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12-09-2016

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Revista de Imprensa12-09-2016

1. (PT) - Jornal de Notícias, 10/09/2016, Inauguração 1

2. (PT) - Jornal de Notícias, 10/09/2016, Dentistas Primeiros pagamentos no Norte 2

3. (PT) - Expresso, 10/09/2016, Peritos independentes vão avaliar a Saúde 3

4. (PT) - Correio da Manhã, 12/09/2016, "Médias para médicos vão começar a descer" 4

5. (PT) - Mariana, 13/09/2016, Comer bem para aprender melhor 5

6. (PT) - Diário de Notícias, 12/09/2016, Entrada na nova escola deve ser uma festa e um lanche até ajuda 7

7. (PT) - Correio da Manhã, 12/09/2016, Obesidade associada a 10 cancros 10

8. (PT) - Correio da Manhã, 12/09/2016, SNS celebra 37 anos em Coimbra 11

9. (PT) - Expresso, 10/09/2016, ADSE: outro olhar 12

10. (PT) - Público, 12/09/2016, Realidade a curto prazo ou uma miragem? 13

11. (PT) - Público, 12/09/2016, Costa diz que “é tempo de fazer as reformas essenciais para o país” 14

12. (PT) - Diário de Notícias, 12/09/2016, 40% dos utentes em tratamento contra vícios têm sucesso 15

13. (PT) - Diário de Notícias, 12/09/2016, Sindicatos dos médicos contra dentistas e enfermeiros a passarreceitas e a fazer diagnósticos

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14. (PT) - Jornal de Notícias, 12/09/2016, Há mais doentes das ilhas a tratar-se no SNS 18

15. (PT) - Diário de Notícias, 12/09/2016, Medicina, o estado da arte 19

16. (PT) - Jornal de Notícias, 12/09/2016, Mais entradas no Ensino Superior são "sinal de confiança" 21

17. (PT) - Jornal de Notícias, 12/09/2016, Dispositivo portátil em Portugal para combater enxaquecas 22

18. (PT) - Correio da Manhã, 11/09/2016, Sida. Viver com o vírus 23

19. (PT) - Correio do Minho, 11/09/2016, Estudo sobre neurónios abre caminho para tratar depressão 25

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A1

Tiragem: 69755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 10,17 x 9,29 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66019878 10-09-2016

Vale de Cambra : unidade de cuidados vai abrir

INAUGURAÇÃO A Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração de Vale de Cambra foi ontem inaugurada, depois de ultrapassado, pelo atual Governo, um diferendo que durou mais de quatro anos entre a Misericórdia local e o Ministério da Saúde. O espaço deve abrir este mês e terá 25 ca-mas. O secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, esteve na cerimó-nia. O Estado vai pagar à Misericórdia cerca de 1,8 milhões de euros ao lon-go dos próximos três anos relativos às diárias dos utentes.

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A2

Tiragem: 69755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 15

Cores: Cor

Área: 4,80 x 5,54 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66019717 10-09-2016

Dentistas Primeiros pagamentos no Norte

• A Ordem dos Médicos Den-tistas informou que a Adminis-tração Regional de Saúde do Norte estava ontem a regulari-zar os pagamentos dos che-ques-dentista de maio e junho. O IN denunciou anteontem que a divida da ARS Norte aos dentistas é de dois milhões de euros e que metade seria liqui-dada até ontem.

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A3

Tiragem: 94480

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 14,22 x 11,36 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66019248 10-09-2016

Peritos independentes vão avaliar a SaúdeÓrgão consultivo reúne 30 personalidades e responsáveis do sector. Vai ser anunciado pelo Governo na quinta-feira

Previsto há 25 anos na Lei de Bases de Saúde, o Conselho Nacional de Saúde vai agora ser criado. Tem como missão apreciar, emitir pareceres ou fazer recomendações ao Governo sobre a Saúde dos portugueses. Segundo o gabi-nete ministerial, vai “reforçar o poder do cidadão”.

Para consulta do Governo, o novo organismo faz parte de um conjunto de medidas

que serão aprovadas no pró-ximo Conselho de Ministros, quinta-feira, que assinala os 37 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), celebrados em Coimbra. Constituído por 30 personalidades e respon-sáveis do sector, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) vai ser liderado por Jorge Simões, ex-presidente da Entidade Re-guladora da Saúde, e Maria do Céu Machado, diretora do Departamento de Pediatria do Hospital de Santa Maria.

Nos próximos quatro anos, ao presidente e à vice-pre-sidente (CNS) vão juntar-se seis elementos eleitos pela

Assembleia da República, representantes das Ordens profissionais e das autarquias e personalidades da Saúde, en-tre outros. A todos será pedido que avaliem a política de cui-dados assistenciais, incluindo os objetivos do Plano Nacional de Saúde e as áreas de investi-gação e de inovação, onde se incluem os novos tratamentos e equipamentos disponíveis.

Os ministros, reunidos no Convento de São Francisco, vão ainda homenagear o ‘pai’ do SNS. António Arnaut terá um monumento em sua honra no Centro Hospitalar e Uni-versitário de Coimbra.

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A4

Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 51

Cores: Cor

Área: 10,26 x 11,87 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66034457 12-09-2016

DISCURSO DIRETO

José Manuel Silva: Bastonário da Ordem dos Médicos reage a média de acesso à universidade

"MÉDIAS PARA MÉDICOS VÃO COMEÇAR A DESCER" P CM - O curso de vagas inevitavel- Medicina deixou de mente terão de ser o que exige no- descer e haverá tas mais elevadas. o risco de desem - Está surpreendido? prego. É necessário José Manuel Silva - que as vagas sejam Não foi surpresa determinadas pela nenhuma. As mé capacidade forma - dias para medicina vão co - tiva das universidades, meçar a descer. Os pais e os como acontece nos outros jovens estão a ter a perceção cursos, e não pordecisão da realidade dos últimos política. dois anos em que a profissão - Como explica a falta de é mal remunerada e que médicos no Serviço Nacional muitos emigram. de Saúde? - Há vagas a mais? - Pela reforma antecipada e - Estamos a formar médicos pela emigração. Saem 400 por acima das necessidades. As ano (Ver págs. 26/27). • Is.

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Tiragem: 50000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Femininas e Moda

Pág: 38

Cores: Cor

Área: 12,80 x 19,00 cm²

Corte: 1 de 2ID: 66035184 13-09-2016

REPORTAGEM

COMER BEM ara L--I

As crianças adoram bolos, doces e refrigerantes. mas é preciso incutir-lhes o gosto por alimentos que

fazem bem. Se isso não acontecer, o desempenho escolar pode mesmo ser comprometido.

texto: Patricia Correu Branco Fotos Fotolla

Além das mudanças nor-mais nas rotinas, che-gam também agora as preocupações com as

refeições e os lanches que as crianças levam para a escola. Quais as melhores escolhas e as mais saudáveis?, questio-nam muitos portugueses. Se. por um lado, querem "mimar" os filhos com o que eles mais gostam, por outro, há uma ca-da vez maior preocupação com o que faz bem à saúde. O pequeno-almoço é, segundo a maioria dos especialistas, a refeição mais importante do

O qye acontece se nao comermos

bem? Uma criança com uma

alimentação pouco variada e em quantidade insuficiente pode desenvolver algumas

caréncias nutricionais. como anemia ou desnutrição

energético-proteica. Pode ainda afetar o seu sistema imunológico. tornando a

criança menos resistente a outras doenças, e reduzir a

sua capacidade de aprender e estudar.

dia e, por isso, deve represen-tar cerca de 15 a 20 por cento da energia que as crianças ne-cessitam diariamente. Deve sempre incluir uma porção de laticínios (um copo de leite, um iogurte ou uma fatia de queijo), cereais integrais (pão de mistura ou cereais não açu-

carados, por exemplo) e uma peça de fruta. Na lancheira, não podem faltar os lanches de meio da manhã e meio da tarde, que costu-mam ser uma das principais dores de cabeça dos pais. Os mais novos gostam de doces, snacks e refrigerantes, mas estes devem ser a exceção. dando sempre prioridade aos iogurtes (fontes de cál-cio e de proteínas),

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Tiragem: 50000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Femininas e Moda

Pág: 39

Cores: Cor

Área: 12,80 x 19,00 cm²

Corte: 2 de 2ID: 66035184 13-09-2016

Pais devem preparar lanches e MERENDAS SAUDÁVEIS

aprender melhor à fruta ou até uma sandes rica em nutrientes. Ponha de lado os acompanhamentos carre-gados de gordura e opte pelo queijo magro ou fresco, fiam-bre de aves e enriqueça a san-duíche com cenoura ralada, tomate, alface ou pepino, con-soante o gosto de cada um. Outro fator importante a não esquecer: a mochila, deve es-

tar sempre presente uma gar-rafa de água. Incentive o seu fi-lho a beber com frequência ao longo do dia, explicando-lhe que a hidratação do corpo é essencial ao bom funciona-mento do organismo e desen-volvimento cognitivo. Mas há mais. Os próprios pais devem sempre dar o exemplo, aconselham os especialistas.

Em casa, é fundamental que existam as mesmas preocupa-ções na escolha dos alimentos à mesa. Ao almoço ou ao jan-tar, inclua sempre um prato de sopa. Este é um excelente há-bito alimentar, que promove o consumo de legumes, mesmo que estes estejam "escondi-dos" ou passados. Alterne as opções de peixe e carne, nun-ca esquecendo que os nutri-cionistas aconselham a que o peixe faça parte da alimenta-ção das crianças pelo menos quatro vezes por semana.

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Tiragem: 25772

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

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Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 3ID: 66034179 12-09-2016

Ser positivo e um lanche para festejar ajudam na escola nova Ano letivo. Pais devem promover a curiosidade das crianças que estão a mudar de ciclo e não dizer que agora a brincadeira vai acabar

JOANA CAPUCHO

Depois de quatro anos com a mes-ma professora na Escola Básica Jor-ge Barradas, em Benfica, David prepara-se para entrar na Escola do 2.° e 3.° ciclos Pedro de Santarém. Muita coisa vai mudar: mais salas de aula, vários professores, disci-plinas novas, um horário diferente. Mas até nem está muito nervoso. "É muito sociável e sabe que terá amigos por perto, porque a turma do 4.° ano vai praticamente toda para a mesma escola", conta ao DN a mãe, Raquel Mergulhão.

David está a viver a transição para o 5.° ano com entusiasmo. Já folheou os livros no- vos e tem participado ativamente na com-pra do material. Mais nervosa está a mãe. "Tenho alguns receios. Assusta-me saber que elevai para uma esco-la que agrega tantos anos", explica. Ante-vendo uma "mudança muito gran-de", Raquel Mergulhão garante que estará muita atenta a qualquer al-teração de comportamento que possa surgir.

Por esta altura, muitas crianças e adolescentes preparam-se para mudar de ciclo de ensino, uma transição que nem sempre é pací-fica. Levar a criança a conhecer a nova escola, criar expectativas po-sitivas e não transmitir ansiedade são algumas das dicas dadas ao DN por especialistas para que o novo ano letivo arranque com tranquilidade.

"No caso das crianças que vão entrar para o 1.° ciclo, importa que os pais as tranquilin-m e até feste-

jem esse dia. Afinal de contas, é um passo importante na vida de qual-quer criança", destaca Teresa Paula Marques, diretora clínica da Aca-demia de Psicologia da Criança e da Família, sugerindo, por exem-plo, um lanche em família ou uma ida ao cinema.

Esqueça frases como "agora aca-bou-se a brincadeira". "Esta ideia vai fazer que a criança encare a escola como um castigo. Até porque não é verdade. Brincadeira haverá sem-pre, mas para além disso vão apren-der coisas novas, o que é igualmente divertido", explica a psicóloga da área infantil. Para minimizara an-siedade no primeiro dia de aulas, "é importante que a criança conheça

previamente a escola, a professora e algu-mas auxiliares". De manhã, evite "des-pedidas demoradas (muitas vezes drama-ficas) ".

Mostrar à criança a escola que os pais fre- quentaram pode aju-

dar a tranquilizá-la "É bom que os pais partilhem as suas experiên-cias, contem como foi o seu pri-meiro dia de aulas", propõe a psi-cóloga e investigadora Ana Gomes. E nada de mostrar nervos. "Não de-vem transmitir ansiedade e angús-tia. Devem mostrar-se tranquilos e passara ideia de que tudo vai correr bem", aconselha.

Incentivar a curiosidade A entrada para o primeiro ciclo deve ser um "momento solene", defende Mário Cordeiro. "Um mo-mento de 'corte com algo para ini-ciar outra coisa, que seja acompa-nhado de um ritual de passagem (jantar fora no primeiro dia de au-

las, ter uma semanada todos os domingos) mas tem de se desfazer a ideia de que, nos primeiros dias de aulas, a criança vai logo apren-der a contar, a escrever e a ler", diz o pediatra.

O processo de aprendizagem, explica, "é uma aprendizagem so-cial, de cidadania, de regras, de'sa-ber estar', de solidariedade e uma continuação do espírito de brinca-deira". Diz Mário Cordeiro que é es-sencial que "a criança aprenda a ser organizada e metódica, para ter mais tempo e fazer mais coisas (ao longo da vida)".

A postura dos encarregados de educação irá influenciar bastante a forma como a criança encara a transição do pré-escolar para o primeiro ciclo. "Constitui o fio con-dutor do comportamento manti-do pela criança ao longo desta transição", diz Renato Paiva, peda-gogo e diretor da Clínica de Educa-ção. Por isso, "é crucial que os pais mantenham uma atitude positiva perante esta fase e promovam o sentimento de curiosidade para novas aprendizagens, evitando co-locar muita pressão na criança". Além disso, propõe o pedagogo, "é essencial encarar a escola como mais uma atividade a incluir nas

rotinas, descrito como um am-biente prazeroso e não como um peso ou unicamente responsabili-dade de ter bons resultados". Apre-sentar de "forma lúdica o novo mundo à criança" pode facilitar o processo.

Os mais novos são "vítimas fáceis" No ano passado, chegaram ao consultório da psicóloga Ana Go-mes, docente e investigadora na

> Será que a escola do seu filho promove uma boa alimenta-ção? Com o ano letivo prestes a começar, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde lan-çou uma série de dicas que permitem aos pais identificar "quando uma escola se torna amiga da saúde alimentar do seu educando". No primeiro ponto, a DGS diz que a escola deve afixar semanalmente as ementas e, nalguns casos, até enviá-las através da Internet. "O refeitório e os outros espa-

Universidade Autónoma de Lis-boa, vários casos problemáticos relacionados com a transição do 4.° para o 5.° ano. "A criança já vai com alguma ansiedade e há pe-quenos detalhes, nos quais os pais nem pensam, que podem ser altamente problemáticos", alerta. Fala-nos, por exemplo, de casos em que tomar banho no balneário da escola "se tomou monstruoso", devido a atitudes e comentários de

ços dedicados à alimentação são agradáveis, confortáveis, com mobiliário adequado e decorados com temáticas do agrado dos alunos (e de prefe-rência da autoria dos mes-mos)?", questiona. Uma esco-la amiga da saúde alimentar das crianças é aquela onde, por exemplo, há uma estraté-gia para envolver a comuni-dade escolar em torno do tema da alimentação saudá-vel e onde há atividades que promovam conhecimento sobre a temática (degusta-ções, hortas, etc.).

Importa que os pais festejem a entrada dos filhos

no 1.° ciclo

SAÚDE

E a alimentação das crianças é boa?

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Tiragem: 25772

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 16,41 x 30,00 cm²

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Uma semana de férias para acompanhar a nova fase

FAIdUA João e Goreti Campolargo estão ansio-sos para vero filho João, de 8 anos, entrar para o le ano do 19 ciclo. "Não sabe-mos como vai reagir, mas achamos que vai coifar tudo bem. A preparação no pré-escolar foi muito boa", diz o pai, presidente da Junta de freguesia de Sio Salvador Olhem). João também está ansioso. "Quer muito ir para a escola, conhecer os colegas e o professor. Ele gosta dessa luta", explica a mãe, Ooreti, que tirou uma se-mana de férias para poder acompanhar melhoro filho nos primeiros dias. "Na primeira semana, vou buscá-lo um pouco mais cedo ao ATL" Na semana passada, João foi conhe-cer a escola primária da Coutada, em Íthavo, para onde vai apenas oom uma colega do pré-escolar, a Mia. "Ficou encantado. A escola é um miminho", disse ao DN o pai, confiante mana boa integração. "Ele está motivado, reconhece o papel que a escola vai ter."

Mudanças na adolescência podem ser problemáticas

SECUNDÁRIO Passagem para o 10.0 ano também pode ser difícil, pela pressão associada e pela idade em que acontece Um aluno que passa para o 10.0 ano geralmente muda de escola, tem de escolher uma área de estudos e sabe que a avaliação passará a ter um peso muito maior, se quiser seguir para o ensino universi-tário. "Tudo isto acontece quando estão em pleno na adolescência, com todas as crises que isso implica", assi-nala Ana Gomes, docente da Universidade Autónoma de Lisboa.

Segundo a psicóloga, a tran-siçãodo 9.0 para o 10.0 ano "é muito brusca e, muito fre-quentemente, é também mui-to difícil". Também a passa-gem do secundário para a universidade é, por vezes, causadora de problemas. "É preciso ter uma grande estru-tura emocional, sobretudo se os jovens estiverem desloca-dos, longe de casa", alerta a es-pecialista.

colegas. "Ao ponto de as crianças se recusarem a ir à escola", frisa.

Esta mudança de ciclo, diz Ana Gomes, "exige que os pais estejam muito atentos e percebam que o bullyingnão é só bater. Os mais pe-quenos são vitimas fáceis". A pas-sagem para o 5.0 ano coincide com o momento em que multas crian-ças recebem telemóveis."Por vezes, ficam com medos exacerbados por causa de jogos e filmes de terror que os outros lhes mostram. Só de espreitar desenvolvem medos que os fazem deixar de querer dormir sozinhos", conta.

Conhecer crianças que já te-nham passado pela transição para o 5.0 ano pode ser uma boa estraté-gia para eliminar fantasmas. Ana Gomes sugere, ainda, que os pais criem elos de ligação com os cole-gas e os pais e que estejam atentos, poisa criança pode não verbalizar, mas manifestar que algo não está bem através da linguagem corpo-ral: dores nas costas e nas pernas, vómitos, náuseas.

Nesta fase, o pediatra Mário Cor-deiro considera que os pais devem "respeitar a pré-adolescência e a vontade de autonomia, experi-mentação, afirmação da identida-de, novas vertentes da sexualidade,

etc., mas, por outro lado, manter uma 'rédea curta' e não ter medo da criança". Apoiara mudança, escla-rece, "mas não ser demasiado pro-tetor e permitir que a criança vá desenvolvendo a competência de estudar sozinha, mesmo que os pais façam umas revisões".

Passar para o 5.0 ano é, parimui-tas crianças, sinónimo de mais res-ponsabilidades. "Mais uma vez é importante desmitificar o seu im-pacto, incentivando a criança a or-ganizaras suas rotinas, a encarar as novas disciplinas e rotinas de for-ma positiva e harmoniosa no seu quotidiano", sugere Renato Paiva. Na opinião do pedagogo, os pais devem "promover a participação ativa na listagem de material ne-cessário, compra de material, sua organização atendendo às exigên-cias dos professores, execução de um planeamento pessoal ou ela-boração de uma agenda e, princi-palmente, a escolha do tipo de ma-terial que pretende utilizar".

Em ambos os casos, é importante que a criança já tenha começado a voltar às rotinas. "Começar pela pre-paração dos materiais escolares e de-pois com a regularização dos horá-rios. Uma semana antes é suficien-te", afirmaTéresa Paula Marques.

Reduzir trabalhos de casa Aproveitando o regresso das crianças às aulas, Mário Cor-deiro pede aos professores que reduzam os trabalhos de casa. "Não têm qualquer sen-tido! Apenas ao fim de sema-na e trabalhos de pesquisa. lrabalhos diários, pilhas e pi-lhas, numa altura do dia em que a criança está cansada e já esteve horas a fio na escola é contraproducente e a ciên-cia mostra que em nada be-neficiam o aluno nem se tra-duzem em melhores notas ou conhecimentos", defende o pediatra.

Quanto aos pais, Mário Cordeiro diz que devem con-testar este modelo assente em trabalhos enviados para casa e, mais, "escrever na própria caderneta que, hoje ou ama-nhã, o aluno não fez os traba-lhos porque não pôde, por-que não teve tempo ou por outra razão do género".

O pediatra entende que "a escola não pode roubar o es-paço de casa e da família, so-bretudo para coisas injustifi-cadas e que não servem para nada".

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Tiragem: 25772

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,02 x 4,25 cm²

Corte: 3 de 3ID: 66034179 12-09-2016

REGRESSO ÀS AULAS

Entrada na nova escola deve ser uma festa e um lanche até ajuda

SOCIEDADE PÁGS. 16 E 17

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Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Preto e Branco

Área: 5,31 x 9,61 cm²

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REINO UNIDO

Obesidade associada a 10 cancros 13 O Centro de Investigação do Cancro do Reino Unido afirma que três quartos da população britânica desco-nhece que o excesso de peso aumenta o risco de desen-volver dez tipos diferentes de cancro. Entre os cancros mais comuns associados à obesidade estão o do cólon, rim, mama e útero. De acor-do com aquela entidade, es-tudos recentes indicam que 40% dos cancros do útero estão ligados à obesidade . •

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Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 5,56 x 11,05 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66034247 12-09-2016

SAÚDE

SNS celebra 37 anos em Coimbra e O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, em colaboração com a Ad-ministração Regional de Saúde do Centro, comemo-ra na quinta- feira os 37 anos dó Serviço Nacional de Saú-de (SNS).

As comemorações, subor-dinadas ao tema 'O Servidor Nacional de Saúde e o Res-gate da dignidade', incluem uma homenagem ao pai do SNS, António Arnaut, e contam com a presença do primeiro-ministro, António Costa. •

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Tiragem: 94480

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

Cores: Cor

Área: 20,37 x 13,71 cm²

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Francisco Ramos

Este verão, descobriu-se que a ADSE é um problema. Com 30 anos de atra-so, a opinião publicada percebeu a dificuldade em justificar a existência

daquele subsistema público de saúde! Afi-nal, para que serve?

Por exigência da troika, quase se resolveu o problema do financiamento. Em 2014, a ADSE foi maioritariamente financiada pelos beneficiários. Também mudou o seu enquadramento na estrutura governamen-tal, passando do Ministério das Finanças para a Saúde.

Estão disponíveis três importantes re-latórios de análise e proposta: Tribunal de Contas, Entidade Reguladora da Saú-de e Comissão de reforma da ADSE. To-dos apresentam propostas lip services e mantêm a ADSE como importante fonte de financiamento do sector privado (460 milhões de euros em 2015 e 488 orçamen-tados para 2016), todos ignoram a ADSE como instrumento de política pública. A agitação nos media a propósito do rela-tório da Comissão de reforma é paradig-

mática da opacidade do debate: múltiplas vozes contestam, por razões ideológicas, a possibilidade de privatização da gestão da ADSE, exigindo que se mantenha um mo-delo público a alimentar o sector privado da saúde, concorrencial do SNS!

A integração da ADSE na Saúde escanca-ra uma importante oportunidade de refor-ma: transformar a ADSE em instrumento de política pública, considerando-a como seguro complementar do SNS, assumindo como prioridade a cobertura de áreas em que o SNS é insuficiente. Exemplos: a saúde oral é ainda deficitária, apesar dos progres-sos da última década. A cobertura pelo SNS de óculos e próteses auditivas, essenciais à autonomia dos idosos, é quase nula. Estas deveriam ser prioridades a reforçar na ADSE. O SNS tem uma excelente cobertura em saúde materna, talvez até excedentá-ria. A ADSE deveria reduzir ou eliminar a cobertura em cuidados de maternidade. Os relatórios da ADSE confirmam o ali-nhamento com as preferências dos atuais beneficiários. No regime livre (escolha dos prestadores pelos beneficiários, sem restri-ções), as principais linhas de despesa (50% do total em 2015) são “meios de correção

e compensação” e “medicina dentária e próteses estomatológicas”, áreas que os portugueses sentem insuficientemente asseguradas pelo SNS. No regime conven-cionado (escolha limitada a entidades com as quais a ADSE tem acordo), as principais linhas de despesa (56% do total de despesa neste regime) são “cirurgia” e “imagiologia e análises clínicas”, em clara sobreposição com a oferta do SNS e apenas explicadas pelo fenómeno de desnatação da procura. A Constituição define o sector privado da saúde como complementar do SNS. Definir a ADSE como seguro complementar seria coerente e harmonioso com o texto cons-titucional. Como requisito, é necessário reconhecer que o carácter “geral” do SNS, previsto na Constituição, precisa do apoio de um seguro público complementar, alar-gando o estatuto de potencial beneficiário da ADSE a toda a população. O modelo de financiamento está definido, sendo possível equacionar o financiamento pelo OE dos desempregados e outros portugueses em situação de carência. Será indispensável estudar as consequências económicas desta reforma, mas é possível uma solução de neutralidade orçamental.

Economista da saúde e ex-secretário de Estado

ADSE: outro olhar

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A13

Tiragem: 32078

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 47

Cores: Cor

Área: 13,30 x 30,44 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66033884 12-09-2016

Realidade a curto prazo ou uma miragem?

Enquanto familiar de pessoa

que sofre de doença mental

grave, crónica e altamente

incapacitante, diagnosticada

há cerca de 35 anos e que

depende de acompanhamento

especializado e permanente,

24 horas por dia, sete dias

na semana, 365 dias no ano,

manifesto o meu apoio e

solidariedade para com as inúmeras famílias

que vivem e convivem com a doença mental

por anos a fi o e com inúmeras difi culdades,

que seriam sanadas se já tivessem ao dispor

os serviços e estruturas de saúde mental,

plasmados há anos em diplomas.

Enquanto familiar e cuidadora, há anos

que vivo sobrecarregada e sinto-me no

direito de exigir o apoio e acompanhamento

às famílias, tal como o descanso periódico

do cuidador que também não passa de

miragem, inscrito num diploma em vigor há

anos.

Enquanto familiar e cidadã, manifesto

a minha revolta, por Portugal teimar em

fi gurar na cauda da Europa, no que aos

cuidados de saúde mental respeita.

Enquanto cidadã e presidente da Direção

da Federação Portuguesa das Associações

das Famílias de Pessoas com Experiência

de Doença Mental, FamiliarMente, assumi

responsabilidades quando em maio de

2015 aceitei o cargo e tal como preconizado

estatutariamente, cumpre-me representar e

defender as associações de famílias fi liadas,

na defesa dos seus direitos e na melhoria das

condições de vida e de saúde, delas próprias

e dos familiares com doença mental.

A prevalência anual das perturbações

mentais comuns em Portugal é muito

elevada (22,9%), se a estes juntarmos apenas

um familiar, signifi cativo ou conhecido,

estamos a falar em mais de metade da

população portuguesa afetada direta ou

indiretamente pela doença mental.

Tal como assinala o Plano Global da Saúde

Mental 2013-2020 da OMS (Organização

Mundial da Saúde, 2013), os problemas de

saúde mental são responsáveis por uma

alta taxa de incapacidade, para a qual

contribuem múltiplos fatores individuais,

sociais, culturais, económicos, políticos e

ambientais. Deste modo, a resposta deve

ser multissectorial, inserida na comunidade

e estimular a participação de utentes e

familiares.

O peso da incapacidade medido em DALY

(anos de vida ajustados à incapacidade) e

em YLD (anos vividos com incapacidade),

de acordo com as estimativas para 2010

(sem grande variação nas estimativas

para 2013) do Institute for Health Metrics

and Evaluation (IHME, 2016), foram

respetivamente de 11,75%, o segundo maior

valor entre os nove Programas Nacionais

de Saúde Prioritários, e de 20,55%, um

valor muito superior ao de qualquer outro

dos Programas Prioritários. Acresce referir

que a doença mental crónica, grave e

incapacitante afeta elevado número de

pessoas com necessidade de internamento

de longa duração.

Urge a implementação da Rede de

Cuidados Continuados Integrados de Saúde

Mental.

Termino como comecei, como familiar,

cidadã e dirigente

federativa, apelo

ao Governo,

à Assembleia

da República,

Presidente da

República e a

todas as forças

politicas e vivas da

sociedade, para

que os Cuidados

Continuados de

Saúde Mental, este

ano várias vezes

anunciados por

órgãos competentes,

inclusive pelo senhor

primeiro-ministro,

como sendo uma

aposta prioritária

e a arrancar pela

primeira vez na

história da Saúde.

Apelo a que não se deixe mais uma vez

na gaveta, por alegados constrangimentos

orçamentais, a implementação de estruturas

fundamentais e tão ansiadas por familiares,

utentes e profi ssionais de saúde.

A Saúde Mental não pode continuar o

parente mais pobre da Saúde! As pessoas

afetadas, em situação de desvantagem e os

cuidadores, desesperam há décadas por

respostas adequadas.

Que seja desta que o Governo não adie

mais uma vez o arranque das experiências-

piloto, criadas em diplomas de 2011 e que

numa fase inicial, poderão responder a

necessidades de cerca de 350 utentes, com

um encargo previsto em 2016, na ordem

dos três milhões de euros, caso tivessem

arrancado em julho, como foi amplamente

anunciado.

Sem saúde mental, não há saúde!

Presidente da Direcção da FamiliarMente

Experiências--piloto prometidas para 1 de Julho poderão mais uma vez ser adiadas

DANIEL ROCHA

Debate Cuidados de saúde mentalJoaquina Castelão

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Corte: 1 de 1ID: 66033729 12-09-2016

Costa diz que “é tempo de fazer as reformas essenciais para o país”

António Costa e João Torres no encerramento da rentrée da Juventude Socialista

O primeiro-ministro e secretário-ge-

ral do PS, António Costa, declarou

ontem, em Braga, que a estratégia

de consolidação orçamental está a

dar bons resultados e afi rmou que

“é o tempo [de o Governo] fazer as

reformas essenciais para o país”.

No encerramento da rentrée da

Juventude Socialista ( JS), que de-

correu em Braga, António Costa re-

afi rmou que o défi ce este ano fi cará

abaixo de 2,5% do Produto Interno

Bruto (PIB) e aproveitou para zur-

zir no Governo liderado por Passos

Coelho por ter “falhado no cumpri-

mento do défi ce”. “Estamos aqui e

podemos orgulhar-nos de dizer que

eles falharam no cumprimento do

défi ce e nós ainda tivemos de poupar

ao país às sanções em que iríamos in-

correr pela incapacidade que tiveram

de cumprir a redução do défi ce. E

este ano nós vamos ter, pela primeira

vez em 42 anos, um défi ce abaixo dos

2,5% e um défi ce que nos retirará do

procedimento de défi ce excessivo”,

assegurou.

Perante uma sala cheia de jovens,

mas onde marcaram presença alguns

membros do Governo, Costa disse

que é tempo de fazer as reformas es-

senciais para o país. E sublinhou que

a missão do Governo é preservar a

estabilidade fi nanceira e que a Caixa

Geral de Depósitos será o “grande

referencial” dessa estabilidade. “O

anterior Governo escondeu a situa-

ção, empurrou como se o adiar a re-

solução dos problemas resolvesse al-

guma coisa e isso obrigou-nos a con-

sumir grande parte do nosso esforço

a fazer aquilo que é absolutamente

essencial garantir: a estabilidade do

sistema fi nanceiro, cuja maior garan-

tia foi termos resolvido o problema

da CGD que vai ser, como dissemos

que seria, um banco inteiramente

público devidamente capitalizado e

o grande referencial da estabilidade

do sistema fi nanceiro, a garantia da

poupança das famílias e um instru-

mento ao serviço do fi nanciamento

da economia portuguesa.”

No dia em que foram conhecidos

os resultados da 1.ª fase do concurso

nacional de acesso ao ensino supe-

rior, o primeiro-ministro prometeu

combater o insucesso escolar e disse

que a educação terá uma atenção no

sentação da proposta do Orçamento

no Parlamento, o primeiro-ministro

anunciou que o próximo OE “vai dar

prioridade àquilo que é essencial pa-

ra que este desenvolvimento que que-

remos seja possível. O investimento

numa sociedade de conhecimento e

investir numa sociedade de conheci-

mento é, em primeiro lugar, investir

na cultura”. Num discurso em que

não fez uma única alusão às eleições

autárquicas de 2017, António Costa

revelou que o “próximo Orçamento

do Estado terá um reforço claro do

investimento na cultura, em parti-

cular no apoio à criação artística e

na recuperação do património, que

é a memória histórico-cultural que

afi rma a nossa identidade e nos pode

inspirar para o futuro”.

“Jovens não perdoam Passos”O secretário-geral da JS, João Torres,

também disparou sobre Pedro Passos

Coelho, declarando que “nenhum

jovem deve perdoar ao PSD o facto

de se apresentar ao país como um

líder que mais parece o presidente

da comissão liquidatária da oposição

em Portugal”. “Doutor Pedro Passos

Coelho, se o país incorre em tão sé-

rios riscos com a governação do PS,

faça o favor de dizer ao que vem e o

que propõe: não é só o seu partido

que não entende, é mesmo todo o

país que precisa, justamente, de uma

oposição à altura das suas responsa-

bilidades”, acrescentou.

O dirigente da JS aludira à ameaça

deixada pelo líder do PSD de que em

Setembro viria o “diabo” para dizer

que “quem passa a vida a anunciar o

diabo acaba por ser diabolizado nas

urnas”. Empenhando em separar

águas, elogiou António Costa por ter

colocado o país na “trajectória da jus-

tiça social quando o Governo iniciou

a reposição de direitos sociais e de

rendimentos” e mostrou-se satisfeito

com a baixa do desemprego.

Daqui partiu para um novo ata-

que à direita. “Nos últimos anos,

a trilogia de sonegação de direitos

sociais, ancorada no desemprego,

na precariedade e na emigração,

encontrou no PSD e no CDS gover-

nantes resignados e receptivos ao

seu brutal agravamento”, disse. “É

fundamental mudar o paradigma dos

baixos salários, dos recibos verdes,

dos contratos a termo”, defendeu .

E avisou: a JS “não esquecerá a sua

agenda” no OE.

Em Braga, no encerramento da rentrée da Juventude Socialista, o primeiro-ministro falou do Orçamento do Estado para 2017 e anunciou que o sector da Cultura “terá um reforço claro” de verbas

Governo Margarida Gomes

Governo vira-se para a saúde e para a floresta

O Governo socialista tem uma agenda carregada para o mês de Setembro. Na rentrée política da JS,

em Braga, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou um pacote de medidas para as próximas semanas, destacando dois Conselhos de Ministros extraordinários: um “centrado exclusivamente no reforço do Serviço Nacional de Saúde, uma pela central do nosso modelo social” e outro dedicado à política florestal.

“Mais do que combater

incêndio, é necessário preveni-los e para os prevenir é preciso uma floresta activa, uma floresta sustentável, uma floresta sofisticada, uma floresta que seja fonte de riqueza e não uma ameaça à segurança das populações e dos seus bens”, justificou o primeiro-ministro, em Braga. Na calha está também uma reunião do Conselho de Concertação Territorial para concluir o debate com os autarcas” sobre a descentralização, mantendo a intenção de até ao final do ano

avançar na “descentralização e na democratização das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, considerando a descentralização como “pedra angular” da reforma do Estado.

O calendário de iniciativas prossegue com a apresentação na Concertação Social do livro verde das relações laborais, que dará particular atenção à “precariedade”. Segundo António Costa, a precariedade é “o maior inimigo” do modelo de desenvolvimento do PS. M.G.

Orçamento do Estado (OE) do pró-

ximo ano. “O combate ao insucesso

escolar é um desafi o não só da co-

munidade educativa mas de toda a

sociedade. Combater o insucesso

escolar é garantir que não produzi-

mos uma nova geração de excluídos,

mas, pelo contrário, asseguramos a

igualdade de oportunidades de to-

dos serem candidatos”, prometeu

Costa, frisando que o aumento de co-

locações no ensino superior regista-

do este ano representa a “morte do

modelo de desenvolvimento” sem

“direitos, salários e Estado Social”

que a “direita quis impor” e consti-

tuiu um sinal de confi ança.

A pouco mais de um mês da apre-

NELSON GARRIDO

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40% dos utentes em tratamento contra vícios têm sucesso

COMUNIDADES Resultados são positivos, segundo responsá-vel do serviço de intervenção. Um ano depois, 75% a 80% continuam sem consumir

Entre 36% e 40% dos utentes de co-munidades terapêuticas conse-guem terminar o tratamento e têm alta clinica, revelou à bisa o subdi-retor-geral do Serviço de Interven-ção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), con-siderando que são dados positivos.

Dos utentes que aguentam todo o tempo de tratamento, "75% a 80%, um ano depois, ainda conti-nuam sem consumir", indicou Ma-nuel Cardoso, considerando que "são resultados muito bons com-parados com o que acontece nas outras comunidades em termos mundiais". "Estes doentes têm muita dificuldade em cumprir um ano de tratamento", afirmou Ma-nuel Cardoso, argumentando que estão em causa patologias crónicas com características reincidentes e o que sepretende é que "o doente tenha momentos de paragem tão longos quanto possível".

Os próprios utentes têm cons-ciência de que estão "presos" a uma doença crónica e querem vol-tar a ter uma vida saudável e deixar de ser ovelhas negras" da socieda-de. Daniela, de 35 anos, é um des-ses casos. Combate a adição dos úl-timos dois anos ao álcool. "O des-governo foi total a todos os níveis: financeiro, social, familiar e, essen-cialmente, para com a minha fi-lha." Com medo de ficar sem a guarda da filha, decidiu ser tratada.

Os internamentos em comuni-dades terapêuticas podem ser comparticipados pelo Estado, atra-vés das administrações regionais de saúde (ARS), em 80% do valor do tratamento, que varia de 800 a mil euros mensais. A comparticipação é de "acesso automático, não tem nada a ver com os recursos das fa-mílias", explicou o responsável do SICAD, declarando que as ARS in-vestem cerca de dez milhões de eu-ros por ano.

Atualmente, existem em Portu-gal mais de 60 comunidades, dis-ponibilizando mais de 2000 camas. Destas, cerca de 1500 estão con-vencionadas, pelo que "conse-guem responder absolutamente à atual procura". De acordo com o responsável do SICAD, "a taxa de ocupação tem vindo a baixar", de-vido à redução do número de toxi-codependentes. Para além do tra-tamento de drogas, as comunida-des tratam hoje dependências de álcool, jogo, sexo e perturbações do comportamento alimentar. LUSA

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Pág: 12

Cores: Cor

Área: 25,50 x 19,25 cm²

Corte: 1 de 2ID: 66034097 12-09-2016

Sindicatos abrem guerra na Saúde contra prescrições por outros profissionais Médicos. Federação Nacional enviou uma carta ao governo em que diz não ter sido ouvida para o diploma que regula o ato em saúde e critica o facto de profissionais como enfermeiros passarem a diagnosticar e a prescrever

JOANA CAPUCHO

Portugal vai ter pela primeira vez um diploma que define o que cada profissão da área da Saúde pode fa-zer, mas o documento não agrada a todos. A Federação Nacional dos Médicos (Fitam) enviou uma carta ao Ministério da Saúde em que cri-tica o facto de não ter sido ouvida e ataca a possibilidade de outros pro-fissionais fazerem diagnósticos e poderem prescrever. Para o sindi-cato, não ficam claros alguns limi-tes nessas competências. Uma po-sição de que a Ordem dos Médicos discorda, uma vez que considera o texto equilibrado. Já a Ordem dos Enfermeiros congratula-se por fi-nalmente ficar escrito aquilo que os enfermeiros já fazem todos os dias.

O diploma que regula o ato em saúde, lê-se no projeto, "procede à definição e à regulamentação dos atos do biólogo, do enfermeiro, farmacêutico, médico, médico dentário, nutricionista e psicólo-go". Na definição dos vários atos, escreve a Fnam, verifica-se que "quase todos passam a poder dia-gnosticar e prescrever". Além dis-so, "a redação estabelecida para a

chamada "definição do ato médi-co" não difere, na sua formulação, da maior parte dos que ali estão re-feridos", diz. A federação fala, por isso, num "esvaziamento claro do ato médico e das competências técnico-científicas da profissão médica".

MerlindeMadturfra, presidente da comissão executiva da Fnam, explica ao DN: crítica é em que condições é que los outros profis-sionais, nomeadamente os enfer-meiros] podem fazer diagnóstico e prescrever. É verdade que todos os profissionais fazem diagnóstico, mas até onde podem ir?" Na opi-nião da representante, que lamen-ta o facto de a Ordem "não ter de-sencadeado uma discussão entre os médicos", não existe "uma dis-tinção clara entre o diagnóstico dos médicos e os outros". Quando se usam "termos vagos", afirma Mer-linde Madureira, "complica-se em vez de ajudar".

Ao DN, José Manuel Silva, bas-tonário da Ordem dos Médicos, re-conhece que "provavelmente ne-nhuma das ordens terá ficado to-talmente satisfeita com o resultado final", mas acredita que o diploma "representa o equilíbrio possível

entre todas as posições que deba-teram os limites e as definições das suas profissões". Idealmente, ex-plica, a definição do ato médico "seria mais extensiva".

Reconhecendo que ficou sur-preendido com o comunicado da Fnam, José Manuel Silva garante que não serão retiradas quaisquer competências aos médicos. "O ve-terinário também prescreve, mas medicamentos próprios para ani-mais", exemplifica.

A elaboração do diploma, que ainda está a ser ultimado, envolveu a participação dos bastonários das diferentes ordens e, segundo a ex-posição de motivos, terá convida-dos os sindicatos representativos das profissões a manifestarem-se. "É o resultado de muitas horas de trabalho e reflexão", diz José'Ma-nuel Silva. E era reclamado há mui-tos anos. "Era uma necessidade antiga para clarificar os atos pró-prios de cada profissional de saú-de e para combater o exercício ile-gal das seis profissões que agora veem definidos os seus atos pró-prios", diz o bastonário da Ordem dos Médicos.

Contactado pelo DN, o gabinete do ministro da Saúde garantiu ter

apresentado à Fnam, em agosto deste ano, o projeto de diploma do ato em saúde. "Temos documentos que o provam, pelo que não é ver-

DEBATE

Médicos falam em riscos para doentes > A discussão sobre ee os en-fermeiros devem prescrever tem vários anos.A Ordem dos Enfermeiros já propôs que os seus profissionais possam re-ceitar medicamentos e (ma-mes em determinadas dr-curistâncias e com base em protocolos com regras bem defirddas. O governo anterior chegou mesmo a prevê-lo em contexto de triagem nas ur-gêndas. Mas a Ordem dos Médicos sempre criticou essa hipótese, alertando para "os enormes riscos para a popu-lação de colocarem pessoas que não têm qualificação a prescrever e a fazer uma coisa para a qual não estão preparadas".

dade que a Fnam não tenha tido conhecimento do documento e, após ter tido conhecimento, pode-ria ter enviado os seus contributos e sugestões", esdareceu.

A primeira versão do documen-to apresentada pelo governo não agradou à Ordem dos Enfermei-ros, que naquela altura conside-rou que o documento lhes retira-va competências e ocultava fun-ções que já realizam no dia-a-dia. como a avaliação diagnóstica e a prescrição de intervenções tera-pêuticas. Foram propostas algu-mas alterações que acabaram por ser aceites. "Os enfermeiros fazem diagnóstico, prognóstico e pres-crevem na sua área de atuação. Não estamos a falar de diagnósti-cos médicos", esclarece Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, acrescentando que "o ato em saúde apenas define o que está regulado para cada uma das profissões e que já é feito há muito tempo".

Numa consulta de enfermagem de saúde infantil, o enfermeiro faz "o diagnóstico do problema da criança", vai "delinear uma inter-venção" e "até pode prescrever cui-dados de enfermagem".

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Corte: 2 de 2ID: 66034097 12-09-2016

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Sindicatos dos médicos contra dentistas e enfermeiros a passar receitas e a fazer diagnóstico

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Tiragem: 69755

País: Portugal

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Pág: 6

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Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 1ID: 66033834 12-09-2016

João Ferreira, 65 anos, já tem agendados exames para novembro e também para 2017 no Porto

Nacional

e Despesas Hospital de origem paga tudo

Todas as despesas de deslocação

do doente e do acompanhante entre

as ilhas e o continente são da res-

ponsabilidade da unidade de saúde de origem onde o doente esta ins-

crito. Este hospital também é res-

ponsável por diligenciar a vaga para

o doente no hospital de destino

Ajudas Comparticipação diária é variável

Os doentes transferidos das ilhas

para os hospitais do SNS recebem

urna comparticipação diária que varia em função dos rendimentos (pode ir dos 45,35 euros até aos 27,21 eu-

ros). O acompanhante também tem

direito a uma diana (que varia entre

12 a 20 euros)

Sande Falta de resposta assistencial na Madeira e Açores obrigou à transferência de 1500 doentes para hospitais do continente em 2015

Há mais doentes das ilhas a fratar se no SNS Inês Schreck inesiain pt

0. Um exame de rotina a pedido do medico de família em Ponta Delga-da mudou tudo. Em janeiro de 2014, João Ferreira. açoriano nasci-do e residente em S. Miguel, come-çou uma maratona de análises e exames para descobrir a origem de uns nódulos no fígado. Em pouco tempo, o oncologista do Hospital de Ponta Delgada concluiu que preci-sava de resultados mais específi-cos. E decidiu transferir o doente para o IPO do Porto, onde teria acesso ao equipamento mais evo-luído da Península Ibérica para dia-gnóstico daquele caso.

O caso de João - que dois anos e meio depois continua a ser segui-do no IPO do Porto, após duas ci-rurgias ao rim e ao intestino e vá-rios tratamentos ao fígado - é cada vez mais frequente. O número de doentes que são transferidos da Madeira e dos Açores para exames, cirurgias e tratamentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem vindo a aumentar, reflexo das necessida-des assistenciais nas ilhas.

No ano passado, foram transfe-ridos para o continente 4508 resi-dentes nas ilhas, contra 4055 em 2014 e 4303 em 2013. Os Açores são o principal "exportador" (4040). sendo responsável por quase 90% destas transferências. segundo da-dos enviados ao IN pelo Serviço de Saúde da Região Autónoma da Ma-deira e pela Secretaria Regional de Saúde dos Açores.

No último ano, a Pediatria foi a especialidade mais procurada pe-los açorianos em hospitais do SNS (321 doentes) • seguido da Oftalmo-logia (168), da Nefrologia (130) e da Cardiologia (123). Os tratamentos de Radioterapia, que só chegaram aos Açores em março deste ano, motivaram em 2015 a deslocação de 93 doentes:É expectável que

este número diminua a partir des-te ano com a abertura do Centro de

Radioterapia em S. Miguel. Os hospitais de Lisboa são os

mais procurados pelos açorianos. nomeadamente o IPO de Lisboa (382 doentes), os hospitais de San-ta Maria (212) e de D. Estefánia (207). Os Hospitais de Coimbra, o Curry Cabral, em Lisboa, e o Santo António, no Porto, completam o ranking dos mais requisitados.

A maior parte das deslocações da Madeira para o Continente (468 no total) foi para a especialidade Gi-necologia (94). seguido de Cirurgia

Região Autonóma dos Açores exporta"

grande maioria dos doentes das ilhas para o SNS

• • *****

Plástica. Hematologia e Pediatria. João Ferreira. 65 anos, já tem

agendados exames para novembro e também para 2017 no Porto. Ape-sar de já estar reformado, as via-gens são sempre um transtorno. Do mal o menos. fica alojado com a mulher em casa de amigos. o que ajuda a compensar a magra ajuda diária (fixada por portaria). Gosta-va de poder ser tratado mais perto de casa, mas não tem queixas a fa-zer. O Hospital de Ponta Delgada tem validado todas as deslocações e tem sido sempre " bem tratado" no IP() do Porto. • •

Urgências Transferências são feitas pela Força Aérea

o Quando os doentes das ilhas são trans-feridos para o continente para receberem cuidados de saúde programados (exames,

consultas, tratamentos) fazem voos regu-lares nas companhias aéreas portuguesas. Mas em casos de emergéncia é a Força Aé-rea Portuguesa (FAP) que entra em ação.

Em 2015, cerca de metade das 406 mis-sões de evacuação sanitária realizadas pela FAP foram nos Açores. Este ano, de janeiro a agosto, já fez 111 evacuações, a maioria

entre as ilhas e 20 para o continente.

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Medicina, o estado da arte

JOÃO AZEVEDO Médico - ARS Norte

para quem duvidava que o desemprego po-deria chegar à classe médica, pois bem, de-sengane-se, 114 e 158

médicos em 2015 e 2016, respe-tivamente, não tiveram acesso

a uma vaga de formação pós-- graduada. Sabendo que o con-curso de 2016 contemplou um total de 1646 vagas para 2046 candidatos, que o numeras clausus em Medicina ronda as 1800 vagas e que centenas de estudantes de outros países concorrem anualmente com o objetivo de ingressarem numa especialidade em Portugal, era uma questão de tempo até que o problema surgisse.

O desemprego nadasse mé-dica pessoalmente não me choca até porque a Medicina não é mais nem menos do que outras áreas profissionais, em que estas questões começaram

a surgir há jávários anos, mas é seguramente diferente. Dife-rente pela exigência da sua for-mação, pela elevada responsa-bilidade associada ao seu exer-cício ou pelos horários e número de horas contínuas de trabalho que cada médico con-tinua ser obrigado a cumprir. O limite legal de 48 horas sema-nais de trabalho é rotineira-mente ultrapassado na genera-lidade das instituições portu-guesas sem que haja qualquer penalização para quem exerce este tipo de coação.

Estima-se que formar um médico custe cerca de cem mil euros ao Estado, e a formação

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País: Portugal

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Corte: 2 de 2ID: 66034049 12-09-2016

pós-graduada pode chegar aos 300-500 mil euros. Segundo da-dos da OCDE, Portugal tem mais médicos do que os neces-sários sendo o 5.0 país da União Europeia com mais médicos por mil habitantes, mais preci-samente 4,3 médicos/mil habi-tantes , ficando apenas atrás da Lituânia, da Estónia, da Ãustria e da Grécia.

Apesar do excesso de médi-cos em Portugal, faltam médi-cos no SNS, principalmente em zonas mais interiores e pe-riféricas, como é o caso de Vila Real e Algarve, fruto de uma boa parte destes profissionais se terem dedicado ao setor pri-vado.

Acrescenta-se ainda, segun-do números da OM do Norte, que nos últimos quatro anos

emigraram cerca de 350 médi-cos, estando quase um terço a especializar-se noutro pais. Os nossos dirigentes políticos têm responsabilidade nesta matéria e muito há a fazer para que trabalhar no SNS se tome aliciante e que os nossos médi-cos não sejam obrigados a emi-grar para assegurar um empre-go. Temos assistido a um con-junto de políticas totalmente desprovidas de bom senso e ponderação, diria mesmo a um plano estratégico de futuro sem visão e bacoco no que a medidas corretivas desta situa-ção diz respeito. De resto, ape-sar das múltiplas chamadas de atenção da OM para o crescen-te aumento do número de mé-dicos em Portugal, a posição do poder executivo tem sido a

de manter ou até mesmo alar-gar o numerus clausus em Me-dicina, encharcando o mercado de trabalho, criando desempre-go e emigração, beneficiando largamente as entidades priva-das do setor que passaram a contratar médicos a preço de saldo.

Ao contrário do que muitos poderão pensar através de uma análise superficial da situação, os médicos excedentários não servirão para suprir as necessi-dades das regiões mais caren-ciadas, mas sim para aumentar a fuga para o setor privado e os números da emigração.

Exige-se, portanto, mais res-ponsabilidade ao poder políti-co numa questão que todos os anos lesa o Estado em milhões de euros.

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Pág: 10

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António Costa esteve ontem na rentree da 15 em Braga , onde se alegrou peio arranque do ano escolar sem problemas

Braga Primeiro-ministro diz que aumento de candidatos significa que famílias têm mais dinheiro e promete emprego no fim dos cursos

Mais entradas no Superior são "sinal de confiança"

Sandra Freitas [email protected]

► A colocação de quase 43 mil alu-nos nas universidades e politécnicos. na primeira fase do acesso ao Ensi-no Superior - valor que não se regis-tava desde 2010 - significa para o primeiro-ministro, António Costa, a "morte de um modelo de desenvol-vimento que a Direita quis impor, de um país sem direitos, sem salários e sem Estado social". No encerramen-to da rentrée política da Juventude

áá A missão deste Governo não foi só resolver as inúmeras trapalhadas deixadas pelo anterior Governo. A nossa mis-são é resolver proble-mas estruturais" António Costa Primeiro-ministro

Socialista, ontem. em Braga, o gover-nante encarou este aumento como um "sinal de confiança" e de "enor-me responsabilidade, mas prometeu "responder" a estes estudantes, quando terminarem as licenciaturas.

"A quebra das matrículas não ti-nha uma explicação demográfica, porque não houve agora um 'baby • boom' repentino. Tinha a ver com di-ficuldades financeiras que as famí-lias sofriam. ks pessoas voltaram a perceber que. ao contrário do que lhes disseram nos últimos quatro

Conselho de Ministros Florestas e saúde na agenda • Costa anunciou dois conse-lhos de ministros extraordiná-rios. O primeiro, já esta semana, será dedicado ao reforço do Ser-viço Nacional de Saúde e até ao final do més haverá outro dedi-cado às florestas. O líder do Go-verno diz que o país não se pode "conformar em ver, todos os anos, a floresta a arder" e, mais do que combater incêndios, "é necessário preveni-los". Quer uma gestão ativa de uma flo-resta "sustentável, sofisticada, que seja fonte de riqueza e não uma ameaça à segurança das populações". E anunciou tam-bém que o Conselho de Concer-tação Territorial vai reunir para discutir a "descentralização e a democratização" das Comis-sões de Coordenação e Desen-volvimento Regional.

anos, vale a pena estudar e investir na educação", defendeu António Costa, antes de garantir a estes alu-nos que, no final do ciclo de estudos, o Governo não os quer "[empurrar] para a emigração".

Ainda no âmbito da Educação, o governante falou do prometido combate ao insucesso escolar, atra-vés de um programa específico ela-borado por 800 agrupamentos e au-tarquias, e garantiu que o Orçamen-to para 2017 "vai cumprir escrupu-losamente o acordo de confiança

assinado entre Governo, universi-dades e politécnicos". Desta forma, diz que estará assegurada "a estabi-lidade" e "autonomia" destes esta-belecimentos, "de forma a termos um Ensino Superior de maior qua-lidade e com maior capacidade de cumprir a sua função, de formação e investigação".

Com as aulas a começarem, o lí-der do govemó aproveitou, também. para se congratular pelo início do ano escolar a "tempo e horas", sem as "trapalhadas de 2014, nem os adiamentos para fingir que não havia trapalhadas em 2015".

Apostas do próximo Orçamento lá sobre o Orçamento do Estado

para 2017. além da atenção à Educa-ção, Costa revelou que haverá um re-forço do investimento na cultura, em particular no apoio à criação artísti-ca e na recuperação do património, porque "é a memória histórico-cul-tural que afirma a nossa identidade". O que se pretende é um "investi-mento numa sociedade do conheci-mento". disse.

Num discurso repleto de críticas ao anterior Governo, António Costa quis apresentar uma "nova visão" para o pais. Anunciou um "Livro verde das relações laborais", a apre-sentar. este més, no Conselho de Concertação Social, que visa pro-mover a redução da precariedade, "problema-chave" para o país e "o maior inimigo da produtividade das empresas", disse António Costa, que quer um modelo de desenvolvi-mento assente na "qualificação" e "inovação". •

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Tiragem: 69755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 5,54 x 24,27 cm²

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Dispositivo portátil em Portugal para combater' enxaquecas SAÚDE É pequeno, cabe numa mão, é leve. tem uma bateria catre-Ove' e um elétrodo adesivo para colocar na testa. Foi criado para combater dores de cabeça crónicas ou recorrentes, pode reduzir ou até eliminar o consumo de medica-mentos e ser utilizado várias vezes ao dia. A nova versão do dispositi-vo médico que trata das enxaque-cas, doença que afeta 16% dos por-tugueses, chega hoje a Portugal e a mais de 30 países, precisamente no Dia Europeu da Enxaqueca.

O aparelho. fabricado na Bélgi-ca, tem três programas para três es-tados diferentes: crises, prevenção e relaxamento. O elétrodo exerce neuroestimulação na cabeça e, no caso das crises, recomenda-se o uso durante pelo menos 40 minu-tos em várias sessões/dia. O dis-positivo pode também ser usado para reduzir o stress e a ansiedade. Chama-se Cefaly II, custa 295 eu-ros, e estará à venda em farmácias.

Licenciado pelas autoridades , O dispositivo médico tem sido re-comendado por cínicos em várias partes do Mundo e está licenciado pelas autoridades reguladoras. "A enxaqueca tem uma enorme com-plexidade e causalidade, implican-do grande sofrimento e cronicida-de que implica o recurso a medica-mentos, com alguma agressividade digestiva e custos económicos re-petidos que, na verdade, não per-mitem resultados favoráveis e ge-neralizados". diz Rui Cernadas, mé-dico especialista em Medicina Ge-ral e Familiar e consultor científico do Cefaly em Portugal. numa nota enviada à imprensa.

O aparelho inovador é, sublinha, "de utilização fácil e cómoda, não invasivo, de primeira linha para doentes que sofrem de ataques fre-quentes de enxaqueca." •

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Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

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Área: 25,70 x 32,00 cm²

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INFEÇÃO DO VIH

INFECCIOLOGIA

MUNDO ¡ MAIS DE 36 MILHÕES

C erca de 36,7 milhões de indivíduos em todo o Mundo estavam infetados com

o vírus da imunodeficiência adquirida no final de 2015, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Destes, apenas 17 milhões de seropositivos faziam tratamento com antirretrovirais no final do ano passado.

SÍNDROME DA IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA A sida é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana que enfraquece o sistema imunitário, destruindo a capacidade de defesa em relação a muitas doenças

Ciclo de vida do vinis ' VIH transmite-se •

:0, União e fusão O vírus adere-se à célula e funde-se com a sua membrana

Libertação A cápsula, com os genes e enzimas do vírus, liberta-se dentro da célula

Glicoproteínas Permitem a união Cápsula às células Membrana humanas que protege

o material :;° genético

: • ap •

Membrana IlpFdlca

3' Transformação Ocorre uma mutação no vírus

4 Integração no genoma O ADN virai integrado no genoma do hospedeiro pode permanecer latente tanto tempo quanto a célula seja viável

5 Multiplicação Quando o vírus se ativa, apodera-se da célula e dá início à produção de cópias

6. Proteínas A célula produz proteínas a partir

da informação =tida no

Contacto com sangue infetado

Relações sexuais desprotegidas

Gravidez e parto

Amamentação

Uso de agulhas e seringas contaminadas

O VIH não se transmite

O

1:1

Beijos ou abraços

Picadas de insetos

Partilha de %4't casa de banho

Transportes públicos

10 Partilha de talheres

Suor ou lágrimas

Comporta mentos risco devido à falta do uso do pra-servetivo 9#,Ç

Transcriptase reversa Enzima encarregada de transformar o ARN em ADN 12:21 Fonte Babaaçâo ixóprla

Fl Libertação Os componentes unem-se e abandonam o linfócito, arrastando consigo fragmentos da membrana. As novas partículas virais saem em busca de outras células para infetar

SEXO Relações não protegidas com parceiro infetado aumentam casos DOENÇA O Mais de 53 mil diagnosticados no País

CRISTINA SERRA ffs rillt a c r(s anos depois de

conhecidos cm Portugal os primeiros casos de infe

ção pelo vírus da imunodefi ciência adquirida (VII 1) e depois de conhecidas as formas de t ransmissão da doença, há ain cia quem tenha comportamen tos de risco e arrisque relações sexuais desprotegidas, sem o uso do preservativo. O alerta e feito ao Correio da Manhã por

Amílcar Soares, presidente da Associação Positivo.

"Durante o verão, as pessoas estão mais desinibidas, mais propícias a comportamentos de risco, precipit a 111 - se e não que - rem perder a oportunidade [de sexo. Depois chega o mês de setembro e andam com medo de terem sido infetadas. É por isso que nesta altura há um au mento do número de testes ao Vil I ", sublinha A mílcar >ares.

Segundo um relatório cia Dire-ção-Geral da Saúde (DGS), os últimos dados oficiais conheci-dos cia situação epidemiológica

• DOS CASOS DE INFEÇÃO POR VIH OCORRE ENTRE OS 20 E OS 44 ANOS

em Portugal, recolhidos até 31 de agosto de 2015, indicam que entre 1983 e 2014 foram infeta-das com o vírus da sida 53 072

pessoas, das quais 1220 foram diagnosticadas em 2014.

Desde o início da epidemia da sida em Portugal, a maioria dos casos notificados (74,2<%) ocor-reram entre Os 20 anos e os 44 anos, enquanto 14,6 por cento dos casos de infeção são refe-rentes a pessoas com mais de 49 anos. Há ainda casos de infeção em menores, transmitidos de mãe para filho. O relatório da DGS revela a existência de 72

casos de VIII em crianças até aos 14 anos, dos quais um caso de infeção num bebé com me-nos de um ano de idade, sete ca SUS de infeção em crianças entre um e quatro anos de idade e 64 casos entre Os cinco e os 14 anos.

Dados do Instituto Nacional de Estatística referem que °núme-ro de mortes ocorridas em cin-co anos, entre 2009 e 2013, de-vido ao vírus da sida ascende a 2810 óbitos. •

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Tiragem: 141289

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Cores: Cor

Área: 16,26 x 31,94 cm²

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OrIWOCASO

"Lembrei-me das vezes em que não usei preservativo" ANALISES O Luís Mendão recebeu o diagnóstico em 1996

G O diagnóstico de sida che-gou em setembro de 1996. Luís Mendão, 58 anos, residente em Sesimbra, recebeu o re-sultado da análise com um sentimento misto de choque e alívio. Se por um lado sentiu um baque quando soube que tinha adquirido a infeção do vírus da imunodeficiência adquirida (VIH), por outro, sentiu-se aliviado porque, finalmente, ficou a saber o mal de que padecia. "Sen-tia-me tão mal que cheguei a um ponto que não tinha forças para sair da cama e os médi-cos não davam com a

minha doença, apesar das análises e exames clínicos que fiz", recorda ao CM Luís Men-dão. À pergunta se sabe como se infetou, faz um esforço de memória. "Lembro-mede al-gumas pessoas que fizeram parte da minha vida. Tinha um uso consistente do preser-vativo mas, por vezes, corre-mos riscos e lembrei-me das vezes em que não o teria usa-do", conta Luís Mendão, que estudou bioquímica em Fran-ça e foi empresário de bar, dis-coteca e restaurante. Assim

que soube do diagnóstico, li-gou a "três ou quatro pessoas" com quem se tinha relacionado se-xualmente a pedir para "fazerem o teste de

despiste do vírus". Após o diagnóstico, esteve

ano e meio sem ter relações. Casou-se em 1999. •

Luís Men-dão recebeu o diagnóstico

da infeção da sida em 1996. Três

anos depois casou-se

Disonlsomnrro

Am ficar Soares Presidente da Ass. Positivo

"TÊM MAIS A NOÇÃO DO RISCO" G CM - As pessoas perde-ram o medo da sida? Amilcar SoareS - Têm mais a noção do risco de infeção mas, por vezes, arriscam e precipitam-se no sexo oca-sional desprotegido, sem preservativo. - A maior parte dos casos é por via sexual? - Sim, e há mais casos entre os heterossexuais. - A vossa associação faz testes de despiste. Quem mais procura fazê-los? - Na maioria dos casos, 60 por cento, são os homens, mas a preocupação do risco de infeção é comum a am - bos os génerds. - Qual é o resultado? - Iniciámos os testes em meados de 2015 e já foram realizados 870. A quase to-talidade, 99,99 por cento dos casos, deu resultado negativo. •

APOIO 1PROFISSIONAIS DO SEXO

V oluntários de associações espalhadas pelo País, incluindo a Positivo, desenvol-

vem um trabalho Junto dos profissionais do sexo, sejam homens ou mulheres. Esse apoio inclui a distribuição de preservativos e o aces-so a testes de despiste da sida, doença trans-mitida também através de seringas Infetadas.

DESPESA1118 MILHÕES A despesa com os medicamen-Ni tos abrangidos por regimes especiais de comparticipação de dispensa exclusiva nas farmácias hospitalares ultrapassou os 118 milhões de euros no primeiro se-mestre deste ano.

Doentes recebem medicamentos nas farmácias de rua I3 Um projeto-piloto com cerca de 1250 doentes do Hos-pital Curry Cabral, integrado no Centro Hospitalar Lisboa Central, irá avançar até ao fim do ano para a dispensa de me-dicamentos antirretrovirais nas farmácias de rua. A ade-são ao projeto é voluntária. •

Passar dos 32 comprimidos por dia para apenas três Cl As terapêuticas medica-mentosas para tratar os doen-tes infetados com o VIH de- senvolveram-se muito ao longo das últimas três déca-das. No início da epidemia, os doentes tomavam por vezes até 32 comprimidos por dia. Hoje, basta tomarem três. •

Indústria evoluiu nos tratamentos dos doentes infetados com o VI H Página 24

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Tiragem: 8000

País: Portugal

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Âmbito: Regional

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Cores: Preto e Branco

Área: 25,00 x 19,63 cm²

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UMINHO| Redacção |

Uma equipa da Universidade do

Minho (UMinho) concluiu que a

classe de neurónios D2 estará li-

gada aos estímulos positivos do

prazer e motivação, ajudando a

perceber o sistema de recompen-

sa e “abrindo caminho” para tra-

tar patologias como depressão e

adição.

Num comunicado enviado à

agência Lusa, a academia mi-

nhota adianta que o resultado da

investigação, coordenada por

Ana João Rodrigues e Nuno

Sousa, do Instituto de Investiga-

ção em Ciências da Vida e Saúde

(ICVS) da Universidade do Mi-

nho (UMinho), “ajuda a perce-

ber melhor o sistema de recom-

pensa, essencial na sobrevivên-

cia das espécies, que falha em

doenças como a depressão, o dé-

fice de atenção e a adição de

substâncias”.

“A equipa portuguesa pro- vouagora que ambos po- dem terfunções positivas no comporta-mento”, anuncia a UMinho, ex-

planando que aquele estudo “éim- portante para compreendermelhor como funciona o sistemade recompensa, que está disfun-cional em patologias como a de-

pressão e a adição, e pode abrircaminho para terapias direccio-nadas na eventual ativação da-queles neurónios”.

Segundo o texto, os investiga-

dores realizaram testes em labo-

ratório que envolveram duas es-

pécies de roedores que tinham

que carregar determinadas vezes

numa alavanca para obter um

doce (recompensa).

Ao longo dos dias tinham de

carregar cada vez mais para re-

ceberem o mesmo, provando

que “quanto mais motivado o

animal estava na tarefa, mais

neurónios D1 e D2 ativava, car-

regando até 150 vezes por do-

ce”.

Numa segunda fase, os cientis-

tas “activaram ou inibiram sele-

tivamente estes neurónios du-

rante a tarefa usando um laser

(técnica de otogenética)” e ob-

servou-se que “a motivação do

animal aumentava drasticamente

ao ativar-se tanto os D1 como os

D2, levando-o a carregar mais

vezes na alavanca” e que a inibi-

ção dos neurónios D2 diminuía a

sua motivação.

“Os resultados foram surpreen-

dentes, pois mostraram que am-

bas as populações neuronais têm

um papel pró-motivação, contra-

riamente ao que a tinha vindo a

ser proposto”, explicam os in-

vestigadores.

Estudo sobre neurónios abrecaminho para tratar depressãoINVESTIGADORES DO ICVS - Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde da UMinho,Ana João Rodrigues e Nuno Sousa, são os autores do estudo.

DR

Investigação é coordenada por Ana João Rodrigues e Nuno Sousa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da UMinho

lllSegundo explica o texto,situações de prazer“activam o circuito cerebralchamado sistema derecompensa”, no qual sedestacam dos neurónios D1e D2, sendo que acomunidade científicaassociava os D1 aoprocessamento deestímulos positivos/prazer eos D2 a um papel relevante

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