13 e 14 abril 2013

56
XXI 77 13 e 14/04/2013 Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: Clipping Geral Patrimônio Cultural Crimes Cibernéticos Meio Ambiente Saúde Tráfico e Abuso de Drogas Destaques: Um Feliciano piorado na Assembleia mineira - p. 03 Multas vão salvar imóveis históricos deteriorados - p. 32 Terriotório aberto para a intolerância - p. 35

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 23-Mar-2016

225 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Clipping Geral e Espec. Eletrônico

TRANSCRIPT

Page 1: 13 e 14 Abril 2013

XXI

77

13 e 14/04/2013

Superintendência de Comunicação Integrada

CLIPPINGNesta edição:

Clipping GeralPatrimônio CulturalCrimes Cibernéticos

Meio AmbienteSaúde

Tráfico e Abuso de Drogas

Destaques:

Um Feliciano piorado na Assembleia mineira - p. 03

Multas vão salvar imóveis históricos deteriorados - p. 32

Terriotório aberto para a intolerância - p. 35

Page 2: 13 e 14 Abril 2013

Atos do GovernadorATO S ASSINADOS PELO SENHOR GOVERNADOR

DO ESTADO, EM DATA DE ONTEM: no uso de suas atribui-ções, tendo em vista proposta em reunião do Conselho.

Permanente da Medalha realizada no dia 14 de Fevereiro de 2013 e nos termos da Lei nº. 882, de 28 de julho de 1952 e do Decreto nº.38.690/97, de 10 de março de 1997, resolve conceder a Medalha da

Inconfidência às seguintes personalidades:Grande Colar

Joaquim Benedito Barbosa Gomes, Presidente do SupremoTribunal FederalGrande MedalhaJamal Ashraf Khokhar, Embaixador do Canadá no BrasilGleisi Helena Hoffmann, Ministra de Estado Chefe da Casa

Civil da Presidência da RepúblicaMarco Antônio Raupp, Ministro de Estado de Ciência e

TecnologiaRosa Maria Weber Candiota da Rosa, Ministra do Supremo

Tribunal FederalLaurita Hilário Vaz, Ministra do Superior Tribunal de Jus-

tiçaSebastião Alves dos Reis Júnior, Ministro do Superior Tri-

bunal de JustiçaJoão Raimundo Colombo, Governador do Estado de Santa

CatarinaAna Amélia de Lemos, Senadora/RSMaria Luiza Ribeiro Viotti, Embaixadora Permanente Re-

presentativa Junto as Nações UnidasDirceu Tondolo Nôro, Tenente Brigadeiro-do-arLuiz Philippe Vieira de Mello Filho, Ministro do Tribunal

Superior do TrabalhoAguinaldo Fenelon de Barros, Procurador-Geral de Justiça

do Estado de PernambucoLuiz Fernando de Souza, Vice-Governador do Estado do

Rio de JaneiroAntônio Carlos Cruvinel, Presidente do Tribunal Regional

Eleitoral de Minas GeraisAdriene Barbosa de Faria Andrade, Presidente do Tribunal

de Contas do Estado de Minas GeraisArno Hugo Augustin Filho, Secretário do Tesouro Nacio-

nalRenato Mosca de Souza, Chefe do Cerimonial da Presidên-

cia da RepúblicaCláudia Regina Guedes Maia, Desembargadora - Promo-

çãoHerbert José Almeida Carneiro, Desembargador - Promo-

çãoLuís Carlos Balbino Gambogi, Desembargador - Promo-

çãoMauro Flávio Ferreira Brandão, Procurador-Geral de Justi-

ça Adjunto AdministrativoDivino Pereira de Brito, Coronel PM – PromoçãoPaulo Gilberto Fernandes Tigre, Vice-Presidente da Confe-

deração Nacional da IndústriaAntônio Carlos da Silva, Presidente da Federação das In-

dústrias do Estado do AmazonasJosé Carlos Lyra de Andrade, Presidente da Federação das

Indústrias do Estado de Alagoas

Alexandre de Campos Lyra, EmpresárioAlexandre Faria Raposo, EmpresárioAlfons Gardemann, Empresário - PromoçãoEtelvino Teixeira Coelho, Oftalmologista - PromoçãoLuiz Carlos Abritta, Advogado - Promoção Hospital João

XXIIIMedalha de honra

Isaias Silvestre, Deputado FederalJosé Silva Soares, Deputado Federal - Secretário de Estado

de Trabalho e EmpregoMiguel Corrêa da Silva Júnior, Deputado FederalJosé Otávio Germano, Deputado Federal/RSEugênio Pacelli de Oliveira, Procurador Regional da Repú-

blica no Distrito FederalJanio Carlos Endo Macedo, Diretor de Governo do Banco

do BrasilTiago Nascimento de Lacerda, Secretário de Estado Extra-

ordinário da Copa do MundoFábio Caldeira de Castro Silva, Ouvidor Geral do Estado

de Minas GeraisAndré Victor dos Santos Barrence, Diretor-Presidente do

Escritório de Prioridades EstratégicasBruno Dantas Nascimento, Conselheiro do Conselho Na-

cional de JustiçaCarlos Henrique Alves da Silva, Deputado EstadualFabiano Galleti Tolentino, Deputado EstadualFrederico Borges da Costa, Deputado EstadualJoão Bosco, Deputado EstadualNeilando Alves Pimenta, Deputado EstadualPaulo Roberto Lamac Júnior, Deputado EstadualWilson Roberto Batista, Deputado EstadualAntônio Álvares da Silva, Desembargador Federal do Tra-

balhoBelizário Antônio de Lacerda, Desembargador - PromoçãoEdilson Olímpio Fernandes, DesembargadorGeraldo Augusto de Almeida, Desembargador - PromoçãoManuel Bravo Saramago, DesembargadorMarco Antônio Viana Leite, Assessor Especial do Ministé-

rio do Desenvolvimento AgrárioHaroldo de Macedo Ribeiro, Assessor Econômico do Mi-

nistro das Relações ExterioresOtaviano Amantéa de Souza Campos, Superintendente Es-

tadual do Banco do BrasilRobério Oliveira Silva, Diretor Executivo da Organização

Internacional do CaféMarcelo Novelino Camargo, Procurador FederalAlmir Alves Moreira, Procurador de JustiçaAlexandre José Santos, Coronel EBEduardo Paiva Maurmann, Coronel EBFrederico José Diniz, Coronel EBMarco Antônio de Souza, Coronel EBSérgio Augusto Veloso Brasil, Coronel PMAna Claudia Oliveira Perry, Delegado Geral de PolíciaValmir de Paula Ramos, Delegado Geral de PolíciaJeferson Botelho Pereira, Delegado Geral de PolíciaMarcello Tadeu de Souza Brito, Coronel BMJomara Alves da Silva, Presidente do Instituto de Previdên-

cia dos Servidores do Estado de MGIrene de Melo Pinheiro, Presidente da Fundação Helena

Antipoff

Minas Gerais - on line - 12.04.2013

01

Page 3: 13 e 14 Abril 2013

Wagner Furtado Veloso, Presidente Executivo Fundação Dom Cabral

Marcos Melo Frade, Superintendente da Área de Governo em Minas Gerais do Banco do Brasil

Roberto Luciano Fortes Fagundes, Presidente da Associa-ção Comercial de Minas Gerais

Wander Luis Silva, Presidente da Associação Comercial de Minas Gerais

José César da Costa, Presidente Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais

Marcos Paulo de Souza Miranda, Promotor de Justiça - Pro-moção

Luiz Fernando Rolla, Engenheiro ElétricoBen-Hur Silva de Albergaria, Bacharel em DireitoFabiano Villas Bôas, Tenente Coronel PM - PromoçãoCarlos Géo Quick, Administrador de EmpresasClaudio Melo Filho, Administrador de EmpresasHerr Puneet Singh Gill, Administrador de EmpresasLuiz Otávio Mourão, AdvogadoEurípedes Santos Zumpano, Arquiteto - PromoçãoKoremasa Anami, Conselheiro da Liga das Associações de

Empresários do JapãoChiaki Kobayashi, Representante da JICA no BrasilEster Sanches-Naek, EmpresáriaAntônio Carlos Vargas, EmpresárioAntônio Wagner da Cunha Henriques, EmpresárioJosé Ricardo Tostes Nunes Martins, EmpresárioRenato Moraes Salvador Silva, EmpresárioRicardo Vescovi de Aragão, EmpresárioVânia Lúcia Chaves Somavilla, Engenheiro CivilHumberto Ramos de Freitas, Engenheiro MetalurgicoLuiz Otávio Teixeira de Moura, Investigador de Polícia -

PromoçãoMaria Norma Salvador Ligório, MédicaVanderson Geraldo Rocha, MédicoNelson José Pinto Freire, Pianista - PromoçãoMiguel Allonso de Gouvêa Valle, ProfessorRocksane de Carvalho Norton, ProfessoraEduardo Mauro Velloso Araujo, Empresário - in memo-

riamMedalha da inConfidênCia

Cintia Lúcia de Lima, Diretora do Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco

Ricardo Domiciano Ferreira, Tenente Coronel InfantariaEdson Natal Flueti, Tenente Coronel IntendenteFrancisco Donizete da Silva, Tenente Coronel AviadorFernando Antonio Arantes, Tenente Coronel PMRomildo Scheffer, Tenente Coronel PMMaurício de Lima Ramos, Tenente Coronel BMDaniele Viana da Silva, Juíza de DireitoLailson Braga Baeta Neves, Juiz de DireitoDilma Jane Couto Carneiro Santos, Promotora de JustiçaÉlida de Freitas Rezende, Promotora de JustiçaDiogo Cabral Giordano Garios, Promotor de JustiçaRaquel Starling de Andrade, Chefe de Gabinete da Secreta-

ria de Defesa SocialBruno Fraga Soares, Tenista

Marcelo Pinheiro Davi de Melo, TenistaWinder Rodrigues Pinheiro, Major PMWellington Cardoso Brandão, PadreWanderson Garcia Costa Neves, Capitão da PMFabio Alves Dias, Capitão BMAntonio Carlos Braga, Administrador de EmpresasThelma Maria Ferreira Menezes Aguiar, AdvogadaAntônio Ayres , AdvogadoAntônio Pedro Nolasco, AdvogadoMário Criscuolo Parreiras, AdvogadoSilvério de Lima Géo Neto, AdvogadoGracinda Bayão Toffolo, EmpresáriaJosé das Graças Lamounier, EmpresárioSebastião da Silva Andrade, EmpresárioMarcelo Perrupato e Silva, Engenheiro CivilRubensmidt Ramos Riani, Engenheiro CivilMaria da Gloria Vargas Ramos, EscritoraVânia Beatriz Caires, JornalistaTânia Maria Marcial, MédicaAntônio Luiz Pinho Ribeiro, MédicoCarlos Roberto dos Anjos Câmara, MédicoAndré Luiz Coelho Merlo, Engenheiro MecânicoAlonso Lamy de Miranda Filho, ProfessorClodoaldo Coutinho Piragibe Fonseca, ProfessorGláucio Lima Linhares, ProfessorKenedy Antônio de Freitas, ProfessorMarcus Vinicius Gonçalves da Cruz, ProfessorMiracy Barbosa de Sousa Gustin, ProfessoraReynaldo Maia Muniz, ProfessorTarcísio José de Almeida, ProfessorHercílio Martelli Júnior, ProfessorElinor de Oliveira Carvalho, ProfessoraRosina Rabelo Nuzzi Ribeiro, ProfessoraOlavo Morato de Andrade, PsicólogoGervásio Barbosa Horta, Técnico em AdministraçãoJosé Augusto Arruda, 1º Tenente EBCynthia Carolina França Lanza Santos, 1º TenenteDayse Lúcia Mascarenhas Gomes, Perito CriminalAriomar Souza de Jesus, 1º Sargento BMMarcelo José Gomes Bicalho, 2º Sargento PMMoisés Dias de Paula, 3º Sargento BMCapitulo Confidentes de Vila RicaColégio Santa MariaOrdem dos Cavaleiros da Inconfidência Mineirano uso de suas atribuições e nos termos da Lei nº. 882, de 28

de julho de 1952 e do Decreto nº. 38.690/97, de 10 de março de 1997, resolve conceder a Medalha da Inconfidência, Ex Officio, às seguintes personalidades

Grande MedalhaCarlos André Mariani Bittencourt, Procurador-Geral de

Justiça do Estado de Minas GeraisVicente Gonçalves de Magalhães, General de DivisãoAntônio Carlos Alves Coutinho, Brigadeiro-do-ArCylton Brandão da Matta, Delegado-Geral

02

Page 4: 13 e 14 Abril 2013

Carta Capital - sp - p. 36 e 27 - 17.04.2013

03

Page 5: 13 e 14 Abril 2013

Carta Capital - sp - p. 36 e 27 - 17.04.2013

04

Page 6: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 05 - 14.04.2013

05

Page 7: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 05 - 14.04.2013

06

Page 8: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 05 - 14.04.2013

07

Page 9: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 07 - 14.04.2013

08

Page 10: 13 e 14 Abril 2013

estado de Minas - MG - p. 02 - 13.04.2013

hoJe eM dia - MG - p. 22 - 14.04.2013

09

Page 11: 13 e 14 Abril 2013

Carta Capital - sp - p. 14 - 17.04.2013

10

Page 12: 13 e 14 Abril 2013

o GloBo - rJ - p. 13 - 13.04.2013

11

Page 13: 13 e 14 Abril 2013

Cont... o GloBo - rJ - p. 13 - 13.04.2013

12

Page 14: 13 e 14 Abril 2013

Ayres Britto diverge de Barbosa e apoia criação de quatro TRFsEx-presidente do STF fiz que “há carência” e que é preciso mais celeridade

o GloBo - rJ - p. 04 - 13.04.2013

Senador diz que PEC pode não ser promulgada

13

Page 15: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 22 - 14.04.2013

14

Page 16: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 03 - 13.04.2013

15

Page 17: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 03 - 13.04.2013

16

Page 18: 13 e 14 Abril 2013

folha de sp - sp - p. C1 - 13.04.2013

17

Page 19: 13 e 14 Abril 2013

Cont... folha de sp - sp - p. C1 - 13.04.2013

18

Page 20: 13 e 14 Abril 2013

aqui - Bh - on line - 14.04.2013

19

Page 21: 13 e 14 Abril 2013

Cont... aqui - Bh - on line - 14.04.2013

20

Page 22: 13 e 14 Abril 2013

Cont... aqui - Bh - on line - 14.04.2013

21

Page 23: 13 e 14 Abril 2013

Cont... aqui - Bh - on line - 14.04.2013

22

Page 24: 13 e 14 Abril 2013

Cont... aqui - Bh - on line - 14.04.2013

23

Page 25: 13 e 14 Abril 2013

estado de Minas - MG - p. 08 - 14.04.2013

24

Page 26: 13 e 14 Abril 2013

Cont... estado de Minas - MG - p. 08 - 14.04.2013

25

Page 27: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 26 - 14.04.2013

26

Page 28: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 26 - 14.04.2013

27

Page 29: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 26 - 14.04.2013

28

Page 30: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 16 - 14.04.2013

29

Page 31: 13 e 14 Abril 2013

SIMA capital paulista hoje é reflexo do que acontece na maioria das

cidades do país: o medo tomou conta da população. Em pesquisa divul-gada pela Rede Nossa São Paulo em janeiro deste ano, a insegurança foi citada por 91% da população como a principal preocupação.

Conheço o problema da violência de perto. Em 2003, perdi uma filha de 16 anos, cruelmente assassinada por um menor com a mesma idade que a dela. O número de crimes cometidos por adolescentes vem crescendo ano a ano. Muito se fala sobre o assunto, mas nada de con-creto foi feito.O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, mostrou indignação com novos casos como a série de assaltos realizada pela gangue de Heliópolis formada por crianças de 9 a 14 anos e o assassinato do jovem Victor Hugo Deppman, no Belenzinho, cometido por um menor reincidente de então 17 anos, 11 meses e 27 dias.

Alckmin anunciou que encaminhará ao Congresso Nacional um projeto de lei que torna o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) mais duro em relação a adolescentes envolvidos em casos de violência grave e reincidência.Não defendo a redução da maioridade penal. De-fendê-la aos 16 anos é caminhar na contramão da maioria das nações. Analisando a legislação penal de 57 países, a pesquisa “Crime Trends”, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), constatou que apenas 17% adotam idade menor a 18 anos como definição legal de adulto.

A Alemanha, que tinha baixado a idade penal, fez retornar a maio-ridade para 18 anos e criou uma sistemática diferenciada para o tra-tamento de infratores entre 18 e 21 anos. O Japão, ao se surpreender com um súbito aumento de criminalidade entre seus jovens, ampliou a maioridade penal para 20 anos, por entender que é com educação que se previne a violência.Há dez anos, desde o assassinato da Liana, venho defendendo que os jovens devem ser responsabilizados e pu-nidos por seus atos. Hoje, segundo estudos psicológicos e discussões comportamentais das quais fiz parte, a conclusão é que crianças de 12 anos são perfeitamente conscientes de suas atitudes e consequências. A lei existe para ser cumprida, e os infratores a partir dessa idade --considerada a mínima passível de internação, segundo o ECA-- devem ser encaminhados à Fundação Casa.Deveriam ser oferecidas medidas socioeducativas e acompanhamento psicológico, de forma a recuperar o menor. Isso não acontece hoje, e frequentemente os jovens se tornam reincidentes.A responsabilização após a prática de um crime deve co-meçar pelo exame do jovem por uma junta psiquiátrica. Ela avaliará se ele tem consciência do ato praticado. Se tiver, o juiz, por meio de uma alteração legal e não constitucional, deve ter a possibilidade de eman-cipar esse menor para que ele seja julgado, iniciando o cumprimento da pena numa unidade prisional da Fundação Casa. Assim que completar a maioridade, deverá passar para o sistema prisional comum.

Não vejo o ECA de forma negativa. Ele veio colocar a criança e o adolescente como preocupação central da sociedade. Orientou a criação de políticas públicas em todas as esferas de governo. E estabeleceu o fim da aplicação de punições para adolescentes, tratados com medidas de proteção em caso de desvio de conduta.Mas isso foi há 23 anos. Está na hora de uma revisão para atualizar alguns pontos, especialmente no que diz respeito aos crimes graves.Quanto antes esses adolescentes e crianças entenderem que seus atos são intoleráveis, mais rápido eles poderão deixar o caminho do crime e se reintegrar à sociedade.

ARI FRIEDENBACH, 52, advogado, é vereador pelo PPS de São Paulo Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. [email protected].

Uma resposta adequadaA trágica morte de um jovem nesta semana deu ensejo a inúme-

ras manifestações pelo endurecimento da lei em relação a adolescentes infratores. É compreensível a revolta com a violência e correta a exi-gência para que autoridades fixem diretrizes de política criminal ade-quadas para impedir ocorrências similares.No entato, não parece que a proposta em discussão seja a mais adequada para a redução da crimina-lidade. Em primeiro lugar, porque não existem dados que mostrem ser a aplicação da “pena de adultos” útil para reduzir o número de jovens infratores.

Estatísticas do Ministério da Justiça revelam que são cerca de 140 mil os presos de 18 a 24 anos, sendo esta a faixa de idade com maior representação nos presídios brasileiros. Ou seja, a aplicação do direito penal normal não impediu ações violentas por parte desses jovens. Ao contrário, os dados demonstram que a prática de crimes é maior nesta faixa do que entre aqueles que contam com 16 a 18 anos.

Por outro lado, devemos deixar de lado o mito de que as medi-das para adolescentes são brandas. Para eles, a lei prevê privação de liberdade por até três anos nos casos mais graves, sem os benefícios da progressão automática de regime existentes para os adultos.

Pode-se achar pouco, mas vale lembrar que, em regra, adultos cumprem três anos de completa segregação somente em casos de con-denações à pena igual ou superior a 18 anos.

Em suma, há situações em que as medidas aplicadas aos jovens são até mais duras do que a pena destinada aos maiores de idade. En-tão, por que não unificar as medidas para adultos e menores infratores, ainda mais diante da constatação de que adolescentes têm plena cons-ciência do significado de seus atos?A resposta não parece complexa.É incontestável que jovens de 16 a 18 anos têm capacidade de reconhecer a gravidade de um homicídio ou de um roubo. Mas a questão aqui não é saber se tal capacidade existe ou não, mas identificar qual é a resposta mais adequada que o Estado deve dar aos menores praticantes desses atos.Será a política mais racional reunir tais adolescentes com os adul-tos condenados nas mesmas penitenciárias? Será realmente a solução para o fim da criminalidade desses garotos submetê-los ao mesmo siste-ma fracassado construído para “ressocializar” os maiores de idade, que apresenta índices de reincidência de 70%?

Ou será mais consistente uma reforma séria nas medidas socioe-ducativas, garantindo-se que o adolescente sofra uma reprimenda pelo ato, mas também que receba uma atenção voltada à sua formação, com cursos de capacitação e uma política de ressocialização específica para alguém em desenvolvimento?Evidente que o adolescente infrator deve sofrer consequências, e ninguém prega a complacência com seus atos. Mas a solução é organizar a resposta estatal de maneira eficiente, forta-lecendo sua capacidade de habilitar o infrator para a vida social, com a internação em unidades menores e próximas à família. Aumentar a dis-pendiosa e inútil vala comum do presídio para adultos somente jogará mais água no moinho da reincidência e, consequentemente, aumentará a violência a médio prazo.

Enfim, responsabilizar o sistema penal pelos trágicos aconteci-mentos recentes é politicamente fácil, mas não resolve o problema. Para usar expressão resgatada por Ruy Castro em coluna na Folha (on-tem), trata-se de uma falsa boa ideia, de aparência encantadora, mas de efeitos pífios, senão contraproducentes.

PIERPAOLO CRUZ BOTTINI, 36, é advogado e professor de direito penal da USP. Foi membro do Conselho de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça e secretário de Reforma do Judi-ciário do mesmo

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. [email protected].

folha de sp - sp - on line - 13.04.2013tendênCias/deBates - preciso endurecer a punição domenor infrator?

Até quando o ECA vai proteger os infratores?

30

Page 32: 13 e 14 Abril 2013

folha de sp - sp - p. 02 - 13.04.2013

31

Page 33: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 20 - 14.04.2013

32

Page 34: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 20 - 14.04.2013

33

Page 35: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 20 - 14.04.2013

34

Page 36: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - 1ª p. e p. 18 e 19 - 14.04.2013

35

Page 37: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 18 e 19 - 14.04.2013

36

Page 38: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 18 e 19 - 14.04.2013

37

Page 39: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 18 e 19 - 14.04.2013

38

Page 40: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 18 e 19 - 14.04.2013

39

Page 41: 13 e 14 Abril 2013

o teMpo - MG - p. 25 - 13.04.2013

40

Page 42: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 27 - 14.04.2013

41

Page 43: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 27 - 14.04.2013

42

Page 44: 13 e 14 Abril 2013

Eduardo AzeredoEngenheiro mecânico, analista de sis-

temas, deputado federal pelo PSDB de Minas, foi senador, governador de Minas Gerais e prefeito de Belo Horizonte

Entrou em vigor em 2 de abril a legis-lação que pune os cibercriminosos e que busca trazer segurança aos usuários da in-ternet e dos meios de comunicação digitais. Depois de mais de uma década de discus-sões e inúmeros episódios de ataques em ambiente virtual, finalmente temos uma le-gislação que não é ainda a ideal. Mas a que foi possível em meio a tantos impasses e entendimentos equivocados. Agora, as ví-timas de delitos digitais já podem procurar a delegacia especializada em cidades onde ela existir, ou a delegacia comum em ou-tros municípios.

A nova legislação, chamada por alguns de Carolina Dieckmann, na verdade são duas leis distintas: a 84/99 e a 2.793/11, am-bas com o mesmo objetivo e complementa-res. O PL 84/99, que recebeu o nome de Lei Azeredo, por ter sido de minha relatoria no Senado e na Câmara, ficou em tramitação por 13 anos. Ele modifica o Código Penal para tornar crime a clonagem de cartões de crédito ou débito, equiparando esse delito à falsificação de documentos particulares; além de determinar que órgãos da polícia judiciária criem delegacias especializadas. Há ainda uma modificação na Lei Afonso Arinos para estipular que conteúdos racis-tas ou discriminatórios sejam retirados do ar imediatamente.

Inicialmente apresentado pelo ex-de-putado federal Luiz Piauhylino e alvo de muitas polêmicas infundadas, o PL 84/99 passou por intensos debates. Em novembro do ano passado – em meio ao episódio da divulgação na internet de fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann – foi feito um acordo com o governo que permitiu sua aprovação. Esse mesmo acordo possibili-tou a aprovação do PL 2.793/11, de autoria

do deputado Paulo Teixeira, que também modifica o Código Penal para tornar cri-me a invasão de dispositivo informático alheio.

Essa foi a legislação possível de ser aprovada no momento, mas que ainda se mostra insuficiente. Uma de suas lacunas é a ausência do crime de phishing, que esta-va contemplado no PL 84/99 original e que não constou na nova redação. O phishing consiste no envio de mensagem eletrônica falsa disseminadora de vírus, que roubam dados confidenciais dos usuários. É a porta de entrada para inúmeros delitos no am-biente digital. Ainda neste semestre, irei apresentar um novo projeto de lei específi-co sobre essa questão.

Outro ponto retirado do PL 84/99 e que merece atenção é a guarda de logs por três anos. Ou seja, a determinação para que provedores guardem os dados de conexão e os repassem à autoridade competente me-diante requisição judicial. Ressaltando que essa determinação não determina a guarda de dados de navegação, apenas os de aces-so. O governo, ao retirar do PL 84/99, in-cluiu no Marco Civil da Internet a mesma guarda, porém, por um ano prorrogável.

Acordos de cooperação internacional também precisam ser firmados para que possamos assegurar um efetivo combate aos crimes digitais que não respeitam fron-teiras. É urgente a adesão do Brasil à Con-venção Internacional contra o Cibercrime (Convenção de Budapeste) para termos uma legislação mais eficaz.

Esses apontamentos não desmerecem a nova legislação, digna de ser comemorada. Chegar a ela foi um trabalho árduo, intenso e com custos políticos. Mas o importante é que agora temos mecanismos para punir aqueles que cometerem crimes eletrônicos. Temos leis que podem e precisam ser aper-feiçoadas, mas que já representam uma vitória para a segurança e o progresso do país.

estado de Minas - on line - 13.04.2013

Nova legislação de crimes digitais

43

Page 45: 13 e 14 Abril 2013

hoJe eM dia - MG - p. 23 - 14.04.2013

44

Page 46: 13 e 14 Abril 2013

Cont... hoJe eM dia - MG - p. 23 - 14.04.2013

45

Page 47: 13 e 14 Abril 2013

estado de Minas - MG - p. 27 - 14.04.2013

46

Page 48: 13 e 14 Abril 2013

Cont... estado de Minas - MG - p. 27 - 14.04.2013

47

Page 49: 13 e 14 Abril 2013

Cont... estado de Minas - MG - p. 27 - 14.04.2013

48

Page 50: 13 e 14 Abril 2013

Cont... estado de Minas - MG - p. 27 - 14.04.2013

49

Page 51: 13 e 14 Abril 2013

estado de Minas - MG - p. 14 - 14.04.2013

50

Page 52: 13 e 14 Abril 2013

o teMpo - MG - p. 23 e 24 - 13.04.2013

51

Page 53: 13 e 14 Abril 2013

Cont.... o teMpo - MG - p. 23 e 24 - 13.04.2013

52

Page 54: 13 e 14 Abril 2013

Cont.... o teMpo - MG - p. 23 e 24 - 13.04.2013

53

Page 55: 13 e 14 Abril 2013

Cont.... o teMpo - MG - p. 23 e 24 - 13.04.2013

54

Page 56: 13 e 14 Abril 2013

estado de Minas - MG - p. 02 - 13.04.2013

hoJe eM dia - MG - p. 18 - 13.04.2013

55