11 - orquestra filarmônica de minas gerais · ele desejava, a todo custo, livrar-se daquela...
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P R O G R A M A
BENJAMIN BRITTENConcerto para violino nº 1, op. 15 Moderato con moto
Vivace
Passacaglia: Andante lento
I N T E R VA L O
WOLFGANG AMADEUS MOZARTSinfonia nº 36 em Dó maior, K. 425, “Linz” Adagio – Allegro spiritoso
Poco adagio
Menuetto
Presto
JOHANN STRAUSS JR.Contos dos Bosques de Viena, op. 325
Ministério da Cidadania eGoverno de Minas GeraisA P R E S E N TA M
1 1 / 0 7
1 2 / 0 7
Presto
Veloce
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E
A U G U S T I N H A D E L I C H , V I O L I N O
Diretor Artístico e Regente Titular
da Orquestra Filarmônica de Minas
Gerais desde sua criação, em 2008,
Fabio Mechetti posicionou a orques-
tra mineira no cenário mundial da
música erudita. Além dos prêmios
conquistados, levou a Filarmônica
a quinze capitais brasileiras, a uma
turnê pela Argentina e Uruguai e
realizou a gravação de nove álbuns,
sendo quatro para o selo interna-
cional Naxos. Natural de São Paulo,
Mechetti serviu recentemente como
Regente Principal da Filarmônica
da Malásia, tornando-se o primeiro
regente brasileiro a ser titular de
uma orquestra asiática.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
quatorze anos à frente da Orquestra
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
Foi também Regente Titular das sin-
fônicas de Syracuse e de Spokane,
da qual hoje é Regente Emérito.
Regente Associado de Mstislav
Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Nacional de Washington, com ela
dirigiu concertos no Kennedy Center
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Diego, foi Regente Residente. Fez
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
orquestras norte-americanas e é
convidado frequente dos festivais
de verão norte-americanos, entre
eles os de Grant Park em Chicago
e Chautauqua em Nova York.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
dirigindo a Ópera de Washington. No
seu repertório destacam-se produções
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Madame Butterfly, O barbeiro de
Sevilha, La Traviata e Otello.
Suas apresentações se estendem
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Suécia e Venezuela. No Brasil ,
regeu todas as importantes orques-
tras brasileiras.
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
e em Composição pela Juil l iard
School de Nova York e vencedor do
Concurso Internacional de Regência
Nicolai Malko, da Dinamarca.
CAROS AMIGOS E AMIGAS,
FABIO MECHETTI
D I R E T O R A R T Í S T I C O
E R E G E N T E T I T U L A RÉ com grande prazer que recebemos
um dos mais importantes violinistas
da atualidade, Augustin Hadelich, que
retorna a Belo Horizonte nos oferecendo
uma memorável interpretação do Con-
certo para violino do inglês Benjamin
Britten. Augustin Hadelich reúne as
melhores qualidades associadas aos
grandes nomes da música universal:
domínio técnico, sonoridade rica e
expressiva, musicalidade profunda e
sem afetação e presença marcante
no palco. Ficamos sempre honrados
em poder dividir com nosso público
artistas desse quilate.
Dois compositores austríacos com-
pletam nosso programa: a inigualável
perfeição, originalidade e humani-
dade do gênio de Wolfgang Amadeus
Mozart e a sensibilidade inebriante
transmitida por um dos membros
da família Strauss, que fez da valsa
uma forma universal.
Esperamos que todos aproveitem a
beleza da música apresentada e a opor-
tunidade de compartilhar momentos
únicos com a nossa Filarmônica.
A todos, um bom concerto,
FAB IO MECHET T I
FOTO
: BRU
NA
BRA
ND
ÃO
Aos 34 anos, Augustin Hadelich esta-
beleceu-se como um dos grandes
violinistas da atualidade. Nomeado
em 2018 Instrumentista do Ano pelo
Musical America, ele se apresenta com
as principais orquestras dos Estados
Unidos e com um número crescente de
orquestras europeias e asiáticas. Possui
repertório amplo e ousado e é sempre
citado por sua técnica fenomenal, sen-
sibilidade poética e tom deslumbrante.
Na temporada 2018/2019 destacam-se
apresentações com as orquestras de
Rádio Finlandesa e da Baviera; Nacional
Dinamarquesa, da Bélgica, de Lyon e da
Espanha; de Hong Kong. Fará turnê com
a Academy of St. Martin in the Fields,
tocará com várias orquestras dos Estados
Unidos e estará nos festivais Salzburger
Festspiele, Aspen, Bravo! Vail e Colorado.
Recentemente, apresentou-se no BBC
Proms, Tanglewood e Blossom, e com
as orquestras da BBC, Concertgebouw,
Hallé, filarmônicas de Hamburgo, de
Londres, de Munique e de Seul, Mozar-
teum, NHK e Sapporo, entre outras.
Com a Filarmônica de Minas Gerais, foi
solista em quatro temporadas. Hadelich
colabora com regentes como Christoph
von Dohnányi, Thierry Fischer, Fabio
Mechetti, Juanjo Mena, Andris Nelsons,
Marin Alsop, Vasily Petrenko, Jukka-
-Pekka Saraste, entre muitos outros.
Ganhou o Grammy 2016 por sua gra-
vação do Concerto de Dutilleux com a
Seattle Symphony e Ludovic Morlot.
Gravou pelos selos Warner Classics,
LPO, AVIE e recebeu uma nominação
ao Gramophone Award.
Hadelich é Medalha de Ouro no
Concurso Internacional de Violino
de Indianápolis, destinatário de um
Avery Fisher Career Grant, de um
Borletti-Buitoni Trust Fellowship,
do Lincoln Center’s Martin E. Segal
Award e do Warner Music Prize.
Filho de pais alemães, nascido e criado
na Itália, Hadelich é cidadão norte-
americano. Possui Artist Diploma pela
Juilliard School, onde foi aluno de Joel
Smirnoff. Apresenta-se com o violino
Stradivari 1723 “Ex-Kiesewetter”, cedido
por Clement e Karen Arrison, por meio
da Sociedade Stradivari de Chicago.
AUGUSTIN HADELICH
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END
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INSTRUMENTAÇÃO
2 piccolos, 2 flautas, 2 oboés,
corne inglês, 2 clarinetes,
2 fagotes, 4 trompas,
3 trompetes, 3 trombones,
tuba, tímpanos, percussão,
harpa, cordas.
ED ITORA
Boosey & Hawkes
PARA OUV IR
CD Beethoven & Britten –
Violin Concertos – London
Symphony Orchestra – Paavo
Järvi, regente – Janine Jansen,
violino – Decca – 2009
PARA ASS IST IR
Detroit Symphony Orchestra –
Jukka-Pekka Saraste, regente
– Augustin Hadelich, violino
Acesse: fil.mg/bviolino1
PARA LER
Mervyn Cooke (ed.) –
The Cambridge companion to
Benjamin Britten – Cambridge
University Press – 2008
LOWESTOF T, INGLATERRA, 1913 ALDEBURGH, INGLATERRA, 1976
Benjamin
Primeira apresentação com a Filarmônica
1 93 9 , R E V I SÃO 1 9 5 0 3 1 M I N U TO S
BRITTENBenjamin Britten foi um pacifista declarado. Porém, quando,
em 1939, a Europa se viu frente a uma iminente guerra
de proporções mundiais, a situação de um pacifista con-
fesso numa Inglaterra que se preparava dia a dia para
o combate tornou-se insustentável. Ele desejava, a todo
custo, livrar-se daquela atmosfera sufocante que começava
a cobrir a Europa, pois sabia que, em breve, chegaria
também o seu momento de servir ao país. Aproveitando
o sucesso que seu nome havia alcançado nos Estados
Unidos no ano anterior, com a obra Variações sobre um
tema de Frank Bridge, e seguindo o exemplo dos amigos, o
poeta W. H. Alden e o escritor Christopher Isherwood, que
haviam migrado para os Estados Unidos no início do ano,
Benjamin Britten e o companheiro, o tenor Peter Pears,
embarcaram para a América do Norte, em maio de 1939.
Após uma breve estada em Montreal e Toronto, os dois
rumaram para Nova York, onde, no dia 21 de agosto de
1939, visitaram um casal de velhos amigos em Long Island,
Elizabeth e William Mayer. Nas palavras de Pears, “nós
fomos à casa deles para um fim de semana e acabamos
ficando por três anos”. Começava, ali, o início de uma
feliz e prolífica temporada para o compositor. Um mês
depois, em 29 de setembro, ele terminava a composição
de seu Concerto para violino (op. 15).
Os primeiros esboços do Concerto haviam sido feitos
na Inglaterra, em novembro de 1938, e a maior parte da
composição foi realizada no Canadá.
A estreia se deu no dia 28 de março
de 1940 pela Orquestra Filarmônica
de Nova York sob a regência de John
Barbirolli, com o violinista espanhol
Antonio Brosa como solista. Britten
ainda revisaria a obra em 1950 e
1954, até chegar à versão final, em
1965. O Concerto foi dedicado ao
compositor e amigo Henry Boys.
Além dos três movimentos que devem
ser executados sem interrupções,
o Concerto possui uma macroes-
trutura relativamente incomum:
lento-rápido-lento, ao contrário
da maior parte dos concertos, que
se estruturam em rápido-lento-
-rápido. O primeiro movimento
(Moderato con moto) inicia-se com
um pequeno fragmento rítmico nos
tímpanos, respondido pelo prato.
Esse motivo aparecerá por todo
o movimento, enquanto o violino
apresenta uma bela melodia que
se torna cada vez mais agitada e
complexa. Agitação será a tônica
do segundo movimento (Vivace). Ao
final, uma longa cadência do violino
solo, em que ouvimos novamente
os materiais do primeiro e segundo
movimentos, nos transporta para o
terceiro movimento (Andante lento),
uma belíssima passacaglia – um
gênero espanhol originário do século
XVII que consiste num baixo repe-
tido constantemente enquanto as
outras vozes executam um tema
com variações –, provavelmente
inspirada nas inúmeras passacalhas
de Buxtehude que Brittten e Pears
executavam ao piano, na casa dos
Mayer, em Long Island.
GU ILHERME
NASC IMENTO Compositor, Doutor
em Música pela Unicamp, professor na
Escola de Música da UEMG, autor dos
livros Os sapatos floridos não voam
e Música menor.
Concerto para violino nº 1, op. 15
INSTRUMENTAÇÃO
2 oboés, 2 fagotes, 2 trompas,
2 trompetes, tímpanos, cordas.
ED ITORA
Kalmus
PARA OUV IR
CD Mozart – Symphonies –
Capella Istropolitana –
Barry Wordsworth, regente –
Naxos – 1991
PARA ASS IST IR
Vienna Philharmonic
Orchestra –
Carlos Kleiber, regente
Acesse: fil.mg/mlinz
PARA LER
Wolfgang Amadeus Mozart –
Cartas Vienenses –
Veredas – 2004
François-René Tranchefort
– Guia da Música Sinfônica –
Nova Fronteira – 1990
SA L Z BU RG O , ÁUST R I A , 1 75 6 V I E N A , ÁUST R I A , 1 79 1
Wolfgang Amadeus
Última apresentação: 9 de abril / 2009
Fabio Mechetti, regenteMOZARTA breve e agitada vida de Wolfgang Amadeus Mozart
começou como um conto de fadas. Aos três anos,
o menino muito imaginativo e ansioso por aprender
tudo à sua volta manifestou dons excepcionais para
a música. O pai, violinista, compositor e professor
respeitado, autor de um consagrado método para seu
instrumento, soube explorar o excepcional talento do
filho, unindo ambição, orgulho paterno e zelo educativo.
Assim, enquanto o jovem prodígio apresentava-se em
longas e triunfais turnês, ao mesmo tempo aprimo-
rava e diversificava sua formação musical, estudando
com mestres como Schobert (Paris), Johann C. Bach
(Londres), Sammartini e o Padre Martini (Itália). Ainda
muito jovem, Mozart conhecia as mais importantes
correntes musicais da época, além de personalidades
como Goethe e os irmãos Grimm.
A convivência com ambientes e celebridades tão
diversificados deixaram-lhe marcas permanentes. E
o compositor nunca se moldará ao ambiente musical da
cidade natal: após muitos desentendimentos, a ruptura
com o patrão, o arcebispo de Salzburgo, tornou-se
definitiva, em 1781. Mozart conquistava, enfim, a liber-
dade. Mas pagava por ela um alto preço, assumindo
um risco profissional ainda inédito para os músicos
de sua época. Em Viena, a vida do genial free-lancer
marcou-se pela instabilidade econômica, dívidas, às
vezes pela mais penosa miséria, a morte de quatro filhos
recém-nascidos, humilhantes pedidos de empréstimos.
Não é mais o menino prodígio que
provocava entusiasmo incondicional,
e os fracassos tornam-se mais dolo-
rosos, comparados aos triunfos que
conquistara quando criança. Apesar
das adversidades, Mozart compõe
incansavelmente e, mesmo em suas
peças mais circunstanciais, a forte
personalidade do autor impõe-se,
dando-lhes encanto especial, natu-
ralidade e vivacidade inigualáveis. Os
grandes momentos de sua música
revelam, sobretudo em alguns aspec-
tos trágicos ou melancólicos, uma
profunda humanidade; e, sempre,
um extraordinário senso dramático.
Mozart compôs quarenta e uma sinfo-
nias; a primeira, quando tinha apenas
oito anos, e as três derradeiras, em
1788. O caminho percorrido nesse
campo pelo compositor foi tortuoso;
alterna rupturas e voltas à tradição
até chegar à definitiva maestria de
suas últimas sinfonias, todas perfeitas
e inteiramente diversas entre si. A
Sinfonia “Linz” foi escrita em três
dias! Em 1783, Mozart e sua mulher,
Constança, fazem uma viagem a
Salzburgo, para verem o pai e a irmã
do compositor. No regresso a Viena, o
casal detém-se em Linz, em visita ao
velho conde de Thun, grande amigo
da família. O conde queria muito que
Wolfgang se apresentasse com a
orquestra local, mas Mozart não tinha
nenhuma de suas partituras à mão.
Desejoso de agradecer a boa acolhida,
ele começa uma nova sinfonia e con-
segue estreá-la no dia programado.
Obra de circunstância, a Sinfonia
“Linz” não revela em sua fatura o
menor vestígio de precipitação. Ao
contrário, com sua perfeição formal e
força expressiva, inicia a última fase
das sinfonias mozartianas.
PAULO SÉRG IO
MALHE IROS DOS SANTOS
Pianista, Doutor em Letras, professor na
UEMG, autor dos livros Músico, doce
músico e O grão perfumado – Mário
de Andrade e a arte do inacabado.
Apresenta o programa semanal Recitais
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
1 78 3 26 M I N U TO S
Sinfonia nº 36 em Dó maior, K. 425, “Linz”
STRAUSS JR. Contos dos Bosques de Viena, op. 325
V I E N A , ÁUST R I A , 1 8 2 5 1 89 9
Johann
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés,
2 clarinetes, 2 fagotes,
4 trompas, 3 trompetes,
3 trombones, tuba,
tímpanos, percussão,
harpa, celesta, cordas.
ED ITORA
Kalmus
PARA OUV IR
CD Strauss – Royal
Philharmonic Orchestra
– Peter Guth, regente –
Centurion Music – 1994
PARA ASS IST IR
Vienna Philharmonic
Orchestra – Daniel Barenboim,
regente
Acesse: fil.mg/sbosques
PARA LER
François-René Tranchefort
– Guia da Música Sinfônica –
Nova Fronteira – 1990
Nascido em uma modesta família de músicos de cabaré,
o primeiro Johann Strauss perdeu a mãe quando tinha
sete anos; aos doze, o pai morreu afogado no rio Danú-
bio; com quinze anos, trabalhava tocando viola em bailes
populares. Talentoso e dedicado, estudou composição
com bons professores. Aos 26 anos, Strauss já tinha sua
própria orquestra e com ela excursionou, bem-sucedido,
pela Alemanha, Bélgica, França e Inglaterra. A Marcha de
Radetzky, por algum tempo equivalente a um novo hino
nacional austríaco, trouxe-lhe fama internacional; entre-
tanto, na sua vasta produção, destacam-se, sobretudo,
as 155 valsas.
A Valsa austríaca deriva remotamente do Minueto e, de
início, confundiu-se com o Ländler, uma dança camponesa
de características similares. Seu nome definitivo, consa-
grado em Viena, originou-se do verbo walsen (rodar, em
alemão). Johann Strauss pai e seu contemporâneo Joseph
Lanner desenvolveram a versão tipicamente vienense —
leve e elegante; com ligeira suspensão no terceiro tempo
de alguns compassos; escrita em compasso ternário, mas
sentida em um só tempo. Strauss e Lanner, porém, ainda
imprimiam certa rusticidade nessa dança que, naturalmente,
difundiu-se primeiro nos cabarés.
Caberia a Johann Strauss Jr. levar a valsa para a corte.
Transformada em símbolo inconfundível dos salões
aristocráticos, ela frequentou os elegantes cafés às
margens do Danúbio, de onde saiu
para alcançar sucesso popular inter-
nacional e duradouro.
Strauss pai não queria que seus filhos
fossem músicos profissionais. Entretanto,
o primogênito Johann sentiu-se livre
para se definir profissionalmente, após
o divórcio dos pais (fato que repercu-
tiu mal nos meios conservadores da
sociedade vienense). E logo Strauss
Jr. fundou sua própria orquestra de
baile, no cassino Donmayer. No final da
estreia, tocou um conhecido sucesso
do pai — e o público foi ao delírio.
Com a atuação simultânea das duas
orquestras, os Strauss tornavam-se
concorrentes. As relações entre eles
ficaram tensas, e só pouco antes da
morte do pai, aos 45 anos, chegaram à
reconciliação total. Strauss filho reuniu
então as duas orquestras e empreen-
deu a conquista da Europa; chegou à
Rússia, depois à América, com enorme
e inédito sucesso. Seus irmãos aderi-
ram ao projeto: ambos compositores,
Eduard era bom administrador e Josef
assumiu a regência para que Johann se
dedicasse inteiramente à composição
— inclusive às operetas. As grandes
valsas de Strauss Jr. — O Belo Danúbio
Azul, Vozes da Primavera, Os Contos
dos Bosques de Viena, entre tantas —
são verdadeiros poemas sinfônicos,
elaborados e orquestrados com muita
ciência musical. À semelhança do que
Schubert anteriormente fizera para as
valsas pianísticas, Strauss deu à valsa
sinfônica uma linguagem elegante e
erudita. Seus grandes admiradores —
músicos como Liszt, Berlioz, Brahms,
Tchaikovsky, Bruckner, Wagner, Mahler
e Ravel — utilizaram a valsa em seus
balés, sinfonias ou em grandes peças
e transcrições orquestrais.
PAULO SÉRG IO
MALHE IROS DOS SANTOS
Pianista, Doutor em Letras, professor na
UEMG, autor dos livros Músico, doce
músico e O grão perfumado – Mário
de Andrade e a arte do inacabado.
Apresenta o programa semanal Recitais
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
1 8 68 1 1 M I N U TO S
Última apresentação:
26 de junho / 2011
Marcos Arakaki, regente
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA
Regente Associado
MARCOS ARAKAKI
Diretor Artístico e Regente Titular
FABIO MECHETTIOscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social
Lei 23.081 / Ago 2018
* principal ** principal associado *** principal assistente **** musicista convidado
PRIMEIROS VIOLINOS Kobi Malkin –
Spalla convidado
Rommel Fernandes –
Spalla associado
Ara Harutyunyan –
Spalla assistente
Ana Paula Schmidt
Ana Zivkovic
Arthur Vieira Terto
Joanna Bello
Laura von Atzingen
Luis Andrés Moncada
Roberta Arruda
Rodrigo Bustamante
Rodrigo M. Braga
Rodrigo de Oliveira
Wesley Prates
SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *
Hyu-Kyung Jung ***
Gideôni Loamir
Jovana Trifunovic
Luka Milanovic
Martha de Moura
Pacífico
Matheus Braga
Radmila Bocev
Rodolfo Toffolo
Tiago Ellwanger
Valentina Gostilovitch
VIOLASJoão Carlos Ferreira *
Roberto Papi ***
Flávia Motta
Gerry Varona
Gilberto Paganini
Katarzyna Druzd
Luciano Gatelli
Marcelo Nébias
Mikhail Bugaev
Nathan Medina
VIOLONCELOSPhilip Hansen *
Robson Fonseca ***
Camila Pacífico
Camilla Ribeiro
Eduardo Swerts
Emília Neves
Lina Radovanovic
Lucas Barros
William Neres
CONTRABAIXOSNilson Bellotto *
André Geiger ***
Marcelo Cunha
Marcos Lemes
Pablo Guiñez
Rossini Parucci
Walace Mariano
FLAUTASCássia Lima*
Renata Xavier ***
Alexandre Braga
Elena Suchkova
OBOÉSAlexandre Barros *
Públio Silva ***
Israel Muniz
Maria Fernanda Gonçalves
CLARINETESMarcus Julius Lander *
Jonatas Bueno ***
Ney Franco
Alexandre Silva
FAGOTESCatherine Carignan *
Victor Morais ***
Andrew Huntriss
Francisco Silva
TROMPASAlma Maria Liebrecht *
Evgueni Gerassimov ***
Gustavo Garcia Trindade
José Francisco dos Santos
Lucas Filho
Fabio Ogata
TROMPETESMarlon Humphreys *
Érico Fonseca **
Daniel Leal ***
Tássio Furtado
TROMBONESMark John Mulley *
Diego Ribeiro **
Wagner Mayer ***
Renato Lisboa
TUBASEleilton Cruz *
Rafael Mendes****
TÍMPANOSPatricio Hernández
Pradenas *
PERCUSSÃORafael Alberto *
Daniel Lemos ***
Sérgio Aluotto
Werner Silveira
HARPAClémence Boinot *
TECLADOSAyumi Shigeta *
GERENTE
Jussan Fernandes
INSPETORAKarolina Lima
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar
ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi
ASSISTENTESClaudio Starlino
Jônatas Reis
SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro
MONTADORESHélio Sardinha
Klênio Carvalho
CONSELHO ADMINISTRATIVOPresidente Emérito
Jacques Schwartzman
Presidente
Roberto Mário
Gonçalves Soares Filho
Conselheiros
Angela Gutierrez
Arquimedes Brandão
Berenice Menegale
Bruno Volpini
Celina Szrvinsk
Fernando de Almeida
Ítalo Gaetani
Marco Antônio Pepino
Marco Antônio Soares da
Cunha Castello Branco
Mauricio Freire
Octávio Elísio
Sérgio Pena
DIRETORIA EXECUTIVADiretor Presidente
Diomar Silveira
Diretor
Administrativo-
financeiro
Joaquim Barreto
Diretor de
Comunicação
Agenor Carvalho
Diretora de
Marketing e Projetos
Zilka Caribé
Diretor de Operações
Ivar Siewers
EQUIPE TÉCNICAGerente de
Comunicação
Merrina Godinho
Delgado
Gerente de
Produção Musical
Claudia da Silva
Guimarães
Assessora de
Programação Musical
Gabriela de Souza
Produtor
Luis Otávio Rezende
Analistas de
Comunicação
Carolina Moraes Santana
Fernando Dornas
Lívia Aguiar
Renata Gibson
Renata Romeiro
Analista de
Marketing e Eventos
Lívia Brito
Analista de
Marketing e Projetos
Lilian Sette
Analista de Marketing
e Relacionamento
Itamara Kelly
Assistente
de Produção
Rildo Lopez
Auxiliar
de Produção
Jeferson Silva
EQUIPE ADMINISTRATIVAGerente
Administrativo-
financeira
Ana Lúcia Carvalho
Gerente Contábil
Graziela Coelho
Gerente de
Recursos Humanos
Quézia Macedo Silva
Analistas
Administrativos
João Paulo de Oliveira
Paulo Baraldi
Secretária Executiva
Flaviana Mendes
Assistente
Administrativa
Cristiane Reis
Assistente de
Recursos Humanos
Jessica Nascimento
Recepcionistas
Meire Gonçalves
Vivian Figueiredo
Auxiliar Contábil
Pedro Almeida
Auxiliar
Administrativa
Geovana Benicio
Auxiliares de
Serviços Gerais
Ailda Conceição
Rose Mary de Castro
Mensageiro
Douglas Conrado
Jovem Aprendiz
Sunamita Souza
SALA MINAS GERAISGerente de
Infraestrutura
Renato Bretas
Gerente de Operações
Jorge Correia
Técnicos de Áudio
e de Iluminação
Daniel Hazan
Diano Carvalho
Assistente Operacional
Rodrigo Brandão
FORTISSIMO Julho nº 12 / 2019
ISSN 2357-7258
Editora Merrina
Godinho Delgado
Edição de texto
Berenice Menegale
Capa Série de
fotografias de
Eadweard Muybridge
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Dia 16 jul, 20h30 F I L A R M Ô N I C A E M C Â M A R A
Dia 20 jul, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E P I N T U R A
Dias 1 e 2 ago, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E
Dias 8 e 9 ago, 20h30 P R E ST O E V E LO C E
Dia 18 ago, 11h C O N C E R T O S PA R A A J U V E N T U D E
Dias 22 e 23 ago, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E
/ F I L A R M O N I C A M G
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NIC
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20
19
R E A L I Z A Ç Ã O
PAT R O C Í N I O
M A N T E N E D O R
Sala Minas Gerais
www.filarmonica.art.br
D I V U L G A Ç Ã O
R UA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1 . 0 9 0 — B A R R O P R E TO
C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0 | B E LO H O R I Z O N T E – M G
T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 0 0 | FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 3 0