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IEFP - ISG

Ficha Tcnica

Coleco Ttulo Suporte Didctico Coordenao e Reviso Pedaggica Coordenao e Reviso Tcnica

MANUAIS PARA APOIO FORMAO EM CINCIAS EMPRESARIAIS

Contabilidade Geral Guia do Formador IEFP Instituto do Emprego e Formao Profissional Departamento de Formao Profissional

ISG Instituto Superior de Gesto Ana Calado Pinto/ISG IEFP ISG ISG JERAMA Artes Grficas, Lda.Instituto do Emprego e Formao Profissional, Av. Jos Malhoa, 11 1099-018 Lisboa

Autor Capa Maquetagem Montagem Impresso e Acabamento Propriedade Edio Tiragem Depsito Legal ISBN

Portugal, Lisboa, Dezembro de 2004 100 exemplares 218233/04 972-732-926-8

Copyright, 2004 Todos os direitos reservados ao IEFP Nenhuma parte deste ttulo pode ser reproduzido ou transmitido, por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prvio, por escrito, do IEFP

Contabilidade Geral

Guia do Formador

NDICE GERAL

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ndice Geral1. Objectivos Globais do Guia ............................................................................................................................. 1 2. Pr-Requisitos ................................................................................................................................................. 2 3. Perfil do Formador........................................................................................................................................... 3 4. Campo de Aplicao do Guia.......................................................................................................................... 4 5. Plano de Desenvolvimento do Mdulo/das Unidades Temticas................................................................... 5 6. Orientaes Metodolgicas Recomendadas................................................................................................... 6 7. Recursos Didcticos........................................................................................................................................ 7 8. Bibliografia Recomendada .............................................................................................................................. 8

I. ESTUDO APROFUNDADO DAS CONTAS DO PLANO OFICIAL DE CONTAS ............ 91. Resumo .............................................................................................................................................. 11 2. Plano das Sesses............................................................................................................................. 38 3. Actividades/Avaliao ........................................................................................................................ 39 4. Transparncias................................................................................................................................... 75

II. ROTINA CONTABILSTICA MENSAL ......................................................................... 1011. Resumo ............................................................................................................................................ 103 2. Plano das Sesses........................................................................................................................... 104 3. Actividades/Avaliao ...................................................................................................................... 105 4. Transparncias................................................................................................................................. 110 5. Textos Complementares para o Formador ...................................................................................... 114

III. SISTEMAS DE ESCRITURAO ................................................................................ 1151. Resumo ............................................................................................................................................ 117 2. Plano das Sesses........................................................................................................................... 120 3. Actividades/Avaliao ...................................................................................................................... 121 4. Transparncias................................................................................................................................. 122 5. Textos Complementares para o Formador ...................................................................................... 124

FICHAS DE AVALIAO GLOBAL ................................................................................. 125 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................................... 131 GLOSSRIO ..................................................................................................................... 133

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I. APRESENTAO GLOBAL DO MDULO

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1. OBJECTIVOS GLOBAIS DO GUIA

O Guia do Formador de Contabilidade Geral I tem como objectivo servir de apoio aos formadores nas aulas e prepar-los para o tipo de formandos que vo encontrar em sala. Desta forma podem adaptare-se melhor s condies de trabalho e aos desafios que os esperam. Neste guia apresentam-se um conjunto de recursos e metodologias com o propsito de aproximar mais a figura do formador do formando. As matrias deste mdulo so vastas e dada a sua tecnicidade podero provocar alguma disperso em termos de mbito de abordagem. Atravs deste guia pretende-se apresentar algumas fronteiras da formao, face ao tipo de formandos, no deixando, contudo, de dar indicaes mais aprofundadas de temas possveis de abordar em caso de interesse particular de alguns formandos ansiosos de saber mais.

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2. PR-REQUISITOS

Os formandos, na sua grande maioria tm habilitaes escolares equivalentes ao 11 ano de escolaridade ou equivalente e sero candidatos ao primeiro emprego ou desempregados. Em termos de idade de esperar que se situem na faixa etria dos vinte anos e nunca menos de 17 anos. A formao insere-se num Curso de Tcnicas administrativas, Contabilstico-Financeiras e de Secretariado, logo, tero uma formao de base em: Organizao e Administrao de Empresas; Legislao Laboral; Legislao Comercial; Dactilografia; Documentao Comercial; Contabilidade Bsica; Tcnicas de arquivo e documentais; Gesto de recursos humanos; Matemtica aplicada; Noes de estatstica; Aplicaes informticas; Escritrio electrnico.

A esta formao de base segue-se uma formao de natureza mais especfica em Contabilidade Geral II, Contabilidade Analtica, Clculo Comercial e Financeiro, Legislao fiscal, Anlise financeira e Gesto Oramental, Aprovisionamento e Gesto de stocks, etc. Para poderem acompanhar de forma adequada esta formao tero que ter frequentado o curso de Contabilidade Bsica, Legislao Comercial e Documentao Comercial.

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3. PERFIL DO FORMADOR

O formador ter que ser licenciado em Gesto ou Economia ou possuir o Bacharelato de Contabilidade. fundamental que tenha frequentado com boa mdia a disciplinas de Contabilidade Geral ou Financeira, Contabilidade Analtica ou de Gesto e Fiscalidade. factor preferencial que esteja inscrito na Associao de Tcnicos Oficiais de Contas e exera a actividade de Tcnico Oficial de Contas em mais de duas empresas ou ento que tenha experincia como responsvel de Contabilidade de cerca de 3 a 5 anos. O formador dever possuir certificado de aptido profissional emitido pelo IEFP, garantindo-se desta forma o domnio de competncias pedaggicas para exercer a actividade de formao.

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4. CAMPO DE APLICAO DO GUIA

O objectivo deste Manual de Contabilidade Geral preparar os formandos para se tornarem Tcnicos de contabilidade. Aps a aco de formao em Contabilidade Geral tero que ser capazes de: Desenvolver trabalho contabilstico numa empresa em conformidade com o POC; Contabilizar as operaes de uma empresa; Classificar documentos para arquivo.

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5. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO MDULO/DAS UNIDADES TEMTICAS

Unidade Temtica

Objectivos

Durao

Sugestes de actividades

Recursos PedaggicoDidcticos Acetatos

1. Estudo Aprofundado

das Contas do Plano

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Oficial de

Contabilidade

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Listar as vantagens da normalizao contabilstica; Aplicar as diversas contas e subcontas do POC na classificao dos documentos contabilsticos; ustificar a utilizao de contas em conjugao com os ciclos contabilsticos da empresa; Identificar os movimentos habituais de cada classe por contas.

Trabalhos de grupo Exerccios Criao de exemplos prticos

2. Rotina Contabilstica

Mensal

Exerccios Aplicao dos exerccios

Acetatos Folhas de clculo

Registar as operaes contabilsticas que constituem a rotina diria e a rotina mensal de uma mdia empresa; dentificar as tarefas mensais necessrias ao lanamento integral de todas as variaes patrimoniais; Enumerar as formas de auto-controlo e verificao independente dos lanamentos efectuados; Listar os procedimentos e relacionamentos dos livros e documentos. 14

3. Sistemas de

Escriturao

Distinguir e identificar os diversos sistemas de escriturao; Indicar as vantagens e desvantagens de cada um deles; Identificar formas de garantir uma Contabilidade apropriada.

Aplicao dos exerccios a programas de contabilidae

Acetatos Programa de Contabilidade

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6. ORIENTAES METODOLGICAS RECOMENDADAS

Em cada submdulo e do lado esquerdo de cada pgina apresentam-se sugestes de mtodos de apresentao. As sugestes so da mais variada natureza dependendo de cada situao e seguiro a seguinte filosofia: Mtodos expositivos: na sua maior parte seguem esta orientao uma vez que as matrias so bastante tcnicas e tm que ser bem explicadas e fundamentadas; Mtodos demonstrativos: atravs de exemplos prximo da realidade no final de cada exposio de tema; Mtodos de treino: os exerccios so sua maioria no final de um submdulo, no entanto, do-se sugestes no sentido de antecipao de alguns exerccios caso a matria o justifique; Mtodos de treino com simulao de tarefas: redescoberta de exerccios num contexto empresarial atravs de formas de aplicar os conhecimentos utilizando folhas de clculo ou programas especializados.

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I. APRESENTAO GLOBAL DO MDULO

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7. RECURSOS DIDCTICOS

Aconselha-se o recurso a um programa de contabilidade em que os formandos faam como trabalho a reelaborao de um exerccio e verifiquem os resultados. Acresce ainda, o uso de mquina de calcular e de um Plano Oficial de Contabilidade.

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8. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

BORGES, Antnio e FERR0, Martins, A Contabilidade e a Prestao de Contas, 6 edio, Lisboa, Rei dos Livros, 1997. BORGES, Antnio, RODRIGUES, Azevedo e RODRIGUES, Rogrio, Elementos de Contabilidade Geral, 15 edio, Lisboa, Rei dos Livros, 1997. COSTA, Carlos Baptista da e ALVES, Gabriel Correia, Contabilidade Financeira, 2 edio, Lisboa, Vislis, 1997. COSTA, Maria Fernanda Assis, Contabilidade, Lisboa, Pltano, 1987. PINTO, Miguel Silva, LOPES, Maria Conceio, MENEIROS, Jos M., Impostos sobre o Rendimento Legislao Cdigo do IRS, IRC, Estatuto dos Benefcios Fiscais, Lisboa, Vislis, 1998. KELL, Walter G. e BOYTON, William C., Modern Auditing, 5th edition, New York, John Wiley & Sons, 1992. MUCKIAN, Michael, The Complete Idiots Guide to Finance and Accounting, New York, Alpha Books, 1998. NEVES, Jlio Henriques e JORDO, Jorge M. Vieira, Breve Introduo Moderna Estratgia Empresarial, Lisboa, Corsino & Neto, 1989. Plano Oficial de Contabilidade, Lisboa, Vislis, 1997. PEREIRA, Joo Manuel Esteves, Curso de Contabilidade, Tomo II, Lisboa, Pltano Editora, 1988. PEREZ, Bernarde Escobar e MOLINA, Guillermo J.Sierra, La informacin para la gestin empresarial, Partida Doble, n 67, p.47, 1996.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DAS CONTAS DO PLANO OFICIAL DE CONTABILIDADE

CONTABILIDADE GERAL

I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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1. RESUMO A escolha das contas a aplicar para cada situao est intrinsecamente ligada actividade da empresa. O que para uma empresa pode significar investimento, para outra no passa de uma actividade operacional (exemplo sociedade corretora). Acima de tudo necessrio um aprofundado conhecimento do contedo e mbito das contas e uma grande sensibilidade no estudo dos factos patrimoniais para os separar em operacionais, investimento, financiamento ou meras transferncias entre contas. Aps ter terminado esta unidade temtica do Estudo Aprofundado das contas do plano oficial de contabilidade dever reler os objectivos expostos no incio de cada estudo de classe de contas e apurar se est apto a cumprir com o exposto. A parte terica inclui a resoluo de exemplos em sala como forma de ilustrar os temas abordados. As opes tomadas na resoluo dos exerccios vo sendo explicadas ao longo deste itinerrio formativo. A parte prtica deve ser feita atravs de exerccios propostos no guia do formador e o formador deve deixar que os formandos fiquem entregues a si mesmos na elaborao dos exerccios, dando apoios pontuais, em sala. Se se considerar que no se consegue resolver os exerccios todos que esto apresentados, ao invs de dar as solues, deve-se comear a dar os exerccios como trabalho para casa e a resolv-los no incio de cada sesso. Desta forma o formando vai estar sempre atento e participativo. De contrrio, deixaria de fazer os exerccios pensando que mais tarde ou mais cedo as solues iriam ser entregues. Este mdulo muito vasto e compreende matrias diversas. O objectivo conseguir cativar o formando para as contas e a forma como elas se interligam no plano. Aconselha-se a colocar o formando sempre numa posio geral em relao a este mdulo para no perder a noo do todo. No se pretende que no fim do mdulo o formando saiba as contas de cor, pelo contrrio, essa prtica dever ser desencorajada. Pretende-se que se apercebam que de uma forma geral as contas reflectem a situao e posio financeira de uma empresa e o resultado das suas actividades durante determinado perodo econmico. Este mdulo tem trs partes principais: Plano de Contas da Empresa: revm-se conceitos ligados normalizao contabilstica abordados no Guia de Contabilidade Bsica e explica-se de que forma que o plano de contas transparece as transaes da empresa; Contas de Balano; Contas de Resultados.

Os dois ltimos temas esto divididos desta forma para facilitar a exposio das matrias e o aprofundamento do conhecimento de cada uma das classes de contas do Plano Oficial de contas (POC). Deve-se explicar aos formandos que isto no significa que tenham um carcter estanque, isto , deve frisar-se que as classes movimentam-se umas com as outras. No se pode falar de clientes (Classe 2 conta de balano) sem falar das vendas ou prestao de servios (classe 7 conta da demonstrao de resultados).I 11

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

O que se deve salientar a diferena entre os dois tipos de contas, relembrando conceitos adquiridos na Contabilidade Bsica. importante lembrar a informao que resulta do Balano e a informao que resulta da Demonstrao de resultados. O balano reflecte a situao partrimonial esttica da empresa, funciona como uma fotografia a determinada data, mostrando bens, direitos e obrigaes. A Demonstrao de resultados mostra o aumento ou diminuio do patrimnio e as causas dessa variao patrimonial.

Plano de Contas da Empresa Os formandos j esto familiarizados com os conceitos introduzidos pelo plano de contas e normalizao contabilstica de Contabilidade Bsica, no se devendo dedicar muito tempo a esta parte. Construir um esquema no quadro que mostre em que patamar surge o POC na empresa: Transaes-Documentos- CONTABILIDADE (em que se inclui anlise, classificao e registo Mapas finais. A classificao e o registo seguem as mesmas regras ditadas pelo POC. Utiliza-se a mesma lista de contas e as mesmas regras de valorizao do patrimnio: princpios contabilsticos e critrios de valorimetria. Ao referir a 4 Directiva deve-se explicar que esta no lei mas obriga criao de leis no pas a que se dirige. No nosso caso fez com que se aprovasse o novo POC pelo Decreto-Lei 41/89, de 21 de Novembro. Se a sala mostrar interesse poder-se- explicar que no foi s a 4 Directiva que alterou o POC de 77 mas tambm a 7 Directiva sobre Consolidao de Contas. No existe nenhum tema que trate em particular os princpios contabilsticos ou os critrios de valorimetria. Assim, o formador poder explicar que a contabilidade assenta em pilares fundamentais que so os princpios contabilsticos geralmente aceites, dos quais constam os indicados no POC: Continuidade: a empresa vai continuar; Materialidade: tudo o que importante no ficou esquecido; Consistncia: no se mudam as contas de um ano para o outro; Especializao: variaes patrimoniais positivas ou negativas so contabilizadas no perodo a que respeitam; Prudncia: atender ao valor de mercado se potencialmente mais baixo; Custo histrico: contabilizar pelo preo que nos custou a adquirir ou a produzir; Sustncia sobre a forma: no so s as leis e regras que interessam, a realidade tambm importante. Aconselha-se uma explicao muito breve de cada um deles sugerindo-se as acima indicadas.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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Fluxos monetrios Os conceitos de fluxo econmico, financeiro e monetrio so de difcil apreenso, neste sentido aconselha-se a sua exposio acompanhada de exemplos de carcter prtico. Por exemplo, a situao de um emprstimo para habitao e a aquisio de casa prpria. Pede-se um emprstimo ao banco recebe-se dinheiro (operao monetria - recebimento) e ganha-se uma dvida pelo dinheiro recebido (operao financeira constituio de dvida a pagar); Com esse dinheiro compra-se uma casa entrega-se dinheiro (operao monetria pagamento) em troca da casa, um bem; O banco exige a devoluo do dinheiro e cobra juros entrega-se dinheiro (operao monetria pagamento) pela totalidade, uma parte abate dvida (operao financeira diminuio de dvida a pagar) e a outra s diminui o nosso patrimnio, pois no tem contrapartida (operao econmica custo) possvel que algum pergunte onde se vai arranjar dinheiro para pagar o emprstimo, ou o prprio formador pode colocar essa questo. A pode-se falar do ordenado como contraprestao do trabalho. Entra dinheiro (operao monetria recebimento) relativo a ordenado que s aumenta o patrimnio, isto , no ficamos a dever nada por isto (operao econmica proveito). Estes exemplos de carcter prtico tm como objectivo uma maior aderncia aos conceitos e no pretendem defender uma contabilidade POC para os patrimnios individuais das pessoas. Isto tambm dever ficar esclarecido.

Transaces contabilsticas Relativamente s transaes cotabilsticas aconselha-se que se adopte uma simulao de cada uma delas. Por exemplo, como se faz uma venda: 1. O cliente contacta a empresa e faz o seu pedido; 2. A empresa indica se tem stocks, se tiver entrega de imediato, seno pede ao cliente para voltar mais tarde ou aceita a sua encomenda; 3. O cliente pergunta se pode ficar a dever ou se tem que pagar na totalidade; 4. A empresa analisa a histria do crdito do cliente, se for antigo; 5. Aceita o crdito e o cliente vai embora; 6. Mais tarde manda o cheque ou vai pagar a dinheiro, paga por transferncia ou no paga.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

O importante que os formandos compreendam que o objectivo do plano de contas reflectir cada uma das transaes. O exerccio a seguir deve ser no sentido de, para cada uma das transaes, descobrir as contas no Plano de Contas que a reflectem. Pegando no caso das vendas, mais uma vez (no se considera para j o IVA): Venda conta 711 Devoluo da venda conta 717 Desconto no bem vendido conta 718 Cobrana da venda conta 11 ou 12 D-se crdito ao cliente conta 211 O cliente no paga e nunca mais ouvimos falar dele conta 692

No nos devemos esquecer que os formandos j ouviram falar das contas de forma genrica no Guia da Contabilidade Bsica, sendo assim, este tipo de exerccio muito til para terem uma viso geral do plano de contas. Contas de balano A forma de expr este tema e os seus subtemas as classes de contas segue a seguinte metodologia: Apresentao das classes acompanhando a exposio com os acetatos sugeridos, recorrendo ao quadro para apresentar ou mostrar noes mais difceis e exemplos concretos. Neste guia do-se algumas sugestes de exemplos e de actividades que podem ser aplicveis; Apresentao dos lanamentos entre contas pela utilizao de Ts ou em dirio no quadro. De preferncia, se o guia apresenta apenas com Ts, deve-se fazer a movimentao tambm em dirios e vice-versa; Recorrer ao POC- Lista de contas vrias vezes para a apresentao das classes e contas para que os formandos ganhem o hbito na sua consulta; Ao apresentar formas de valorizao ou prticas que tenham por base directa princpios contabilsticos ou critrios de valorimetria recorrer sempre ao POC (mesmo objectivo assinalado em cima); O Guia do formando tem dois tipos de exemplos: ao longo da exposio para facilitar a leitura e as paragens de matria. Estes ltimos tm como objectivo reavaliar os conhecimentos adquiridos pelos prprios formandos, servindo de alerta para possveis dvidas. Aconselha-se que sejam sempre resolvidos em sala e no apenas expostos oralmente.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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Critrio de ordenao A apresentao do quadro deve ser acompanhada do Balano Analtico do POC, como forma de ilustrar o que se quer dizer. A maior dificuldade dos formandos ser com os conceitos de liquidez e exigibilidade. A liquidez traduz-se na maior proximidade ao dinheiro e a exigibilidade na proximidade de pagamento prazos. Aproveitando a leitura do POC Balano analtico, ilustrar como as Imobilizaes mquinas e edifcios - so mais difceis de vender do que bilhetes do Tesouro e que o pagamento de IRS a dia 20 de cada ms em Dvidas de curto prazo - Estado e outros entes pblicos est mais perto de ser pago do que um emprstimo daqui a dois anos em Dvidas de mdio e longo prazo Dvidas a instituies financeiras. Deste modo apresentam-se todas as classes e algumas contas e os formandos podem ver uma das consequncias da Contabilidade o Balano.

Classe 1 - Disponibilidades Explicar que os fluxos de caixa integram parte das Disponibilidades classe 1, caixa, depsitos e ttulos a menos de 6 meses, pois considera-se que so quase dinheiro. Os fluxos de caixa advm das transaes explicadas anteriormente: operacionais, investimento e financiamento. Sendo assim, aconselha-se que se explique o que pode constituir pagamentos e recebimentos por cada uma das transaes. Por exemplo, no investimento paga-se o imvel e as grandes reparaes e recebe-se quando se vende o imvel (isto desinvestimento). Se o imvel estiver arrendado recebe-se as rendas. Na explicao da conta 11 Caixa faz-se referncia moeda estrangeira. A sua forma de valorizao recorre a um critrio de valorimetria do POC. Pode-se aproveitar a explicao para mostrar como se converte em EUROS os PTEs dos ordenados, das compras do supermercado, etc.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

Para ilustrar em que medida que a conta 119 pode ser utilizada pode-se apresentar um esquema do tipo: 1 Armazm: 80 Km -Norte

SEDE

2 Armazm 120 Km -Sul

Mostrando que para se conhecer quanto gasta cada um dos armazns e donde vm as suas despesas necessrio ter caixas para cada um deles. Estando to longe, a sada de caixa na tarde de 5 feira da sede pode s dar entrada na manh de 6 feira. H um espao de tempo entre a sada e a entrada de caixa.

Folha de caixa Explicar cada uma das colunas indicando que no um documento obrigatrio, da que cada empresa tenha o seu prprio formato acomodado s suas necessidades. Surge aqui a primeira paragem aps a explicao da conta caixa. A maior dificuldade das pessoas que trabalham com a tesouraria de uma empresa compreender de que forma documentos tambm so dinheiro e quais os que no so. Se houver tempo, o formador poder aproveitar para explicar como funciona o sistema de fundo fixo: 1. Existe um cheque inicial no valor do fundo fixo em nome do tesoureiro; 2. Vo-se fazendo despesas expressas por documentos: a soma do dinheiro com os documentos d sempre o valor do fundo fixo; 3. Todos os recebimentos so de imediato depositados e nunca entram no dinheiro de caixa (fundo fixo); 4. O valor em dinheiro diminuto, o tesoureiro pede outro cheque no valor dos documentos pagos: o dinheiro que j tinha com o cheque soma o valor do fundo fixo; 5. Os documentos so entregues para serem contabilizados.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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Pode-se dar como exemplo da necessidade de desagregao das contas uma empresa com vrios departamentos espalhados na cidade de Lisboa. Cada departamento tem um balco do seu banco prximo e prefere lidar com esse gerente de conta para resolver problemas. Assim podem haver, para alm de diferentes bancos, diferentes contas por banco. Cada conta tem o seu prprio extracto bancrio e para as controlar h que as diferenciar: 12 Depsitos ordem 121 Banco Borges e Tia 12101 Rua do Ouro n. 555858758 12102 Av. 5 de Outubro n. 2335117485

Tambm se deve referir a questo dos descobertos bancrios. Os descobertos bancrios no fecho de contas funcionam como emprstimos e devem ser tratados em conformidade.

Conciliao bancria As dificuldades na compreenso de como se faz uma conciliao bancria tm vrios aspectos: o formando no percebe porque que dbitos no extracto bancrio so os crditos na Contabilidade e vice-versa; nem sempre se aceita com facilidade que a contabilidade tenha um valor diferente do extracto bancrio; de difcil compreenso porque que se soma ou diminui o valor do extracto bancrio para dar o valor da contabilidade.

Por causa do acima exposto deve-se reforar que a contabilidade feita com base em documentos, por isso diminuies ou aumentos do extracto bancrio sem documento no podem ser contabilizados. Por outro lado, existe um espao de tempo entre a operao de pagamento por cheque ou depsito (imediatamente contabilizados) e a sua sada/entrada no banco. Exemplo: paga-se ao fornecedor no dia 28 de Janeiro com cheque (contabiliza-se e aparece na contabilidade de Janeiro), ele s deposita o cheque no dia 7 de Fevereiro, s sai da conta bancria no dia 9 ou 10 de Fevereiro (aparece no extracto bancrio de Fevereiro). Ao contrrio, deposita-se no dia 31 de Maro numerrio e valores depois das 16 horas (contabilizase e aparece na contabilidade de Maro), s tratado na Cmara de Compensao (para onde so enviados todos os cheques para tratamento e reconhecimento do saldos) no dia seguinte, 1 de Abril (aparece no extracto bancrio de Abril). Deve ser feita uma explicao de cada uma das operaes e das suas consequncias antes de resolver um exemplo.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

Ao explicar o que so ttulos negociveis poder ser til explicar em que contexto a empresa aplica o seu dinheiro que podia ficar guardado em depsitos. Na sua grande maioria, excepo das aces e de algumas obrigaes, os ttulos negociveis so formas alternativas de aplicar excedentes de tesouraria conseguindo um melhor rendimento do que em depsitos. Por outro lado, podem possibilitar mais-valias. Exemplo de contabilizao: Aquisio de bilhetes de tesouro, transferncia bancria 2.000 u.m. (inclui despesas do banco): Credita-se a 121Depsitos ordem- BPAr Debita-se a 1531Ttulos Negociveis Ttulos de dvida pblica Bilhetes do Tesouro Pelo valor de 2.000 u.m.

Mostrar que se contabilizou pelo custo de aquisio, chamar a ateno para o princpio do custo histrico e critrios de valorimetria das Existncias aplicveis aos ttulos. Associar o acto de subscrio ao de uma encomenda de existncias, se bem que uma encomenda no se contabilize. Usar o exemplo da pgina anterior com as operaes que se enunciam. Poder ser utilizado o valor de venda de 2.500 u.m. para a mais valia e de 1.500 u.m. para a menos valia. Os Ts so capazes de ser a forma de explicao mais adequada mas devem ser acompanhados de lanamento em dirio. Anteriormente, explicou-se que se aplicava excedentes de tesouraria em ttulos por motivos de maior rendimento ou para se vender mais caro (e usufruir de mais valias). Pode acontecer o contrrio, no fecho do exerccio, os ttulos podem valer menos do que o valor que se deu por eles. neste sentido que se aplica a conta 19. Mostrar a aplicao do princpio da prudncia do POC. Os terceiros que lidam com a empresa so os responsveis pela necessidade de apresentao de mapas finais derivados da Contabilidade. Em ltima anlise so eles os utentes da informao contabilstica e a razo pela qual existe um POC. Nunca demais reforar que terceiros esto includos nesta classe 2 e relembrar o tipo de transaes com cada um deles. Com os clientes as actividades so operacionais e as transaes incluem vendas, devolues, descontos, etc. Um bom exerccio de grupo que se sugere pr os formandos a pensar que tipos de operaes muito concretas se estabelecem com cada um dos terceiros. Isso vai auxiliar compreenso das operaes e exerccios. Associar as dvidas de curto prazo e de mdio e longo prazo com cada um dos terceiros e comparar com o Balano Analtico no POC. Em Clculo Financeiro os formandos tero aprendido as noes de margem sobre o preo de venda e margem sobre o preo de custo. Na explicao desta conta uma boa altura para relembrar essas noes e a forma como se aplicam a exemplo concretos na Contabilidade.I 18

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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Exemplo 1 - aplicao da margem sobre o custo: Existncias custam 1.000 u.m. Margem de 20% Preo de venda (Pv) = Preo de custo (Pc) + 0,2 x Pc Pv = 1.000 + 200 Pv = 1.200 Debita-se a 711 por 1.200 u.m. e credita-se a 211 pelo mesmo valor Exemplo 2 aplicao da margem sobre a venda Quer-se vender por 1.200 u.m. Margem de 20% Pv = 0,2 Pv + Pc 1.200 = 0,2 x 1.200 + Pc 1.200 240 = Pc Pc = 960 Debita-se a 711 por 1.200 u.m. e credita-se a 211 pelo mesmo valor Aplicar o exemplo a um desconto de 10%. Desconto 120 dvida passa para 1.080. Aplicar o exemplo anterior devoluo de 50% das vendas, no esquecendo de levar em linha de conta o desconto efectuado. Mostrar o exemplo da devoluo na hiptese de no ter havido desconto anteriormente e relevar atravs de um T a situao da conta 211. Hip. 1 Devoluo de 540 dvida passa para 540. Hip.2 Devoluo de 600 dvida passa para 600. Exemplo 3 Operaes: a) Compra a prazo de mercadorias no valor de 300 u.m. com um desconto comercial de 10% ao fornecedor SLC. Factura n. 56/n. b) Aceite n. 20/n ao fornecedor SLC pelo valor da factura n. 56/n. Letra n4/n.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

c) Devoluo por parte do BIR da letra n. 4/n por falta de pagamento, tendo sido cobrados custos de cobrana de 5 u.m. De imediato creditou-se a conta do fornecedor SLC por este valor. Nota de dbito AA56/n.

D

N a)

Descrio Factura n56/n. Fornecedor SLC Entrada das mercadorias Nota: 221.01 Fornecedor SLC

Dbito 311 321

Crdito 221.01 311

V 270 270

D

N b)

Descrio Letra n4/n.

Dbito 221.01

Crdito 222.01

V 270

D

N c)

Descrio Devoluo por parte do BIR da letra n. 4/n Anulao da letra por falta de pagamento

Dbito 222.01

Crdito 221.01

V 275

D

N

Descrio Nota de dbito AA56/n.

Dbito 658

Crdito 222.01

V 5

Exemplo 4 Operaes: a) Entrega da nota de encomenda ao fornecedor SLC acompanhada de um cheque no valor de 50 u.m. por conta de um fornecimento de mercadorias. Cheque 5566/BCR. b) Compra a prazo de mercadorias ao fornecedor SLC referente n/ nota de encomenda no valor de 400 u.m. Factura n57/n.

I 20

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D

N a)

Descrio Adiantamento. Cheque 5566/BCR. Nota: 229.01 Fornecedor SLC

Dbito 229.01

Crdito 121

V 50

O adiantamento em causa no tem preo previamente fixado por isso se utiliza a conta 229. Caso o preo fosse fixado, isto , houvesse uma indicao de que o adiantamento ia cobrir uma percentagem da facturao ou fosse efectivamente indicado o preo das mercadorias encomendadas, ento a conta a utilizar seria a conta 37 Adiantamentos por conta de compras.

D

N d)

Descrio Anulao do adiantamento Factura n57/n. Entrada das mercadorias de armazm

Dbito 221.01 311 321

Crdito 229.01 221.01 311

V 50 400 400

Sempre que haja um adiantamento, deve-se contabilizar em primeiro lugar a anulao do adiantamento e s depois a factura. Em guias de natureza financeira foram dadas as formas de financiamento de uma empresa e os juros. No se pretende tratar desses assuntos neste guia, to somente ensinar a sua contabilizao. A contabilizao dos emprstimos obtidos no toda igual, pois os financiamentos variam. O guia do formando apresenta a forma mais simples de emprstimo, o bancrio. Caso haja interesse na turma pela contabilizao doutro tipo de emprstimos e caso haja tempo para o fazer poder apresentar-se o modo de contabilizao de um emprstimo obrigacionista e as suas fases: 1. Criao: o passivo deve reconhecer o desembolso dos capitais por parte do prestamista (a pessoa que empresta o capital), no acto da formalizao do contrato, ou ao acabar o perodo de subscrio da emisso de ttulos da dvida. A quantificao do passivo (dvida ou obrigao) realiza-se pelo valor do reembolso do mesmo. A despesa associada operao reconhece-se como custo do exerccio. Se o valor recebido for diferente do da emisso esta situao dever ser relevada em custos (recebeu-se menos) ou proveitos (recebeu-se mais) diferidos.

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Operao

Dbito

Crdito 23x Emprstimos obtidos 266 Obrigacionistas

Subscrio dos ttulos po 266 Obrigacionistas terceiros Recebimento Classe 1 Disponibilidades

2. Juros: o juro devido mesmo que no vencido (isto , a pagamento) imputa-se a custos.

Operao

Dbito

Crdito 266 Obrigacionistas Classe 1 Disponibilidades

Vencimento dos juros das 681x Juros suportados obrigaes Pagamento de juros 266 Obrigacionistas

3. Amortizao da dvida: no momento do vencimento (na data do pagamento) deve-se processar a despesa, reconhecendo a obrigao de pagar. Se o valor desta amortizao (pagamento) for diferente do valor de emisso (pedido de emprstimo), as diferenas levam-se a resultados do exerccio (a custos ou a proveitos).

Operao Sorteio dos ttulos a pagar Pagamento

Dbito 232x Emprstimos obtidos 266 Obrigacionistas

Crdito 266 Outros devedores e credores Classe 1 Disponibilidades

Convm salientar que as relaes de que fala a nota explicativa conta 24 Estado e outros entes pblicos integra apenas as relaes fiscais e para fiscais e que na relao com o Estado a empresa normalmente devedora de imposto ou taxas. Na apresentao da conta 241 Imposto sobre o rendimento aconselha-se a seguinte subdiviso que dever ser apresentada aos formandos com a explicao do que cada elemento se trata:

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2411 2412 2413 2414 2415 2416 2417

Pagamentos por conta Retenes na fonte IRC estimado IRC liquidado IRC apuramento IRC a pagar IRC a receber

Funcionamento das contas 1. valor estimado de IRC (relativamente a resultados lquidos) inferior ao valor que se calculou (relativamente matria colectvel), a diferena para mais custo; 2. Valor estimado de IRC (relativamente a resultados lquidos) superior ao valor que se calculou (relativamente matria colectvel), a diferena para menos custo; 3. Transporta-se os pagamentos de IRC que foram feitos ao longo do ano sob a forma de pagamentos por conta ou retenes na fonte; 4. Transporta-se o valor de IRC calculado (liquidado); Se 3. > 4. h IRC a receber, se 3. < 4. h IRC a pagar. Na execuo do exerccio 3) sugere-se que se construa um cronograma das tarefas a executar para que o formando se aperceba de quando que os factos ocorrem. Por exemplo:

Ano n Retenes na fonte de IRC (e): ao longo do ano Paga/os por conta (a): Julho, Outubro Dezembro Estimativa de imposto: Dezembro

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Aprovao de Contas: Maro

Ano n+1

Clculo de IRC: Maio

Produtor/ Em relao ao IVA pode dar-se a indicao que este foi introduzido na nossa legislao fiscal por fora da entrada de Portugal na Comunidade Europeia e de uma harmonizao fiscal. Veio substituir o Imposto sobre as Transaes. O IVA um imposto que se coloca por cima de todas as transaes comerciais, com algumas excepes. As empresas que prestem servios ou vendem bens cobram IVA para o Estado ao colocarem na sua transao comercial uma percentagem a mais 0%, 5%, 12% ou 17%, dependendo do tipo de bens ou servios -. Em troca, o Estado autoriza-as a abater ao IVA cobrado aos clientes o IVA que suportaram nas suas aquisies. Mas nem todas as aquisies. Apenas aquelas em que se estabelea o vnculo ao bem vendido ou ao servio prestado, isto , apenas as aquisies que contribuam para o valor acrescentado que a empresa coloca nos seus bens e servios.

Obrigao/Direito No fim desta explicao pode-se pedir um pequeno exerccio em que os formandos contabilizem na perspectiva de fornecedor e cliente, em simultneo, por exemplo: AA presta servios a BB no valor de 1.000 u.m. facturando-lhe 5 dias teis depois (introduz-se aqui o conceito que a factura ou documento equivalente deve ser enviada/entregue ao cliente at 5 dias teis depois do servio ou venda, indicando que existem excepes) IVA a 17%.

D

N 1)

Descrio Factura a BB

Dbito

Crdito 721 2433

V 1.000 170 1.170

211

I 24

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D

N 2)

Descrio Factura de AA

Dbito 62236 2432

Crdito

V 1.000 170

221

1.170

Apuramento do IVA Os formandos vo com certeza reparar que a lista de contas inclui mais contas referentes a IVA. No caso de quererem ser esclarecidos sobre as outras contas ou se houver interesse em conhecer o tratamento das situaes de pr-rata ou afectao real aconselha-se a preparao e apresentao do seguinte texto: Pelo mtodo de afectao real a contabilidade deve registar separadamente as actividades tributveis e sujeitas taxa 0, das actividades isentas (iseno incompleta), relevando as aquisies de bens e servios que so tributadas a juzante e conferem direito a deduo, bem como o imposto suportado na sua aquisio, e ainda a parte que lhes deva ser imputada nas despesas comuns e o correspondente imposto. a soma do imposto suportado nos inputs com o correspondente a estas despesas que de deduzir. A empresa pode optar pela afectao real relativamente apenas a parte dos bens ou servios utilizados designadamente quando se mostra impraticvel a afectao real total. No caso da aplicao do mtodo do pr-rata, o princpio fundamental da deduo do imposto suportado nos inputs no imposto facturado nos outputs o de que a dedeuo deve ser feita na percentagem correspondente ao montante anual das operaes que dm lugar a deduo. A deduo do imposto suportado nos inputs deve ser proporcional s operaes que do lugar a deduo, ou seja s operaes tributadas e s que beneficiem de iseno completa. Embora sendo um mtodo menos rigoroso, o pr-rata apresenta vantagens relativamente afectao real em termos de simplificao de processos. Efectivamente o mtodo do pr-rata aplica-se mais facilmente em situaes em que no praticvel a separa dos inputs comuns s actividades sujeitas e s actividades isentas. Conta 25 Relativamente a esta conta necessrio deixar duas noes aos formandos: 1. Os accionistas podem ser pessoas individuais (particulares) ou pessoas colectivas (empresas); 2. As relaes que se estabelecem com accionistas/scios podem ser de saldo credor ou devedor e esto normalmente associadas a transaes de financiamento: Devedor: a empresa criou um direito em relao ao accionista/scio porque lhe entregou valores financiamento;

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Credor: a empresa criou uma obrigao em relao ao accionista/scio porque este lhe entregou valores financiamento ou porque ficou decidido em Assembleia Geral a distribuio de dividendos.

Convm explicar aos formandos o significado do ():

2511 Estado e outros entes pblicos - Emprstimos 2521 Empresas de grupo - Emprstimos 2531 Empresas associadas - Emprstimos 2541 Outras empresas participantes e participadas - Emprstimos 2551 (Restantes) accionistas (scios) - Emprstimos

Exemplo 1 Operaes: a) Compra a prazo de equipamento bsico no valor de 300 u.m. com um desconto comercial de 10% ao fornecedor de imobilizado SLC. Factura n. 56/n. IVA a 17%. b) Aceite n. 20/n ao fornecedor de imobilizado SLC pelo valor da factura n. 56/n. Letra n4/n.

D

N

Descrio Factura n56/n. Fornecedor SLC

Dbito 423 2432

Crdito

V 270 46

2611.01 Nota: 2611.01 Fornecedor de imobilizado SLC

316

D

N Letra n4/n.

Descrio

Dbito 2611.01

Crdito 2612.01

V 270

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Exemplo 2 Operaes: a) Entrega da nota de encomenda ao fornecedor SLC acompanhada de um cheque no valor de 50 u.m. por conta de um fornecimento de equipamento bsico. Cheque 5566/BCR. IVA a 17%. b) Compra a prazo do imobilizado fornecedor SLC referente n/ nota de encomenda no valor de 400 u.m. Factura n57/n. IVA a 17%.

D

N b)

Descrio Adiantamento. Cheque 5566/BCR.

Dbito 2619.01 2432

Crdito

V 50 9

121 Nota: 2619.01 Fornecedor SLC

59

O adiantamento em causa no tem preo previamente fixado por isso se utiliza a conta 2619. Caso o preo fosse fixado, isto , houvesse uma indicao de que o adiantamento ia cobrir uma percentagem da facturao ou fosse efectivamente indicado o preo das mercadorias encomendadas, ento a conta a utilizar seria a conta 448 Adiantamento por conta de imobilizaes corpreas.

D

N

Descrio Anulao do adiantamento

Dbito 2611.01

Crdito

V 59

24342 2619 Factura n57/n. 423 2432 2611.01

9 50 400 68 468

Sugere-se a elaborao de um pequeno exerccio de consolidao do processamento de remuneraes:

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Remuneraes brutas IRS 10% mdia Segurana social 11% Encargos entidade patronal 23,75%

550.000 u.m. 55.000 u.m. 60.500 u.m. 130.625 u.m.

Referir que a forma de contabilizar a venda de imobilizao ser abordada com maior profundidade exerccios quando se falar na classe 4 Imobilizaes. A utilizao da conta 27 Acrscimos e diferimentos a componente mais difcil de qualquer formao. A distino que deve fazer-se e que a mais importante a diferena entre operaes de tesouraria ou financeira e operaes econmicas. A explicao desta conta acompanhada de exemplos ilustrativos e apenas so abordados os casos mais simples. Em sede prpria, e caso os formandos demonstrem boas aptides, sero apresentados aprofundamentos desta conta. Outro problema dos formandos perceber a utilidade da conta. Ento, preciso mostrar-lhes que enquanto os pagamentos e os recebimentos sofrem altos e baixos que nada tm a ver com as operaes que esto a decorrer apenas se relacionam com o prazo mdio de recebimentos e pagamentos , os custos e os proveitos seguem uma linha recta, isto , a continuidade das operaes. Em termos de gesto facilita o planeamento e controlo das actividades. Por outro lado, altura de fazer a ligao ao princpio da especializao e ao princpio da continuidade do POC. Caso haja interesse em saber-se mais sobre as contas que aparecem na lista de contas e no foram dadas pode-se falar que a conta 272 Custos diferidos inclui situaes relacionadas com seguros, publicidade e propaganda, juros suportados e integra as seguintes subcontas: 2726 Descontos de emisso de obrigaes: corresponde contabilizao do prmio de reembolso das obrigaes derivado de uma emisso abaixo do par (recebe-se menos do que se fica a dever) ou de reembolso com prmio (acima do par, paga-se mais do que se devia),. A conta 2746 Prmios de emisso de obrigaes tambm est consagrada no POC e tem o significado inverso; 2728 Diferenas de cmbio desfavorveis: Esta conta poder ser subdividida por moedas e por emprstimos e outras operaes. Serve para levar a diferena entre as importncias das dvidas a pagar derivadas de emprstimos e/ou outras operaes em moeda estrangeira (sem cmbio previamente fixado) e as quantias arrecadadas. Estas diferenas se forem favorveis devero ser levadas 2748 Diferenas de cmbio favorveis.

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Explicar que existem vrias contas para subsdios no POC: Conta Natureza

2745 Subsdios para Inclui subsdios destinados aquisio de bens que contribuem para a formao investimentos bruta de capital fixo e que sejam amortizveis. 575 Subsdios 74x Subsdios explorao 7983 Em subsdios para investimentos Inclui subsdios destinadas aquisio de bens que contribuem para a formao bruta de capital fixo que no sejam amortizveis. Incluem subsdios que tenham como objectivo diminuir preos de venda ou outra componente da explorao. Integra a especializao anual de subsdios para investimento obtidos em exerccios anteriores, por contrapartida da 2745.

Cobrana duvidosa Quando se comea a falar de provises para cobrana duvidosa e at mesmo para riscos e encargos, os formandos esto um pouco esquecidos do tipo de provises que existem, por esse motivo deve haver uma reviso ligeira. Uma das dificuldades que surgem na explicao das provises para cobrana duvidosa que os formandos as confundem com dvidas incobrveis, mesmo que no comentem nada sobre o assunto. Assim aconselha-se a apresentao deste tema com a lista de contas e o balano analtico da seguinte forma: Proviso para cobrana duvidosa:

No incio do ano a situao em relao a um cliente XXX era a seguinte: Activo bruto Cliente, c/c 100 Amortizaes/Provises 0 Activo lquido 0

Aps vrias tentativas frustradas de tentar cobrar uma dvida, o departamento comercial fala com o cliente que lhe diz que vai tentar pagar metade. O departamento comercial envia um documento ao departamento financeiro com o seguinte recado Provisione-se dvida de XXX a 50%. Dbito 671 Provises do exerccio - Para 291 cobranas duvidosas - 50 Crdito Provises Para cobranas

duvidosas -. 50

218 Clientes de cobrana duvidosa 21x Clientes - 100 - 100

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No fim do ano a situao em relao a um cliente XXX era a seguinte:

Activo bruto Cliente, c/c Cliente, c/c 0 100

Amortizaes/Provises 0 50

Activo lquido 0 50

Isto , mostra-se no activo lquido qual o verdadeiro valor do direito que se possui princpio da prudncia, mas no se altera directamente o seu valor princpio do custo histrico. Incobrvel:

Na situao de incobrvel anula-se o valor do direito:

Dbito 692 Dvidas incobrveis - 100

Crdito 21x Clientes - 100

No fim do ano a situao em relao a um cliente XXX era a seguinte:

Activo bruto Cliente, c/c 0

Amortizaes/Provises 0

Activo lquido 0

Antes de entrar na classe 3 Existncias h que fazer referncia que do patrimnio da empresa fazem parte bens, direitos e obrigaes. Os direitos e obrigaes encontram-se maioritariamente na classe 2 Terceiros, os bens encontram-se espalhados pela lista de contas: Bens em dinheiro ou prximo classe 1 Disponibilidades; Bens armazenveis para venda ou produo classe 3 Existncias; Bens com carcter de permanncia para auxiliar a actividade operacional classe 4 Imobilizaes.

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A classe 3 Existncias no habitualmente compreendida pelos formandos. Julgando ser uma classe fcil, os formandos apenas aprendem correctamente o conceito de existncias aplicado a empresas comerciais mercadorias. A aplicao desta classe a empresas industriais fica por saber, mesmo depois de terem tido noes de Contabilidade Analtica. Por tudo isto aconselha-se um exerccio de grupo com os seguintes passos: Diviso da turma em grupos de quatro pessoas, em que cada um recebe as Contas de uma empresa industrial cotada na Bolsa; Estudo das caractersticas da classe 3 Existncias no POC: lista de contas, notas explicativas, critrios de valorimetria e princpios contabilsticos; Confirmao dos trs grupos contas e anlise crtica das contas de existncias da empresa dada; Discusso e apresentao oral.

Este trabalho vai ajudar na explicao das contas ao longo do tema em questo. Enquadrar em que circunstncias que as compras podem passar pelas contas da classe 6 e depois passar para existncias. Por exemplo uma empresa que vende programas de computador e os entrega em suporte de cartridge, disquette ou banda magntica. Quando compra lava para Ferramentas e utenslios de desgaste rpido pois no sabe se vai para consumo interno ou se para suporte de programas. No final do ms v que 1/3 ainda esto em economato, 1/3 foram para consumo interno e o outro tero foi vendido. Corrige a conta de custos por 2/3, em que 1/3 d entrada em armazm pela 31Compras e o outros tero vai apara 61Custo das mercadorias vendidas. Poder ser conveniente mostrar a directriz n11 para conhecimento dos formandos. No final da apresentao dos dois sistemas de inventrio os formandos tm que saber olhar para um balancete parcial da classe 3 e reconhecer o sistema utilizado. Assim, aconselha-se no final da exposio apresenatar sucessivos balancetes para identificar o sistema de inventrio. Por exemplo: Conta 31 32 Dbito 1.000 2.000 Crdito 1.000 900 Saldo 0 100

Conta 31 32

Dbito 2.000 500

Crdito 100

Saldo 1.900 500

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Ficha de armazm Pedir aos formandos para aplicar os exemplos da pgina anterior na ficha de armazm, dando o FIFO como exemplo. Para explicar as contas tipicamente industriais fazer o circuito da produo do tipo:

Empresa industrial FORNECEDORES APROVISIONAMENTO SERVIOS ADIMINSTRATIVOS FABRICAO FASE 1Subprodutos

FABRICAO FASE 2 FABRICAO FASE 3

ARMAZM MATRIAS ARMAZM PROD.ACABADOS ABC VENDAS

EMPRESA

CLIENTES

Colocando as contas nos locais devidos. Mostrar no balano analtico a situao das existncias com proviso recorrendo ao exemplo prtico. Ao introduzir o conceito de imobilizado mostrar que esta classe se integra habitualmente nas operaes de investimento, apresentando o formato do balano analtico para indicar onde se encontra a classe. Os formandos devem compreender a noo de permanncia no tempo associado menor liquidez. A forma de apresentao desta classe ser maioritariamente expositivo sendo importante resumir partida o tipo de operaes com imobilizado comparticipao da turma: depreciao, alienao, abate, desvalorizao, valorizao, pequenas e grandes reparaes, locao financeira, fichas de imobilizado, etc.

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Muitos formandos no entendem o conceito de controlo de uma empresa. Devero ficar a saber que o controlo depende no s da percentagem de aces detidas mas da capacidade de voto e de tomada de decises dos destinos da empresa. Ao explicar um pouco a equivalncia patrimonial colocar sempre dois balanos em equao, o da empresa que possui e o da empresa que possuda. Ao invs de utilizar o conceito de justo valor que muito dificl de comprender pela maioria dos formandos, utilizar antes a percentagem dos capitais prprios. Mais uma vez indicar que a depreciao advm da utilizao dada. Se os bens imveis no esto a ser utilizados, a amortizao no dever ser feita da mesma forma.

Locao financeira Perder algum tempo na explicao da locao financeira. Na elaborao do exerccio recorrer ao acetato para ilustrar de que forma que se cumpre com os passos da contabilizao. Testar o exemplo para o caso de no se optar pela compra no final do contrato. Na explicao desta conta deve ficar claro que: S se colocam valores nesta conta ou por adiantamentos ou por obras em curso; Quando as obras esto concludas so transferidas paraa as contas devidas: imobilizaes corpreas, incorpreas ou investimentos financeiros; No h amortizaes dos elementos desta conta; O POC define que valores podem integrar esta conta, isto , o que considerado custo de produo ou aquisio por aplicao do postulado das existncias.

Indicar aos formandos que as quotas aceites fiscalmente esto estabelecidas pelo DecretoRegulamentar 2/90 que os formandos devem ter na aula. Aconselha-se a fazer uma interpretao deste decreto, deixando claro que ele no de aplicao obrigatria na Contabilidade, e sim, obrigatrio na apresentao dos mapas fiscais, explicando a diferena do contabilstico versus fiscal. Explicar que o mtodo das quotas degressivas pouco utilizado porque pode haver quotas perdidas no aceites fiscalmente. Mostrar a apresentao do balano recorrendo ao exemplo prtico da empresa BRICOTE. Mais uma vez aconselha-se a que a apresentao da classe recorra lista de contas e ao balano analtico do POC, desta forma os formandos confirmam a diferena entre esta classe e os Capitais prprios.

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Explicar que o cdigo que rege as empresas o Cdigo das Sociedades Comerciais. Pode-se acrescentar que o capital das sociedades por quotas mnimo era de 400 contos e que passou a 1.000 contos na passagem para o EURO. O das sociedades annimas era de 5.000 contos e passou para 10.000 contos pelo mesmo motivo. Relembrar o conceito de liberadas. Na apresentao dos esquemas colocar valores para ser mais fcil a compreenso: 1.1. Ca= 1.100, VN = 1.000, Pr = 100 1.2. Ca= 900, VN = 1.000, Ds = 100 2.1.Ca = 1.100, VN = 1.000, Pr= 100, Vv = 1.200 =Ganho 100 ou Ca = 900, VN = 1.000, Ds= 100, Vv = 1.100 =Ganho 200 2.2. Ca = 1.100, VN = 1.000, Pr= 100, Vv = 900 =Perda 200 ou, Ca= 900, VN = 1.000, Ds = 100, Vv = 800 =Perda 100 Apenas sociedades por quotas podem fazer prestaes suplementares. As reservas de reavaliao j foram explicadas. Dada a complexidade da utilizao da conta 59Resultados transitados poderia ser-se levado a supr que seria desnecessrio explicar as formas alternativas da sua utilizao. No entanto, importante reconhecer que esta conta necessria e s no utilizada por falta de conhecimento. Pelo exposto, importante explicar o seu contedo conjuntamente com a Directriz Contabilstica em causa e uma aplicao de situaes reais em que esta seja necessria: Recebimento de um subsdio explorao que passou em conciliao bancria e por falta de identificao de documento no chegou Contabilidade; Num encontro de contas com um fornecedor paga-se a verba em dvida e apura-se os pagamentos referentes a facturas que nunca chegaram Contabilidade; Etc Pode colocar-se os formandos a tentar identificar situaes possveis.

Contas de Resultados Existem algumas noes bsicas que devem ficar claras para os formandos: As contas de resultados so accionadas por contrapartida das contas de balano, no funcionando umas com as outras, isto , a classe 6 funciona com as outras classes e a classe 7 funciona com as outras classes, mas no funcionam uma com a outra. Por este motivo, quando as contas de balano foram abordadas as contas de resultados tambm.

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A classe 6 Custos e perdas regista as variaes patrimoniais negativas, diminuies de patrimnio e a classe 7 Proveitos e ganhos regista as variaes patrimoniais positivas, aumentos de patrimnio. A classe 8 Resultados recebe os saldos das duas classes anteriores e, excepo da 84 1 Imposto sobre o rendimento do exerccio e da 89 Dividendos antecipados , s funciona com classe 6 e 7.

Poder ser til relembrar a locao financeira e explicar como que antes de 1993 esta se contabilizava. Recuperando o exemplo dado por ocasio da explicao da conta 262 Pessoal mostra-se a variao da 64 Custos com pessoal ao longo do ano:

Remuneraes brutas IRS 10% mdia Segurana social 11% Encargos entidade patronal 23,75% Inflao prevista 2%

550.000 u.m. 55.000 u.m. 60.500 u.m. 130.625 u.m.

1

Poder-se- saltar esta conta.

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Ms Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Valores 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 550.000+130.625 (550.000+130.625)x1.02 (550.000+130.625)x1.02

Tipo Remunerao mensal Remunerao mensal Remunerao mensal Remunerao mensal Remunerao mensal Remunerao mensal Pagamento sub. frias Pagamento ms frias Remunerao mensal Remunerao mensal Remunerao mensal Subsdio de Natal Remunerao mensal Previso frias Previso sub.frias

Contabilizao 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x 26 e 24 Correco 273 26 Correco 273 26 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x 26 e 24 64x pela 273 64x pela 273

Referir a equivalncia patrimonial mais uma vez Para melhor compreenso das contas 685 e 785 utilizar os seguintes exemplos: Exemplos de diferenas cambiais: Valores em moeda estrangeira 1.000 u.m. em marcos adquiridos a 185 u.m./marco; Cotao: 195 u.m./marco ou 175 u.m./marco. Dvida a um fornecedor alemo de 200.000 marcos com marco a 190 u.m./marco; Cotao: 200 u.m/marco ou 180 u.m./marco. Para explicar um abate existem sempre duas perspectivas, uma de perda na 694 e outra de ganho na 794. A contabilizao obriga a um apuramento sendo verificado posteriori o ganho ou a perda. Este ganho ou perda advm da diferena entre o valor lquido contabilstico do bem imobilizado (valor de aquisio + reavaliao amortizaes acumuladas) e o seu valor de realizao (pode ou no ser de venda- se o abate se relacionar com um sinistro recebe-se uma comparticipao da seguradora). Dar indicao que na utilizao desta conta costuma-se subdividir pelo tipo de correces para facilitar a compreenso.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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Convm indicar que, sendo uma conta de carcter residual de esperar que os montantes associados tambm sejam residuais. Relativamente conta vendas convm que fique claro para os formandos o seu funcionamento. Esta conta, em particular, das poucas que admite lanamentos a dbito. O objectivo corrigir o proveito pelas devolues e descontos e no lev-los a custos. A outra conta que tambm o admite a 72 Prestao de servios onde tambm se corrige o proveito por descontos e abatimentos. No caso do sistema de inventrio permanente pelas vendas faz-se em paralelo a sada dos bens de armazm, assumindo-se nessa altura o custo das mercadorias vendidas. A inversa tambm verdadeira. No caso de devoluo de mercadorias para alm da 717 movimenta-se ao contrrio a 32 Mercadorias e a 61 Custo das mercadorias vendidas. Esta conta no deve ser confundida com a 53 Prestaes suplementares relativas a entregas de scios empresa. Incluem-se aqui proveitos provenientes de actividades operacionais da empresa correspondentes a objectivos secundrios. A natureza das notas apresentadas tem como objectivo ajudar o formando nas suas tarefas dirias. Aconselha-se um trabalho de grupo entre os formandos de abertura de um plano de contas para uma empresa cotada na Bolsa atendendo a um conjunto de especificidades dado. Esse plano dever ser elaborado recorrendo a uma folha de clculo. Na apresentao de cada um dos exemplos nem todos os formandos vo perceber as escolhas efectuadas. Convm enquadrar cada uma das situaes naquilo que so para a empresa independentemente da sua funcionalidade.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

2. PLANO DAS SESSES

Este mdulo tem uma durao prevista de 56 horas o que equivale a 7 dias de formao de 8 horas cada. Face ao mdulo III, ser melhor alocar mais 6 horas para exerccios prticos deste mdulo. Aconselha-se o seguinte quadro de horas:

Matrias Teoria Plano de Contas da Empresa (Apresentao dos temas) + Noo Normalizao contabilstica Total Contas de Balano Classe 1 Disponibilidades Classe 2 Terceiros Classe 3 Existncias Classe 4 Imobilizaes Classe 5 Capital, reservas e resultados Total Contas de Resultados Classe 6 Custos e perdas Classe 7 Proveitos e ganhos Classe 8 Resultados Total Total geral do mdulo 3h 2 h 30 m 30 m 6h 30 h 30 m 23 h 3h 8h 4h 3h 3h 30 m 1h 1h e 30m

Durao Prtica

Total

30 m 30 m 30 m 1 h 30 m 2h

3h 10 h 4h 5h 1h

6h 18 h 8h 8h 4h

23 h

46 h

1h 30 m 30 m 2h 25 h 30 m

4h 3h 1h 8h 56 h

+ 6 horas do Mdulo III para exerccios

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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3. ACTIVIDADES/AVALIAO

1. O que um plano de contas? Resoluo Um plano de contas empresarial o resultado de um trabalho complexo de enquadramento contabilstico de diversas situaes e inclui um quadro uniforme de contas, um conjunto de normas regulamentadoras de obteno das situaes contabilsticas.

2. Caracterize normalizao contabilstica. Resoluo A normalizao contabilstica o acto atravs do qual a determinao dos resultados e a apresentao de contas passe pelo mesmo processo contabilstico de nomenclatura, determinao e valorizao dos elementos patrimoniais.

3. Quais so os fluxos da empresa? Resoluo Os fluxos da empresa so: fluxo econmico ou produtivo, fluxo financeiro e fluxo monetrio.

4. Quais so os ciclos de transao contabilstica? Resoluo Os ciclos de transao contabilsticas so: operacionais que incluem receita, despesa, pessoal e produo, investimento e financiamento.

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5. Defina com auxlio de um esquema prprio o ciclo operacional da receita. Resoluo Guia de remessa Factura ou documento equivalente Facturao

Distribuio

CONTABILIDADE

Encomenda Nota de encomenda

Recebimento

Cheque, numerrio ou transferncia bancria

Clientes

6. Quais so as sadas do ciclo do financiamento? Resoluo O ciclo de financiamento origina a amortizao do financiamento e um fluxo de remunerao do capital em dvida.

7. Quais so as classes de contas que compem as contas de Balano? Resoluo Classes 1 Disponibilidades, 2 Terceiros, 3 Existncias, 4 Imobilizado e 5 Capital, reservas e resultados

8. Quais so as classes de contas que compem as contas de Resultados? Resoluo Classes 6 Custos e perdas, 7 Proveitos e ganhos e 8 Resultados.

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9. Como que esto ordenadas as contas do Activo? Resoluo Esto ordenadas da seguinte forma:

Contas ACTIVO

Critrio de ordenao Disponibilidade: menor convertibilidade para maior liquidez

10. Como esto ordenadas as contas do Passivo? Resoluo Esto ordenadas da seguinte forma:

Contas PASSIVO

Critrio de ordenao Exigibilidade: menor urgncia de pagamento para maior urgncia

11. Como esto ordenadas as contas do Capital prprio? Resoluo Esto ordenadas da seguinte forma:

Contas CAPITAL PRPRIO

Critrio de ordenao Cronologia: menos recente para mais recente

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12. Quais so as vantagens da normalizao contabilstica? Resoluo As vantagens da normalizao encontram-se em vrios patamares e para diferentes entidades utentes da informao: Empresa: pode colher estatsticas do sector e analisar a sua posio relativa; Tcnico de contabilidade: passa a dispr de regras e procedimentos gerais; Docncia e pedagogia: a normalizao pode proporcionar orientaes menos discutveis; Contabilidade Nacional: permite uma anlise macro-econmica; Tributao: a fiscalizao tributria possui um instrumento para agir de forma mais certeira e controlada.

13. Como surgiu o Plano Oficial de Contabilidade (POC)? Resoluo O Plano Oficial de Contabilidade (POC) resulta de um reconhecimento da necessidade crescente de normalizao contabilstica. Este reconhecimento concretizou-se em 1974 com a constituio em Novembro de uma Comisso que esteve na base da promulgao do Decreto-Lei n 47/77, de 7 de Fevereiro, responsvel pela aprovao do POC.

14. Indique as partes que o compem que tenha estudado. Resoluo As caractersticas da informao financeira, os princpios contabilsticos e os critrios valorimtricos constituem as regras e procedimentos gerais para o tcnico de contabilidade. O quadro de contas, cdigo de contas e notas explicativas tipificam a terminologia e mbito das contas. O balano, demonstrao de resultados, anexo ao balano e demonstrao de resultados e a origem e aplicao de fundos constituem os mapas finais obrigatrios de apresentao e divulgao das contas.

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15. O que que os fluxos da empresa reflectem? Resoluo Os fluxos da empresa so: Fluxo econmico ou produtivo: est ligado incorporao e transformao de matrias e servios para atingir o produto final, inclui os proveitos da venda ou prestao de servios e a contrapartida dos proveitos (que os tornam possveis), os custos. Fluxo financeiros: diz respeito ao endividamento da empresa perante terceiros, inclui constituio de dvidas (a pagar) ou despesas e constituio de direitos (a receber) ou receitas. Fluxos monetrios: corresponde a entradas de dinheiro, recebimentos e sadas de dinheiro, pagamentos, isto , variaes positivas (recebimentos) e negativas (pagamentos) de valores monetrios. As contas do POC pretendem reflectir esta trilogia de fluxos: econmico, financeiro e monetrio.

16. Defina com auxlio de um esquema prprio o ciclo operacional da despesa. Resoluo enviada a encomenda ao fornecedor, faz-se a recepo dos bens (matrias ou mercadorias) ou recebem-se servios, segue-se a chegada da factura (contabiliza-se o custo/compra, a entrada dos bens e cria-se uma obrigao em relao ao fornecedor) e o processo termina com o pagamentoOs fluxos da empresa so:

Guia de remessa

Factura ou documento equivalente Facturao

Recepo

CONTABILIDADE

Encomenda Nota de encomenda

Pagamento

Cheque, numerrio ou transferncia bancria

Fornecedores

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17. Quais so as entradas do ciclo do investimento? Resoluo Entrada de ttulos ou imveis ou outro tipo de bens

18. Quais so as classes de contas que compem as contas de Resultados? Resoluo 6 Custos e perdas 7 Proveitos e ganhos 8 Resultados

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19. Indique verdadeiro ou falso (V ou F) s seguintes questes, colocando uma cruz no respectivo quadrado: V F a) As contas do Activo creditam-se pelos aumentos. b) O ciclo operacional integra a compra de imobilizado c) No existem contas de disponibilidades no Passivo. d) O capital prprio inclui capital e reservas. e) Da classe 8 apenas a conta 88 aparece no Balano. f) O POC deriva da normalizao contabilstica.

Resoluo

V a)

F x

b)

x

c)

x

d)

x

e)

x

f)

x

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20. Que tipo de contas integram esta classe? Resoluo Contas respeitantes a meios monetrios lquidos e quase-lquidos, contas respeitantes a aplicaes de tesouraria a curto prazo (inferior a um ano) e contas de regularizao para cumprir com critrios de valorimetria e princpio da prudncia. 21. Enumere as aplicaes de tesouraria que conhece. Resoluo Aces, obrigaes, ttulos da dvida pblica, bilhetes do tesouro, certificados de aforro, fundos de investimento e outros com caractersticas de aplicaes de tesouraria de curto prazo. 22. Para que servem as provises para aplicaes de tesouraria? Resoluo As provises para aplicaes de tesouraria so provises destinadas a cobrir contabilisticamente perdas potenciais de carcter reversvel (podem ser alteradas) de aplicaes de tesouraria.

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23. O tesoureiro da empresa BIR tem na sua secretria o extracto bancrio do BRI referente a 31 de Maro e o extracto da conta do razo e pretende saber o motivo da sua diferena. Faa a conciliao bancria dos valores.

RazoDbito Crdito Saldo Dbito

BIRCrdito Saldo

Saldo inicial Depsito de cheques Depsito de numerrio Juros de depsitos bancrios Cheque 1789 Cheque 1802 Compra de investimento Cheque 1803 Despesa com livro de cheques fundos de 300 500 50 200 100

2.400 2.600 2.700 2.700 2.700 2.400 1.900 1.850 1.850 500 50 10 100 100 50

2.500 2.500 2.600 2.650 2.550 2.550 2.050 2.000 1.910

O cheque n1789 foi passado e registado contabilisticamente durante o ms de Fevereiro. Resoluo Razo Dbito Saldo inicial Depsito de cheques Depsito de numerrio Juros de depsitos bancrios Cheque 1789 Cheque 1802 Compra de fundos de investimento Cheque 1803 Despesa com livro de cheques 50 1.850 1.450 50 10 2.000 1.990 300 500 2.700 2.400 1.900 500 100 2.550 2.550 2.050 200 100 Crdito Saldo 2.400 2.600 2.700 2.700 100 50 Dbito BIR Crdito Saldo 2.500 2.500 2.600 2.650

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Conciliao Bancria Empresa: Banco: Conta n______

Perodo: _______________ a ________________ Saldo do extracto bancrio Movimentos efectuados pelo Banco e no pela empresa: A dbito: Descrio Livro de cheques A crdito: Descrio Juros de depsitos Data /3/n Valor 50 TOTAL (-)50 Movimentos efectuados pela empresa e no pelo Banco A dbito: Descrio Depsito de cheques A crdito: Descrio Cheque 1802 Data /3/n Valor 300 TOTAL (-)300 Saldo segundo os livros da empresa 1.850 Data /3/n Valor 200 TOTAL (+)200 Data /3/n Valor 10 TOTAL (+)10 1.990

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24. A empresa FFG, Lda, adquiriu 1.000 USD por 1,1u.m./USD para pagar mercadorias a um fornecedor estrageiro. No dia 31 de Dezembro tinha-lhe sobrado 50USD, e a cotao estava a 1,2 u.m./USD. Qual o movimento contabilstico a fazer pela empresa? Resoluo A empresa tem que contabilizar a diferena de cmbio favorvel, os 50U$ esto contabilizados por 50U$ x 1,1 u.m./U$ = 55 u.m. e valem 50U$ x 1,2 u.m./U$ = 60 u.m.

D 31/12

N

Descrio Diferena favorvel

Dbito 111

Crdito 785

V 5

25. Indique verdadeiro ou falso (V ou F) s seguintes questes, colocando uma cruz no respectivo quadrado: V a) A conta 19 Provises para aplicaes de tesouria corrige o valor das mesmas e est no Passivo. F

b) A classe de disponibilidades inclui todos os ciclos de transaes contabilsticas.

c) Quando o preo de mercado das aplicaes de tesouraria superior ao custo de aquisio constitui-se uma proviso.

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Resoluo

V a)

F x

b)

x

c)

x

46. Quais so os tipos de contas que integram a classe 2 Terceiros? Resoluo Contas de terceiros que registam as dvidas a receber e a pagar pela empresa, Contas de acrscimos e diferimentos onde se movimentam as despesas e as receitas verificadas no exerccio econmico, que correspondem a custos e proveitos dos exerccios econmicos seguintes e vice versa e Contas de provises que visam fazer correces valorativas a elementos do activo e de preveno de passivos que venham a formar-se. 47. Para que serve a conta 27 Acrscimos e diferimentos? Resoluo O uso desta conta corresponde ao objectivo de concretizar o princpio da especializao (ou do acrscimo). Este princpio estabelece que os proveitos devem ser reconhecidos no exerccio a que respeitam, ainda que no tenham sido recebidos nesse exerccio e nem se receba a documentao vinculativa; de forma semelhante, os custos devem ser reconhecidos no exerccio a que respeitam, mesmo que no haja ainda a despesa a eles referentes, nem a documentao vinculativa. 48. Qual a diferena entre se registar um adiantamento na 219 Adiantamentos de clientes e na 269 Adiantamento por conta de vendas Resoluo Quando um adiantamento tem preo previamente fixado utiliza-se a conta 269 Adiantamento por conta de vendas, quando o preo no est previamente fixado um adiantamento meramente financeiro) utiliza-se a conta 219 Adiantamentos de clientes.

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49. Qual a diferena entre um desconto comercial includo na factura e um for a da factura? Resoluo Um desconto includo na factura contabiliza-se em compras ou vendas pelo valor lquido, um desconto for a da factura contabiliza-se em descontos e abatimentos na 318 se disser respeito a compras ou na 718 se disser respeito a vendas. 50. O que so clientes de cobrana duvidosa? Resoluo So clientes para os quais as tentivas de cobrana da empresa no surtem o efeito desejado? 51. Em que circunstncias que h excesso de estimativa para impostos? Resoluo Quando o imposto liquidado inferior ao imposto estimado. 52. Para que serve a conta 29 provises para riscos e encargos? Resoluo A conta 29 provises para riscos e encargos uma proviso passiva que se destina a cobrir perdas portenciais ou certas cujo valor ou vencimento incerto. Incluem-se neste caso custos, perdas ou dvidas originadas no exerccio ou anteriores, isto , as provises para riscos e encargos. Representam eventualidades passivas, isto , do indicao da probabilidade de se ter que efectuar determinado pagamento no futuro. 53. A empresa XPTO, Lda tem como actividade a comercializao de chips que adquire ao nico importador nacional RRTT, SA. Actualmente a empresa pratica uma margem de 20% sobre o preo de venda. Durante o ms de Maro a empresa efectuou entre outras as seguintes operaes: a. Venda de 100 lotes CC, Lda. O preo de venda foi de 7,5 u.m./lote. Factura n5/n.; b. Chega factura n 988 da Transportadora RRDD, Lda, relativa ao transporte da mercadoria adquirida RRDD, Lda no valor de 30 u.m; c. Devoluo da CC, Lda, de 10 lotes por no cumprirem com os requisitos do contrato. Nota de crdito n 5C/n.; d. Venda de 50 lotes a DD, Lda por 10 u.m./lote. Factura 6/n.; e. A CC, Lda, decide amortizar 40% do valor em dvida, aceitando uma letra pelo restante, em virtude disso, a XPTO concedeu um desconto financeiro de 10%. Letra n1/n.; f. Adiantamento da EE, Lda c/ cheque n 255 s/BIR no valor de 351 u.m. por conta de uma encomenda de 300 lotes com preo negociado em 6,5 u.m./lote. Factura n 7/n.;

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g. Desconto da letra n 1/n no BCR. Os encargos com o desconto ascenderam a 20 u.m. Aviso de dbito n 1888568; h. Factura n 8/n referente encomenda; i. Reforma da letra ainda no devolvida pelo banco nas seguintes condies: j. Amortizao de 100 u.m.; Encargos includos de uma possvel negociao bancria de 7 u.m.Nota de dbito n 5D/n.; Aceite de uma letra pelo valor em dvida. Letra n 2/n.;

Compra de 300 lotes RRTT, SA, por 2 u.m./lote com um desconto comercial de 5%. Factura n 891/n.;

k. Pagamento de 50% do valor em dvida e aceite de uma letra pelo restante a 30 dias. Aceite n 15/n. Encargos includos na letra no valor de 20 u.m. Nota de dbito n 891/n.

Pretende-se o lanamento das operaes em dirio sabendo que em todas as operaes existe IVA taxa de 17%. Resoluo

N a)

Descrio Fact.5/n

Dbito

Crdito 711 243313

Valor 750 127,5 877,5 600 35,1 30 5,1

211,01 Sada das mercadorias b) Factura n 988 314 243213 Entrada em armazm c) Nota crd.n5/n 321 717 24341 211,01 Entrada em armazm d) Factura n 6/n 321 612 711 243313 314 612 321 221,01

30 75 12,75 87,75 93,75 500 85

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211,02 Sada das mercadorias e) Amortizao 40% c/ desconto financeiro 686 24341 121 Letra n 1/n f) Factura n 7/n 212,01 121 243313 269 g) Aviso de dbito n568 121 6814 212,01 h) Anulao de adianta 269 24341 211,03 Factura n8/n 211,03 711 243313 Sada das mercadorias I) Anulao do saque Amortizao parcial Nota de dbito n5D/n Letra n 2/n j) Factura n891/n 312 243213 Entrada em armazm k) Paga/o 50% Nota dbito n891/n Aceite n 15/n 321 221,01 6881 221,01 312 121 221,01 222,01 612 211 121 211 212 321 268,9 211 7881 211 221,01 211,01 211,01 612 321

585 400

315,9 27 4,59 284,31 473,85 351 51 300 453,85 20 473,85 300 51 351 2281,5 1950 331,5 1560 473,85 100 7 380,85 702 600 102 600 351 20 371

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54. Pretende-se o apuramento de IVA do exerccio anterior. Resoluo

N

Descrio 1 Transferncia

Dbito Crdito 2435 2435 243313 243213 24341 2435

Valor 107,1 68,34 595

2)

IVA a pagar 2435 2436 419,56

35. A empresa XPTO, Lda, em meados do ano n+1 apercebeu-se que, por lapso, tinha pago o IRC relativo ao ano anterior, mas no o tinha processado. O balancete parcial da 241 tem o seguinte aspecto:

Dbito 241 Imposto sobre o rendimento 2411 Pagamentos por conta 2412 Retenes na fonte 2413 Imposto estimado 2417 Imposto a pagar 328,8 275 53,8

Crdito 290

Saldo -38,8 +275,0 +53,8

261,5 28,5

-261,5 -28,5

Pretende-se que reconstrua o processamento de IRC da empresa relativa ao ano n sabendo que os pagamentos por conta do ano n+1 foram de 75 u.m. e as retenes na fonte de n+1 at altura somam 30 u.m.

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

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Resoluo

Dbito 241 Imposto sobre o rendimento 2411 Pagamentos por conta 2412 Retenes na fonte 2413 Imposto estimado 2417 Imposto a pagar 28,5 357,25 275 53,75

Crdito 261,5

Saldo +97,5 +275 +53,75

261,5

-261,5 +28,5

Paga/os por conta ano n: 200 u.m. Retenes na fonte ano n: 23,75 u.m. Estimativa de imposto: 261,5 u.m. Imposto pago: 28,5 u.m. Imposto a pagar = Imposto liquidado Pagamentos por conta Retenes na fonte 28,5 = Imposto liquidado 200 23,75 Imposto liquidado = 252,25 Imposto liquidado < Imposto estimado em 9,25 => excesso de estimativa de imposto

D

N

Descrio Apura/o imp.liquidado

Dbito

Crdito 2414 7981

V 252,25 9,25 261,5 223,75

2413 Transferncia impostos 2415 2411 2412 2414 Apuramento imp.pagar 2415 2415 2416

200 23,75 252,25 28,5

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I. ESTUDO APROFUNDADO DO PLANO OFICIAL DE CONTAS

36. A empresa RRTT, SA, acaba de ser visitada pelos auditores externos que lhe deixaram o seguinte pedido: o mapa de antiguidade de saldos dos clientes com facturao superior a 1.000 u.m. O mapa resultou nos seguintes dados: