1.2 conhecimentos especificos - manual alimentos

44
Alimentos Seguros – Orientações técnicas

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  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 1

    Alimentos Seguros Orientaes tcnicas

  • 2 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 3

    Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

  • 4 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Prefeitura do Municpio de So Paulo

    Secretaria Municipal da Sade

    Coordenadoria de Vigilncia em Sade

    Ficha Catalogrfica

    Alimentos Seguros: Orientaes tcnicas. / (elaborado por)Suely Stringari de Souza. So Paulo, Prefeitura do Municpio de So Paulo.Secretaria Municipal da Sade. Coordenao de Vigilancia em Sade,Gerncia de Comunicao e Educao, 2004. 40 p. II

    1.Alimentos Seguros. 2. Manipulador de alimentos. 3. Capacitao deManipuladores. I. Coordenadoria de Vigilncia em Sade. II. Souza, Suely Stringari.III. Ttulo.

    So Paulo2004

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 5

    I. Introduo ............................................................................................................................................. 05

    II. Contaminao dos Alimentos .......................................................................................................... 06III. Noes de Microbiologia ................................................................................................................. 06

    IV. Boas Prticas de Fabricao ............................................................................................................. 10

    1. Aquisio ......................................................................................................................................... 10

    2. Recebimento .................................................................................................................................. 10

    3. Transporte ....................................................................................................................................... 11

    4. Armazenamento ............................................................................................................................ 11

    4.1. Estoque Seco ........................................................................................................................ 11

    4.2. Temperatura Controlada Alimentos Perecveis .......................................................... 12

    4.2.1. Temperatura de Armazenamento ................................................................................ 13

    Tabela A Refrigerao .......................................................................................................... 13

    Tabela B Congelamento ....................................................................................................... 14

    5. Pr-preparo e Preparo .................................................................................................................. 14

    5.1. Dessalgue .............................................................................................................................. 15

    5.2. Descongelamento ................................................................................................................ 15

    5.3. Higienizao de Frutas, Legumes e Verduras ................................................................. 16

    5.4. Utilizao de Ovos ............................................................................................................... 16

    5.5. Alimentos Enlatados ........................................................................................................... 17

    5.6. Cozimento ............................................................................................................................. 17

    5.7. Reaquecimento .................................................................................................................... 17

    5.8. Resfriamento e Congelamento ......................................................................................... 17

    ndice

  • 6 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    6. Conservao dos Alimentos Aps o Preparo ............................................................................ 18

    7. Rotulagem e Identificao .......................................................................................................... 18

    7.1. Rtulo ................................................................................................................................... 18

    7.2. Identificao ......................................................................................................................... 19

    8. Cuidados com a gua ................................................................................................................... 20

    9. Pessoal ............................................................................................................................................. 20

    9.1. Programa de Sade ............................................................................................................. 21

    9.2. Higiene Pessoal .................................................................................................................... 21

    9.3. Higiene Operacional ........................................................................................................... 22

    9.4. Uniforme ............................................................................................................................... 22

    10. Higiene de Instalaes, Utenslios, Equipamentos ............................................................... 23

    10.1. Procedimento de Higienizao ...................................................................................... 23

    10.2. Freqncia de Higienizao ............................................................................................ 24

    10.3. Desinfeco ........................................................................................................................ 26

    10.4. Material para Higienizao ............................................................................................ 26

    11. Controle Integrado de Pragas .................................................................................................. 26

    12. Disposio do Lixo ...................................................................................................................... 27

    13. Instalaes, Utenslios e Equipamentos .................................................................................. 27

    14. Casa de Mquinas ....................................................................................................................... 29

    V. Controle de Qualidade ....................................................................................................................... 31

    VI. Manual de Boas Prticas de Fabricao ou Prestao de Servios ........................................... 32

    VII. Responsabilidade Tcnica .............................................................................................................. 33

    VIII. Leitura Complementar Recomendada ....................................................................................... 34

    IX. Referncias Bibliogrficas ................................................................................................................ 35

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 7

    Os alimentos so elementos promotores de sade. Entretanto se produzidos, manipulados ou servidos

    inadequadamente, podero ao contrrio, produzir doenas. A obteno de um alimento seguro implica na

    adoo de cuidados higinico-sanitrios em todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produo primria

    at o consumo.

    Cabe aos estabelecimentos alimentcios adotar um programa de qualidade com o objetivo de produzir,

    comercializar e servir alimentos seguros. Este programa deve basear-se nas normas legais e ser implantado e

    monitorado por um responsvel pela atividade, que dever ser um profissional com formao na rea de

    alimentos. No caso de empresas classificadas como Empresas de Pequeno Porte (EPP) e Microempresas (ME),

    a responsabilidade tcnica poder estar a cargo do proprietrio ou de pessoa por ele designada, devidamente

    capacitadas por cursos especficos para a rea.

    Este manual fornece subsdios para o curso direcionado aos responsveis por estabelecimentos alimentcios

    da cidade de So Paulo, atendendo legislao em vigor. Nele os conceitos tcnicos de microbiologia alimentar

    explicam os pr-requisitos e critrios de segurana, aplicados produo e comercializao de alimentos

    seguros.

    I. Introduo

  • 8 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    II. Contaminao dos Alimentos

    III. Noes de Microbiologia

    pedaos de pedra e outros. A contaminao qumica

    ocorre quando produtos de limpeza, produtostxicos e outros esto presentes no alimento.

    O alimento tambm poder conter seres

    vivos e seus produtos, como microorganismos,lagartas e outros, sendo neste caso contaminao

    biolgica.

    As contaminaes podem produzir doenase constrangimentos, portanto, devem ser evitadas.

    Um alimento est contaminado quando

    contm elementos estranhos sua natureza ecomposio. A presena destes elementos pode

    tornar o alimento no seguro, representando um

    perigo para o seu consumo.A contaminao poder ser fsica, qumica

    ou biolgica.

    Ela fsica quando o alimento contm objetosestranhos como, por exemplo, fios de cabelo,

    Algumas doenas so causadas pormicroorganismos ou parasitas presentes nos

    alimentos. Os microorganismos so seres vivos to

    pequenos, que s podemos enxerg-los atravs delentes de aumento, como as existentes no

    microscpio.

    Eles podem ser desejveis ou indesejveis. Osdesejveis so aqueles utilizados na produo de

    alguns alimentos e bebidas, como queijos, cerveja,

    vinho, etc.

    Quando microorganismos indesejveis sedesenvolvem no alimento, ele se deteriora ou

    produz doenas. No alimento deteriorado

    ocorrem alteraes na sua textura, cor, odor(cheiro) e sabor.

    Entretanto, a maioria dos microorganismos

    que causa doena no altera o aspecto fsico doalimento.

    Um alimento com aspecto normal pode

    conter microrganismos que causam doena.

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 9

    Existem trs tipos de microrganismos: bactrias,

    fungos e vrus. A maioria das doenas transmitidas

    por alimentos causada por bactrias.

    Os microrganismos chegam aos alimentos de

    diversas formas. Esto em todos os lugares, inclu-

    sive no prprio alimento:

    ANIMAISProdutores de alimento:bovinos, sunos, aves, etc.De estimao: co,gato, etc.Pragas: ratos, baratas,moscas, etc.

    UTENSLIOS EEQUIPAMENTOS

    Superfcies de trabalho,tbuas de corte, talheres,panelas, batedeiras,etc.

    AMBIENTEgua, solo, ar.

    HOMEMPele, saliva, mos eunhas, cabelo, genitaise fezes.

    ALIMENTO

  • 10 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Todo alimento, quer seja de origem animal ou

    vegetal, possui uma certa quantidade de bactrias que

    formam a chamada contaminao de origem. Ela variaconforme o meio e forma de produo do alimento.

    A maioria das bactrias, quando em pequena

    quantidade, no capaz de produzir doenas.Para que isso acontea necessrio que

    estejam presentes em grande nmero.

    As bactrias se reproduzem dividindo-se aomeio. Na realidade, elas se multiplicam, pois uma

    gera duas, duas geram quatro, quatro geram oito,

    e assim por diante.

    Se as condies forem adequadas, poderemos

    ter uma diviso a cada vinte minutos, em mdia.

    Assim, a partir de uma nica bactria, teremosaproximadamente dois milhes (2.000.000) de

    bactrias em sete horas.

    Alguns tipos de bactrias formam esporos,que so formas de resistncia s condies

    inadequadas do meio para a sua sobrevivncia.

    Na forma esporulada, a bactria no semultiplica, e tambm no produz doena. Ela

    permanece em estado latente, voltando a se

    multiplicar quando as condies se tornamadequadas novamente.

    Existem bactrias que, ao se multiplicar,

    produzem substncias chamadas toxinas. Elascausam doenas conhecidas como intoxicaes

    alimentares.

    Para se multiplicar, alm do alimento, asbactrias necessitam de gua, ar (a maioria) e

    temperatura adequada.

    O HOMEM UM IMPORTANTE AGENTE DE CONTAMINAO, POIS EMMDIA, POSSUI O SEGUINTE NMERO DE BACTRIAS:

    Intestino at 10 bilhes de bactrias por gramaSaliva 750 milhes de bactrias por mlAxilas 2,5 milhes de bactrias por cmCouro cabeludo 1,5 milhes de bactrias por cmMos at 62.500 bactrias por poro

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 11

    Alguns alimentos possuem caractersticas que

    facilitam a multiplicao dos microorganismos

    como a presena de certos nutrientes, poucaacidez e alta umidade. o caso dos produtos de

    origem animal. Alimentos com estas caractersticas

    so chamados de perecveis.

    Alimentos secos ou com acidez elevada do

    menos oportunidade para a multiplicao

    bacteriana.A temperatura do alimento interfere na

    velocidade da multiplicao bacteriana.

    O termmetro a seguir ilustra o que ocorrecom as bactrias em diversas temperaturas:

    Bactrias se multiplicam lentamente. Quanto maisbaixa a temperatura, mais lenta a multiplicao.Ateno: Baixas temperaturas no matambactrias.

    100 C Bactrias morremCuidado: toxinas podem permanecer ativas eesporos podem no ser eliminados.

    74 C

    65 C

    4 C

    0

    Bactrias no se multiplicam.

    Cuidado, Perigo!Temperatura ideal para multiplicao bacteriana.

  • 12 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Para garantir um alimento seguro

    necessr io tomar medidas que ev i tem,

    eliminem ou reduzam a nveis aceitveis as

    IV. Boas Prticas de Fabricao

    contaminaes biolgicas, fsicas e qumicas.

    Estas medidas so conhecidas como Boas

    Prticas de Fabricao.

    As Boas Prticas de Fabricao so normas eprocedimentos tcnico-sanitrios que garantem

    a produo de alimentos seguros. Nos

    estabelecimentos comerciais ou industriais dealimentos as boas prticas devem ser aplicadas a

    todo o fluxo de produo alimentar, desde a

    aquisio da matria prima at o consumo.

    1. AquisioAdquira produtos de boa procedncia,

    selecione o seu fornecedor, certifique-se que ele

    adota as Boas Prticas de Fabricao.Mantenha um cadastro atualizado de

    fornecedores.

    2. RecebimentoReceba os alimentos em rea protegida

    de chuva, sol e poeira. Ao receber um produto

    observe:

    se a condio de higiene e manuteno doveculo que o transporta adequada;

    se o entregador est com uniforme limpo e

    adequado;

    se a quantidade entregue est de acordo

    com a solicitada;

    se a validade e as caractersticas do produtocomo cor, sabor, cheiro, aparncia e textura esto

    adequados;

    se a embalagem est ntegra, limpa e deacordo com as caractersticas do produto. No

    aceite produtos em embalagens como jornais, ou

    materiais reciclados;

    se a temperatura do alimento est de acordo

    com a recomendada no rtulo e/ou adequada

    para seu transporte (vide tabela de temperaturano item 3 na pg. 11). Anote em planilha prpria

    a temperatura do alimento no recebimento;

    se o rtulo contm todas as informaesnecessrias (vide item 7.1 na pg. 18).

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 13

    3. TransporteAlimentos devem ser transportados em

    veculos e em condies que garantam a sua

    qualidade:

    o transporte dever ser feito em comparti-

    mento que o separe de substncias que possam

    contamin-lo;

    as operaes de carga e descarga no devem

    danificar o produto;

    os veculos devero ser fechados quandodo transporte de alimentos crus ou prontos.

    as temperaturas devero ser adequadas para

    cada tipo de alimento.

    A tabela a seguir apresenta as temperaturas

    de transporte de acordo com as caractersticas dos

    produtos:

    Produto Temperatura

    Congelados -18C ou at -12 C

    Refrigerados at 10 C

    Pescados at 3C

    Carnes at 7 C

    Quentes no mnimo 60 C

    Observe a temperatura acima ou aquela

    recomendada pelo fabricante, constante do

    rtulo do produto.

    4. ArmazenamentoCaixas de madeira utilizadas no transporte

    de alimentos no devem entrar nas reas de

    armazenamento e preparo.Armazene produtos de limpeza, higiene,

    perfumaria e material qumico separadamente

    dos alimentos e de embalagens.Disponha os produtos de acordo com a

    data de vencimento ou de recebimento, para

    que sejam utilizados primeiro os de menorprazo ou os recebidos h mais tempo. Utilize o

    sistema PEPS: primeiro que entra-primeiro que

    sai, ou o PVPS: primeiro que vence-primeiroque sai.

    Produtos para devoluo ou descarte devem

    ser armazendos em local identificado e separado.Estes produtos devem estar bem acondicionados

    para no contaminar os demais alimentos.

    4.1. Estoque SecoCaractersticas estruturais:

    o ambiente dever ser bem ventilado, livre

    de umidade ou calor excessivo;

    mantenha o local bem higienizado, livre deentulhos e materiais txicos;

    nas despensas, as prateleiras devero ser de

    material liso, resistente e impermevel e de fcilhigienizao.

  • 14 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    No armazenamento os alimentos devem:

    ser dispostos de forma organizada, separados

    por grupos, observando o empilhamento mximorecomendado pelo fabricante para cada produto;

    dispostos longe do piso, sobre estrados

    mveis ou, se fixos, com altura mnima de 25 cm;

    obedecer o afastamento entre pilhas e

    paredes de no mnimo 40 cm e de 60 cm do forro,

    nos ambientes caracterizados como depsito (ondeso utilizados paletes, estrados, gaiolas e similares);

    nas despensas observe a distncia de 10 cm

    da parede, 25 cm do piso e 60 cm do forro;

    4.2. Temperatura Controlada Alimentos Perecveis

    Todo alimento perecvel deve ser estocado

    e m e q u i p a m e n t o s d e r e f r i g e r a o o u

    congelamento.Para garantir a perfeita circulao do ar frio,

    os alimentos devem ser mantidos distantes entre

    si e das paredes dos equipamentos.No estoque alimentos sob condensadores

    ou evaporadores nas cmaras frias.

    Regule os equipamentos de acordo com orecomendado para o alimento que necessite de

    menor temperatura (vide temperaturas no item

    4.2.1 pg. 13).Caixas de papelo s devem permanecer em

    equipamentos de refrigerao e congelamento

    em local separado e delimitado, ou emequipamentos exclusivos para estas embalagens.

    As caixas no devero apresentar sinais de

    umidade e emboloramento.Alimentos crus, hortifruti, produtos

    minimamente processados e aqueles que exalam

    odor ou liberam lquidos devero serarmazenados em equipamentos diferentes

    daqueles que j sofreram cozimento. Na

    impossibilidade, respeite a seguinte disposio noequipamento de frio:

    parte superior: alimentos prontos para

    consumo;

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 15

    meio: alimentos semi prontos ou pr-

    preparados;

    parte inferior: alimentos crus, separadosentre si e dos demais produtos.

    Nos equipamentos para congelamentop o d e r o s e r e s t o c a d o s a l i m e n t o s d e

    d i f e r e n t e s g n e r o s , d e s d e q u e s e j a m

    emba lados , ident i f i cados , s eparados edispostos em grupos, sempre respeitando as

    linhas de carga.

    No desligue os equipamentos com o objetivode economizar energia. Este procedimento no

    efetivo e coloca os alimentos em risco.

    Controle periodicamente a temperatura dos

    alimentos armazenados, anotando os resultado

    sem planilha prpria.Lembre-se que o no descongelamento

    peridico e a falta de limpeza dos equipamentos

    de frio interferem na manuteno datemperatura. As alteraes de fornecimento de

    energia tambm alteram as condies dos

    alimentos, fique atento!

    4.2.1. Temperatura deArmazenamento

    As tabelas A e B apresentam as temperaturas e

    os prazos de conservao segundo o tipo de alimento:

    Alimento Temperatura Tempo

    Frutas e hortalias At 10C por 72h

    Frios e laticnios manipulados At 8C por 24h ou

    At 6C por 48h ou

    At 4C por 72h

    Carnes, aves e seus produtos At 4C por 72h

    manipulados crus.

    Pescado cru. At 2C por 24h

    Alimentos cozidos At 4C por 72h

    Tabela A: REFRIGERAO

  • 16 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Alimento Temperatura Tempo

    Pescado cozido At 4C por 24h

    Sobremesas At 8C por 24h ou

    At 6C por 48h ou

    At 4C por 72h

    Tabela A: REFRIGERAO (cont.)

    Tabela B: CONGELAMENTO

    Nos produtos industrializados observe as

    recomendaes do fabricante constantes no rtulo.Outros prazos podero ser estipulados

    levando-se em considerao as caractersticas do

    alimento e/ou anlises laboratoriais.

    5. Pr-preparo e Preparo possvel a ocorrncia de contaminao de

    alimentos cozidos a partir de alimentos crus, assim

    como, a troca de microorganismos entresuperfcies e alimentos. Isso chamado de

    contaminao cruzada.

    Temperatura Tempo Mximo de Armazenamento

    0 a -5 C 10 dias

    -5 C a -10 C 20 dias

    -10 C a -18 C 30 dias

    Abaixo de -18 C 90 dias

    Para produtos manipulados ou industrializados que no foram totalmente utilizados, observar:

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 17

    Para evit-la, observe:

    separe a rea destinada seleo e limpezade alimentos, ou seja, rea suja, da rea de preparo

    ou limpa por meio de barreira fsica ou tcnica;

    Porcione e fracione os alimentos em localprprio ou em horrio determinado;

    Utilize utenslios exclusivos para cada

    categoria de alimento;

    Higienize as mos e utenslios entre uma

    atividade e outra;

    Proteja todos os alimentos dentro e foradas geladeiras com plsticos transparentes e

    incolores ou vasilhas com tampa;

    No reaproveite embalagens, principal-mente as de produtos no comestveis;

    Evite colocar as mos nos alimentos,

    utilizando utenslios sempre que possvel. As luvasdescartveis devem ser utilizadas no preparo de

    alimentos que no sofrero cozimento antes do

    consumo, ou que estiverem prontos para servir.Lembre-se: as luvas devem ser descartadas sempre

    que houver mudana de atividade.

    Devem existir lavatrios exclusivos para

    higiene das mos nas reas de preparo,

    preferencialmente sem acionamento manual,dotados de sabo lquido neutro e inodoro e

    toalha de papel no reciclado.

    Durante o pr-preparo e preparo, no

    mantenha os alimentos perecveis em

    temperatura ambiente por tempo superior a 30minutos, manipule em pequenas pores.

    5.1. DessalgueO dessalgue de produtos crneos deve ser

    feito sob refrigerao em temperatura de at 10 Cou atravs de fervura.

    5.2. DescongelamentoDescongele os alimentos em geladeira a 4o C

    ou em condies controladas, tais como:

    Forno de conveco ou microondas;

    Em gua corrente temperatura de 21 Cpor no mximo 4 horas;

    Em temperatura ambiente, em local

    protegido de contaminaes, monitorando atemperatura superficial do alimento que, ao

    atingir 3 a 4 C, dever ser colocado sob

    refrigerao.

    Aps o descongelamento, o alimento dever

    ser mantido sob refrigerao.No recongele os alimentos que foram

    descongelados e no chegaram a ser utilizados.

    Cuidado com o lquido que escorre duranteo descongelamento, ele pode ser fonte de

    contaminaes.

  • 18 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Lave em jato de gua retirando os resduos

    com as mos;

    Desinfete, mergulhando em soluoclorada por 15 a 20 minutos;

    Enxge novamente.

    A soluo clorada poder ser obtida

    utilizando produtos com registro no Ministrio

    da Sade para este fim, ou atravs do uso de guasanitria em cujo rtulo, conste a indicao de

    uso em alimentos.

    Para a diluio da gua sanitria utilizeuma colher de sopa (10ml) de gua sanitria

    a 2,0-2,5% de cloro livre para cada litro

    de gua.

    5.4. Utilizao de OvosNo oferea para consumo ovos crus ou

    alimentos preparados onde os ovos

    permaneam crus, como cremes, molho demaionese e outros. Nas preparaes sem

    coco utilize ovos pasteurizados, cozidos ou

    desidratados. Os ovos devem ser cozidos porno mnimo 7 minutos aps fervura. Os ovos

    fritos devem apresentar as gemas duras.

    No comercialize ou utilize ovos com cascarachada. No reutilize as embalagens. Observe

    as recomendaes do rtulo para a

    conservao dos ovos.

    5.3. Higienizao de Frutas,Legumes e Verduras

    Escolha uma a uma, descartando as

    estragadas;

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 19

    5.5. Alimentos EnlatadosLave as latas antes de abr-las. A poro no

    utilizada dever ser transferida para vasilhasadequadas, devidamente identificadas e mantidas

    sob refrigerao. No comercialize ou utilize

    alimentos embalados em latas amassadas,estufadas ou enferrujadas.

    5.6. CozimentoCozinhe bem os alimentos. Seu interior deve

    atingir a temperatura de no mnimo 74 C. Outrascombinaes de tempo e temperatura como 65 C

    por 15 minutos ou 70 C por 2 minutos tambm

    podero ser utilizadas. leos e gorduras parafrituras no devem ser aquecidos a temperaturas

    superiores a 190 C. Despreze leos e gorduras

    que apresentarem alteraes de cor, odor, sabor,

    presena de fumaa em temperatura de fritura,

    presena de espuma ou outras alteraes.

    5.7. ReaquecimentoAlimentos que j sofreram coco e que fo-

    ram adequadamente conservados, ao serem

    reaquecidos devem atingir a temperatura de no

    mnimo 74 C no seu interior.

    5.8. Resfriamento e CongelamentoAlimentos quentes devem ser resfriados

    rapidamente antes de serem colocados sob

    refrigerao. A temperatura deve baixar de 55 Cpara 21 C em no mximo 2 horas e de 21 C para

    4 C em no mximo 6 horas. Divida os alimentos

    em pequenas pores, utilize imerso em gelo,freezer ( -18 C), geladeira (2 C a 3 C) ou

    equipamento de resfriamento rpido.

  • 20 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Os recipientes destinados a refrigerar alimentos

    devem ter altura de aproximadamente 10 cm. No

    congelamento a temperatura original deve passarpara 0 C ou menos, em no mximo 6 horas.

    6. Conservao dos AlimentosAps o Preparo

    Sirva os alimentos imediatamente aps o

    cozimento. Caso no seja possvel, mantenha-osconservados nas seguintes temperaturas:

    Alimentos quentes: acima de 65 C por no

    mximo 12 horas, a 60 C por no mximo 6 horas,ou abaixo de 60 C por no mximo uma hora.

    Utilize para isso banho-maria, estufa, rchaud e

    outros.Alimentos frios: at 10 C por no mximo 4

    horas ou entre 10 e 21 C por no mximo 2 horas.

    Utilize geladeira, balco refrigerado e outros.

    Os alimentos que no obedecerem os critrios

    de tempo e temperatura acima devero ser

    desprezados.Mantenha todo e qualquer alimento

    protegido, dentro ou fora de equipamentos de

    conservao.Proteja alimentos colocados venda e em

    equipamentos de auto-servio.

    7. Rotulagem e IdentificaoA rotulagem obrigatria e visa fornecer

    informaes para o consumidor e possibilitar a

    rastreabilidade do alimento. Rastreabilidade o

    acompanhamento de um produto desde suaorigem at o consumo final.

    7.1. RtuloOs rtulos devem conter os seguintes dados:

    nome do produto;

    lista de ingredientes;

    contedo lquido;

    identificao da origem ou nome e/ou razosocial e endereo do fabricante,do distribuidor e

    do importador, se o produto for importado;

    identificao do lote ou data de fabricaoou data de validade;

    prazo de validade;

    instrues para o preparo e uso doalimento;

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 21

    informao nutricional;

    registro no rgo competente, quando

    necessrio.

    Prazo de validade;

    Identificao de origem;

    Esto isentos da obrigatoriedade do prazo devalidade: frutas, verduras, legumes, vinhos e

    produtos de panificao.

    7.2. IdentificaoDesenvolva um sistema de identificao que

    garanta a rastreabilidade do produto a partir do

    recebimento. Na armazenagem dos produtos,

    mantenha a embalagem original sempre quepossvel.

    No caso de transferncia de matria-prima

    ou produtos no manipulados para umaembalagem diferente da original, identifique o

    produto por meio de etiquetas. As etiquetas

    devero conter os dados do rtulo, ou no mnimo,as seguintes informaes:

    nome do fornecedor e endereo;

    nome do produto e marca;

    modo de conservao;

    nmero de registro quando for o caso;

    ingredientes;

    prazo de validade original (determinado

    pelo fabricante);

    nmero da nota fiscal;

    nmero do lote ou data de fabricao e/

    ou prazo de validade;

    data da transferncia.

    Produtos que necessitam de registro:alimentos de origem animal, adoantes, gua,

    alimentos para fins especiais (infantis, dietas, etc.),bebidas no alcolicas, gelo, sal e palmito.

    Produtos embalados na ausncia do

    consumidor devem conter todas as informaesacima.

    Alimentos preparados ou fracionados no lo-

    cal de comercializao e embalados na presenado consumidor, devem apresentar no mnimo as

    informaes exigidas pelo Cdigo do

    Consumidor que so as seguintes:

    Nome;

    Quantidade;

    Composio;

    Preo;

  • 22 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Desenvolva um sistema de identificao para

    produtos produzidos no local, constando nome

    do produto, data de produo e prazo de validade.

    8. Cuidados com a guaA gua utilizada na preparao de alimentos

    deve ser potvel. Utilize gua da rede pblica de

    distribuio. A utilizao de fontes alternativas deabastecimento de gua no prprio local (poos),

    s ser possvel aps outorga concedida pelo

    Departamento de guas e Energia Eltrica, daSecretaria de Energia e Saneamento do Estado

    de So Paulo. Toda gua de fonte alternativa

    dever ser clorada.Verifique a qualidade da gua atravs de

    controle laboratorial peridico.

    Mantenha no estabelecimento os documentos

    de concesso e os laudos laboratoriais peridicos.

    Se for utilizada gua potvel transportada porcaminho pipa, os laudos de anlise laboratorial e a

    nota fiscal devem permanecer no estabelecimento.

    obrigatria a existncia de reservatrio degua. Ele deve ser limpo e desinfetado quando

    for instalado, a cada seis meses e na ocorrncia

    de acidentes que possam contaminar a gua(animais, sujeira, enchentes, etc).

    Para limpeza e desinfeco feche a entrada

    de gua, esvazie e limpe as paredes do reservatrio.Recolha o resduo com o auxlio de p e

    panos, evitando que a sujeira desa pelo cano.

    Deixe entrar um palmo de gua e adicione doislitros de gua sanitria. Molhe as paredes internas

    com esta soluo, mantendo-as umedecidas por

    duas horas. Esvazie o reservatrio abrindo todasas torneiras. Torne a ench-lo, tampe e anote do

    lado de fora a data da limpeza.

    9. PessoalTodo o pessoal envolvido em qualquer etapa

    da produo ou comercializao de alimentos

    dever ser, continuamente, capacitado em boas

    prticas de fabricao/manipulao.Desenvolva um programa de treinamento

    para todos os funcionrios, de acordo com as suas

    funes.

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 23

    9.1. Programa de SadeTodas as pessoas que trabalham em

    estabelecimentos alimentcios devero estar em

    perfeito estado de sade evitando assimcontaminar os alimentos.

    estiverem protegidas com cobertura prova de

    gua como luvas de borracha ou vinilicas.

    9.2. Higiene PessoalTome banho e faa a barba diariamente, de

    preferncia, antes de iniciar o trabalho. Escove

    os dentes aps cada refeio.

    Lave bem as mos e antebraos sempre que:

    Chegar ao trabalho;

    Iniciar ou trocar de atividade;

    Utilizar o sanitrio;

    Tossir, espirrar ou assoar o nariz;

    Usar material de limpeza;

    Remover lixo;

    Tocar em caixas, sacarias, garrafas;

    Pegar em dinheiro;

    Manipular alimentos no higienizadosou crus;

    Antes de tocar em utenslios higienizados;

    Antes de colocar, e aps retirar, asluvas descartveis;

    A toda interrupo de servio.

    A lavagem deve ser feita com sabonete

    lquido, neutro e inodoro massageando as mos

    e antebraos.Enxge, seque com papel toalha no

    reciclado, ou ar quente, e aplique anti-sptico

    aprovado para este fim, deixando-o secar

    Faa exame mdico anualmente e sempre

    que apresentar sintomas de qualquerenfermidade. Os atestados devero ser

    acompanhados dos seguintes laudos laboratoriais:

    hemograma, coprocultura e coproparasitolgico.

    No manipule alimentos quando estiver

    com resfriado, tosse, dor de garganta, febre,

    ferimentos ou doenas nas mos, unhas e braos,disenteria ou diarria. Durante este perodo,

    desempenhe outras funes.

    O manipulador com cortes e ferimentos s

    poder manipular alimentos se estas leses

  • 24 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    naturalmente. Sabo anti-sptico, aprovado pelo

    M.S., pode ser utilizado desde que permanea

    em contato com a pele no tempo determinadopelo fabricante.

    Afixe cartazes em locais estratgicos e

    visveis sobre o procedimento correto dahigiene das mos.

    Conserve as unhas curtas, sem esmalte e no

    use adornos (anis, alianas, pulseiras, relgios,etc.). No utilize perfumes, os desodorantes

    devero ser inodoros.

    9.3. Higiene OperacionalDurante a manipulao de alimentos:

    No toque em maanetas ou qualquer

    outro objeto alheio atividade;

    No chupe balas, no masque gomas,palitos ou similares;

    No prove alimentos com as mos ou

    colher, colocando-a em seguida na panela, semprvia lavagem;

    No toque qualquer parte do corpo ou

    enxugue o suor com as mos, panos ou peas davestimenta;

    No manipule dinheiro;

    No fale, cante, espirre ou tussa sobre osalimentos.

    Retire os aventais de proteo antes de entrar

    no sanitrio, mantendo-os fora desse espao.

    9.4. UniformeUse uniforme completo, limpo, de cor clara

    e sem bolsos acima da cintura. A troca deve ser

    diria e seu uso exclusivo nas dependncias doestabelecimento. A lavagem dos uniformes de

    responsabilidade do empregador. Os calados

    devero ser fechados, antiderrapantes e em bomestado de conservao.

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 25

    Cubra os cabelos usando como proteo

    redes ou gorros.

    No carregue no uniforme qualquer objetoque possa cair sobre os alimentos. Crach,

    termmetro ou outros objetos utilizados na

    atividade devero ser colocados no bolso inferiordo uniforme.

    Os aventais de proteo podem ser de mate-

    rial plstico apenas para as situaes que envolvamatividades de lavagem. vedado seu uso prximo

    a fontes de calor. No permitido o uso de panos

    ou sacos plsticos como avental.Utilize vestimenta adequada para o trabalho

    a baixas temperaturas (cmaras frias) . Proteja as

    mos com luvas de tela metlica na manipulaode carnes e pescados.Utilize luvas isolantes

    trmicas na manipulao de utenslios quentes.

    Disponibilize para o visitante uniforme eproteo para os cabelos.

    10. Higiene de Instalaes,Utenslios, Equipamentos

    As bactrias se multiplicam em resduos que

    permanecem nos utenslios, equipamentos e noambiente de trabalho, contaminando os alimentos

    ali produzidos. Portanto, higiene fundamental.

    A higiene comea na organizao. Reserveum lugar para cada coisa e evite manter nas reas

    de preparo ou de estoque de alimentos:

    Plantas;

    Enfeites;

    Objetos estranhos atividade;

    Equipamentos e utenslios que no esto

    sendo usados.

    10.1. Procedimento de HigienizaoTodo procedimento de higienizao deve

    ser descrito. O documento deve conter o

    mtodo, a freqncia, o responsvel pelo

    procedimento, o local, os produtos utilizados(sua concentrao, tempo e temperatura de

    exposio).

    Higienize equipamentos e utenslios antes eaps o uso.

  • 26 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    No coloque equipamentos e utenslios

    higienizados diretamente sobre o piso.

    Higienize utenslios e equipamentos,seguindo o processo:

    Retire os resduos slidos;

    Lave com gua e detergente;

    Enxge;

    Desinfete;

    Deixe secar naturalmente ou utilize panodescartvel.

    90 C no enxge, ou conforme recomendao

    do fabricante.

    Os equipamentos devem ser desmontadoscuidadosamente antes da h ig ienizao,

    submetendo cada pea aos mesmos cuidados

    dispensados aos utenslios.Em equipamentos de preparaes onde

    os ingredientes so predominantemente

    secos, possvel utilizar o sistema de limpeza aseco. Ele consiste na retirada dos resduos

    atravs de mtodos fs icos da seguinte

    forma:

    Desmonte o equipamento;

    Remova a sujeira aderida com o auxlio de

    escovas de cerdas sintticas de dureza adequada superfcie;

    Aspire a sujeira ou utilize outro mtodo

    seguro. O uso de ar comprimido no recomendado para esta operao.

    No utilize escovas de metal e l de ao nalimpeza de equipamentos e utenslios.

    No faa varredura a seco, a poeira pode

    contaminar.

    10.2. Freqncia de HigienizaoA higienizao deve ser realizada sempre que

    necessrio. A tabela a seguir indica a periodicidade

    mnima para limpeza:

    A desinfeco poder ser feita com gua quente

    a, no mnimo, 80 C por 15 minutos ou pelo uso de

    desinfetantes apropriados (vide desinfeco).As mquinas de lavar louas devem atingir as

    temperaturas de 55 a 65 C na lavagem e de 80 a

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 27

    Tipo

    Pisos, ralos, reas deproduo e lavagem,lavatrios, sanitrios,mobilirio, recipientede lixo

    Equipamentos,utenslios, superfciesde manipulao,saboneteiras

    Paredes, portas,janelas, prateleiras,coifas, geladeira,cmaras

    Estoque, estrados,congeladores

    Luminrias,interruptores,tomadas eltricas,telas

    Tetos, forros,caixas de gordura,filtro de arcondicionado,tubos de ar

    Reservatrio degua

    De acordo coma necessidadeou comregulamentaoespecfica

    FreqnciaDirio

    Dirio oude acordocom o uso

    Semanal Quinzenal Mensal Semestral

    xx

    xx

    xx

    x

  • 28 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    A periodicidade e a tcnica utilizadas na

    higienizao de equipamentos de fatiamento de

    frios e moagem de carnes devem garantir asegurana dos produtos.

    10.3. DesinfecoA desinfeco dos equipamentos e utenslios

    somente deve ser realizada aps a lavagem.Utilize produtos desinfetantes com registro

    no Ministrio da Sade.

    Os desinfetantes devem permanecer emcontato com as superfcies, o tempo estabelecido

    pelo fabricante.

    O enxge obrigatrio nas superfcies queentram em contato com os alimentos.

    10.4. Material para HigienizaoMantenha todos os utenslios e materiais para

    limpeza armazenados em local prprio, afastadosdos alimentos e separados por tipo de utilizao.

    11. Controle Integrado de PragasNo controle de pragas cabe aos

    estabelecimentos alimentcios a adoo de

    medidas preventivas (que minimizem a aplicaode produtos desinfestantes):

    Impea o acesso das pragas, colocando telas

    e protegendo aberturas externas;

    No acumule materiais que no tem uso

    ou estranhos atividade;

    Adote as medidas descritas no item 12,pg. 27 para a disposio do lixo;

    Monitore a presena das pragas e contrate

    os servios de uma empresa especializada nocontrole de vetores e pragas urbanas.

    A empresa contratada deve ser licenciada e/oucadastrada na Vigilncia Sanitria e utilizar somente

    produtos registrados no Ministrio da Sade.

    As tcnicas de controle e a disposio dasarmadilhas e iscas so de responsabilidade da

    empresa contratada, cabendo ao estabelecimento

    o cumprimento das recomendaes.Mantenha no estabelecimento: a proposta ou

    contrato de servio contendo o relatrio tcnico da

    visita e as medidas preventivas a serem implementadas;o comprovante de execuo do servio contendo no

    mnimo as seguintes informaes:

    Identificao da empresa controladora;

    Nmero da licena de funcionamento;

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 29

    Identificao da empresa usuria;

    Pragas alvo;

    Produtos utilizados com nmero doregistro; composio, concentrao e quantidade

    aplicada;

    Indicao para uso mdico, informando ogrupo qumico, a ao txica, o antdoto e o

    tratamento adequado;

    Assinatura do Responsvel Tcnico e inscriono Conselho Regional da classe pertinente.

    12. Disposio do LixoContribua para a diminuio do volume de

    lixo coletado pelo servio de limpeza pblica,encaminhando os resduos reciclveis para

    a coleta seletiva.

    Acondicione separadamente o lixo orgnicoe o lixo seco em recipientes apropriados.

    Na rea interna o lixo deve ser acondicionado

    em recipientes com as seguintes caractersticas:

    Ser constitudo de material de fcil limpeza;

    Ser revestido com saco plstico prprio para

    uso domiciliar ou comercial;

    Ter tampa e pedal;

    Ser removido sempre que estiver completo.

    Mantenha o recipiente afastado das mesas e

    utenslios de preparao, da manipulao e do

    armazenamento de alimentos.

    Fora da rea de produo e manipulao, o

    lixo deve estar disposto em local:

    Revestido de material de fcil limpeza;

    Provido de ponto de gua e ralo;

    Protegido da chuva, sol e longe do acesso

    de animais e pessoas estranhas.

    O lixo no deve ser removido pelo mesmo

    local por onde entram os alimentos. Naimpossibilidade, utilize horrios diferentes.

    Resduos de leo e alimentos podero ser

    comercializados para reaproveitamento. Nestecaso, acondicione-os em recipientes rgidos e

    fechados que permaneam fora da rea

    de produo.Mantenha registro com o nome e endereo

    da empresa processadora, freqncia da coleta e

    quantidade do material coletado.Se o lixo for coletado por empresa

    especializada, o contrato deve indicar o destino

    dos resduos e as notas fiscais devero permanecerno estabelecimento.

    13. Instalaes, Utenslios eEquipamentos

    As instalaes, equipamentos e utenslios

    utilizados para o preparo ou comrcio de alimentosdevem ser adequadas do ponto de vista sanitrio e

    estar de acordo com o volume de produo, tipos

  • 30 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    de produtos e sistema de distribuio e vendas.

    As instalaes devem favorecer o fluxo line-

    ar sem cruzamento de atividades. A separao deatividades poder ser garantida por meios fsicos

    ou outras medidas que impeam a contaminao

    cruzada.Os materiais utilizados na construo das

    instalaes devem favorecer a sua manuteno e

    higienizao.Pisos, paredes e tetos devem ser de material

    liso, impermevel, resistente, conservados e

    isentos de trincas, rachaduras, orifcios,vazamentos, descascados, umidades e bolores.

    Portas devem ser bem conservadas, de cor clara,

    fcil higienizao, ajustadas ao batente, defechamento automtico (molas ou similar) e com

    proteo na parte inferior contra roedores e insetos.

    Janelas e aberturas externas devero ter telasmilimtricas (malha de 2 mm), ajustadas ao

    batente ou parede, sem frestas.

    A iluminao deve ser uniforme, sem formaode sombras, cantos escuros ou ofuscamentos, no

    devendo alterar as caractersticas sensoriais dos

    alimentos. As luminrias e lmpadas devem estarlimpas e protegidas contra exploses e quedas

    acidentais. As instalaes eltricas devem ser

    preferencialmente embutidas , e se externas, devemestar perfeitamente revestidas por tubulao

    isolante, disposta de forma a facilitar a limpeza.

    A ventilao deve garantir o conforto trmico,

    renovao de ar e ausncia de umidade, podendo

    ser feita atravs de janelas ou insufladoresdevidamente dimensionados e higienizados

    periodicamente. A direo do fluxo de ar deve partir

    da rea limpa para a suja. No devem ser utilizadosventiladores e equipamentos de ar condicionado

    domstico nas reas de manipulao.

    O p direito deve ser de no mnimo 2,70 m.Os sanitrios para funcionrios devem ser

    separados por sexo, estar em bom estado de

    conservao, constitudos de um vaso sanitriosifonado e com tampa, para cada 20 funcionrios,

    papel higinico e lavatrios com sabo lquido,

    papel higinico, toalhas descartveis de papel noreciclado, ou outro processo adequado.

    No devem ter comunicao direta com a

    rea de manipulao ou estoque de alimentos.Os vestirios devem ser separados por sexo,

    com armrios individuais em bom estado de

    conservao, com um chuveiro para cada 20funcionrios. Nas pequenas e mdias empresas

    (classificadas como ME e EPP) o vestirio poder

    ser substitudo pela instalao de armriosindividuais de forma organizada em sanitrios

    providos de chuveiro.

    Na rea / local para higiene das mos, devemexistir lavatrios exclusivos para higiene das mos.

    Quando no houver separao de reas, deve

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 31

    existir pia em posio estratgica em relao ao

    fluxo de preparao, com torneiras acionadas sem

    contato manual.O esgotamento sanitrio deve ser ligado a

    rede de esgoto. Quando no, deve ser tratado

    adequadamente e seu destino aprovado pelaautoridade competente.

    Os ralos devem ser sifonados, possuir grelhas

    devidamente encaixadas e dispositivos quepermitam fechamento. As caixas de esgoto no

    devem estar dentro da rea de produo de

    alimentos. obrigatria a presena de caixa de gordura

    localizada prxima rea de gerao de resduo,

    preferencialmente fora da rea de produo.Encanamentos areos devem estar dispostos

    de forma a no contaminar os produtos e facilitar

    a higienizao.A rea para guarda de botijes de gs deve

    ser exclusiva para armazenamento de recipientes

    de GLP e seus acessrios. O local deve serdelimitado por tela, grade vazada ou outro

    processo que evite passagem de pessoas e permita

    ventilao constante.

    14. Casa de MquinasOs estabelecimentos que possurem cmaras

    frigorficas mantidas por sistemas de refrigeraopor amnia devem contar com projeto

    apropriado. A casa de mquinas deve ser

    localizada no trreo, de preferncia em edificao

    separada. Havendo necessidade de mant-la namesma edificao onde se realizam atividades

    administrativas ou de produo, ela dever contar

    com o mximo de paredes exteriores possveis.A ventilao dessa rea dever ser adequada.

    Nos casos de ambientes fechados, o p direito deve

    ser no mnimo de 4 metros e possuir duas sadasde emergncia. essencial a existncia de

    detectores de vazamento que desliguem todos os

    equipamentos eltricos e acionem ventilaoexaustora. Todos os componentes, inclusive

    tubulaes, devem ser devidamente sinalizados e

    identificados. Os funcionrios devero portarmscara contra gases para trabalhar nesta rea.

    Condensadores, compressores, outros vasos,

    evaporadores e bombas devem estar equipadoscom vlvulas de alvio de presso. As tubulaes

    podem ser de ferro ou ao; zinco ou cobre so

    proibidos para instalaes contendo amnia.A armazenagem de amnia deve ser feita

    preferencialmente em rea coberta, seca,

    ventilada, com piso impermevel e afastada demateriais incompatveis.

    Recomenda-se uma inspeo visual em todos

    os pontos crticos - soldas, curvas, junes, selosmecnicos - ao menos a cada 3 meses.

    Sistemas apropriados de preveno e

  • 32 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    combate a incndios devem estar presentes e em

    perfeito estado de funcionamento.

    Os equipamentos devem apresentarfacilidade para limpeza, desmontagem,

    conservao e manuteno.

    Equipamentos como cilindro de po, mquinade cortar frios, serra de fita para fracionamento

    de peas com osso, masseira, moedor de carnes,

    entre outros, devem possuir dispositivos de proteocontra acidentes de trabalho.

    Os equipamentos de conservao de

    alimentos frios ou quentes devem possuirtermmetro acoplado ou avulso.

    Os utenslios devem ser constitudos de

    material sanitrio, no absorvente, conservado,

    sem concavidades, farpas ou amassados.

    As mesas e bancadas devem ser de materialliso, resistente, impermevel, sem reentrncias

    e cantos que impeam a higienizao de

    sua superfcie.

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 33

    V. Controle de QualidadeExecute periodicamente auditorias internas

    utilizando roteiro ou lista de verificao deBoas Prticas.

    Elabore planos de aes corretivas com prazo

    e responsveis definidos.Registre diariamente em planilha prpria, a

    temperatura dos equipamentos trmicos.

    Guarde amostra dos alimentos produzidospara esclarecimento de falhas que possam colocar

    em risco a sade do consumidor.

    Colete amostras de pratos prontosguardando-as por 72 horas sob refrigerao at

    4C, ou sob congelamento a 18C. Lquidos

    devem ser armazenados apenas sob refrigerao.

    As amostras devem ser coletadas na distribuio,1/3 do tempo anterior ao trmino.

    Nas indstrias, as amostras devem ser

    coletadas ao final da produo do lote ou nasetapas crticas do processo e mantidas pelo

    perodo de validade do produto.

    Retire de exposio e venda produtos queapresentem desvios de segurana. Comunique ao

    seu fornecedor.

  • 34 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    VI. Manual de Boas Prticasde Fabricao ou Prestao deServios

    um documento que descreve as operaesrealizadas no estabelecimento. Deve conter no

    mnimo informaes sobre:

    Instalaes e seus requisitos sanitrios;

    Higienizao das instalaes, equipamentos

    e utenslios;

    Controle da gua de abastecimento;

    Controle integrado de pragas;

    Controle da higiene e sade dos manipuladores;

    Controle e garantia do produto final.

    A finalidade do manual estabelecer as

    rotinas e procedimentos praticados, conferindo ao

    produto final um padro de identidade e qualidade.

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 35

    VII. Responsabilidade Tcnica

    A produo de alimentos est intimamenteligada sade pblica, cabendo ao responsvel

    pela atividade implantar e manter um sistema que

    garanta a qualidade dos seus produtos.As Empresas de Pequeno Porte (EPP) e as

    Microempresas (ME), podero ter como

    responsvel o proprietrio ou uma pessoa por eledesignada. Cabe ao responsvel implementar e

    responder pelas seguintes atividades:

    Treinamento de funcionrios;

    Elaborao, atualizao e implantao do

    Manual de Boas Prticas de Fabricao ou

    Prestao de Servios;

    Elaborao, atualizao e implantao dos

    Procedimentos Operacionais Padronizados POPs;

    Acompanhamento das inspees realizadaspela autoridade sanitria;

    Notificao ao Servio de Vigilncia em

    Sade de casos ou surtos de Doenas Transmitidaspor Alimentos;

    Avaliao peridica das causas de

    reclamaes referentes qualidade e seguranados produtos, realizadas junto ao servio de

    atendimento ao consumidor (SAC);

    Implantao do servio de recolhimento deprodutos em desacordo;

    Insero de informaes nos rtulos queesclaream o consumidor e garantam a

    rastreabilidade do produto.

  • 36 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    VIII. Leitura ComplementarRecomendada

    www.anvisa.gov.br/alimentos/legislao www.cvs.saude.sp.gov.br/legislao www.prefeitura.sp.gov.br/covisa/legislao

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 37

    IX. Referncia Bibliogrfica ABNT Norma para vasos de presso pararefrigerao, 1996.

    BRASIL: Ministrio da Sade - Secretaria deVigilncia Sanitria - Portaria 326 de 30 dejulho de 1997.

    BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - Resoluo 22de 15 de maro de 2000.

    BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - Resoluo 23de 15 de maro de 2000.

    BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - ResoluoRDC 259 de 20 de setembro de 2002.

    BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - ResoluoRDC 275 de 21 de outubro de 2002.

    BRASIL: Ministrio da Sade - AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - ResoluoRe n 9, de 16/01/2003.

    BRASIL: Ministrio do Trabalho e Emprego -Secretaria de Inspeo do Trabalho - NotaTcnica n 03/DSST/SIT Braslia,18 de maro de2004 - Refrigerao Industrial por Amnia.

    BRASIL: Ministrio do Trabalho e Emprego -Nr13.

    EVANGELISTA, J. - Tecnologia de Alimentos.2 ed. So Paulo, Rio de Janeiro, BeloHorizonte: Livraria Atheneu Editora, 1994.

    FEHLHABER, K.; JANETSALKE, P. HigieneVeterinaria de los Alimentos. Zaragoza :Editora Acribia S.A,1992.

    GERMANO,P. M. L. ;GERMANO, M. I. S. .Higiene e Vigilncia Sanitria de Alimentos.So Paulo: Livraria Varela, 2001.

    GERMANO M.I.S - Treinamento deManipuladores de alimentos: fator seguranaalimentar e promoo da sade. So Paulo:Livraria Varela / Revista Higiene Alimentar,2003.

    HAZELWOOD & McLEAN Manual de Higienepara Manipuladores de Alimentos. LivrariaVarela, Edio 1994.

    So Paulo: Prefeitura do Municpio de SoPaulo - Lei n. 13.725 de 9 de janeiro de 2004.

    So Paulo: Prefeitura do Municpio de SoPaulo - Portaria n 2.535 de 24 de outubro de2003.

  • 38 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    So Paulo: Prefeitura do Municpio de SoPaulo - Portaria n 13.478 de 30 dedezembro de 2002.

    So Paulo: Secretaria de Sade do Estado deSo Paulo - Portaria CVS n. 6 de 10 de marode 1999

    So Paulo: Secretaria de Sade do Estado deSo Paulo - Portaria CVS n. 9 de 6 denovembro de 2000

    SENAC Manual do Responsvel Tcnico -Projeto APPCC Mesa. Rio de Janeiro , 2001

    SILVA Jr., E. A. Manual de ControleHiginico Sanitrio em Alimentos. 4 ed. SoPaulo: Livraria Varela, 2001.

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 39

    Agradecimentos

    Villa TavolaHabibs

  • 40 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    ElaboraoSuely Stringari de Souza

    Projeto Grfico e DiagramaoBruna Lima e Silva

    Thiago Hara Dias

    RevisoTatiana Gonalves Pasquale

    ColaboradoresAna Marisa Tenuta Perondi

    Ana Paula RandiCarmen Silvia Carmona Azevedo

    Cntia Salles RomeroClaudia Lago

    Helena Dias de OliveiraMagda Andreotti

    Maria Teresa Garrafa Rocha CamposNina da Costa CorreaOlinda Vieira Branco

    Sonia Maria LagoaValria Rodrigues HaidarVera Helena Lessa Villela

    IlustraoMarcos K. Vasconcelos

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 41

    Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    Prefeitura do Municpio de So Paulo

    Secretaria Municipal da Sade

  • 42 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

  • Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas 43

  • 44 Alimentos Seguros Orientaes Tcnicas

    CovisaCoordenao deVigilncia em Sade

    Prefeitura doMunicpiode So Paulo

    SMSSecretariaMunicipal de Sade