1.2 conhecimentos especificos - manual alimentos
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 1
Alimentos Seguros Orientaes tcnicas
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2 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 3
Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
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4 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
Prefeitura do Municpio de So Paulo
Secretaria Municipal da Sade
Coordenadoria de Vigilncia em Sade
Ficha Catalogrfica
Alimentos Seguros: Orientaes tcnicas. / (elaborado por)Suely Stringari de Souza. So Paulo, Prefeitura do Municpio de So Paulo.Secretaria Municipal da Sade. Coordenao de Vigilancia em Sade,Gerncia de Comunicao e Educao, 2004. 40 p. II
1.Alimentos Seguros. 2. Manipulador de alimentos. 3. Capacitao deManipuladores. I. Coordenadoria de Vigilncia em Sade. II. Souza, Suely Stringari.III. Ttulo.
So Paulo2004
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 5
I. Introduo ............................................................................................................................................. 05
II. Contaminao dos Alimentos .......................................................................................................... 06III. Noes de Microbiologia ................................................................................................................. 06
IV. Boas Prticas de Fabricao ............................................................................................................. 10
1. Aquisio ......................................................................................................................................... 10
2. Recebimento .................................................................................................................................. 10
3. Transporte ....................................................................................................................................... 11
4. Armazenamento ............................................................................................................................ 11
4.1. Estoque Seco ........................................................................................................................ 11
4.2. Temperatura Controlada Alimentos Perecveis .......................................................... 12
4.2.1. Temperatura de Armazenamento ................................................................................ 13
Tabela A Refrigerao .......................................................................................................... 13
Tabela B Congelamento ....................................................................................................... 14
5. Pr-preparo e Preparo .................................................................................................................. 14
5.1. Dessalgue .............................................................................................................................. 15
5.2. Descongelamento ................................................................................................................ 15
5.3. Higienizao de Frutas, Legumes e Verduras ................................................................. 16
5.4. Utilizao de Ovos ............................................................................................................... 16
5.5. Alimentos Enlatados ........................................................................................................... 17
5.6. Cozimento ............................................................................................................................. 17
5.7. Reaquecimento .................................................................................................................... 17
5.8. Resfriamento e Congelamento ......................................................................................... 17
ndice
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6 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
6. Conservao dos Alimentos Aps o Preparo ............................................................................ 18
7. Rotulagem e Identificao .......................................................................................................... 18
7.1. Rtulo ................................................................................................................................... 18
7.2. Identificao ......................................................................................................................... 19
8. Cuidados com a gua ................................................................................................................... 20
9. Pessoal ............................................................................................................................................. 20
9.1. Programa de Sade ............................................................................................................. 21
9.2. Higiene Pessoal .................................................................................................................... 21
9.3. Higiene Operacional ........................................................................................................... 22
9.4. Uniforme ............................................................................................................................... 22
10. Higiene de Instalaes, Utenslios, Equipamentos ............................................................... 23
10.1. Procedimento de Higienizao ...................................................................................... 23
10.2. Freqncia de Higienizao ............................................................................................ 24
10.3. Desinfeco ........................................................................................................................ 26
10.4. Material para Higienizao ............................................................................................ 26
11. Controle Integrado de Pragas .................................................................................................. 26
12. Disposio do Lixo ...................................................................................................................... 27
13. Instalaes, Utenslios e Equipamentos .................................................................................. 27
14. Casa de Mquinas ....................................................................................................................... 29
V. Controle de Qualidade ....................................................................................................................... 31
VI. Manual de Boas Prticas de Fabricao ou Prestao de Servios ........................................... 32
VII. Responsabilidade Tcnica .............................................................................................................. 33
VIII. Leitura Complementar Recomendada ....................................................................................... 34
IX. Referncias Bibliogrficas ................................................................................................................ 35
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 7
Os alimentos so elementos promotores de sade. Entretanto se produzidos, manipulados ou servidos
inadequadamente, podero ao contrrio, produzir doenas. A obteno de um alimento seguro implica na
adoo de cuidados higinico-sanitrios em todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produo primria
at o consumo.
Cabe aos estabelecimentos alimentcios adotar um programa de qualidade com o objetivo de produzir,
comercializar e servir alimentos seguros. Este programa deve basear-se nas normas legais e ser implantado e
monitorado por um responsvel pela atividade, que dever ser um profissional com formao na rea de
alimentos. No caso de empresas classificadas como Empresas de Pequeno Porte (EPP) e Microempresas (ME),
a responsabilidade tcnica poder estar a cargo do proprietrio ou de pessoa por ele designada, devidamente
capacitadas por cursos especficos para a rea.
Este manual fornece subsdios para o curso direcionado aos responsveis por estabelecimentos alimentcios
da cidade de So Paulo, atendendo legislao em vigor. Nele os conceitos tcnicos de microbiologia alimentar
explicam os pr-requisitos e critrios de segurana, aplicados produo e comercializao de alimentos
seguros.
I. Introduo
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8 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
II. Contaminao dos Alimentos
III. Noes de Microbiologia
pedaos de pedra e outros. A contaminao qumica
ocorre quando produtos de limpeza, produtostxicos e outros esto presentes no alimento.
O alimento tambm poder conter seres
vivos e seus produtos, como microorganismos,lagartas e outros, sendo neste caso contaminao
biolgica.
As contaminaes podem produzir doenase constrangimentos, portanto, devem ser evitadas.
Um alimento est contaminado quando
contm elementos estranhos sua natureza ecomposio. A presena destes elementos pode
tornar o alimento no seguro, representando um
perigo para o seu consumo.A contaminao poder ser fsica, qumica
ou biolgica.
Ela fsica quando o alimento contm objetosestranhos como, por exemplo, fios de cabelo,
Algumas doenas so causadas pormicroorganismos ou parasitas presentes nos
alimentos. Os microorganismos so seres vivos to
pequenos, que s podemos enxerg-los atravs delentes de aumento, como as existentes no
microscpio.
Eles podem ser desejveis ou indesejveis. Osdesejveis so aqueles utilizados na produo de
alguns alimentos e bebidas, como queijos, cerveja,
vinho, etc.
Quando microorganismos indesejveis sedesenvolvem no alimento, ele se deteriora ou
produz doenas. No alimento deteriorado
ocorrem alteraes na sua textura, cor, odor(cheiro) e sabor.
Entretanto, a maioria dos microorganismos
que causa doena no altera o aspecto fsico doalimento.
Um alimento com aspecto normal pode
conter microrganismos que causam doena.
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 9
Existem trs tipos de microrganismos: bactrias,
fungos e vrus. A maioria das doenas transmitidas
por alimentos causada por bactrias.
Os microrganismos chegam aos alimentos de
diversas formas. Esto em todos os lugares, inclu-
sive no prprio alimento:
ANIMAISProdutores de alimento:bovinos, sunos, aves, etc.De estimao: co,gato, etc.Pragas: ratos, baratas,moscas, etc.
UTENSLIOS EEQUIPAMENTOS
Superfcies de trabalho,tbuas de corte, talheres,panelas, batedeiras,etc.
AMBIENTEgua, solo, ar.
HOMEMPele, saliva, mos eunhas, cabelo, genitaise fezes.
ALIMENTO
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10 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
Todo alimento, quer seja de origem animal ou
vegetal, possui uma certa quantidade de bactrias que
formam a chamada contaminao de origem. Ela variaconforme o meio e forma de produo do alimento.
A maioria das bactrias, quando em pequena
quantidade, no capaz de produzir doenas.Para que isso acontea necessrio que
estejam presentes em grande nmero.
As bactrias se reproduzem dividindo-se aomeio. Na realidade, elas se multiplicam, pois uma
gera duas, duas geram quatro, quatro geram oito,
e assim por diante.
Se as condies forem adequadas, poderemos
ter uma diviso a cada vinte minutos, em mdia.
Assim, a partir de uma nica bactria, teremosaproximadamente dois milhes (2.000.000) de
bactrias em sete horas.
Alguns tipos de bactrias formam esporos,que so formas de resistncia s condies
inadequadas do meio para a sua sobrevivncia.
Na forma esporulada, a bactria no semultiplica, e tambm no produz doena. Ela
permanece em estado latente, voltando a se
multiplicar quando as condies se tornamadequadas novamente.
Existem bactrias que, ao se multiplicar,
produzem substncias chamadas toxinas. Elascausam doenas conhecidas como intoxicaes
alimentares.
Para se multiplicar, alm do alimento, asbactrias necessitam de gua, ar (a maioria) e
temperatura adequada.
O HOMEM UM IMPORTANTE AGENTE DE CONTAMINAO, POIS EMMDIA, POSSUI O SEGUINTE NMERO DE BACTRIAS:
Intestino at 10 bilhes de bactrias por gramaSaliva 750 milhes de bactrias por mlAxilas 2,5 milhes de bactrias por cmCouro cabeludo 1,5 milhes de bactrias por cmMos at 62.500 bactrias por poro
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Alguns alimentos possuem caractersticas que
facilitam a multiplicao dos microorganismos
como a presena de certos nutrientes, poucaacidez e alta umidade. o caso dos produtos de
origem animal. Alimentos com estas caractersticas
so chamados de perecveis.
Alimentos secos ou com acidez elevada do
menos oportunidade para a multiplicao
bacteriana.A temperatura do alimento interfere na
velocidade da multiplicao bacteriana.
O termmetro a seguir ilustra o que ocorrecom as bactrias em diversas temperaturas:
Bactrias se multiplicam lentamente. Quanto maisbaixa a temperatura, mais lenta a multiplicao.Ateno: Baixas temperaturas no matambactrias.
100 C Bactrias morremCuidado: toxinas podem permanecer ativas eesporos podem no ser eliminados.
74 C
65 C
4 C
0
Bactrias no se multiplicam.
Cuidado, Perigo!Temperatura ideal para multiplicao bacteriana.
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12 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
Para garantir um alimento seguro
necessr io tomar medidas que ev i tem,
eliminem ou reduzam a nveis aceitveis as
IV. Boas Prticas de Fabricao
contaminaes biolgicas, fsicas e qumicas.
Estas medidas so conhecidas como Boas
Prticas de Fabricao.
As Boas Prticas de Fabricao so normas eprocedimentos tcnico-sanitrios que garantem
a produo de alimentos seguros. Nos
estabelecimentos comerciais ou industriais dealimentos as boas prticas devem ser aplicadas a
todo o fluxo de produo alimentar, desde a
aquisio da matria prima at o consumo.
1. AquisioAdquira produtos de boa procedncia,
selecione o seu fornecedor, certifique-se que ele
adota as Boas Prticas de Fabricao.Mantenha um cadastro atualizado de
fornecedores.
2. RecebimentoReceba os alimentos em rea protegida
de chuva, sol e poeira. Ao receber um produto
observe:
se a condio de higiene e manuteno doveculo que o transporta adequada;
se o entregador est com uniforme limpo e
adequado;
se a quantidade entregue est de acordo
com a solicitada;
se a validade e as caractersticas do produtocomo cor, sabor, cheiro, aparncia e textura esto
adequados;
se a embalagem est ntegra, limpa e deacordo com as caractersticas do produto. No
aceite produtos em embalagens como jornais, ou
materiais reciclados;
se a temperatura do alimento est de acordo
com a recomendada no rtulo e/ou adequada
para seu transporte (vide tabela de temperaturano item 3 na pg. 11). Anote em planilha prpria
a temperatura do alimento no recebimento;
se o rtulo contm todas as informaesnecessrias (vide item 7.1 na pg. 18).
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 13
3. TransporteAlimentos devem ser transportados em
veculos e em condies que garantam a sua
qualidade:
o transporte dever ser feito em comparti-
mento que o separe de substncias que possam
contamin-lo;
as operaes de carga e descarga no devem
danificar o produto;
os veculos devero ser fechados quandodo transporte de alimentos crus ou prontos.
as temperaturas devero ser adequadas para
cada tipo de alimento.
A tabela a seguir apresenta as temperaturas
de transporte de acordo com as caractersticas dos
produtos:
Produto Temperatura
Congelados -18C ou at -12 C
Refrigerados at 10 C
Pescados at 3C
Carnes at 7 C
Quentes no mnimo 60 C
Observe a temperatura acima ou aquela
recomendada pelo fabricante, constante do
rtulo do produto.
4. ArmazenamentoCaixas de madeira utilizadas no transporte
de alimentos no devem entrar nas reas de
armazenamento e preparo.Armazene produtos de limpeza, higiene,
perfumaria e material qumico separadamente
dos alimentos e de embalagens.Disponha os produtos de acordo com a
data de vencimento ou de recebimento, para
que sejam utilizados primeiro os de menorprazo ou os recebidos h mais tempo. Utilize o
sistema PEPS: primeiro que entra-primeiro que
sai, ou o PVPS: primeiro que vence-primeiroque sai.
Produtos para devoluo ou descarte devem
ser armazendos em local identificado e separado.Estes produtos devem estar bem acondicionados
para no contaminar os demais alimentos.
4.1. Estoque SecoCaractersticas estruturais:
o ambiente dever ser bem ventilado, livre
de umidade ou calor excessivo;
mantenha o local bem higienizado, livre deentulhos e materiais txicos;
nas despensas, as prateleiras devero ser de
material liso, resistente e impermevel e de fcilhigienizao.
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No armazenamento os alimentos devem:
ser dispostos de forma organizada, separados
por grupos, observando o empilhamento mximorecomendado pelo fabricante para cada produto;
dispostos longe do piso, sobre estrados
mveis ou, se fixos, com altura mnima de 25 cm;
obedecer o afastamento entre pilhas e
paredes de no mnimo 40 cm e de 60 cm do forro,
nos ambientes caracterizados como depsito (ondeso utilizados paletes, estrados, gaiolas e similares);
nas despensas observe a distncia de 10 cm
da parede, 25 cm do piso e 60 cm do forro;
4.2. Temperatura Controlada Alimentos Perecveis
Todo alimento perecvel deve ser estocado
e m e q u i p a m e n t o s d e r e f r i g e r a o o u
congelamento.Para garantir a perfeita circulao do ar frio,
os alimentos devem ser mantidos distantes entre
si e das paredes dos equipamentos.No estoque alimentos sob condensadores
ou evaporadores nas cmaras frias.
Regule os equipamentos de acordo com orecomendado para o alimento que necessite de
menor temperatura (vide temperaturas no item
4.2.1 pg. 13).Caixas de papelo s devem permanecer em
equipamentos de refrigerao e congelamento
em local separado e delimitado, ou emequipamentos exclusivos para estas embalagens.
As caixas no devero apresentar sinais de
umidade e emboloramento.Alimentos crus, hortifruti, produtos
minimamente processados e aqueles que exalam
odor ou liberam lquidos devero serarmazenados em equipamentos diferentes
daqueles que j sofreram cozimento. Na
impossibilidade, respeite a seguinte disposio noequipamento de frio:
parte superior: alimentos prontos para
consumo;
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 15
meio: alimentos semi prontos ou pr-
preparados;
parte inferior: alimentos crus, separadosentre si e dos demais produtos.
Nos equipamentos para congelamentop o d e r o s e r e s t o c a d o s a l i m e n t o s d e
d i f e r e n t e s g n e r o s , d e s d e q u e s e j a m
emba lados , ident i f i cados , s eparados edispostos em grupos, sempre respeitando as
linhas de carga.
No desligue os equipamentos com o objetivode economizar energia. Este procedimento no
efetivo e coloca os alimentos em risco.
Controle periodicamente a temperatura dos
alimentos armazenados, anotando os resultado
sem planilha prpria.Lembre-se que o no descongelamento
peridico e a falta de limpeza dos equipamentos
de frio interferem na manuteno datemperatura. As alteraes de fornecimento de
energia tambm alteram as condies dos
alimentos, fique atento!
4.2.1. Temperatura deArmazenamento
As tabelas A e B apresentam as temperaturas e
os prazos de conservao segundo o tipo de alimento:
Alimento Temperatura Tempo
Frutas e hortalias At 10C por 72h
Frios e laticnios manipulados At 8C por 24h ou
At 6C por 48h ou
At 4C por 72h
Carnes, aves e seus produtos At 4C por 72h
manipulados crus.
Pescado cru. At 2C por 24h
Alimentos cozidos At 4C por 72h
Tabela A: REFRIGERAO
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Alimento Temperatura Tempo
Pescado cozido At 4C por 24h
Sobremesas At 8C por 24h ou
At 6C por 48h ou
At 4C por 72h
Tabela A: REFRIGERAO (cont.)
Tabela B: CONGELAMENTO
Nos produtos industrializados observe as
recomendaes do fabricante constantes no rtulo.Outros prazos podero ser estipulados
levando-se em considerao as caractersticas do
alimento e/ou anlises laboratoriais.
5. Pr-preparo e Preparo possvel a ocorrncia de contaminao de
alimentos cozidos a partir de alimentos crus, assim
como, a troca de microorganismos entresuperfcies e alimentos. Isso chamado de
contaminao cruzada.
Temperatura Tempo Mximo de Armazenamento
0 a -5 C 10 dias
-5 C a -10 C 20 dias
-10 C a -18 C 30 dias
Abaixo de -18 C 90 dias
Para produtos manipulados ou industrializados que no foram totalmente utilizados, observar:
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 17
Para evit-la, observe:
separe a rea destinada seleo e limpezade alimentos, ou seja, rea suja, da rea de preparo
ou limpa por meio de barreira fsica ou tcnica;
Porcione e fracione os alimentos em localprprio ou em horrio determinado;
Utilize utenslios exclusivos para cada
categoria de alimento;
Higienize as mos e utenslios entre uma
atividade e outra;
Proteja todos os alimentos dentro e foradas geladeiras com plsticos transparentes e
incolores ou vasilhas com tampa;
No reaproveite embalagens, principal-mente as de produtos no comestveis;
Evite colocar as mos nos alimentos,
utilizando utenslios sempre que possvel. As luvasdescartveis devem ser utilizadas no preparo de
alimentos que no sofrero cozimento antes do
consumo, ou que estiverem prontos para servir.Lembre-se: as luvas devem ser descartadas sempre
que houver mudana de atividade.
Devem existir lavatrios exclusivos para
higiene das mos nas reas de preparo,
preferencialmente sem acionamento manual,dotados de sabo lquido neutro e inodoro e
toalha de papel no reciclado.
Durante o pr-preparo e preparo, no
mantenha os alimentos perecveis em
temperatura ambiente por tempo superior a 30minutos, manipule em pequenas pores.
5.1. DessalgueO dessalgue de produtos crneos deve ser
feito sob refrigerao em temperatura de at 10 Cou atravs de fervura.
5.2. DescongelamentoDescongele os alimentos em geladeira a 4o C
ou em condies controladas, tais como:
Forno de conveco ou microondas;
Em gua corrente temperatura de 21 Cpor no mximo 4 horas;
Em temperatura ambiente, em local
protegido de contaminaes, monitorando atemperatura superficial do alimento que, ao
atingir 3 a 4 C, dever ser colocado sob
refrigerao.
Aps o descongelamento, o alimento dever
ser mantido sob refrigerao.No recongele os alimentos que foram
descongelados e no chegaram a ser utilizados.
Cuidado com o lquido que escorre duranteo descongelamento, ele pode ser fonte de
contaminaes.
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18 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
Lave em jato de gua retirando os resduos
com as mos;
Desinfete, mergulhando em soluoclorada por 15 a 20 minutos;
Enxge novamente.
A soluo clorada poder ser obtida
utilizando produtos com registro no Ministrio
da Sade para este fim, ou atravs do uso de guasanitria em cujo rtulo, conste a indicao de
uso em alimentos.
Para a diluio da gua sanitria utilizeuma colher de sopa (10ml) de gua sanitria
a 2,0-2,5% de cloro livre para cada litro
de gua.
5.4. Utilizao de OvosNo oferea para consumo ovos crus ou
alimentos preparados onde os ovos
permaneam crus, como cremes, molho demaionese e outros. Nas preparaes sem
coco utilize ovos pasteurizados, cozidos ou
desidratados. Os ovos devem ser cozidos porno mnimo 7 minutos aps fervura. Os ovos
fritos devem apresentar as gemas duras.
No comercialize ou utilize ovos com cascarachada. No reutilize as embalagens. Observe
as recomendaes do rtulo para a
conservao dos ovos.
5.3. Higienizao de Frutas,Legumes e Verduras
Escolha uma a uma, descartando as
estragadas;
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 19
5.5. Alimentos EnlatadosLave as latas antes de abr-las. A poro no
utilizada dever ser transferida para vasilhasadequadas, devidamente identificadas e mantidas
sob refrigerao. No comercialize ou utilize
alimentos embalados em latas amassadas,estufadas ou enferrujadas.
5.6. CozimentoCozinhe bem os alimentos. Seu interior deve
atingir a temperatura de no mnimo 74 C. Outrascombinaes de tempo e temperatura como 65 C
por 15 minutos ou 70 C por 2 minutos tambm
podero ser utilizadas. leos e gorduras parafrituras no devem ser aquecidos a temperaturas
superiores a 190 C. Despreze leos e gorduras
que apresentarem alteraes de cor, odor, sabor,
presena de fumaa em temperatura de fritura,
presena de espuma ou outras alteraes.
5.7. ReaquecimentoAlimentos que j sofreram coco e que fo-
ram adequadamente conservados, ao serem
reaquecidos devem atingir a temperatura de no
mnimo 74 C no seu interior.
5.8. Resfriamento e CongelamentoAlimentos quentes devem ser resfriados
rapidamente antes de serem colocados sob
refrigerao. A temperatura deve baixar de 55 Cpara 21 C em no mximo 2 horas e de 21 C para
4 C em no mximo 6 horas. Divida os alimentos
em pequenas pores, utilize imerso em gelo,freezer ( -18 C), geladeira (2 C a 3 C) ou
equipamento de resfriamento rpido.
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20 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
Os recipientes destinados a refrigerar alimentos
devem ter altura de aproximadamente 10 cm. No
congelamento a temperatura original deve passarpara 0 C ou menos, em no mximo 6 horas.
6. Conservao dos AlimentosAps o Preparo
Sirva os alimentos imediatamente aps o
cozimento. Caso no seja possvel, mantenha-osconservados nas seguintes temperaturas:
Alimentos quentes: acima de 65 C por no
mximo 12 horas, a 60 C por no mximo 6 horas,ou abaixo de 60 C por no mximo uma hora.
Utilize para isso banho-maria, estufa, rchaud e
outros.Alimentos frios: at 10 C por no mximo 4
horas ou entre 10 e 21 C por no mximo 2 horas.
Utilize geladeira, balco refrigerado e outros.
Os alimentos que no obedecerem os critrios
de tempo e temperatura acima devero ser
desprezados.Mantenha todo e qualquer alimento
protegido, dentro ou fora de equipamentos de
conservao.Proteja alimentos colocados venda e em
equipamentos de auto-servio.
7. Rotulagem e IdentificaoA rotulagem obrigatria e visa fornecer
informaes para o consumidor e possibilitar a
rastreabilidade do alimento. Rastreabilidade o
acompanhamento de um produto desde suaorigem at o consumo final.
7.1. RtuloOs rtulos devem conter os seguintes dados:
nome do produto;
lista de ingredientes;
contedo lquido;
identificao da origem ou nome e/ou razosocial e endereo do fabricante,do distribuidor e
do importador, se o produto for importado;
identificao do lote ou data de fabricaoou data de validade;
prazo de validade;
instrues para o preparo e uso doalimento;
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 21
informao nutricional;
registro no rgo competente, quando
necessrio.
Prazo de validade;
Identificao de origem;
Esto isentos da obrigatoriedade do prazo devalidade: frutas, verduras, legumes, vinhos e
produtos de panificao.
7.2. IdentificaoDesenvolva um sistema de identificao que
garanta a rastreabilidade do produto a partir do
recebimento. Na armazenagem dos produtos,
mantenha a embalagem original sempre quepossvel.
No caso de transferncia de matria-prima
ou produtos no manipulados para umaembalagem diferente da original, identifique o
produto por meio de etiquetas. As etiquetas
devero conter os dados do rtulo, ou no mnimo,as seguintes informaes:
nome do fornecedor e endereo;
nome do produto e marca;
modo de conservao;
nmero de registro quando for o caso;
ingredientes;
prazo de validade original (determinado
pelo fabricante);
nmero da nota fiscal;
nmero do lote ou data de fabricao e/
ou prazo de validade;
data da transferncia.
Produtos que necessitam de registro:alimentos de origem animal, adoantes, gua,
alimentos para fins especiais (infantis, dietas, etc.),bebidas no alcolicas, gelo, sal e palmito.
Produtos embalados na ausncia do
consumidor devem conter todas as informaesacima.
Alimentos preparados ou fracionados no lo-
cal de comercializao e embalados na presenado consumidor, devem apresentar no mnimo as
informaes exigidas pelo Cdigo do
Consumidor que so as seguintes:
Nome;
Quantidade;
Composio;
Preo;
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22 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
Desenvolva um sistema de identificao para
produtos produzidos no local, constando nome
do produto, data de produo e prazo de validade.
8. Cuidados com a guaA gua utilizada na preparao de alimentos
deve ser potvel. Utilize gua da rede pblica de
distribuio. A utilizao de fontes alternativas deabastecimento de gua no prprio local (poos),
s ser possvel aps outorga concedida pelo
Departamento de guas e Energia Eltrica, daSecretaria de Energia e Saneamento do Estado
de So Paulo. Toda gua de fonte alternativa
dever ser clorada.Verifique a qualidade da gua atravs de
controle laboratorial peridico.
Mantenha no estabelecimento os documentos
de concesso e os laudos laboratoriais peridicos.
Se for utilizada gua potvel transportada porcaminho pipa, os laudos de anlise laboratorial e a
nota fiscal devem permanecer no estabelecimento.
obrigatria a existncia de reservatrio degua. Ele deve ser limpo e desinfetado quando
for instalado, a cada seis meses e na ocorrncia
de acidentes que possam contaminar a gua(animais, sujeira, enchentes, etc).
Para limpeza e desinfeco feche a entrada
de gua, esvazie e limpe as paredes do reservatrio.Recolha o resduo com o auxlio de p e
panos, evitando que a sujeira desa pelo cano.
Deixe entrar um palmo de gua e adicione doislitros de gua sanitria. Molhe as paredes internas
com esta soluo, mantendo-as umedecidas por
duas horas. Esvazie o reservatrio abrindo todasas torneiras. Torne a ench-lo, tampe e anote do
lado de fora a data da limpeza.
9. PessoalTodo o pessoal envolvido em qualquer etapa
da produo ou comercializao de alimentos
dever ser, continuamente, capacitado em boas
prticas de fabricao/manipulao.Desenvolva um programa de treinamento
para todos os funcionrios, de acordo com as suas
funes.
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 23
9.1. Programa de SadeTodas as pessoas que trabalham em
estabelecimentos alimentcios devero estar em
perfeito estado de sade evitando assimcontaminar os alimentos.
estiverem protegidas com cobertura prova de
gua como luvas de borracha ou vinilicas.
9.2. Higiene PessoalTome banho e faa a barba diariamente, de
preferncia, antes de iniciar o trabalho. Escove
os dentes aps cada refeio.
Lave bem as mos e antebraos sempre que:
Chegar ao trabalho;
Iniciar ou trocar de atividade;
Utilizar o sanitrio;
Tossir, espirrar ou assoar o nariz;
Usar material de limpeza;
Remover lixo;
Tocar em caixas, sacarias, garrafas;
Pegar em dinheiro;
Manipular alimentos no higienizadosou crus;
Antes de tocar em utenslios higienizados;
Antes de colocar, e aps retirar, asluvas descartveis;
A toda interrupo de servio.
A lavagem deve ser feita com sabonete
lquido, neutro e inodoro massageando as mos
e antebraos.Enxge, seque com papel toalha no
reciclado, ou ar quente, e aplique anti-sptico
aprovado para este fim, deixando-o secar
Faa exame mdico anualmente e sempre
que apresentar sintomas de qualquerenfermidade. Os atestados devero ser
acompanhados dos seguintes laudos laboratoriais:
hemograma, coprocultura e coproparasitolgico.
No manipule alimentos quando estiver
com resfriado, tosse, dor de garganta, febre,
ferimentos ou doenas nas mos, unhas e braos,disenteria ou diarria. Durante este perodo,
desempenhe outras funes.
O manipulador com cortes e ferimentos s
poder manipular alimentos se estas leses
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24 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
naturalmente. Sabo anti-sptico, aprovado pelo
M.S., pode ser utilizado desde que permanea
em contato com a pele no tempo determinadopelo fabricante.
Afixe cartazes em locais estratgicos e
visveis sobre o procedimento correto dahigiene das mos.
Conserve as unhas curtas, sem esmalte e no
use adornos (anis, alianas, pulseiras, relgios,etc.). No utilize perfumes, os desodorantes
devero ser inodoros.
9.3. Higiene OperacionalDurante a manipulao de alimentos:
No toque em maanetas ou qualquer
outro objeto alheio atividade;
No chupe balas, no masque gomas,palitos ou similares;
No prove alimentos com as mos ou
colher, colocando-a em seguida na panela, semprvia lavagem;
No toque qualquer parte do corpo ou
enxugue o suor com as mos, panos ou peas davestimenta;
No manipule dinheiro;
No fale, cante, espirre ou tussa sobre osalimentos.
Retire os aventais de proteo antes de entrar
no sanitrio, mantendo-os fora desse espao.
9.4. UniformeUse uniforme completo, limpo, de cor clara
e sem bolsos acima da cintura. A troca deve ser
diria e seu uso exclusivo nas dependncias doestabelecimento. A lavagem dos uniformes de
responsabilidade do empregador. Os calados
devero ser fechados, antiderrapantes e em bomestado de conservao.
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 25
Cubra os cabelos usando como proteo
redes ou gorros.
No carregue no uniforme qualquer objetoque possa cair sobre os alimentos. Crach,
termmetro ou outros objetos utilizados na
atividade devero ser colocados no bolso inferiordo uniforme.
Os aventais de proteo podem ser de mate-
rial plstico apenas para as situaes que envolvamatividades de lavagem. vedado seu uso prximo
a fontes de calor. No permitido o uso de panos
ou sacos plsticos como avental.Utilize vestimenta adequada para o trabalho
a baixas temperaturas (cmaras frias) . Proteja as
mos com luvas de tela metlica na manipulaode carnes e pescados.Utilize luvas isolantes
trmicas na manipulao de utenslios quentes.
Disponibilize para o visitante uniforme eproteo para os cabelos.
10. Higiene de Instalaes,Utenslios, Equipamentos
As bactrias se multiplicam em resduos que
permanecem nos utenslios, equipamentos e noambiente de trabalho, contaminando os alimentos
ali produzidos. Portanto, higiene fundamental.
A higiene comea na organizao. Reserveum lugar para cada coisa e evite manter nas reas
de preparo ou de estoque de alimentos:
Plantas;
Enfeites;
Objetos estranhos atividade;
Equipamentos e utenslios que no esto
sendo usados.
10.1. Procedimento de HigienizaoTodo procedimento de higienizao deve
ser descrito. O documento deve conter o
mtodo, a freqncia, o responsvel pelo
procedimento, o local, os produtos utilizados(sua concentrao, tempo e temperatura de
exposio).
Higienize equipamentos e utenslios antes eaps o uso.
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26 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
No coloque equipamentos e utenslios
higienizados diretamente sobre o piso.
Higienize utenslios e equipamentos,seguindo o processo:
Retire os resduos slidos;
Lave com gua e detergente;
Enxge;
Desinfete;
Deixe secar naturalmente ou utilize panodescartvel.
90 C no enxge, ou conforme recomendao
do fabricante.
Os equipamentos devem ser desmontadoscuidadosamente antes da h ig ienizao,
submetendo cada pea aos mesmos cuidados
dispensados aos utenslios.Em equipamentos de preparaes onde
os ingredientes so predominantemente
secos, possvel utilizar o sistema de limpeza aseco. Ele consiste na retirada dos resduos
atravs de mtodos fs icos da seguinte
forma:
Desmonte o equipamento;
Remova a sujeira aderida com o auxlio de
escovas de cerdas sintticas de dureza adequada superfcie;
Aspire a sujeira ou utilize outro mtodo
seguro. O uso de ar comprimido no recomendado para esta operao.
No utilize escovas de metal e l de ao nalimpeza de equipamentos e utenslios.
No faa varredura a seco, a poeira pode
contaminar.
10.2. Freqncia de HigienizaoA higienizao deve ser realizada sempre que
necessrio. A tabela a seguir indica a periodicidade
mnima para limpeza:
A desinfeco poder ser feita com gua quente
a, no mnimo, 80 C por 15 minutos ou pelo uso de
desinfetantes apropriados (vide desinfeco).As mquinas de lavar louas devem atingir as
temperaturas de 55 a 65 C na lavagem e de 80 a
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 27
Tipo
Pisos, ralos, reas deproduo e lavagem,lavatrios, sanitrios,mobilirio, recipientede lixo
Equipamentos,utenslios, superfciesde manipulao,saboneteiras
Paredes, portas,janelas, prateleiras,coifas, geladeira,cmaras
Estoque, estrados,congeladores
Luminrias,interruptores,tomadas eltricas,telas
Tetos, forros,caixas de gordura,filtro de arcondicionado,tubos de ar
Reservatrio degua
De acordo coma necessidadeou comregulamentaoespecfica
FreqnciaDirio
Dirio oude acordocom o uso
Semanal Quinzenal Mensal Semestral
xx
xx
xx
x
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28 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
A periodicidade e a tcnica utilizadas na
higienizao de equipamentos de fatiamento de
frios e moagem de carnes devem garantir asegurana dos produtos.
10.3. DesinfecoA desinfeco dos equipamentos e utenslios
somente deve ser realizada aps a lavagem.Utilize produtos desinfetantes com registro
no Ministrio da Sade.
Os desinfetantes devem permanecer emcontato com as superfcies, o tempo estabelecido
pelo fabricante.
O enxge obrigatrio nas superfcies queentram em contato com os alimentos.
10.4. Material para HigienizaoMantenha todos os utenslios e materiais para
limpeza armazenados em local prprio, afastadosdos alimentos e separados por tipo de utilizao.
11. Controle Integrado de PragasNo controle de pragas cabe aos
estabelecimentos alimentcios a adoo de
medidas preventivas (que minimizem a aplicaode produtos desinfestantes):
Impea o acesso das pragas, colocando telas
e protegendo aberturas externas;
No acumule materiais que no tem uso
ou estranhos atividade;
Adote as medidas descritas no item 12,pg. 27 para a disposio do lixo;
Monitore a presena das pragas e contrate
os servios de uma empresa especializada nocontrole de vetores e pragas urbanas.
A empresa contratada deve ser licenciada e/oucadastrada na Vigilncia Sanitria e utilizar somente
produtos registrados no Ministrio da Sade.
As tcnicas de controle e a disposio dasarmadilhas e iscas so de responsabilidade da
empresa contratada, cabendo ao estabelecimento
o cumprimento das recomendaes.Mantenha no estabelecimento: a proposta ou
contrato de servio contendo o relatrio tcnico da
visita e as medidas preventivas a serem implementadas;o comprovante de execuo do servio contendo no
mnimo as seguintes informaes:
Identificao da empresa controladora;
Nmero da licena de funcionamento;
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 29
Identificao da empresa usuria;
Pragas alvo;
Produtos utilizados com nmero doregistro; composio, concentrao e quantidade
aplicada;
Indicao para uso mdico, informando ogrupo qumico, a ao txica, o antdoto e o
tratamento adequado;
Assinatura do Responsvel Tcnico e inscriono Conselho Regional da classe pertinente.
12. Disposio do LixoContribua para a diminuio do volume de
lixo coletado pelo servio de limpeza pblica,encaminhando os resduos reciclveis para
a coleta seletiva.
Acondicione separadamente o lixo orgnicoe o lixo seco em recipientes apropriados.
Na rea interna o lixo deve ser acondicionado
em recipientes com as seguintes caractersticas:
Ser constitudo de material de fcil limpeza;
Ser revestido com saco plstico prprio para
uso domiciliar ou comercial;
Ter tampa e pedal;
Ser removido sempre que estiver completo.
Mantenha o recipiente afastado das mesas e
utenslios de preparao, da manipulao e do
armazenamento de alimentos.
Fora da rea de produo e manipulao, o
lixo deve estar disposto em local:
Revestido de material de fcil limpeza;
Provido de ponto de gua e ralo;
Protegido da chuva, sol e longe do acesso
de animais e pessoas estranhas.
O lixo no deve ser removido pelo mesmo
local por onde entram os alimentos. Naimpossibilidade, utilize horrios diferentes.
Resduos de leo e alimentos podero ser
comercializados para reaproveitamento. Nestecaso, acondicione-os em recipientes rgidos e
fechados que permaneam fora da rea
de produo.Mantenha registro com o nome e endereo
da empresa processadora, freqncia da coleta e
quantidade do material coletado.Se o lixo for coletado por empresa
especializada, o contrato deve indicar o destino
dos resduos e as notas fiscais devero permanecerno estabelecimento.
13. Instalaes, Utenslios eEquipamentos
As instalaes, equipamentos e utenslios
utilizados para o preparo ou comrcio de alimentosdevem ser adequadas do ponto de vista sanitrio e
estar de acordo com o volume de produo, tipos
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30 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
de produtos e sistema de distribuio e vendas.
As instalaes devem favorecer o fluxo line-
ar sem cruzamento de atividades. A separao deatividades poder ser garantida por meios fsicos
ou outras medidas que impeam a contaminao
cruzada.Os materiais utilizados na construo das
instalaes devem favorecer a sua manuteno e
higienizao.Pisos, paredes e tetos devem ser de material
liso, impermevel, resistente, conservados e
isentos de trincas, rachaduras, orifcios,vazamentos, descascados, umidades e bolores.
Portas devem ser bem conservadas, de cor clara,
fcil higienizao, ajustadas ao batente, defechamento automtico (molas ou similar) e com
proteo na parte inferior contra roedores e insetos.
Janelas e aberturas externas devero ter telasmilimtricas (malha de 2 mm), ajustadas ao
batente ou parede, sem frestas.
A iluminao deve ser uniforme, sem formaode sombras, cantos escuros ou ofuscamentos, no
devendo alterar as caractersticas sensoriais dos
alimentos. As luminrias e lmpadas devem estarlimpas e protegidas contra exploses e quedas
acidentais. As instalaes eltricas devem ser
preferencialmente embutidas , e se externas, devemestar perfeitamente revestidas por tubulao
isolante, disposta de forma a facilitar a limpeza.
A ventilao deve garantir o conforto trmico,
renovao de ar e ausncia de umidade, podendo
ser feita atravs de janelas ou insufladoresdevidamente dimensionados e higienizados
periodicamente. A direo do fluxo de ar deve partir
da rea limpa para a suja. No devem ser utilizadosventiladores e equipamentos de ar condicionado
domstico nas reas de manipulao.
O p direito deve ser de no mnimo 2,70 m.Os sanitrios para funcionrios devem ser
separados por sexo, estar em bom estado de
conservao, constitudos de um vaso sanitriosifonado e com tampa, para cada 20 funcionrios,
papel higinico e lavatrios com sabo lquido,
papel higinico, toalhas descartveis de papel noreciclado, ou outro processo adequado.
No devem ter comunicao direta com a
rea de manipulao ou estoque de alimentos.Os vestirios devem ser separados por sexo,
com armrios individuais em bom estado de
conservao, com um chuveiro para cada 20funcionrios. Nas pequenas e mdias empresas
(classificadas como ME e EPP) o vestirio poder
ser substitudo pela instalao de armriosindividuais de forma organizada em sanitrios
providos de chuveiro.
Na rea / local para higiene das mos, devemexistir lavatrios exclusivos para higiene das mos.
Quando no houver separao de reas, deve
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 31
existir pia em posio estratgica em relao ao
fluxo de preparao, com torneiras acionadas sem
contato manual.O esgotamento sanitrio deve ser ligado a
rede de esgoto. Quando no, deve ser tratado
adequadamente e seu destino aprovado pelaautoridade competente.
Os ralos devem ser sifonados, possuir grelhas
devidamente encaixadas e dispositivos quepermitam fechamento. As caixas de esgoto no
devem estar dentro da rea de produo de
alimentos. obrigatria a presena de caixa de gordura
localizada prxima rea de gerao de resduo,
preferencialmente fora da rea de produo.Encanamentos areos devem estar dispostos
de forma a no contaminar os produtos e facilitar
a higienizao.A rea para guarda de botijes de gs deve
ser exclusiva para armazenamento de recipientes
de GLP e seus acessrios. O local deve serdelimitado por tela, grade vazada ou outro
processo que evite passagem de pessoas e permita
ventilao constante.
14. Casa de MquinasOs estabelecimentos que possurem cmaras
frigorficas mantidas por sistemas de refrigeraopor amnia devem contar com projeto
apropriado. A casa de mquinas deve ser
localizada no trreo, de preferncia em edificao
separada. Havendo necessidade de mant-la namesma edificao onde se realizam atividades
administrativas ou de produo, ela dever contar
com o mximo de paredes exteriores possveis.A ventilao dessa rea dever ser adequada.
Nos casos de ambientes fechados, o p direito deve
ser no mnimo de 4 metros e possuir duas sadasde emergncia. essencial a existncia de
detectores de vazamento que desliguem todos os
equipamentos eltricos e acionem ventilaoexaustora. Todos os componentes, inclusive
tubulaes, devem ser devidamente sinalizados e
identificados. Os funcionrios devero portarmscara contra gases para trabalhar nesta rea.
Condensadores, compressores, outros vasos,
evaporadores e bombas devem estar equipadoscom vlvulas de alvio de presso. As tubulaes
podem ser de ferro ou ao; zinco ou cobre so
proibidos para instalaes contendo amnia.A armazenagem de amnia deve ser feita
preferencialmente em rea coberta, seca,
ventilada, com piso impermevel e afastada demateriais incompatveis.
Recomenda-se uma inspeo visual em todos
os pontos crticos - soldas, curvas, junes, selosmecnicos - ao menos a cada 3 meses.
Sistemas apropriados de preveno e
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32 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
combate a incndios devem estar presentes e em
perfeito estado de funcionamento.
Os equipamentos devem apresentarfacilidade para limpeza, desmontagem,
conservao e manuteno.
Equipamentos como cilindro de po, mquinade cortar frios, serra de fita para fracionamento
de peas com osso, masseira, moedor de carnes,
entre outros, devem possuir dispositivos de proteocontra acidentes de trabalho.
Os equipamentos de conservao de
alimentos frios ou quentes devem possuirtermmetro acoplado ou avulso.
Os utenslios devem ser constitudos de
material sanitrio, no absorvente, conservado,
sem concavidades, farpas ou amassados.
As mesas e bancadas devem ser de materialliso, resistente, impermevel, sem reentrncias
e cantos que impeam a higienizao de
sua superfcie.
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 33
V. Controle de QualidadeExecute periodicamente auditorias internas
utilizando roteiro ou lista de verificao deBoas Prticas.
Elabore planos de aes corretivas com prazo
e responsveis definidos.Registre diariamente em planilha prpria, a
temperatura dos equipamentos trmicos.
Guarde amostra dos alimentos produzidospara esclarecimento de falhas que possam colocar
em risco a sade do consumidor.
Colete amostras de pratos prontosguardando-as por 72 horas sob refrigerao at
4C, ou sob congelamento a 18C. Lquidos
devem ser armazenados apenas sob refrigerao.
As amostras devem ser coletadas na distribuio,1/3 do tempo anterior ao trmino.
Nas indstrias, as amostras devem ser
coletadas ao final da produo do lote ou nasetapas crticas do processo e mantidas pelo
perodo de validade do produto.
Retire de exposio e venda produtos queapresentem desvios de segurana. Comunique ao
seu fornecedor.
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VI. Manual de Boas Prticasde Fabricao ou Prestao deServios
um documento que descreve as operaesrealizadas no estabelecimento. Deve conter no
mnimo informaes sobre:
Instalaes e seus requisitos sanitrios;
Higienizao das instalaes, equipamentos
e utenslios;
Controle da gua de abastecimento;
Controle integrado de pragas;
Controle da higiene e sade dos manipuladores;
Controle e garantia do produto final.
A finalidade do manual estabelecer as
rotinas e procedimentos praticados, conferindo ao
produto final um padro de identidade e qualidade.
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Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 35
VII. Responsabilidade Tcnica
A produo de alimentos est intimamenteligada sade pblica, cabendo ao responsvel
pela atividade implantar e manter um sistema que
garanta a qualidade dos seus produtos.As Empresas de Pequeno Porte (EPP) e as
Microempresas (ME), podero ter como
responsvel o proprietrio ou uma pessoa por eledesignada. Cabe ao responsvel implementar e
responder pelas seguintes atividades:
Treinamento de funcionrios;
Elaborao, atualizao e implantao do
Manual de Boas Prticas de Fabricao ou
Prestao de Servios;
Elaborao, atualizao e implantao dos
Procedimentos Operacionais Padronizados POPs;
Acompanhamento das inspees realizadaspela autoridade sanitria;
Notificao ao Servio de Vigilncia em
Sade de casos ou surtos de Doenas Transmitidaspor Alimentos;
Avaliao peridica das causas de
reclamaes referentes qualidade e seguranados produtos, realizadas junto ao servio de
atendimento ao consumidor (SAC);
Implantao do servio de recolhimento deprodutos em desacordo;
Insero de informaes nos rtulos queesclaream o consumidor e garantam a
rastreabilidade do produto.
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36 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
VIII. Leitura ComplementarRecomendada
www.anvisa.gov.br/alimentos/legislao www.cvs.saude.sp.gov.br/legislao www.prefeitura.sp.gov.br/covisa/legislao
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IX. Referncia Bibliogrfica ABNT Norma para vasos de presso pararefrigerao, 1996.
BRASIL: Ministrio da Sade - Secretaria deVigilncia Sanitria - Portaria 326 de 30 dejulho de 1997.
BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - Resoluo 22de 15 de maro de 2000.
BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - Resoluo 23de 15 de maro de 2000.
BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - ResoluoRDC 259 de 20 de setembro de 2002.
BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - ResoluoRDC 275 de 21 de outubro de 2002.
BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - ResoluoRe n 9, de 16/01/2003.
BRASIL: Ministrio do Trabalho e Emprego -Secretaria de Inspeo do Trabalho - NotaTcnica n 03/DSST/SIT Braslia,18 de maro de2004 - Refrigerao Industrial por Amnia.
BRASIL: Ministrio do Trabalho e Emprego -Nr13.
EVANGELISTA, J. - Tecnologia de Alimentos.2 ed. So Paulo, Rio de Janeiro, BeloHorizonte: Livraria Atheneu Editora, 1994.
FEHLHABER, K.; JANETSALKE, P. HigieneVeterinaria de los Alimentos. Zaragoza :Editora Acribia S.A,1992.
GERMANO,P. M. L. ;GERMANO, M. I. S. .Higiene e Vigilncia Sanitria de Alimentos.So Paulo: Livraria Varela, 2001.
GERMANO M.I.S - Treinamento deManipuladores de alimentos: fator seguranaalimentar e promoo da sade. So Paulo:Livraria Varela / Revista Higiene Alimentar,2003.
HAZELWOOD & McLEAN Manual de Higienepara Manipuladores de Alimentos. LivrariaVarela, Edio 1994.
So Paulo: Prefeitura do Municpio de SoPaulo - Lei n. 13.725 de 9 de janeiro de 2004.
So Paulo: Prefeitura do Municpio de SoPaulo - Portaria n 2.535 de 24 de outubro de2003.
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So Paulo: Prefeitura do Municpio de SoPaulo - Portaria n 13.478 de 30 dedezembro de 2002.
So Paulo: Secretaria de Sade do Estado deSo Paulo - Portaria CVS n. 6 de 10 de marode 1999
So Paulo: Secretaria de Sade do Estado deSo Paulo - Portaria CVS n. 9 de 6 denovembro de 2000
SENAC Manual do Responsvel Tcnico -Projeto APPCC Mesa. Rio de Janeiro , 2001
SILVA Jr., E. A. Manual de ControleHiginico Sanitrio em Alimentos. 4 ed. SoPaulo: Livraria Varela, 2001.
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Agradecimentos
Villa TavolaHabibs
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ElaboraoSuely Stringari de Souza
Projeto Grfico e DiagramaoBruna Lima e Silva
Thiago Hara Dias
RevisoTatiana Gonalves Pasquale
ColaboradoresAna Marisa Tenuta Perondi
Ana Paula RandiCarmen Silvia Carmona Azevedo
Cntia Salles RomeroClaudia Lago
Helena Dias de OliveiraMagda Andreotti
Maria Teresa Garrafa Rocha CamposNina da Costa CorreaOlinda Vieira Branco
Sonia Maria LagoaValria Rodrigues HaidarVera Helena Lessa Villela
IlustraoMarcos K. Vasconcelos
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Prefeitura do Municpio de So Paulo
Secretaria Municipal da Sade
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44 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas
CovisaCoordenao deVigilncia em Sade
Prefeitura doMunicpiode So Paulo
SMSSecretariaMunicipal de Sade