11 - orquestra filarmônica de minas gerais · ele desejava, a todo custo, livrar-se daquela...

11
11 12 JUL Presto Veloce FORTISSIMO Nº 12 / 2019

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1112JUL

Presto

Veloce

F O R T I S S I M O N º 1 2 / 2 0 1 9

P R O G R A M A

BENJAMIN BRITTENConcerto para violino nº 1, op. 15 Moderato con moto

Vivace

Passacaglia: Andante lento

I N T E R VA L O

WOLFGANG AMADEUS MOZARTSinfonia nº 36 em Dó maior, K. 425, “Linz” Adagio – Allegro spiritoso

Poco adagio

Menuetto

Presto

JOHANN STRAUSS JR.Contos dos Bosques de Viena, op. 325

Ministério da Cidadania eGoverno de Minas GeraisA P R E S E N TA M

1 1 / 0 7

1 2 / 0 7

Presto

Veloce

FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E

A U G U S T I N H A D E L I C H , V I O L I N O

Diretor Artístico e Regente Titular

da Orquestra Filarmônica de Minas

Gerais desde sua criação, em 2008,

Fabio Mechetti posicionou a orques-

tra mineira no cenário mundial da

música erudita. Além dos prêmios

conquistados, levou a Filarmônica

a quinze capitais brasileiras, a uma

turnê pela Argentina e Uruguai e

realizou a gravação de nove álbuns,

sendo quatro para o selo interna-

cional Naxos. Natural de São Paulo,

Mechetti serviu recentemente como

Regente Principal da Filarmônica

da Malásia, tornando-se o primeiro

regente brasileiro a ser titular de

uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve

quatorze anos à frente da Orquestra

Sinfônica de Jacksonville e, atual-

mente, é seu Regente Titular Emérito.

Foi também Regente Titular das sin-

fônicas de Syracuse e de Spokane,

da qual hoje é Regente Emérito.

Regente Associado de Mstislav

Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Nacional de Washington, com ela

dirigiu concertos no Kennedy Center

e no Capitólio. Da Sinfônica de San

Diego, foi Regente Residente. Fez

sua estreia no Carnegie Hall de Nova

York conduzindo a Sinfônica de Nova

Jersey. Continua dirigindo inúmeras

orquestras norte-americanas e é

convidado frequente dos festivais

de verão norte-americanos, entre

eles os de Grant Park em Chicago

e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente

de ópera, estreou nos Estados Unidos

dirigindo a Ópera de Washington. No

seu repertório destacam-se produções

de Tosca, Turandot, Carmem, Don

Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Madame Butterfly, O barbeiro de

Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem

ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,

Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-

lia, Japão, México, Nova Zelândia,

Suécia e Venezuela. No Brasil ,

regeu todas as importantes orques-

tras brasileiras.

Fabio Mechetti é Mestre em Regência

e em Composição pela Juil l iard

School de Nova York e vencedor do

Concurso Internacional de Regência

Nicolai Malko, da Dinamarca.

CAROS AMIGOS E AMIGAS,

FABIO MECHETTI

D I R E T O R A R T Í S T I C O

E R E G E N T E T I T U L A RÉ com grande prazer que recebemos

um dos mais importantes violinistas

da atualidade, Augustin Hadelich, que

retorna a Belo Horizonte nos oferecendo

uma memorável interpretação do Con-

certo para violino do inglês Benjamin

Britten. Augustin Hadelich reúne as

melhores qualidades associadas aos

grandes nomes da música universal:

domínio técnico, sonoridade rica e

expressiva, musicalidade profunda e

sem afetação e presença marcante

no palco. Ficamos sempre honrados

em poder dividir com nosso público

artistas desse quilate.

Dois compositores austríacos com-

pletam nosso programa: a inigualável

perfeição, originalidade e humani-

dade do gênio de Wolfgang Amadeus

Mozart e a sensibilidade inebriante

transmitida por um dos membros

da família Strauss, que fez da valsa

uma forma universal.

Esperamos que todos aproveitem a

beleza da música apresentada e a opor-

tunidade de compartilhar momentos

únicos com a nossa Filarmônica.

A todos, um bom concerto,

FAB IO MECHET T I

FOTO

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NA

BRA

ND

ÃO

Aos 34 anos, Augustin Hadelich esta-

beleceu-se como um dos grandes

violinistas da atualidade. Nomeado

em 2018 Instrumentista do Ano pelo

Musical America, ele se apresenta com

as principais orquestras dos Estados

Unidos e com um número crescente de

orquestras europeias e asiáticas. Possui

repertório amplo e ousado e é sempre

citado por sua técnica fenomenal, sen-

sibilidade poética e tom deslumbrante.

Na temporada 2018/2019 destacam-se

apresentações com as orquestras de

Rádio Finlandesa e da Baviera; Nacional

Dinamarquesa, da Bélgica, de Lyon e da

Espanha; de Hong Kong. Fará turnê com

a Academy of St. Martin in the Fields,

tocará com várias orquestras dos Estados

Unidos e estará nos festivais Salzburger

Festspiele, Aspen, Bravo! Vail e Colorado.

Recentemente, apresentou-se no BBC

Proms, Tanglewood e Blossom, e com

as orquestras da BBC, Concertgebouw,

Hallé, filarmônicas de Hamburgo, de

Londres, de Munique e de Seul, Mozar-

teum, NHK e Sapporo, entre outras.

Com a Filarmônica de Minas Gerais, foi

solista em quatro temporadas. Hadelich

colabora com regentes como Christoph

von Dohnányi, Thierry Fischer, Fabio

Mechetti, Juanjo Mena, Andris Nelsons,

Marin Alsop, Vasily Petrenko, Jukka-

-Pekka Saraste, entre muitos outros.

Ganhou o Grammy 2016 por sua gra-

vação do Concerto de Dutilleux com a

Seattle Symphony e Ludovic Morlot.

Gravou pelos selos Warner Classics,

LPO, AVIE e recebeu uma nominação

ao Gramophone Award.

Hadelich é Medalha de Ouro no

Concurso Internacional de Violino

de Indianápolis, destinatário de um

Avery Fisher Career Grant, de um

Borletti-Buitoni Trust Fellowship,

do Lincoln Center’s Martin E. Segal

Award e do Warner Music Prize.

Filho de pais alemães, nascido e criado

na Itália, Hadelich é cidadão norte-

americano. Possui Artist Diploma pela

Juilliard School, onde foi aluno de Joel

Smirnoff. Apresenta-se com o violino

Stradivari 1723 “Ex-Kiesewetter”, cedido

por Clement e Karen Arrison, por meio

da Sociedade Stradivari de Chicago.

AUGUSTIN HADELICH

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END

E

INSTRUMENTAÇÃO

2 piccolos, 2 flautas, 2 oboés,

corne inglês, 2 clarinetes,

2 fagotes, 4 trompas,

3 trompetes, 3 trombones,

tuba, tímpanos, percussão,

harpa, cordas.

ED ITORA

Boosey & Hawkes

PARA OUV IR

CD Beethoven & Britten –

Violin Concertos – London

Symphony Orchestra – Paavo

Järvi, regente – Janine Jansen,

violino – Decca – 2009

PARA ASS IST IR

Detroit Symphony Orchestra –

Jukka-Pekka Saraste, regente

– Augustin Hadelich, violino

Acesse: fil.mg/bviolino1

PARA LER

Mervyn Cooke (ed.) –

The Cambridge companion to

Benjamin Britten – Cambridge

University Press – 2008

LOWESTOF T, INGLATERRA, 1913 ALDEBURGH, INGLATERRA, 1976

Benjamin

Primeira apresentação com a Filarmônica

1 93 9 , R E V I SÃO 1 9 5 0 3 1 M I N U TO S

BRITTENBenjamin Britten foi um pacifista declarado. Porém, quando,

em 1939, a Europa se viu frente a uma iminente guerra

de proporções mundiais, a situação de um pacifista con-

fesso numa Inglaterra que se preparava dia a dia para

o combate tornou-se insustentável. Ele desejava, a todo

custo, livrar-se daquela atmosfera sufocante que começava

a cobrir a Europa, pois sabia que, em breve, chegaria

também o seu momento de servir ao país. Aproveitando

o sucesso que seu nome havia alcançado nos Estados

Unidos no ano anterior, com a obra Variações sobre um

tema de Frank Bridge, e seguindo o exemplo dos amigos, o

poeta W. H. Alden e o escritor Christopher Isherwood, que

haviam migrado para os Estados Unidos no início do ano,

Benjamin Britten e o companheiro, o tenor Peter Pears,

embarcaram para a América do Norte, em maio de 1939.

Após uma breve estada em Montreal e Toronto, os dois

rumaram para Nova York, onde, no dia 21 de agosto de

1939, visitaram um casal de velhos amigos em Long Island,

Elizabeth e William Mayer. Nas palavras de Pears, “nós

fomos à casa deles para um fim de semana e acabamos

ficando por três anos”. Começava, ali, o início de uma

feliz e prolífica temporada para o compositor. Um mês

depois, em 29 de setembro, ele terminava a composição

de seu Concerto para violino (op. 15).

Os primeiros esboços do Concerto haviam sido feitos

na Inglaterra, em novembro de 1938, e a maior parte da

composição foi realizada no Canadá.

A estreia se deu no dia 28 de março

de 1940 pela Orquestra Filarmônica

de Nova York sob a regência de John

Barbirolli, com o violinista espanhol

Antonio Brosa como solista. Britten

ainda revisaria a obra em 1950 e

1954, até chegar à versão final, em

1965. O Concerto foi dedicado ao

compositor e amigo Henry Boys.

Além dos três movimentos que devem

ser executados sem interrupções,

o Concerto possui uma macroes-

trutura relativamente incomum:

lento-rápido-lento, ao contrário

da maior parte dos concertos, que

se estruturam em rápido-lento-

-rápido. O primeiro movimento

(Moderato con moto) inicia-se com

um pequeno fragmento rítmico nos

tímpanos, respondido pelo prato.

Esse motivo aparecerá por todo

o movimento, enquanto o violino

apresenta uma bela melodia que

se torna cada vez mais agitada e

complexa. Agitação será a tônica

do segundo movimento (Vivace). Ao

final, uma longa cadência do violino

solo, em que ouvimos novamente

os materiais do primeiro e segundo

movimentos, nos transporta para o

terceiro movimento (Andante lento),

uma belíssima passacaglia – um

gênero espanhol originário do século

XVII que consiste num baixo repe-

tido constantemente enquanto as

outras vozes executam um tema

com variações –, provavelmente

inspirada nas inúmeras passacalhas

de Buxtehude que Brittten e Pears

executavam ao piano, na casa dos

Mayer, em Long Island.

GU ILHERME

NASC IMENTO Compositor, Doutor

em Música pela Unicamp, professor na

Escola de Música da UEMG, autor dos

livros Os sapatos floridos não voam

e Música menor.

Concerto para violino nº 1, op. 15

INSTRUMENTAÇÃO

2 oboés, 2 fagotes, 2 trompas,

2 trompetes, tímpanos, cordas.

ED ITORA

Kalmus

PARA OUV IR

CD Mozart – Symphonies –

Capella Istropolitana –

Barry Wordsworth, regente –

Naxos – 1991

PARA ASS IST IR

Vienna Philharmonic

Orchestra –

Carlos Kleiber, regente

Acesse: fil.mg/mlinz

PARA LER

Wolfgang Amadeus Mozart –

Cartas Vienenses –

Veredas – 2004

François-René Tranchefort

– Guia da Música Sinfônica –

Nova Fronteira – 1990

SA L Z BU RG O , ÁUST R I A , 1 75 6 V I E N A , ÁUST R I A , 1 79 1

Wolfgang Amadeus

Última apresentação: 9 de abril / 2009

Fabio Mechetti, regenteMOZARTA breve e agitada vida de Wolfgang Amadeus Mozart

começou como um conto de fadas. Aos três anos,

o menino muito imaginativo e ansioso por aprender

tudo à sua volta manifestou dons excepcionais para

a música. O pai, violinista, compositor e professor

respeitado, autor de um consagrado método para seu

instrumento, soube explorar o excepcional talento do

filho, unindo ambição, orgulho paterno e zelo educativo.

Assim, enquanto o jovem prodígio apresentava-se em

longas e triunfais turnês, ao mesmo tempo aprimo-

rava e diversificava sua formação musical, estudando

com mestres como Schobert (Paris), Johann C. Bach

(Londres), Sammartini e o Padre Martini (Itália). Ainda

muito jovem, Mozart conhecia as mais importantes

correntes musicais da época, além de personalidades

como Goethe e os irmãos Grimm.

A convivência com ambientes e celebridades tão

diversificados deixaram-lhe marcas permanentes. E

o compositor nunca se moldará ao ambiente musical da

cidade natal: após muitos desentendimentos, a ruptura

com o patrão, o arcebispo de Salzburgo, tornou-se

definitiva, em 1781. Mozart conquistava, enfim, a liber-

dade. Mas pagava por ela um alto preço, assumindo

um risco profissional ainda inédito para os músicos

de sua época. Em Viena, a vida do genial free-lancer

marcou-se pela instabilidade econômica, dívidas, às

vezes pela mais penosa miséria, a morte de quatro filhos

recém-nascidos, humilhantes pedidos de empréstimos.

Não é mais o menino prodígio que

provocava entusiasmo incondicional,

e os fracassos tornam-se mais dolo-

rosos, comparados aos triunfos que

conquistara quando criança. Apesar

das adversidades, Mozart compõe

incansavelmente e, mesmo em suas

peças mais circunstanciais, a forte

personalidade do autor impõe-se,

dando-lhes encanto especial, natu-

ralidade e vivacidade inigualáveis. Os

grandes momentos de sua música

revelam, sobretudo em alguns aspec-

tos trágicos ou melancólicos, uma

profunda humanidade; e, sempre,

um extraordinário senso dramático.

Mozart compôs quarenta e uma sinfo-

nias; a primeira, quando tinha apenas

oito anos, e as três derradeiras, em

1788. O caminho percorrido nesse

campo pelo compositor foi tortuoso;

alterna rupturas e voltas à tradição

até chegar à definitiva maestria de

suas últimas sinfonias, todas perfeitas

e inteiramente diversas entre si. A

Sinfonia “Linz” foi escrita em três

dias! Em 1783, Mozart e sua mulher,

Constança, fazem uma viagem a

Salzburgo, para verem o pai e a irmã

do compositor. No regresso a Viena, o

casal detém-se em Linz, em visita ao

velho conde de Thun, grande amigo

da família. O conde queria muito que

Wolfgang se apresentasse com a

orquestra local, mas Mozart não tinha

nenhuma de suas partituras à mão.

Desejoso de agradecer a boa acolhida,

ele começa uma nova sinfonia e con-

segue estreá-la no dia programado.

Obra de circunstância, a Sinfonia

“Linz” não revela em sua fatura o

menor vestígio de precipitação. Ao

contrário, com sua perfeição formal e

força expressiva, inicia a última fase

das sinfonias mozartianas.

PAULO SÉRG IO

MALHE IROS DOS SANTOS

Pianista, Doutor em Letras, professor na

UEMG, autor dos livros Músico, doce

músico e O grão perfumado – Mário

de Andrade e a arte do inacabado.

Apresenta o programa semanal Recitais

Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

1 78 3 26 M I N U TO S

Sinfonia nº 36 em Dó maior, K. 425, “Linz”

STRAUSS JR. Contos dos Bosques de Viena, op. 325

V I E N A , ÁUST R I A , 1 8 2 5 1 89 9

Johann

INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés,

2 clarinetes, 2 fagotes,

4 trompas, 3 trompetes,

3 trombones, tuba,

tímpanos, percussão,

harpa, celesta, cordas.

ED ITORA

Kalmus

PARA OUV IR

CD Strauss – Royal

Philharmonic Orchestra

– Peter Guth, regente –

Centurion Music – 1994

PARA ASS IST IR

Vienna Philharmonic

Orchestra – Daniel Barenboim,

regente

Acesse: fil.mg/sbosques

PARA LER

François-René Tranchefort

– Guia da Música Sinfônica –

Nova Fronteira – 1990

Nascido em uma modesta família de músicos de cabaré,

o primeiro Johann Strauss perdeu a mãe quando tinha

sete anos; aos doze, o pai morreu afogado no rio Danú-

bio; com quinze anos, trabalhava tocando viola em bailes

populares. Talentoso e dedicado, estudou composição

com bons professores. Aos 26 anos, Strauss já tinha sua

própria orquestra e com ela excursionou, bem-sucedido,

pela Alemanha, Bélgica, França e Inglaterra. A Marcha de

Radetzky, por algum tempo equivalente a um novo hino

nacional austríaco, trouxe-lhe fama internacional; entre-

tanto, na sua vasta produção, destacam-se, sobretudo,

as 155 valsas.

A Valsa austríaca deriva remotamente do Minueto e, de

início, confundiu-se com o Ländler, uma dança camponesa

de características similares. Seu nome definitivo, consa-

grado em Viena, originou-se do verbo walsen (rodar, em

alemão). Johann Strauss pai e seu contemporâneo Joseph

Lanner desenvolveram a versão tipicamente vienense —

leve e elegante; com ligeira suspensão no terceiro tempo

de alguns compassos; escrita em compasso ternário, mas

sentida em um só tempo. Strauss e Lanner, porém, ainda

imprimiam certa rusticidade nessa dança que, naturalmente,

difundiu-se primeiro nos cabarés.

Caberia a Johann Strauss Jr. levar a valsa para a corte.

Transformada em símbolo inconfundível dos salões

aristocráticos, ela frequentou os elegantes cafés às

margens do Danúbio, de onde saiu

para alcançar sucesso popular inter-

nacional e duradouro.

Strauss pai não queria que seus filhos

fossem músicos profissionais. Entretanto,

o primogênito Johann sentiu-se livre

para se definir profissionalmente, após

o divórcio dos pais (fato que repercu-

tiu mal nos meios conservadores da

sociedade vienense). E logo Strauss

Jr. fundou sua própria orquestra de

baile, no cassino Donmayer. No final da

estreia, tocou um conhecido sucesso

do pai — e o público foi ao delírio.

Com a atuação simultânea das duas

orquestras, os Strauss tornavam-se

concorrentes. As relações entre eles

ficaram tensas, e só pouco antes da

morte do pai, aos 45 anos, chegaram à

reconciliação total. Strauss filho reuniu

então as duas orquestras e empreen-

deu a conquista da Europa; chegou à

Rússia, depois à América, com enorme

e inédito sucesso. Seus irmãos aderi-

ram ao projeto: ambos compositores,

Eduard era bom administrador e Josef

assumiu a regência para que Johann se

dedicasse inteiramente à composição

— inclusive às operetas. As grandes

valsas de Strauss Jr. — O Belo Danúbio

Azul, Vozes da Primavera, Os Contos

dos Bosques de Viena, entre tantas —

são verdadeiros poemas sinfônicos,

elaborados e orquestrados com muita

ciência musical. À semelhança do que

Schubert anteriormente fizera para as

valsas pianísticas, Strauss deu à valsa

sinfônica uma linguagem elegante e

erudita. Seus grandes admiradores —

músicos como Liszt, Berlioz, Brahms,

Tchaikovsky, Bruckner, Wagner, Mahler

e Ravel — utilizaram a valsa em seus

balés, sinfonias ou em grandes peças

e transcrições orquestrais.

PAULO SÉRG IO

MALHE IROS DOS SANTOS

Pianista, Doutor em Letras, professor na

UEMG, autor dos livros Músico, doce

músico e O grão perfumado – Mário

de Andrade e a arte do inacabado.

Apresenta o programa semanal Recitais

Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

1 8 68 1 1 M I N U TO S

Última apresentação:

26 de junho / 2011

Marcos Arakaki, regente

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA

Regente Associado

MARCOS ARAKAKI

Diretor Artístico e Regente Titular

FABIO MECHETTIOscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

Lei 14.870 / Dez 2003

OS — Organização Social

Lei 23.081 / Ago 2018

* principal ** principal associado *** principal assistente **** musicista convidado

PRIMEIROS VIOLINOS Kobi Malkin –

Spalla convidado

Rommel Fernandes –

Spalla associado

Ara Harutyunyan –

Spalla assistente

Ana Paula Schmidt

Ana Zivkovic

Arthur Vieira Terto

Joanna Bello

Laura von Atzingen

Luis Andrés Moncada

Roberta Arruda

Rodrigo Bustamante

Rodrigo M. Braga

Rodrigo de Oliveira

Wesley Prates

SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *

Hyu-Kyung Jung ***

Gideôni Loamir

Jovana Trifunovic

Luka Milanovic

Martha de Moura

Pacífico

Matheus Braga

Radmila Bocev

Rodolfo Toffolo

Tiago Ellwanger

Valentina Gostilovitch

VIOLASJoão Carlos Ferreira *

Roberto Papi ***

Flávia Motta

Gerry Varona

Gilberto Paganini

Katarzyna Druzd

Luciano Gatelli

Marcelo Nébias

Mikhail Bugaev

Nathan Medina

VIOLONCELOSPhilip Hansen *

Robson Fonseca ***

Camila Pacífico

Camilla Ribeiro

Eduardo Swerts

Emília Neves

Lina Radovanovic

Lucas Barros

William Neres

CONTRABAIXOSNilson Bellotto *

André Geiger ***

Marcelo Cunha

Marcos Lemes

Pablo Guiñez

Rossini Parucci

Walace Mariano

FLAUTASCássia Lima*

Renata Xavier ***

Alexandre Braga

Elena Suchkova

OBOÉSAlexandre Barros *

Públio Silva ***

Israel Muniz

Maria Fernanda Gonçalves

CLARINETESMarcus Julius Lander *

Jonatas Bueno ***

Ney Franco

Alexandre Silva

FAGOTESCatherine Carignan *

Victor Morais ***

Andrew Huntriss

Francisco Silva

TROMPASAlma Maria Liebrecht *

Evgueni Gerassimov ***

Gustavo Garcia Trindade

José Francisco dos Santos

Lucas Filho

Fabio Ogata

TROMPETESMarlon Humphreys *

Érico Fonseca **

Daniel Leal ***

Tássio Furtado

TROMBONESMark John Mulley *

Diego Ribeiro **

Wagner Mayer ***

Renato Lisboa

TUBASEleilton Cruz *

Rafael Mendes****

TÍMPANOSPatricio Hernández

Pradenas *

PERCUSSÃORafael Alberto *

Daniel Lemos ***

Sérgio Aluotto

Werner Silveira

HARPAClémence Boinot *

TECLADOSAyumi Shigeta *

GERENTE

Jussan Fernandes

INSPETORAKarolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar

ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi

ASSISTENTESClaudio Starlino

Jônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro

MONTADORESHélio Sardinha

Klênio Carvalho

CONSELHO ADMINISTRATIVOPresidente Emérito

Jacques Schwartzman

Presidente

Roberto Mário

Gonçalves Soares Filho

Conselheiros

Angela Gutierrez

Arquimedes Brandão

Berenice Menegale

Bruno Volpini

Celina Szrvinsk

Fernando de Almeida

Ítalo Gaetani

Marco Antônio Pepino

Marco Antônio Soares da

Cunha Castello Branco

Mauricio Freire

Octávio Elísio

Sérgio Pena

DIRETORIA EXECUTIVADiretor Presidente

Diomar Silveira

Diretor

Administrativo-

financeiro

Joaquim Barreto

Diretor de

Comunicação

Agenor Carvalho

Diretora de

Marketing e Projetos

Zilka Caribé

Diretor de Operações

Ivar Siewers

EQUIPE TÉCNICAGerente de

Comunicação

Merrina Godinho

Delgado

Gerente de

Produção Musical

Claudia da Silva

Guimarães

Assessora de

Programação Musical

Gabriela de Souza

Produtor

Luis Otávio Rezende

Analistas de

Comunicação

Carolina Moraes Santana

Fernando Dornas

Lívia Aguiar

Renata Gibson

Renata Romeiro

Analista de

Marketing e Eventos

Lívia Brito

Analista de

Marketing e Projetos

Lilian Sette

Analista de Marketing

e Relacionamento

Itamara Kelly

Assistente

de Produção

Rildo Lopez

Auxiliar

de Produção

Jeferson Silva

EQUIPE ADMINISTRATIVAGerente

Administrativo-

financeira

Ana Lúcia Carvalho

Gerente Contábil

Graziela Coelho

Gerente de

Recursos Humanos

Quézia Macedo Silva

Analistas

Administrativos

João Paulo de Oliveira

Paulo Baraldi

Secretária Executiva

Flaviana Mendes

Assistente

Administrativa

Cristiane Reis

Assistente de

Recursos Humanos

Jessica Nascimento

Recepcionistas

Meire Gonçalves

Vivian Figueiredo

Auxiliar Contábil

Pedro Almeida

Auxiliar

Administrativa

Geovana Benicio

Auxiliares de

Serviços Gerais

Ailda Conceição

Rose Mary de Castro

Mensageiro

Douglas Conrado

Jovem Aprendiz

Sunamita Souza

SALA MINAS GERAISGerente de

Infraestrutura

Renato Bretas

Gerente de Operações

Jorge Correia

Técnicos de Áudio

e de Iluminação

Daniel Hazan

Diano Carvalho

Assistente Operacional

Rodrigo Brandão

FORTISSIMO Julho nº 12 / 2019

ISSN 2357-7258

Editora Merrina

Godinho Delgado

Edição de texto

Berenice Menegale

Capa Série de

fotografias de

Eadweard Muybridge

O Fortissimo está

indexado aos

sistemas nacionais

e internacionais de

pesquisa. Você pode

acessá-lo também

em nosso site.

Este programa

foi impresso em

papel doado pela

Resma Papéis.

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Seja pontual.Cuide da Sala Minas Gerais.

Desligue o celular (som e luz).

Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.

Traga seu ingresso ou cartão de assinante.

Não coma ou beba.

Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso, cartão de Amigo ou Assinante

e obtenha descontos especiais. Saiba mais: fil.mg/restaurantes

Se puder, devolva seu programa de concerto.

Faça silêncio e evite tossir.

Evite trazer crianças menores de 8 anos.

NO CONCERTO

PRÓXIMOS CONCERTOS

Restaurantes parceiros

Rua Pium-í, 229

Cruzeiro

Tel: 3227-7764

R. Rio de Janeiro, 2076

Lourdes

Tel: 3292-6221

R. Rio Grande do Sul, 1236

Santo Agostinho

Tel: 2515-6092

Rua Curitiba, 2244

Lourdes

Tel: 3291-1447

Dia 16 jul, 20h30 F I L A R M Ô N I C A E M C Â M A R A

Dia 20 jul, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E P I N T U R A

Dias 1 e 2 ago, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E

Dias 8 e 9 ago, 20h30 P R E ST O E V E LO C E

Dia 18 ago, 11h C O N C E R T O S PA R A A J U V E N T U D E

Dias 22 e 23 ago, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E

/ F I L A R M O N I C A M G

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19

R E A L I Z A Ç Ã O

PAT R O C Í N I O

M A N T E N E D O R

Sala Minas Gerais

www.filarmonica.art.br

D I V U L G A Ç Ã O

R UA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1 . 0 9 0 — B A R R O P R E TO

C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0 | B E LO H O R I Z O N T E – M G

T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 0 0 | FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 3 0