dinheiro, independente de quais crimes ele come-teu anteriormente. “As vezes, não se sabe quem é o autor do crime antecedente, mas se pune a lavagem. Seria útil lançar mão desses mecanismos de apuração e colaboração também para punir os crimes cometidos antes da lavagem, independen-te dela”, afirmou.

A Lei 12.683/12 trouxe um advento para o combate ao cri-

Bangu 1

Beira-Mar afirma que tinha celular à disposição

jornaL do CommerCio rj | direito & jUstiça | rj - 13 de março de 2013

ministério Público - Baixo índice de punição deve frustrar sociedade

10

me no Brasil que é a possibilidade de oferecer a colaboração premiada ao réu condenado por lavagem de dinheiro. Segundo o procurador mineiro, esse tipo de recurso foi inspirado na luta das autoridades italianas contra a máfia, que geralmente ofere-cia assistência jurídica até o julgamento. Após a condenação ter transitado em julgado pode ser o momento mais propício para utilizar o artifício, segundo Filipetto. “Após ser condena-do, quando o réu já percebe que não tem horizontes, ele busca alternativas. Então cria-se um contexto favorável à colabora-ção. Foi uma influência do modelo italiano, que teve êxito no combate às máfias. Pena não podermos usar o exemplo da lava-gem no combate às demais modalidades do crime organizado”, disse.

Procurador-geralAo também participar ontem do seminário, o procura-

dor-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que “este é o evento mais relevante entre todos já realizados por meio de parceria entre o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público”. Segundo o procurador-geral, o seminário simboliza a união de esforços das instituições inte-grantes do sistema de Justiça em torno do combate a um crime de extrema gravidade, como a lavagem de dinheiro.

Roberto Gurgel, que preside o CNMP, fez breve históri-co da atuação dos dois conselhos, a partir da instalação dos dois colegiados em 2005. Para ele, em pouco tempo, o CNJ e o CNMP prestaram importante contribuição para o aprimoramen-to do sistema judicial brasileiro, apesar de muitas resistências.

“Vivemos tempos promissores, de muita união e coesão. O CNJ e o CNMP, em sua curta existência, são os principais res-ponsáveis pelos novos tempos em que vivem o Poder Judiciário e o Ministério Público. Houve, nesse período, várias resistên-cias ao trabalho dos dois conselhos, que souberam enfrentá-las e fazer as correções de rumo necessárias. Hoje, vemos que o saldo é bastante positivo”, disse o procurador-geral da Repú-blica, ao lado do presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, e do conselheiro Gilberto Martins, coordenador científico do Seminário sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro. (Com Agência CNJ)

“O sistema punitivo contra o crime de lavagem de dinheiro no Brasil é muito lento, embora o País tenha avançado muito nessa questão. Isso pode trazer üma certa frustração à socie-dade, que deve se perguntar por que esse crime não é punido como deveria. Mas é melhor irmos lentamente na direção certa do que rapidamente na direção errada”.

Antônio Gustavo RodriguesPresidente do Coaf

jornaL do CommerCio rj | direito & jUstiça | rj - 13 de março de 2013

ministério Público - Combate deve atacar patrimônio

As ações de combate à lavagem de dinheiro devem ata-car o patrimônio das organizações criminosas, recomendou o delegado Ricardo Andrade Saadi, diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacio-

nal da Polícia Federal, em palestra durante o Seminário Na-cional: Inovações e Desafios da Nova Lei sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro. O objetivo, segundo Saadi, deve ser a descapitaliza- ção da organização criminosa, com o blo-queio de seu patrimônio para recuperar o dinheiro produto do crime, porque, segundo ele, “a prisão não resolve” nesses casos. Para isso, é preciso a cooperação das autoridades de outros países. “Mas a grande maioria das autoridades brasi-leiras não sabe como fazer para localizar e bloquear bens no exterior”, sustentou o delegado.

A globalização da economia, a partir das décadas de 1980 e 1990, aumentou a preocupação dos organismos inter-nacionais com o crime organizado: os criminosos não preci-sam mais se deslocar para movimentar o dinheiro ilegal. A ação contra o crime organizado passou a exigir cooperação internacional e também entre órgãos internos.

Ministério Público, polícias, Receita Federal e outros ór-gãos devem trabalhar em conjunto, disse Saadi, ao comentar uma pesquisa apresentada pelo conselheiro Gilberto Martins Valente, do CNJ. Segundo Valente, levantamento feito pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça mostra que apenas 10% das ocorrências policiais se transformam em inquérito e somente 5% dos inquéritos são concluídos.

Para Saadi, Ministério Público e polícias precisam su-perar a discussão sobre titularidade da investigação: a po-lícia não consegue investigar todas as ocorrências, e o MP também não tem estrutura para assumir essas investigações. Os dois devem trabalhar em parceria, recomendou.

LegislaçãoA legislação sobre crimes de lavagem de dinheiro ainda

é pouco utilizada no Brasil, de acordo com o conselheiro Gilberto Martins, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele apresentou na segunda-feira, no Seminário Nacional: Inovações e Desafios da Nova Lei sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro, levantamento que demonstra que a quantidade de processos em tramitação no Poder Judiciário para apu-rar crimes de lavagem de dinheiro ainda é muito pequena. “Temos uma lei su- butilizada pelo Judiciário e pelo Minis-tério Público”, afirmou o conselheiro. Ele reconhece que a responsabilidade maior é do Ministério Público, que tem a atribuição de apresentar a denúncia à Justiça.

De acordo com o levantamento, o Tribunal Regional Federal (TRF) da I a Região (Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima, Rondônia e Tocantins) condenou 19 pessoas, em 2012, por lavagem de dinheiro, e o TRF da 3 a Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) regis-trou cinco condenações no ano passado e duas em 2011. Nos outros três tribunais regionais federais, não houve condena-ção. Havia 971 inquéritos tramitando em 2012 na Justiça Federal, a maior parte no TRF da I a Região (496 processos), mas só 83 denúncias foram recebidas pela Justiça. Outros 407 inquéritos foram arquivados pela Justiça Federal.

Cont... jornaL do CommerCio rj | direito & jUstiça | rj - 13 de março de 2013

11

hoje em dia - mG - P. 19 - 13.03.2013

12

FoLha de sP - sP - P. a7 - 13.03.2013

13

A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) partici-pou do “Seminário Interna-cional: o papel do Ministé-rio Público na investigação criminal”, ontem (11) e hoje (12). O presidente da Asso-ciação do Ministério Público do Distrito Federal e Terri-tórios (AMPDFT), Antonio Marcos Dezan, representou a CONAMP durante a aber-tura do evento, ontem, e o promotor de Justiça da AM-PDFT Antonio Suxberger re-presentou, hoje, a CONAMP na presidência do painel “O Ministério Público e a inves-tigação de crimes submetidos ao Tribunal Internacional”.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu, durante a abertu-ra do evento, que “o dever de investigação criminal do Ministério Público é ineren-te ao dever de proteção dos direitos fundamentais”. O chefe do Ministério Públi-co Federal (MPF) lamentou que no Congresso Nacional, no entanto, tramite Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011, que confere às Polícias Federal e Civil a atribuição privativa de apurar a autoria e a prática de infra-ções penais. “Trata-se de ver-dadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito, que tira do garantidor dos interes-ses da coletividade o dever de proteção que é inerente às suas atividades”, pontuou.

O presidente do movi-mento dos Magistrados Euro-peus pela Democracia e pelas Liberdades (Medel), Antonio Cluny, discursou sobre a vi-são europeia acerca do papel do MP na apuração criminal. Na análise de Cluny, “em um processo penal regido pelo princípio acusatório, em que cabe ao Ministério Público sustentar em juízo, ninguém melhor do que seus agentes para poder perceber quais provas devem ser conheci-das, quando e como devem colhê-las e quais devem ser rejeitadas. Tudo tendo em vista assegurar o sucesso da ação penal”. Para o represen-tante do Medel, nada disso pode ser feito se o Ministério Público receber uma investi-gação finalizada.

Já durante o painel “O Ministério Público e a inves-tigação de crimes submetidos ao Tribunal Internacional”, a juíza da Corte Superior de Justiça de Lima (Peru), Anto-nia Saquicuray, afirmou que a PEC 37 é um retrocesso. Segundo ela, a proposta é um alerta suficiente para a classe política perceba que o papel do MP é importante. “Essa troca de informações entre os países é muito importante para a manutenção do Estado Democrático de Direto”, dis-se.

De acordo com a sub-procuradora-geral da Repú-blica Raquel Elias Ferreira Dodge, reduzir o poder de

investigação do MP restringe a ação institucional e elimina a autonomia institucional. “A PEC 37 não favorece nem fortalece as instituições bra-sileiras”.

Já o Coordenador da Rede de Procuradores con-tra o Crime Organizado da América Central (REFCO) do escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Cri-me (UNODC), Ignacio de Lucas Martín, questionou sobre quem seria prejudicado com a eliminação do poder investigatório do MP. “A so-ciedade brasileira seria a pre-judicada”.

O evento é realizado pelo Ministério Público Democrá-tivo (MPD) e pelo Ministério Público Federal (MPF), em Brasília. O objetivo do semi-nário é discutir a importância da atribuição de investigação criminal do MP por meio do diálogo entre juízes e mem-bros da carreira jurídica com a sociedade civil, observan-do-se ainda a visão europeia e latino-americana sobre a temática. A iniciativa insere-se no movimento contrário à PEC 37/11 e na perspectiva de uma sociedade aberta e pluralista.

Dezan (a esq.) durante a abertura

Suxberger (ao meio) du-rante o painel

Fonte: com informações do MPF

notÍCia da hora - ConamP - BrasÍLia, 12 de março de 2013.

CONAMP participa de Seminário Internacional sobre o poder de investigação do MP

14

Justiça para todosAutor(es): Gláucia Falsarella Foley e Flávio Crocce CaetanoO interesse do cidadão pelo Judiciário nunca foi tão expressivo. O

intenso debate sobre as decisões do STF revela que a sociedade pode e deve se mobilizar mais com as respostas que o sistema judiciário dá aos nossos conflitos. Se, de um lado, é impensável a ideia de um Es-tado Democrático de Direito sem a presença de um Judiciário forte e independente, de outro, o sistema não estará completo se a sua atuação não for eficiente e democrática. Os obstáculos para uma boa prestação jurisdicional desafiam, portanto, a criação de recursos que assegurem ce-leridade e qualidade, mas que também promovam maior participação da sociedade. A ampliação dos mecanismos de acesso à Justiça é essencial para a superação desse déficit de democracia, e um dos recursos celebra-dos pela oportuna Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça é a mediação.

Ao contrário da conciliação, essa técnica autocompositiva de reso-lução de conflitos conta com um mediador que não aconselha as partes, nem direciona o acordo. A mediação promove a reflexão sobre as cir-cunstâncias do conflito e o debate dialógico entre todos os envolvidos. Ao conferir às partes o protagonismo na construção do consenso, a me-diação empodera e emancipa, na contramão da nossa cômoda cultura de terceirizar problemas para que alguém “mais sábio ou mais habilitado” os resolva para e por nós. Além do efeito transformador para as partes, a mediação revoluciona ao romper com o modelo adversarial e autocrático com o qual opera a clássica prestação jurisdicional.

Como toda e qualquer técnica, a mediação comporta diferentes ma-tizes, a depender do enfoque teórico adotado: desde as correntes mais próximas da conciliação que, a partir da Teoria dos Jogos, constroem uma abordagem pragmática, até as concepções transformadoras que as-sociam a prática da mediação à reconstrução do tecido social e à promo-ção da pacificação, solidariedade e coesão sociais.

Para além do debate teórico, há ainda inúmeras possibilidades ins-titucionais de aplicação da mediação, no âmbito judicial e fora dele, e é essa pluralidade de abordagens que assegura o seu amadurecimento conforme vai sendo experimentada. Nesse sentido, o Poder Público tem o dever de adotar a mediação como política pública em todas as esferas institucionais, não somente no âmbito judicial. Há muita vida - e, por-tanto, conflitos - para além das paredes dos tribunais. E é nessa arena permeada por tensões e anseios que essa ferramenta de pacificação deve ser manejada.

A parceria celebrada entre a Secretaria de Reforma do Judiciário, o Programa Nacional para o Desenvolvimento das Nações Unidas e a Agência Brasileira de Cooperação para fortalecer o acesso à Justiça pre-vê mecanismos de concertação entre Estado e sociedade civil. A proposta é democratizar radicalmente o acesso à Justiça, mitigando a sua clássica associação com acesso ao Judiciário. Afinal, se os conflitos emergem onde a vida acontece, as possibilidades de sua resolução não podem se limitar aos rígidos pilares da liturgia forense. E é somente por meio das múltiplas vozes que ecoam nos diálogos plurais e, sobretudo acessíveis, que a justiça e a paz estarão ao alcance de todos.

o GLoBo - rj - P. 17 - 13/03/2013

15

hoje em dia - mG - 1ª P. e P. 17 - 13.03.2013

MP tenta vetar novos loteamentos em Nova Lima

Após conseguir apoio da prefeitura para tombar a Serra do Souza, promotoria quer evitar expansão imobiliária.

PÁGINA 17, MINAS

16

hoje em dia - mG - P. 16 - 13.03.2013

17

hoje em dia - mG - P. 02 - 13.03.2013

18

jornaL do CommerCio - rj - on Line - direito e jUstiça - 12.03.2013

deVedores - Cadastros podem incluir processos na JustiçaSTJ decide existência de discussão judicial sobre o débito, por si só, não impede

inscrição do nome de quem deve nos cadastros de proteção ao crédito

19

Cont... jornaL do CommerCio - rj - on Line - direito e jUstiça - 12.03.2013

20

São Paul O Itaú Unibanco liderou o ranking das empresas que

mais geraram reclamações ao Procon de São Paulo em 2012, seguido pela operadora de telefonia Claro e pelo Grupo Bra-desco. A Vivo, que ocupou o primeiro lugar em 2008, 2009 e 2010 - ainda como Telefônica - , desta vez apareceu na quarta posição. O quinto lugar ficou com a B2W, controlada da Lojas Americanas, que administra os sites Americanas.com, Submarino, Shoptime e Sou Barato.

A lista, divulgada ontem, considera os 50 fornecedores que mais geraram reclamações fundamentadas (demandas de consumidores que não foram solucionadas na fase inicial e levaram a processo administrativo junto às empresas). Em Belo Horizonte, o Procon Municipal vai divulgar seu cadas-tro na próxima sexta-feira, Dia Mundial do Consumidor. Na mesma data, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar no-

vas medidas de proteção ao consumidor. A inclusão na lista não gera punições para as empresas.

O total de atendimentos do Procon-SP em 2012 foi de 602.611, diminuição de 17% em relação a 2011. Do total, 21%, viraram reclamações fundamentadas.

Quando o critério aplicado é o percentual de reclama-ções fundamentadas, mas não atendidas, o líder é o Banco Votorantim, com 91% de queixas sem atendimento ao fi-nal do processo, seguido de Carrefour (63%), Eletropaulo (62%), Bradesco (60%) e Itaú Unibanco (58%).

No que se refere aos setores, a área de produtos (móveis, eletrônicos e vestuário, dentre outros) foi a que teve o maior número de reclamações fundamentadas: 33%, com destaque negativo para a telefonia móvel. (Com Paulo Nascimento)

o temPo - mG - on Line - 13.03.2013

21

A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) esteve pre-sente em audiência pública no Senado, nesta terça-feira (12), que tratou da atualização do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O promotor de Justiça do Distrito Federal e Ter-ritórios Paulo Roberto Binicheski representou a CONAMP na ocasião. A audiência integrou as ações da Comissão Temporária criada para debater os projetos de lei do Senado com a pro-posta de atualizar o CDC e teve por objetivo discutir as alterações quanto às ações coletivas (Projeto de Lei do Senado - PLS 282/2012).

Durante a audiência, Paulo Binicheski res-saltou a importância de restaurar o efeito vin-culante de uma norma ou decisão no âmbito do CDC. O promotor sugeriu ainda acrescen-tar ao PLS um artigo propondo que o vencido de uma sentença condenatória transitada em julgado deverá comprimir espontaneamente o julgado no prazo de 15 dias, sob pena de multa de 10% sobre o valor da condenação.

Além do PLS 282, que busca assegurar agilidade no andamento das ações coletivas na justiça e garantir prioridade para seu julgamen-to, foram analisados também o PLS 281/2012, o qual amplia a proteção de compras em co-mércio eletrônico, e o PLS 283/2012, que trata da prevenção do superendividamento.

Estiverem presentes na audiência Alda Pellegrini, membro da Comissão de Juristas para atualização do CDC; Murilo Miranda, promotor de Justiça do estado do Goiás e pre-sidente da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON); Horácio Xavier Franco, defensor público do estado de São Paulo e coordenador da Comissão Na-cional de Defensores Públicos de Defesa do Consumidor – CNDPCON, Gregório Assagra, assessor de projetos e articulações institucio-nais da Secretaria Nacional da Reforma do Ju-diciário e dirigente do Centro de Aperfeit&cc edil;oamento Funcional do MP-MG, Valquiria Oliveira Quixadá, procuradora regional da República, Rosana Grinberg, presidente do Fórum Nacional das Entidades Civis de Defe-sa do Consumidor – FNECDC e José Virgílio Vita Neto, representante da Federação Brasi-leira de Bancos – FEBRABAN.

Descrição: Descrição: Descrição: http://conamp.personata.com.br/PSRel/imagens/CDC%20-a%C3%A7%C3%B5es%20coletivas%20(9)%20-%20site.jpg

À esquerda: Senador Rodrigo Rollem-berg, presidente da mesa; Alda Pellegrini; Pau-lo Roberto Binicheski; e Rosana Grinberg.

Reclamações fundamentadasItaú Unibanco é o mais reclamado em SP

notÍCia da hora - ConamP - BrasÍLia, 12 de março de 2013.

CONAMP presente em audiênciapública para debater atualização do CDC

MINAS GERAIS 2

www.iof.mg.gov.br

PODERES DO ESTADO

LEGISLATIVO

Atendimento ao consumidor, auxílio ao trabalhador e acesso à internet são alguns dos serviços disponibilizados

Projeto de Lei sobre as alterações foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa

minas Gerais - P. 02 - 13.03.2013

ALMG inaugura hoje Espaço CidadaniaAtendimento ao consumidor, auxílio ao trabalhador e acesso à internet são alguns dos serviços disponibilizados

22

FoLha de são aPULo - P. B3 - 12.03.2013

23

estado de minas - mG - P. 03 - 13.03.2013

24

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

25

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

MINAS GERAIS QUARTA 8CIDADANIA

P -

-

--

-

--

--

-

-

-

-

-

-

mulheresSóparaCasa de

Direitos Humanos

humaniza o atendimento

8 /

-

-

-

-

-

--

-

ASSISTÊNCIA --

-

-

-

-

-

---

-

-

-

Cont... minas Gerais - P. 08 - 13.03.2013

26

FoLha de sP - sP - P. a3 - 13.03.2013

27

Por Flávia CrizantoDepois de 40 anos

de funcionamento da Clínica São Domingos, esta segunda-feira (11) marcou oficialmente o encerramento das ati-vidades da instituição. Na história ficarão as denúncias de precarie-dade e de desrespeito aos direitos humanos, muitas delas trazidas à tona pela Tribuna. O fim desse ciclo foi comunicado em um ambiente agora vazio - ainda com o mau cheiro das más condições do local - sem os funcioná-rios e os109 pacientes que ainda permaneciam internados até a última semana. A página final culminou com a inter-venção do Município na gestão da unidade, feita há 11 dias, que op-tou por fechar as portas. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Siqueira, pelo secretário de Saú-de, José Laerte Barbo-sa, e pelos promotores de Saúde Rodrigo Bar-ros e Carolina Andrade, em uma última visita.

Outros estabeleci-mentos podem seguir o mesmo destino. É a si-tuação da Casa de Saú-de Aragão Villar. “Há o indicativo de fecha-mento pelo Ministério da Saúde, lá existem cerca de 160 pacientes, e esse hospital será o nosso primeiro ponto

de preocupação e, as-sim que montarmos as residências terapêuti-cas, sofrerá interven-ção, com a retirada dos assistidos”, declarou José Laerte. Apesar das restrições, aproximada-mente 20 pacientes do São Domingos passa-rão a receber tratamen-to no Aragão, outros 18 foram transferidos para o Hospital Ana Nery e 25 acolhidos na Casa de Saúde Esperança. Qua-se metade dos atendi-dos recebeu alta, o que, segundo o secretário, mostra que muitos es-tavam internados sem necessidade.

assistência

Durante o processo de fechamento, tam-bém foi comunicada a intenção da Secretaria de construir uma rede substitutiva aos hos-pitais. O sistema será composto por novas re-sidências terapêuticas, mais unidades de Cen-tro de Apoio Psicosso-cial (Caps), das quais algumas funcionarão por 24 horas e outras serão destinadas a usu-ários de álcool e drogas. Também haverá creden-ciamento de novos lei-tos para psiquiatria em hospitais clínicos, entre eles o Ana Nery, o Hos-pital João Penido e o fu-turo Hospital Regional. “Estamos trabalhando

para que a gente possa modificar os trabalhos que são realizados em Juiz de Fora no contex-to dos tratamentos psi-quiátricos”, ressaltou Bruno Siqueira.

Enquanto o Poder Público oficializava o fechamento do São Domingos, dezenas de familiares de pacientes psiquiátricos se reuni-ram na Catedral Metro-politana para discutir os principais desafios da intervenção e as dificul-dades que estão sendo enfrentadas durante esse período de adaptação. A situação afeta os assis-tidos que foram trans-feridos e aqueles que receberam alta e agora voltam ao convívio fa-miliar. “Muitas famílias não possuem as condi-ções necessárias para cuidar dessas pessoas e estão perdidas”, aler-tou a representante dos familiares dos doentes psiquiátricos Irene Apa-recida Vitorino.

De acordo com o advogado do São Do-mingos, João Cláudio Franzoni Barbosa, a destinação do prédio da extinta clínica ain-da não foi definida, e o pagamento dos salários atrasados dos funcioná-rios será acertado quan-do tiverem uma defini-ção da Prefeitura e da Justiça

triBUna de minas - on Line - 11 de março de 2013

São Domingos transfere pacientes e fecha portas

28

estado de minas - mG - P. 26 - 13.03.2013PF já apreendeu 1.300 kg de pasta base de cocaína neste ano na região.

Pistas de pouso clandestinas facilitam ação dos criminosos

TRIÂNGULO NA ROTA DAS DROGAS

29

Questão das drogas deve avançar, e não retroceder

Um passo atrás na discussão do problema, projeto de lei apresentado por deputado do PMDB precisa ser

barrado no CongressoAs drogas são um evidente flagelo mundial. Em boa parte

do planeta, o combate à disseminação dos entorpecentes tem sido marcado por grandes e preocupantes fracassos. Deve-se isso, principalmente, à adoção de políticas equivocadas, inspi-radas em ideias como buscar a sua erradicação (uma utopia) e em métodos que privilegiam ações policiais-militares, uma anacrônica visão estimulada a partir dos Estados Unidos.

Mas não se trata de guerra perdida: no front, países com vi-são mais flexível têm obtido significativas vitórias, melhorando indicadores que medem a extensão do problema, com a redução de dramas e a sinalização de que, superada de forma realista o sonho da extinção das drogas, há caminhos a seguir para manter os índices de consumo dentro de padrões administráveis.

É o caso das nações que acordaram para a necessidade de adaptar a legislação a uma nova maneira de enfrentar o proble-ma, pela ótica da saúde pública. Em vez do trinômio criminali-zação/perseguição policial/ações militares, a opção pela distin-ção entre usuários e traficantes; a alternativa de descriminalizar o consumo e criar políticas de redução de danos em lugar de trancafiar indistintamente consumidores e bandidos. Estima-se que 25 países descriminalizaram o consumo de drogas, com re-sultados estimulantes (na Europa, Portugal tornou-se um mode-lo; na América Latina, Colômbia, Argentina e Uruguai muda-ram leis e a maneira de encarar a questão das drogas).

O Brasil, que ainda busca seu espaço nessa discussão, tem dado passos positivos. Um deles, por exemplo, foi a adoção de uma nova Lei de Drogas, que cria distinção entre usuários e tra-ficantes. Mas, infelizmente, ainda há bolsões com força política suficiente para impor retrocessos. Como um projeto de lei do deputado Osmar Terra (PMDB-RS) em tramitação na Câmara, cujas propostas vão na contramão de políticas bem-sucedidas, adotadas por países que alcançam significativas vitórias contra as drogas.

O texto consagra atrasos ao criar um cadastro nacional de usuários de drogas (uma violação aos direitos dos usuários), a internação compulsória de dependentes (agravo no terreno dos direitos humanos e também um erro técnico) e o aumento da pena mínima por tráfico (alcança uma faixa em que não se dis-tingue o traficante do vendedor ocasional, que repassa pequenas quantidades de droga para financiar o próprio vício).

O projeto também fortalece o papel de comunidades tera-pêuticas, geralmente ligadas a grupos religiosos, no tratamen-to do dependente. Grave distorção: as drogas são uma questão laica, de responsabilidade do Estado, sem prejuízo da ação de outras instituições. Deve ser ampliada é a participação do SUS nos programas de redução de danos. Os ainda tímidos avan-ços do país na questão das drogas não podem ser anulados por iniciativas que fazem o enfrentamento do problema regredir à Idade da Pedra.

o GLoBo - rj - P. 16 -13.03.2013

30